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sábado, 5 de novembro de 2016

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Enem 2016

Posted: 05 Nov 2016 09:28 AM PDT

Os inscritos no Enem 2016 que fariam as provas neste sábado (05) no Colégio Estadual do Paraná terão que realizar as provas em dezembro devido a ocupação na escola, em CuritibaComunicados avisa que os inscritos no Enem 2016 que fariam as provas neste sábado (05) no Colégio Estadual Leoncio Corrêa em Curitiba, terão que realizar as provas em dezembro devido a ocupação na escolaOcupação no Colégio Estadual do Paraná impede a realização da prova do Enem, en CuritibaOcupação Colégio Estadual Sta Candida em Curitiba impede a realização da prova do EnemOs inscritos no Enem 2016 que fariam as provas neste sábado (05) no Colégio Estadual Loureiro Fernandes terão que realizar as provas em dezembro devido à ocupação na escola, em CuritibaEstudantes aguardam para realizar a prova do Enem, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do Enem, em São PauloPortões são abertos para o primeiro dia de prova do Enem 2016, em São PauloPortões são abertos para o primeiro dia de prova do Enem 2016, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do Enem, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do Enem, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São PauloPortões são abertos para o primeiro dia de prova do Enem 2016, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São PauloEstudante aguarda para realizar a prova do Enem, em São PauloLeonardo Costa aguarda a abertura dos portões para realizar a prova do Enem, em São PauloLuis Carlos aguarda a abertura dos portões para realizar a prova do Enem, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São PauloEstudante aguarda para realizar a prova do ENEM, em São PauloEstudante aguardam a abertura dos portões para realizarem a prova do Enem, em São PauloKatia e Ingrid aguardam a abertura dos portões para realizarem a prova do Enem, em São Pauloenem-sabado-20161105-066Estudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São Paulo
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Padre italiano culpa uniões homossexuais por terremotos no país

Posted: 05 Nov 2016 09:18 AM PDT

O padre italiano Giovanni Cavalcoli classificou os recentes terremotos que sacudiram o país como um “castigo divino” relacionado às uniões de homossexuais. A declaração irritou o Vaticano, que emitiu nota repudiando as declarações do religioso.

A imprensa italiana informou neste sábado que Cavalcoli deu as declarações no domingo, 30 de outubro, no mesmo dia que um terremoto de magnitude 6,5 sacudiu a região central da Úmbria. Na ocasião, ele afirmou a uma rádio local que o tremor se dava em decorrência da “ofensa à família e à dignidade do matrimônio, sobretudo por culpa das uniões civis” de homossexuais.

O Vaticano reagiu, classificando as declarações como “fensivas para os fiéis e escandalosas para os não fiéis”. O arcebispo italiano Angelo Becciu, número dois da Secretaria de Estado do Vaticano, pediu perdão às vítimas dos terremotos e afirmou que elas têm “a solidariedade e o apoio” do papa Francisco.

Contudo, a resposta do Vaticano não mudou a opinião do padre Cavalcoli, que repetiu em outra emissora de rádio que os terremotos foram provocados pelos “pecados do homem”. “O Vaticano? Que revise o catecismo!”, alfinetou o religioso. A Itália, o último grande país da Europa Ocidental que não havia acordado nenhum estatuto aos casais do mesmo sexo – com uma forte oposição da Igreja Católica – optou no final de julho por estabelecer a união civil, diferente do matrimônio.

(Com agência France-Presse)


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#ShowDosAdiantados: candidatos chegam até 4 horas antes no Enem

Posted: 05 Nov 2016 07:46 AM PDT

Os portões da Uninove unidade da Barra Funda abriram neste sábado às 11h50, no primeiro dia de realização da prova do Enem. Mas o medo de não entrar até o horário permitido pela organização fez com que alguns estudantes chegassem até 4 horas antes da abertura da universidade.

Luiz Carlos Bessa, de 55 anos, morador da cidade de São Paulo chegou às 8 horas da manhã na Uninove. “Eu preferi chegar mais cedo para ir me preparando para a prova com tranquilidade, sem afobação. Isso também me ajudou a relembrar algumas matérias durante o caminho.” Essa é a segunda vez que Bessa presta o Enem. Na edição de 2014, por meio do Enem, conseguiu uma vaga pelo Fies para cursar Jornalismo na Universidade Anhembi Morumbi no ano passado.

Devido ao atraso dos repasses do governo para a universidade e os problemas com a renovação do contrato, o aposentado teve de trancar o curso no segundo semestre de 2015.  Com a nota deste ano, Bessa vai tentar uma vaga no mesmo curso, em outras universidades, utilizando os programas Prouni e Sisu.

As estudantes Ingrid Oliveira, de 17 anos, e Katia de Oliveira, de 20 anos, não se conheciam antes de chegarem à universidade na manhã deste sábado. Ingrid, que mora no Taboão da Serra, acordou às 6h30 da manhã para chegar às 10 horas na Barra Funda. A aprendiz de auxiliar administrativa está concluindo o ensino médio e quer fazer faculdade de arquitetura e engenharia ambiental lamenta: "Não conseguiu dedicar horas de estudo por estar trabalhando".

Katia e Ingrid aguardam a abertura dos portões para realizarem a prova do Enem, em São Paulo

Katia e Ingrid aguardam a abertura dos portões para realizarem a prova do Enem, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)

Já Katia está prestando o Enem pela segunda vez. Cursando Letras em uma universidade particular, seu sonho é estudar em uma instituição federal em São Paulo ou na Bahia, no mesmo curso. Ela mora em Diadema e, assim como Ingrid, pegou duas conduções. "A gente tinha medo de o transporte público dar algum tipo de problema."

O haitiano Djamsn Saint Luis, 24 anos, chegou ao Brasil em 2014 e quer cursar Medicina. O candidato, que já trabalha na área de construção civil, estudava pela manhã em um centro comunitário de ajuda a refugiados e trabalhava no período da tarde. "Minha principal dificuldade é na redação e em gramática, por causa da língua. Tem coisas que eu não consigo compreender", diz. Quando o assunto é biologia, matemática e história, Saint Luis domina.

Família

Silvia Maria Caetano, 47 anos, e José Carlos Caetano, 52 anos, vieram de Diadema acompanhar o filho Leonardo Costa. O

Leonardo Costa aguarda a abertura dos portões para realizar a prova do Enem, em São Paulo

Leonardo Costa aguarda a abertura dos portões para realizar a prova do Enem, em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)

candidato não conseguiu selecionar uma universidade de sua cidade e acabou sendo direcionado para a zona oeste de São Paulo. A família saiu às 9 horas de de casa e chegaram à Uninove às 10h30, quando já havia cerca de 50 pessoas em frente aos portões.

Enquanto Leonardo realiza a prova, os pais vão passear pela região até o filho sair. "Estamos ansiosos, mas tentamos passar tranquilidade para ele, que ficou o ano inteiro estudando só o conteúdo da escola", contaram.


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Lava-Jato chega ao Corinthians e aos estádios da Copa do Mundo

Posted: 05 Nov 2016 06:25 AM PDT

A Operação Lava-Jato chegou ao Corinthians. O ex-presidente do clube paulista e deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP) virou alvo de um inquérito sigiloso instaurado com autorização do ministro Teori Zavascki, relator dos processos do petrolão no Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) suspeita que o parlamentar petista tenha praticado os crimes de corrupção passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Além disso, os empreiteiros Emílio e Marcelo Odebrecht, em sua proposta de delação premiada, confirmaram que a empresa pagou caixa dois para a campanha de Sanchez em 2014. Os dois empresários ainda revelaram, num capítulo exclusivo sobre o estádio Itaquerão, que os ex-presidentes Lula e Dilma ajudaram a destravar financiamentos de 750 milhões de reais concedidos pelo BNDES e pela Caixa Econômica Federal para construir a arena que sediou a abertura da Copa do Mundo de 2014.

A Lava-Jato chegou ao Corinthians logo após a Polícia Federal apreender documentos nos escritórios da Odebrecht. Investigadores encontraram indícios de que a empreiteira pagou meio de milhão de reais em caixa dois para Sanchez durante as eleições em 2014. "Antonio Roberto Gavioli, diretor de contrato na Odebrecht Infraestrutura, vinculado à obra da Arena do Corinthians, em São Paulo, foi identificado como o contato para o pagamento ao codinome 'Timão' no valor de R$ 500.000,00", diz a manifestação da PGR, obtida por VEJA. A anotação encontrada na Odebrecht está relacionada com o nome de André Luiz de Oliveira, conhecido como "André Negão", atual chefe de gabinete de Sanchez na Câmara dos deputados.

Procurado, Sanchez negou que tenha recebido caixa dois da Odebrecht. "Eu não tenho nada, não pedi nada e não peguei nada", disse. O advogado Cristiano Martins, que defende o ex-presidente Lula, disse que a "Lava-Jato não conseguiu apresentar qualquer prova sobre suas acusações contra Lula. Na ausência de provas, trabalha-se com especulações de delações". Por meio de sua assessoria de imprensa, Dilma afirmou que "não teve acesso ao conteúdo da suposta delação, nem sabe sequer o nome do executivo que teria prestado depoimento". Por isso, "não há o que comentar".

O Itaquerão é apenas um dos cinco estádios da Copa do Mundo de 2014 que estão na mira da Lava-Jato. Reportagem de VEJA desta semana revela que, até o momento, foram identificados sobrepreços que somam 1,5 bilhão de reais – e indícios de pagamentos de propinas para governadores, parlamentares e partidos. O suposto esquema era semelhante ao modus operandi do petrolão: as grandes empreiteiras dividiram os projetos das arenas, receberam dinheiro público e molharam as mãos de políticos.

Para ler a reportagem, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no iba clube.


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Planalto considera a hipótese de Lula fugir do Brasil

Posted: 05 Nov 2016 06:24 AM PDT

Reportagem publicada na mais recente edição de VEJA que chega às bancas neste sábado revela os detalhes de como o governo do presidente Michel Temer vem lidando em sigilo com um delicado assunto: o risco de o ex-presidente Lula fugir do país.

No momento em que o cerco da Operação Lava-Jato se fecha sobre o petista, as investidas dos advogados de Lula na Organização das Nações Unidas (ONU) levaram o ministro José Serra a procurar o presidente da República para analisar as consequências de um eventual pedido de asilo político de Lula.

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Arquivado em:Brasil, Política

Ocupações crescem e 270.000 farão o Enem em dezembro

Posted: 05 Nov 2016 06:01 AM PDT

Os inscritos no Enem 2016 que fariam as provas neste sábado (05) no Colégio Estadual do Paraná terão que realizar as provas em dezembro devido a ocupação na escola, em CuritibaComunicados avisa que os inscritos no Enem 2016 que fariam as provas neste sábado (05) no Colégio Estadual Leoncio Corrêa em Curitiba, terão que realizar as provas em dezembro devido a ocupação na escolaOcupação no Colégio Estadual do Paraná impede a realização da prova do Enem, en CuritibaOcupação Colégio Estadual Sta Candida em Curitiba impede a realização da prova do EnemOs inscritos no Enem 2016 que fariam as provas neste sábado (05) no Colégio Estadual Loureiro Fernandes terão que realizar as provas em dezembro devido à ocupação na escola, em CuritibaEstudantes aguardam para realizar a prova do Enem, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do Enem, em São PauloPortões são abertos para o primeiro dia de prova do Enem 2016, em São PauloPortões são abertos para o primeiro dia de prova do Enem 2016, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do Enem, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do Enem, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São PauloPortões são abertos para o primeiro dia de prova do Enem 2016, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São PauloEstudante aguarda para realizar a prova do Enem, em São PauloLeonardo Costa aguarda a abertura dos portões para realizar a prova do Enem, em São PauloLuis Carlos aguarda a abertura dos portões para realizar a prova do Enem, em São PauloEstudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São PauloEstudante aguarda para realizar a prova do ENEM, em São PauloEstudante aguardam a abertura dos portões para realizarem a prova do Enem, em São PauloKatia e Ingrid aguardam a abertura dos portões para realizarem a prova do Enem, em São Pauloenem-sabado-20161105-066Estudantes aguardam para realizar a prova do ENEM, em São Paulo

O número de escolas em que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) não poderá ser aplicado neste final de semana por causa das ocupações cresceu neste sábado, segundo o Inep. Agora, 404 escolas integram a lista, elevando o número de estudantes afetados para 271.918 – as provas desses alunos serão aplicadas nos dias 3 e 4 de dezembro. Quem não recebeu qualquer comunicado oficial do Inep, por e-mail ou SMS, deve comparecer normalmente ao local de prova. Confira aqui a lista completa de escolas em que não haverá prova.

Os portões de acesso aos locais de prova abriram às 12 horas (horário de Brasília) e fecham às 13 horas – atrasos não serão tolerados. A prova começa às 13h30. Ao fim da tarde deste sábado e domingo, o site de VEJA exibirá o gabarito extraoficial da prova, com as questões do exame resolvidas pelos professores do Anglo Vestibulares. O gabarito oficial da prova será divulgado nesta quarta-feira (9).

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Este ano, 8.627.195 milhões de alunos se inscreveram para o exame, fazendo desta edição a segunda maior do Enem, atrás apenas de 2014 (que teve 8.722.239 inscritos). No ano passado, foram 7,7 milhões de inscritos, uma queda de 11,2% em relação a 2014, o que interrompeu uma sequência de recordes de inscrições registrados desde 2008.

Até o início da tarde da última sexta-feira (4), 7,1 milhões de estudantes, 82% dos inscritos, haviam acessado o cartão de confirmação da prova. Isso significa que mais de 1 milhão de estudantes ainda não confirmou  a participação nas provas e não sabe onde realizará o exame.

Enem remarcado

Na semana antes da prova, 240.404 candidatos  (2.79% do total dos 8,6 milhões inscritos) tiveram o Enem adiado pelo Ministério da Educação (MEC) devido ocupações de estudantes em 364 escolas que foram listadas como locais de prova. A lista ganhou outros 29.000 nomes neste sábado. Eles farão o exame em 3 e 4 de dezembro. Segundo Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, se houver imprevistos, a quantidade de candidatos que não farão a prova neste fim de semana pode aumentar.

"Espero que não aconteça, mas se houver algum evento no domingo que obrigue o cancelamento da prova, os candidatos poderão fazer o exame na segunda leva em dezembro", explicou Fini, na sexta-feira, durante a divulgação da lista completa dos locais de prova ocupados que tiveram o Enem adiado. Ela também lamentou a coincidência de datas entre os vestibulares regionais e o Enem remarcado. "Lamento muito, mas esses estudantes terão de escolher entre um exame e outro", disse.

Provas

Os participantes do Enem terão no primeiro dia quatro horas e meia para realizar duas provas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha. Serão realizados os testes de Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia e Sociologia) e de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Química, Física e Biologia).

No domingo, os candidatos farão as provas de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Artes e Educação Física), Matemática e a redação. O tempo de realização da prova será de 5 horas e meia.

O cartão de confirmação do exame não foi distribuído pelos Correios – o acesso a ele é feito pela internet para a checagem de endereços e dos dados dos participantes. Apesar de não ser obrigatório para o acesso ao local de prova, o MEC aconselha a impressão do cartão. O ideal é que o candidato leve a cópia do cartão, que contém os detalhes do endereço do local de prova, junto com o documento de identidade com fotografia.

Dados biométricos

O Enem é um exame que, além de avaliar a qualidade do ensino médio nas escolas brasileiras, dá acesso a universidades federais, estaduais e privadas. As notas da prova também são utilizadas para obtenção de bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni) vagas para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e para acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além disso, o Enem concede diploma do ensino médio a pessoas com mais de 18 anos que atinjam média exigida pelo MEC.

Três novidades foram incluídas na edição de 2016 de Enem. Pela primeira vez, todos os participantes terão coleta de dados biométricos, que será realizada pelo chefe de sala durante a aplicação do exame. Outra novidade é a utilização de detectores de metais, na entrada e na saída dos banheiros, em todos os participantes e não mais por amostra – a ideia é melhorar a segurança e evitar fraudes. Também é a primeira vez que os inscritos podem acompanhar todas as fases do exame por um aplicativo para tablets e smartphones.


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PSDB já admite apoiar a reeleição de Maia na Câmara

Posted: 05 Nov 2016 04:54 AM PDT

O PSDB já admite apoiar a reeleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para presidência da Câmara em fevereiro, caso o parlamentar consiga viabilizá-la juridicamente. O apoio é defendido por aliados dos três principais caciques tucanos: o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional da legenda; o ministro das Relações Exteriores, José Serra; e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

“Ele tem a legitimidade para concorrer à reeleição, porque me parece que o fundamento jurídico é relevante. A Constituição diz que um presidente eleito para um mandato de dois anos não pode ser reconduzido. Como ele não foi eleito para um mandato de dois anos, ele teria, em tese, esse direito”, diz o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), um dos principais aliados de Aécio na Câmara e um dos tucanos interessados em disputar o comando da Casa.

Para viabilizar a reeleição, Maia articula a apresentação de consulta à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para saber se um presidente eleito para mandato-tampão como ele pode se reeleger. Ele foi eleito em julho, após o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciar ao comando da Casa. Pelo entendimento vigente, um presidente da Câmara só pode disputar reeleição entre um mandato e outro.

A avaliação dos tucanos ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo é de que, se Maia conseguir viabilizar juridicamente sua reeleição, ele larga com vantagem em relação a um nome do PSDB. Eles lembram que o deputado do DEM tem um trânsito melhor com a oposição, que o apoiou na primeira eleição, e até com parte do Centrão – grupo de 13 partidos que quer lançar um candidato para disputa. “É melhor apoiá-lo do que lançar um nome nosso e perder”, afirma um aliado de Alckmin.

Cálculos

Maia já comunicou a Aécio o interesse pela reeleição. Em conversa na semana retrasada, ele argumentou que tem como reunir mais apoio em torno do seu nome do que um candidato do PSDB. Pelos cálculos de aliados do presidente da Câmara, além dos cerca de cem votos da antiga oposição (PSDB, DEM, PPS e PSB), ele conseguiria reunir outros cem da atual oposição. “O PT jamais apoiaria um nome do PSDB”, diz um aliado de Maia.

O presidente da Câmara também ponderou na conversa que um tucano pode não ter votos de partidos nanicos, que estão irritados com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria de Aécio que estabelece o fim das coligações em eleições proporcionais. Maia tem dito ainda que sua candidatura pode contar com mais apoio do Planalto, na medida em que ajuda a neutralizar o PSDB, potencial rival do PMDB do presidente Michel Temer em 2018.

O deputado do DEM já comunicou a Temer seu interesse em tentar se reeleger. Segundo seus aliados, Temer não teria se oposto a que Maia busque se viabilizar como candidato. Oficialmente, o governo diz que o presidente não vai interferir na disputa.

(Com Estadão Conteúdo)


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Governo estuda tirar Infraero de concessão do Galeão

Posted: 05 Nov 2016 04:51 AM PDT

O desembarque da Infraero das concessões de aeroportos pode começar este ano pelo Galeão, no Rio. O governo pretende discutir, na próxima semana, se recolhe ou não a taxa de outorga desse aeroporto no fim do ano. Se não o fizer, sua parte no negócio terá de ser recolhida pelos sócios – a Odebrecht e o grupo Changi, de Cingapura – e a participação da estatal será diluída.

A tendência é que, neste ano, a Infraero saia apenas do Galeão. Ou nem isso. A decisão dependerá de avaliação política tomada a partir de estudo elaborado pela área técnica para avaliar o melhor momento de sair do aeroporto e de que forma.

Isso porque o governo já enterrou perto de R$ 1 bilhão naquele aeroporto, entre taxa de outorga e programa de demissão voluntária dos funcionários da Infraero. Há na equipe do presidente Michel Temer quem tenha dúvidas se é o caso de absorver esse prejuízo. Por outro lado, continuar no empreendimento custará caro – perto de R$ 450 milhões a serem desembolsados no fim do ano.

Em outubro, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, afirmou que o governo já havia decidido retirar a Infraero dos aeroportos dos quais é sócia. Mas que seria feita uma avaliação sobre o melhor momento. A estatal é sócia ainda de Confins, Guarulhos, Viracopos e Brasília.

O aeroporto do Rio concentra as atenções porque é o segundo mais caro da carteira. Só perde para o de Guarulhos. Mas, diferente do aeroporto paulista, o Galeão não conseguiu o empréstimo de longo prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e enfrenta dificuldades para prosseguir com investimentos, recolher taxas e quitar dívidas com o banco.

No momento, o negócio não se mostra atraente. A receita bruta do aeroporto está próxima de R$ 900 milhões no ano, valor que o consórcio tem de pagar só em taxa de outorga.

A questão é se, com a recuperação da economia, o volume de passageiros compensará os investimentos e a taxa elevada. Pelos comentários da área técnica, essa é uma equação difícil de fechar. O consórcio Rio Galeão arrematou a concessão do oferecendo-se a pagar taxa de outorga de R$ 19 bilhões, ante R$ 5 bilhões calculados pelo governo como lance mínimo. Nos bastidores, não falta quem considere o negócio insustentável.

Declarações nesse sentido de integrantes do governo causaram mal estar com a Changi e o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, chegou a se desculpar com o presidente do grupo, Lim Liang Song.

(Com Estadão Conteúdo)


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EUA matam líder da Al Qaeda no Afeganistão

Posted: 05 Nov 2016 04:48 AM PDT

Um ataque militar dos Estados Unidos no Afeganistão no mês passado matou um dos líderes da Al Qaeda no país, segundo o Pentágono.

Faruq al-Qatani, que tinha sido designado pela liderança do grupo terrorista para restabelecer os refúgios no país, foi morto no ataque de 23 de outubro em Kunar.

Segundo Peter Cook, porta-voz do Pentágono, o governo americano ainda estava avaliando o resultado de outro ataque no mesmo dia, que visava outro líder da Al-Qaeda no Afeganistão, Bilal al-Utabi.

(Com agência Reuters)

 


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Hábitos ou genética? O que influencia mais nas rugas da pele?

Posted: 05 Nov 2016 04:32 AM PDT

Fatores ambientais e comportamentais podem ter tanta influência na saúde e aparência da pele quanto a genética. De acordo com o maior estudo já realizado sobre a pele brasileira, enquanto a hidratação da pele é 60% influenciada por características genéticas e 40% por fatores externos, na elasticidade ocorre o inverso. As influências genéticas são responsáveis por apenas 40% da elasticidade da pele, enquanto os outros 60% são determinados por fatores como hábitos, ambiente e outras características. 

Essa descoberta é importante porque, segundo o mesmo estudo, que analisou cerca de 1.400 voluntários, as características dermatológicas que fazem uma mulher parecer mais velha são: menor hidratação, menor elasticidade e mais rugas periorbitais (os famosos “pés de galinha”). 

"O achado foi importante porque conseguimos estimar o quanto da saúde e da aparência da nossa pele é herdado e portanto, determinado por uma questão genética e o quanto está ao nosso alcance para mudar.", disse Carla Barrichello, gerente de ciências do bem-estar da Natura.

O estudo, realizado em parceria pela Universidade de São Paulo e Natura, buscou analisar a influência da genética e de fatores ambientais nas características da pele brasileira. Ao longo de quatro anos, os pesquisadores avaliaram a pele e os hábitos de cerca de 1.400 habitantes, da cidade de Baependi, em Minas Gerais. O município conta com uma ampla distribuição étnica e gênica, semelhante à do Brasil. Além disso, o fato de ser uma cidade pequena possibilitou a análise familiar, o que foi essencial para que os cientistas conseguissem chegar à herdabilidade (cálculo matemático que tenta explicar a influência genética de uma característica) da pele.

“Por meio de análises genéticas do DNA de pessoas da mesma família nós conseguimos descobrir a herdabilidade dessas características da pele. Agora estamos estudando qual é o pedacinho do genoma que explica porque uma pessoa tem a pele mais seca que a outra, por exemplo. No futuro, isso poderá ser utilizado para predizer, por exemplo, se uma pessoa tem uma probabilidade menor ou maior de ter pele seca e a abre a possibilidade para o desenvolvimento de terapias que permitem modular isso e também descobrir qual pessoa responderá melhor a determinados tratamentos, baseado em suas características genéticas.”, explicou Alexandre Pereira, autor do estudo e coordenador do grupo de genética humana do Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínica da Faculdades de Medicina da USP.

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A pesquisa mediu características da pele como elasticidade, hidratação, oleosidade, barreira cutânea, rugas, manchas e poros. Além de concluir que a hidratação é mais influenciada pela genética (60%) do que por fatores externos (40%), enquanto a elasticidade é o oposto, (40% genética e 60% fatores externos), o estudo mostrou também que a influências genética é responsável por apenas 20% da oleosidade da pele. Os outros 80% são determinados por hábitos, pelo ambiente e por outras características biológicas.

A regulação da barreira cutânea – camada mais externa e protetiva da pele – é a única característica analisada que não tem influência genética, ou seja, ela é totalmente guiada por efeitos ambientais, biológicos ou de hábitos de vida.

Vilões

O estudo elencou ainda os principais vilões da saúde e aparência da pele. Os principais inimigos da hidratação da pele, por exemplo, são: excesso de peso, de exposição solar e o fumo. Somados à idade, essas também são as principais influências negativas sobre a elasticidade da pele. Quando o assunto são as "rugas orbitais", o fumo aparece disparado como o maior vilão. Em conjunto com a exposição solar, o tabagismo também foi associado a uma maior quantidade de manchas na pele.

A perda de elasticidade da pele é fortemente influenciada pelo sol. O estudo concluiu que áreas mais expostas ao sol, como o rosto, apresentam uma perda de elasticidade muito mais acentuada até os 45 anos. Em relação à oleosidade da pele, o sobrepeso é o principal vilão. Um alto índice de massa corporal (IMC) foi associado a um excesso de oleosidade. Já os principais fatores que influenciam negativamente a regulação da barreira cutânea da pele são idade e peso.

Para Ana Paula Azambuja, gerente científica da Natura, a questão do peso foi surpreendente. "Esse é um forte indicador de que a saúde do corpo está associada à saúde da pele como um todo", afirmou.

Aliados

Como já era esperado, o protetor solar mostrou-se um aliado da saúde da pele e de uma aparência mais jovem. Seu uso foi associado a um menor comprimento de rugas periorbitais (‘pés de galinha’) e a uma melhor uniformidade da cor da pele. A cor da pele também mostrou ter forte influências nessas características, principalmente na hidratação da pele. Por exemplo, as pessoas que se autodeclararam negras apresentaram maior hidratação, em comparação com as demais opções de autodeclaração.

Pele versus hábitos alimentares

Um segundo estudo, realizado pela mesma equipe, mas com uma população diferente, buscou analisar a influência da alimentação na pele. Os resultados mostraram que a dieta ovolactovegetariana – que exclui carnes da alimentação, mas mantém ovos e derivados do leito – foi associada positivamente a diferentes característica de pele como melhor hidratação, menos manchas e menor rugosidade, segundo Ana Paula. 

Dessa vez, os pesquisadores realizaram um estudo populacional mais de 1.200 voluntários na cidade de São Paulo. Segundo Pereira, diferentemente da pesquisa anterior, essa foi bastante específica, pois se restringiu à uma comunidade da religião adventista do 7º dia.

“Escolhemos esse recorte porque queríamos estudar os efeitos da dieta na saúde e nessa comunidade há uma prevalência maior de pessoas vegetarianas do que na população em geral. Concluímos que a dieta vegetariana foi associada a uma aparência mais jovem.”, afirma o especialista.

Para os autores, a grande mensagem desse estudo é que a saúde do corpo se expressa através da saúde da pele. Ou seja, está tudo integrado: o efeito sistêmico do aumento de peso é percebido na pele, assim como práticas não saudáveis como o fumo, indicando a importância de bons hábitos na manutenção da qualidade da pele.


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As muambas mais apreendidas no maior aeroporto do país

Posted: 05 Nov 2016 04:26 AM PDT

Os fiscais da Receita Federal que atuam no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), apreenderam 8,5 milhões de dólares em mercadorias trazidas nas bagagens de turistas e viajantes de janeiro a setembro deste ano.  São as chamadas "muambas", expressão que surgiu para designar o furto de mercadorias dos navios ancorados em portos ou armazéns da alfândega. Mais tarde, o termo virou sinônimo de produtos contrabandeados, principalmente trazidos do Paraguai.

Apesar de o valor apreendido neste ano ser inferior ao do mesmo período do ano passado (12 milhões de dólares), o montante chama a atenção. A alta do dólar e a retração da economia explicam em parte essa diminuição de mercadorias nas malas dos viajantes, segundo o Fisco.

Confira os itens mais apreendidos no aeroporto internacional de Cumbica:

Itens de uso pessoal - US$ 5,5 milhõesBicicletas - US$ 80 milBebidas - US$ 32 milSmartphones - US$ 150 milProdutos eletrônicos - US$ 800 milEquipamentos médicos - US$ 520 milInformática - US$ 70 milInstrumentos musicais - US$ 50 milRelógios - US$ 90 milPeças para meios de transporte - US$ 200 mil

Do total de apreensões feitas no aeroporto de Guarulhos, 71% são roupas (como camisetas das grifes Abercrombie & Fitch, Hollister, Lacoste e Calvin Klein), tênis (marcas Nike, Mizuno e Adidas), perfumes (Giorgio Armani, Calvin Klein, Dolce&Gabbana, Carolina Herrera) e enxovais de bebê.

Na lista de eletroeletrônicos, os tablets e os aparelhos de som e imagem lideram as apreensões. Nove entre dez smartphones recolhidos nas bagagens são iPhones, da fabricante Apple.

A Receita Federal permite trazer ao país uma cota de 500 dólares ( aproximadamente 1.595 reais) em mercadorias, quando a pessoa viaja por via aérea ou marítima. Acima desse limite, é preciso fazer a declarar os bens e recolher os tributos. O que passar da cota está sujeito à tributação de 50% sobre o excedente. Além disso, o viajante ainda tem direito de comprar mais 500 dólares em mercadoria no freeshop. Esse é o limite por pessoa.

Livros

Trazer livros, periódicos e revistas é permitido. O viajante também pode trazer uma máquina fotográfica, um celular e um relógio, mas atenção: os itens devem estar em uso. "Podem ser comprados lá fora, mas têm de ser de uso próprio do viajante. O smartphone precisa obrigatoriamente estar em uso, o que inclui o chip de uma operadora. Mas a pessoa não pode ter mais nenhum outro aparelho em sua bagagem. O relógio precisa estar no pulso", diz o auditor fiscal José Roberto Adalardo de Oliveira, do setor de bagagens do aeroporto de Guarulhos.

Em maio deste ano, a Receita Federal de São Paulo fez um leilão eletrônico para pessoas físicas com mercadorias apreendidas no aeroporto em que foram arrecadados 1,07 milhão de reais. Há dez anos os itens eram oferecidos somente a pessoas jurídicas.

Entre os bens leiloados estavam bicicletas, motocicletas, bebidas, perfumes, relógios, instrumentos musicais, eletrônicos, informática, celulares, máquinas fotográficas, filmadoras, eletrodomésticos, artigos esportivos, vestuário, mesa de jantar e discos de vinil. No início de 2017, o Fisco deve fazer novo leilão para pessoas físicas.

Para ajudar o contribuinte, a Receita tem em seu site um guia do viajante em que explica o que pode ou não estar na bagagem na hora de entrar no país e  quantidade que pode ser trazida. Também há informações de quando a declaração eletrônica de bens do viajante (e-DBV) deve ser feita pelo passageiro.

Ranking de produtos apreendidos em Cumbica (até setembro/2016)

1. Roupas, calçados e itens de uso pessoal

Valor: US$ 5,5 milhões (64,9% do total)

(Camisetas Abercrombie & Fitch, Hollister, Lacoste e Calvin Klein; tênis Nike, Mizuno e Adidas; perfumes Giorgio Armani, Calvin Klein, Dolce&Gabbana e Carolina Herrera; enxovais e carrinhos de bebê de fibra de carbono)

2. Produtos eletrônicos

Valor: US$ 800 mil (9% do total)

(iPads/Apple, Galaxy Tab/Samsung e outras marcas; aparelhos de som; caixinhas de som bluetooth; hometheaters)

3. Equipamentos médicos

Valor: US$ 520 mil (6% do total)

(Equipamentos médicos, odontológicos e para clínicas de estética; medicamentos sem receita)

4. Peças para meios de transporte

Valor: US$ 200 mil (2% do total)

(Peças e componentes novos para veículos, barcos e aviões)

5. Smartphones

Valor: US$ 150 mil (1,5% do total)

(Cerca de 90% dos itens apreendidos são iPhones)

6. Relógios

Valor: US$ 90 mil (1% do total)

(Modelos diversos das marcas Invicta, Guess e Michael Kors)

7. Bicicletas

Valor: US$ 80 mil (0,9% do total)

(Modelos das marcas Cervelo, Track & Bikes e Specialized, feitos de fibra de carbono)

8. Informática

Valor: US$ 70 mil (0,9% do total)

(Placas de HD externo, placas de vídeo e acessórios para computadores)

9. Instrumentos musicais

Valor: US$ 50 mil (0,5% do total)

(Guitarras Fender e Gibson, baixos e teclados)

10. Bebidas

Valor: US$ 32 mil (0,3% do total)

(Vinhos, principalmente franceses e espanhóis)

11. Outros itens

Valor: US$ 1,1 milhão (13% do total)


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Arenas da propina: a corrupção em cinco estádios da Copa

Posted: 05 Nov 2016 04:25 AM PDT

A Lava-Jato e a Copa do Mundo de 2014 fazem parte de um mesmo jogo. Reportagem de VEJA desta semana mostra que, até o momento, foram identificados sobrepreços nas arenas que somam 1,5 bilhão de reais, fraude que tem como protagonistas as mesmas empreiteiras, os mesmos políticos e os mesmos métodos de corrupção revelados pela operação da Polícia Federal. No texto, as histórias de corrupção em cinco estádios nas cinco regiões do país: Mané Garrincha (Brasília), Itaquerão (São Paulo), Maracanã (Rio), Arena Amazônia (Manaus) e Arena das Dunas (Natal).

 

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Arquivado em:Brasil, Esporte

Amigos, namorados, colegas — até que o spoiler os separe

Posted: 05 Nov 2016 04:11 AM PDT

>>>> Não custa avisar: esta reportagem contém spoilers <<<<

Spoiler. Esta pequena palavrinha, derivada do verbo inglês "to spoil" (estragar), é motivo de terror e drama na internet. Velho conhecido de fãs de séries, filmes e até de livros, o spoiler é aquela informação antecipada de alguma história, capaz de desfazer a surpresa de quem a acompanha. A prática de adiantar o conteúdo de tramas ganhou grande proporção nos últimos anos com a internet, causando uma verdadeira paranoia e caça às bruxas entre os fãs de cultura pop e espectadores de séries populares como Game of Thrones, The Walking Dead ou Orange Is the New Black.

Um dos problemas dos spoilers é que eles mudam completamente a maneira de se assistir a um filme. O estudante Marco Luiz Netto, de 21 anos, viu no Youtube uma crítica de As Aventuras de Pi que contava que o tigre e o homem são a mesma pessoa, e que tudo não passa de uma metáfora, informação que aparece somente no finalzinho do longa. “Na hora em que comecei a ver o filme, senti que isso havia tirado toda a expectativa de chegar ao final. O longa passou a não ser mais tão atrativo e acabei desistindo de ver”, disse.

Algumas vezes, o segredo revelado antes da hora pode até abalar amizades. O estudante Kaique Lopreto, 21, descobriu através de um amigo o desfecho de Harry Potter e o Enigma do Príncipe. "A principio, achei que era mentira, não acreditei que ele me contaria o final, mas, quando vi o filme, vi que era verdade. Fiquei muito bravo." O estudante então decidiu ler todos os livros da saga para não ser novamente surpreendido e cortou relações com o amigo. "Ficamos um bom tempo sem nos falar, só fizemos as pazes depois de uns bons meses." Os spoilers podem ser tão "do mal", que um aplicativo foi criado para as pessoas enviarem revelações de Game of Thrones aos seus inimigos.

Victor Tubandt, 22, cultivou um “inimigo” — e uma vingança — atrelados a um spoiler. Ele não engoliu o fato de ter sido vítima da antecipação de uma informação e, após um amigo contar o final letal de Breaking Bad, decidiu que iria revidar na mesma moeda. A espera durou dois anos, até que, em uma conversa, descobriu que o amigo estava acompanhando Demolidor, da Netflix, que ele já tinha acabado de ver: "Aguardei a oportunidade e soltei um spoiler propositalmente".

Spoilovers

Mas há aqueles que também gostam de spoilers, como é o caso de Karla de Campos, 23, que diz que não reage bem a surpresas e prefere ter o controle sobre a história. "Começou quando saiu o sexto livro do Harry Potter. Fiquei maluca para saber se o Dumbledore tinha morrido de fato e quando veio o sétimo livro, devorei de trás para a frente. Comecei pelo capítulo final e fui voltando", narra Karla, que estuda Letras na USP.

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O professor de mídia e estudos culturais Jonathan Gray, da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, aborda o tema no livro Show Sold Separately: Promos Spoilers and Other Media Paratexts (2010), em que defende a tese de que existe um consumo de spoilers. "Há pessoas que apreciam spoilers de filmes de terror, mesmo quando não gostam de assistir a esse gênero. Elas odeiam a experiência de estar com medo, mas amam os contos de horror, por isso gostam de ler sobre eles antes. Outras gostam de saber o que está acontecendo em histórias complexas, e leem antes para não gastar todo o seu tempo tentando descobrir o que está acontecendo", afirma Gray ao site de VEJA.

Spoilers também podem ser úteis para aqueles que querem saber o que está acontecendo na cultura popular, mas não conseguem acompanhar todos os programas. "Nenhum de nós pode ver tudo, também, por isso às vezes spoilers desempenham o papel de dar um gostinho de algo antes da pessoa se comprometer a assistir mais", afirma Gray.

De olho nesse público que curte spoilers, a Netflix criou a página Spoil Yourself, em que, a cada acesso, é exibido aleatoriamente o final de um filme ou série do catálogo do serviço de streaming.

 

Relação ambivalente

Karla realmente ama spoilers, e fica ansiosa para saber os desfechos, mas entende quando as pessoas reclamam e reconhece que ela mesma já recebeu informações que não queria. "A última vez que chateei alguém com spoiler foi com o filme Como Eu Era antes de Você. Minha irmã já havia lido o livro, então achei que podia comentar sobre algumas diferenças entre as obras e ela ficou mega irritada. Também já recebi vários spoilers que me magoaram. Um deles foi de Star Wars – O Despertar da Força (2015). Eu fui à sessão da meia-noite na estreia e, um pouco antes de entrar, uma colega de trabalho me falou que Han Solo morria", confessa.

Brigas por spoilers são uma constante nas conversas dos amigos de Karla. Conhecendo a ansiedade da estudante, um colega a fez provar do próprio veneno. "Ele me contou, quando eu estava no primeiro episódio, que uma personagem de Orange Is the New Black morria esfaqueada, no penúltimo capítulo. Eu fui ver desesperada. Quando cheguei ao episódio, descobri que fui enganada. Fiquei indignada e me senti traída e, mais do que depressa, peguei o celular para xingar. No final, rimos muito da história", se diverte, relembrando a pegadinha.

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Segundo a professora de Estudos de Mídia da Universidade Federal Fluminense, Thaiane Moreira de Oliveira, quando se analisa mais a fundo a reação das pessoas aos spoilers, se identifica que muitas se sentem inferiores como fãs ao descobrirem algo que não sabiam. "É um reconhecimento de que, dentro de uma hierarquização, eles não estão no topo da estrutura de uma disputa por quem tem mais domínio e conhecimento sobre a produção com a qual já têm uma relação de afeto", afirma.

A professora conta que ela mesma é uma amante de spoilers e, desde a adolescência, possui uma relação de amizade com eles. "Minha mãe comprou O Caso dos Dez Negrinhos, da Agatha Christie, mas meu pai pegou o livro para ler antes dela. Um dia, ele voltou injuriado do trabalho, pois alguém escreveu em um pedaço de papel e colou na capa do livro quem era o assassino. Semanas depois, minha mãe começou a ler e achou o tal papel e mesmo assim foi até o fim. Fiquei muito curiosa e, quando abri o livro, lá estava o papel amarelado com o spoiler escrito décadas atrás. Resolvi ler também para descobrir se a fica era verdade. E era. Isso não tirou a minha vontade de ler até o final e muito menos minimizou a leitura da obra."

Rir para não chorar

Apesar de todas as intrigas, há aqueles que ainda conseguem fazer humor com o assunto, inclusive nas redes sociais, o maior campo-minado dos spoilers. É o caso do publicitário Victor Caldeira, 26, que, junto com os amigos Leandro e Tamara, criou a página Spoiler de Hoje, no Facebook, com tom cômico. "Eu queria brincar com esse tabu que é o spoiler, ao revelar, na rede, a chave do enredo na menor quantidade de texto possível", explica.

A brincadeira fez sucesso e a página já coleciona mais de 117 000 curtidas. Caldeira também acredita que realmente existam pessoas que gostam muito de spoilers — mas seriam as mesmas que se deleitam em serem estraga-prazeres. Justamente por estragar prazeres alheios, o rapaz já recebeu "elogios negativos" destinados às mães dos moderadores do perfil. "Já recebemos notificação do produtor responsável por um filme, solicitando a remoção do conteúdo. Atendemos o pedido, como atenderíamos a qualquer outro. Agora, se você fica bravo se falarem que o Titanic afundou ou que a noiva matou o Bill, me desculpa, mas o problema não está na página ou no spoiler, está em você", provoca.

Trabalhar com spoilers fez com que os três amigos recebessem informações sobre muitas coisas que ainda não viram, mas dizem não se incomodar com isso. "Descobri o final de How I Met Your Mother quando estava na penúltima temporada. O que fiz? Corri para ver como aquilo acontecia. O 'como' é sempre mais interessante do que 'o quê'. Só não gosto do 'spoiler roteirista', aquele que descreve passo a passo da cena. Não seja esse cara", explica, ao reclamar da maneira como soube, com detalhes mínimos, da morte de Han Solo.

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Fenômeno histórico

O spoiler não é um fenômeno completamente novo. Afinal, a informação de que Luke era filho de Darth Vader e Lea, a sua irmã, já era motivo para chocar os desavisados na década de 1980. Assim como descobrir que Bruce Willis estava morto desde o começo alterou, para alguns, toda a experiência de ver O Sexto Sentido (1999). Mas o choque das revelações foi amplificado pelas redes sociais, estas sim um acontecimento recente. "As pessoas sempre gostaram de contos com finais conhecidos. De uma forma ou outra, os spoilers sempre existiram, embora talvez não fossem chamados assim", explica Jonathan Gray.

Segundo André Fagundes Pase, professor da Pós-Graduação em Comunicação Social da Famecos/PUCRS, antes os fãs discutiam eventos e trocavam informações, porém, em outro ritmo e sem compartilhar e difundir os dados em tempo real. "Isso era explorado bem antes da internet, com as revistas que antecipavam as tramas, por exemplo, como o clássico TV Guide americano. No Brasil, sempre tivemos isso com as novelas e as revistas e suplementos de TV.”

Entre o TV Guide americano e as redes sociais que metralham e são metralhadas de spoiler, se passaram alguns eventos que contribuíram para a difusão da cultura do spoiler, durante as décadas de 1990 e 2000. "Primeiro, veio a ascensão do 'filme quebra-cabeça', que confundia o público até o fim, como os de M. Night Shyamalan, Os Suspeitos (1995) e Amnésia (2000), que aumentavam a curiosidade e o debate em torno das tramas”, conta. “Em seguida, foi a ascensão da serialidade, principalmente na televisão. Lost desempenhou um papel fundamental, já que a narrativa possui muitas reviravoltas e as pessoas se divertiam discutindo cada uma delas. Com a mudança dos padrões de visualização, mais uma vez Lost apresentou um avanço, pois pessoas começaram a assistir ao programa também no site da ABC, ou logo em seguida, via download. Tudo era discutido na própria noite de exibição ou no dia seguinte. Já hoje em dia, é comum as pessoas demorarem semanas, ou um ano para verem um episódio", analisa. Nesse intervalo, a internet é inundada de informações, nem todas desejáveis.

O formato atual de exibições simultâneas de uma mesma série nas TVs de diversos países e os serviços de streaming também mudaram a relação dos fãs com as antecipações. "Quando as séries e filmes chegavam com atraso, os fãs buscavam saber antes as informações. Na época da série Lost era assim, e falamos de poucos anos atrás. A fase atual, marcada por exibições simultâneas, como Game of Thrones transmitida ao mesmo nos Estados Unidos e em outros países, e com as maratonas introduzidas pela Netflix, é diferente. Há mais pessoas — e mais fãs, portanto — acompanhando algo que pode ser resfriado pela antecipação de um conteúdo. Em paralelo a isso, a oportunidade de ter temporadas, episódios e séries disponíveis faz com que cada pessoa tenha o seu próprio ciclo para acompanhar e esteja sempre sujeita a receber um spoiler — uma falta de noção dos outros que quebra com o seu ritmo", analisa Pase.

Hoje, a profusão de spoilers é tão grande que até produtos relacionados a uma produção podem antecipar conteúdos, como aconteceu com brinquedos do filme Capitão América: Guerra Civil, que revelaram que o Homem-Formiga ficaria gigante. Por outro lado, algumas empresas redobraram o cuidado para não deixar escapar informações relevantes antes da hora.

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Não existe propaganda ruim

Para os produtores de uma série, um spoiler não é de todo mau. Que o digam os autores das novelas: há décadas os folhetins devem seu sucesso à antecipação de acontecimentos da trama. Ciente disso, Aguinaldo Silva passou Império, sua última trama na Globo, alimentando seu Twitter e seu blog com informações sobre capítulos que ainda iriam ao ar. Até o desfecho da novela — a morte do protagonista, o Comendador José Alfredo (Alexandre Nero) — foi anunciada por ele em uma entrevista, horas antes de ser exibido. A divulgação gerou burburinho — e garantiu audiência. "Lost trabalhava muito bem com isso, a maneira como provocava o público e estimulava spoilers foi algo que ajudou a manter a audiência. Essa noção do que pessoas conectadas podem fazer deu pistas para novas produções. A reverberação de um fato serve como termômetro para os roteiristas, seja vendo a reação online ou como repercute", afirma Pase.

A questão é como despertar o interesse sem chatear os que não gostam de spoiler. "Desenvolvemos conteúdos estratégicos, com o objetivo de criar expectativas em torno do que acontecerá em determinado episódio. Falamos que terá alguma surpresa ou algum acontecimento bombástico no episódio, mas sem falar o que é", diz Silvia Elias, diretora de conteúdo local da Turner do Brasil – programadora responsável por canais pagos como Warner Channel, TNT e Space. Ainda que a Turner retenha informações, basta um olhar atento aos perfis de seus canais nas redes sociais para obter conteúdos extraordinários: é impossível controlar os comentários de fãs. "Procuramos não censurar os usuários mas também apaziguar discussões que envolvam ofensas”, diz Silvia.

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Estragou tudo?

Em maio de 2016, a revista Vulture realizou uma pesquisa em que 5.200 leitores opinaram sobre quando seria permitido divulgar spoilers nas redes sociais. O resultado: 22% avaliaram que finais de filmes podem ser discutidos imediatamente, enquanto outros 26% acham justo esperar pelo menos o fim de semana de estreia acabar, e apenas 6% consideraram que nunca se deve revelar um final. Já sobre séries de televisão, 53% dos entrevistados não veem problema em discutir acontecimentos no próprio dia em que foram ao ar; enquanto 10% preferem esperar uma semana para falar qualquer coisa; e somente 3% jamais abrem a boca.

A grande verdade é que séries, livros e filmes são mais complexos do que um grande acontecimento no arco final. "Penso que uma verdadeira boa história vai continuar sendo boa, não importando se você sabe o que esperar ou não", afirma Gray. Em um mundo onde tudo pode se espalhar tão rapidamente, cabe aos produtores focarem em tramas bem construídas que não serão afetadas por um ou outro spoiler. "Não levem as ficções tão a sério. E para aquele que realmente surta com um spoiler: procure se tratar", aconselha Caldeira.


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‘Tragédia em Mariana foi sinal para mineradoras de todo o mundo’

Posted: 05 Nov 2016 04:06 AM PDT

Há exato um ano, quando a barragem da Samarco se rompeu no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, o mar de lama rapidamente alcançou o rio Gualaxo do Norte, em Minas Gerais. Ficava claro ali que o impacto da tragédia não seria sentido apenas nas terras mineiras. Por onde passou, o fluxo de rejeitos trouxe morte e destruição ao ecossistema local e enormes prejuízos às populações que dependiam do rio. Foi assim no Espírito Santo de Paulo Hartung (PMDB). Em entrevista ao site de VEJA, ele relembra o ‘corpo mole’ da Samarco diante do desastre – e cita o esforço do governo para obter um acordo sem judicializar as negociações com a empresa. Hartung afirma que a tragédia acabou por eliminar o tênue equilíbrio ambiental que ainda restava no Rio Doce. Mas salienta: “O rio já estava muito mal antes do desastre”.

Em 20 de outubro, quase um ano após a tragédia, o Ministério Público denunciou 22 pessoas e quatro empresas pelo rompimento da barragem. Dada a dimensão do desastre, acredita que a Justiça agiu com a rapidez necessária? Não discuto a atuação da Justiça. O governo do Estado teve de agir com muita rapidez para minimizar o impacto da tragédia, dialogando ao mesmo tempo com Minas Gerais e com o governo federal, de modo a estabelecer um caminho que levasse ao ressarcimento dos danos socioambientais e socioeconômicos. O caminho que trilhamos foi o da não judicialização. Preferimos a assinatura de um termo de compromisso, o que eu considero inovador.

E por que evitar a judicialização? Pelo histórico de demora na obtenção de resultados. Não poderíamos passar 30, 40 anos discutindo essa questão.

Mas o governo do Espírito Santo foi o primeiro a entrar com uma ação na Justiça contra a Samarco….Num primeiro momento, a empresa fez corpo mole diante da tragédia e entramos na Justiça, junto com o governo federal e o de Minas Gerais. Isso trouxe as controladoras para a mesa de negociação. Então, pudemos discutir um termo de compromisso para enfrentar com 41 projetos todos os efeitos deste triste episódio.

Ainda assim, o acordo com a União foi suspenso pela Justiça. Teve apenas a tramitação questionada.

E o senhor concordou com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ)? Sim. A única coisa que o STJ fez foi ordenar a tramitação dele, ou seja, devolvê-lo ao juiz natural. Eu não sou advogado, sou economista, mas acho correto porque o juiz natural que deve homologar esses termos de compromisso. Mas o termo de compromisso está em execução.

A Justiça questiona o fato de a população não ter sido ouvida… Algumas pessoas falaram com pouco conhecimento profundo sobre o documento produzido. É um documento de qualidade. A própria fundação Renova [responsável pela gestão dos programas socioambientais na região] tem um conselho com a participação da população. Os prefeitos participaram de todo o processo.

Sabe-se que vai demorar décadas até que o Rio Doce se recupere. Enquanto isso, pescadores estão tendo que arrumar outra ocupação para ganhar seu sustento – até lá, dependem apenas da Samarco. O que o seu governo está fazendo para que essas pessoas consigam reaver o próprio sustento? Atualmente, as famílias estão recebendo dinheiro da Samarco, mas a ideia é desenvolver as bases econômicas de uma nova economia, sustentável, para a região do Vale do Rio Doce. Precisamos ter a maturidade intelectual de reconhecer que o Rio Doce ia muito mal antes do desastre, que acabou por destruir o tênue equilíbrio ecológico que o sustentava. Precisamos recuperar o Rio Doce. Se a Renova cumprir a sua missão, daremos o primeiro passo para poder recuperar outros mananciais do nosso país. Esse desastre triste e lamentável chamou a atenção para a situação do Rio Doce e dos recursos hídricos do país.

Até lá, não há nenhuma política pública para ajudar essas pessoas? Quem tem que fazer ressarcimento é quem é responsável pelo desastre. Ou seja, a Samarco. Isso é um consenso no Brasil, na minha modesta opinião. Ela e as sócias têm obrigação, nesse termo de compromisso, de fazer todo o ressarcimento.

E quais seriam as bases da nova economia? Criamos uma fundação para ela cumprir um papel, para que esse dinheiro não seja alocado nos orçamentos públicos. Isso é inovação, é outro modelo de gerir a recuperação pós-desastre. Um outro modelo ambiental para um país como o nosso, que só pensa em coisas estatais.

Muitos atingidos ainda não foram reconhecidos pela Samarco e, por isso, não recebem o benefício. O governo estadual tem atuado para cobrar da empresa? As instituições estão cumprindo seu papel. Por isso que o termo de compromisso não concorre com o trabalho da Justiça. Nosso papel é dar sentido de organização para enfrentamento dos prejuízos causados pelo rompimento da barragem]

O senhor é a favor de que a Samarco volte a operar nos Estados atingidos pela lama? Se ela cumprir as suas obrigações ambientais, como qualquer outra mineradora, poderá funcionar. Ela é importante para o Brasil? É. É importante pra Minas Gerais? Sim. Para o Espírito Santo? É. Mas só será importante para o Brasil, para Minas Gerais e para o Espírito Santo se cumprir a legislação ambiental. Se ela se enquadrar nas normas ambientais. E ainda torço para que a mineração no mundo reflita sobre esse acontecimento trágico de fundão. São processos que precisam ser aperfeiçoados. Torcemos para que isso sirva de reflexão.

Como assim? Que o desastre sirva para as empresas como um elemento que eles possam aperfeiçoar os processos dele. Tem um sinal que serve para todas as mineradoras do planeta.

O senhor ficou satisfeito com a atuação do governo federal na ocasião da tragédia? Sim. Acho que a ex-ministra do Meio Ambiente agiu com muita precisão durante todo o episódio. Foi a principal interlocutora do governo federal naquele momento. A Advocacia Geral da União também teve um papel importante porque ajudou a construir esse documento. Eu acho que a gente construiu um trabalho de boa qualidade. O governo de Minas Gerais trabalhou bem e o Espírito Santo se envolveu com força. O governo federal deu boa contribuição em todo o processo quando teve de ajudar a endurecer a negociação com a empresa, teve um papel de liderança. Fizemos uma construção, mas essa construção precisa andar no sentido das intervenções que precisam ser feitas, da recuperação que precisa ser feita.

E com o novo governo? Eu espero que todo mundo cumpra sua parte. O que nós precisamos é continuar agindo com os governos, discutindo com a sociedade, com as prefeituras, com o poder local no Vale do Rio Doce e com as diversas representações da sociedade civil discutindo e agindo. Espero que a Renova evolua com seu trabalho também. Ela tem volume de recursos importantes disponível que precisa ser alocado para recuperar o Rio Doce. Recuperar o rio é possível seguindo esse roteiro que desenhamos a muitas mãos.

O rompimento da barragem agravou a crise hídrica no Estado? Estamos vivendo desde dezembro de 2014 em regime de chuvas irregular. O rompimento da barragem destruiu o tênue equilíbrio ambiental que o Rio Doce estava vivendo e o desastre teve impacto brutal. Em determinado momento, tivemos que abastecer cidades com água porque não tinha como captar no Doce. Tivemos que mudar a captação. Colatina foi nosso problema maior: tive que buscar apoio com o Exército e Polícia Militar para distribuir água. Isso teve um impacto muito forte.

As chuvas previstas para esse período podem agravar ainda mais essa situação? Estamos apreensivos com isso. Tem que acompanhar. O trabalho que precisa ser feito nas proximidades de Mariana está andando, mas está longe de cumprir aquilo que precisa ser feito porque muito resíduo ficou naquela região. Se tivermos chuvas torrenciais no período de final de ano não sabemos qual será o comportamento desses resíduos.

O que tem feito para que a lama não atinja o litoral do Espírito Santo mais uma vez? Precisamos estar com a Defesa Civil, com a nossa estrutura toda montada, como a gente fez lá atrás. Não sabemos o tamanho do problema que a gente pode enfrentar. Estamos numa contingência, mas com preocupação.


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Lula pode criar um grave problema internacional para o Brasil

Posted: 05 Nov 2016 03:54 AM PDT

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, se mostrou recentemente preocupado com um suposto plano de asilo de Lula para safar-se das investigações da Operação Lava Jato. Durante cerca de cinquenta minutos, o ministro fez uma análise pormenorizada de uma estratégia de fuga do ex-­pre­sidente. Ao recorrer à ONU, Lula estaria criando as condições para pedir asilo a algum país amigo — uma incursão que, se bem-sucedida, poderia se transformar num desastre diplomático para o governo.

O círculo mais próximo de Lula, conforme VEJA divulgou em março passado, já debateu a ideia de levar a família do ex-presidente para a Itália, uma vez que Marisa e os filhos têm passaporte italiano. Na avaliação que Serra fez a Temer, Lula ainda dispõe de capacidade de fazer barulho no exterior, caso resolva assumir o papel de asilado político.

Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no iba clube.


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Vídeo: três razões para votar em Trump (segundo seus eleitores)

Posted: 05 Nov 2016 03:33 AM PDT

VEJA desta semana visitou os Estados Unidos para entender a polarização histórica que divide o país entre os eleitores do republicano Donald Trump e da democrata Hillary Clinton às vésperas das eleições presidenciais.

Veja também

A reportagem inclui um vídeo em que o fabricante de portões Josh Timmerman, o soldador Joe Chrisman e o carpinteiro Matthew Cooper, todos eleitores de Trump na cidade de Toledo, em Ohio, relacionam três motivos para votar no magnata nova-iorquino no próximo dia 8:


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Enem 2016: como manter a concentração durante o exame?

Posted: 05 Nov 2016 03:33 AM PDT

Manter a concentração durante uma prova com o tempo de duração longo, como Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é um dos principais desafios dos candidatos nos dois dias consecutivos de exame. Segundo Renan Garcia Miranda, professor de história do Anglo Vestibulares, é normal que o estudante se canse e, em algum momento se disperse – o que prejudica a resolução das questões é a preocupação em se manter, a todo momento, altamente concentrado.

Neste fim de semana, 8,3 milhões de candidatos enfrentam o Enem. No total, 240.404 estudantes tiveram a prova transferida para 3 e 4 de dezembro devido a ocupações em escolas que seriam locais de prova.

Depois do exame, o site de VEJA exibe o gabarito extraoficial com questões resolvidas pelos professores do Anglo Vestibulares.

Confira todas as dicas para manter a concentração durante Enem 2016:


Arquivado em:Educação

8,3 milhões de estudantes farão o Enem neste fim de semana

Posted: 05 Nov 2016 03:33 AM PDT

Pouco mais de 8,3 milhões de estudantes iniciam neste sábado o primeiro dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Outros 240.304 candidatos tiveram o exame adiado para 3 e 4 de dezembro em razão das ocupações em escolas em dezoito estados e no Distrito Federal. Os portões de acesso aos locais de prova abrem às 12 horas (horário de Brasília) e fecham às 13 horas – atrasos não serão tolerados. A prova começa às 13h30.

Ao fim da tarde deste sábado e domingo, o site de VEJA exibirá o gabarito extraoficial da prova, com as questões do exame resolvidas pelos professores do Anglo Vestibulares. O gabarito oficial da prova será divulgado nesta quarta-feira (9).

Veja também

Este ano, 8.627.195 milhões de alunos se inscreveram para o exame, fazendo desta edição a segunda maior do Enem, atrás apenas de 2014 (que teve 8.722.239 inscritos). No ano passado, foram 7,7 milhões de inscritos, uma queda de 11,2% em relação a 2014, o que interrompeu uma sequência de recordes de inscrições registrados desde 2008.

Até o início da tarde da última sexta-feira (4), 7,1 milhões de estudantes, 82% dos inscritos, haviam acessado o cartão de confirmação da prova. Isso significa que mais de 1 milhão de estudantes ainda não confirmou  a participação nas provas e não sabe onde realizará o exame.

Enem remarcado

Na semana antes da prova, 240.404 candidatos  (2.79% do total dos 8,6 milhões inscritos) tiveram o Enem adiado pelo Ministério da Educação (MEC) devido ocupações de estudantes em 364 escolas que foram listadas como locais de prova. Eles farão o exame em 3 e 4 de dezembro. Segundo Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, se houver imprevistos, a quantidade de candidatos que não farão a prova neste fim de semana pode aumentar.

"Espero que não aconteça, mas se houver algum evento no domingo que obrigue o cancelamento da prova, os candidatos poderão fazer o exame na segunda leva em dezembro", explicou Fini, na sexta-feira, durante a divulgação da lista completa dos locais de prova ocupados que tiveram o Enem adiado. Ela também lamentou a coincidência de datas entre os vestibulares regionais e o Enem remarcado. "Lamento muito, mas esses estudantes terão de escolher entre um exame e outro", disse.

Provas

Os participantes do Enem terão no primeiro dia quatro horas e meia para realizar duas provas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha. Serão realizados os testes de Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia e Sociologia) e de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Química, Física e Biologia).

No domingo, os candidatos farão as provas de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Artes e Educação Física), Matemática e a redação. O tempo de realização da prova será de 5 horas e meia.

O cartão de confirmação do exame não foi distribuído pelos Correios – o acesso a ele é feito pela internet para a checagem de endereços e dos dados dos participantes. Apesar de não ser obrigatório para o acesso ao local de prova, o MEC aconselha a impressão do cartão. O ideal é que o candidato leve a cópia do cartão, que contém os detalhes do endereço do local de prova, junto com o documento de identidade com fotografia.

Dados biométricos

O Enem é um exame que, além de avaliar a qualidade do ensino médio nas escolas brasileiras, dá acesso a universidades federais, estaduais e privadas. As notas da prova também são utilizadas para obtenção de bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni) vagas para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e para acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além disso, o Enem concede diploma do ensino médio a pessoas com mais de 18 anos que atinjam média exigida pelo MEC.

Três novidades foram incluídas na edição de 2016 de Enem. Pela primeira vez, todos os participantes terão coleta de dados biométricos, que será realizada pelo chefe de sala durante a aplicação do exame. Outra novidade é a utilização de detectores de metais, na entrada e na saída dos banheiros, em todos os participantes e não mais por amostra – a ideia é melhorar a segurança e evitar fraudes. Também é a primeira vez que os inscritos podem acompanhar todas as fases do exame por um aplicativo para tablets e smartphones.

 


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IMPERDÍVEL: Leonard Cohen explora novos caminhos em álbum

Posted: 05 Nov 2016 02:57 AM PDT

No ano em que David Bowie deixou o mundo com um belo disco, Blackstar, e um clipe que passou a ser visto e revisto à procura de sinais de uma iminente despedida, é fácil escutar I Want It Darker, o novo álbum de Leonard Cohen, 82, em busca de traços de adeus. É fato que Cohen, que chega ao 14º disco de estúdio aos 82 anos, mostra vitalidade criativa. Mas também é fato queI Want It Darker é carregado de sombras.

A faixa de abertura, que dá nome ao disco, ressoa fúnebre,com batidas lúgubres e um coro gospel ao fundo, e percorre uma trajetória que vai da raiva à aceitação da mortalidade. “Hineni/ I’m ready, Lord” (Eis-me aqui/Estou pronto, meu Senhor, em português), diz ele repetidamente na canção, como se conversasse com Deus, usando mais uma vez termos em hebraico (“Hineni”).

Outros sinais de resignação aparecem adiante no disco: “Now it’s much too late/ to turn the other cheek” (Agora é muito tarde/ Para oferecer o outro lado da face, em tradução livre), de It Seemed the Better Way; “I’m angry and I’m tired all the time”, de Treaty, ou ainda “I’m leaving the table/ I’m out of the game” (Estou deixando a mesa/ Estou fora do jogo), de Leaving the Table.

TreatyOn The Level lamentam relacionamentos passados. Ainda no clima “romântico”, If I Didn’t Have Your Love desenha um mundo sem a pessoa amada, e faz comparações melancólicas como “If the sun loses its light/ And we lived an endless night” (Se o Sol perdesse sua luz/ E nós vivêssemos em uma eterna noite), embaladas por sons de piano tão deprimidos quanto.

No entanto, todos os apelos à morte não são, para Leonard Cohen, sua carta de despedida. O próprio disse que ainda pretende lançar dois álbuns, na linha inaugurada por Treaty: a da massiva presença de instrumentos de corda. Que ele tem criatividade para mais lançamentos, I Want It Darker não deixa dúvida.

O álbum já está disponível nas plataformas de streaming Spotify, Deezer e Apple Music.


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IMPERDÍVEL: Diretor de ‘A Queda’ revê homem que quis matar Hitler

Posted: 05 Nov 2016 02:48 AM PDT

Cena do filme '13 Minutos'Cena do filme '13 Minutos'Cena do filme '13 Minutos'Cena do filme '13 Minutos'Cena do filme '13 Minutos'Cena do filme '13 Minutos'

(Elser, Alemanha, 2015) Quem não suporta mais ver filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, campos de concentração e extermínio, fuga e perseguição — pela repetição de temas e apesar da importância evidente de se manter viva a memória de uma das maiores atrocidades da história, ocorrida a menos de um século — tem nos filmes do alemão Oliver Hirschbiegel um respiro. Em A Queda! As Últimas Horas de Hitler, de 2004, filme famoso pelos incontáveis memes feitos com a cena em que Hitler se reúne com generais em uma apertada salinha de seu bunker, de onde acompanha a derrocada alemã no conflito que iniciou para dominar o mundo, Hirschbiegel reconstitui o que seriam os últimos momentos do homem responsável pela morte de ao menos 55 milhões de pessoas, as vítimas estimadas da guerra que ele começou. À beira do fim, Hitler aparece frágil e por vezes humano em uma atuação estupenda do fabuloso Bruno Ganz. Em 13 Minutos, agora em cartaz no país, Hirschbiegel vai novamente falar do conflito armado de um ângulo pouco explorado e conhecido. Ele conta a história de Georg Elser, um homem de classe média baixa que ganhava a vida trabalhando ora como carpinteiro, ora como músico, ora numa siderurgia, que não tinha filiação a nenhum partido nem qualquer atuação política, mas que percebeu, anos antes de a guerra estourar, o rumo perigoso para onde Hitler empurrava a Alemanha, com o apoio maciço da população. Por anos, ao ver amigos serem presos e enviados a áreas de trabalho forçado, ao ser discriminado e excluído por não aderir ao grupamento nazista, ao receber a notícia das frequentes mortes impostas nos campos, ao sentir crescer o controle e a truculência dos oficiais do nazismo, ao ver uma vizinha ser humilhada em praça pública por namorar um judeu, em uma cena que, pelos prédios em redor e pela violência coletiva, remete à Idade Média, Elser amadureceu a convicção de que era preciso deter Hitler. “O país não melhorou. O trabalhador hoje ganha menos por hora. Se Hitler não for parado, ele vai anexar a Polônia, vai haver um enorme derramamento de sangue”, diz, em certa cena, aos oficiais da Gestapo que o interrogam — e o torturam — para saber como e com quem teria agido para detonar uma bomba na cervejaria que lançou pelos ares em Munique em novembro de 1939, apenas 13 minutos depois de Hitler deixar o local. O führer escapou, mas oito pessoas morreriam. “Paranoico”, rebate o oficial Arthur Nebe (Burghart Klaußner, muito bom como o soldado que tem dúvidas de seu general). A história provou que Elser estava certo. E é difícil não torcer, apesar de tudo, para que ele tivesse acertado também no seu atentado. O roteiro de 13 Minutos é convencional. O filme começa do ponto crucial, a explosão da bomba, e a partir daí o texto se bifurca para contar, de um lado, a trajetória de George Elser desde que Hitler ascendeu ao poder, no início da década de 1930, e, de outro, o que lhe aconteceu desde que foi detido tentando fugir para a Suíça, depois do ataque em Munique. Mas a atuação de Klaußner e do ótimo Christian Friedel como Elser, e a felicidade de Oliver Hirschbiegel na escolha de mais um recorte interessante do período, compensam — e muito — a sessão.

 

 


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