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domingo, 21 de maio de 2017

#Brasil

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Líder do DEM diz que acusações são graves, mas que partido vai esperar para decidir se sai do governo Temer

Posted: 21 May 2017 05:34 PM PDT

Efraim Filho diz que partido vai esperar antes de decidir Arquivo/Agência Brasil

A grave crise política que se instalou no governo desde a revelação da delação de Joesley Batista, um donos da JBS, fez com que a base aliada passasse a rever seu apoio ao presidente Michel Temer.

Neste domingo (21), lideranças do PSDB, DEM e PPS se reuniriam para avaliar um possível desembarque do governo, mas o encontro foi cancelado, o que deu certo alívio ao peemedebista.

Em entrevista à BBC Brasil, o líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB) disse que seu partido não tem outra reunião marcada para discutir a possível saída.

Segundo dele, a sigla tem "responsabilidade com o país" e vai aguardar "mais informações" para "analisar melhor o cenário".

Defesa de Temer entra com pedido de suspensão de inquérito no STF

Por enquanto, disse o parlamentar, Mendonça Filho (DEM) permanece como ministro da Educação.

Efraim Filho reconhece que as "denúncias são graves", mas critica o Supremo Tribunal Federal e o Ministério Público por terem concedido um acordo de delação muito benevolente aos executivos e donos da JBS.

PSB decide romper com base aliada do governo

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil - O DEM vai fazer outra reunião para discutir a situação do governo Temer?

Efraim Filho - A priori não. Estamos esperando ter informação completa sobre tudo. Acho que este momento é de buscar informação. Não adianta você deliberar sem informação. É por aí que a gente está seguindo.

BBC Brasil - Seria precipitado sair agora?

Efraim Filho - O ministro Mendonça continua à frente da Educação e vamos buscar mais informação para poder fazer uma avaliação mais completa do cenário.

BBC Brasil - Tem como andar com as reformas agora?

Efraim Filho - Acredito que as reformas são uma agenda do país, não são a agenda de um governo. O Brasil é maior do que nomes.

Então, o interessante é que ela seja uma agenda de Estado e não uma agenda de governo. Agora, a cada dia tem um novo desafio. Acho que neste momento a crise institucional é a agenda principal a ser discutida e assim que for ultrapassada, seja de qual forma for, as reformas devem voltar à pauta do país.

BBC Brasil - O DEM me parece mais inclinado a manter o apoio ao presidente. É uma leitura correta?

Efraim Filho - Não, o DEM tem responsabilidade com o país. Então neste momento é ter responsabilidade com o país e só deliberar depois que puder fazer uma avaliação completa das informações e dos cenários. As coisas têm chegado a conta gotas, com certeza o momento é delicado, as denúncias são graves, mas existe também muita contestação com os procedimentos que foram adotados com os delatores.

É uma benevolência sem precedentes. Eles cometeram crime, ganharam dinheiro com a crise, isso também deve ser contestado. Não pode o Supremo e o Ministério Público acharem natural que delator ganhe dinheiro com a crise. Então tem que ser avaliado de todos os lados e é isso que o Democratas está fazendo nesse momento.

BBC Brasil - O senhor acha que houve armação?

Efraim Filho - Não, não trabalho com essa hipótese. Mas tem que ver os procedimentos que foram usados com os delatores.

Acho que as investigações sobre a responsabilidade do presidente Temer têm que ser aprofundadas, defendemos isso. Agora, não pode os delatores gozarem da benevolência de terem cometidos os crimes e hoje saírem ricos do caos provocado por eles mesmos.

BBC Brasil - Mas isso não retira os problemas que recaem sobre Temer.

Efraim Filho - De forma alguma. Não estou justificando uma coisa com outra. Estou dizendo que temos que avaliar o cenário como um todo.

Isso tem gerado uma reação muito forte também da sociedade, acabou gerando um sentimento de impunidade. Eles se aproveitaram dos subsídios públicos, fizeram fortuna e praticamente saíram sem dever nada à Justiça e ao país.

BBC Brasil - O DEM deve tomar uma decisão nesta semana sobre permanecer no governo?

Efraim Filho - Depende do acesso à informação. Até que ponto vamos ter acesso completo à informação para poder fazer essa avaliação.

BBC Brasil - Mas que informação está faltando para os senhores?

Efraim Filho - Não… Você hoje tem informação sobre delação que não tinha ontem, está entendendo?

Amanhã vamos ter notícias novas que não temos hoje. Então, na quarta-feira o Supremo se pronuncia sobre a suspenção ou não do inquérito.

Há uma contestação sobre se esse é um inquérito que está no âmbito da Lava Jato ou dos fundo de pensão (isso mudaria a competência de Fachin para outro ministro do STF), eu presidi a CPI dos fundos de pensão. A JBS foi chamada por condução coercitiva no âmbito da Greenfield, que é outra operação. É preciso que tenhamos uma avaliação sobre isso.

Defesa de Aécio vai recorrer ao STF para reverter afastamento do cargo de senador

Posted: 21 May 2017 05:12 PM PDT

A defesa de Aécio Neves vai entrar com recurso para que ele volte ao cargo Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - 31.8.2016

A defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) vai entrar com um recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) para que ele possa retomar o mandato parlamentar.

No entendimento dos advogados do tucano, Alberto Toron e Eduardo Alckmin, não há respaldo constitucional para que Aécio permaneça afastado do cargo de senador da República.

— Vamos entrar com um agravo regimental questionando a aplicação das medidas cautelares contra o senador, sobretudo aquelas que o afasta das atividades legislativas. O ponto fundamental é que o afastamento imposto ao senador não encontra qualquer respaldo na Constituição.

O advogado argumenta ainda que o caso de Aécio é diferente dos demais parlamentares que foram afastados do cargo pela Operação Lava Jato, como o senador cassado Delcídio Amaral (ex-PT-MS) e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

— O Delcídio foi preso em flagrante. Já o afastamento de Cunha aconteceu porque ele estava se valendo da condição de presidente da Câmara para impedir o avanço do processo contra ele no Conselho de Ética.

O afastamento de Aécio da função parlamentar foi determinado na quinta-feira (18), pelo relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin. O magistrado também impôs duas outras medidas cautelares ao tucano: a proibição de contatar qualquer outro investigado ou réu no conjunto de fatos revelados na delação da JBS; e a proibição de se ausentar do País, devendo entregar o passaporte.

Fachin, no entanto, negou o pedido da Procuradoria-Geral da República para que o tucano fosse preso. Por estar apenas afastado, Aécio mantém a prerrogativa do foro privilegiado, isto é, de ser julgado pelo STF.

Irmã de Aécio Neves é presa em Minas Gerais (MG)

Temer cancela jantar no Alvorada com aliados

Posted: 21 May 2017 05:07 PM PDT

Seguranças do presidente da República controlam o acesso no Palácio da Alvorada, neste domingo (21), em Brasília Dida Sampaio/ 21.5.17/ Estadão Conteúdo

O presidente Michel Temer decidiu cancelar o jantar que estava programado para ser realizado no Palácio da Alvorada na noite deste domingo (21), por causa do risco de baixa adesão de parlamentares da base. Pela manhã, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), encaminhou um convite, em nome de Temer, para um jantar com ministros e líderes dos partidos da base aliada no Senado e na Câmara numa tentativa de demonstrar apoio ao governo após o agravamento da crise política com a delação de executivos da JBS.

Ao longo da tarde, líderes começaram a avisar que não haveria o evento, informou o líder do PMDB Baleia Rossi (SP). O Planalto deve fazer uma nova tentativa de reunir a base num jantar nesta segunda-feira (22).

— O jantar foi cancelado. Muitos não conseguiram voo. Teremos uma reunião com quem estiver aqui.

Alguns parlamentares tentavam voltar a Brasília, mas tiveram dificuldade. Foi o caso do líder da maioria da Câmara, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), que ficou parado no aeroporto de Vitória por causa da chuva.

Auxiliares do presidente minimizaram a mudança da agenda, afirmou à reportagem o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

— Não tem jantar, nem solenidade. Quem estiver aqui em Brasília, vai passar pelo Palácio da Alvorada para conversar. Não tem nada programado. E, no domingo, sabemos que tem muito pouca gente na cidade.

PSDB-RJ pede renúncia de Temer e saída de ministros tucanos do governo

O ministro disse ainda que estava ligando para as lideranças dos partidos da base ao longo do dia e chamou o encontro de "reunião informal".

Durante todo o dia de domingo, Temer recebeu ministros, auxiliares e parlamentares no Alvorada. A agenda começou logo cedo, ainda no Palácio do Jaburu, onde o peemedebista recebeu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco (Secretaria-Geral de Governo).

O jantar estava sendo visto como uma "reunião de coordenação". Até o momento, o presidente tem conseguido conter uma debandada na base aliada. O PSB decidiu neste sábado pedir a renúncia de Temer e convocações de eleições diretas, mas o único ministro do partido, Fernando Filho, de Minas e Energia, foi ao encontro do presidente no Alvorada neste sábado acompanhado do pai, o senador Fernando Bezerra Coelho. O PPS voltou atrás do rompimento, apesar do pedido de demissão do ministro da Cultura, Roberto Freire.

Os dirigentes e líderes partidários do PSDB e DEM cancelaram a reunião que estava agendada para este domingo, em Brasília, para discutir o apoio ao governo Temer. Segundo a Coluna do Estadão, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), telefonou para o presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). Eles acertaram o cancelamento para evitar especulações de que estariam discutindo desembarcar juntos do governo Temer.

Temer diz que foi vítima de "armação de bandidos que saquearam o País"

No Rio, manifestantes fazem ato em frente a prédio de Rodrigo Maia

Posted: 21 May 2017 01:37 PM PDT

Cerca de 200 manifestantes protestam na tarde deste domingo (21) em frente ao prédio onde mora o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), em São Conrado, na zona sul do Rio. Aos gritos de "Fora Temer" e "Diretas Já", o grupo carrega faixas, cartazes e bandeiras de partidos de esquerda e de movimentos sociais. Duas bandeiras do Brasil também são empunhadas.

A Polícia Militar está com três viaturas acompanhando o ato, e chegou a fechar por dez minutos a avenida Prefeito Mendes de Morais por duas quadras.

O servidor estadual aposentado Vilmar Torres, de 66 anos, disse que o ato serve para mostrar a importância de eleições diretas para presidente. Ele se identificou como militante do PSOL, mas pediu apoio de todos os setores.

— A classe média precisa entender que é preciso esquecer qualquer partido político agora. Não é PSDB, não é PMDB, não é PT. Temos que nos unir e pedir eleições diretas, porque isso que está acontecendo está acabando com o Executivo, com o Legislativo, com o Judiciário, e principalmente com o País.

Em SP, manifestantes se concentram em frente ao Masp

Posted: 21 May 2017 01:31 PM PDT

Na capital paulista, manifestantes começam a se concentrar em frente ao vão livre do Masp para ato contra Michel Temer. Mesmo sob chuva e frio, eles pedem a renúncia do presidente e a convocação de eleições diretas. Dois trios elétricos e dois carros de som foram deslocados para a região.

Organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo medo, o ato ocupa uma quadra da avenida com manifestantes. O ex-senador Eduardo Suplicy (PT), esteve presente na manifestação.

— A chuva atrapalha um pouco, mas o pessoal ainda está chegando.

Primeiro político a discursar na avenida Paulista, Suplicy pediu o afastamento do presidente Michel Temer e a realização de eleições diretas.

— O próprio Temer disse que se um de seus ministros fossem alvo de inquéritos ele seria afastado. Como ele agora é alvo de inquérito ele deve se afastar para pacificar esse maravilhoso povo brasileiro.

Suplicy também criticou a ação da prefeitura realizada hoje (21), na Cracolândia, e o fim do programa Braços Abertos.

PSDB-RJ pede renúncia de Temer e saída de ministros tucanos do governo

Posted: 21 May 2017 11:01 AM PDT

PSDB-RJ anunciou rompimento com Michel Temer BBC Brasil

A seção estadual do PSDB-RJ anunciou rompimento com o governo Michel Temer. Em nota publicada no site do diretório regional do partido, assinada pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), a seção regional pede a renúncia do presidente. Leite é o único deputado do Rio de Janeiro na bancada do PSDB. Não há senadores do Rio de Janeiro filiados ao PSDB.

"A seção estadual do PSDB do Rio de Janeiro propõe à direção nacional e às bancadas na Câmara e no Senado:

- A saída de nossos ministros do governo

- A renúncia de Michel Temer da presidência da República

- E que, na hipótese de não se efetivar, requer oficialmente o impedimento do presidente Temer no Congresso Nacional", diz a nota.

O texto diz ainda que, diante das revelações da JBS, o presidente não possui mais "condições políticas e éticas para dissipar a grave instabilidade que impera no País e prosseguir liderando o processo de reformas que tanto necessitamos".

Na leitura do Palácio do Planalto, PSDB e DEM são as legendas mais próximas do governo. Caso o PSDB deixe a base, a interpretação é de que Michel Temer não conseguirá se manter na presidência.

Lideranças dos dois partidos se reuniriam neste domingo para discutir a permanência na base, mas o encontro foi cancelado sem demais explicações. Os parlamentares devem participar de jantar no Alvorada com Michel Temer e outros ministros.

Joesley diz que Lula pediu ajuda para o MST por telefone

JBS ajudou a eleger 16 dos 27 governadores

Temer vai para Alvorada com Moreira Franco e Padilha

Posted: 21 May 2017 10:29 AM PDT

Temer também recebeu Rodrigo Maia, o presidente da Câmara Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

O presidente Michel Temer deixou o Palácio do Jaburu há pouco, onde recebeu aliados e assessores na manhã deste domingo (21), e seguiu para o Palácio da Alvorada acompanhado dos ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e da Casa Civil, Eliseu Padilha.

De acordo com interlocutores, Temer cogita oferecer um jantar para parlamentares da base aliada hoje à noite, no Palácio da Alvorada. Além disso, uma reunião que aconteceria entre dirigentes e líderes partidários do PSDB e DEM neste domingo para discutir o apoio ao governo Temer foi suspensa. A informação é da assessoria do líder do PSDB, Paulo Bauer (SC).

No sábado (20), Temer fez um pronunciamento em que rebateu as denúncias dos executivos da JBS e disse que continuará no governo.

Mais cedo, em meio à crise aberta pela delação premiada de executivos da JBS, Temer recebeu no Jaburu — residência oficial da vice-presidência onde o Temer mora com a família — o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ).

Cabral disse que tinha de ganhar eleição ao pedir propina

Posted: 21 May 2017 10:26 AM PDT

Ex-governador do RJ está preso desde novembro do ano passado Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O diretor de Relações Institucionais e de Governo da JBS, Ricardo Saud, relatou à Procuradoria-Geral da República que pagou R$ 27,5 milhões em propina para a campanha de Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao governo do RJ em 2014. Em delação premiada, o executivo afirmou que negociou o dinheiro com o antecessor e padrinho político de Pezão, o ex-governador Sérgio Cabral, também do PMDB - preso na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato, desde novembro de 2016. Cabral exigiu entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões, segundo o delator.

Em troca, a JBS assumiu, sem custos, segundo o delator, uma fábrica inutilizada da BR Foods de 400 mil m² em Piraí, no interior do RJ. Ele afirma que foram R$ 20 milhões de propinas dissimuladas em doações oficiais e mais R$ 7,5 milhões em espécie, supostamente entregues ao ex-secretário de Obras do estado Hudson Braga.

— Eu fui até o Sérgio Cabral e falei que a fábrica era tudo para nós. Eu perguntei se ele teria peito de tomar da BR Foods e ele disse que sim. Eu conversei com o Joesley (Batista, acionista da JBS) e disse: Ganhar uma fábrica de graça num momento desse é a melhor coisa que tem — disse no depoimento.

Saud ressaltou que nunca tratou diretamente com Pezão sobre recursos financeiros. Toda a negociação teria sido feita com Cabral, que era o articulador da campanha, segundo o executivo. Ele disse ainda que, quando iniciaram as conversas sobre o pagamento, Cabral disse: "Preciso ganhar a eleição", se referindo à campanha de Pezão.

— Ele pediu entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões de propina. Eu falei: Você tá louco. Aí, fechamos em R$ 27,5 milhões. Uma parte grande foi para a eleição do Pezão e outra parte para deputados que ele queria eleger.

Segundo Saud, o dinheiro teria sido pago de forma parcelada entre julho e outubro de 2014. O delator informou que, além dos montantes para a campanha e para o PMDB do Rio, R$ 900 mil teriam sido destinados ao PDT.

— Ele disse: Preciso de tempo de televisão. Você precisa trazer um ou dois partidos. Eu disse: Posso te apresentar alguns presidentes de partidos, que você já conhece e falar que nós damos a garantia, que se houver negócio, nós vamos pagar. Mas depois de três ou quatro dias, ele disse: Não, você me dá o dinheiro e eu resolvo o problema.

A reportagem não localizou neste domingo (21) a defesa do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. A reportagem fez contato com o governo do Rio.

Conselho de Segurança da ONU reúne-se esta semana para discutir teste com míssil da Coreia do Norte

Posted: 21 May 2017 10:21 AM PDT

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir na terça-feira a portas fechadas para discutir o último teste com míssil realizado pela Coreia do Norte, respondendo a pedidos de Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, afirmaram diplomatas neste domingo.

A Coreia do Norte lançou um míssil balístico nas águas da costa leste do país no domingo, o segundo teste realizado em uma semana, que a Coreia do Sul disse afetar as expecativas de paz do novo governo liberal.

O Conselho de Segurança da ONU impôs sanções contra a Coreia do Norte em 2006 e reforçou medidas em resposta ao lançamento de dois foguetes de longo alcance e cinco testes nucleares. O governo norte-coreano ameaça com um sexto teste nuclear.

(Por Michelle Nichols)

Joesley diz que Lula pediu ajuda para o MST por telefone

Posted: 21 May 2017 10:10 AM PDT

Joesley Batista BBC Brasil

Segundo delação do empresário da JBS Joesley Batista, ele disse ao deputado Rocha Loures (PMDB/PR) que a última vez que conversou pessoalmente com Lula foi no fim de 2016, mas contou que recentemente recebeu uma ligação do ex-presidente com um pedido de ajuda ao Movimento dos Sem-Terra (MST). "Ele me ligou esses dias, pediu pra mim [sic] atender os sem-terra. Eu digo: 'ô presidente' (risos)… 'Joesley, eu tô aqui com o (João Pedro) Stédile, não sei o que ele precisa falar com você'… 'Tá bom presidente, manda ele vir aqui. Eu atendo ele, tá bom?'", relatou o empresário ao deputado.

A conversa com Loures foi gravada pelo próprio Joesley, já no curso da delação premiada que ele fechou com a Procuradoria-Geral da República. O áudio tem uma hora e 14 minutos de duração e foi anexado aos autos da Operação Patmos, que mira o presidente Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB) e o próprio Loures.

Veja a cobertura completa da Operação Lava-Jato

Associação critica falta de perícia prévia em áudio entregue por dono da JBS

JBS ajudou a eleger 16 dos 27 governadores

O encontro do delator Joesley com o parlamentar - afastado do mandato por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal -, ocorreu no dia 13 de março, apenas uma semana depois que o executivo da JBS gravou a conversa com Temer. Na ocasião, Joesley recebeu Loures em sua própria residência, no Jardim Europa, em São Paulo.

Aos procuradores da Lava Jato, Joesley contou que abriu uma 'conta corrente' de US$ 80 milhões no exterior para atender ao ex-presidente. Ele disse que não tem amizade com o petista como as pessoas imaginam.

"Sobre o Lula, eu acho assim, primeiro, que eu não tenho amizade com ele igual o povo acha que eu tenho. Eu conheci o Lula tem dois anos atrás, fim de 2013", contou Joesley ao deputado Loures.

Segundo ele, o parlamentar foi indicado por Temer como uma pessoa de sua 'estrita confiança' para ajudar o empresário em seus negócios. O deputado foi filmado pela Polícia Federal pegando uma mochila com R$ 500 mil em dinheiro vivo, em São Paulo.

Loures comenta com Joesley que tem 'boa relação' com Lula. "Sempre me dei bem com ele, sempre fui não-ideológico, mas prático. Agora, me parece que muito desse movimento (investigações da Lava Jato) é para alcançá-lo, né Joesley, a ele e ao entorno", disse o deputado. "Com certeza", respondeu o empresário. No diálogo, ambos concordaram que 'a única coisa que resta' a Lula 'é enfrentar' a Lava Jato.

Curiosamente, foi nesse período em que Joesley disse ter conhecido Lula pessoalmente que ganhou força o boato nas redes sociais de que um dos filhos do ex-presidente, Fabio Luis Lula da Silva, era sócio-oculto da Friboi, marca de frigorífico do grupo JBS. Ele e os irmãos que são sócios da empresa sempre trataram os rumores com ironia.

Ao Ministério Público Federal, Joesley disse que abriu duas 'contas correntes' de propina no exterior que seriam vinculadas a Lula e à ex-presidente Dilma Rousseff, para pagamento de campanhas eleitorais. O saldo em ambas chegou a US$ 150 milhões, segundo o delator. Esses recursos, afirmou o empresário, eram operados pelo ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) nos governos Lula e Dilma.

Defesa de Lula

A defesa de Lula divulgou nota sobre o assunto. Veja abaixo:

"Verifica-se nos próprios trechos vazados à imprensa que as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-Presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados.

A verdade é que a vida de Lula e de seus familiares foi - ilegalmente - devassada pela Operação Lava Jato. Todos os sigilos - bancário, fiscal e contábil - foram levantados e nenhum valor ilícito foi encontrado, evidenciando que Lula é inocente. Sua inocência também foi confirmada pelo depoimento de mais de uma centena de testemunhas já ouvidas - com o compromisso de dizer a verdade - que jamais confirmaram qualquer acusação contra o ex-Presidente.

A referência ao nome de Lula nesse cenário confirma denúncia já feita pela imprensa de que delações premiadas somente são aceitas pelo Ministério Público se fizerem referência - ainda que frivolamente - ao nome do ex-Presidente."

Defesa de Dilma

A assessoria de imprensa de Dilma Rousseff também divulgou nota sobre o assunto. Veja abaixo:

"A propósito das notícias a respeito das delações efetuadas pelo empresário Joesley Batista, a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita Dilma Rousseff esclarece que são improcedentes e inverídicas as afirmações do empresário:

1. Dilma Rousseff jamais tratou ou solicitou de qualquer empresário, nem de terceiros doações, pagamentos ou financiamentos ilegais para as campanhas eleitorais, tanto em 2010 quanto em 2014, fosse para si ou quaisquer outros candidatos.

2. Dilma Rousseff jamais teve contas no exterior. Nunca autorizou, em seu nome ou de terceiros, a abertura de empresas em paraísos fiscais. Reitera que jamais autorizou quaisquer outras pessoas a fazê-lo.

3. Mais uma vez, Dilma Rousseff rejeita delações sem provas ou indícios. A verdade virá à tona."

Associação critica falta de perícia prévia em áudio entregue por dono da JBS

Posted: 21 May 2017 09:38 AM PDT

A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais divulgou nota questionando o fato de a Procuradoria-Geral da República (PGR) não ter periciado o áudio da conversa que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, gravou com o presidente Michel Temer, antes de anexá-la ao pedido de abertura de inquérito contra o presidente e a assinatura do acordo de delação premiada que beneficiou Joesley, seu irmão, Wesley Batista, e executivos da holding J&F, à qual pertence a JBS.

As conversas foram gravadas em março deste ano, sem o conhecimento de Temer, durante um encontro à noite, no Palácio do Jaburu. No áudio, o dono da JBS afirma que tinha ligação com um procurador da Justiça e dois juízes que lhe passavam informações confidenciais sobre a Operação Greenfield (que apura suspeita de desvio de recursos em fundos de pensão públicos). O teor da conversa motivou a abertura de inquérito contra o presidente, no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PGR. No entanto, Temer pediu a suspensão do inquérito, alegando que não cometeu qualquer crime e que o áudio que embasa o inquérito teve pontos editados e não foi periciado previamente.

Para a associação dos peritos criminais, a homologação de delações premiadas sem a devida análise pericial prévia é temerária.

— É inaceitável que, tendo à disposição a Perícia Oficial da União, que tem os melhores especialistas forenses em evidências multimídia do país, não se tenha solicitado a necessária análise técnica no material divulgado, permitindo que um evento de grande importância criminal para o país venha a ser apresentado sem a qualificada comprovação científica.

Perito analisa áudio da conversa entre Michel Temer e Joesley

Segundo a entidade, a mera audição da reprodução, pela imprensa, do áudio entregue por Joesley Batista permite notar "a presença de eventos acústicos que precisam passar por análise técnica, especializada e aprofundada". No entanto, não é possível emitir qualquer conclusão sobre a autenticidade da gravação sem que o áudio e o equipamento usado para gravar a conversa sejam periciados pelo Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal.

Perito confirma 14 "cortes" em gravação de conversa entre Temer e dono da JBS

Ontem (20), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, atendeu ao pedido da defesa do presidente Temer e determinou o envio do áudio para que seja periciado pela Polícia Federal.

Investidores dos EUA manterão distância da JBS, diz analista americana

Posted: 21 May 2017 09:12 AM PDT

JBS é a maior produtora de carnes do mundo e se prepara para abrir o capital na Bolsa de NY Reuters

Desde a divulgação de detalhes sobre as relações entre os principais políticos brasileiros e os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo de empresas que inclui a JBS, muita gente especula que a delação premiada dos empresários seria uma estratégia para "limpar a barra" da companhia nos Estados Unidos.

Isso porque os donos da maior produtora de carne do planeta estão preparando um IPO (sigla em inglês para Oferta Pública Inicial de ações) bilionário na bolsa de valores de Nova York.

Com 65 frigoríficos espalhados pelos Estados Unidos, a JBS já é líder nas vendas de carne bovina, ovina e de frango no país e pretende expandir ainda mais sua atuação, com a subsidiária JBS Foods International.

Para alguns, a delação que culminou na autorização de uma investigação contra o presidente Michel Temer pelo Supremo Tribunal Federal seria uma forma de transmitir "transparência" e mostrar ao Departamento de Justiça americano que a empresa estaria disposta a deixar gestos de corrupção no passado. Nos Estados Unidos, entretanto, a leitura pode ser diferente.

Para Shannon O'Neil, pesquisadora sênior do think-tank Council of Foreign Relations (CFR), que edita a revista Foreign Affairs, a oferta de ações da empresa em Nova York pode ficar comprometida - mesmo com a delação em Brasília.

"Mesmo que a delação mostre que os líderes da JBS estão cooperando com a Justiça, o fato de eles estarem envolvidos (em um escândalo de corrupção) torna tudo mais dificil", disse O'Neil à BBC Brasil em Nova York. "Especialmente no caso dos investidores americanos, que podem não conhecer os meandros da política brasileira. Eles devem manter distância."

Corrupção

Procurada insistentemente pela reportagem ao longo da semana, a sede da JBS nos Estados Unidos disse que não comentaria o caso, nem respondeu sobre o IPO na bolsa de Nova York.

A preocupação da empresa com a repercussão internacional do caso pode ser percebida em um trecho de uma carta pública de desculpas, divulgada pelos irmãos na última quinta-feira, após a eclosão do escândalo.
"Em outros países fora do Brasil, fomos capazes de expandir nossos negócios sem transgredir valores éticos", ressalta Joesley Batista no texto, mirando o mercado estrangeiro.

Para O'Neil, o problema começa em terras brasileiras. "Ter seu nome ou o nome da sua empresa associados a potenciais vereditos de corrupção nunca é algo bom para quem está querendo entrar em um novo mercado", afirmou.

"O Departamento de Justiça vai acompanhar o caso de perto. Se eles porventura tiverem violado algo na Lei Americana Anti-Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês), eles podem ser investigados e processados por aqui", afirmou a analista.

Autoridades brasileiras apuram supostas irregularidades no financiamento das compras pela JBS das empresas Swift, National Beef e Pilgrim's Pride, todas nos Estados Unidos.

Antes da eclosão das denúncias do acordo de delação premiada, na última quarta-feira, a JBS havia sido alvo de quatro operações da Polícia Federal entre julho de 2016 e março de 2017.

A oferta pública inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos, inicalmente prevista para o primeiro semestre deste ano, foi adiada para o segundo semestre.

'Ano difícil'

A especialista também avaliou os impactos da delação para o futuro de Michel Temer e do sistema político brasileiro. Segundo O'Neil, a imagem do país vinha se recuperando no exterior, mas "agora muito disso mudou".

"A comunidade internacional estava torcendo ou começando a acreditar que o Brasil tinha mudado de caminho. Inflação caindo, crescimento econômico sendo retomado, reformas como o teto do gastos, trabalhista e da Previdência caminhando. A comunidade internacional apoia fortemente o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn", disse.

"Mas agora muito disso mudou. As reformas pararão e podem retroceder. Sua equipe economica continuará? Eu acredito que sim, independente do que acontecer com Temer, mas não aquela ideia de que o Brasil estava finalmente superando seus desafios e seguindo em frente e superando os escandalos da Lava Jato. Agora é pior, porque elas envolvem diretamente o presidente", diz.

A especialista completa: "Os problemas de Dilma durante o impeachment não estavam exatamente no âmbito da Lava Jato, eles tinham a ver com procedimentos orçamentários."

A reportagem pergunta se, frente à instabilidade política, seria melhor para o país que Temer continue ou deixe a presidência. "Neste momento, a habilidade dele para mudar as coisas é bastante limitada, mas é dificil saber o que está por vir", ponderou.

"Pode-se imaginar outro presidente interino para completar o mandato, mas esta pessoa será apenas alguém 'ocupando o cargo' até que um novo presidente seja realmente eleito. Então, acho que ele continuando ou saindo, o Brasil terá um ano difícil pela frente.

Servidores protestam contra Temer e Pezão no Rio

Posted: 21 May 2017 08:12 AM PDT

Protesto de servidores públicos acontece em Copacabana Fábio Motta/Estadão Conteúdo

Servidores públicos fazem protesto contra o presidente da Republica Michel Temer e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB, na Avenida Atlântica, em Copacabana, zona sul do Rio, neste domingo (21). Cerca de 70 pessoas estão concentradas em frente ao Hotel Copacabana Palace. A manifestação foi organizada pelo Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais). Ambulantes aproveitam para vender faixas de cabelo amarelas escritas Fora Temer e bandeiras do Brasil.

Os organizadores do protesto também estenderam uma faixa branca no chão para os manifestantes escreverem recados para Pezão e Temer. Eles pretendem fixá-la nas escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).

O representante da Muspe, Ramon Carrera, disse que o objetivo do protesto é chamar as pessoas às ruas pelo impeachment dos dois.

— Estamos lutando contra a corrupção do Rio e do País. Político só tem medo de duas coisas, cadeia e povo. Nós precisamos de mudança. Não é possível que tenhamos um presidente e um governador citados na Lava Jato.

A servidora da área ambiental, Diana Levacov, disse que estava no protesto para lutar contra a reforma da previdência, mas criticou a "falta de foco da manifestação".

— Acho que não deveríamos juntar tantas coisas na mesma manifestação. As pessoas ficam sem saber do que está sendo levantado. Temos que nos organizar melhor. As manifestações não dão o efeito imediato que gostaríamos, mas já conseguimos mudanças do projeto da Previdência após os protestos.

O deputado estadual Paulo Ramos (Psol) reconheceu em discurso no carro de som que o protesto "não teve a adesão que gostaríamos ".

— Todos estão na mesma luta e deveriam estar aqui protestando.

EUA classificam teste de míssil da Coreia do Norte como "perturbador"

Posted: 21 May 2017 07:56 AM PDT

WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou que pressões diplomáticas e econômicas seguirão sendo aplicadas contra a Coreia do Norte após lançamento de novo teste com míssil.

"O teste é decepcionante, perturbador e nós pedimos que cessem isso", disse Tillerson no domingo, em uma entrevista ao programa "Fox News Sunday".

A Coreia do Norte lançou um míssil balístico em águas da costa leste do país, o segundo teste em uma semana.

(Por Ginger Gibson)

JBS ajudou a eleger 16 dos 27 governadores

Posted: 21 May 2017 06:47 AM PDT

A eleição dos 16 governadores custou R$ 47,3 milhões à JBS Reuters

Um dos documentos da delação dos executivos da JBS mostra que o grupo empresarial contribuiu para a eleição de 16 dos 27 governadores empossados em 2015. Em termos proporcionais, foram 60% dos vitoriosos nas eleições de 2014.

A lista dos governantes que o JBS considera seus aliados aparece em uma nota manuscrita entregue pelo executivo Ricardo Saud. No mesmo pacote de documentos há uma relação de candidatos financiados em 2014, com os respectivos valores recebidos.

O cruzamento das duas listas mostra que, dos governadores eleitos, o PSDB lidera o ranking de valores recebidos, com R$ 15 milhões. A seguir vêm PT (R$ 13,3 milhões), PSD (R$ 11,3 milhões) e PMDB (6,6 milhões). A eleição dos 16 governadores custou R$ 47,3 milhões à JBS.

Entenda a crise deflagrada por Joesley Batista

Na quarta-feira (17) a noite, através de sua página na internet de internet, o jornal O Globo denunciou que diálogos gravados em 7 de março deste ano pelo empresário Joesley Batista com Michel Temer mostrariam que o presidente deu aval a uma suposta compra de silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com a divulgação dos áudios o episódio não fica claro.

STF atende defesa de Temer e autoriza perícia da PF em áudio

OAB decide pedir impeachment de Michel Temer

Ao lado do irmão Wesley, Batista é proprietário do frigorífico JBS, dono da marca Friboi e maior doador de campanhas em 2014, repassando ao todo R$ 391 milhões que apoiaram a vitória da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer, além de seis governadores e 164 deputados federais naquele ano.


As gravações levaram ao pedido de abertura de inquérito, acatado pelo STF, contra Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por suspeita de três crimes: corrupção passiva, obstrução à investigação de organização criminosa e participação em organização criminosa. O pedido de inquérito foi feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e autorizado pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

Nos diálogos com o empresário,  em 24 de março, Aécio menciona barrar a Operação Lava Jato e anistiar o caixa dois no Congresso. O tucano ainda menciona matar o responsável por receber a propina "antes de fazer delação".

Após as gravações de Temer e Aécio, os irmãos Batista acordaram uma delação premiada e entregaram aos investigadores os áudios produzidos. Eles são investigados, no entanto, por enriquecimento de U$ 1 bilhão ao especular na bolsa de valores e com dólares horas antes da divulgação das conversas.

Michel Temer se pronunciou duas vezes desde a divulgação das gravações. Na primeira oportunidade, em em 18 de maio, anunciou que não renunciaria ao cargo. No sábado, 20 de maio, afirma que irá entrar com suspensão do inquérito no STF até que sejam verificados os diálogos registrados.

OAB decide pedir impeachment de Michel Temer

Posted: 21 May 2017 01:26 AM PDT

O Conselho Pleno da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) votou pela abertura de processo de impeachment contra o presidente Michel Temer (PMDB) por crime de responsabilidade. Com 25 votos a favor e um contra, a decisão foi anunciada na madrugada deste sábado (21) e o relatório da entidade concluiu que 'há indícios suficientes para abertura de processo de impeachment pela Câmara dos Deputados'.

O documento foi apresentado em reunião extraordinária do Conselho Pleno da Ordem, em Brasília, juntamente com o Colégio de Presidentes de Seccionais. Apenas a seccional da OAB no Amapá foi contra o impeachment do presidente Michel Temer.

A OAB afirma que Temer teria praticado quebra de decoro por ter encontrado Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, sem registro na agenda, além de ter agido em favor de interesses particulares e falhado ao não informar às autoridades competentes a admissão de crime pelo empresário.

Tais ações, segundo a entidade, ferem a Constituição da República e a Lei do Servidor Público.

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, classificou a atual crise brasileira como sem precedentes sob todos os aspectos.

— A velocidade e a seriedade dos fatos impõe que façamos o que sempre prezou esta gestão: colher posição do Conselho Federal da Ordem. Quero registrar que a confiança e o apoio de todos os conselheiros têm sido fundamentais para que possamos vencer os desafios que temos. A responsabilidade que OAB e advocacia tem é muito grande.

Entenda o caso

O presidente Michel Temer foi gravado pelo empresário Joesley Batista no dia 7 de março deste ano, no Palácio do Jaburu. No diálogo, o empresário confessa ao peemedebista pagar uma mensalidade de R$ 50 mil a um procurador da República a fim de vazar informações de inquéritos de interesse do grupo JBS. O procurador da República Ângelo Goulart Villela foi preso preventivamente por suspeita de ser o informante de Joesley.

Crise no Planalto: quais são os cenários possíveis caso se confirmem denúncias contra Temer

Eles ainda discutem uma suposta compra do silêncio de Eduardo Cunha, condenado a 15 anos na Operação Lava Jato. De acordo com a delação da JBS, Temer teria autorizado Joesley a tratar de assuntos com seu homem de confiança, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorizou pedido de inquérito da Procuradoria Geral da República para investigar o presidente.