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sexta-feira, 26 de maio de 2017

#Brasil

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Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 40 milhões hoje

Posted: 26 May 2017 08:03 PM PDT

Prêmio está acumulado, porque nenhum apostador acertou a sena no último sorteio da Mega-Sena getty images

A Mega-Sena está acumulada e promete sortear uma bolada de R$ 40 milhões neste sábado (27). O valor é estimado pela Caixa Econômica Federal. 

No último sorteio, realizado na quarta-feira (24), nenhum apostador acertou os seis números do bilhete. Houve 86 apostas que conquistaram a quina e levaram R$ 32.514,14 cada. Outras 6.417 apostas acertaram quatro números do bilhete e faturaram R$ 622,50. 

As dezenas sorteadas na última edição do concurso (1933) foram:

02 — 14 — 15 — 19 — 35 — 59

Para concorrer ao prêmio de R$ 40 milhões deste sábado, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

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Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Temer pede sorteio de relator no STF e investigação separada da de Aécio

Posted: 26 May 2017 04:45 PM PDT

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 31.8.2016

Em um movimento que vinha sendo estudado desde o início da semana, a defesa do presidente Michel Temer pediu que o inquérito aberto contra o peemedebista seja redistribuído, em um sorteio de um novo relator, e seja desmembrado, para que a investigação sobre Temer corra em separado à apuração sobre os fatos suspeitos contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

A petição da defesa de Temer foi encaminhada ao ministro Edson Fachin, relator do inquérito, poucas horas depois de a PGR (Procuradoria-Geral da República) ter pedido autorização para marcar o depoimento do presidente.

Enquanto a defesa pede a suspensão da investigação até a conclusão da perícia no áudio de Joesley Batista, o procurador-geral, Rodrigo Janot, defende o prosseguimento, alegando que, por haver investigado preso, o prazo para a conclusão da apuração e para o oferecimento de denúncia é mais curto do que o normal.

Os advogados de Michel Temer dizem que "os fatos que se pretende levar a investigação em face do Sr. Presidente da República são totalmente distintos daqueles imputados ao Senador Aécio Neves e ao Deputado Rodrigo Loures".

A defesa também quer sorteio de um novo relator, afirmando que a investigação não tem nada a ver com a Operação Lava Jato, com a delação premiada do ex-dirigente do BNDES Fábio Cleto e com a denúncia que foi oferecida contra o então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — este último caso baixou para a primeira instância após o peemedebista perder o cargo.

"Em suma, Culto Ministro, a conclusão que fica é a de que os fatos imputados ao ora requerente não guardam conexão processual com qualquer outro procedimento já instaurado. Não há qualquer risco de conduções conflitantes caso, na distribuição, seja sorteado outro Ministro como Relator. Não haverá qualquer prejuízo à prestação jurisdicional", afirmam Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, Sérgio Eduardo Mendonça de Alvarenga e Gustavo Bonini Guedes, advogados do presidente.

"Portanto, nesse contexto, em obediência à Lei Maior e às legislações pertinentes, entre elas o Regimento Interno dessa Corte Suprema, exsurge como medida imperiosa a livre distribuição do feito. É o que se requer", requer a defesa de Temer.

Defesa de Aécio alega que inscrição 'CX 2' não é indício de ilegalidade

Posted: 26 May 2017 04:06 PM PDT

Inscrição encontrada em anotações de Aécio poderia indicar alguma referência à prática de Caixa 2

Após a Polícia Federal alegar ter encontrado a inscrição "CX 2" em anotações do material apreendido na busca e apreensão no gabinete e na residência do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), a defesa do tucano alegou que inscrição não é indício de ilegalidade.

"Asseguramos que uma eventual referência a CX 2 não significa qualquer indício de ilegalidade", afirma nota do advogado Alberto Zacharias Toron. A inscrição poderia indicar alguma referência a Caixa 2.

A defesa do senador também lamentou no mesmo texto que "citações sem qualquer informação real" sobre a que se referem tenham sido divulgadas por agentes da investigação em curso.

MEC libera consulta às vagas do Sisu

Posted: 26 May 2017 04:00 PM PDT

Processo de inscrição deve ser feito na página do Sisu na internet Arquivo/Agência Brasil

O MEC (Ministério da Educação) disponibilizou consulta às vagas do 2º semestre pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Serão oferecidas 51,9 mil vagas na graduação em 63 instituições de ensino superior públicas. Para ser candidato é preciso ter feito o último Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e não ter zerado na redação. A página do Sisu pode ser acessada aqui.

As inscrições para o Sisu começam na segunda-feira (29) e vão até o dia 1º de junho. Dentre as vagas, 22.663 estão em universidades e institutos federais da região sudeste, 18.726 no nordeste, 8.338 no sul, 1.133 no norte e 1.053 no centro-oeste.

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Por modalidade, 25.707 vagas são destinadas à ampla concorrência 24.744 obedecem às cotas estabelecidas pela Lei nº 12.711/2012 e 1.462 fazem parte de ações afirmativas próprias das instituições.

O processo de inscrição deve ser feito exclusivamente na página do Sisu na internet, sem cobrança de taxa. O candidato deve acessar a página com número de inscrição e senha do Enem de 2016 para depois escolher os cursos por ordem de preferência.

Também pode concorrer o estudante que já está matriculado em curso de graduação - desde que seja em instituição particular.

É 'hipocrisia' criticar ação policial sem conhecer a realidade da Cracolândia, diz psicóloga

Posted: 26 May 2017 03:35 PM PDT

A psicóloga Clarice Madruga, de 39 anos, conhece bem o cotidiano da Cracolândia de São Paulo. Nos últimos cinco anos, atuou na capacitação de equipes do governo estadual que atuam na região e coordenou pesquisas que traçaram o perfil dos usuários de drogas da área.

Para ela, há "hipocrisia" em algumas críticas à operação policial de combate ao tráfico que nesta semana dispersou usuários e o "feirão da droga" que funcionava no local.

"É uma hipocrisia. As pessoas de repente discutem direitos humanos em relação a uma ação da polícia, mas do crime ninguém fala. Como se a Cracolândia fosse um parque de diversões: estavam todos brincando de roda quando chegou uma operação maligna", afirma a professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Madruga diz que "todos os direitos humanos possíveis e imagináveis" já estavam sendo desrespeitados com a ação de traficantes que, segundo ela, dominam com "tirania" os dependentes químicos na região.

"Vi crianças sendo espancadas, com braço e perna quebrados, porque não seguiram alguma regra. Vi usuário vindo à tenda (do programa Recomeço, estadual) para pedir intervenção e ser esfaqueado lá dentro porque estava devendo", conta Madruga, para quem a violência desses grupos recrudesceu neste ano.

Nesta semana, a BBC Brasil publicou entrevista com o neurocientista Carl Hart, professor da Universidade de Columbia (EUA) que estuda drogas há 20 anos e já visitou o Brasil e a Cracolândia de São Paulo. Hart avaliou a ação policial como prova de "falta de compaixão" dos governos municipal e estadual, que estariam "fazendo política com pessoas".

Para Clarice Madruga, que tem mestrado em neurociências e em psicologia com ênfase em dependência química, é preciso ver o que ocorrerá daqui em diante para julgar o sucesso da ação policial, que ela considerava inevitável.

"Claro que é ruim ter que fazer esse tipo de operação. Óbvio que é preciso ter agentes de saúde e assistência social antes de considerar aquilo como problema de polícia, mas da forma como estava não vejo outra alternativa para tentar quebrar aquele ciclo", diz ela, lembrando que a ação da polícia ocorreu sem confrontos e feridos graves, diferentemente de intervenções no passado recente.

"Uma ação que claro que é desespeitosa, é a polícia. Não acompanhei a operação, sei que foram truculentos, que houve desrespeito, mas ninguém fala dos absurdos que estavam ocorrendo lá. É chocante pensar que foi preciso chegar onde chegou. Aquelas cenas (da ação policial) que para todo mundo são chocantes, de fato são, mas chocam menos que as cenas vividas dentro da Cracolândia", completa.

'Erros da prefeitura'

Apesar de rebater críticas à operação policial, a professora diz ver equívocos nas políticas anticrack da gestão João Doria (PSDB), sobretudo no pedido à Justiça, feito nesta semana, de autorização para fazer internações contra a vontade dos dependentes químicos.

Para ela, o erro está na solicitação, feita por Doria, de uma espécie de autorização coletiva, sem necessidade de análise individual pelo Judiciário. Atualmente, cada caso de internação compulsória deve ser respaldado por laudo médico e autorizado de modo individualizado pela Justiça.

"Ninguém em sã consciência pode concordar com isso. Duvido que (o prefeito) consiga levar isso adiante, haverá todo tipo de bloqueio", afirma. Ministério Público de São Paulo, por exemplo, já declarou que o pedido de Doria pode motivar uma "caçada humana".

A divulgação da intenção da prefeitura de internar viciados contra à vontade, segundo ela, também já prejudica a situação das equipes que estão em campo tentando acolher os dependentes que se dispersaram, que ficaram mais arredios. "É terrível que tenha sido falado de internação em massa, porque isso boicotou as tentativas de abordagem social, de acolhimento."

"Sou absolutamente contrária a essa ideia e espero que prevaleça o trabalho preventivo de reinserção social tão necessário para que a coisa funcione", afirma Madruga.

A Prefeitura de São Paulo diz que o pedido de internação é "apenas mais um instrumento para atender às pessoas". "Nenhum médico será obrigado a realizar internações compulsórias e não há nenhuma ação da prefeitura no sentido de internação em massa", informou a gestão.

A administração disse ainda que agentes de assistência social e saúde realizaram "mais de 5 mil abordagens e 2.445 acolhimentos" desde a operação policial, e que já está em funcionamento na região uma base com capacidade para atender 80 pessoas por dia, com dois psiquiatras de plantão em regime de 24 horas.

Perfil da Cracolândia 

Madruga coordenou um estudo feito entre maio e junho de 2016 que buscou identificar o perfil e o histórico de consumo de drogas dos frequentadores da Cracolândia. A pesquisa, feita por funcionários do Recomeço em capacitação na Unifesp, estimou que havia à época cerca de 700 usuarios frequentando a região, dos quais 107 foram entrevistados.

Entre os entrevistados, prevaleciam homens (79%) com idade média de 34 anos, desempregados (72%), moradores de rua (68%) e com ensino fundamental incompleto (46%). Destacou-se o consumo de tabaco (86%), álcool (83%), crack (76%), maconha (70%) e cocaína (59%).

Cerca de 30% dos participantes relataram já ter sofrido overdose. Doenças contagiosas confirmadas também foram alvo de perguntas - 20,6% apontaram sífilis, 11,2% tuberculose e 5,6%, HIV. Mais da metade (56%) relatou prática recente de sexo sem proteção e 57,9% disseram ter tido pensamentos suicidas. E 71% manifestaram desejo de deixar de usar crack.

Para Madruga, após o choque inicial pelas cenas degradantes, é possível constatar, pela vivência no local, que há colaboração e laços comunitários entre as pessoas. "Você vê que tem uma comunidade ali, com personalidades. Há churrascos, sambas", conta.

'Falhas no Braços Abertos'

Embora não seja contrária às chamadas políticas de redução de danos, princípio que inspirou o programa Braços Abertos, iniciativa da gestão Fernando Haddad (PT) extinta por Doria, Madruga afirma que a ação petista era uma "boa ideia" que fracassou por falhas de planejamento e execução.

"A ideia da varrição, por exemplo, não funcionou (dependentes ganhavam R$ 15 por dia da prefeitura se trabalhassem em atividades como varrição e jardinagem). No final praticamente ninguém varria nada e todo o dinheiro ia para comprar droga", afirma ela, para quem a escalada da violência atual dificultava o trabalho social na região.

"Muitos usuários não conseguiam sair (da Cracolândia) porque deviam para o tráfico", afirma.

A pesquisadora também vê problemas em pesquisa de avaliação do Braços Abertos que no ano passado entrevistou 80 beneficiários e apontou impacto positivo na vida de 95% dos usuários e que duas em cada três pessoas tinham reduzido o consumo.

"A pesquisa tem limitações metodológicas sérias. Pegaram só (frequentadores da Cracolândia) que estavam dentro do programa, que eram 20% do total. Entrevistaram só 10% desse total e há um viés de seleção na amostra, pois entrevistaram quem já estava em uma situação melhor", diz.

A Plataforma Brasileira de Política de Drogas, que conduziu a pesquisa sobre o Braços Abertos, rebate as críticas. Diz que o estudo foi preliminar e visava analisar o impacto entre beneficiários, e que não procede a afirmação de que houve entrevistas apenas com quem havia melhorado a situação do vício.

Diz que houve ainda uma etapa qualitativa, com entrevistas sobre a vida dos usuários, e que o trabalho foi independente, financiado por recursos internacionais e sem "nenhum tipo de comprometimento com a gestão municipal".

Possíveis saídas

Sobre a atual dispersão da Cracolândia por diversos pontos de São Paulo, a psicóloga diz considerar que agora é o momento crucial para tentar buscar e reinserir esses usuários na sociedade. Ela diz que funcionários do tráfico já se movimentam na praça Princesa Isabel, para onde a maior parte dos usuários espalhados pela ação de domingo se deslocou.

"Os dependentes não irão dizer que é um alívio dormirem espalhados porque o crack não está mais na mão deles, mas na verdade eles saíram da tirania a que eram submetidos lá", afirma, apontando ter notado reforço, pela prefeitura, das equipes de assistência social.

"Tem que ser ação social intensa. Notei um aumento das equipes (depois da ação policial), gente com menos experiência de abordagem a usuários, mas pelo menos conseguiram colocar gente lá com uma intenção. É fazer aguma coisa enquanto o sistema (de domínio do tráfico) se desmantelou um pouco", afirma.

Moody's piora perspectiva de rating do Brasil para "negativa", ante "estável"

Posted: 26 May 2017 03:05 PM PDT

SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação de riscos Moody's alterou a perspectiva do rating do Brasil para negativa, ante estável, citando as incertezas em torno do ritmo de reformas após a mais recente crise política.

A Moody's, que manteve nota de crédito do país em "Ba2", citou ainda como fator para a piora da perspectiva do país a consequente ameaça à recuperação econômica e à força econômica de médio prazo do país.

"Seja qual for o seu resultado, a crise política que surgiu no Brasil na semana passada provavelmente prejudicará a agenda de reforma do governo e paralisará a passagem de futuras reformas, incluindo a seguridade social", disse a Moody's em nota.

A agência afirmou ainda que isso deve afetar negativamente a confiança dos investidores e levará a uma maior volatilidade do mercado, "ameaçando o ímpeto macroeconômico positivo observado desde que o presidente (Michel) Temer começou a avançar as reformas".

A turbulência afetou o Palácio do Planalto na semana passada após a denúncias contra Temer, na esteira de divulgação de conversa com um dos sócios da empresa de alimentos JBS.

A Moody's é a última das três principais agências de classificação de riscos a se posicionar em relação ao rating do Brasil desde o início da crise política. Na segunda-feira, a Standard & Poor's colocou em observação negativa a perspectiva da nota de crédito soberano do Brasil, hoje em "BB". Já a Fitch reafirmou na sexta-feira passada o rating do Brasil em "BB" com perspectiva negativa.

Após a decisão da Moody's, o Ministério da Fazenda reafirmou seu compromisso com a continuidade da implementação da agenda de reformas estruturais necessárias à recuperação econômica, destacando a "manutenção de intenso diálogo e coordenação com o Congresso Nacional, sinalizando o empenho para alcance da estabilidade da política econômica".

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(Por Flavia Bohone)

Presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro assumirá BNDES

Posted: 26 May 2017 03:05 PM PDT

Paulo Rabello de Castro Felipe Rau/29.11.2013/Estadão Conteúdo

O atual presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Paulo Rabello de Castro, assumirá o comando do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no lugar de Maria Silvia Bastos, que renunciou ao cargo nesta sexta-feira (26), afirmou nota do Palácio do Planalto.

De acordo com a nota, Rabello de Castro iniciará os trabalhos à frente do banco de fomento na próxima semana. Maria Silvia entregou sua renúncia alegando razões pessoais.

"Informei pessoalmente ao presidente Michel Temer a minha decisão de deixar a presidência do BNDES", diz Maria Silvia, no início do comunicado interno. Na agenda oficial da diretoria do BNDES, constava reunião com Temer, marcada para 14h30, em Brasília.

"Deixo a presidência do BNDES por razões pessoais, com orgulho de ter feito parte da história dessa instituição tão importante para o desenvolvimento do País", diz o comunicado, fazendo referência à sua passagem anterior pela diretoria do banco, no início dos anos 1990.

Maria Silvia buscou também enaltecer o quase um ano de gestão à frente do BNDES, durante o qual diz ter buscado "olhar para o futuro, estabelecendo novos modelos de negócios e estratégias para o banco, sem descuidar do passado e do presente, sempre tendo em mente preservar e fortalecer a instituição e seu corpo funcional".

A renúncia de Maria Sílvia acontece poucos dias depois de o BNDES ter criado uma comissão interna para avaliar operações com a gigante de alimentos JBS. A comissão foi anunciada por Maria Silvia após a deflagração de operação da Polícia Federal encarregada de investigar fraudes e irregularidades na liberação de R$ 8 bilhões em recursos do banco de fomento para a empresa antes da executiva assumir a presidência da instituição.

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Presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro assumirá BNDES

Posted: 26 May 2017 03:02 PM PDT

BRASÍLIA (Reuters) - O atual presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paulo Rabello de Castro, assumirá o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no lugar de Maria Silvia Bastos, que renunciou ao cargo nesta sexta-feira, afirmou nota do Palácio do Planalto.

De acordo com a nota, Rabello de Castro iniciará os trabalhos à frente do banco de fomento na próxima semana. Maria Silvia entregou sua renúncia alegando razões pessoais.

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(Por Lisandra Paraguassu)

PF apreendeu documento com a inscrição 'CX 2' em endereço ligado a Aécio

Posted: 26 May 2017 02:51 PM PDT

Apreenderam uma escultura e 15 quadros Eduardo Anizelli/Folhapress

No relatório sobre o material apreendido no gabinete e nas residências do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) durante a Operação Patmos, deflagrada no dia 18, a Polícia Federal diz ter encontrado "diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição 'CX 2'".

A lista completa de materiais apreendidos inclui telefones celulares, obras de arte, documentos e anotações sobre a Construtora Norberto Odebrecht e Joesley Batista.

No apartamento que o senador tem na Avenida Vieira Souto, no Rio, os agentes encontraram "diversos documentos acondicionados em saco plástico transparente, dentre eles um papel azul com senhas" e "diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas, dentre elas a inscrição caixa 2".

Um aparelho bloqueador de sinal telefônico também foi apreendido, além de uma escultura e 15 quadros — um deles com a inscrição "Portinari".

Já no gabinete do tucano no Senado, foram apreendidas "planilhas com indicações para cargos federais" e cópias de uma agenda de 2016 com os nome do empresário Joesley Batista e da irmã de Aécio, Andrea Neves, presa durante a operação. E também "folha manuscrita contendo dados do CNO (Construtora Norberto Odebrecht)".

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Há ainda o registro de um "papel manuscrito contendo anotações citando o ministro Marcelo Dantas", em uma possível indicação ao ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, investigado em um dos inquéritos da Lava Jato.

O relatório do material apreendido no gabinete do senador inclui "folhas impressas no idioma aparentemente alemão, relative a Nobert Muller".

Norbert Muller e a esposa Christine Puchmann são doleiros que já foram investigados na Justiça Federal do Rio de Janeiro, na Operação Norbert. O casal, segundo as investigações no Rio de Janeiro, seria responsável por criar e manter contas bancárias em Liechtenstein, paraíso fiscal na Europa. Na investigação havia uma referência a Inês Maria Neves Faria, mãe do senador Aécio Neves. Os doleiros foram denunciados, mas o inquérito foi arquivado.

O senador cassado Delcídio Amaral, quando fez acordo de colaboração premiada, relatou ter ouvido de José Janene - ex-líder do PP, morto em 2010 — que Aécio Neves era beneficiário "de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato; que essa fundação seria sediada em Liechtenstein; que o declarante não sabe precisar, mas ao que parece, a fundação estaria em nome da mãe ou do próprio Aécio Neves".

Joesley Batista renuncia à presidência do conselho da JBS

Posted: 26 May 2017 02:47 PM PDT

SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de alimentos JBS informou nesta sexta-feira que Joesley Batista renunciou à presidência do conselho de administração da companhia e nomeou o executivo Tarek Farahat para o posto.

A companhia também informou que José Batista Sobrinho foi eleito para a vice-presidência do conselho, posto atualmente ocupado por Wesley Batista, também presidente-executivo da JBS.

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(Por Alberto Alerigi Jr.)

Janot pede para ouvir Temer e destaca que presidente confessou 'diálogo secreto'

Posted: 26 May 2017 01:32 PM PDT

Temer, Aécio e Rocha Loures são investigados por corrupção passiva, constituição e participação em organização criminosa e obstrução à investigação de organização criminosa Ueslei Marcelino/Reuters

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu autorização ao ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), para tomar o quanto antes o depoimento do presidente da República, Michel Temer (PMDB), o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) no curso inquérito aberto contra os três a partir da delação da JBS.

Em relação ao depoimento de Temer, Janot disse a Fachin que a oitiva deve acontecer "nos moldes a serem definidos por Vossa Excelência Fachin".

Janot afirma que, por haver investigados presos — Andrea Neves e Frederico Pacheco de Medeiros, irmã e prima de Aécio, e Mendherson Souza Lima —, o prazo para a conclusão da investigação por parte da Polícia Federal e da própria apresentação da denúncia pela PGR (Procuradoria-Geral da República) é mais curto.

"Conjugando o regime preconizado pelo Código de Processo Penal e pelo Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal tem o prazo de 10 dias, contados da realização da prisão, para finalizar as investigações e remeter o inquérito para o Ministério Público Federal, que, por sua vez, possui o prazo de 5 dias para oferecer denúncia ou requerer o arquivamento", disse Janot.

"Há a necessidade de ultimação de inquérito no prazo acima apontado em virtude de haver investigado preso, devendo ser efetivadas diligências a fim de angariar elementos a formação da opinio delicti", disse Janot. Além de ouvir os investigados, Janot falou que também é necessário analisar o material apreendido na Operação Patmos de busca e apreensão, no dia 18.

Outra pendência no inquérito é a conclusão da perícia dos áudios das conversas gravadas pelo delator Joesley Batista, do Grupo J&F. Janot comenta que já concordou com a realização da análise da validade dos áudios.

Temer, Aécio e Rocha Loures são investigados por corrupção passiva, constituição e participação em organização criminosa e obstrução à investigação de organização criminosa.

Confissão

Janot também afirmou que Temer fez uma "confissão espontânea" durante os pronunciamentos públicos realizados após o escândalo vir à tona, ao admitir o encontro, à noite, com Joesley no Palácio do Jaburu, o diálogo sobre possível corrupção de juízes, diálogo sobre a relação de Joesley com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e o fato de Temer ter indicado o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures para tratar de temas com o empresário.

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"Ocorre que, em que pese Michel Temer alegar ilicitude da gravação e questionar a integridade técnica desta, cumpre ressaltar que, em pronunciamentos recentes, o Presidente da República não negou o encontro nem diálogo noturno e secreto com o colaborador JOESLEY BATISTA, tampouco nega que o colaborador tenha lhe confessado fatos criminosos graves, o que demandaria, no mínimo, comunicação de tais crimes as autoridades competentes", afirmou Janot.

Janot interpretou que, nos pronunciamentos de Temer, houve "confissão no sentido de que os interlocutores dialogaram sobre possível corrupção de agentes públicos".

O procurador-geral cita um trecho de discurso de Temer: "Devo até registrar, devo até registrar, que é interessante quando os senhores examinam o seu depoimento e o áudio, os senhores verificam que a conexão de uma sentença a outra, não a conexão de quem diz: olhe eu estou comprando o silencio de um ex-deputado e estou dando tanto a ele. Não! A conexão é com a frase: 'eu me dou muito bem com o ex-deputado, mantenho uma boa relação', e eu disse: 'mantenha isso, viu?' Enfatizou muito o 'viu'."

Em seguida, Janot retoma e diz que: "de fato, o que consta desse trecho do discurso e o reconhecimento por parte do investigado MICHEL TEMER da existência do diálogo com JOESLEY e da boa relação entre JOESLEY com EDUARDO CUNHA".

"A interpretação do diálogo e do que significa esta anuência por parte do investigado MICHEL TEMER será avaliada no momento da formação da opinio delicti", diz Janot.

Gravações

Em defesa ao uso da gravação de áudios por parte do delator, Janot compara ainda o caso de Temer com os diálogos interceptados entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2016, quando os dois petistas discutiam a nomeação de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil.

Citando o posicionamento do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, no caso envolvendo Dilma e Lula, ele diz que é possível afirmar "as confissões espontâneas têm força para provar a existência da conversa e do seu conteúdo".

Na ocasião, Gilmar, que era relator do mandado de segurança que impediu Lula de assumir o cargo, afirmou que "em pelo menos duas oportunidades, a presidente da República admitiu a conversa, fazendo referências ao seu conteúdo" e que isso caracterizava ainda que "há uma admissão pessoal da existência da conversa e da autenticidade do conteúdo da gravação".

Temer agradece a Maria Silvia e diz que ela comandou o BNDES de forma "honesta, competente e séria"

Posted: 26 May 2017 01:25 PM PDT

Maria Sílvia deixará como legado um modelo a ser seguido em toda máquina pública, avalia Temer Isac Nóbrega/PR

O presidente da República, Michel Temer (PMDB), manifestou por meio de nota seu profundo agradecimento a Maria Silvia Bastos Marques, que renunciou da presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nesta sexta-feira (26).

O peemedebista disse que Maria Sílvia atuou de maneira "honesta, competente e séria" ao longo do pouco mais de um ano em que esteve à frente da instituição.

Temer destaca que o trabalho de Maria Silvia "honrou o governo e moralizou um setor estratégico para o País, despolitizando a relação com o setor empresarial e elegendo critérios profissionais e técnicos para a escolha de projetos a serem contemplados com financiamentos oriundos de recursos públicos".

"[Maria Sílvia] deixará como legado um modelo a ser seguido em toda máquina pública", conclui o presidente.

Maria Silvia Bastos Marques deixa a presidência do BNDES

Posted: 26 May 2017 12:26 PM PDT

Maria Silvia afirma que sua decisão leva em conta motivos pessoais ELZA FIUZA/AGÊNCIA BRASIL

A presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Maria Silvia Bastos Marques, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (26) alegando motivos pessoais.

Com a saída de Maria Sílvia, o banco afirmou que o diretor Ricardo Ramos, do quadro de carreira do BNDES, vai assumir interinamente o comando da instituição.

Em comunicado interno distribuído aos funcionários, Maria Silvia afirma que toda a diretoria, que chegou ao banco junto com ela há cerca de um ano, seguirá no cargo.

"Informei pessoalmente ao presidente Michel Temer a minha decisão de deixar a presidência do BNDES", diz Maria Silvia, no início do comunicado interno. Na agenda oficial da diretoria do BNDES, constava reunião com Temer, marcada para 14h30, em Brasília.

Aos funcionários do BNDES, Maria Silvia alegou motivos pessoais para renunciar. "Deixo a presidência do BNDES por razões pessoais, com orgulho de ter feito parte da história dessa instituição tão importante para o desenvolvimento do País", diz o comunicado, fazendo referência à sua passagem anterior pela diretoria do banco, no início dos anos 1990.

Maria Silvia buscou também enaltecer o quase um ano de gestão à frente do BNDES, durante o qual diz ter buscado "olhar para o futuro, estabelecendo novos modelos de negócios e estratégias para o banco, sem descuidar do passado e do presente, sempre tendo em mente preservar e fortalecer a instituição e seu corpo funcional".

A renúncia de Maria Sílvia acontece poucos dias depois de o BNDES ter criado uma comissão interna para avaliar operações com a gigante de alimentos JBS. A comissão foi anunciada por Maria Silvia após a deflagração de operação da Polícia Federal encarregada de investigar fraudes e irregularidades na liberação de R$ 8 bilhões em recursos do banco de fomento para a empresa antes da executiva assumir a presidência da instituição.

Maria Silvia Bastos Marques

Maria Sílvia é doutora em economia e foi a primeira mulher a ocupar a presidência da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), entre 1999 e 2002. Também foi secretária de Fazenda do Rio de Janeiro no governo do ex-prefeito Cesar Maia (1993-1996).

A executiva foi ainda pesquisadora do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas) e sócia de consultoria, além de trabalhar na EOM (Empresa Olímpica Municipal) na prefeitura do Rio de Janeiro.

Maria Silvia tomou posse como presidente do BNDES em 1º de junho do ano passado e desde então vinha promovendo uma série de revisões nas políticas de concessão de financiamentos do banco. Ao ser anunciada para substituir Luciano Coutinho, ela teve seu nome exaltado pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Na ocasião, o peemedebista disse que "Temer a escolheu pela sua competência".

'Houve uso excessivo de força', diz diretor da ONU sobre reação a protesto em Brasília

Posted: 26 May 2017 11:43 AM PDT

Diante da violência registrada nos protestos da última quarta-feira em Brasília seguida pela convocação do Exército pelo presidente Michel Temer, a ONU diz que é papel do governo garantir a integridade física e os direitos dos manifestantes e impedir medidas que possam gerar uma escalada na violência.

"Consideramos que nesse caso houve uso excessivo de força, e isso nos preocupa profundamente", disse à BBC Brasil o diretor do centro de informações das Nações Unidas para o Brasil, Maurizio Giuliano. "Direitos humanos de manifestantes devem ser garantidos mesmo que manifestantes cometam crimes."

Segundo o italiano, que trabalha no escritório da ONU no Rio de Janeiro, gera preocupação "o uso de armas de fogo, em uma situação em que manifestantes podem ser violentos, mas estão desarmados", em referência a policiais flagrados disparando com armas de fogo.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal disse que o procedimento não é adotado em protestos e que abriria um inquérito para investigar os fatos.

Em nota enviada após a entrevista à reportagem, na manhã desta sexta-feira, a ONU criticou ainda a violência policial em ações na área conhecida como cracolândia, em São Paulo, após ação determinada pelo prefeito João Dória (PSDB), e também contra trabalhadores rurais, em referência às dez pessoas que morreram durante um despejo realizado pela polícia civil em uma fazenda no Pará.

Ainda sobre os protestos em Brasília, Giuliano também afirmou à BBC Brasil que está "satisfeito que a tranquilidade tenha sido em grande parte restaurada" com a revogação do decreto assinado na última quarta-feira por Temer e que "confia que clareza e justiça serão feitas".

"Acreditamos que o governo brasileiro - assim como seus oponentes - vão encontrar formas de dialogar, enquanto garantem que protestos aconteçam de forma pacífica. Violência frequentemente gera mais violência, como foi o caso nessa situação", disse o diretor da ONU.

Diante da manifestação que reuinu dezenas de milhares de pessoas contra seu governo - e incluiu cenas de depredação e fogo em ao menos três ministérios -, Temer assinara decreto "autorizando o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem no Distrito Federal".

Previsto para vigorar até 31 de maio, o decreto foi revogado em menos de 24 horas, diante de manifestações de preocupação vindas até de um ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello.

Em nota, a Presidência justificou a convocação das Forças Armadas.

"O presidente da República ressalta que não hesitará em exercer a autoridade que o cargo lhe confere sempre que for necessário", dizia o comunicado.

"As manifestações ocorridas em Brasília (...) produziram atos de violência e vandalismo que, lamentavelmente, colocaram em risco a vida e a incolumidade de servidores que trabalham na Esplanada dos Ministérios (...) Diante de tais circunstâncias, o presidente da República, após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo presidente da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no artigo 142 da Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas, proporcionar evacuação segura dos prédios da esplanada e proteger o patrimônio público, tal como foi feito anteriormente em vários Estados brasileiros".

Uso de armas de fogo

Segundo as Nações Unidas, "reportou-se que ao menos sete pessoas foram detidas e 49 resultaram feridas, algumas delas gravemente e ao menos uma com arma de fogo".

Questionado sobre o uso de armas de fogo pela polícia, Giuliano afirmou que "não comentaria algo que ainda está em investigação".
"O que podemos dizer é que estamos preocupados", agregou o porta-voz da ONU. "Mesmo quando as manifestações se tornam violentas, garantir a integridade física das pessoas é a prioridade. Ressaltamos que as instituições estão lidando com isso de maneira muito séria, e acreditamos que a Justiça será feita".

Sobre a convocação do Exército no lugar da polícia, Guiuliano disse que "nessas situações, pedimos a todas as partes que não usem violência e se abstenham de tomar medidas que possam incitar a violência ou levar a uma escalada violenta".

A principal preocupação em órgãos internacionais, segundo a BBC Brasil apurou, é o risco de que a convocação do Exército, por meio de decreto presidencial, possa em resultar em mais violência - ao invés do contrário.

"A convocação de Forças Armadas por governos pelo mundo para conter protestos não é incomum. O problema é a forma como elas foram convocadas", analisou uma pessoa ligada à diplomacia internacional.

À reportagem, o porta-voz da ONU diz que não cabe a ele sugerir o que governos façam, mas disse que o diálogo deveria ser o caminho para reestabelecer a tranquilidade.

"Os dois lados devem encontrar formas de se comunicar e dialogar pacificamente - mesmo que não cheguem a um acordo. Nós não acreditamos que a violência - de quem quer que seja - seja um caminho justo ou eficiente para se chegar a objetivos".

Cracolândia e mortes no campo no Pará

Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e o Escritório sul-americano do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenaram "o uso excessivo da força por parte da Polícia Militar para reprimir protestos e manifestações no Brasil".

Segundo os órgãos, "armas de fogo devem estar excluídas dos dispositivos utilizados para o controle dos protestos sociais".
"O uso desse tipo de armas é uma medida extrema, e não deve utilizar-se exceto naquelas ocasiões em que as instituições policiais não possam reduzir ou deter com meios menos letais àqueles que ameaçam a vida e integridade de outras pessoas."

"Instamos ao Estado brasileiro a redobrar seus esforços para promover o diálogo e proteger o direito à manifestação pacífica", afirmou na nota Americo Incalcaterra, representante para América do Sul do ACNUDH. "A manifestação pacífica é uma forma de participação própria das sociedades democráticas, em que as pessoas podem exigir seus direitos humanos e exercer ativamente suas liberdades de opinião e de expressão".

As Nações Unidas também afirmaram que "condenam todo ato de violência e urgem aos manifestantes a exercer seus direitos à livre manifestação de forma pacífica, ao mesmo tempo em que reafirmam que a ação das forças de segurança deve respeitar em todo momento as normas internacionais de direitos humanos".

Citando operação determinada pelo prefeito de São Paulo, João Doria, na cracolândia, e a morte de dez pessoas "durante um despejo violento realizado pela polícia civil e militar em uma fazenda no Estado do Pará", a ONU solicitou que autoridades investiguem "esses fatos e outros atos de violência, a fim de identificar e punir os responsáveis e assim combater a impunidade e evitar a repetição de atos similares".

"Buscamos garantir os direitos humanos em uma situação bastante delicada no Brasil neste momento", afirmou o Relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para o Brasil, James Cavallaro.

"Urgimos ao governo brasileiro a cumprir com suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos. Isso inclui garantir o direito à manifestação e adotar políticas públicas que tenham como prioridade o respeito e a garantia do direito à vida, à integridade pessoal e outros direitos fundamentais."

Gilmar defende que plenário do STF dê a última palavra sobre delações

Posted: 26 May 2017 11:38 AM PDT

Gilmar avalia que o próprio relator da Lava Jato poderá levar uma questão de ordem para ser decidida pelos demais colegas Folha Vitória - Economia

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta sexta-feira (26) que o tribunal terá que discutir o rito da homologação dos acordos de delações premiadas fechados pela Procuradoria-Geral da República.

Questionado sobre a possibilidade de revisar os benefícios concedidos aos empresários do grupo J&F — holding que inclui a JBS —, ele afirmou que esse é um tema que deverá ser discutido pelo plenário da Corte.

Além da questão das delações, Gilmar também reagiu sobre um outro assunto polêmico. Ele afirmou que está pensando em revisar o seu voto sobre a decisão de decretar a prisão logo após decisão de segundo grau.

Sobre as delações, o ministro afirmou que a homologação de um acordo deveria ser feita apenas pelo ministro relator, mas, posteriormente, teria de ser referendada pelo conjunto dos integrantes da Corte, seja no âmbito da Segunda Turma ou do plenário. Ele disse que chegou a conversar sobre o assunto com o ministro Teori Zavascki, morto em janeiro deste ano, e responsável pela relatoria dos casos envolvendo a Operação Lava Jato.

STF admite que pode rever termos da delação da JBS

"O que a lei diz? Que o juiz é quem homologa, mas o juiz aqui não é o relator, quando se trata de tribunal, é o próprio órgão. Ele pode até fazer a homologação prévia, mas sujeita a referendo", disse.

Como a delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista envolvem o presidente Michel Temer, ele afirmou que o caso terá de ser discutido pela instância máxima do STF, o plenário. "A mim me parece que, nesse caso, como envolve o presidente da República, certamente vamos ter que discutir o tema no próprio plenário. O caso do Sérgio Machado (ex-presidente da Transpetro e delator) já tinha provocado muita especulação e nessa época nós discutimos essa temática com essa perspectiva", afirmou.

Segundo ele, o próprio relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, poderá levar uma questão de ordem para ser decidida pelos demais colegas.

Benefícios

Os ministros do STF já admitem a possibilidade de revisar os benefícios concedidos aos empresários da JBS no acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República. A previsão não é consenso entre os integrantes Corte, mas tem sido defendida por alguns magistrados e até mesmo por Fachin.

Embora não comente o caso publicamente, ao homologar as delações dos executivos da JBS, o ministro citou expressamente decisão do plenário da Corte, segundo a qual a homologação "limita-se a aferir a regularidade, a voluntariedade e a legalidade do acordo, não havendo qualquer juízo de valor a respeito das declarações do colaborador".

75% dos brasileiros acham que irmãos Joesley e Wesley Batista deveriam ser condenados à prisão

Posted: 26 May 2017 11:07 AM PDT

Três quartos dos brasileiros, ou 75%, gostariam de ver os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, atrás das grades. É o que detectou uma pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas.Outros 19,7% acham que eles não deveriam ser presos e 4,6% não sabem ou não responderam. 

Os irmãos Batista fizeram um polêmico acordo de delação premiada com o MPF (Ministério Público Federal), que ao contrário de outros acordos anteriores da Lava Jato, prevê imunidade penal e autorização para viver fora do País. A delação caiu como uma bomba sobre o Palácio do Planalto e gerou um pedido de impeachmet contra o presidente Michel Temer. Após as delações virem a público na semana passada, Joesley foi com a família para os Estados Unidos, onde já estão 70% negócios do grupo. 

Quem é o empresário protagonista das delações da JBS?

Como parte da delação, Joesley gravou uma conversa com o presidente Michel Temer, em março, onde ele relata crimes que não foram posteriormente denunciados. O presidente se defende dizendo que não acreditou nas histórias contadas por Joesley, e por isso não teria tomado atitudes contra o empresário, e ainda o acusa de ter editado o áudio apresentado ao MPF como prova

A pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas também perguntou aos eleitores se o presidente Temer foi vítima de armação por parte dos irmãos Batista. 63,8% acham que o presidente não foi vítima de armação e 30,2% acham que sim. 6% não sabem ou não responderam. O levantamento foi feito com 2.494 brasileiros, por meio de questionário online entre os dias 24 e 25 de maio de 2017. A amostra tem grau de confiança de 95,% e margem de erro 2 pontos percentuais. A pesquisa foi registrada nos Conselhos Regionais de Estatística sob o número 3122/17.

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Meirelles diz esperar que Temer permaneça na Presidência até o final do mandato

Posted: 26 May 2017 10:57 AM PDT

"O cenário-base é que o presidente vai continuar", afirma Meirelles Marcelo Camargo/30.03.2017/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (26) esperar que o presidente Michel Temer encerre o seu mandato e voltou a mostrar confiança na aprovação das reformas estruturais pelo Congresso Nacional independentemente do quadro político.

"O cenário-base é que o presidente vai continuar", disse Meirelles, durante evento em Brasília. "A reforma da Previdência extrapola esse campo de debate (de troca de governo)", disse.

O ministro já havia reconhecido que a votação da reforma da Previdência deverá sofrer atraso no Congresso em função da crise política, mas disse acreditar na aprovação mesmo se Temer não seguir no comando do País.

O governo Temer enfrenta forte crise política desde que o presidente virou alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça, em investigação aberta com base em acordo de delação fechado pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS. O presidente teve uma conversa gravada pelo executivo.

Meirelles voltou a afirmar que a economia brasileira deixou a recessão no primeiro trimestre e destacou que a retomada do crescimento econômico tem como base as reformas que estão sendo realizadas. "As reformas estão dando impulso e consistência na recuperação da economia", afirmou.

O ministro também destacou que a equipe econômica trabalha na aprovação de medidas microeconômicas, também consideradas fundamentais por ele para ajudar na aceleração do crescimento.

Ministros evitam comentar uso de armas letais pela polícia em protesto

Posted: 26 May 2017 09:36 AM PDT

Polícia do Distrito Federal usou armas letais para disparar contra manifestantes na última quarta-feira Pedro Ladeira/Folhapress

Dois dias após o protesto na Esplanada dos Ministérios, o Palácio Planalto ainda não conseguiu identificar manifestantes que deixaram um rastro de destruição de prédios públicos e evitou comentar sobre uso de armas letais pela Polícia do Distrito Federal durante o protesto.

A uma pergunta sobre a identificação dos black blocs, manifestantes presentes nos protestos violentos de Brasília desde 2013, durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (26), o ministro Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) disse que este era um problema de "segurança pública", passando a responsabilidade do caso para a Secretaria de Segurança do Distrito Federal.

Etchegoyen evitou comentar sobre a atuação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), órgão de informações vinculado ao GSI, que monitora esses grupos, segundo auxiliares do governo.

Questionado se o sistema de segurança nos protestos continuará focado apenas na estratégia de jogar bombas de gás nas multidões em geral, ele respondeu que a "polícia jogar bomba em manifestantes é uma visão um tanto quanto unilateral do problema e uma consequência que não faz parte da nossa discussão".

O ministro afirmou ainda que o governo não pode conversar com "criminosos". "Eu não chamo de grupos radicais, eu chamo de vândalos, criminosos. É um pouco diferente de grupos radicais. Os radicais, considerado o português apropriado, são pessoas com quem se pode conversar. (os criminosos) Não são pessoas com quem se possa conversar, são posições criminosas", afirmou Etchegoyen.

As definições de manifestantes apresentadas pelo ministro foram motivadas por uma pergunta que classificou os black blocs como "grupos radicais". Em seguida, ele evitou falar sobre as denúncias de uso de armas de fogo pela PM do Distrito Federal.

Marcada para abordar a questão da crise da segurança pública no Rio de Janeiro, a entrevista de Etchegoyen contou ainda com os ministros Osmar Serraglio (Justiça), Raul Jungmann (Defesa) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).

Osmar Serraglio também evitou responder sobre a atuação da polícia. Ele disse que o Ministério da Justiça pediu investigação da Polícia Federal em relação à responsabilização dos "vândalos" nas manifestações. O ministro ainda foi questionado sobre o massacre de dez sem-terra, no último dia 24, no Pará e também só comentou que está acompanhando "com a presença da PF".

Absolvição de Cláudia veio do 'coração generoso' de Moro, diz procurador

Posted: 26 May 2017 09:26 AM PDT

Procuradoria da República aponta que a quantia lhe garantia uma vida de esplendor fora do Brasil Pedro Ladeira/05.11.2015/Folhapress

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta sexta-feira (26) que a absolvição da jornalista Cláudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), veio do "coração generoso" do juiz federal Sérgio Moro. O magistrado livrou Cláudia dos crimes de lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas nesta quinta-feira (25).

"Nós vamos recorrer, nós discordamos, cremos que isso decorre muito mais do coração generoso do dr. Sérgio Moro e na interpretação de um fato envolvendo a esposa de uma pessoa sabidamente ligada à corrupção. Mas uma pessoa como a sra. Cláudia Cruz, jornalista com nível cultural que ela tinha e ausente qualquer justificativa para ganhos dessa natureza do seu marido que nada mais era que um deputado, então, portanto com ganhos limitados, nós entendemos que é injustificável absolvição", afirmou.

A ação penal na qual Cláudia era ré teve origem em contrato de aquisição pela Petrobras dos direitos de participação na exploração de campo de petróleo na República do Benin, país africano, da CBH (Compagnie Beninoise des Hydrocarbures Sarl). O negócio teria envolvido o pagamento de propina a Cunha de cerca de 1,3 milhão de francos suíços, correspondentes a cerca de US$ 1,5 milhão. Pelo menos US$ 1 milhão teriam abastecido a conta Kopec, de Cláudia, na Suíça.

Moro apontou "falta de prova suficiente de que (Cláudia) agiu com dolo' ao manter conta na Suíça com mais de US$ 1 milhão, dinheiro supostamente oriundo de propina recebida pelo marido. Para o juiz, Cláudia "foi negligente quanto às fontes de rendimento do marido e quanto aos seus gastos pessoais e da família".

A Procuradoria da República apontou na denúncia contra Cláudia que a elevada quantia abrigada na conta secreta na Suíça lhe garantia uma vida de esplendor no exterior. O rastreamento de seu cartão de crédito revelou gastos com roupas de grife, sapatos e despesas em restaurante suntuosos de Paris, Roma e Lisboa.

"Nós sabemos que parte desses valores abasteceu a conta que foi usada por Cláudia Cruz para seus gastos em bens voluptuários, de alto valor", declarou o procurador Santos Lima nesta sexta-feira.

O procurador afirmou que a mulher de Eduardo Cunha "deveria saber, tinha indicativos suficientes para saber, tinha conhecimento cultural suficiente para saber a origem desses recursos".

"Ao gastá-los, ela cometeu o crime de lavagem. Nós não estamos acusando Cláudia Cruz da corrupção, mas sim de lavagem. Portanto neste aspecto o comportamento dela não é justificado e é criminoso. Nós vamos recorrer e esperamos, como outros casos nós temos tido sucesso, que no Tribunal haja reversão dessa absolvição", disse.

Santos Lima deu as declarações durante coletiva sobre a Operação Poço Seco, deflagrada nesta sexta-feira. Trata-se da 41ª fase da Lava Jato, que investiga propinas sobre a compra do campo de petróleo de Benin, na África.

Os focos principais são um ex-gerente da área internacional, Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos, e um banqueiro, José Augusto Ferreira dos Santos, suspeitos de terem recebido mais de US$ 5,5 milhões em propinas da empresa Compagnie Beninoise des Hydrocarbures Sarl.

Ministro da Justiça tenta minimizar sua ausência em discussões centrais do governo

Posted: 26 May 2017 09:22 AM PDT

Nesta sexta-feira, Serraglio se reuniu com Temer para debater a crise da segurança pública no Rio de Janeiro Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Afastado das reuniões do Palácio do Planalto sobre a manifestação de quarta-feira (24) e a decisão polêmica do governo de empregar as Forças Armadas na proteção de prédios na Esplanada dos Ministérios, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, reapareceu no Palácio, na manhã desta sexta-feira (26) para um encontro com o presidente Michel Temer.

O motivo da reunião foi o problema da crise da segurança pública no Rio de Janeiro. Em entrevista após o encontro, o ministro tentou minimizar a ausência das discussões centrais da Presidência. "Não sou um homem midiático", afirmou. "A imprensa é quem noticia que eu estava ausente."

Repórteres observaram, no entanto, que quem informou sobre as ausências do ministro nas agendas e reuniões de Temer ao longo da semana foi a assessoria de imprensa da Presidência da República. "Então, acho que devemos entrar numa sintonia", retrucou Serraglio.

Desde a deflagração da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, em março, a presença do ministro da Justiça, citado nas investigações, tornou-se menos frequente no Palácio. "Se quiserem, podem conferir minha agenda. Não saí um dia do ministério para almoçar. Trabalho todos os dias", disse.

A saia justa de Serraglio nesta sexta ocorreu numa entrevista coletiva que contou também com a presença dos ministros Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), Raul Jungmann (Defesa) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo). Na entrevista, dada originalmente para falar de segurança no Rio, acabaram sendo abordados outros assuntos.