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- Reforma da Previdência: Comissão se reúne nesta terça para concluir votação adiada após invasão de agentes
- Renato Duque pede ao STF extensão da liberdade concedida a José Dirceu
- PGR denuncia deputado federal José Mentor na Lava Jato
- ‘Brasil está numa encruzilhada’, afirma Moro
- Ação contra Eduardo Cunha e Solange Almeida vai para as mãos de Moro
- Procurador-geral da República pede que Gilmar Mendes seja impedido de julgar Eike Batista
- Governo quer garantir margem na aprovação da reforma da Previdência, afirma Meirelles
- Lava Jato pede pena mais pesada a Eduardo Cunha e cobra US$ 77 milhões
- Renovação da frota nacional será discutida no 'Rota 2030', diz ministro
- Confio em aprovação da Previdência no plenário, mas exigirá esforço, diz Pereira
- Bancadas do PT no Congresso preparam comitiva para ir ao depoimento de Lula
- Juiz suspende prazo para Eike Batista pagar fiança de R$ 52 milhões
- Defesa de Lula pede imediata suspensão de depoimento a Moro
- Moro nega pedido e defesa de Lula não poderá gravar interrogatório
- Audiência de Lula exige cadastramento de comerciantes e até moradores
- Moro ouve testemunhas de acusação a Lula
- Receita abre consulta a lote de restituição do Imposto de Renda
- Ministro diz ter confiança em aprovação da reforma trabalhista no Senado
- Temer prevê inflação de 4% no final deste ano
- Inexperiência de Macron causa apreensão até entre próprios eleitores
Posted: 08 May 2017 08:05 PM PDT Agentes invadiram sessão na semana passada Igor Gadelha/04.05.2017/Estadão Conteúdo A comissão especial da reforma da Previdência volta a se reunir às 9h30 desta terça-feira (9), para apreciar 11 destaques, sugestões de mudanças no texto-base que são votadas separadamente. A maior parte dos destaques visa a retirar um trecho do texto, caso em que o governo precisa ter maioria para manter a versão do relatório se houver convocação de votação nominal. Após a invasão da Câmara dos Deputados por agentes penitenciários na semana passada, a segurança deve ser reforçada para a retomada da votação. Na segunda-feira (8), na Esplanada dos Ministérios, onde fica o prédio do Congresso Nacional, já havia alguns pontos de interdição. A expectativa é que seja rejeitada a maioria dos destaques, mas o presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), admitiu que a proposta deverá passar por alterações quando for votada no plenário. Marun disse acreditar que a votação no plenário da Casa ocorrerá ainda em maio deste ano. "É possível que algum detalhe seja modificado no plenário. Se existirem modificações são detalhes, são vírgulas", afirmou o peemedebista. Entre os destaques, há duas propostas para suprimir regras que endurecem a concessão de aposentadoria integral a servidores públicos que ingressaram no funcionalismo até 2003. Inicialmente esses servidores teriam acesso ao benefício equivalente ao maior salário da carreira sem nenhum obstáculo a mais, mas o relator decidiu exigir o cumprimento desde já das idades mínimas de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. Antes disso, eles receberiam apenas a média de salários. Os destaques para suprimir a nova exigência partiram das bancadas do PSB e do PDT. Há ainda destaques para retirar as regras que proíbem isenções previdenciárias daqui para frente, que criam uma contribuição individual para o trabalhador rural familiar e que apontam a Justiça Federal como competência para julgamento de ações que envolvem benefícios concedidos por acidente de trabalho. A oposição também tenta emplacar emendas para retirar trechos que estabelecem a nova regra de cálculo do benefício, o tempo mínimo de contribuição de 25 anos, novo cálculo do valor das pensões e as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Invasão Na última quarta-feira (3), após a comissão aprovar o parecer do relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), a sessão foi interrompida durante a votação de destaques por um protesto de agentes penitenciários. Os manifestantes invadiram o auditório onde ocorria a votação e permaneceram no local por meia hora. Depois da saída dos agentes, a sala ficou vazia, pois os deputados deixaram o local no momento da invasão. Na hora da invasão, a Polícia Legislativa chegou com escudos e capacetes e reagiu com bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta. Por questões de segurança, o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), e o presidente da comissão especial, deputado Carlos Marun (PMDB-MS) foram retirados às pressas da sala por policiais legislativos. Início do protesto O protesto ocorreu após o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) desistir de apresentar um destaque que reincluía os agentes nas regras especiais dos policiais, que têm 55 anos de idade mínima. O petebista retirou o destaque porque, sem acordo, ele seria derrotado na comissão. Inicialmente o PSDB havia encaminhado voto favorável ao destaque de Faria de Sá. Mas houve uma reunião dos líderes de partidos da base, e o PSDB recuou em relação ao encaminhamento. Foi proposto, então, ao autor da alteração que retirasse seu destaque para que o assunto fosse negociado apenas no plenário. Faria de Sá aceitou. Durante a invasão, agentes penitenciários gritavam que iriam paralisar o País. Eles pediam que a sessão da comissão em que o parecer do relator foi aprovado por 23 votos a 14 seja cancelada. "Fomos feitos de moleques. Essa Casa nos empenhou a palavra de que o destaque seria aprovado hoje. Não somos moleques.", gritavam os agentes, que também cantaram o Hino Nacional. Negociação Policial, o deputado Major Olímpio (SD-SP) negociou a saída dos manifestantes da sala das comissões. Os agentes disseram inicialmente que só sairiam a força, Alguns jornalistas e servidores da Câmara foram retirados da sala, por estarem passando mal. Cerca de 30 minutos após a invasão, os manifestantes começaram a deixar o plenário da comissão. Antes de invadirem a sessão, os agentes penitenciários acompanhavam a votação do lado de fora do Anexo II da Câmara dos Deputados. Eles entraram no prédio após arrebentarem a grade que os separava da área interna. |
Renato Duque pede ao STF extensão da liberdade concedida a José Dirceu Posted: 08 May 2017 07:01 PM PDT Renato Duque Fabio Rodrigues Pozzebom/19.03.2015/Agência Brasil A defesa do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso preventivamente na Operação Lava Jato há dois anos e dois meses, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a extensão da liberdade concedida na semana passada ao ex-ministro José Dirceu em julgamento na Segunda Turma do STF. Ambos tiveram decretos de prisão na ação penal em que foram condenados pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. A diferença é que Dirceu tinha duas ordens de prisão preventiva, enquanto Renato Duque tem quatro. Os advogados do ex-executivo, no entanto, afirmam que os fundamentos para a prisão preventiva de ambos são os mesmos. "Em relação a José Dirceu, os decretos prisionais tinham a mesma fundamentação e portanto não eram autônomos. Por isso foram revogados conjuntamente, esse é o ponto nodal da questão", diz a defesa de Renato Duque, citando a decisão da Segunda Turma. "Diga-se que a situação processual e fática (de Renato Duque) é a mesma que ocorreu com José Dirceu, ou seja, não existe uma fundamentação fática e jurídica autônoma entre as decisões atacadas." A defesa alega que "os fundamentos dos decretos prisionais não mais subsistem, haja vista que toda prova já foi produzida não havendo qualquer risco para a instrução, sendo certo também que todas as medidas cautelares em desfavor do requerente já foram implementadas há mais de dois anos". E acrescenta que Duque é réu primário, sem antecedentes criminais e possui residência fixa. "Inequívoco que o requerente está diante da mesma hipótese fática e processual de Dirceu, ou seja, o mesmo constrangimento ilegal. Portanto é possível se reconhecer vinculação fática e jurídica com a finalidade de estender os benefícios concedidos ao paciente originário em favor de Duque nas seguintes ações penais, toda vinculadas ao decreto de prisão proferido nos autos da ação penal 5012012.36.2015.4.04.7000", dizem os advogados. A defesa lembra uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que, em abril, decidiu estender habeas corpus a Duque para revogar a prisão decretada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro no âmbito da Operação Sangue Negro, que investiga desvios de contratos da Petrobras para o pagamento de propinas a partir de 1997. Na ocasião, Marco Aurélio alertou que a liberdade não seria concedida se ele tivesse outros decretos prisionais - como havia, no âmbito da Operação Lava Jato. Este é o terceiro pedido de extensão à ordem de soltura de Dirceu. Os primeiros foram os dos empresários Flavio Henrique Oliveira Macedo e Eduardo Meira, sócios da construtora Credencial, presos na Lava Jato e condenados na primeira instância. O ministro Dias Toffoli, também nesta segunda-feira, abriu um prazo de vista para que a PGR se manifeste sobre o pedido de soltura feito pelos empresários. Apesar de não ser o relator da Operação Lava Jato, a condução dos pedidos feitos pelos dois empresários está sob a responsabilidade de Toffoli, conforme previsto pelo regimento do STF, porque ele foi o primeiro ministro a votar pela soltura de José Dirceu. O posicionamento de Toffoli acabou prevalecendo, com os votos de Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, superando o entendimento do relator Edson Fachin e de Celso de Mello. A PGR deverá mostrar seu entendimento sobre se as situações dos condenados na Lava Jato são idênticas no que se refere aos decretos de prisão, e se eles estariam aptos a receber a liberdade conforme foi concedido a Dirceu. No mérito, a PGR tem se posicionado contra a soltura de condenados na Lava Jato. Após esta etapa, Toffoli poderá decidir monocraticamente ou, ainda, levar a julgamento na Segunda Turma do STF. |
PGR denuncia deputado federal José Mentor na Lava Jato Posted: 08 May 2017 06:55 PM PDT José Mentor Ananda Borges/04.11.2015/Câmara dos Deputados A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira, 8, uma denúncia contra o deputado federal José Mentor (PT-SP), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusando-o de ter recebido propina no valor de R$ 380 mil por integrar um esquema criminoso para viabilizar a contratação da IT7 Sistemas pela Caixa Econômica Federal. O inquérito foi aberto em março de 2015, com base na delação do doleiro Alberto Youssef, na primeira "lista de Janot", como ficou conhecida a série de investigações solicitadas pela PGR naquele mês. No esquema em que José Mentor teria participado, os outros envolvidos já foram denunciados pelo Ministério Público Federal no Paraná por não terem foro por prerrogativa de função. O doleiro Alberto Youssef afirmou que entregou pessoalmente a José Mentor R$ 380 mil no início do ano de 2014, no escritório de advocacia que ele mantém com associados em São Paulo. Os recursos teriam sido originários de operações fictícias que resultaram na disponibilização de valores em espécie, com ocultação de sua origem. Segundo a PGR, o ex-deputado Federal André Vargas teria influenciado a contratação da empresa IT7 Sistemas para fornecimento e manutenção de software no valor de R$ 71 milhões por um período de 24 meses, a partir de licitação realizada pela Caixa Econômica Federal no início de novembro de 2013. Alberto Youssef afirmou ter sido procurado em dezembro de 2013 por Leon Vargas, após sugestão de seu irmão, André Vargas, em busca de dinheiro em espécie. De acordo com a denúncia, Alberto Youssef pediu a Meire Poza, sua contadora, que providenciasse os recursos mediante a emissão de notas fiscais em favor da IT7 que, por seu turno, faria os depósitos ou as transferências de valores, os quais seriam sacados para posterior entrega em espécie. As notas foram geradas para prestar serviços fictícios de consultoria. A PGR diz ter provas de que, depois do primeiro crédito na conta da IT7 efetuado pela Caixa, a IT7 faz três transferências para empresas registradas em nome de Meire Pozza, ligada a Alberto Youssef. "A contratação da IT7 não atendeu aos padrões legais previstos, tendo o contrato sido celebrado com quantidades de valores além do necessário, de modo a viabilizar o ganho por parte da contratada e o consequente repasse de vantagem indevida a André Vargas e ao seu aliado José Mentor", afirma Rodrigo Janot. A PGR diz, ainda, que André Vargas confirmou sua relação de amizade com José Mentor, bem assim o fato de que os dois pertenciam à mesma corrente dentro do Partido dos Trabalhadores (PT). Janot afirma que essa vinculação ficou clara quando José Mentor tomou medidas no curso do processo de cassação de André Vargas objetivando beneficiar o ex-colega de partido. A denúncia relaciona extratos e documentos bancários, troca de mensagens entre os envolvidos, registro de ligações telefônicas, notas fiscais e vários outros elementos de prova. Além da condenação do deputado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a denúncia oferecida no Inquérito 3995 pede a perda da função pública do deputado, que é detentor de mandato eletivo. O PGR também quer a reparação dos danos materiais no valor de R$ 380 mil, a ser destinado à Caixa Econômica Federal, e dos danos morais no valor de R$ 380 mil. |
‘Brasil está numa encruzilhada’, afirma Moro Posted: 08 May 2017 06:11 PM PDT O juiz federal Sérgio Moro disse na noite desta segunda-feira (8) que "o Brasil está numa encruzilhada". Durante o evento "Pacto pelo Brasil", promovido pelo Observatório Social de Curitiba, o magistrado também afirmou que a Operação Lava Jato corre riscos. Ao comentar sobre as sucessivas ofensivas no Congresso contra a independência de magistrados e procuradores, Moro citou a Operação Mãos Limpas, que tentou desmontar um esquema de corrupção na Itália, mas acabou fustigada pelo poder político. "Temos o exemplo da Itália, em que havia uma grande expectativa que se tornaria um país muito mais honesto, mas há uma grande dúvida", disse o juiz. Segundo ele, houve uma "reação muito forte" contra a operação no país europeu. "O Brasil está numa encruzilhada", afirmou Moro. "Tem dois caminhos a seguir. Voltar atrás, como se nada tivesse acontecido ou seguir em frente. Daí precisa realmente de apoio da cidadania civilizada." O juiz defendeu a existência de "instituições mais fortes e mais infensas à contaminação por esquemas de corrupção". |
Ação contra Eduardo Cunha e Solange Almeida vai para as mãos de Moro Posted: 08 May 2017 05:47 PM PDT ![]() Eduardo Cunha Luis Macedo/ 17.06.2015/Agência Câmara Acompanhando entendimento do desembargador federal Paulo Espirito Santo, a Primeira Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF2) decidiu remeter para a 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, base da Operação Lava Jato, o processo penal no qual o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ) é acusado de participação em esquema de corrupção envolvendo contratos da Petrobras. A decisão foi dada em julgamento de agravo apresentado pelo político, que pretendia ser processado e julgado pela primeira instância da Justiça Federal do Rio de Janeiro. O caso começou com denúncia do Ministério Público Federal oferecida no TRF2 contra Eduardo Cunha e Solange Pereira de Almeida, que, na época, era prefeita de Rio Bonito, na região metropolitana da capital fluminense. Em razão do mandato municipal ela gozava do direito à prerrogativa do foro por função, ou seja, deveria ser julgada diretamente pela segunda instância. Eduardo Cunha está preso em Curitiba desde outubro de 2016. Em março passado, o juiz Moro condenou o ex-deputado a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Eduardo Cunha teria pedido propina que somaria US$ 40 milhões do estaleiro Samsung, com sede na Coreia do Sul, para atuar na contratação de navios-sonda com a Petrobras. O equipamento se destinava a operações de perfuração em águas profundas na África e no Golfo do México e a negociação teria sido efetuada com a intervenção de Solange Almeida e de Júlio Camargo, que prestou colaboração premiada e foi condenado pela Justiça Federal paranaense. Com o fim do mandato de Solange Almeida em Rio Bonito, o Tribunal decidiu remeter os autos para a primeira instância de Curitiba. Foi contra essa decisão que Eduardo Cunha apresentou o agravo julgado pela Primeira Seção Especializada do TRF2. Em suas alegações, o político sustentou que a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba já julgou o mérito do processo que apurou os mesmos fatos denunciados, em relação a outros réus. A defesa de Eduardo Cunha argumentou que, por esse motivo, a ação deveria permanecer na Justiça Federal do Rio de Janeiro, onde, supostamente, teriam ocorrido os crimes relatados pelo MPF. Em seu voto, o desembargador federal Paulo Espirito Santo, relator do processo criminal no TRF2, ponderou que a duplicidade de ações - no Rio e no Paraná - só ocorreu em função da prerrogativa de foro: "Assim, apesar de realmente estar sentenciado o processo a que se reporta o embargante, como pode ser visto, há um conjunto probatório que demanda apreciação por um único juízo (13.ª Vara Federal de Curitiba/PR), no caso prevento, eis que lá houve apuração em relação aos demais réus envolvidos nos mesmos fatos", concluiu o magistrado. Defesas A reportagem entrou em contato com a defesa de Eduardo Cunha, mas não obteve retorno. O advogado da ex-prefeita de Rio Bonito, Claudio Oraindi Rodrigues Neto, afirma que "a defesa acredita na Justiça em qualquer de suas esferas. Mais importante que o Foro competente é a prova dos autos e esta é categórica no sentido da improcedência da denúncia em relação à acusada Solange". |
Procurador-geral da República pede que Gilmar Mendes seja impedido de julgar Eike Batista Posted: 08 May 2017 03:48 PM PDT ![]() Pedido de Janot leva em conta que a mulher do ministro atua no escritório que defende Eike Folha Vitória - Cidades 3 O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou nesta segunda-feira (8) um pedido para que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes seja impedido de julgar o empresário Eike Batista. O pedido foi encaminhado à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia. De acordo com o pedido, Mendes não poderia atuar como relator do pedido de liberdade, uma vez que sua esposa, Guiomar Mendes, integra o escritório de advocacia de Sérgio Bermudes, representante processual de Eike em diversos processos. — Incide no caso a hipótese de impedimento prevista no art. 144, inciso VIII, do Código de Processo Civil, cumulado com o art. 3º, do Código de Processo Penal, a qual estabelece que o juiz não poderá exercer jurisdição no processo 'em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório. Além da incompatibilidade do ministro para atuar neste processo, Janot pede a anulação dos atos decisórios praticados por Mendes. Agora, cabe ao plenário do STF decidir a respeito do tema. Janot sustenta ainda que, se superada a alegação de impedimento, seja declarada a suspeição do ministro, uma vez que, como cliente do escritório de advocacia Sérgio Bermudes, Eike Batista caracteriza-se como devedor de honorários, mesmo que indiretamente, de Guiomar Mendes, por meio de sua participação nos lucros da sociedade advocatícia. — Em situações como essa há inequivocamente razões concretas, fundadas e legítimas para duvidar da imparcialidade do juiz, resultando da atuação indevida do julgador no caso. Há dez dias, Mendes mandou soltar Eike, que estava preso desde janeiro por suspeita de ter pago US$ 16,5 milhões em propinas ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). Para se livrar da prisão, Eike entrou com o pedido de liberdade acolhido liminarmente pelo ministro. |
Governo quer garantir margem na aprovação da reforma da Previdência, afirma Meirelles Posted: 08 May 2017 01:40 PM PDT Segundo Meirelles, a discussão do governo é para "assegurar uma margem para não haver dúvida ou surpresa" Ueslei Marcelino/Reuters O governo realiza reuniões nesta semana para ter segurança de que tem o apoio necessário para a aprovação da reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional. A informação foi dada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo ele, a discussão agora é para "assegurar uma margem para não haver dúvida ou surpresa". — Eu espero que haja razões para o Brasil comemorar, de fato, a garantia de que todos os brasileiros poderão receber a sua aposentadoria. É isso que está em jogo, não é se alguém vai se aposentar dois, três anos depois ou antes. O que está se discutindo na realidade é até que ponto todos os brasileiros terão a garantia de que receberão a sua aposentadoria. A Previdência pode ter problema, pode quebrar, pode ficar insolvente. Segundo o Meirelles, a insolvência da Previdência já ocorre em "muitos Estados brasileiros" e também aconteceu em outros países, "que tiveram até que diminuir o valor da aposentadoria das pessoas já aposentadas". — O Brasil está longe disso, porque está na hora de fazer a reforma. Portanto, acreditamos que haverá, sim, a aprovação de algo que garanta a todos que a Previdência social do Brasil continuará solvente. Meirelles afirmou ainda que a reforma, mesmo após as modificações feitas no Congresso, continua "dentro daqueles parâmetros que esperávamos e que garantem o ajuste fiscal". — Evidentemente, mudanças excessivas podem prejudicar reformas, o que esperamos que não aconteça. |
Lava Jato pede pena mais pesada a Eduardo Cunha e cobra US$ 77 milhões Posted: 08 May 2017 01:12 PM PDT Cunha está preso em Curitiba desde outubro de 2016 Pedro Ladeira/19.05.2016/Folhapress A Lava Jato quer ampliar a pena imposta pelo juiz federal Sérgio Moro ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ) — 15 anos e quatro meses de prisão. Em apelação, onze procuradores da República que integram a força-tarefa da maior operação já realizada no País contra a corrupção pedem ao juiz que condene o peemedebista também por mais um crime de lavagem de dinheiro e por mais um de evasão de divisas. Também querem que o ex-deputado seja condenado a restituir o equivalente a US$ 77,5 milhões, a título de reparação de danos. — Na hipótese, tem-se que pela prática do crime de corrupção a Petrobras sofreu um prejuízo ou dano mínimo de cerca de US$ 77,5 milhões, e não de apenas US$ 1,5 milhão como considerado na sentença. Eduardo Cunha está preso em Curitiba, base da Lava Jato, desde outubro de 2016, por ordem de Moro. Em março passado, o juiz condenou o ex-presidente da Câmara a 15 anos e quatro meses de reclusão — pelo crime de corrupção passiva, Moro impôs a Eduardo Cunha seis anos de reclusão; por lavagem de dinheiro, mais cinco anos e dez meses; e, por evasão de divisas, três anos e seis meses de pena. Leia mais notícias sobre Brasil e Política Mas o juiz absolveu o réu da imputação de lavagem de dinheiro relativa à transferência de US$ 165 mil, em 4 de agosto de 2014, da conta em nome da Netherton Investments para a conta Köpek — e também da imputação de evasão de divisas relativa à omissão em declarar o saldo da conta Netherton, "pois absorvida pelo crime de lavagem". O recurso da Lava Jato volta-se contra a absolvição da lavagem de dinheiro em relação à transferência dos US$ 165 milhões e também "aspectos da dosimetria da pena aplicada ao apelado" e "aspectos da reparação do dano". — Cumpre ressaltar que o dano corresponde não somente ao próprio prejuízo sofrido — dano material — em negócio comercial fraudulento apurado nos autos, como também ao dano sofrido pela não aplicação em negócio lícito, lucros cessantes, e, finalmente, ao dano moral, aqui considerado a depreciação econômico-financeira sofrida pela conduta criminosa levada ao conhecido público de investidores e acionistas e mercado financeiro e à própria imagem e da marca Petrobras perante o mercado e à sociedade brasileira. Quanto aos crimes de manutenção de depósitos no exterior e lavagem de dinheiro, segundo sustenta a Procuradoria, "a vítima é a própria União Federal, bem jurídico difuso". |
Renovação da frota nacional será discutida no 'Rota 2030', diz ministro Posted: 08 May 2017 12:59 PM PDT O ministro Marcos Pereira Ueslei Marcelino/REUTERS O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, disse nesta segunda-feira (8) que o tema "Renovação da Frota" será discutido dentro do Programa Rota 2030. No ano passado, depois que assumiu a pasta, Pereira disse que o governo passaria a tocar o projeto de renovação. Hoje, durante evento promovido pelo Secovi em São Paulo sobre como estavam as tratativas sobre a renovação da frota nacional de veículos, o ministro disse que o programa será discutido no âmbito do Rota 2030, que é o programa de incentivo à inovação da indústria automotiva que ocupará o lugar do Inovar Auto, cujo prazo de vigência vence em 31 de outubro deste ano. O ministro reiterou nesta segunda que o projeto do Rota 2030 será entregue ao presidente Michel Temer em agosto. |
Confio em aprovação da Previdência no plenário, mas exigirá esforço, diz Pereira Posted: 08 May 2017 12:45 PM PDT Pereira afirma que guerra fiscal entre Estados é um tema mais complexo Renato Costa/23.03.2017/FramePhoto/Folhapress O ministro do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Marcos Pereira, demonstrou nesta segunda-feira (8), confiança no avanço da reforma da Previdência na Câmara. Ele admitiu, porém, que pode haver dificuldade maior no plenário da Casa e a aprovação deve exigir "esforço maior". A proposta teve o texto principal aprovado pela comissão especial da Câmara na semana passada. Os destaques que podem alterar o projeto, contudo, devem ser votados amanhã, quando o colegiado retoma os trabalhos. Pereira disse não ter dúvida de que a proposta com os destaques passará pela Comissão. — Agora, o Plenário da Câmara é uma discussão à parte, é um tanto quanto mais difícil. Tenho confiança de que nós a aprovaremos, mas isso exigirá um esforço maior de todos nós. Leia mais notícias sobre Economia Ele acrescentou que o governo vai atuar para atacar a guerra fiscal entre os Estados. — Se queremos falar sobre a reforma tributária é preciso falar também da guerra fiscal. Para ele, esse é um tema mais difícil, que exige um exercício maior, mas que estará na pauta do governo federal tão logo outras medidas de desburocratização sejam implementadas. |
Bancadas do PT no Congresso preparam comitiva para ir ao depoimento de Lula Posted: 08 May 2017 12:39 PM PDT Lula será interrogado por Sérgio Moro na sede da Justiça Federal em Curitiba Cassiano Rosário/27.01.2017/Futura Press/Folhapress Integrantes da bancada do PT da Câmara e do Senado se organizam para desembarcarem nesta quarta-feira (10), em Curitiba, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro. O petista é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. "Mais da metade da bancada deve ir", ressaltou o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP). "Acredito que não haverá enfrentamentos. Vai muita gente e isso normalmente acontece quando há um grupo pequeno de manifestantes", considerou. A expectativa de integrantes do PT é de comparecerem ao menos 10 mil militantes em atos organizados pela Frente Brasil Popular. Além dos deputados, representantes da bancada do PT do Senado também já confirmaram presença nas manifestações previstas iniciarem a partir de amanhã em Curitiba. Segundo lista da liderança da bancada, dos nove integrantes apenas dois não confirmaram o desembarque na capital paranaense, até o momento. Defesa de Lula pede imediata suspensão de depoimento a Moro Em artigo publicado nesta segunda-feira (8), a líder do PT, senadora Gleisi Hoffman, acusa o juiz Sérgio Moro de ter "lado" e "lidera uma torcida". A petista está entre os citados nas delações realizadas por integrantes da Odebrecht no âmbito das investigações da Lava Jato. "Em realidade, a força-tarefa que comanda a Lava Jato tem demonstrado claramente que já tem opinião formada contra Lula e que agora só depende de encontrar provas contra ele", diz Gleisi em trecho do artigo. Em razão da presença da maioria dos integrantes da cúpula do PT nos atos, integrantes da Executiva Nacional da legenda agendaram reunião para esta terça-feira que deverá ocorrer na sede do partido da capital paranaense. "Será a última reunião antes do Congresso do partido em que será escolhido o novo presidente. No encontro devemos tratar também da atual conjuntura", ressaltou Zarattini. Moro nega pedido e defesa de Lula não poderá gravar interrogatório |
Juiz suspende prazo para Eike Batista pagar fiança de R$ 52 milhões Posted: 08 May 2017 11:54 AM PDT Eike teria que pagar fiança até dia 9 de maio, segundo determinação judicial José Lucena/31.01.2017/Futura Press/Folhapress O juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, decidiu suspender o prazo para o empresário Eike Batista pagar fiança de R$ 52 milhões, que venceria nesta terça-feira (9). O fundador do grupo X teria que entregar esse valor até a data ou voltaria para a prisão preventiva. Ele está em domiciliar desde 30 de abril. O advogado de Eike, Fernando Martins, diz que bens bloqueados de empresário serão analisados. — O prazo foi suspenso para verificação de que há um montante bloqueado em excesso em outros processos que Eike responde na 3.ª Vara Federal Criminal. A ideia é pedir que eles sejam transferidos para a 7.ª Vara Federal. Leia mais notícias sobre Brasil e Política O valor em excesso seria de R$ 78 milhões, o que cobriria a fiança de R$ 52 milhões. Segundo o advogado, o MPF (Ministério Público Federal) foi favorável a essa compensação. — Agora temos que esperar se a 3.ª Vara Federal Criminal vai autorizar a transferência. Atualmente, Eike tem R$ 240 milhões bloqueados na Justiça. Uma decisão recente determinou que somente R$ 162 milhões deveriam permanecer bloqueados. O ministro Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao fundador do grupo X no fim do mês passado. O juiz de plantão Gustavo Arruda Macedo autorizou que Eike deixasse Bangu 9 e passasse a cumprir prisão domiciliar. Ele voltou para sua casa no mesmo dia após três meses preso. Na sequência, Bretas decidiu estabelecer a fiança, que deveria ser paga em até cinco dias úteis. |
Defesa de Lula pede imediata suspensão de depoimento a Moro Posted: 08 May 2017 11:11 AM PDT Habeas corpus pede imediata suspensão do processo criminal Jorge Araújo/Folhapress - 9.4.2017 A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu por meio de habeas corpus a imediata (concessão de liminar) suspensão do processo criminal em que ele é réu por corrupção e lavagem de dinheiro no caso tríplex — imóvel situado no Guarujá, litoral de São Paulo, que a Lava Jato diz pertencer a Lula, o que sempre foi negado por ele. A defesa alega que não dispõe de tempo suficiente para analisar o conteúdo de uma "supermídia" com 5,42 gigabytes com documentos que a Petrobras anexou aos autos — estima-se que o arquivo tenha 100 mil páginas. O ex-presidente vai ser interrogado nesta quarta-feira (10), pelo juiz federal Sérgio Moro. Na ação, ele é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em propinas da OAS que, em troca, teria fechado três contratos com a Petrobras, supostamente por ingerência de Lula. O habeas que pede a imediata suspensão do processo criminal foi protocolado, segundo a defesa, no TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que tem jurisdição e competência para confirmar ou barrar medidas de Moro. Se a Corte federal acolher a liminar, o interrogatório de Lula terá de ser adiado. A defesa quer que "seja concedido prazo razoável para a análise dos documentos, além da apresentação da íntegra da relação antes requerida e deferida pelo Juízo, com a eventual renovação dos atos processuais subsequentes que tenham sido prejudicados pela decisão ilegal". Leia mais notícias sobre Brasil e Política Segundo os advogados de Lula — os criminalistas Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira —, os documentos da Petrobras foram solicitados desde 10 de outubro de 2016, mas "foram levados — em parte — ao processo somente nos dias 28 de abril e 2 de maio de 2017, por meio digital". — A mídia apresentada perfaz 5,42 gigabytes e foi levada aos autos sem índice e de forma desorganizada. Há cerca de 5 mil documentos (técnicos, negociais e jurídicos) e são estimadas cerca de 100 mil páginas. É materialmente impossível a defesa analisar toda essa documentação até o próximo dia 10, quando haverá o interrogatório do ex-presidente e será aberto o prazo para requerimento de novas provas (Código de Processo Penal, artigo 402). Segundo os advogados de Lula, "sequer a impressão foi concluída a despeito da contratação de uma gráfica para essa finalidade". — Mas o juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba negou prazo adicional por nós requerido e também negou a entrega do restante da documentação não apresentada, contrariando sua própria decisão anterior e o compromisso assumido pela Petrobrás em audiência de disponibilizar tudo o que havia sido solicitado. — A negativa do juiz causa inequívoco prejuízo à defesa de Lula, pois a acusação faz referência a três contratos firmados entre a Petrobrás e a OAS e ao processo de contratação que o antecedeu, mas somente algumas peças foram anexadas à denúncia após terem sido selecionadas pelo Ministério Público Federal. Os advogados de Lula sustentam que "a decisão fere a garantia da paridade de armas, pois, além de os documentos negados serem do conhecimento da acusação, que fez diversas requisições diretamente à Petrobrás e foi atendida, a petrolífera pediu e obteve no processo a função de assistente de acusação" — É manifestamente incompatível com essa garantia de paridade de armas que somente a acusação e sua assistente tenham acesso a documentos relativos a contratos tratados na ação penal. Em razão disso, protocolamos hoje um habeas corpus em favor de Lula perante o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, pedindo liminarmente a suspensão do processo e, ao final, a concessão da ordem para que seja concedido prazo razoável para a análise dos documentos, além da apresentação da íntegra da relação antes requerida e deferida pelo Juízo, com a eventual renovação dos atos processuais subsequentes que tenham sido prejudicados pela decisão ilegal. |
Moro nega pedido e defesa de Lula não poderá gravar interrogatório Posted: 08 May 2017 11:07 AM PDT Advogados de Lula solicitavam a captação das imagens de toda a sala onde o depoimento será realizado AFP O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato em primeira instância, negou nesta segunda-feira (8) o pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para gravar o interrogatório. A oitiva do petista está marcada para acontecer às 14h desta quarta-feira (10), na sede da Justiça Federal de Curitiba. O depoimento marcará o primeiro encontro do ex-presidente com o juiz da Lava Jato. No caso em questão, Lula é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os advogados de Lula solicitavam a captação das imagens da audiência para que seja registrado o que se passa em toda a sala onde o depoimento será realizado, e não apenas as falas do ex-presidente. Audiência de Lula exige cadastramento de comerciantes e até moradores Na decisão, Moro afirma que "não assiste razão à Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva em afirmar que a forma de gravação dos depoimentos em audiência resulte em prejuízo aos acusados". A avaliação do juiz diz ainda que a gravação com propósitos político partidários "não pode ser permitida pois se trata de finalidade proibida para o processo penal". "A câmara é focada no depoente, acusado ou testemunha, porque se trata do elemento probatório relevante e que será avaliado pelos julgadores das várias instâncias. [...] Não há qualquer intenção de prejudicar o acusado ou sugerir a sua culpa com esse foco, tanto assim que o depoimento das testemunhas, que não sofrem qualquer acusação, é registrado da mesma forma", afirma Moro por meio de documento eletrônico. No último sábado (6), o juiz utilizou as redes sociais para pedir que os apoiadores da Operação Lava Jato não comparecessem ao interrogatório do ex-presidente em Curitiba. Segundo Moro, "nada de anormal" vai acontecer na data. Ele ainda destaca que o apoio dos manifestantes "não é necessário" para evitar conflitos. Por outro lado, militantes, movimentos independentes e políticos ligados ao PT se organizam para uma "invasão" à capital paranaense na data da oitiva de Lula. |
Audiência de Lula exige cadastramento de comerciantes e até moradores Posted: 08 May 2017 11:05 AM PDT Região próxima ao prédio da Justiça Federal terá acesso restrito apenas para moradores Pedro Ladeira/24.04.2017/Folhapress A Polícia Militar do Paraná começou na manhã desta segunda-feira (8), o cadastramento de moradores e pessoas que trabalham em um raio de menos de 150 metros do prédio da Justiça Federal, onde ocorrerá o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 10 de maio. A região terá acesso restrito e o cadastro será necessário para que as pessoas possam circular. A Justiça já informou que os serviços serão suspensos. Leia mais notícias sobre Brasil e Política Para Cezar Augusto, que atua na Assomec, entidade representativa de municípios, cujo prédio é próximo à Justiça Federal, disse que haverá transtorno. — O trânsito nas ruas próximas, sem evento algum, já é muito grande, com essa limitação de espaço, restrições, ficará pior ainda. Para ele, uma alternativa seria a Justiça ter a audiência por meio virtual. |
Moro ouve testemunhas de acusação a Lula Posted: 08 May 2017 10:55 AM PDT Parte das propinas teriam sido pagas pela Odebrecht, segundo força-tarefa da Lava Jato Leonardo Benassatto/05.05.2017/Reuters Testemunhas de acusação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, arroladas pelo Ministério Público Federal, vão depor nesta segunda-feira (8) ao juiz federal Juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato na primeira instância, no âmbito da ação penal que investiga se a compra da sede do Instituto Lula pela Odebrecht está relacionada a lavagem de dinheiro de propinas de oito contratos da construtora com a Petrobras. Entre as testemunhas deverão depor nesta segunda o empresário Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, e o executivo Marcos Pereira Berti, da Toyo Setal. Também foram convocados pelo Ministério Público Federal, na acusação a Lula, Elton Negrão de Azevedo Júnior, ex-diretor da Andrade Gutierrez, e o operador Zwi Skornicki, em delação premiada. Nesta denúncia, a propina — equivalente a porcentuais de 2% a 3% dos oito contratos celebrados entre a Petrobras e a Construtora Norberto Odebrecht S/A —, totaliza R$ 75.434.399,44. Leia mais notícias sobre Brasil e Política Este valor teria sido repassado a partidos e a políticos que davam sustentação ao governo de Lula, especialmente o PT, o PP e o PMDB, bem como aos agentes públicos da Petrobras envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro. Parte do valor das propinas que teriam sido pagas pela Odebrecht S/A "foi lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do imóvel localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo (SP), em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula", diz a força-tarefa da Lava Jato. O acerto do pagamento da propina supostamente destinada ao ex-presidente teria sido intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci - ex-ministro (Fazenda/Casa Civil dos Governos Lula e Dilma), com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic. Segundo a Procuradoria da República, Palocci e Branislav mantinham contato direto com o empreiteiro Marcelo Odebrecht "a respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo ex-presidente". |
Receita abre consulta a lote de restituição do Imposto de Renda Posted: 08 May 2017 10:50 AM PDT Receita disponibiliza tablets e smartphones que facilitam consulta às declarações do Imposto de Renda Marcos Santos / USP Imagens A Receita Federal abriu nesta segunda-feira (8) a consulta ao lote de restituição residual do IRPF (Imposto sobre a Renda da Pessoa Física), referente aos exercícios de 2008 a 2016. O crédito bancário para 128.232 contribuintes será realizado no dia 15 de maio, totalizando R$ 213,4 milhões, dos quais R$ 74,7 milhões referem-se aos contribuintes com prioridade no recebimento: 22.107 idosos e 1.930 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na Internet, ou ligar para o Receitafone 146. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora. Leia mais notícias sobre Economia A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do Imposto de Renda e situação cadastral no CPF — Cadastro de Pessoas Físicas. Com ele será possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. Prazo para resgate A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate dentro do prazo, deverá fazer o requerimento por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico — Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. |
Ministro diz ter confiança em aprovação da reforma trabalhista no Senado Posted: 08 May 2017 10:11 AM PDT Pereira afirma que reforma não irá tirar férias de trabalhadores José Cruz/19.03.2017/Agência Brasil O ministro do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Marcos Pereira, disse nesta segunda-feira (8), estar confiante de que a reforma trabalhista será aprovada no Senado. De acordo com ele, a reforma trará previsibilidade ao mercado de trabalho e não se propõe a tirar direitos do trabalhador. — A reforma trabalhista não vai acabar com as férias nem com o 13.º salário do trabalhador como alguns querem fazer acreditar. Leia mais notícias sobre Brasil e Política A avaliação do ministro é a de que a reforma trabalhista vai conferir segurança jurídica ao mercado de trabalho. Pereira faz palestra no seminário "O Brasil de hoje e as perspectivas para o futuro na visão do MDIC" nesta segunda-feira (8), organizado pelo Secovi (Sindicato da Habitação), na sede da entidade, na zona sul da capital paulista. |
Temer prevê inflação de 4% no final deste ano Posted: 08 May 2017 08:19 AM PDT ![]() Temer prevê inflação de 4% no final deste ano Antonio Cruz/ Agência Brasil O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (8) que a inflação deve chegar a 4% ao ano ainda em 2017, abaixo portanto do centro da meta estabelecidade pelo governo, de 4,5% ao ano. A estimativa do governo está alinhada com as projeções do mercado, conforme dados divulgados pelo Banco Central do boletim Focus. — [Estamos] na tarefa de dar a brasileiros a tranquilidade de uma economia em crescimento, livre da inflação, geradora de empregos. Com a graça de Deus conseguimos nesse breve período reduzir o fenômeno inflacionário de 10,70% para 4,55% a indicar que logo no final do ano estaremos em torno de 4% de inflação portanto abaixo do centro da meta de inflação que é 4,5% ao ano. O presidente Michel Temer discursou durante a cerimônia e abertura do 3º Encontro Nacional de Chefes de Agência do IBGE em Brasília. Focus Os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir levemente suas projeções para o IPCA neste ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (8), pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2017 foi de 4,03% para 4,01%. Há um mês, estava em 4,09%. Por outro lado, a projeção para o IPCA de 2018 foi de 4,30% para 4,39%, ante 4,46% de quatro semanas atrás. Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda no Focus indicam que a expectativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%). Em abril, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 - considerado uma espécie de prévia da inflação oficial - encerrou o mês com taxa de 0,21%. Já o IPCA de abril será divulgado na próxima quarta-feira, dia 10. Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada na terceira semana de abril, o Banco Central informou suas projeções de inflação. No cenário de mercado - que utiliza câmbio e juros variáveis -, a projeção é de 4,1% para 2017 e de 4,5% para 2018. No relatório Focus desta segunda, a Selic média de 2017 foi de 10,28% para 10,25% ao ano. Há um mês, a mediana da taxa média projetada era de 10,31% anuais. No caso de 2018, a Selic média passou de 8,56% para 8,50%. Quatro semanas antes, estava em 8,63%. O Copom anunciou mês passado corte de 1 ponto porcentual da Selic, para 11,25% ao ano, como esperado pelo mercado. No entanto, a ata do encontro deixou a porta aberta para a intensificação dos cortes. |
Inexperiência de Macron causa apreensão até entre próprios eleitores Posted: 08 May 2017 07:30 AM PDT Por Thierry Chiarello e Sarah White PARIS (Reuters) - Emmanuel Macron pode ter vencido a eleição presidencial francesa de domingo com uma grande vantagem, mas até o entusiasmo de seus eleitores se contém diante do tamanho do desafio que o político inexperiente irá enfrentar para lidar com os problemas econômicos, sociais e de segurança já antigos do país. Macron, ex-ministro da Economia que nunca havia concorrido a um cargo público, derrotou a líder de extrema-direita Marine Le Pen por 66 por cento a 34 por cento dos votos, margem bem acima dos cerca de 20 pontos percentuais que as pesquisas previam. Helen Lhuillier, franco-canadense de 73 anos que mora na França há 40 anos e compareceu ao comício da vitória de Macron diante do museu do Louvre, disse gostar "das políticas e da personalidade (de Macron), de seu entusiasmo". "O que ele conquistou em um ano é impressionante", disse, acrescentando: "Espero que ele consiga fazer progresso, mas precisamos ser realistas. Ele tem trabalho a fazer". Esse trabalho começa já. O político de centro, de 39 anos, prometeu transcender a tradicional divisão entre esquerda e direita, que vinha permitindo que interesses escusos bloqueassem reformas econômicas fundamentais. Macron terá que fazer exatamente isso para garantir uma maioria parlamentar em junho para um movimento político de um ano de existência que jamais apresentou candidatos a eleições. "Só podemos torcer para a França aproveitar sua chance", disse o parisiense Michael Jeuga nesta segunda-feira. "É uma maneira nova de trabalhar, é um pouco diferente das políticas de esquerda e direita que temos normalmente... agora temos as eleições legislativas e será um pouco complicado realmente mudar algo". Além disso, apesar da determinada atitude "faz e acontece" de Macron, o entusiasmo pelo ex-banqueiro de investimentos tem seus limites. Uma pesquisa com quase 7 mil eleitores feita pela empresa Harris Interactive ainda no domingo revelou que 59 por cento dos eleitores de Macron o escolheu principalmente para evitar que Le Pen se tornasse presidente, refletindo o desgosto que ainda se associa a um partido há tempos considerado um pária na nação devido às suas associações xenófobas. Macron planeja solucionar uma década de crescimento lento e desemprego crescente reformando o mercado de trabalho francês, simplificando os sistemas tributário e previdenciário, reduzindo as regulamentações e gastando mais em educação, principalmente em áreas mais prejudicadas. Benjamin Boss, bancário de 26 anos, contrastou nesta segunda-feira a vitória de Macron com a votação que decidiu a separação do Reino Unido da União Europeia no ano passado e com a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, dizendo que a França recusou aqueles que querem "construir fronteiras e muros e rejeitar imigrantes". "Agora temos uma pessoa que realmente quer progresso, então é absolutamente excepcional", disse. (Reportagem adicional de Mathieu Rosemain, Matthias Blamont e Reuters TV) |
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