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quarta-feira, 14 de junho de 2017

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Mega-Sena acumula e promete prêmio de R$ 21 milhões no próximo sábado

Posted: 14 Jun 2017 05:17 PM PDT

Sorteio premiou 59 apostas com a quina e 3.620 com a quadra
Sorteio premiou 59 apostas com a quina e 3.620 com a quadra Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

O prêmio da Mega-Sena acumulou após ninguém acertar as dezenas reveladas pelo sorteio realizado na noite desta quarta-feira (14). Com isso, o valor do prêmio segue acumulado e a Caixa promete pagar nada menos do que R$ 21 milhões no próximo sábado (17).

As dezenas reveladas pelo concurso de número 1.939 da loteria, realizado no caminhão da sorte estacionado no município de Conceição do Mato Dentro (MG), foram: 07 — 24 — 29 — 39 — 45 — 52.

Apesar de nenhum apostador ter faturado o prêmio principal, 59 pessoas acertaram a quina e têm o direito de receber R$ 28.676,64 cada. Outros 3.620 apostadores cravaram quatro dos números sorteados e podem sacar R$ 667,68 cada.

Para concorrer ao prêmio de R$ 21 milhões da próxima quarta, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Janot usa postagem de Aécio em rede social para reforçar pedido de prisão

Posted: 14 Jun 2017 04:51 PM PDT

Aécio Neves
Aécio Neves Adriano Machado/Reuters

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, utilizou postagem do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) em rede social para reforçar argumentos do pedido de prisão do tucano.

No dia 30 de maio, o presidente licenciado do PSDB publicou foto de reunião com os senadores Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB) e José Serra (SP). "Na pauta, votações no Congresso e a agenda política", escreveu Aécio.

O pedido de prisão de Aécio será julgado na próxima terça-feira (20) ao mesmo tempo que o pedido de anulação do afastamento, apresentado pela defesa.

"A despeito da suspensão do exercício das funções parlamentares, decretada judicialmente no âmbito dessa Ação Cautelar, AÉCIO NEVES continuou exercendo suas funções, conforme reunião divulgada por ele mesmo em redes sociais no dia 30/05/2017", disse Janot.

Janot afirmou que Aécio faz "uso espúrio do poder político" e que isso é possibilitado pelo "aspecto dinâmico de sua condição de congressista representado pelo próprio exercício do mandato em suas diversas dimensões, inclusive a da influência sobre pessoas em posição de poder".

Outro ponto que Janot atribui a Aécio é "sua plena liberdade de movimentação espacial e de acesso a pessoas e instituições, que lhe permite manter encontros indevidos em lugares inadequados".

"Tem-se, assim, robustos elementos apresentados alhures demonstrativos da imprescindibilidade da prisão do Senador Aécio Neves, para preservar, não apenas a ordem pública, mas também a própria instrução criminal das investigações em curso. Com mais razão ainda, os mesmos fundamentos servem de base para a indispensável manutenção das medidas cautelares diversas fixadas provisoriamente, na decisão monocrática de 17/5/2017", afirmou Janot.

O senador é suspeito de ter pedido e ser o destinatário final de R$ 2 milhões repassados pela JBS em vantagens indevidas.

Quilate

"Também não convém menosprezar a periculosidade de parlamentares corruptos do quilate de Aécio Neves, tampouco dos seus comparsas de longa data, pela mera constatação de que, muito embora graves os crimes apurados na 'Operação Lava Jato' e nos seus desdobramentos foram praticados sem violência ou grave ameaça", afirmou Janot no pedido de prisão.

A manifestação de Janot foi enviada na sexta-feira, 9, ao Supremo, mas só se tornou disponível para acesso na terça-feira (13).

Além de pedir a prisão do senador afastado, Janot também se manifestou pela manutenção das prisões da irmã de Aécio, Andrea Neves, do primo, Frederico Pacheco, e do assessor parlamentar e cunhado do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima.

Janot declarou que, devido à alta gravidade do delito e o risco de reiteração, a prisão preventiva é "imprescindível para a garantia da ordem pública".

Segundo ele, "são muitos os precedentes do Supremo Tribunal Federal que chancelam o uso excepcional da prisão preventiva para impedir que o investigado, acusado ou sentenciado torne a praticar certos delitos enquanto responde a inquérito ou processo criminal, desde que haja prova concreta do risco correspondente".

Na terça-feira (20), além dos recursos em relação a Aécio, serão analisados pela 1.ª Turma do STF os pedidos de liberdade apresentados pelos três que já estão presos preventivamente na investigação. Na terça-feira (13), o Supremo negou libertar Andrea Neves, por 3 votos a 2.

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Ministro do STF nega pedido de Lula para suspender ação sobre triplex no Guarujá

Posted: 14 Jun 2017 03:59 PM PDT

Folha Vitória - Cidades 3

O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido de liminar feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender a ação penal sobre o triplex no Guarujá que tramita na 13ª Vara Federal de Curitiba, do juiz Sérgio Moro.

A decisão do ministro foi tomada em uma reclamação apresentada no STF, na qual a defesa de Lula pedia para ter acesso a informações sobre eventuais acordos de colaboração premiada negociados pelo ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e o executivo Agenor Franklin Magalhães Medeiros.

A defesa de Lula sustenta que essas informações podem influenciar diretamente a ação penal a que responde seu cliente e questiona o fato de Moro ter negado acesso a "eventual e incerto acordo de colaboração não celebrado". Na decisão, Moro, no entanto, acolheu o pedido para que o Ministério Público Federal, nas alegações finais, informe se o acordo tiver sido celebrado, caso não esteja sob sigilo decretado por outro juízo.

Ao negar a liminar, Fachin afirmou não ver qualquer ilegalidade que justifique a suspensão do processo na instância de origem. Para o ministro, como não há elementos seguros para verificar se o acordo foi fechado, não há como dar acesso aos documentos.

Senado corrige e diz vai manter salário de Aécio, mas faltas serão descontadas

Posted: 14 Jun 2017 01:55 PM PDT

Aécio Neves continuará recebendo salário
Aécio Neves continuará recebendo salário Ueslei Marcelino/Reuters

O Senado retificou na tarde desta quarta-feira (14) a informação de que havia cortado o salário do senador Aécio Neves (PSDB-MG) desde o afastamento do tucano por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), no dia 18 maio.

De acordo com a assessoria da presidência da Casa, Aécio continuará recebendo a parte "fixa" do salário parlamentar de R$ 33.763, que equivale a um terço do total, e serão descontadas as faltas nas sessões deliberativas do plenário - este número pode variar de acordo com a quantidade de reuniões realizadas mensalmente.

Em ofício enviado mais cedo pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ao ministro Marco Aurélio Mello, que é o relator do inquérito contra Aécio no STF com base na delação da JBS, o Senado informava a "suspensão da remuneração a partir da decisão (do STF)".

Ainda de acordo com a assessoria da presidência do Senado, os demais benefícios (carro oficial e verba indenizatória) foram, de fato, cortados. O carro oficial já foi recolhido.

Nesta quarta-feira (14), o Senado também apagou o nome do tucano do painel de votações do plenário e passou a identificar o senador como "afastado por decisão judicial" no site oficial do órgão.

É a primeira vez que o Senado torna públicas as medidas que tomou em razão do afastamento de Aécio. Até ontem, o presidente do Senado, assim como a Mesa Diretora da Casa, não haviam sido claros sobre quais seriam as limitações do afastamento de Aécio.

Não havia qualquer indicação de corte salarial ou benefícios.

Na segunda-feira (12), o Senado publicou uma nota em que dizia que cabia ao STF esclarecer o que caracteriza o afastamento do senador. A posição foi vista como uma forma de enfrentamento à decisão judicial e criticada pelo ministro Marco Aurélio.

Salário de Aécio é insuficiente para bancar aluguel estimado de mansão onde ele mora

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Lewandowski é sorteado relator de um dos inquéritos contra Aécio Neves no STF

Posted: 14 Jun 2017 01:51 PM PDT

Ricardo Lewandowski
Ricardo Lewandowski Fellipe Sampaio/11.06.2014/STF

O ministro Ricardo Lewandowski é o relator de um dos seis inquéritos contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), após redistribuição feita a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele substituirá o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.

Nesse inquérito, Aécio é investigado junto com o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), ex-governador de Minas Gerais, e o deputado federal Dimas Toledo (PP-MG) e o ex-deputado Pimenta da Veiga.

Todos são investigados por corrupção e lavagem de dinheiro, suspeitos de participar de um esquema para a receptação de R$ 6 milhões em doações ilegais para a campanha eleitoral dos envolvidos, em 2014.

Eles foram citados pelo delator Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, que afirmou que Aécio pediu a ele para que a empresa fizesse repasses à campanha dos parlamentares pouco antes do primeiro turno das eleições em 2014.

O inquérito é um dos 76 decorrentes das delações premiadas de ex-funcionários da Odebrecht. As investigações foram autorizadas por Edson Fachin, que havia sido escolhido relator por prevenção, por ser o responsável pela Lava Jato no Supremo.

A própria PGR, no entanto, argumentou que o caso não guarda relação com a Lava Jato, e pediu a redistribuição livre, por sorteio, o que foi autorizado na terça-feira (13) pela presidente do STF, Cármen Lúcia.

"As razões apresentadas pelo Ministério Público Federal e a manifestação do ministro relator conduzem à conclusão de inexistência de conexão ou continência" com a Lava Jato, escreveu a ministra no despacho em que determinou a redistribuição.

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Presidente do Conselho de Ética tira licença médica sem decidir sobre Aécio

Posted: 14 Jun 2017 01:45 PM PDT

João Alberto tirou licença médica nesta semana
João Alberto tirou licença médica nesta semana Edilson Rodrigues/Agência Senado

Mesmo com prazo estourado, o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), alega que ainda não tomou conhecimento do processo de cassação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) porque está de licença médica. Como presidente do colegiado, cabe a João Alberto a decisão de aceitar ou arquivar o processo.

A assessoria do senador informou, por meio de nota, que João Alberto tirou licença médica nesta semana e que, em razão disso, ainda não conhece o processo de pedido de cassação de Aécio. Segundo a assessoria, o senador só receberá o processo em mãos na próxima semana.

O pedido de cassação de Aécio Neves foi protocolado pela Rede Sustentabilidade e pelo PSOL em 18 de maio, com base na delação dos executivos da JBS. Pelo regimento do Senado, o presidente do Conselho de Ética deveria emitir um parecer pela abertura ou arquivamento do processo em até cinco dias úteis.

Na época, João Alberto alegou que não poderia responder sobre o caso porque o Conselho de Ética teria de ser reinstalado, já que o mandato dos senadores no colegiado estava vencido. O Conselho foi reinstalado em 6 de Junho, quando João Alberto foi reconduzido à presidência. O prazo para decidir sobre o caso Aécio venceu nesta terça-feira (13).

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada em 9 de Junho, João Alberto afirmou que não havia clima entre os senadores para a cassação de Aécio. Ele também informou que buscou outros senadores para se aconselhar sobre o caso e que não estava certo se decidiria sobre o pedido de cassação monocraticamente ou se levaria a questão para votação na comissão.

Defesa

A defesa do senador Aécio Neves reafirma que o dinheiro foi um empréstimo oferecido por Joesley Batista com o objetivo de forjar um crime que lhe permitisse obter o benefício da impunidade penal.

O empréstimo não envolveu dinheiro público e nenhuma contrapartida por parte do senador, não se podendo, portanto, falar em propina ou corrupção.

O senador tem convicção de que as investigações feitas com seriedade e isenção demonstrarão os fatos verdadeiramente ocorridos.

Só fatos graves e novos podem gerar denúncia forte contra Temer, diz Marun

Posted: 14 Jun 2017 01:34 PM PDT

Marun admite que governo ainda não tem votos necessários para aprovação de reformas
Marun admite que governo ainda não tem votos necessários para aprovação de reformas EPA

Vice-líder do PMDB na Câmara, o deputado Carlos Marun (MS) negou nesta quarta-feira, (14) que tenha tratado com o presidente Michel Temer da denúncia que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve encaminhar nos próximos dias. Segundo Marun, a relatoria da denúncia na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) não foi discutida na reunião de Temer com deputados mais cedo e o assunto só será debatido quando o pedido for formalizado.

— Tenho a mais absoluta convicção de que ela (denúncia) será derrotada. Salvo surgimento de fatos realmente graves e novos, não vejo se estabelecer uma denúncia forte contra o presidente da República. 

Em entrevista no Salão Verde da Câmara, Marun disse que a base governista não pode "se dar ao luxo" de ficar "inerte" esperando a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que o País precisa de estabilidade. O vice-líder afirmou que a prioridade é a retomada das articulações para a votação das reformas da Previdência, Política e Tributária, principalmente após a decisão do PSDB de manter-se na base aliada. "Eu nos vejo hoje mais fortes do que quando começou essa crise", declarou.

De acordo com Marun, antes da delação premiada dos executivos da JBS, o governo contabilizava aproximadamente 260 dos 308 votos necessários para aprovar a reforma previdenciária. O Palácio do Planalto ainda não tem os votos necessários, admitiu Marun, mas o ambiente estaria em processo de "reconstrução".

— Realmente perdemos tempo, mas penso que ganhamos votos (com os tucanos). É o momento de retomar a busca de votos para que possamos, ainda antes do recesso, votar aqui na Câmara.

O parlamentar destacou que a reforma da Previdência só será votada na Câmara após a aprovação no Senado da Reforma Trabalhista.

Marun insistiu que a Casa não pode se pautar por uma eventual denúncia de Janot.

— Até chegar a denúncia, ela não existe. Em chegando, nós rapidamente vamos analisá-la e tenho a mais absoluta certeza que não estarão ali presentes provas suficientes para recomendar o afastamento do presidente da República. 

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Obstrução

O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), avisou que a oposição manterá a obstrução na Casa e que a prioridade será a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Eleições Diretas na CCJ.

— Vamos fazer de tudo para que não tenha votação no plenário. 

Zarattini disse que não há clima para aprovação de reformas, lembrou que o governo já não tinha votos para aprovar a Previdência e que, nos próximos dias, a Casa deve ficar esvaziada por causa das festas juninas no Nordeste.

— Elas (reformas) vão ter de ser postergadas.

A única exceção, ponderou o líder do PT, é a aprovação da Reforma Política, que precisa ser votada até setembro para valer para o pleito de 2018.

O petista espera que Janot encaminhe na próxima semana a denúncia contra Temer, o que vai contribuir para a paralisação dos trabalhos devido à gravidade das delações. Ele prevê instabilidade na Casa, principalmente entre os governistas, que passam por pressão da base eleitoral.

— Isso sem dúvida nenhuma vai criar um grande debate na Casa e que vai levar a uma mudança de governo. Não é possível que um presidente da República, que cometeu um crime de corrupção na residência oficial do governo, possa continuar governando. 

Cunha negou à PF ter sido procurado para fazer delação

Posted: 14 Jun 2017 12:25 PM PDT

Cunha teria  recebido propinas do Grupo J&F em troca de se manter calado nas investigações da Lava Jato
Cunha teria recebido propinas do Grupo J&F em troca de se manter calado nas investigações da Lava Jato José Cruz/Agência Brasi

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que nunca foi procurado para fazer acordo de delação premiada, em seu depoimento à Polícia Federal, nesta quarta-feira (14), em Curitiba — onde está preso desde outubro de 2016, alvo da Operação Lava Jato.

Cunha prestou depoimento de quase duas horas, na sede da PF em Curitiba, no inquérito que investiga o presidente Michel Temer por corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa.

A possibilidade de uma delação apavora o Planalto e a cúpula do PMDB. Homem forte do partido na Câmara, o ex-deputado foi o principal artífice do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e um dos pivôs da delação dos donos da J&F. As revelações dos delatores resultaram na Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato, deflagrada no dia 18 de maio, que encurralou Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

Cunha teria recebido propinas do Grupo J&F em troca de se manter calado nas investigações da Operação Lava Jato. O assunto foi um dos assunto levados ao Temer, por Joesley Batista, em conversa gravada no porão do Palácio do Jaburu, no dia 7 de março.

Negativa

Cunha negou genericamente envolvimento com propinas e a venda de seu silêncio. Declarou que gostaria de falar após acesso aos autos, tema de um pedido feito ontem pela defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).

"Meu silêncio não está à venda", disse Cunha, segundo o advogado Rodrigo Sanchez Rios, que acompanhou o depoimento, tomado pelo delegado Maurício Moscardi Grillo.

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De acordo com Rios, Cunha negou "categoricamente" todas acusações de pagamento de propina feitas pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS.

Em depoimento à PGR (Procuradoria-Geral da República), Joesley disse que pagava uma mesada a Cunha e ao operador Lucio Funaro em troca do silêncio dos dois. Disse ainda que Temer sabia da mesada.

Em gravação anexada ao inquérito, Joesley diz ao presidente que "eu tô bem com o Eduardo", ao que Temer responde "tem que manter isso, viu".

— O deputado ressaltou que nunca procuraram ele. Nem o presidente Temer nem interlocutores do presidente. Ele negou categoricamente. Respondeu de forma geral. 

As perguntas feitas foram enviadas pela equipe da PF da Lava Jato em Brasília. Foram 47 perguntas, lidas para Cunha, mesmo sem respostas efetivas para a maior parte dos assuntos.

O ex-deputado, preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, retornou no início da tarde para o presídio.

Fed eleva juros e indica redução de balanço patrimonial

Posted: 14 Jun 2017 11:27 AM PDT

Por Lindsay Dunsmuir e Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve, banco central norte-americano, elevou a taxa de juros nesta quarta-feira pela segunda vez em três meses, citando contínuo crescimento econômico dos Estados Unidos e o fortalecimento do mercado de trabalho, e anunciou que começará a reduzir sua carteira de Treasuries e outros títulos este ano.

A decisão elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 1,00 a 1,25 por cento, conforme o Fed prossegue com seu primeiro ciclo de aperto em mais de uma década.

Em sua declaração, o Fed indicou que a economia estava se expandindo moderadamente, o mercado de trabalho continuou a se fortalecer e a recente desaceleração da inflação foi considerada transitória.

O Fed fez um claro esboço de seu plano para reduzir o portfólio de 4,2 trilhões de dólares em Treasuries e títulos lastreados em hipotecas, cuja maior parte foi comprada na esteira da crise financeira e recessão de 2007-2009.

"O comitê espera atualmente começar a implementar o programa de normalização do balanço este ano, desde que a economia evolua como esperado", disse o Fed em seu comunicado.

De acordo com um adendo divulgado junto com o comunicado, o Fed espera que o plano de redução do balanço contenha a suspensão dos reinvestimento de volumes ainda maiores de títulos a vencer.

O Fed estima que o teto para os Treasuries seja de 6 bilhões de dólares por mês inicialmente, aumentando a 6 bilhões em intervalos de três meses ao longo de 12 meses até que alcance 30 bilhões por mês.

Para os títulos lastreados em hipotecas, o limite será de 4 bilhões de dólares por mês inicialmente, aumentando a 4 bilhões a intervalos trimestrais ao longo de um ano até que alcance 20 bilhões de dólares por mês.

Com isso o Fed elevou a taxa de juros quatro vezes como parte da normalização da política monetária que começou em dezembro de 2015. O banco central havia levado os juros para perto de zero em resposta à crise financeira.

As autoridades também divulgaram novas projeções econômicas, que mostraram preocupação temporária com a inflação e contínua confiança em relação ao crescimento econômico nos próximos anos.

Elas projetaram crescimento econômico dos EUA de 2,2 por cento em 2017, aumento em relação à projeção de março. A inflação foi projetada em 1,7 por cento até o final deste ano, contra 1,9 por cento estimado anteriormente.

A medida preferida do Fed para a inflação caiu a 1,5 por cento, de 1,8 por cento neste ano, e tem ficado abaixo da meta de 2 por cento do banco central há mais de cinco anos.

A expectativa é de que os juros subam mais uma vez até o final deste ano, de acordo com as projeções divulgadas pelo Fed, mantendo a estimativa anterior.

O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, foi dissidente na decisão desta quarta-feira.

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((Tradução Redação São Paulo, 5511 5644-7732)) REUTERS CMO LGG

Abengoa pede a credores prazo para negociar ativos e reagenda assembleia para 18/8

Posted: 14 Jun 2017 11:27 AM PDT

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A elétrica espanhola Abengoa pediu mais prazo a seus credores em uma assembleia realizada em meio a seu processo de recuperação judicial no Brasil, uma vez que busca interessados em comprar seus ativos no país, principalmente linhas de transmissão de energia, parte delas em operação e parte com obras paradas, disse à Reuters um analista próximo ao processo.

A assembleia de credores, que foi aberta na terça-feira, deverá ser retomada em 18 de agosto, quando a Abengoa espera já apresentar aos credores as ofertas pelos ativos e um plano para o pagamento das dívidas, explicou o analista da K2 Consultoria, Rodolpho Antonio Leite Rocha.

A K2 tem assessorado a Abengoa no processo de recuperação judicial.

"Eles estão negociando com alguns grupos a venda desses ativos e estão fechando esse processo... os credores escutaram a proposta e votaram aceitando o pedido da Abengoa para passar para 18 de agosto... aí a assembleia vai ser retomada já de maneira efetiva, falando de valores e do plano de pagamentos para cada classe de credor", disse Rocha.

Procurada, a Abengoa não respondeu imediatamente a pedidos de comentário sobre a assembleia de credores.

A Abengoa paralisou as obras de todas suas linhas de transmissão em construção no Brasil em novembro de 2015, após uma crise financeira de sua matriz na Espanha, que entrou com pedido preliminar de recuperação judicial.

Posteriormente, a Abengoa Construções, Abengoa Concessões e Abengoa Greenfield entraram com pedidos de recuperação judicial no Brasil.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem tentado revogar as concessões das linhas da Abengoa para relicitá-las, mas a companhia conseguiu uma decisão judicial que obriga o regulador a rever a receita desses ativos para que eles sejam vendidos dentro de seu processo de recuperação judicial.

A agência tem dito que vai recorrer para garantir que as linhas sejam relicitadas.

Diversas empresas já disseram que teriam interesse em fazer propostas pelos ativos em operação da Abengoa, ou pelos ativos em obras, caso estes tenham a receita revista. Entre essas empresas estão Equatorial Energia, Cteep e a chinesa State Grid, dentre outras.

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(Por Luciano Costa)

Tiros em unidade da UPS em San Francisco deixam ao menos 4 mortos, diz TV

Posted: 14 Jun 2017 11:25 AM PDT

(Reuters) - Pelo menos quatro pessoas morreram, incluindo o suposto atirador, quando um funcionário da United Parcel Service (UPS)abriu fogo em uma unidade da empresa em San Francisco nesta quarta-feira, informaram duas redes de TV locais.

Depois de atirar em colegas de trabalho, o suspeito virou uma arma para si mesmo quando confrontado pela polícia, de acordo com a NBC Bay Area e a ABC 7. Ele morreu em um hospital da região, disseram as emissoras, citando fontes policiais.

A polícia de San Francisco disse que o local estava seguro, mas não ofereceu informações de imediato sobre as vítimas.

Uma imagem do local mostrou uma enorme presença policial perto da instalação, com funcionários sendo conduzidos para o lado de fora e se abraçando na calçada.

"A UPS confirma que houve um incidente envolvendo funcionários dentro das instalações da empresa em São Francisco nesta manhã", afirmou a empresa em comunicado, acrescentando que a polícia tinha controle da situação.

"Não podemos fornecer informações sobre a identidade das pessoas envolvidas neste momento, enquanto aguardamos a investigação da polícia", disse o comunicado.

(Reportagem de Alex Dobuzinskis em Los Angeles)

Incêndio em prédio residencial de Londres deixa ao menos 12 mortos e dezenas de feridos

Posted: 14 Jun 2017 11:12 AM PDT

Por Kylie MacLellan e Toby Melville

LONDRES (Reuters) - Um incêndio considerado pelos bombeiros como sem precedentes em escala e velocidade destruiu um prédio de apartamentos de 24 andares em Londres nesta quarta-feira, deixando ao menos 12 mortos e dezenas de feridos ao se alastrar rapidamente enquanto os moradores dormiam.

As chamas tiveram início perto da 1h da manhã e se espalharam pelo edifício residencial Grenfell Tower, com 600 pessoas e localizado no bairro de Kensington. Testemunhas relataram que alguns moradores gritavam pedindo ajuda das janelas dos andares mais elevados e outros tentaram atirar crianças para salvá-las.

Mais de 200 bombeiros, apoiados por 40 caminhões, lutaram durante horas para debelar o incêndio, um dos maiores já vistos na capital inglesa.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse que o incêndio levantou questões sobre a segurança de tais edifícios, e a BBC informou que o desastre poderia adiar o anúncio da primeira-ministra, Theresa May, sobre um acordo parlamentar para permanecer no poder.

Alguns moradores gritaram por ajuda pelas janelas de andares superiores do edifício, enquanto outros tentaram jogar crianças para local seguro, à medida que as chamas se alastravam para os cerca de 120 apartamentos.

Os bombeiros disseram que resgataram 65 pessoas --algumas de pijama-- do prédio de 43 anos voltado para a baixa renda, mas localizado na região nobre de Kensington.

"Pudemos ver muitas crianças e pais gritando 'Ajuda! Ajuda! Ajuda!' e colocando as mãos na janela e pedindo para ajudá-los", disse a testemunha Amina Sharif à Reuters.

A causa do fogo não foi identificada de imediato.

O serviço de ambulância disse que 68 pessoas estavam sendo atendidas em hospitais, sendo 18 em estado grave.

Mais de 16 horas após o início do incêndio, as equipes de resgate ainda estavam tentando apagar as últimas chamas enquanto se esforçavam para chegar aos andares superiores.

Recentemente a torre de apartamentos passou por uma reforma de 8,7 milhões de libras que incluiu um novo revestimento externo, a substituição de janelas e uma nova fachada.

Colunas de fumaça negra foram vistas sobre a capital britânica durante horas depois que o incêndio começou. Moradores fugiram por corredores repletos de fumaça ao serem despertados pelo cheiro de queimado.

O Corpo de Bombeiros de Londres disse que o fogo envolveu todos os 24 andares a partir do segundo, e surgiram relatos de que alguns residentes saltaram das janelas para escapar das chamas.

Uma mulher perdeu dois de seus seis filhos ao tentar fugir do prédio, segundo uma testemunha. Outras testemunhas falaram de crianças, incluindo um bebê, que foram lançadas pelas janelas de andares mais altos para serem salvas.

"Em meus 29 anos como bombeiro, eu nunca vi nada nessa escala", disse o comissário dos bombeiros de Londres, Dany Cotton, a repórteres.

(Reportagem adicional de Toby Melville, Neil Hall, Subrat Patnaik, Lina Saigal, Alistair Smout e Costas Pitas)

Fed eleva juros e indica redução de balanço patromonial

Posted: 14 Jun 2017 11:10 AM PDT

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve, banco central norte-americano, elevou a taxa de juros nesta quarta-feira pela segunda vez em três meses, citando contínuo crescimento econômico dos Estados Unidos e o fortalecimento do mercado de trabalho, e anunciou que começará a reduzir sua carteira de Treasuries e outros títulos este ano.

A decisão elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 1,00 a 1,25 por cento, conforme o Fed prossegue com seu primeiro ciclo de aperto em mais de uma década.

Em sua declaração, o Fed indicou que a economia estava se expandindo moderadamente, o mercado de trabalho continuou a se fortalecer e recente desaceleração da inflação foi considerada transitória.

"Meu silêncio não está à venda", diz Cunha, em depoimento à PF

Posted: 14 Jun 2017 10:33 AM PDT

Eduardo Cunha disse que não recebeu dinheiro
Eduardo Cunha disse que não recebeu dinheiro José Cruz/Agência Brasil

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou nesta quarta-feira (14) em depoimento à Polícia Federal, ter recebido propinas da JBS em troca de se manter calado nas investigações da Operação Lava Jato. Cunha prestou depoimento no inquérito que investiga o presidente da República, Michel Temer, por corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa.

"Meu silêncio não está à venda", disse Cunha, segundo o advogado Rodrigo Sanchez Rios, que acompanhou o depoimento.

De acordo com Rios, Cunha negou "categoricamente" todas acusações de pagamento de propina feitas pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS.

Em depoimento à PGR (Procuradoria Geral da República), Joesley disse que pagava uma mesada a Cunha e ao operador Lucio Funaro em troca do silêncio dos dois. Disse ainda que Temer sabia da mesada. Em gravação anexada ao inquérito, Joesley diz ao presidente: "Eu tô bem com o Eduardo." E Temer responde: "Tem que manter isso, viu."

"O deputado ressaltou que nunca procuraram ele. Nem o presidente Temer nem interlocutores do presidente. Ele negou categoricamente. Respondeu de forma geral", disse o advogado.

Segundo Rios, a Polícia Federal em Brasília enviou 47 perguntas para serem feitas a Cunha. Aproximadamente a metade delas diz respeito à ação que corre na 10ª Vara Federal de Brasília com base na delação de executivos da Odebrecht que dizem ter pago R$ 17 milhões ao ex-presidente da Câmara em troca da liberação de verbas do Fundo de Investimento do FGTS.

Cunha não respondeu a estas indagações alegando que prefere tratar delas no âmbito do próprio processo. Segundo o advogado, os questionamentos foram extraídos das perguntas feitas pela própria defesa de Cunha a Temer.

O ex-deputado, preso desde outubro de 2016, deve voltar ainda nesta quarta para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Moro coloca R$ 11 mi de Adriana Ancelmo à disposição da Justiça Federal no Rio

Posted: 14 Jun 2017 10:02 AM PDT

Adriana Ancelmo está em prisão domiciliar
Adriana Ancelmo está em prisão domiciliar Fernando Frazão/Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro colocou R$ 11 milhões bloqueados de Adriana Ancelmo e do escritório Ancelmo Advogados, da mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB-RJ), à disposição da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que julga a Operação Lava Jato no Rio. Moro absolveu Adriana Ancelmo na terça-feira (13) das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

A mulher de Sérgio Cabral, o ex-governador e outros três eram acusados em ação penal sobre propina de R$ 2,7 milhões em contratos o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), no Rio. Moro condenou Sérgio Cabral a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Os valores foram bloqueados no fim do ano passado. Segundo Moro, o confisco "teve resultados modestos, quase pífios, salvo em relação a Adriana de Lourdes Ancelmo e a empresa Ancelmo Advogados, em relação aos quais chegaram a cerca de R$ 11 milhões".

"Considerando que os valores podem constituir produto de crime de lavagem submetido a outro Juízo, cumpre, ao invés de determinar a liberação do valor bloqueado, colocar o numerário à disposição do Juízo da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro", decidiu Moro.

O juiz ordenou que o dinheiro seja transferido para contas judiciais indicadas pela 7ª Vara Federal do Rio, sob tutela do juiz Marcelo Bretas. Sérgio Cabral é réu em 9 ações penais na Justiça Federal do Rio. "Indicadas as contas, promova-se a transferência", determinou.

O juiz Moro condenou ainda o ex-secretário do governo do peemedebista Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho - 10 anos e 8 meses - e o "homem da mala" Carlos Miranda - 10 anos - por corrupção e lavagem de dinheiro. Mônica Carvalho, mulher de Wilson Carlos, também foi absolvida.

Sérgio Cabral, Wilson Carlos e Carlos Miranda estão presos na Lava Jato. Há mandados de prisão contra os três expedidos pelo juiz Moro e também pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, no Rio. Wilson Carlos está preso no Paraná. Sérgio Cabral e Carlos Miranda, no Rio.

Na sentença, o juiz Moro determinou que os três devem continuar presos enquanto recorrem da condenação.

Várias pessoas ficam feridas em tiroteio em San Francisco, diz mídia local

Posted: 14 Jun 2017 09:51 AM PDT

(Reuters) - Várias pessoas ficaram feridas nesta quarta-feira em um tiroteio em San Francisco e o agressor foi baleado, disse a mídia local.

O tiroteio aconteceu na região de uma unidade da UPS, disseram emissoras de TV locais pelo Twitter. Não foi possível conseguir imediatamente um comentário da polícia.

(Reportagem de Alex Dobuzinskis em Los Angeles)

Senado corta salário e recolhe carro oficial de Aécio Neves

Posted: 14 Jun 2017 09:46 AM PDT

Aécio Neves é investigado como beneficiário de propina da JBS
Aécio Neves é investigado como beneficiário de propina da JBS Geraldo Magela/Agência Senado - 22.2.2017

O Senado comunicou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que suspendeu o salário (R$ 22,7 mil) e a verba indenizatória de Aécio Neves (PSDB-MG), devido ao afastamento do senador. O carro oficial também foi recolhido.

As informações foram enviadas por ofício pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ao ministro Marco Aurélio Mello, relator do recurso de afastamento de Aécio no Supremo.

Eunício alega que as medidas foram tomadas em 18 de maio, mesma data de afastamento de Aécio por decisão liminar do ministro Edson Fachin.

Nesta quarta-feira (14), o Senado também apagou o nome do tucano do painel de votações do plenário e passou a identificar o senador como "afastado por decisão judicial" no site oficial do órgão.

É a primeira vez que o Senado torna públicas as medidas que tomou em razão do afastamento de Aécio. Até ontem, o presidente do Senado, assim como a Mesa Diretora da Casa, não haviam sido claros sobre quais seriam as limitações do afastamento de Aécio.

Não havia qualquer indicação de corte salarial ou benefícios.

Na segunda-feira (12), o Senado publicou uma nota em que dizia que cabia ao STF esclarecer o que caracteriza o afastamento do senador. A posição foi vista como uma forma de enfrentamento à decisão judicial e criticada pelo ministro Marco Aurélio.

Salário de Aécio é insuficiente para bancar aluguel estimado de mansão onde ele mora

Senado tira o nome de Aécio Neves do painel de votações 

Posted: 14 Jun 2017 08:31 AM PDT

Senado tira o nome de Aécio Neves do painel de votações após críticas da demora em afastar o senador mineiro
Senado tira o nome de Aécio Neves do painel de votações após críticas da demora em afastar o senador mineiro Myrcia Hessen/Jornal da Record
Reprodução da página do Senado Federal na internet que mostra a relação dos senadores em exercício sem Aécio
Reprodução da página do Senado Federal na internet que mostra a relação dos senadores em exercício sem Aécio Reprodução/internet

O Senado Federal tirou nesta quarta-feira (14) o nome do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) do painel de votações e da página na internet de senadores em exercício. 

Afastado há quase um mês das funções por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) o nome do senador constava até ontem nos documentos da casa como senador em exercício. A demora do Senado de afastar de fato o senador gerou críticas de ministros do Supremo, da oposição e da sociedade. 

Ao chegar ao Senado nesta quarta, o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) reiterou o que tem dito nos últimos dias, que o Senado fez o que estava no regimento. Disse ainda que a reunião que teve ontem (13) com a presidente do STF Cármen Lúcia e com o relator da Lava Jato Edson Fachin foi para quebrar qualquer mal entendido já que ele 'nunca deixou de obedeber nenhuma ordem do STF'. 

Antes de se reunir com Fachin nesta terça, Eunício disse que cabia à Suprema Corte definir as regras do afastamento, uma vez que não existe previsão legal no regimento do Senado. 

Nesta quarta (14),  questionado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) sobre a ausência do nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do painel de votação do Plenário, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, respondeu que o nome já estava apagado, mas foi retirado para que não haja dúvidas de que o Senado cumpriu a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Eunício esclareceu a Lindbergh que desde o dia 18 de maio, quando o ministro Luiz Edson Fachin decidiu liminarmente pelo afastamento de Aécio, o nome do senador estava apagado e bloqueado no painel. Segundo o presidente, como fotografaram tanto o painel, a mesa decidiu excluir o nome de Aécio.

— É para deixar bem claro que a Mesa Diretora e esta Presidência não descumpriram a decisão da Suprema Corte. Como gerava dúvida o nome ficar ali apagado como estava, ficava branco, agora está retirado para que não gere nenhum tipo de dúvida - explicou.

Eunício reforçou que as informações de que o Senado não cumpriu a decisão liminar não são verdadeiras.

Eunício Oliveira diz que regimento prevê convocação de suplente de Aécio após 120 dias

Posted: 14 Jun 2017 08:14 AM PDT

Eunicio Oliveira negou que senado não esteja cumprindo decisão do STF de afastar Aécio Neves do mandato
Eunicio Oliveira negou que senado não esteja cumprindo decisão do STF de afastar Aécio Neves do mandato Pedro França/Agência Senado

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), rebateu a afirmação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello e voltou a afirmar que a Casa não está descumprindo a decisão de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG). À reportagem, o peemedebista afirmou que o regimento interno do Senado prevê a convocação de suplente após 120 dias de vacância do cargo.

Nesta terça-feira (14), Marco Aurélio, relator da investigação contra Aécio, afirmou que a consequência natural da decisão de afastar o tucano seria o Senado convocar o suplente para ocupar a vaga deixada pelo tucano.

Eunício contou que procurou nesta terça-feira o relator original da decisão, ministro Edson Fachin, para conversar sobre o assunto. Fachin, no entanto, disse que o caso deveria ser tratado agora com Marco Aurélio, que herdou o inquérito aberto contra Aécio com base na delação dos empresários do Grupo J&F.

O presidente do Senado deve pedir em breve uma reunião com Marco Aurélio para discutir a questão, mas afirmou que, por ora, não "há nada marcado".

Aécio foi afastado do cargo de senador no dia 18 de maio, após a deflagração da Operação Patmos. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República e acatado por Fachin. Depois disso, o processo foi redistribuído a Marco Aurélio. A PGR também pede a prisão do senador tucano.

Aécio é acusado pelos crimes de corrupção e obstrução de Justiça. Ele foi gravado pelo empresário Joesley Batista, do grupo JBS, pedindo propina e falando em medidas para barrar o avanço da Operação Lava Jato.

Parlamento Europeu desafia Trump e apoia metas do acordo climático de Paris

Posted: 14 Jun 2017 07:51 AM PDT

ESTRASBURGO (Reuters) - O Parlamento Europeu apoiou os cortes de emissões poluentes dos Estados da União Europeia nesta quarta-feira para dividir o fardo das metas climáticas do Acordo de Paris assumidas pelo bloco e seguir adiante, apesar da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar seu país do pacto de 195 nações.

Foram 534 votos a favor e 88 contra metas nacionais obrigatórias para o corte de emissões de gases do efeito estufa em setores como transporte, agricultura e gerenciamento de detritos, com o objetivo de cumprir a meta geral do bloco, de reduzir as emissões em ao menos 40 por cento abaixo dos níveis de 1990 até 2030.

Falando no plenário antes da votação, políticos da UE reiteraram a decepção com a decisão de Trump e rejeitaram seu pedido para renegociar o que classificou como os custos econômicos "draconianos" do acordo, que estes prometeram implantar sem Washington.

"A recusa dos EUA em se comprometerem com o acordo de Paris irá levar o resto do mundo a ser ainda mais unido contra a mudança climática", disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ao Parlamento.

Durante meses de conversas duras, os deputados buscaram um meio-termo entre medidas climáticas ambiciosas e preocupações de alguns dos 28 países-membros da UE com a pressão econômica da mudança exigida para tecnologias de baixa emissão de carbono em setores que geram muitos empregos.

Ambientalistas elogiaram o apelo do projeto de lei por um ponto de partida mais ambicioso para o cálculo das metas de redução de emissões do que a proposta pela Comissão Europeia, o braço executivo da UE.

Mas o Parlamento votou contra uma proposta de diminuição da quantidade de créditos para florestas bem administradas, que absorvem dióxido de carbono e que podem ser usadas para contrabalançar as emissões. A proposta também incluía medidas de apoio a países-membros da UE de renda menor.

"A votação de hoje emite um sinal claro a Donald Trump: a Europa cumpre seus compromissos no acordo de Paris e aproveita as oportunidades de crescimento verde, com ou sem você", disse Gerben-Jan Gerbrandy, deputado holandês que patrocinou o projeto de lei na câmara.

A legislação ainda precisa do apoio de governos do bloco antes de se tornar lei, um processo longo que pode demorar até dois anos.

A UE, a terceira maior emissora de poluentes do mundo, prometeu se aliar à China, a maior poluidora do planeta, e defender o objetivo do pacto parisiense de limitar o aquecimento global a "bem menos" de 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.

(Por Alastair Macdonald, em Estrasburgo, e Alissa de Carbonnel, Charlotte Steenackers e Philip Blenkinsop, em Bruxelas)