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quinta-feira, 25 de maio de 2017

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Feirão da Casa Própria começa neste fim de semana

Posted: 25 May 2017 08:10 PM PDT

Vice-presidente de Habitação do banco acredita que maior procura serão em unidades de cerca de R$ 300 mil Ana Nascimento/Agência Caixa de Notícias

Começa nesta sexta-feira (26) o Feirão Caixa da Casa Própria 2017, que vai negociar pelo menos 228 mil imóveis em 14 cidades brasileiras. No primeiro fim de semana do Feirão neste ano, que vai até domingo (28), 11 cidades terão representantes da Caixa Econômica Federal: Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Belém, Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte, Uberlândia, Recife, Salvador e Goiânia.

A edição 2017 do evento volta a acontecer nos dias 23, 24 e 25 de junho, nas cidades de Fortaleza, Curitiba e Brasília. De acordo com informações da Caixa, o evento vai reunir 3.000 empregados do banco, 261 correspondentes Caixa Aqui, 548 construtoras e 185 imobiliárias.

Ainda segundo a Caixa, o vice-presidente de Habitação do banco, Nelson Souza, acredita que as unidades com valor médio de R$ 300 mil devem ser as mais procuradas, tendo em vista que as taxas de juros partem de 4,5% ao ano e o prazo de pagamento pode chegar a 35 anos.

Os negócios realizados nas edições do evento representam 12% dos financiamentos efetivados pelo banco anualmente. Somente na etapa de 2016 foram realizados ou encaminhados 58 mil negócios em todo o país, o que movimentou R$ 10,3 bilhões.

O banco explica que para as pessoas solicitarem créditos para comprar a casa própria durantes os feirões, devem levar RG, CPF e comprovantes de renda e residência atualizados.

Decisão do PSDB sobre Temer só sai após julgamento da chapa, diz Jereissati

Posted: 25 May 2017 07:09 PM PDT

Tasso Jereissati Arquivo/Agência Senado

Após uma reunião de quase três horas na residência do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista, da qual participaram o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), vinculou a decisão do partido sobre a permanência no governo Michel Temer (PMDB) ao julgamento da ação impetrada pela própria legenda que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte vai retomar o julgamento no dia 6 de junho.

"Nós estamos dando como uma data importante o julgamento do TSE dia 6, até o dia 6 e ver o que acontece no dia 6", disse. O novo dirigente tucano disse ainda que qualquer movimentação política vai passar pelo presidente Michel Temer. "Qualquer movimentação (em caso de eleição indireta) seria em conjunto com o presidente Temer, qualquer coisa tem que passar pelo presidente e a avaliação dele", declarou.

Jereissati contou que estava viajando para Fortaleza, de onde vai conversar com outros governadores e prefeitos tucanos. Na semana que vem, ele se reunirá com as bancadas do PSDB na Câmara e no Senado para apresentar o resultado das consultas. Além disso, vai conversar com dirigentes de outros partidos aliados, especialmente o DEM. A ideia é desembarcar do governo Temer quando for construída uma candidatura de consenso para disputar os votos do colégio eleitoral em uma eventual eleição indireta.

Questionado sobre uma possível candidatura a presidente nesse cenário, Jereissati desconversou. "Nem pensei nisso, ninguém pensou nisso", afirmou. Comentando a reunião com os tucanos paulistas, o presidente interino reconheceu que existem pontos divergentes entre FHC, Alckmin e Doria, mas não especificou quais. "A unanimidade é: nada se pode fazer se afastando sequer um milímetro da Constituição", afirmou. Ele reforçou que todos acham que é preciso "tranquilidade e cautela" antes de uma decisão. O senador defendeu que, com uma aliança com Temer e outros partidos, é possível trazer "paz ao País".

O presidente da legenda tucana ainda criticou o PT, que está decidindo sobre não participar de uma eleição em colégio eleitoral e exigir diretas. "O PT entrou numa linha de exacerbação e radicalismo fora da Constituição".

Desencontro

O encontro entre os tucanos paulistas foi marcado por desencontros. O prefeito João Doria chegou a divulgar em sua agenda oficial que se reuniria com Jereissati no gabinete da Prefeitura sem a presença de Alckmin e FHC. O Palácio dos Bandeirantes foi pego de surpresa com a informação, já que Alckmin não divulgou em sua agenda oficial que teria uma reunião com o presidente interino do PSDB.

Somente no fim da tarde, é que assessores de Alckmin e Doria afinaram a agenda e definiram que o encontro seria no apartamento de FHC, no bairro Higienópolis. Alckmin e Doria saíram da reunião em carros separados e não falaram com a imprensa. Já Jereissati deixou o apartamento do ex-presidente cerca de 40 minutos depois e concedeu uma entrevista coletiva.

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Conversa entre Temer e Rocha Loures pode gerar novo inquérito

Posted: 25 May 2017 05:53 PM PDT

PGR deve pedir para investigar o deputado por suspeita de tráfico de influência Dida Sampaio/Estadão Conteúdo – 18.5.2017

Uma conversa por telefone na qual o presidente Michel Temer fala com o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), interceptada pela Polícia Federal, pode gerar um novo pedido de inquérito ao STF (Supremo Tribunal Federal).

No dia 4 de maio deste ano, Temer recebeu ligação de Loures, que estava grampeado. O deputado buscava saber sobre a assinatura do Decreto dos Portos e a conversa durou pouco mais de 2 minutos. O presidente da República informou o parlamentar que iria assinar o decreto na outra semana.

Depois de falar com Temer, Loures passou informações também por telefone a Ricardo Conrado Mesquita, membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Terminais Portuários e diretor da empresa Rodrimar, que opera no Porto de Santos.

Em 10 de maio, Temer assinou decreto para facilitar investimentos privados nos portos. Na conversa ao telefone, o presidente indica o que é uma das principais mudanças previstas no decreto: o aumento para 35 anos de prazos dos contratos de arrendatários, prorrogáveis por até 70 anos.

Após Loures comentar que teve informação de que já teria sido assinado o decreto, Temer responde: "Não. Vai ser assinado na quarta-feira à tarde ... Vai ser numa solenidade até, viu?". Em outro trecho da conversa, o presidente diz que "Aquela coisa dos setenta anos lá para todo mundo parece que está acertando aquilo lá...".

A PGR (Procuradoria-Geral da República) deve pedir a abertura de inquérito para investigar Loures, por suspeita de tráfico de influência. Os investigadores ainda avaliam o caso para definir se o presidente deve ou não ser incluído no pedido de investigação.

Defesa

Em nota, o Planalto afirma que "houve amplo debate com o setor antes da publicação do decreto de renovação das concessões de portos. Todos os dados são públicos". O Planalto informa que as conversas não continham nenhum objeto protegido por sigilo tampouco informações privilegiadas.

"Na conversa entre o presidente Michel Temer e o deputado Rodrigo Rocha Loures, somente se revela o dia em que estava programado evento público para assinatura do ato. Sequer o conteúdo foi repassado como informação. Nas conversas subsequentes, o deputado dialoga com empresários e falam da preparação da divulgação, inclusive para a imprensa. O assunto não comportava nenhum sigilo ou informação privilegiada, apenas a publicação do decreto que finaliza o longo processo de negociação entre o governo e o setor empresarial, como é comum e legítimo em uma democracia", consta na nota do Planalto.

Procuradoria pede para investigar Jucá por suspeita de desvios nos Correios

Posted: 25 May 2017 04:57 PM PDT

Romero Jucá - 800 Jefferson Rudy/20.02.2017/Agência Senado

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR), apontando indícios de que o peemedebista possa ter recebido verba pública desviada de contrato de publicidade dos Correios com a Confederação Brasileira de Tênis (CBT). O relator, a quem caberá autorizar ou não a abertura do inquérito e as providências já pedidas, é o ministro Dias Toffoli.

A suspeita da prática de peculato e corrupção passiva por parte do senador surgiu durante uma investigação em São Paulo sobre ilícitos na Confederação Brasileira de Tênis, após uma ex-contadora da CBT, Katia Maria Freitas Mueller, apresentar aos investigadores, no fim de 2014, uma folha de papel onde se lia: "contato em Brasília: - 1 verba que vai direto para um senador".

A anotação havia sido feita por Marisa de Souza Alija Ramos, advogada da ex-contadora da CBT. Procurada na investigação para esclarecimento, a advogada disse, em 2016, que o senador em questão é Romero Jucá, que teria sido beneficiado por meio de um ex-assessor chamado Alexandre Jardim - que trabalhou com Jucá no Ministério da Previdência Social, no governo Lula, e também no Senado, de 2005 a 2009. Devido à citação a um parlamentar, o caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.

De acordo com relatos que a PGR buscará apurar, Alexandre Jardim teria sido procurado por Sérvio Opreá e Bruno Ferreira, sócios de empresas que trabalham com tênis, para ajudar o então presidente da CBT, Jorge Lacerda Rosa, a conseguir o contrato de patrocínio dos Correios em favor da CBT. Em virtude da autorização desse contrato, o assessor de Jucá teria recebido repasse de 10%. A suspeita é que esse porcentual iria para pagamento direto ao senador Romero Jucá pelo lobby que teria feito.

"Vê-se, portanto, que a advogada afirma que o senador Romero Jucá filho foi o destinatário de recursos desviados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, indicando valores e testemunhas que poderiam confirmar os fatos", disse o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

"Imprescindível, portanto, a instauração de inquérito sob supervisão desta suprema corte para apuração dos fatos que, acaso efetivamente tenham acontecido, configurariam o delito tipificado no art. 312 parágrafo 1, c/c art. 317 do Código penal", disse Janot, citando os crimes de peculato e corrupção passiva, respectivamente.

O patrocínio dos Correios à Confederação Brasileira de Tênis começou em 2008, segundo a investigação. Na época, Alexandre Jardim era assessor de Jucá.

Procurada, a assessoria de imprensa do senador afirma que Jucá nega as irregularidades e aguarda ter informações mais detalhadas sobre o inquérito para se colocar à disposição da Justiça.

Romero Jucá é alvo de uma série de inquéritos no Supremo Tribunal Federal, incluindo na Operação Lava Jato e nos novos casos revelados nas delações da Odebrecht. Ele nega qualquer irregularidade.

Pedidos

Janot já pediu a autorização do STF para colher o depoimento do ex-assessor de Romero Jucá Alexandre Jardim e de outras pessoas que foram citadas no curso da investigação na primeira instância: Sérgio Opreá e Bruno Ferreira, que seriam sócios em algumas empresas que trabalham com tênis, Anderson Rubinatto filho, ex-diretor financeiro da CBT, Ricardo Marzola Filho, proprietário da Brascourt Pisos Esportivos, que constrói quadras de tênis.

A PGR também quer ouvir o ex-presidente da Nike Chris Kypriotis, que, após sair da Nike, coordenou o departamento financeiro da CBT por algum período.

Outra providência que Janot pediu ao Supremo é autorização para obter junto aos Correios cópias dos processos referentes às contratações de patrocínio da CBT, bem como uma relação detalhada dos repasses feitos à confederação, além de cópias das respectivas prestações de contas.

Fora do STF, há investigações sobre outros casos de irregularidades na CBT em São Paulo, que estão subdivididas em nove inquéritos conduzidos pela Polícia Federal e por procuradores da República.

Em um deles, foi aceita uma denúncia em outubro passado contra Jorge Lacerda Rosa, ex-presidente da CBT, Ricardo Marzola e o ex-tenista e comentarista de TV Dácio Campos.

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Aécio Neves envia 27 perguntas à PF sobre os áudios da JBS

Posted: 25 May 2017 03:33 PM PDT

O senador afastado Aécio Neves Ueslei Marcelino/Reuters

O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) encaminhou à Polícia Federal os quesitos para serem analisados pelo Instituto Nacional de Criminalística na perícia que será realizada nos áudios gravados por Joesley Batista, do Grupo J&F, que fundamentam a delação premiada do empresário.

O tucano enviou, ao todo, 27 questionamentos, divididos em três blocos: aspectos gerais do áudio recebido pela Procuradoria-Geral da República, sobre o equipamento utilizado, e sobre a gravação em si.

A defesa de Aécio pede para que o órgão responsável pela perícia verifique, por exemplo, "todos os trechos com ininteligibilidade em qualquer fala, descrevendo suas causas", assim como identifique "as ocorrências em que há ruídos de grande intensidade, descrevendo-os e apurando suas causas, inclusive se foram captados durante a gravação original ou se foram inseridos posteriormente".

Por fim, os advogados pedem: "Considerando os exames realizados, esclarecer se é possível atestar que a gravação apresentada representa com fidelidade e integridade todos as falas ocorridas no encontro gravado? Favor detalhar".

Em sua delação premiada, Joesley entregou uma gravação com Aécio uma com o presidente Michel Temer e dois encontros com o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-RJ). Temer já enviou seus pedidos. Ainda falta Rocha Loures se manifestar.

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Organizadores de protesto podem ser responsabilizados por prejuízos de depredações, diz AGU

Posted: 25 May 2017 03:16 PM PDT

Após a ministra da AGU (Advocacia-Geral da União), Grace Mendonça, se encontrar com o presidente Michel Temer, o órgão emitiu nota informando que pediu urgência no retorno dos ministérios para que seja informado o balanço dos danos ocorridos por conta das manifestações desta quarta-feira (24) em Brasília.

"A Advocacia-Geral da União (AGU) informa que solicitou com urgência aos ministérios um levantamento sobre os prejuízos causados durante as manifestações desta quarta-feira (24), em Brasília. O objetivo é obter subsídios para o ajuizamento de uma ação que buscará a reparação pelos danos ao patrimônio público", diz o texto.

Somente depois que tiver todo o levantamento das pastas é que a AGU irá ajuizar ação que vai cobrar o ressarcimento aos cofres públicos contra os organizadores, ou seja, as centrais sindicais.

Brasília tem confronto, tumulto e ministérios depredados

"O objetivo é obter subsídios para o ajuizamento de uma ação que buscará a reparação pelos danos ao patrimônio público. Poderão ser responsabilizados os organizadores e demais agentes identificados pela polícia", explica a nota. "O processo será aberto com a conclusão do envio de informações por parte dos órgãos que tiveram suas instalações danificadas."

Confira a íntegra da nota:

"A Advocacia-Geral da União (AGU) informa que solicitou com urgência aos ministérios um levantamento sobre os prejuízos causados durante as manifestações desta quarta-feira (24), em Brasília. O objetivo é obter subsídios para o ajuizamento de uma ação que buscará a reparação pelos danos ao patrimônio público. Poderão ser responsabilizados os organizadores e demais agentes identificados pela polícia. O processo será aberto com a conclusão do envio de informações por parte dos órgãos que tiveram suas instalações danificadas."

Ministro da Justiça nega ter conversado sobre delação da JBS com ministro do Supremo

Posted: 25 May 2017 03:09 PM PDT

Serraglio teria garantido ao magistrado que, se "sempre que for necessário", haverá remanejamento de recursos para a PF Isaac Amorim/07.03.2017/Ministério da Justiça

O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, negou que tenha tratado da delação premiada dos executivos o Grupo J&F durante a audiência com o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), na manhã desta quinta-feira (25). Segundo a assessoria do Ministério da Justiça, Serraglio esteve com Fachin, relator da Lava Jato na Corte, para "tranquilizá-lo" de que o corte no orçamento da Polícia Federal não irá afetar o funcionamento da operação.

O ministro teria garantido ao magistrado que, se "sempre que for necessário", haverá remanejamento de recursos para a PF. A reunião teria sido marcada porque, no fim de semana, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que Polícia Federal, subordinada à pasta, reduziu a equipe destacada para a força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, e contingenciou 44% do orçamento de custeio previsto para 2017.

No site do STF, a agenda de Fachin registra que o motivo da audiência seria a petição número 7003, que trata da delação dos empresários do grupo J&F. Após o encontro, o gabinete de Fachin afirmou que a reunião tratou de "funções e trabalhos da Polícia Federal".

Delação

Na documentação entregue em seu acordo de colaboração sobre os políticos de 28 partidos que teriam recebido propina, o diretor de relações Institucionais da J&F Ricardo Saud elenca um repasse de R$ 200 mil para Serraglio. Até o momento, porém, o ministro da Justiça não é investigado nos inquéritos abertos após a colaboração dos executivos do grupo.

Ele é citado também em um diálogo entre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e Joesley Batista, um dos donos da JBS. Na conversa, Aécio diz que o presidente Michel Temer 'errou' ao nomear o peemedebista para o Ministério da Justiça e o classifica com palavras chulas.

A indicação de Serraglio para o Ministério da Justiça resultou na ida de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para a Câmara dos Deputados. Flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil, Rocha Loures é apontado por Joesley Batista como o interlocutor indicado por Temer para tratar de temas de interesse da empresa.

O ministro da Justiça já apareceu em outra operação da Polícia Federal que teve a JBS como alvo. Na Carne Fraca, Serraglio aparece em interceptações telefônicas com o fiscal agropecuário acusado de liderar um suposto grupo criminoso que atuava na fiscalização de grandes frigoríficos. O ministro nega todas as acusações.

Assista aos vídeos da depredação ao Ministério da Cultura

Posted: 25 May 2017 02:22 PM PDT

O prédio do Ministério da Cultura foi um dos locais invadidos por manifestantes durante protestos contra o presidente Michel Temer (PMDB) nesta quarta-feira (24). Imagens do circuito de segurança da pasta apontam o momento da invasão ao prédio público, que resultou em um prejuízo calculado em R$ 1,105 milhão para o órgão.

Durante a manifestação, a Esplanada dos Ministérios virou um campo de batalha com confronto entre a Polícia Militar e manifestantes, que atearam fogo ao menos no prédio do Ministério da Agricultura.

Além do Ministério do Turismo, os prédios do Ministério de Minas e Energia, do Planejamento, da Fazenda e o Museu da República também foram depredados durante os protestos. Os atos resultaram na convocação das Forças Armadas para permanecer na Esplanada até que o controle da área fosse retomado.

Acompanhe abaixo as imagens da invasão do Ministério da Cultura:

Em pronunciamento, Michel Temer diz que protestos foram exagerados e que Brasil "não parou e não vai parar"

Posted: 25 May 2017 02:14 PM PDT

Em pronunciamento gravado e divulgado pelas redes sociais nesta quinta-feira (25), o presidente Michel Temer criticou os protestos realizados na quarta-feira, afirmando que "ocorreram com exageros", e afirmou que "o Brasil não parou e não vai parar". Temer também defendeu as defendeu as reformas encaminhadas pela presidência e elogiou a atuação do Congresso, ressaltando a aprovação de sete medidas provisórias na última semana.

"Continuamos avançando e aprovamos matérias importantíssimas no Congresso Nacional. As manifestações ocorreram com exageros, mas deputados e senadores continuaram a trabalhar em favor do Brasil. E aprovaram número expressivo de medidas provisórias, sete em uma semana. E a reforma trabalhista avançou no Senado", destacou o presidente em sua fala. "Expressão, portanto, do compromisso em superar a crise", completou.

Temer fez questão de ressaltar ainda a aprovação de "matérias vitais para o país" como, por exemplo, a regularização fundiária. "Há milhões de brasileiros que vivem sem a posse legal de sua casa ou de seu pequeno lote de terreno. Agora, isso mudará. O governo vai entregar a escritura para famílias carentes de todo País", disse.

O presidente disse ainda que seu governo vai continuar "combatendo o desperdício de dinheiro público" e citou o pente fino no auxílio-doença, que, segundo ele, já economizou mais de R$ 1 bilhão de reais com a revisão desta medida. "E vamos chegar a mais de R$ 8 bilhões, dinheiro que vai ajudar o país a investir mais no social", afirmou.

Temer lembrou ainda a aprovação da Medida Provisória que liberou as contas inativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) e disse que ela garantiu que os dois grupos que ainda faltam para receber serão atendidos. "Portanto, mais de R$ 40 bilhões entrarão na economia ajudando no fim da recessão", disse.

No fim de sua fala, Temer fez questão de fazer um agradecimento nominal aos presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara Rodrigo Maia, e repetiu que seu governo continuará trabalhando. "Quero agradecer aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Eunício de Oliveira, e aos parlamentares da base aliada pelo empenho nestas votações", disse. "Meus amigos, o trabalho continua e vai continuar. Temos muito ainda a fazer e este é o único caminho que meu governo pretende seguir: colocar o Brasil nos trilhos. Portanto, vamos ao trabalho", conclui.

Assista ao pronunciamento na íntegra:

Moro absolve Cláudia Cruz em processo da Lava Jato

Posted: 25 May 2017 01:45 PM PDT

Cláudia Cruz se tornou ré em 2016 Pedro Ladeira/05.11.2015/Folhapress

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), absolveu nesta quinta-feira (25) a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, mulher do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em processo da Lava Jato. Cláudia era acusada dos crimes de lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas. De acordo com a sentença, não havia provas suficientes de que a mulher de Cunha "agiu com dolo" (quando há intenção de cometer os crimes).

Em junho de 2016, Moro aceitou a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra Cláudia Cruz. O principal argumento dos procuradores era de que Claudia Cruz pagou despesas pessoais com esses recursos, como indica a petição: "Com os valores de origem criminosa recebidos por Eduardo Cunha em conta, Claudia Cruz utilizou-os para compras de valores vultuosos, mediante a aquisição de bens de luxo em lojas de grife nos Estados Unidos e na Europa, além do pagamento de outras despesas pessoais da acusada e de seus familiares".

Na sentença, o juiz listou 13 compras em alguns dos endereços mais famosos do mundo: Prada, Chanel, Louis Vitton e Balenciaga. Segundo o magistrado, "gastos de consumo com produto do crime não configuram por si só lavagem de dinheiro".

"A acusada teve participação meramente acessória e é bastante plausível a sua alegação de que a gestão financeira da família era de responsabilidade do marido e de que, quanto à conta no exterior, ela tinha presente somente que era titular de um cartão de crédito internacional", anotou Moro.

Moro destacou que "não há nada de errado nos gastos em si mesmos mas são eles extravagantes e inconsistentes para ela e para sua família, considerando que o marido era agente público".

"Deveria, portanto, a acusada Cláudia Cordeiro Cruz ter percebido que o padrão de vida levado por ela e por seus familiares era inconsistente com as fontes de renda e o cargo público de seu marido", observou Moro. "Embora tal comportamento seja altamente reprovável, ele leva à conclusão de que a acusada Cláudia Cordeiro Cruz foi negligente quanto às fontes de rendimento do marido e quanto aos seus gastos pessoais e da família", advertiu o juiz da Lava Jato.

Segundo Moro, a negligência de Cláudia não é "suficiente para condená-la por lavagem dinheiro".

O magistrado alertou que "a absolvição da imputação criminal não impede, porém, eventual responsabilização cível para a devolução do produto do crime gasto de maneira negligente".

Esta ação teve origem em contrato de aquisição pela Petrobras dos direitos de participação na exploração de campo de petróleo na República do Benin, país africano, da Compagnie Beninoise des Hydrocarbures Sarl - CBH. O negócio teria envolvido o pagamento de propina a Cunha de cerca de 1,3 milhão de francos suíços, correspondentes a cerca de US$ 1,5 milhão.

Segundo o Ministério Público Federal, parcela da propina recebida por Eduardo Cunha no contrato de Benin teria sido repassada à conta secreta na Suíça denominada de Kopek, de titularizada por Cláudia.

Também eram réus da mesma ação Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Área Internacional da estatal petrolífera, João Augusto Rezende Henriques e Idalecio Oliveira, empresário português proprietário da CBH (Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl). Na mesma decisão, Moro condenou Jorge Luiz Zelada por corrupção passiva a seis anos de prisão. Zelada já está condenado em outra ação da Lava Jato.

Também foi condenado o suposto operador de propinas do PMDB João Augusto Henriques, que pegou sete ano por corrupção e lavagem de dinheiro. Henriques foi absolvido do crime de evasão fraudulenta de divisas.

O empresário português Idalecio de Castro Rodrigues de Oliveira, apontado como pagador de propina sobre o Campo de Benin, foi absolvido.

Segundo a denúncia, Cláudia Cruz era "a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior em montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos (2008 a 2014)". O Ministério Público Federal apontou que o valor de US$ 1 milhão gasto por Cláudia é "totalmente incompatível com os salários e o patrimônio lícito de seu marido". Quase a totalidade do dinheiro depositado na Köpek (99,7%) teve origem nas contas Triumph SP (US$ 1.050.000,00), Netherton (US$ 165 mil) e Orion SP (US$ 60 mil), todas pertencentes a Eduardo Cunha.

Em nota, o criminalista Pierpaolo Bottini afirmou: "A decisão judicial reconhece que Cláudia Cruz não lavou dinheiro nem participou de qualquer ato criminoso. Com isso, fez-se Justiça."

Esse era o único processo criminal pelo qual Claudia Cruz respondia, mas ela ainda é acusada de improbidade administrativa em outra ação da Lava Jato que tramita na Vara Cível.

Mulher de Cunha passeia em shopping de luxo de Brasília

 

OAB chama donos da JBS e procurador-geral da República como testemunhas em impeachment de Temer

Posted: 25 May 2017 12:07 PM PDT

Michel Temer Ueslei Marcelino/Reuters/File Photo

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pediu a convocação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, do Grupo JBS, e do procurador-geral da República Rodrigo Janot como testemunhas na ação pelo impeachment do presidente Michel Temer (PMDB).

A entidade máxima da Advocacia denunciou o peemedebista por crime de responsabilidade, em violação ao artigo 85 da Constituição. Além de Joesley, Wesley e Janot, a Ordem incluiu no rol de testemunhas outros dois executivos da J&F, que controla a JBS, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva.

"Pede-se a produção de prova testemunhal, consistente na oitiva das pessoas ao final indicadas, as quais deverão ser intimadas para tal finalidade nos termos do art. 18 da Lei n. 1.079/1950, sem prejuízo de outras", alegou a Ordem.

No sábado (20), o Plenário do Conselho Federal da OAB deliberou por 25 votos a 1 o pedido de instauração do processo de impeachment de Temer. O argumento central da ofensiva da Ordem é o fato de o presidente ter recebido na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu o empresário Joesley Batista, acionista da JBS que fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.

OAB diz que Temer cometeu crime de responsabilidade e protocola pedido de impeachment

"Verifica-se que o encontro entre o colaborador Joesley Batista e o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, ocorreu às 22h40, havendo protocolo não habitual, tanto em função do horário da reunião, quanto no acesso utilizado pelo interlocutor, à garagem do Palácio do Jaburu, entrando diretamente, sem identificar-se na portaria, e mais, não tendo o encontro sido registrado na agenda oficial da Presidência", destaca a Ordem na denúncia.

Segundo a entidade, em dois pronunciamentos oficiais, nos dias 18 e 20 de maio, Temer "não nega ter se encontrado com o colaborador Joesley Batista nas condições supramencionadas [às escusas de registros oficiais], chegando até mesmo a reconhecer a realização da reunião em ambiente institucional".

Joesley gravou a conversa com Temer, por cerca de trinta minutos. O empresário narrou uma sequência de crimes como o pagamento de "mensalinho" ao procurador da República Ângelo Goulart Villela e mesada milionária a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em troca do silêncio do ex-presidente da Câmara, preso na Operação Lava Jato desde outubro de 2016.

A OAB afirma que após ter recebido a informação de Joesley sobre a "compra" do procurador, Temer "incorreu, em tese, em omissão própria, isto é, omitiu-se de um dever de agir legalmente imposto".

"Houve a comunicação, pelo interlocutor, da ocorrência de ao menos um tipo penal certo, que emerge da afirmação de que possui um contato não republicano, dentro da força-tarefa do Ministério Público Federal, que lhe está passando informações, caracterizando, supostamente, crime de violação de sigilo funcional, cuja tipificação encontra-se no artigo 325, do Código Penal, crime pelo qual o exercício da ação penal é de natureza pública incondicionada", aponta a denúncia.

OAB diz que Temer cometeu crime de responsabilidade e protocola pedido de impeachment

Posted: 25 May 2017 11:34 AM PDT

Principal ponto do pedido da Ordem contra Temer é o episódio JBS Wilton Júnior/Estadão Conteúdo

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) quer que o presidente Michel Temer (PMDB) fique fora da vida pública por oito anos. Nesta quinta-feira (25), a entidade máxima da Advocacia protocolou na Câmara denúncia contra o presidente no episódio JBS com pedido de impeachment do peemedebista.

A OAB requer encaminhamento dos autos ao Senado "para impor ao denunciado a pena de perda do mandato, bem como inabilitação para exercer cargo público pelo prazo de oito anos".

A Ordem sustenta que Temer cometeu crime de responsabilidade, em violação ao artigo 85 da Constituição. A base legal para o pedido de afastamento do peemedebista por quase uma década é o artigo 52, parágrafo único, da Constituição.

O ponto crucial da ofensiva da Ordem contra Temer é o episódio JBS. O presidente da OAB, Claudio Lamachia, disse ao chegar na Câmara para protocolar o pedido de impeachment que a decisão da entidade leva em conta as manifestações de Temer após a divulgação do áudio em que conversa com um dos donos da companhia. "O fato do presidente da República em seus dois pronunciamentos e em uma entrevista para um jornal de ampla circulação nacional não ter negado o teor dos diálogos é o que torna estes fatos absolutamente incontroversos", disse.

O presidente recebeu no Palácio do Jaburu na noite de 7 de março o executivo Joesley Batista, acionista do grupo. Durante mais de 30 minutos, o presidente ouviu de seu interlocutor — em conversa gravada por este — a confissão de uma série de crimes, como o pagamento de mensalinho ao procurador da República Ângelo Goulart e mesada milionária a Eduardo Cunha (PMDB/RJ), ex-presidente da Câmara preso desde outubro de 2016 na Operação Lava Jato.

Temer admite ter recebido Joesley, mas diz que o áudio foi "adulterado, manipulado". A OAB acusa o presidente de não ter comunicado autoridades que poderiam investigar a conduta do executivo.

Perito contratado por Temer diz que gravação é "imprestável como prova"

"O ato praticado pelo chefe do Executivo, posteriormente ao recebimento da informação de Joesley Batista, incorreu, em tese, em omissão própria, isto é, omitiu-se de um dever de agir legalmente imposto", sustenta a Ordem no pedido de impeachment de Temer.

"Quanto a tais delitos, vale ponderar que nos crimes omissivos basta a abstenção, a desobediência ao dever de agir, sendo crimes de mera conduta, isto é, que independem do resultado [consumação ou não do fato] para que ensejem reprovação", segue a denúncia de 32 páginas que a Ordem protocolou na Câmara.

"Ao se omitir de prestar informações, as quais chegaram a seu conhecimento pelo cargo que exercia, o excelentíssimo senhor Presidente da República do Brasil teria incidido em ato ilegal, vez que, como servidor público, exigi-se-lhe conduta condizente com os princípios que regem a administração", afirma o documento. "Mais do que isso, deve agir em consonância com a regra que estabelece um comportamento obrigatório ao membro da administração."

A peça transcreve trechos relevantes do diálogo do presidente com Joesley, que firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República — outros executivos do grupo seguiram o mesmo caminho para se livrar da prisão. Um ponto da conversa é aquele em que Joesley diz a Temer que está "segurando" dois juízes e o presidente comenta "ótimo, ótimo".

Temer desiste de pedir suspensão de inquérito contra ele no Supremo, diz advogado

"Mostra-se repudiável a aparente falha na comunicação da ocorrência de graves irregularidades, que, não meramente irregularidades administrativas, mas reveste provavelmente de caráter criminoso, como no caso em apreço, no qual se tem notícia que um particular afirma prontamente que 'deu conta' do juiz, responsável por determinado caso, e ainda de seu substituto", assinala a Ordem.

"Além disso, cita, alguém de 'dentro da força-tarefa que também ele tá me dando informação'", segue o documento em referência ao suposto suborno do procurador Ângelo Goulart — em troca de informações estratégicas de investigação em curso na Operação Greenfield, sobre rombo bilionário nos maiores fundos de pensão do País, o procurador teria sido agraciado com mensalinho de R$ 50 mil.

"Ou seja, houve a comunicação, pelo interlocutor [Joesley], da ocorrência de ao menos um tipo penal certo, que emerge da afirmação de que possui um contato não republicano, dentro da força-tarefa do Ministério Público Federal, que lhe está passando informações, caracterizando, supostamente, crime de violação de sigilo funcional, cuja tipificação encontra-se no art. 325, do Código Penal, crime pelo qual o exercício da ação penal é de natureza pública incondicionada."

Presidente da OAB disse que os áudios são o principal motivo do pedido de impeachment Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Ministro da Agricultura diz ter preocupação com posição de domínio da JBS no Brasil

Posted: 25 May 2017 11:26 AM PDT

Acionistas controladores da JBS, transformaram a companhia de um abatedouro regional no principal produtor de carnes do Brasil BBC Brasil

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta quinta-feira (25) que sempre se preocupou com o tamanho que o frigorífico JBS adquiriu no Brasil e criticou o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) por ajudar a empresa a conquistar uma posição dominante no mercado.

"Sempre fui um crítico da posição do BNDES de ter proporcionado esta grande concentração que houve no Brasil", disse Blairo Maggi durante uma conferência de agronegócio em Cuiabá, cidade localizada no cinturão agrícola brasileiro. Ele chamou a atual crise da JBS, envolvida em um escândalo de corrupção, de "momento delicado".

"Não sei o que vai acontecer com esta companhia", disse Maggi, que também é um produtor bilionário de soja.

Joesley e Wesley Batista, os acionistas controladores da JBS, transformaram a companhia de um abatedouro regional no principal produtor de carnes do Brasil e um grupo multinacional em expansão, ajudados por cerca de R$ 8 bilhões em financiamentos subsidiados do BNDES.

Os irmãos recentemente desencadearam uma tempestade política após admitirem que pagaram propina a centenas de políticos brasileiros para proteger seus interesses em um escândalo que envolveu até o presidente Michel Temer.

Eles agora tentam negociar um acordo de leniência com as autoridade que os permita ficar no controle de sua holding J&F Investimentos.

Maggi ainda acrescentou que o governo tem buscado encorajar outras empresas a entrar para o mercado de processamento de carnes.

As ações da JBS perderam um terço de seu valor ao longo do último mês, embora tenham se recuperado nas últimas sessões, impulsionadas por relatos de que os irmãos estão avaliando a venda de alguns ativos, possivelmente a própria processadora de carnes.

As ações subiam cerca de 7,5% por volta das 15h, a maior alta da Bovespa.

Em separado, uma importante consultoria da indústria de carnes disse que pecuaristas brasileiros começam a exigir que a JBS pague em espécie porque estão preocupados com as consequências do envolvimento da empresa no escândalo de propina.

"O pessoal está avesso ao risco. Produtores não estão vendendo ao JBS, e quem vende está fazendo o máximo para vender à vista", disse a diretora da Agriffato, Lygia Pimentel.

A JBS, por outro lado, recentemente disse a pecuaristas do Mato Grosso, maior região produtora de gado do país, que preferia fazer negócios a prazo ou em um período de 30 dias após a entrega. O esforço teve pouco progresso com pecuaristas, segundo o grupo da indústria Acrimat.

A empresa comprou muitos rivais em importantes regiões produtoras de carne do Brasil nos últimos anos. Em alguns lugares, ela é a única processadora, deixando pecuaristas sem outras opções de compradores.

A JBS confirmou que estava esticar os pagamentos ao longo de períodos maiores, mas disse que a iniciativa é anterior ao escândalo de corrupção.

J&F procura bancos para vender Alpargatas, Eldorado e Vigor

Posted: 25 May 2017 11:07 AM PDT

J&S quer centrar forças na operação das marcas Friboi e Seara, que pode ficar abaladas financeiramente com os acordos com o MPF REUTERS/Ueslei Marcelino

O grupo J&F busca bancos para vender as empresas Alpargatas, Eldorado e Vigor. O banco Bradesco BBI já foi consultado sobre as operações. Mais cedo, uma fonte próxima à empresa e uma fonte próxima ao banco haviam confirmado a contratação, o que ainda não aconteceu segundo nota oficial da empresa. "A J&F Investimentos informa que não é verdadeiro o relato de que contratou o Bradesco BBI ou qualquer outro banco para a venda de ativos."

A expectativa dos investidores é de que com a venda de outros ativos, a companhia possa centrar forças na operação da JBS que deve passar por forte turbulência com os acordos de delação, já fechado, e o de leniência que está em negociação com o MPF (Ministério Público Federal).

Por volta das 14h30, as ações da JBS, dona das marcas Friboi e Seara, subiam mais de 13%, liderando as altas do Índice Bovespa. Operadores dizem que a recuperação se dá por conta das perdas históricas vistas com a repercussão do acordo de delação premiada feito pelos executivos do grupo. A avaliação é de que a operação da dona das marcas Friboi e Seara é sólida e que pode resistir à turbulência gerada pelas revelações de corrupção.

A situação financeira no grupo tende a ficar apertada na medida em que os bancos tiverem que renovar as linhas de crédito para a empresa ou até mesmo com o acordo a ser firmado com o MPF. Segundo fontes, a empresa está otimista de que o acordo seja fechado em cerca de R$ 6 bilhões ou R$ 7 bilhões, mas os procuradores estão bastante rígidos em função da péssima imagem que está sendo transmitida ao mercado com o acordo firmado com os irmãos Batista, em que eles saíram imunes dos crimes que admitiram ter cometido. A oferta orginal do MPF era um acordo de R$ 11 bilhões a ser pago em dez anos.

Segundo analistas, a tendência é que a Fíbria seja a primeira interessada na Eldorado, até pela sinergia que uma aquisição como esta traria à empresa e o poder de mercado mundial que a companhia ganharia. Mas a Fibria vai querer comprar por um preço baixo, segundo fontes. Já a Alpargatas teria o potencial de atrair os concorrentes que foram deixados para trás na disputa em 2015. A J&F pagou R$ 2,7 bilhões pela empresa, com dinheiro emprestado da Caixa. A Vigor teria a empresa PepsiCo interessada. Qualquer conversa, no entanto, estaria condicionada ao fechamento do acordo de leniência.

Estoque de crédito no Brasil cai em abril, aponta BC

Posted: 25 May 2017 10:33 AM PDT

Saldo total de crédito no Brasil chegou a R$ 3,072 trilhões no mês passado, volume correspondente a 48,4% do PIB Getty Images

O estoque total de crédito no Brasil caiu 0,2% em abril ante março apesar do prosseguimento no mês da bilionária retirada de recursos de contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), indicando a demora para a retomada dos financiamentos no País.

Com isso, o saldo total de crédito no Brasil chegou a R$ 3,072 trilhões, volume correspondente a 48,4% do PIB (Produto Interno Bruto), divulgou o Banco Central nesta quinta-feira.

Após um recuo histórico de 3,5% em 2016, o BC estima que o estoque total de financiamentos terá avanço de 2% em 2017, na esteira da modesta recuperação projetada para a economia.

No acumulado dos quatro primeiros meses, contudo, o dado segue no negativo, com retração de 1,1%.

Em abril, especificamente, ocorreu o segundo mês de liberação dos saques de contas inativas do FGTS, medida colocada em prática pelo governo do presidente Michel Temer para dar algum ímpeto à atividade.

Senado aprova MP que libera saque das contas inativas do FGTS

A equipe econômica chegou a prever que a investida ajudaria na diminuição do endividamento das famílias, impactando positivamente os índices de inadimplência e as taxas de spread.

Considerando apenas o segmento de recursos livres, em que as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras, a inadimplência não cedeu, ficando estável em abril em 5,7%.

Mas o spread, que mede a diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao consumidor final, caiu 3,2 pontos na mesma base de comparação, a 39,1 pontos percentuais, menor patamar em um ano.

Os juros médios, por sua vez, também caíram a 49,1% no segmento de recursos livres, contra 52,5% em março, reagindo ao ciclo de afrouxamento monetário que foi iniciado pelo BC em outubro passado e também afetados pela diminuição do custo do rotativo do cartão de crédito.

Mais cedo neste ano o governo implementou medida para limitar o uso do rotativo do cartão de crédito a um prazo máximo de 30 dias, estabelecendo que os bancos deveriam obrigatoriamente enquadrar suas políticas até o início de abril.

Num reflexo das mudanças, os juros totais do rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas caíram a 422,5% ao ano, sobre 490,3% no mês anterior.

Considerando apenas o rotativo regular, que abarca operações cujo pagamento mínimo previsto pela legislação em vigor tenha sido realizado, a queda foi ainda mais expressiva: os juros médios recuaram a 296,1% ao ano em abril, ante 431,1% em março.

Rocha Loures devolve os R$ 35 mil que faltavam da 'mala da propina'

Posted: 25 May 2017 10:21 AM PDT

Loures teve a prisão pedida pela Procuradoria-Geral da República Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo

O deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) avisou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que depositou em uma conta da Caixa Econômica Federal os R$ 35 mil que ficaram faltando para totalizar os R$ 500 mil que supostamente teria recebido em uma mala com propina da JBS.

Na segunda-feira (22), os advogados do peemedebista devolveram o dinheiro na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, mas o órgão constatou que faltavam R$ 35 mil do valor total.

Segundo a investigação, os R$ 500 mil seriam referentes a uma propina da JBS em troca do empenho do parlamentar em um projeto de interesse do grupo.

Rocha Loures, que é um dos nomes mais próximos ao presidente Michel Temer, teve a prisão pedida pela Procuradoria-Geral da República.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, negou a prisão do peemedebista, mas decretou seu afastamento do mandato.

Policiais que usaram armas de fogo em manifestação já foram identificados

Posted: 25 May 2017 09:08 AM PDT

PM aponta arma de fogo contra manifestantes na quarta-feira Pedro Ladeira/Folhapress

O secretário de SSP-DF (Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal), Edval de Oliveira Novaes Júnior, disse nesta quinta-feira (25) que os policiais que utilizaram armas de fogo durante a manifestação de quarta-feira (24) na Esplanada dos Ministérios já foram identificados e o inquérito policial já foi aberto. "A regra é a utilização de armamento não letal e de uso progressivo da força. Isso foi uma exceção, não estava previsto [o uso de arma letal] e estamos apurando rigorosamente", disse, explicando que estes policiais serão responsabilizados.

Segundo Novaes, quase 3.000 policiais militares trabalharam ontem exclusivamente nas manifestações, aproximadamente 25% do efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). "Se as manifestações acontecessem de forma pacífica, seria mais que suficiente. Agora, sem dúvida, a quantidade de pessoas que vieram para causar problemas, para chegar aos pontos onde não poderiam e causar danos ao patrimônio, foi superior ao que vinha se observando", disse o secretário.

Ele explicou que a manifestação de ontem começou de forma pacífica, mas alguns grupos tentaram furar a barreira de policiais para chegar até o Congresso Nacional, e isso foi evitado pela Polícia Militar. "Existe um protocolo tático integrado e ele foi seguido à risca por parte do governo do DF, da PM-DF e do Corpo de Bombeiros. Nosso efetivo estava dimensionado e tinha informações que haviam pessoas infiltradas que iam causar problemas como de fato aconteceu", disse.

Parte dessas pessoas, segundo ele, acabaram se espalhando e depredando os ministérios. "Foi um trabalho de movimentação contínuo de toda a polícia na Esplanada. Tanto que no fim do dia a situação foi restabelecida e todos os ministérios estavam liberados", disse Novaes.

A Polícia Civil instaurou 12 procedimentos, sendo que oito pessoas foram conduzidas ao DPE (Departamento de Polícia Especializada). Três delas foram presas por porte de substância entorpecente para consumo pessoal e porte de arma branca, uma por porte de arma branca, duas por resistência e pichação, uma por lesão corporal e resistência e uma por desacato. A Polícia Civil ainda trabalha na identificação e responsabilização de outras pessoas pelos atos de ontem.

"A PM-DF já tem 57 anos. Só ano passado nós tivemos mais de 150 manifestações, inclusive com um público maior que o de ontem. E via de regra nós nunca tivemos problemas mais graves. A manifestação de ontem reflete um momento complicado de crise política que vive o país, os ânimos estão extremamente exaltados, não só nas ruas, mas dentro do Parlamento. Isso, sem dúvida nenhuma, acaba se refletindo nos ânimos dos manifestantes e ai fica cada vez mais difícil para polícia atuar", disse o secretário da SSP-DF.

Novaes foi entrevistado hoje no programa Revista Brasil, da Rádio Nacional de Brasília.

O Corpo de Bombeiros registrou 49 ocorrências. Quatro manifestantes receberam atendimento no local e foram liberados. Os demais foram encaminhados, 35 ao Hospital de Base e dez ao Hospital Regional da Asa Norte. Entre os motivos para atendimento estão cortes na mão, ferimento por instrumento de menor potencial ofensivo, corte no pescoço, queda por trauma na coluna, perfuração por arma de fogo e mal estar.

Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, quatro permanecem internados no Hospital de Base. A situação dos pacientes é estável e sem previsão de alta. Cerca de 45 mil pessoas participaram da manifestação na Esplanada dos Ministérios, nesta quarta-feira (24).

Brasília tem confronto, tumulto e ministérios depredados nesta quarta-feira. Veja imagens:

Tucanos começam a articular nome de Armínio Fraga para a Fazenda

Posted: 25 May 2017 08:42 AM PDT

Fraga seria o ministro de Aécio se tucano tivesse sido eleito Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil

Em meio ao aumento das incertezas políticas, o nome do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga passou a ser lembrado para comandar o Ministério da Fazenda, caso o presidente Michel Temer seja cassado ou renuncie ao mandato. No PSDB, partido de sustentação do governo Temer hoje, tucanos já discutem a possibilidade de tentar emplacar Fraga como ministro da Fazenda de um eventual novo governo.

O nome do ex-presidente do BC já tinha sido cogitado quando o presidente Temer estava montando a sua equipe econômica. Ele também foi o "ministro" da Fazenda escolhido por Aécio Neves (MG) durante a campanha presidencial de 2014, quando o senador tucano, hoje afastado do cargo e com prisão preventiva recomendada pela Procuradoria Geral da República, perdeu a eleição para Dilma Rousseff (PT).

Publicamente, deputados do partido evitam falar sobre eventual substituição de Henrique Meirelles do Ministério da Fazenda, sob o argumento de que ainda é cedo. Também alegam que qualquer discussão sobre isso neste momento pode gerar uma instabilidade no mercado. Em reservado, porém, reconhecem que Fraga tem preferência de alguns tucanos, embora uma eventual agenda de reformas seja muito semelhante à de Meirelles.

Apesar das especulações, caciques do partido evitam falar sobre o assunto e veem como um cenário muito perigoso os rumores de nomes, quadro que pode desestabilizar a equipe econômica e piorar a crise. "Era só o que faltava desestabilizar a equipe econômica", comentou um cacique do partido.

O ministro da Fazenda tem dado indicações de que poderia ficar no cargo em um novo governo, o que agradou ao mercado financeiro. Tucanos dizem não ter um veto explícito a Meirelles, mas afirmam que há algumas "divergências". "A agenda dele de reformas é a do PSDB, mas temos algumas divergências", declarou um deputado do partido, mantendo anonimato.

Parlamentares do PSDB afirmam que, pela importância do cargo, o comando da Fazenda também entrará na negociação entre os grandes partidos sobre a substituição do presidente Temer.

Prédio do Ministério do Trabalho na Esplanada é evacuado após suspeita de bomba

Posted: 25 May 2017 08:15 AM PDT

Prédio do Ministério do Trabalho é evacuado após suspeita de bomba Reprodução/Google Street View

O prédio do Ministério do Trabalho na Esplanada dos Ministérios em Brasília (bloco F da Esplanada) foi evacuado nesta quinta-feira (25) após uma suspeita de bomba no local. O esquadrão antibombas da Polícia Federal foi até o prédio para fazer uma varredura. Como nenhuma artefato foi encontrado, o local foi liberado e voltou a funcionar normalmente. 

De acordo com a reportagem da Record TV, mesmo apór a revogação da presença das Forças Armadas instantes antes pelo presidente Michel Temer, o exército fez segurança no perímetro do ministério. Havia ainda cães farejadores.

Este é o segundo dia seguido que o local é evacuado. Ontem (24), todos os prédios da Esplanada dos Ministérios foram todos esvaziados em função do protesto violento que terminou com prédios depredados e incendiados, 49 pessoas feridas e 7 presos. 


Veja imagens do Exército na Esplanada dos Ministérios

Ministério da Defesa retira Medalha da Vitória de Genoíno e Valdemar Costa Neto

Posted: 25 May 2017 07:55 AM PDT

José Genoíno e Valdemar Costa Neto perderam homenagem Fotos: Arquivo/Agência Brasil

O Ministério da Defesa resolveu excluir do Quadro da Medalha da Vitória os ex-deputados José Genoíno Neto (PT), a partir de 26 de abril de 2011, e Valdemar Costa Neto (PR), a partir de 9 de maio de 2005. A decisão é assinada pelo ministro Raul Jungmann e está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25). A portaria não explica os motivos que levaram à cassação da homenagem.

A Medalha da Vitória foi criada em 2004 para agraciar militares das Forças Armadas, civis nacionais, militares e civis estrangeiros, policiais, bombeiros militares, organizações militares e instituições civis nacionais que tenham, entre outras ações, participado de conflitos internacionais na defesa dos interesses do País e prestado serviços relevantes ou apoiado o Ministério da Defesa no cumprimento de suas missões constitucionais.