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quarta-feira, 31 de maio de 2017

#Brasil

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“Eu gosto de ver as pessoas sofrerem”, diz curador da Baleia Azul encontrado por reportagem da RecordTV

Posted: 31 May 2017 06:30 PM PDT

Curador localizado pela equipe de investigação da RecordTV Reprodução/RecordTV

"Em 30 anos de profissão, eu havia conhecido apenas um psicopata. Este é o segundo." A frase, que ressoou como um tambor dentro da pequena sala onde as reportagens são editadas, foi dita pelo delegado José Mariano de Araújo Filho, da Delegacia de Investigações sobre Crimes Cometidos por Meios Eletrônicos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Desse momento em diante, o Núcleo de Investigações Jornalísticas da Record TV teve a certeza de que o desafio da "Baleia Azul" transcendeu os limites de uma suposta brincadeira na internet.

No mês de abril, o Núcleo mergulhou no oceano das redes sociais a fim de encontrar "curadores" imersos no jogo mortal (veja abaixo reportagem que foi ao ar nesta quarta-feira no Jornal da Record). Com um perfil falso no Facebook e no aplicativo WhatsApp, a equipe de jornalistas se passou por uma jovem de 19 anos, bonita, dona de uma personalidade frágil e que procurava um sentido na vida, o suicídio. Uma "isca".

Durante o processo de busca na internet, entramos em grupos do "Baleia Azul" à procura de termos que faziam menção aos desafios mortais. Navegamos, adicionamos usuários no Facebook e trocamos mensagens com eles, até encontrar um "curador" – figura responsável por passar os 50 desafios que levam os seguidores, chamados de "baleias", a tirar a vida. Em síntese, "Baleia Azul" é um conjunto de tarefas diárias a serem cumpridas – até que se atinja o objetivo final, o suicídio.

Primeiro contato

No primeiro contato com o curador, surgiu a pergunta: "quer jogar?". Respondemos "sim, muito". Após questionar os motivos, o curador também quis saber se a nossa personagem tinha algum problema de saúde.

No mesmo dia, o predador passou a primeira das 50 tarefas – que não serão descritas pela nossa reportagem por orientação da psicóloga Alexandrina Meleiro, coordenadora da Comissão de Estudo e Prevenção ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Nesse ponto, a investigação se tornou também um desafio técnico. Descobrir a identidade do nosso interlocutor foi o primeiro problema enfrentado, pois ele utilizava um nome falso, pedia para ser chamado de "Calango", e só mantinha conversas escritas por um aplicativo de celular pré-pago, sem cadastro nas companhias telefônicas.

Apresentar as automutilações a pedido de "Calango" foi outra barreira. O obstáculo foi superado por maquiadores profissionais, que criaram cicatrizes falsas para levar o "curador" a acreditar no cumprimento das tarefas.

Entre os desafios realizados ouvimos músicas depressivas, assistimos a filmes de terror e recebemos ordens para praticar cinco automutilações. Enquanto o time de jornalistas era submetido às tarefas, os laços de confiança com o "curador" se estreitavam.

Mantivemos o diálogo durante um mês, até marcamos um encontro no Rio de Janeiro. Mais uma vez, outro obstáculo. Gravar o encontro sem ele suspeitar que era monitorado levou nossa equipe a investir quatro dias na busca de um local adequado e seguro para elaborar um complexo esquema de gravação, usando várias câmeras ocultas, algumas das quais nas roupas da jornalista.

Por último, para que ele não questionasse a ausência de cicatrizes nas mãos e braços da personagem, enfaixamos as regiões das falsas mutilações com um tipo especial de esparadrapo da cor da pele.

Um especialista em segurança acompanhou o encontro, sempre mantendo uma distância prudente.

O Encontro

Minutos antes, ele havia enviado uma mensagem para avisar que chegaria logo. No quarto do hotel, especialmente alugado para esse fim, nossa produtora checava as câmeras e tentava conter a ansiedade natural e provocada pela situação antes de descer ao local combinado.

"Calango" atravessou o portão do hotel com andar firme, sem chamar a atenção dos seguranças. Subiu as escadas até o primeiro andar e, de imediato, localizou a nossa produtora, que o aguardava sentada à mesa no meio do restaurante.

Alto, com boa complexão física, "Calango" tem 23 anos, mora em Nova Iguaçu, região metropolitana do Rio de Janeiro, e se apresenta como um pedreiro que aspira estudar engenharia.

Até aquele momento, só tínhamos uma foto enviada por ele via WhatsApp, mas não havia nenhuma certeza de que o jovem por trás do celular fosse realmente o homem da fotografia, o que se confirmou com sua chegada.

O encontro foi marcado inicialmente para as 15h de uma sexta feira. Porém, na noite anterior, ele informou ter conseguido um trabalho de última hora, então só estaria livre no fim do dia previsto para a conversa. Mesmo preocupados com a iluminação, ambiente e rotina do local – tudo havia sido rigorosamente analisado para que a gravação ocorresse sem problemas – concordamos em mudar para o fim da tarde.

"Calango" chegou pontualmente ao encontro, remarcado para as 17h30 no restaurante de um hotel de alto padrão no centro da capital fluminense. Vestia roupas simples, moletom, touca e chinelos. Ele não se intimidou ao passar pela recepção do hotel nem ao entrar ao restaurante, ainda vazio, onde nossa produtora e os demais membros da equipe estavam apostos em outras mesas.

A conduta de "Calango" demonstrou frieza e domínio da situação.

O encontro começou com um simples "oi", sem contato físico algum, beijo ou tapinhas nas costas. Sequer um aperto de mãos. Sentou-se de frente para ela. Nossa produtora tomou a iniciativa e disse o quanto estava chateada por não ter concluído os desafios. O resultado foi o esperado. Menos de um minuto depois, "Calango" alardeava ter cumprido todas as etapas do desafio e ter sobrevivido após um período de coma profundo.

Pouco perguntava sobre a vida da nossa produtora e evidenciava prazer em ser o personagem central. Logo explicou em detalhes, às vezes um pouco confusos, as dúvidas colocadas pela jornalista.

Mostrando domínio na arte de seduzir presas vulneráveis, "Calango" mantinha uma linguagem corporal tranquila, movimentos suaves e olhar direto, sempre no intuito de ocultar um espirito sádico – embora travestido de serenidade.

"Calango" se mostrou especialista no tema "Baleia Azul". Falou sobre a origem russa do game, surgido em uma rede social do leste europeu equivalente ao Facebook. Explicou como se tornou "curador" e os motivos pelos quais se interessa por mutilações. "Eu gosto de ver as pessoas sofrerem". Ao contar histórias fantasiosas sobre seitas e rituais, o prazer do jovem pelo sofrimento alheio era bastante óbvio.

Durante a conversa, também ficou evidente que não havia nenhum interesse de caráter sexual da parte dele. Não buscava o prazer pelo sexo, buscava o prazer pela dor, pelo ato de dominar e provocar sofrimento. Pelo sadismo de observar a dor da vítima.

O encontro terminou do mesmo modo que começou, sem nenhum contato físico, mas com a sensação do protagonista ter deixado o local levando consigo boa parte das energias do time de jornalistas.

Nota

As informações coletadas durante a produção da reportagem foram acompanhadas e receberam consultoria profissional da área de saúde mental, especializadas no tema. Também foram encaminhadas à Polícia Civil as informações sobre o encontro com "Calango" e todas as informações pessoais do "curador", como nome completo, endereço e idade, para que as devidas providências sejam tomadas contra o crime de incitação ao suicídio.

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Ministro do STF concede regime semiaberto a Pizzolato

Posted: 31 May 2017 05:35 PM PDT

Henrique Pizzolato Estadão Conteúdo

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu progressão de regime para o semiaberto para Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil condenado no mensalão a 12 anos e 7 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, e 530 dias-multa, pelos crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.

O ministro acolheu a proposta de parcelamento da multa feita pela defesa do condenado. A decisão foi tomada na Execução Penal (EP) 10. As informações foram divulgadas no site do Supremo.

Pizzolato cumpre pena na Papuda, em Brasília, desde que foi extraditado da Itália.

Consta dos autos que a defesa já havia pleiteado a progressão de regime, com pedido para parcelamento da multa. A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, contudo, não acolheu a proposta apresentada.

Recurso contra essa decisão foi negado pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios. Na sequência, a defesa propôs diretamente ao STF o pedido de pagamento mensal da multa, com parcelas de R$ 1.352,60.

O Ministério Público Federal não concordou com a proposta, "diante da ausência de documentação comprobatória da real situação econômica do condenado".

Nova proposta foi apresentada, dessa vez com parcelas mensais de R$ 2.175,00, e acompanhada da documentação requerida pelo MPF.

Requisitos

Em sua decisão, o ministro assinalou que, iniciado o cumprimento da pena em fevereiro de 2014, e incluídos no cálculo os dias remidos, já se encontra atendido no caso, desde junho de 2016, o requisito objetivo, previsto no artigo 112 da Lei de Execuções Penais (LEP), para a progressão de regime de Pizzolato.

O relator destacou que "não há registro de cometimento de falta disciplinar de natureza grave ou notícia de que o sentenciado tenha mau comportamento carcerário, o que demonstra o atendimento do requisito subjetivo previsto no mesmo dispositivo da Lei de Execuções Penais".

Parcelamento

Quanto ao parcelamento da multa, o ministro lembrou que no julgamento da Execução Penal 12, o Plenário do Supremo consolidou entendimento de que o inadimplemento deliberado da pena de multa impossibilita a progressão de regime. Contudo, os ministros entenderam, na ocasião, que "a patente impossibilidade econômica do agente configura exceção admissível ao dever de pagar a multa".

No caso, disse o ministro, o próprio Ministério Público Federal concordou com a proposta apresentada pela defesa, no sentido do parcelamento da sanção pecuniária, com parcelas de R$ 2.175,00, condicionado ao regular adimplemento das parcelas assumidas pelo requerente.

O MPF levou em consideração o valor aproximado da dívida de Henrique Pizzolato - que alcança o valor de pouco mais de R$ 2 milhões, e a renda e patrimônio do sentenciado, conforme os documentos juntados pela defesa.

Barroso acolheu o parecer ministerial e deferiu a Pizzolato a progressão para o regime semiaberto, "que deverá observar as condições impostas pelo Juízo da Vara de Execuções Penais".

O ex-diretor de Marketing do BB deverá recolher a primeira parcela da multa e apresentar a devida comprovação ao Juízo delegatário da Execução Penal e ao relator da Execução Penal 10, sob pena de indeferimento do benefício, comprovar mensalmente o pagamento das parcelas da multa e requerer perante o órgão competente da Fazenda Nacional a formalização do parcelamento do débito, na forma da legislação de regência, sob pena de regressão do regime.

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Três apostadores vão dividir prêmio de mais de 60 milhões da Mega-Sena

Posted: 31 May 2017 05:17 PM PDT

Sorteio premiou ainda 497 apostas com a quina e 18.964 com a quadra Elza fiúza/01.10.2012/ABr

Apostadores de Contagem (MG), Boa Esperança (PR) e do Rio de Janeiro (RJ) têm o direito de retirar R$ 20.928.347,70 cada um após cravarem as seis dezenas reveladas nesta quarta-feira pela Mega-Sena. Com isso, a loteria promete pagar R$ 3 milhões no próximo sábado (3).

Nesta noite, as dezenas reveladas pelo concurso de número 1.935 da loteria, realizado no Caminhão da Sorte estacionado na cidade de Paraíba do Sul (RS), foram: 01 — 03 — 10 — 17 — 23 — 24.

Além dos vencedores do prêmio principal, a loteria premiou nesta noite 497 bilhetes que acertaram a quina e têm o direito de receber R$ 7.778,22 cada. Outros 18.964 apostadores cravaram quatro dos números sorteados e podem sacar R$ 291,21 cada.

Para concorrer ao prêmio de R$ 3 milhões do próximo sábado, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Ministro do STF nega pedido da defesa de Temer e permite que PF questione sobre a conversa com dono da JBS

Posted: 31 May 2017 04:06 PM PDT

Fachin havia dado um prazo de 24 horas para que Temer responda, por escrito, perguntas depois que receber os questionamentos BBC Brasil

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin autorizou nesta quarta-feira (31) que a PF (Polícia Federal) faça questionamentos ao presidente Michel Temer a respeito da conversa gravada entre ele e o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, que fechou acordo de delação premiada.

Mais cedo, a defesa de Temer havia apresentado uma petição no inquérito a que o presidente responde para suspender o interrogatório dele até que a PF conclua uma perícia no áudio da conversa entre ambos. Alternativamente, queriam que não se fizesse perguntas a ele sobre a conversa interceptada.

Na decisão, Fachin rejeitou os pedidos dos advogados de Temer, investigado pelos crimes de obstrução de Justiça, corrupção passiva e organização criminosa.

O ministro do STF autorizou que a PF faça quaisquer perguntas ao presidente, mas assegurou o direito a ele de permanecer calado.

"Portanto, reconheço que ao requerente o direito, se assim desejar, de não responder quaisquer perguntas que lhe forem formuladas, sendo que essa opção não poderá ser interpretada contrariamente aos seus interesses, tampouco implicar em proibição à autoridade policial de formulá-las", decidiu o ministro.

Fachin havia dado um prazo de 24 horas para que Temer responda, por escrito, às perguntas da PF assim que receber os questionamentos.

O ministro tinha fixado prazo de 10 dias para que sejam concluídas as investigações do inquérito com o argumento de que há uma pessoa presa preventivamente — Roberta Funaro, a irmã do empresário Lúcio Funaro.

Polícia do Acre liga desaparecimento de jovem a ação de publicidade

Posted: 31 May 2017 03:34 PM PDT

Bruno Borges está desaparecido Reprodução Facebook

A Polícia Civil do Acre disse ter encontrado "fortes indícios" de que o desaparecimento do jovem estudante Bruno Borges tenha ocorrido para impulsionar a divulgação de livros de sua autoria. O departamento de inteligência afirmou que no mesmo dia em que o rapaz desapareceu um contrato falando de faturamento das obras foi registrado em Rio Branco.

A mãe do jovem desaparecido, a empresária Denise Borges, refuta a ideia de que o sumiço do filho seja uma "jogada de marketing". "Eu sou a única pessoa que li os quatro livros. Não se trata de uma jogada de marketing. Eu já sabia da existência dos contratos. Aqueles meninos ajudaram o Bruno", disse a mãe. Denise também confirmou o lançamento do primeiro livro em breve.

O "Contrato de Sociedade no Projeto Enzo com o Lançamento de 14 Obras" foi registrado no dia 27 de março, no Primeiro Tabelionato de Notas e firmado com Marcelo de Souza Ferreira, amigo de Bruno.

O documento define que haveria benefício de 15% do faturamento bruto do 'Projeto Enzo' e das '14 literaturas iniciais', parte do lançamento do 'projeto'.

Em entrevista realizada na manhã desta quarta-feira (31), o chefe do Departamento de Inteligência, delegado Alcino Júnior, disse que "havia uma combinação para a publicação das obras".

O delegado classificou como 'fortes' os indícios do afastamento voluntário de Bruno, que teria servido para dar publicidade aos livros. O amigo do estudante foi detido por falso testemunho.

"Qual o problema ele fazer um contrato para ajudar amigos que o ajudaram? O problema é que sempre tentam encontrar um meio pra prejudicar a imagem de alguém de bem", disse a irmã de Bruno, Gabriela Borges, em uma rede social.

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Torquato sugere que definição sobre continuidade de Daiello na direção da PF pode durar três meses

Posted: 31 May 2017 02:47 PM PDT

Torquato Jardim Marcelo Camargo/02.06.2016/Agência Brasil

O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, não confirmou a permanência de Leandro Daiello no comando da Polícia Federal. Em sua primeira entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira (31), no Palácio do Planalto, ele evitou responder sobre demarcação de terras indígenas e ironizou uma pergunta sobre a falta de experiência dele na área da segurança pública em meio à grave crise de violência nas cidades e no campo.

"Minha experiência com segurança pública foi ter duas tias e eu próprio que fomos assaltados em Brasília e no Rio de Janeiro", respondeu em tom de ironia. "A pasta é muito grande. Ninguém chega lá conhecendo tudo."

Na conversa com os jornalistas, logo após tomar posse, Torquato Jardim disse que iniciará conversas com o diretor-geral da Polícia Federal para tomar uma decisão. A primeira delas ocorrerá durante viagem que fará com Daiello para Porto Alegre, nos próximos dias. "Só daqui a três meses poderei responder a pergunta", disse ao ser questionado sobre uma possível mudança na cúpula da polícia.

Ele chegou à entrevista com uma folha de papel com cinco "questões" abordadas pela imprensa desde domingo, quando o presidente Michel Temer decidiu transferi-lo da pasta da Transparência para a Justiça. A Lava Jato foi o primeiro item lido por ele. Ao comentar sobre o tema, Jardim rebateu a avaliação de que tem posição contrária à continuidade da Lava Jato e que irá usar a PF para neutralizar os agentes federais que atuam na força-tarefa da operação.

"A Lava Jato é uma demanda da sociedade brasileira", afirmou. "Não deve haver dúvida alguma de que apoio a Lava Jato", completou. "A Lava Jato é uma vontade de Estado, uma oportunidade única para o Brasil ter um novo momento de ética pública."

No segundo item, ele disse que deverá fazer mudanças "mínimas" de pessoal no Ministério da Justiça e, em especial na Polícia Federal. A permanência de Daiello dependerá de uma série de avaliações, segundo ele. Questionado se essa dúvida sobre a continuidade do diretor-geral da PF não é uma forma de enfraquecê-lo, Jardim disse que ele próprio, como ministro, depende de avaliações constantes. "Eu também estou sendo avaliado. Posso ir embora a qualquer momento."

A terceira questão lida por Jardim foi a avaliação de que foi escolhido para o ministério para atuar, na prática, como advogado do presidente da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão que vai julgar ação contra a chapa Dilma Rousseff - Michel Temer nas eleições de 2014. O novo ministro disse que, se fosse para atuar na "sombra", era melhor ir para "advocacia" ou permanecer na Transparência, ministério de menor expressão.

Jardim, ao ler o quarto item, comentou especificamente sobre o processo contra Temer no Supremo Tribunal Federal (STF), a partir da delação do empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS. Batista gravou conversa polêmica com Temer no Palácio do Jaburu. O ministro da Justiça afirmou que precisava ler os autos para tomar uma posição.

Um jornalista, depois, perguntou se cabia a um ministro atuar nesse caso. Jardim, então, retrucou que precisava conhecer o processo até para "responder" perguntas da imprensa. Por fim, ele descartou a possível extinção do Ministério dos Direitos Humanos e a volta do tema para a Justiça.

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STF suspende julgamento sobre foro privilegiado

Posted: 31 May 2017 02:33 PM PDT

Supremo Tribunal Federal Divulgação/Nelson Jr;/STF

Após o voto do ministro Luis Roberto Barroso, relator no STF da ação que trata do foro privilegiado, o tribunal suspendeu o debate, que deve ser retomado nesta quinta-feira (1).

Barroso argumentou que o foro privilegiado foi estendido ao Congresso Nacional na Constituição de 1988, mas que na época não se imaginava que 'praticamente um terço do Congresso fosse investigado em uma ação penal', em referência à Lava Jato.

Disse ainda que hoje são 37 mil autoridades no Brasil que têm direito de serem julgados por instâncias superiores.

Com isso, argumentou, o Supremo Tribunal ficou abarrotado com ações penais, com mais de 200 casos prescritos, uma vez que a corte não tem capacidade de julgar tantas ações e ficando prejudicada a sua função primordial, de 'guardião da Constituição e equacionamento das grandes questões nacionais'.

— Funcionar como tribunal criminal é papel de juiz do primeiro grau. O STF leva cerca de um ano e meio para receber uma denúncia. O número [elevado de processos criminais no STF por foro privilegiado] traz constrangimento e desprestígio ao STF e traz impunidade. Não é preciso de mais nada para decretar a falência desse modelo, por isso é preciso dar uma interpretação restritiva ao foro, que é a de que o foro por prerrogativa só seja válido para atos praticados no cargo ou em razão do cargo.

Em sem voto, Barroso defendeu duas teses. A primeira é de que foro por prerrogativa de função aplica-se apenas a crimes cometidos durante o exercídio e relacionados à função. A segunda que estabelece ainda que após o final da instrução processual, com a divulgação do despacho, a competência não pode mais ser afetada se o agente vir a ocupar outro cargo ou deixar de ocupar cargo.

— Aplicando a todos os processos em curso, ressalvando atos praticados e decisões preferidas até aqui. No caso concreto, a ação será remetida à zona eleitoral do Rio de Janeiro em razão do réu ter renunciado ao cargo de deputado federal e por o juíz de primeiro grau estar pronto a sentenciar. O réu se tornou deputado depois do final da instrução. Estou convencido que esta é a melhor interpretação da Constituição.

O STF começou a julgar a restrição do foro perto das 15h30 desta quarta-feira (31) a restrição do foro privilegiado para apenas fatos ocorridos durante o mandato. A ação que está sendo analisada é uma questão de ordem na ação penal 937 proposta pela Procuradoria-Geral da República contra o atual prefeito de Cabo Frio, Marcos da Rocha Mendes (PMDB), por crime eleitoral. O peemedebista é acusado de ter distribuído notas de R$ 50 e carne aos eleitores para se eleger prefeito nas eleições de 2008.

Senado aprova PEC que põe fim ao foro privilegiado

Posted: 31 May 2017 02:21 PM PDT

PEC estava na pauta do plenário há duas semanas Pedro França/Agência Senado

O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (31), com 69 votos favoráveis e uma abstenção, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 10/2011, que extingue o foro especial por prerrogativa de função nos casos de crimes comuns. Na primeira votação, a Casa havia aprovado a proposta por unanimidade.

Agora, a PEC segue para ser analisada em dois turnos de votação pela Câmara. Caso os deputados também aprovem o texto, ele passará a valer imediatamente.

A proposta aprovada visa acabar com o foro privilegiado em caso de crimes comuns para deputados, senadores, ministros de Estado, governadores, ministros de tribunais superiores, desembargadores, embaixadores, comandantes militares, integrantes de tribunais regionais federais, juízes federais, membros do Ministério Público, procurador-geral da República e membros dos conselhos de Justiça e do Ministério Público.

Dessa forma, todas as autoridades e agentes públicos hoje beneficiados pelo foro responderão a processos iniciados nas primeiras instâncias da Justiça comum. As únicas exceções são os chefes dos três poderes da União: os presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal.

O texto, cujo relator é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) começou a ser discutido na Casa assim que o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou a discussão do alcance do foro privilegiado. A sessão na Suprema Corte foi interrompida sem finalizar a discussão.

A PEC estava na pauta do plenário, pronta para votação, há duas semanas. Mas os recentes acontecimentos políticos e agravamento da crise institucional desaceleraram a tramitação do projeto.

A movimentação dos senadores é no sentido de legislar sobre a prerrogativa de foro antes que o STF defina o seu alcance. Dessa forma, os parlamentares poderiam manter alguns dispositivos do foro, mesmo que o texto geral da PEC preveja a extinção da prerrogativa.

Senadores se movimentam para votar foro com anúncio de que STF iniciou discussão

Posted: 31 May 2017 01:45 PM PDT

Senado Barreto/26.04.2017/Agência Senado

Assim que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a discussão do alcance do foro privilegiado, senadores se movimentaram para votar a PEC que extingue a prerrogativa.

A PEC está na pauta do plenário, pronta para votação, há duas semanas. Mas os recentes acontecimentos políticos e agravamento da crise institucional desaceleraram a tramitação do projeto.

A movimentação dos senadores é no sentido de legislar sobre a prerrogativa de foro antes que o STF defina o seu alcance. Dessa forma, os parlamentares poderiam manter alguns dispositivos do foro, mesmo que o texto geral da PEC preveja a extinção da prerrogativa.

Relator da proposta, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrou no plenário com o projeto na mão e afirmou que vai tentar votar a PEC tão logo seja aberta a ordem do dia. Seis medidas provisórias constam na pauta antes da PEC, mas a ordem de votação pode ser invertida.

Em carta, Serraglio diz que Temer sofreu pressões de 'trôpegos estrategistas'

Posted: 31 May 2017 01:35 PM PDT

Osmar Serraglio Isaac Amorim/07.03.2017/Ministério da Justiça

Em carta de despedida endereçada ao presidente Michel Temer, o ex-ministro da Justiça, deputado licenciado Osmar Serraglio (PMDB-PR), faz um balanço de seus poucos meses de gestão na pasta e diz que Temer sofreu pressões de "trôpegos estrategistas".

Em uma mensagem de seis páginas, o peemedebista faz agradecimentos e diz que atuou para apaziguar os conflitos no campo, criando mutirões para demarcação de terras indígenas.

"Não posso concluir esta quadra de minha história sem agradecer ao presidente Michel Temer, pela confiança que em mim depositou porque sei das pressões que sofreu de trôpegos estrategistas", diz Serraglio.

O deputado agradece também ao ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), "que sempre me apoiou, compreendendo as dificuldades em que eu navegava", ao PMDB do líder Baleia Rossi (SP), às Frentes Parlamentares da Agropecuária e do Cooperativismo, "aos quais, fico sinceramente sentido, por pouco ter sido possível concretizar em tão breve tempo".

"Tínhamos muitas esperanças", acrescenta.

Serraglio não foi à posse de seu sucessor, Torquato Jardim, mas disse esperar que as "boas sementes" que plantou no Ministério "se converterão em árvores frondosas, sob o comando do nosso novo ministro Torquato Jardim".

Na "carta-balanço", o peemedebista destaca que teve uma passagem "muito breve" mas "feliz" no Ministério da Justiça. Em sua versão, o deputado licenciado diz que praticou a descentralização e que valorizou a base de apoio do governo "num momento crucial de apoio às reformas do presidente Temer".

O peemedebista conta que trabalhava das 8h da manhã até o início da madrugada, enumera as audiências realizadas e os encontros políticos e destaca que recebeu "inúmeros caciques indígenas". "Enquanto se dizia que não recebia índios, eles eram presença constante em meu gabinete", aponta.

No documento, o ex-ministro rechaça a afirmação de que ele esteve ausente nos momentos mais turbulentos da segurança pública. "Enquanto eu estaria ausente da última manifestação na Esplanada, não arredei um centímetro do Palácio da Justiça, acompanhando os trabalhos comandados pelo general Santos Cruz e as ações da Força Nacional", escreveu.

"Na invasão do Ministério ali estava presente, colaborando com o governo, para o sucesso de suas reformas", emendou.

No começo da carta, Serraglio cita o dramaturgo francês Victor Hugo e finaliza com ativista norte-americano Martin Luther King, onde diz sonhar com a pacificação do campo "para que nesta mesa da fraternidade, possam os índios e os não-índios, compartilhar a alegria de vivermos neste grande País".

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Novo ministro da Justiça diz que Lava Jato está blindada

Posted: 31 May 2017 01:02 PM PDT

Novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, cumprimenta Temer durante posse Ueslei Marcelino/Reuters

O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse nesta quarta-feira (31) que a Operação Lava Jato não depende de pessoas e está blidanda, e estimou que levará cerca de três meses para avaliar possíveis mudanças na cúpula da PF (Polícia Federal).

Em sua primeira entrevista coletiva após assumir o cargo, Torquato disse que é "desfundamentada" a sugestão de que foi para o ministério para influenciar decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que reinicia na próxima semana julgamento que pode cassar o mandato do presidente Michel Temer.

Torquato também disse que, "no Brasil, o otimista pode estar equivocado e o pessimista está sempre errado". O ministro afirma ainda que o "Brasil não é um País para principiantes" e que a "transparência na prestação de contas com a sociedade" será seu compromisso".

Durante a posse, o presidente Michel Temer fez um discurso no qual destacou que o País vive hoje "momentos de grandes conflitos constitucionais", e disse que o novo titular da pasta vai conseguir dar respostas rápidas à crise e indiretamente criticou o abuso de autoridade.

— O Brasil vive momentos de conflito institucional precisamente porque não se dá cumprimento, muitas e muitas vezes, à ordem institucional. O que nós precisamos com muita celeridade e rapidez é exatamente recuperar a institucionalidade do País.

Temer disse que é preciso deixar que o Judiciário trabalhe sossegado, mas sem descumprir a Constituição.

— A recuperação da institucionalidade significa precisamente a manutenção da ordem, significa assim o cumprimento da lei.

O presidente também destacou a questão do abuso de autoridade e disse que o Direito regula as relações sociais e que, quando se fala em abuso de autoridade, não é dizer que "abusar da autoridade fosse abusar do fulano de tal que transitória e episodicamente ocupa um cargo de autoridade".

— Não é isso. Quem tem autoridade no Brasil é a lei, portanto, abusar da autoridade é violar a lei", explicou. "Você abusa da autoridade toda vez que ultrapassa os limites da legalidade, aí sim você está abusando da autoridade.

O presidente começou sua fala lembrando que conhece Torquato Jardim desde 1982, quando era professor de mestrado na PUC em São Paulo, e afirmou que, desde que chegou ao governo, pensou em aproveitá-lo. Ele citou que o fez, colocando o ministro na Transparência, mas que, agora, neste importante momento, decidiu deslocá-lo para a Justiça que é uma "casa de longa tradição".

— O Ministério da Justiça sempre ocupou lugar central nas instituições brasileiras. [...] Penso que Torquato, com a larga experiência institucional, democrática e política pode dar colaboração neste instante que atravessamos.

O presidente destacou ainda que "os desafios são muitos e cada vez mais complexos" e ressaltou que a chegada de Torquato vai ajudar o governo com novas ideias. Ao enaltecer o novo titular da pasta, Temer evitou críticas ao antecessor deputado Osmar Serraglio, que era bastante criticado por sua atuação fraca, inclusive no comando a Polícia Federal, que chegou a pedir para marcar o depoimento do presidente sem o aval do STF. Em sua fala Temer disse ter certeza de que o deputado continuará a trabalhar pelo governo na Câmara.

O presidente não se referiu em nenhum momento no discurso à Polícia Federal, que é de competência do Ministério da Justiça, e destacou que a pasta dedica-se a "um amplo aspecto de temas", como a segurança púbica, que "é preocupação de todos os brasileiros".

STF começa a discutir regra de foro privilegiado que pode mandar parte da Lava Jato para primeira instância

Posted: 31 May 2017 11:42 AM PDT

STF começa a discutir regra de foro privilegiado que pode mandar parte da Lava Jato para primeira instância BBC Brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) começou a julgar perto das 15h30 desta quarta-feira (31) a restrição do foro privilegiado para apenas fatos ocorridos durante o mandato. Se aprovada, a restrição do foro pode ter impacto nos processos da Lava Jato, já que parte dos envolvidos são políticos em meio de mandato. Deputados que forem processados por supostos crimes cometidos fora do mandato, por exemplo, perderiam o direito de serem julgados diretamente por instâncias superiores.

A ação que está sendo analisada é uma questão de ordem na ação penal 937 proposta pela Procuradoria Geral da República contra o atual prefeito de Cabo Frio, Marcos da Rocha Mendes (PMDB), por crime eleitoral. O peemedebista é acusado de ter distribuído notas de R$ 50 e carne aos eleitores para se eleger prefeito nas eleições de 2008.

Relator da ação, o ministro Luís Roberto Barroso quer restringir o foro privilegiado a casos que envolvam crimes cometidos durante e em razão do exercício do cargo.  Se esse for o  entendimento da maioria dos ministros da corte, a maior parte dos processos, incluindo vários da Lava Jato, irão para os juízes de primeira instância, como Sergio Moro.

Marco Aurélio Mello assume inquérito contra Aécio e diz que levará pedido de prisão ao plenário do STF

Posted: 31 May 2017 11:08 AM PDT

Aécio foi afastado após as denúncias feitas por executivos da J&F Geraldo Magela/Agência Senado - 22.2.2017

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), assumiu nesta quarta-feira (31) a relatoria do inquérito que investiga o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) por denúncias feitas por executivos da J&F, controladora do frigorífico JBS.

Marco Aurélio afirmou que vai levar o pedido de prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) ao plenário do Supremo. Disse também que não vai rever a decisão tomada anteriormente por Fachin, primeiro relator da investigação contra o tucano, de rejeitar a prisão dele.

"Parece que o computador, no que opera a distribuição, não gosta de mim", brincou o ministro com os jornalistas na entrada do prédio do STF. "Para mim, processo não tem capa, tem conteúdo e eu vou atuar segundo o conteúdo dos autos do inquérito."

A investigação contra o tucano, também apura suspeitas de irregularidades contra Andrea Neves, irmã de Aécio, e Frederico Pacheco, primo do senador. Os dois parentes do tucano estão presos por conta de acusações de que teriam atuado com o parlamentar no recebimento por ele de uma propina de R$ 2 milhões que teria sido paga pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F.

O inquérito estava sob a relatoria do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, e fazia parte de uma investigação que também envolvia o presidente Michel Temer e seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures. Na segunda-feira, no entanto, Fachin decidiu pelo desmembramento do caso, mantendo sob sua responsabilidade somente a apuração de supostas irregularidades cometidas por Temer.

Aécio pressionou diretor da PF para ter acesso a investigações da Lava Jato

Aécio foi gravado por Joesley em um diálogo em que pediria os R$ 2 milhões e no qual também faria críticas à Lava Jato e ao então ministro da Justiça, Osmar Serraglio. Andrea Neves teria tratado do pagamento com Joesley, e Frederico Pacheco foi escalado por Aécio para receber os recursos. O primo do senador foi gravado em ação controlada da Polícia Federal recebendo os recursos.

O senador negou qualquer irregularidade e disse ter sido alvo de uma armação montada por Joesley. Ele disse que havia oferecido ao empresário a venda de um apartamento onde mora sua mãe, mas que o dono da JBS ofereceu em troca um empréstimo de R$ 2 milhões que, de acordo com Aécio, seria posteriormente regularizado por contrato.

Salário de Aécio é insuficiente para bancar aluguel estimado de mansão onde ele mora

Comissão no Senado aprova eleição direta para presidente caso Temer perca o mandato neste ano

Posted: 31 May 2017 09:42 AM PDT

Proposta aprovada pelo colegiado prevê eleições diretas no caso de vacância nos três primeiros anos de mandato Agência Brasil

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que determina a realização de eleições diretas no caso de vacância da presidência e da vice-presidência nos três primeiros anos de mandato.

A PEC de autoria do senador Reguffe (sem partido-DF) foi aprovada por unanimidade e segue para o plenário da Casa.

As propostas de realização de eleições diretas para o caso de vacância da presidência e da vice ganharam força nos últimos dias após a divulgação de delações e gravações de empresários do grupo J&F, controlador da JBS.

As denúncias abalaram o mundo político, com implicações diretas ao presidente Michel Temer, que responde a inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal), e a importantes lideranças políticas aliadas do governo.

Saiba quem pode concorrer a uma eleição caso Temer deixe a Presidência

Na Câmara já tramita uma proposta de conteúdo semelhante. O texto, do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), prevê que só serão realizadas eleições indiretas no caso de vacância dos dois cargos nos últimos seis meses de mandato. A PEC aguarda votação na CCJ da Casa, mas ainda não foi objeto de consenso dos deputados.

A regra atual, estabelecida pelo parágrafo primeiro do artigo 81 da Constituição Federal, prevê a eleição para ambos os cargos pelo Congresso Nacional, ou seja, de forma indireta, no caso de vacância nos últimos dois anos de mandato.

Discussão do gasto é a mais importante e a que nunca é feita, diz ministro do Planejamento

Posted: 31 May 2017 09:34 AM PDT

ministro Dyogo Oliveira Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta quarta-feira, 31, ao participar de evento na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, que "o mais importante a respeito de política fiscal é a composição do gasto, para onde vai o dinheiro". Em seguida, acrescentou que "essa é a discussão importante, que nunca é feita".

Atualmente, 90% do orçamento do governo federal está sendo aplicado em despesas obrigatórias. "A margem do governo é muito pequena e parte considerável dessa margem é consumida com as despesas de custeio do governo, que também são limitadas em termos de compressão", afirmou.

Dyogo reiterou o discurso da equipe econômica de que as despesas com a Previdência são o componente mais relevante e enfatizou a necessidade de dar continuidade à reforma. Segundo o ministro, os inativos respondem por metade das despesas do governo. A perspectiva é que, neste ano, a Previdência deve se aproximar de 55% da despesa total.

Em contrapartida, a despesa com investimento é de apenas 12%. "O fato é que estamos gastando demais com Previdência e de menos com investimento. É evidente que essa não é a composição adequada para construir o País. Estamos fazendo grande esforço ainda para agregar receitas e permitir algum nível de ampliação das despesas com investimento, por meio da liberação do orçamento contingenciado", disse Oliveira.

O ministro destacou, porém, que essa fórmula não será suficiente para reverter o quadro atual. "As perspectivas para o futuro, sem reforma, não são nada alentadoras. O que temos para frente é que haverá uma compressão bem mais forte da margem fiscal do governo. É por que, não só a reforma da Previdência, mas a reforma do gasto como um todo é necessária. É preciso reorganizar os gastos públicos e isso envolve ações em diversas áreas", afirmou.

Outras iniciativas

Dyogo Oliveira destacou que o governo está revisando todas as despesas do governo federal e que, apesar das pressões do Congresso, aumento de gastos devem ser compensados pelo crescimento da receita.

"Não raros, observamos que a discussão a respeito da despesa pública se dá sem a devida percepção de que há uma restrição orçamentária. A bancada no Congresso da Saúde se alia com a bancada da Educação, que se alia com a bancada Ruralista e todos pressionam o orçamento para cima, ampliando as despesas, sem a devida contrapartida do lado da receita", afirmou o ministro.

Com a adoção de restrições de gastos previstas em lei, no entanto, as despesas passam a ser limitadas, ressaltou o ministro. "A discussão da divisão do gasto público tem que levar em conta que o aumento de uma despesa significa a redução de outra despesa e que isso tem que estar coerente com as receitas previstas para o ano", acrescentou.

Entre as despesas que devem ser cortadas, disse ele, está a relativa à concessão de subsídios, como já tem acontecido no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "A despesa com subsídio, que é de mais de R$ 26 bilhões neste ano, já passou por um processo de revisão, que foi o fim do programa de subsídio do BNDES. Essa é uma despesa que vai cair bastante forte nos próximos anos. Isso vai abrir espaço na margem fiscal. Mas temos que ter outras iniciativas", disse.

Programas do governo

A revisão de programas do governo deverá permitir ao governo atender às exigências fiscais previstas em lei, segundo o ministro. Entre os cortes previstos ele citou a redução do pagamento de auxílio-doença numa proporção de 50% a 60%, o que deve gerar uma economia de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões após as mudanças que estão em curso no governo.

O governo está com dificuldade de identificar possíveis cortes no programa Bolsa Família por causa da informalidade, disse o ministro. "Devemos ter uma centralização melhor do programa, ainda que isso não signifique, de início, uma redução das despesas. Ao menos, teremos um pouco mais de segurança de que as pessoas que recebem realmente são as que deveriam estar recebendo", afirmou.

Recuperação fiscal dos Estados

A aprovação da lei de recuperação fiscal dos Estados também contribuirá para reduzir o gasto da União, porque "há uma contaminação entre as políticas fiscais dos Estados e a federal", de acordo com Oliveira. "É importante que os Estados tenham algum mecanismo de solução para as crises fiscais que enfrentam, sem que isso contamine mais fortemente a situação fiscal da União", afirmou.

O ministro afirmou ainda que a tecnologia "painel de preços" está ajudando a controlar as licitações do governo federal para a compra de produtos e serviços. Ele relatou que, com a tecnologia, foi possível perceber que um mesmo produto teria custado a diferentes órgãos do governo preços que variavam de R$ 0,50 a R$ 14.

Ex-chefe da Agricultura em Goiás é alvo da segunda fase da Carne Fraca

Posted: 31 May 2017 09:24 AM PDT

PF diz que foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão em GO Reprodução/Sindicato dos Delegados da Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (31) a operação Antídoto, segunda fase da Carne Fraca, cujo alvo principal é um ex-Superintendente Regional do Ministério da Agricultura, réu por supostamente integrar esquemas de corrupção envolvendo empresa do setor de alimentos e a pasta. O agente público foi flagrado destruindo provas por meio de grampos autorizados pela Justiça, segundo a PF.

De acordo com a PF, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva no estado de Goiás.

A ação policial, de acordo com a corporação, tem como alvo principal a investigação do ex-Superintendente Regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado de Goiás. Segundo as apurações, o investigado foi flagrado em interceptações telefônicas destruindo provas relevantes para a apuração no contexto da Operação Carne Fraca.

PF cumpre mandado de prisão em Goiás em nova fase da Carne Franca

O ex-Superintendente é réu por ter participado de esquema de corrupção entre grande empresa do ramo alimentício e o ex-chefe do Serviço de Inspeção em Produtos de Origem Animal - Goiás (SIPOA/GO) para impedir a interdição do funcionamento da mesma, em virtude de fiscalização lá ocorrida.

O nome da fase (Antídoto), de acordo com a PF, é uma referência a uma ação policial colocada em prática com o objetivo de fazer cessar a ação criminosa do investigado e preservar eventuais novas provas.

A Polícia Federal afirma que os investigados responderão pela prática dos crimes obstrução de investigação criminal, além de outros crimes já identificados nos autos.

O preso será trazido para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerá a disposição do juízo da 14ª Vara Federal da capital.

Ninguém levará a impedimento das políticas públicas do governo, diz Temer

Posted: 31 May 2017 09:16 AM PDT

Temer voltou a participar de evento após maior crise de seu governo BBC Brasil

No primeiro evento no Palácio do Planalto depois de ser envolvido na maior crise de seu governo, o presidente Michel Temer lançou um Plano Safra de Agricultura Familiar sem grandes novidades e fez apenas uma menção indireta à crise para reforçar que nada vai tirá-lo do poder. "Vamos continuar nessa trilha. Ninguém vai impedir que nós tenhamos impedimento dessas políticas públicas que estamos levando a frente", afirmou o presidente, sem citar processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode culminar com sua cassação nem os pedidos de impeachment que estão protocolos na Câmara dos Deputados.

Aécio cobrou chefe da PF por acesso a inquérito

Temer repetiu que o governo trabalha com ajuste fiscal, mas que seu governo não se descuida do lado social e citou medidas já anunciadas no ano passado, como o reajuste do Bolsa Família. "De vez quando tem quem diga que o governo não pensa no social, mas veja o que estamos fazendo nesta área", afirmou o presidente, que lembrou também o cartão reforma, medida que já está em vigor desde o fim de abril.

Logo no início de seu discurso, Temer fez um "apelo" ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, para que o Senado vote o mais rapidamente a Medida provisória que regulariza a situação de assentados. Quebrando o protocolo, Eunício interrompeu o discurso do presidente e o informou que quebraria o interstício para votar na quinta a medida. "Há milhares de assentados que não têm titularidade de terra. Ao final do governo todos terão seus títulos de propriedade", prometeu Temer.

Ao falar dos R$ 30 bilhões em crédito rural para agricultura familiar, que foram anunciados nesta quarta, o presidente disse que as pequenas propriedades "são peças-chave da segurança alimentar do país", e lembrou que o volume de recursos e os juros do Pronaf não foram alterados apesar da recessão.

Sem citar o aumento da taxa de desemprego (ante 2016) divulgada nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Temer reiterou que um dos "objetivos fundamentais" do seu governo é a retomada do emprego. "Quando estimulamos a agricultura familiar, combatemos a pobreza e o desemprego. Essa medida também é eficaz para reduzir a inflação. A queda da inflação - que chegou a mais de 10% ao ano - para abaixo do centro da meta deriva em boa parte da agricultura familiar", afirmou.

No dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai decidir sobre a taxa Selic, com expectativa de corte de 1 ponto porcentual na taxa básica de juros, Temer fez mais um apelo, desta vez ao presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, para que ele também lute por juros menores. "Acesso ao credito é fundamental para agricultura familiar. O Caffarelli sabe disso e vai entrar nessa campanha para reduzir mais o juros do Banco do Brasil", disse.

46% dos brasileiros não votariam em Lula de jeito nenhum se eleições fossem hoje

Posted: 31 May 2017 09:12 AM PDT

46% dos brasileiros não votariam em Lula de jeito nenhum se eleições fossem hoje Ricardo Stuckert/12.02.2016/Instituto Lula

Pesquisa de opinião feita pelo Instituto Paraná Pesquisas divulgada nesta quarta-feira (31) detectou que a rejeição ao ex-presidente Lula (PT) para a presidência do Brasil chega a quase metade do eleitorado, ou 46,5% dos entrevistados. Apesar da grande rejeição, Lula é também o preferido na disputa, liderando com cerca de 25% das intenções de voto nas duas simulações em que aparece na disputa. 

Na rejeição, atrás de Lula vem o nome do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), com 26,1%. Números semelhantes ao do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em quem 24,9% dos brasileiros não votariam de jeito nenhum. 

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) apresentou 22% de rejeição. A fundadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, apresentou rejeição de 20,4%. 

O levantamento também detectou que 19,4% dos entrevistados não votariam no senador goiano Ronaldo Caiado (DEM) de jeito nenhum. Os possíveis candidatos que apresentaram as menores rejeições foram o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), com 16,7% e o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa com 13,9%. 

7% dos entrevistados disseram não saber e 5,4% responderam que votariam em qualquer um dos possíveis candidatos. As respostas eram de múltipla escolha, ou seja, um entrevistado podia rejeitar mais de um candidato. 

Intenções de voto

Nas pesquisas de intenções de voto para a presidência, o instituto Paraná Pesquisas fez pesquisa estimulada com três cenários, alternando os possíveis candidatos. Nos dois em que Lula é candidato, o ex-presidente lidera com cerca de 25% das intenções de voto. Quando Lula está fora, o percentual de eleitores que votariam em nenhum dos outros candidatos é maior, de quase 22% e em segundo lugar está o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), com 17% das intenções de voto. 

Cenário 1: Lula (25,4%), Bolsonaro (16,1%), Doria (12,1%), Marina Silva (11,1%), Joaquim Barbosa (8,1%), Ciro Gomes (4,3%), Ronaldo Caiado (1,6%) e Luciana Genro (1,5%). Os que não votariam em nenhum dos candidatos somam 14% e os que não sabem, 4,5%. 

Cenário 2: Lula (25,4%), Bolsonaro (16,8%), Alckmin (6,4%), Marina Silva (10,4%), Joaquim Barbosa (8,1%), Ciro Gomes (4,2%), Ronaldo Caiado (1,6%), Luciana Genro (1,5%) e Luciano Huck (7,3%). Os que não votariam em nenhum dos candidatos somam 14% e os que não sabem, 4,5%.

Cenáro 3: Bolsonaro (17,2%), Doria (13,6%), Marina Silva (14,9%), Joaquim Barbosa (8,7%), Ciro Gomes (6,7%), Ronaldo Caiado (1,8%), Luciana Genro (1,9%), Bernardinho do Vôlei (3,7%) e Fernando Haddad (3,1%). Os que não votariam em nenhum dos candidatos somam 21,9% e os que não sabem, 6,4%.

Pesquisa

O instituto ouviu 2.022 eleitores por meio de entrevistas pessoais com eleitores de 26 Estados e Distrito Federal em 164 municípios entre os dias 25 e 29 de maio de 2017, sendo auditadas simultaneamente à sua realização, 20% das entrevistas. A amostra tem grau de confiança de 95% para uma margem de erro que varia entre as regiões, de dois a seis pontos percentuais.

PF cumpre mandado de prisão em Goiás em nova fase da Carne Fraca

Posted: 31 May 2017 08:21 AM PDT

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (31) nova fase da operação Carne Fraca, que revelou esquema de fornecimento de produtos alimentícios alterados ou adulterados com a participação de empresários e fiscais do governo, tendo como alvo principal um ex-superintendente do Ministério de Agricultura no Estado de Goiás, informou a PF em comunicado.

As investigações apontaram, segundo a polícia, que o suspeito foi flagrado em interceptações telefônicas destruindo provas importantes no âmbito da operação. Além de mandado de prisão, também foram expedidos três mandados de busca e apreensão.

"O ex-superintendente é réu por ter participado de esquema de corrupção entre grande empresa do ramo alimentício e o ex-chefe do SIPOA/GO (Serviço de Inspeção em Produtos de Origem Animal–Goiás) para impedir a interdição do funcionamento da mesma, em virtude de fiscalização lá ocorrida", acrescentou a PF em comunicado.

Batizada de Antídoto, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, todos em Goiás. O nome da fase é uma referência a uma ação policial colocada em prática com o objetivo de fazer cessar a ação criminosa do investigado e preservar eventuais novas provas.

Apesar de desemprego, 62% dos brasileiros com trabalho acreditam que vão manter colocação em 2017

Posted: 31 May 2017 08:00 AM PDT

Apesar de desemprego, 63% dos brasileiros acreditam que vão manter colocação em 2017 José Paulo Lacerda/CNI

Apesar do desemprego ter atingido 14 milhões em abril 2017, os brasileiros se mantém otimistas e 62,9% dos que estão trabalhando acreditam que vão manter a colocação neste ano. O dado está em pesquisa feita com exclusividade para o R7 pelo instituto de opinião Paraná Pesquisas. Mesmo com o otimismo da maior parte, quase um quarto dos entrevistados, ou 24,1%, acham que podem perder o emprego ainda neste ano. 

Os extremamente confiantes são 6,4% dos entrevistados, que responderam que acreditam que serão promovidos em 2017 ou terão aumento de salário. Os que não sabem e não opinaram são 6,6%. 

A confiança do brasileiro em relação ao emprego, no entanto, diminuiu em relação a fevereiro, quando foi realizado um levantamento com as mesmas questões. Na época, 63% acreditavam que manteriam o emprego e 21,9% achavam que poderiam perder o emprego. O percentual dos que acretivam que seriam promovidos era o dobro do detectado agora, 12,9% (fevereiro) ante 6,4% (maio). 

O instituto ouviu 2.022 eleitores por meio de entrevistas pessoais com eleitores de 26 Estados e Distrito Federal em 164 municípios entre os dias 25 e 29 de maio de 2017, sendo auditadas simultaneamente à sua realização, 20% das entrevistas. A amostra tem grau de confiança de 95% para uma margem de erro que varia entre as regiões, de dois a seis pontos percentuais.