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sábado, 20 de maio de 2017

#Brasil

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Entidades e movimentos sociais fazem atos neste domingo

Posted: 20 May 2017 08:10 PM PDT

Manifestantes foram às ruas no dia em que delações vieram à tona Alex Silva/Estadão Conteúdo/17.05.17

Entidades como Frente do Povo Sem Medo, UNE, CUT, Frente Brasil Popular, Força Sindical e Levante Popular da Juventude organizam manifestações para este domingo (21) contra o presidente Michel Temer (PMDB) e a favor da antecipação de eleições gerais diretas.

As manifestações estão previstas para acontecer em diversas cidades brasileiras, como São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE). Fora do Brasil também está programado um ato na Union Square Park, em Nova York. Em São Paulo, o ato está marcado para 15h na avenida Paulista.

Os atos foram convocados após divulgação do conteúdo de delação premiada do empresário Joesley Batista, dono da JBS, apontar que Temer teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O presidente nega a informação e diz que as gravações divulgadas foram editadas

O Movimento Vem Pra Rua Brasil e o MBL (Movimento Brasil Livre) decidiram cancelar a convocação para que os brasileiros fossem às ruas contra o presidente. Em comunicado, o grupo Vem Pra Rua afirma que uma nova data será definida para a realização do ato.

Entenda a crise deflagrada por Joesley Batista

Na quarta-feira (17) a noite, através de sua página na internet de internet, o jornal O Globo denunciou que diálogos gravados em 7 de março deste ano pelo empresário Joesley Batista com Michel Temer mostrariam que o presidente deu aval a uma suposta compra de silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com a divulgação dos áudios o episódio não fica claro.

Ao lado do irmão Wesley, Batista é proprietário do frigorífico JBS, dono da marca Friboi e maior doador de campanhas em 2014, repassando ao todo R$ 391 milhões que apoiaram a vitória da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer, além de seis governadores e 164 deputados federais naquele ano.

As gravações levaram ao pedido de abertura de inquérito, acatado pelo STF, contra Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por suspeita de três crimes: corrupção passiva, obstrução à investigação de organização criminosa e participação em organização criminosa. O pedido de inquérito foi feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e autorizado pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

Nos diálogos com o empresário,  em 24 de março, Aécio menciona barrar a Operação Lava Jato e anistiar o caixa dois no Congresso. O tucano ainda menciona matar o responsável por receber a propina "antes de fazer delação".

Após as gravações de Temer e Aécio, os irmãos Batista acordaram uma delação premiada e entregaram aos investigadores os áudios produzidos. Eles são investigados, no entanto, por enriquecimento de U$ 1 bilhão ao especular na bolsa de valores e com dólares horas antes da divulgação das conversas.

Michel Temer se pronunciou duas vezes desde a divulgação das gravações. Na primeira oportunidade, em em 18 de maio, anunciou que não renunciaria ao cargo. No sábado, 20 de maio, afirmou que irá entrar com suspensão do inquérito no STF até que sejam verificados os diálogos registrados e criticou o delator Joesley Batista.

Mega-Sena acumula de novo e pode pagar até R$ 34 mi

Posted: 20 May 2017 05:29 PM PDT

Mega-Sena está acumulada e pode pagar até R$ 34 milhões Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Ninguém acertou as seis dezenas sorteadas no concurso 1932, neste sábado (20), em Pontes e Lacerda (MT). Desta forma, a Mega-Sena acumulou e pode pagar até R$ 34 milhões na quarta-feira (24). A loteria está acumulada desde o dia 10 deste mês.

Os números sorteados foram: 10 – 16 – 21 – 29 – 44 – 55.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, 72 apostas fizeram a Quina e cada uma levou R$ 38.379,16. Outros 5.449 acertaram quatro números e ganharam R$ 724,45 cada.

Para concorrer ao prêmio, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Temer diz que foi vítima de “armação de bandidos que saquearam o País”

Posted: 20 May 2017 05:11 PM PDT

Após pronunciamento, Michel Temer diz ser vítima de armação BBC Brasil

Em entrevista exclusiva à colunista Vera Magalhães, do jornal O Estado de S. Paulo, o presidente Michel Temer afirmou "ser vítima de uma armação de bandidos que saquearam o País e querem sair impunes". Ele ainda afirmou estranhar que delação da JBS tenha sido selada 'no momento em que a economia começa a se recuperar'. A entrevista foi dada por telefone minutos depois do pronunciamento que fez sobre a crise que atinge seu governo. O peemedebista reafirmou sua recusa a renunciar à Presidência.

Segundo a publicação, ele disse estar convencido da capacidade de rearticulação política do governo, deu sua versão para o encontro que teve com Joesley Batista, dono da JBS, e criticou os termos da colaboração negociada com o empresário pela Lava Jato.

Temer ainda negou ter dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e disse estranhar que a delação da JBS tenha sido selada "no momento em que a economia começa a se recuperar".

O peemedebista disse afirmou que o empresário insistiu para que ele o recebesse. De acordo com ele, a segurança da Presidência vive repreendendo-o por "atender o celular". "Eu tenho o hábito, que a segurança do Planalto vive reclamando, de atender o celular, responder mensagem. É um mau hábito pela liturgia do cargo, mas que eu adquiri da experiência parlamentar", disse Temer.

STF atende defesa de Temer e autoriza perícia da PF em áudio

Defesa de Temer entra com pedido de suspensão de inquérito no STF

Questionado sobre o horário tardio da conversa, Temer disse que a razão foi o fato de que, anteriormente, ele compareceu à festa de aniversário da carreira do jornalista Ricardo Noblat. Ainda segundo o jornal, o presidente afirmou que já conhecia Joesley e que tem o costume de receber empresários para conversas. Ele disse ter estranhado o teor da conversa, mas que não levou a sério as afirmações.

Em comunicado interno para funcionários nos EUA, JBS diz que só cometeu erros no Brasil

STF atende defesa de Temer e autoriza perícia da PF em áudio

Posted: 20 May 2017 04:52 PM PDT

Edson Fachin aceitou pedido de perícia em áudios de Temer Folha Vitória - Cidades 3

O ministro do STF (Supremo Trinunal Federal) Edson Fachin decidiu hoje (20) enviar para perícia da PF (Polícia Federal) o áudio no qual o empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS, gravou uma conversa com o presidente Michel Temer. A perícia foi solicitada pela defesa do presidente.

Na mesma decisão, Fachin decidiu remeter para julgamento pelo plenário da Corte, na próxima quarta-feira (24), o pedido feito pela defesa do presidente Temer para suspender as investigacões até que a finalização da perícia.

Antes da decisão do ministro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu a continuidade da investigação e disse que não contém qualquer "mácula que comprometa a essência do diálogo", mas informou não se opõe ao pedido de perícia feito pelo presidente.

Mais cedo, em novo pronunciamento à nação, Temer anunciou um recurso ao Supremo, questionou a legalidade da gravação e disse que há muitas contradições no depoimento de Joesley Batista, como a informação de que o presidente teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba.

Crise no Planalto: quais são os cenários possíveis caso se confirmem denúncias contra Temer

Procuradoria pede continuidade de investigação contra Temer

Posted: 20 May 2017 04:45 PM PDT

Para Rodrigo Janot, áudio não tem contém edição Agência Estado

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu hoje (20) no STF (Supremo Tribunal Federal) a continuidade da investigação contra o presidente Michel Temer. A manifestação foi enviada após a chegada do recurso no qual o presidente pediu a suspensão do processo para que uma perícia seja feita no áudio da conversa gravada entre ele e o dono da JBS, Joesley Batista.

No parecer, Janot garantiu que o áudio não contém qualquer "mácula que comprometa a essência do diálogo", mas informou que não se opõe ao pedido de perícia feito pelo presidente.

Ao enviar o pedido de abertura de investigação sobre o presidente ao STF, a PGR informou ao ministro Edson Fachin, relator do caso, que o áudio foi analisado de forma preliminar "sob a perspectiva exclusiva da percepção humana". De acordo com o processo, "não houve auxílio de equipamentos especializados na avaliação dos aúdios.

Na decisão em que autorizou a investigação contra Temer, Fachin não analisou a legalidade da gravação sob o ponto de vista de possíveis edições. O ministro entendeu que Joesley Batista poderia gravar sua conversa com terceiros.

Em comunicado interno para funcionários nos EUA, JBS diz que só cometeu erros no Brasil

Posted: 20 May 2017 04:04 PM PDT

Funcionários da JBS no Brasil BBC Brasil

Wesley Batista, CEO da JBS e um dos delatores da nova fase da Lava Jato, afirmou num e-mail a funcionários nos Estados Unidos que os negócios da empresa no exterior foram construídos sem "lapsos éticos".

Mas, ponderou Wesley, no Brasil "erros foram cometidos quando se envolveram com o setor público". "Não nos orgulhamos disso", afirmou no comunicado interno, escrito em inglês.

O texto foi enviado na tarde de sexta-feira aos "membros do time" nos EUA e tem como assunto "uma importante mensagem de Wesley Batista". Depois de pedir desculpas sinceras aos funcionários e às famílias, a mensagem informa que o acordo de delação premiada assinado com a Procuradoria Geral da República do Brasil foi validado.

Ministro do STF deve pedir perícia de áudios de Temer, diz jornal

Temer diz que gravações são fraude e ataca Joesley Batista em pronunciamento

Defesa de Temer entra com pedido de suspensão de inquérito no STF

Apesar de assinada por Wesley Batista, a mensagem foi distribuída pelo departamento de comunicação da JBS depois que as delações dos donos e de cinco executivos da empresa colocaram sob suspeita o presidente Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e outras dezenas de políticos brasileiros.

Diferentemente do irmão Joesley, Wesley falou à Procuradoria Geral da República apenas sobre um nome: o ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa.

Criado pelo patriarca da família há mais de 60 anos, o grupo comandado pelos Batista se tornou a maior empresa processadora de carne do mundo durante as gestões do PT no Planalto. Nos últimos anos, se viu alvo de cinco operações da Polícia Federal, que investigam pagamento milionário de propinas a agentes públicos.

Os donos do grupo decidiram assinar um acordo de delação premiada no qual afirmaram à Procuradoria Geral da República terem gravado o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato.

Temer, que virou investigado da operação, nega ter dado qualquer tipo de aval, afirma que jamais tentou evitar uma possível delação de Cunha e diz que a gravação foi clandestina.

Em pronunciamento neste sábado, o presidente disse que entrará com uma petição no Supremo para suspender o inquérito do qual é alvo "até que seja verificada a autenticidade da gravação".

Boa vontade

Na delação, Joesley Batista afirmou aos procuradores que como "controlador do maior grupo empresarial privado não-bancário do país", procurava obter "boa vontade do conjunto da classe política" com a empresa.

Por isso, disse, esforçava-se para atender a maioria de pedidos de dinheiro de políticos e partidos, para obter "facilidade em caso de necessidade ou conveniência" e "evitar antipatia".

"Reconhecemos esses erros e, mais do que isso, estamos fazendo um compromisso para nunca mais comprometer nossos valores e crenças. Como CEO desta empresa, eu, pessoalmente, me comprometo com cada um de vocês que farei tudo o que estiver ao meu alcance para corrigir e evitar que os erros do passado ocorram novamente", afirmou Wesley na mensagem enviada aos funcionários.

No e-mail, o empresário anuncia que entre as ações a serem tomadas imediatamente estão fortalecer os protocolos de compliance e governança da JBS por meio de profissionais independentes, para assegurar que as melhores práticas sejam implementadas.

O empresário pediu ainda para que os funcionários fiquem "absolutamente focados" nas responsabilidades do dia a dia. "Para deixar claro, a JBS é uma empresa de alimentos forte e global com 235 mil funcionários em 23 países. Estou confiante de que esses esforços vão resultar numa JBS ainda melhor e mais forte no futuro".

De acordo com o jornal O Globo, o grupo teria contratado um escritório de advocacia nos EUA para negociar um possível acordo de leniência com o Departamento de Justiça norte-americano.

Ministro do STF deve pedir perícia de áudios de Temer, diz jornal

Posted: 20 May 2017 03:10 PM PDT

Edson Fachin deve pedir perícia de áudios de conversa com Temer Carlos Moura/SCO/STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, deve enviar um pedido de perícia à Polícia Federal dos áudios que registraram a conversa entre o presidente Michel Temer (PMDB) e o dono da JBS, Joesley Batista. Segundo o jornal O Globo, a solicitação seria feita neste sábado (20) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, logo após o pronunciamento de Temer.

No discurso, o peemedebista criticou o dono da JBS e afirmou que entrará com pedido no STF para suspender o inquérito contra ele até que seja verificada a autenticidade dos áudios gravados.

Ainda segundo a publicação, Fachin foi aconselhado por, pelo menos, três ministros do tribunal para agir com cautela diante do inquérito, devido à gravidade dos fatos. Dois destes ministros acreditam que seria melhor interromper o inquérito enquanto se analisam os áudios.

O pedido de Temer já chegou ao STF, mas Fachin ainda não teria decidido como proceder. O relator poderá decidir sozinho ou levar a decisão ao plenário, o que seria mais provável.

Defesa de Temer entra com pedido de suspensão de inquérito no STF

Posted: 20 May 2017 02:46 PM PDT

Em seu pronunciamento mais cedo, Temer já havia anunciado que entraria com pedido de suspensão do inquérito Jornal de Brasília

A defesa do presidente Michel Temer entrou hoje (20) no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido para suspender o inquérito aberto na última quinta-feira (18) para investigar a suspeita de três crimes supostamente cometidos pelo presidente. No pedido, entregue ao relator da Lava Jato no Supremo, o ministro Edson Fachin, os defensores alegam que é necessário realizar uma perícia no áudio entregue pelo empresário Joesley Batista à PGR (Procuradoria-Geral da República) para justificar a investigação. contra o presidente.

A gravação entregue contém uma conversa entre Temer e Joesley Batista, realizada em 7 de março no Palácio do Jaburu. Para o advogado Antonio Mariz de Oliveira, não existem indícios mínimos no registro de que o presidente teria cometido crimes.

"Salta aos olhos não existir indícios mínimos, o mais frágil e inconsistente que seja, da prática do citado crime. Houve mera interpretação por parte do órgão acusador, sem nenhum apoio fático", argumenta Mariz.

Mais cedo, em pronunciamento à nação, o presidente Michel Temer anunciou que entraria com o pedido de recurso ao Supremo, questionou a legalidade da gravação e disse que há muitas contradições no depoimento de Joesley Batista, como a informação de que o presidente teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba.

"Não existe isso na gravação, mesmo tendo sido ela adulterada. E não existe porque nunca comprei o silêncio de ninguém. Não obstruí a Justiça e não fiz nada contra a ação do Judiciário", disse Temer no discurso, que durou 12 minutos e meio.

PGR

Ao enviar o pedido de abertura de investigação sobre o presidente ao STF, a PGR informou ao ministro Edson Fachin que o áudio foi analisado de forma preliminar "sob a perspectiva exclusiva da percepção humana". De acordo com o processo, "não houve auxílio de equipamentos especializados na avaliação dos áudios.

Na decisão em que autorizou a investigação contra Temer, Fachin não analisou a legalidade da gravação sob o ponto de vista de possíveis edições, no entanto, o ministro entendeu que Joesley Batista poderia gravar sua conversa com terceiros.

Entenda a crise deflagrada por Joesley Batista

Na quarta-feira (17) a noite, através de sua página na internet de internet, o jornal O Globo denunciou que diálogos gravados em 7 de março deste ano pelo empresário Joesley Batista com Michel Temer mostrariam que o presidente deu aval a uma suposta compra de silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com a divulgação dos áudios o episódio não fica claro.

Ao lado do irmão Wesley, Batista é proprietário do frigorífico JBS, dono da marca Friboi e maior doador de campanhas em 2014, repassando ao todo R$ 391 milhões que apoiaram a vitória da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer, além de seis governadores e 164 deputados federais naquele ano.

As gravações levaram ao pedido de abertura de inquérito, acatado pelo STF, contra Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por suspeita de três crimes: corrupção passiva, obstrução à investigação de organização criminosa e participação em organização criminosa. O pedido de inquérito foi feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e autorizado pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

Nos diálogos com o empresário,  em 24 de março, Aécio menciona barrar a Operação Lava Jato e anistiar o caixa dois no Congresso. O tucano ainda menciona matar o responsável por receber a propina "antes de fazer delação".

Após as gravações de Temer e Aécio, os irmãos Batista acordaram uma delação premiada e entregaram aos investigadores os áudios produzidos. Eles são investigados, no entanto, por enriquecimento de U$ 1 bilhão ao especular na bolsa de valores e com dólares horas antes da divulgação das conversas.

Segundo a investigação, os irmãos Batista teriam comprado dólares e vendido ações da própria empresa na bolsa de valores, sabendo que a divulgação das gravações elevaria o valor da moeda americana e derrubaria a bolsa no dia seguinte. No dia 18 de maio a Bovespa teve sua maior queda em nove anos, chegando a interromper o pregão por 30 minutos.

Michel Temer se pronunciou duas vezes desde a divulgação das gravações. Na primeira oportunidade, em em 18 de maio, anunciou que não renunciaria ao cargo. No sábado, 20 de maio, afirmou que irá entrar com suspensão do inquérito no STF até que sejam verificados os diálogos registrados e criticou o delator Joesley Batista.

'Crise é chance para Brasil melhorar sua imagem no exterior’, diz especialista em marcas de países

Posted: 20 May 2017 02:04 PM PDT

Torcedor gaúcho durante jogo do Brasil contra a Alemanha na Copa BBC Brasil

Enquanto milhões de brasileiros reagem com indignação às delações da JBS, há quem veja um lado positivo na atual situação política do País.

"Se você pensar na marca de um país, verá que o teste da verdadeira força acontece em momentos de crise, quando há um desafio. A maneira com a qual a marca lida com um problema afeta como você se sente em relação a ela. Esta é a chance de demonstrar que o Brasil é uma democracia e obedece à lei", diz Christopher Nurko, diretor da FutureBrand, uma agência de consultoria de marcas.

Para o especialista em nation branding (construção de imagens de nações, em tradução livre), o atual momento político é um teste para a imagem do Brasil pós-Copa e pós-Olimpíada, eventos esportivos que alavancaram a atenção sobre o país nos últimos anos em três âmbitos diferentes: democracia, mobilização popular e mercado.

"Este é o teste da democracia, respeito aos cidadãos e soberania da lei. Parte disso diz respeito a ter uma sociedade plural e uma imprensa livre. É a chance de demonstrar que o Brasil tem instituições responsáveis e transparentes e que políticos serão julgados por suas ações", afirma, explicando a primeira instância do "teste".

"Em segundo lugar, é um teste para uma nova geração de indivíduos empoderados e conectados para ver o que eles vão fazer, como os protestos na rua que vimos na quarta-feira. Países sem uma população informada e interessada não sobrevivem", continua.

"O terceiro teste é em relação ao mercado. Se há instabilidade, ninguém quer investir, sua empresa não vai adiante. Agora que a instituição foi desafiada, a questão é como ela vai responder, se a investigação será independente e legítima."

Temer diz que gravações são fraude e ataca Joesley Batista em pronunciamento

Para Wyre Davies, ex-correspondente da BBC no Rio de Janeiro, houve uma mudança nas instituições brasileiras com a Lava Jato.

"Algumas instituições brasileiras estão mais fortes, mas ainda é cedo para afirmar se este é um novo começo", afirmou o jornalista durante o evento National-Branding & Media Perception of Brazil ("Construção da marca nacional e percepção da mídia sobre o Brasil", em tradução livre), que ocorreu na última quinta-feira na embaixada brasileira em Londres.

O evento foi organizado pela embaixada brasileira para discutir a "marca" Brasil, isto é, como o país é visto pelas pessoas em termos de cultura, economia e qualidade de vida. No mais recente índice de marca da FutureBrand, que avalia a reputação de 75 países, o Brasil ficou em 43º lugar no ranking.

Segundo o relatório de 2014/2015 da empresa, feito com 2.530 formadores de opinião e turistas, o Brasil aumentou sua visibilidade em 17 pontos nos últimos anos por conta da Copa do Mundo e da Olimpíada, mas ainda não é considerado uma "marca" pela companhia, já que, para entrar nessa categoria, um país precisa ter uma boa performance em qualidade de vida, potencial de negócios, cultura, turismo e valor de marca.

86% dos brasileiros defendem renúncia ou afastamento de Temer

Christopher Nurko falou sobre a marca do Brasil na embaixada brasileira em Londres MARCOS BESSA-EMBAIXADA DO BRASIL EM LONDRES

O Brasil não performou bem em qualidade de vida, segurança e custo-benefício. Dos 75 países avaliados, apenas 22 deles são considerados marcas, como Reino Unido, Japão, Emirados Árabes e outros.

"A marca do Brasil é uma combinação de imagens e atributos do país. Temos a diversidade de pessoas e raças, serviços e produtos associados ao país, turismo, ou seja, a combinação da geografia, dos destinos, os lugares famosos e por fim temos a forma como a marca Brasil é noticiada na imprensa, o que é uma combinação de fatores culturais mas também assuntos dignos de notícia, como acontecimentos políticos ou eventos esportivos", explica Nurko.

A questão agora é como o Brasil vai lidar com o aumento da visibilidade, segundo o analista. "Eu acho que a crise política é muito mais doméstica, mas quando a economia entra no jogo isso vira um assunto global porque o Brasil é uma das maiores economias do mundo. As pessoas ainda estão interessadas no país, o seu time continua jogando, há um interesse no seu belo futebol, o Brasil continua no palco global. Agora que você conseguiu a atenção global, no que você quer que ela foque?", afirma.

Nem todos concordam que o Brasil esteja recebendo tanta atenção, no entanto. No mês passado, a revista Piauí publicou uma reportagem sobre a "debandada dos correspondentes estrangeiros do Brasil", segundo a qual 30 dos 120 jornalistas cadastrados no Rio de Janeiro foram embora após a Olimpíada, citando dados da Associação dos Correspondentes da Imprensa Estrangeira no Brasil.

De acordo com uma pesquisa de doutorado da estudante Fabiana Gondim Mariutti publicada na Universidade de Leeds Beckett, o número de notícias sobre o Brasil na imprensa britânica caiu consideravelmente entre o começo de 2013 e o final de 2016. Em 2013, foram publicadas 474 matérias sobre o país no Reino Unido, bem mais que as 308 em 2016, apesar de acontecimentos de impacto como o desastre ambiental em Mariana (MG) e o impeachment de Dilma Rousseff.

Para Silio Boccanera, correspondente da Globonews em Londres, a imagem do Brasil é como um pêndulo que oscila para cima e para baixo, mas em geral o país não é uma prioridade no cenário internacional. "O Brasil é a United Airlines dos países, continua voando, mas com os passageiros um pouco desconfiados de embarcar no avião", disse o jornalista durante o evento na embaixada em Londres.

Já Jonathan Wheatley, editor de mercados emergentes do Financial Times, afirmou que o Brasil é uma grande economia, mas não um grande jogador no cenário internacional. Brooke Unger, editor de América Latina para a revista Economist, afirmou que a imagem do Brasil "passa ao público pelos motivos errados, com um enfoque negativo".

Para Christopher Nurko, é preciso uma estratégia clara e estruturada de soft power (poder de influência, em tradução livre) para melhorar a reputação e atrair mais investimento estrangeiro.

"Não tenho certeza se o Brasil tem uma estratégia de soft power. Acho que ele tem boa vontade, mas não é visto como um player sério. Se o governo não reconhecer que precisa administrar a marca, a imagem do Brasil não vai evoluir."

Ironicamente, o 7x1 que o Brasil sofreu da Alemanha na última Copa do Mundo pode ser o gatilho para uma mudança de comportamento que levaria a essa evolução, segundo ele.

"O 7x1 teve um enorme efeito psicológico no Brasil, foi como um copo de água gelada na cara. Você tem que acordar para a realidade, tem que trabalhar em equipe e não pode achar que o mundo te deve algo porque você é brasileiro."

Humberto Costa diz que presidente Temer vai cair 'de um jeito ou de outro'

Após ser raptado, príncipe de clã de Mandela é encontrado ileso

Posted: 20 May 2017 01:39 PM PDT

JOANESBURGO (Reuters) - Um príncipe do clã AbaThembu, grupo do finado ícone sul-africano da luta contra o apartheid Nelson Mandela, foi encontrado ileso neste sábado após ter sido raptado por quatro homens armados na cidade de Mtata, na província do Cabo Oriental, informou a polícia.

O príncipe Mankunku Dalindyebo é irmão do rei Buyelekhaya Dalindyebo, que desde dezembro de 2015 cumpre uma pena de 12 anos de prisão por incêndio culposo, sequestro e agressão.

"Ele foi encontrado nesta manhã perto de Mtata e está ileso", disse o porta-voz da polícia Mzukisi Fatyela. Os motivos do rapto permanecem desconhecidos.

Os irmãos são líderes tradicionais do clã do qual Mandela fez parte, em uma região rural e pobre do Cabo Oriental. A África do Sul reconhece várias famílias reais, que impõem respeito, especialmente no campo.

(Reportagem de Ed Stoddard)

PSB decide romper com base aliada do governo

Posted: 20 May 2017 12:34 PM PDT

Michel Temer fez novo pronunciamento na tarde deste sábado Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A Executiva Nacional do PSB anunciou neste sábado (20) o rompimento com a base aliada do governo do presidente Michel Temer. A decisão foi tomada em uma reunião da cúpula do partido nesta manhã, após a divulgação, na sexta-feira (19) da íntegra das delações dos donos da empresa JBS. A legenda tem 42 parlamentares no Congresso Nacional.

Ao fim da reunião, o partido divulgou uma resolução na qual defende a saída do presidente Temer. A legenda também defendeu a PEC (Proposta de Emenda à Constituição), de autoria do deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ), que prevê eleições diretas em caso de vacância da Presidência e da Vice-Presidência da República.

Segundo o presidente do partido, Carlos Siqueira, a situação do ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, filiado à legenda, não está definida. "O ministro não é indicação do partido. Eu sugeri que ele deixasse o cargo, mas ele tem liberdade para ficar, não em nome do partido", disse.

Em pronunciamento à nação esta tarde, o presidente Michel Temer disse que vai pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que o inquérito aberto contra ele seja suspenso até que verificada a autenticidade da gravação feita pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, de uma conversa com o presidente.

Assista na íntegra o pronunciamento

CVM abre processos para investigar JBS

Panelaços são registrados no País durante fala de Temer

Posted: 20 May 2017 12:30 PM PDT

Panelaços foram ouvidos durante pronunciamento de Michel Temer Jornal de Brasília

Foram registrados panelaços em diversas cidades do País durante o pronunciamento do presidente Michel Temer. Às 15h deste sábado (20) foram ouvidas as primeiras manifestações. Em São Paulo, os bairros como Pompeia, Perdizes, Pinheiros, Consolação, Bela Vista, Liberdade, Moema e Vila Buarque apresentaram o maior número de registros de panelaço.

O panelaço também ocorreu no centro do Rio de Janeiro, em bairros de Porto Alegre, em Brasília, em Aracaju e Salvador. Em Santos e São Vicente, foram registradas muitas manifestações.

Antes mesmo do depoimento do presidente, usuários do Twitter já "cobravam" a realização de panelaços - já que a prática foi muito comum durante o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. Uma internauta escreveu: "Cadê o panelaço no pronunciamento do embuste do Temer? Ah é, o problema do Brasil é só Lula e Dilma, o resto não precisa fazer panelaço?".

Tão logo as panelas se fizeram ouvir, outros usuários do Twitter se manifestaram. Erivelto Trygon escreveu: "Panelaço comendo solto. Esse sujeito que Temer agora execra, tinha livre ingresso no Palácio. O povo cansou de ser besta!". Outra usuária do Twitter comentou: "Eu acho que ele queria testar pra ver se ia ter panelaço e descobrir em que terreno 'tá' pisando".

Quem é o empresário protagonista das delações da JBS?

O presidente fez o pronunciamento neste sábado para se defender das acusações da Procuradoria-Geral da República de corrupção, obstrução de Justiça e participação de organização criminosa. Após a divulgação de gravações e da delação de Joesley Batista, empresário sócio da JBS, nesta semana, o pedido de inquérito foi autorizado ontem pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato, para investigar Michel Temer.

Denúncias contra Temer e Aécio e sinais de retomada da economia são destaques na semana

Ministros de saúde do G20 concordam em enfrentar resistência a antibióticos

Posted: 20 May 2017 12:23 PM PDT

BERLIM (Reuters) - Ministros da Saúde dos países do G20, na primeira reunião entre eles neste sábado, concordaram em trabalhar juntos para abordar questões como a resistência a antibióticos e começar a implementação de planos de ação nacional até o fim de 2018.

A Alemanha, que detém a presidência do G20 neste ano, disse que foi um "avanço importante" que todas as nações tenham concordado em resolver o problema e trabalhar por prescrições obrigatórias para antibióticos.

Ao afirmarem que a globalização causou doenças infecciosas com poder de se espalharem mais rapidamente, as 20 nações também prometeram fortalecer os sistemas de saúde e melhorar sua habilidade de reagir a pandemias e outros riscos para a saúde.

Os resultados do encontro irão alimentar o próximo encontro de líderes em Hamburgo em julho.

Enquanto a descoberta dos antibióticos proporcionou cura para muitas infecções bacterianas anteriormente letais, a prescrição indiscriminada levou ao desenvolvimento de bactérias super resistentes.

(Reportagem de Gernot Heller)

Partido pró-curdos na Turquia elege novo co-líder para substituir dirigente preso

Posted: 20 May 2017 12:09 PM PDT

Por Gulsen Solaker

ANCARA (Reuters) - O partido turco pró-curdos elegeu neste sábado um novo co-líder para substituir Figen Yuksekdag, preso desde novembro por acusações de terrorismo, que teve retirado o seu status de parlamentar há alguns meses.

Em um congresso do Partido Democrático dos Povos (HDP) realizado sob forte esquema de segurança, Serpil Kemalbay foi escolhido o líder conjunto, ao lado de Selahattin Demirtas, que também está preso por acusações de terrorismo, mas permance membro do parlamento.

Em comunicado divulgado da prisão no noroeste da Turquia, Demirtas pediu ao HDP para que prepare "um plano para lutar pela democracia e pela paz" diante desse momento de "expurgação política."

"Estamos enfrentando o fechamento de todos os canais políticos democráticos", disse ele em uma declaração que foi lida no Congresso e aplaudida.

"Mas não importa o que aconteça, o HDP não abandonará a política democrática, insistirá em métodos não-violentos para encontrar uma solução para problemas políticos", disse ele.

Fotos de dez deputados do HDP encarcerados, incluindo Demirtas e Yuksekdag, foram exibidos no Congresso. A prisão deles prejudicou o segundo maior partido de oposição antes do referendo de abril, no qual os turcos aprovaram mudanças constitucionais que aumentaram ainda mais os poderes do presidente Tayyip Erdogan.

O HDP alega que cerca de seus membros foram detidos como parte de uma onda repressora cujo alvos são os dissidentes, dizem grupos de direitos humanos.

A promotoria quer Demirtas preso por 142 anos e Yuksekdag por até 83 anos sob a acusação de propaganda de grupo terrorista. Demirtas foi condenado em fevereiro por "insultar o povo turco, o governo e as instituições do Estado".

As prisões destes políticos, juntamente com dezenas de milhares de outras pessoas desde o golpe mal sucedido, atraíram atenção do mundo todo.

O governo turco diz que o HDP é uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que trava uma insurgência no sudeste da Turquia, de maioria curda, há mais de três décadas.

O HDP nega ligações directas com o PKK, considerado uma organização terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Força Sindical se une à CUT em protestos contra Temer e convoca ato para domingo

Posted: 20 May 2017 11:45 AM PDT

Diversos protestos são marcados no domingo (21) contra Temer Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A Força Sindical, comandada pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP), se juntou a outros movimentos de esquerda, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), para participar no próximo domingo (21), de manifestação contra o presidente Michel Temer (PMDB) e a favor da antecipação de eleições gerais diretas.

Em delação, o empresário Joesley Batista, dono da JBS, apontou que Temer teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Na hipótese de Temer sair da Presidência, o próximo na linha sucessória é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em uma das interpretações jurídicas, o deputado teria 30 dias para convocar eleições indiretas, na qual só os membros do Congresso Nacional poderiam votar.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, destaca a discordância com as reformas propostas pelo Governo Federal.

"Decidimos participar porque a nossa central, como as demais, não quer ficar fora do debate político. Estamos orientando os nossos sindicatos a participar. Nossa central vai para reforçar o 'não' à proposta de reformas e em busca de soluções democráticas para o país. Os trabalhadores não podem ser esquecidos", disse, em nota.

As manifestações do próximo domingo vão acontecer em diversas cidades brasileiras, como São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE). Fora do Brasil também está programado um ato na Union Square Park, em Nova York.

Temer diz que gravações são fraude e ataca Joesley Batista em pronunciamento

Os protestos são organizadas pelas entidades de esquerda Frente do Povo Sem Medo, UNE, CUT, Frente Brasil Popular e Levante Popular da Juventude. Em São Paulo, o ato está marcado para 15h na avenida Paulista.

O Movimento Vem Pra Rua Brasil e o MBL (Movimento Brasil Livre) decidiram cancelar a convocação para que os brasileiros fossem às ruas contra o presidente Michel Temer (PMDB) neste domingo (21). Em comunicado, o grupo Vem Pra Rua afirma que uma nova data será definida para a realização do ato. 

Após a eclosão do escândalo que abalou o governo, comunicados em redes sociais prometiam manifestações contra o presidente Michel Temer em ao menos 20 cidades. Milhares de pessoas confirmaram a presença nos eventos, previstos para ocorrer em pelo menos 11 Estados diferentes no próximo domingo. Mas tudo foi cancelado.

Temer e Aécio serão investigados por três crimes no Supremo

O único motivo, segundo o líder do movimento Vem Pra Rua, Rogério Chequer, é a falta de segurança oferecida pela Polícia Militar de São Paulo.

"Marcamos essa manifestação na quarta-feira, pouco tempo antes da realização. Na quinta-feira, fomos coordenar com a PM, como sempre fizemos em todas as outras manifestações, e eles informaram que não poderiam oferecer o nível de segurança oferecido nas anteriores por causa da Virada Cultural, que está consumindo muitos recursos", afirmou.

Procurada pela BBC Brasil, a Polícia Militar negou a informação.

"Em nenhum momento, a PM informou que não haveria possibilidade de garantir a segurança de participantes", disse a Secretaria da Segurança Pública do Estado.

"Como sempre ocorre nessas situações, houve um alerta por parte da PM de que outros grupos, de visões antagônicas, estariam se manifestando na mesma data e que cada um deles poderia exercer o seu direito constitucional em lugares específicos para não haver a possibilidade de desavenças", informou, em nota.

Joesley pediu 'pelo amor de Deus' para Aécio parar de pedir dinheiro

Temer diz que gravações são fraude e ataca Joesley Batista em pronunciamento

Posted: 20 May 2017 10:59 AM PDT

Temer falou novamente após a divulgação de gravações e delações Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Em pronunciamento realizado na tarde deste sábado (20) no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer afirmou que entrará com pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender o inquérito contra ele até que seja verificada a autenticidade dos áudios gravados pelo delator Joesley Batista em conversa com o presidente no dia 7 de março. O inquérito foi solicitado pela PGR (Procuradoria Geral da República) e acatado pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

Na fala de de 12 minutos e meio desta tarde, Temer citou reportagem do jornal Folha de S.Paulo sobre a perícia realizada nas gravações e na qual o perito Ricardo Caires dos Santos, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, afirma haver mais de 50 edições.

— Esta gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos.

O presidente aproveitou para atacar Joesley Batista, proprietário do frigorífico JBS e autor das gravações.

"Devo dizer que não acreditei na narrativa do empresário de que teria assegurado juízes, etc. Ele é um conhecido falastrão exagerado", comentou, falando ainda que o autor do grampo não foi punido pelo cometeu que o Temer chamou de "o crime perfeito".

— Não passou nem um dia na cadeia, não foi fulgado, não foi preso. E pelo jeito nem será.

Temer disse que as falas da gravação não são coerentes com o que foi comentado pelo empresários aos procuradores da república em delação premiada feita após o registro dos diálogos.

Contra o delator, Temer citou ainda a investigação feita pela Comissão de Valores Mobiliários, segundo a qual Joesley Batista teria lucrado U$ 1 bilhão ao especular em dólares e ações horas antes da divulgação das conversas. O presidente falou que o empresário cometou "um crime perfeito" e fugiu para os EUA.

Segundo a investigação, os irmãos Batista compraram dólares e venderam ações da própria empresa na bolsa de valores, sabendo que a divulgação das gravações elevaria o valor da moeda americana e derrubaria a bolsa no dia seguinte. No dia 18 de maio a Bovespa teve sua maior queda em nove anos, chegando a interromper o pregão por 30 minutos.

— Ele prejudicou o Brasil, enganou os brasileiros, e agora mora nos Estados Unidos.

Temer também aproveitou para defender seu governo e as reformas defendidas por ele. Segundo ele, o país voltou aos trilhos e não sairá deles por causa das delações divulgadas nesta semana, apesar de reconhecer que "vive agora dias de incerteza".

Quem é o empresário protagonista das delações da JBS?

JBS ajudou a financiar campanhas de 1.829 candidatos de 28 partidos

Defesas públicas

Este foi o segundo pronunciamento do presidente nos últimos três dias. Na última quinta-feira (18) Temer veio a público anunciar que não renunciaria ao cargo, possibilidade levantada após as denuncias feitas pelo jornal O Globo na noite anterior, baseadas nos diálogos de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, com o presidente, gravados em 7 de março.

As gravações levaram ao pedido de abertura de inquérito, acatado pelo STF, por suspeita de três crimes: corrupção passiva, obstrução à investigação de organização criminosa e participação em organização criminosa. Os detalhes do pedido feito pela PGR e autorizado pelo ministro Edson Fachin contra Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foram divulgados na última sexta-feira (19).

Veja o pronunciamento na íntegra:

Entenda a crise deflagrada por Joesley Batista

Na quarta-feira (17) a noite, através de sua página na internet de internet, o jornal O Globo denunciou que diálogos gravados em 7 de março deste ano pelo empresário Joesley Batista com Michel Temer mostrariam que o presidente deu aval a uma suposta compra de silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com a divulgação dos áudios o episódio não fica claro.

Ao lado do irmão Wesley, Batista é proprietário do frigorífico JBS, dono da marca Friboi e maior doador de campanhas em 2014, repassando ao todo R$ 391 milhões que apoiaram a vitória da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer, além de seis governadores e 164 deputados federais naquele ano.


As gravações levaram ao pedido de abertura de inquérito, acatado pelo STF, contra Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) por suspeita de três crimes: corrupção passiva, obstrução à investigação de organização criminosa e participação em organização criminosa. O pedido de inquérito foi feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e autorizado pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

Nos diálogos com o empresário,  em 24 de março, Aécio menciona barrar a Operação Lava Jato e anistiar o caixa dois no Congresso. O tucano ainda menciona matar o responsável por receber a propina "antes de fazer delação".

Após as gravações de Temer e Aécio, os irmãos Batista acordaram uma delação premiada e entregaram aos investigadores os áudios produzidos. Eles são investigados, no entanto, por enriquecimento de U$ 1 bilhão ao especular na bolsa de valores e com dólares horas antes da divulgação das conversas.

Michel Temer se pronunciou duas vezes desde a divulgação das gravações. Na primeira oportunidade, em em 18 de maio, anunciou que não renunciaria ao cargo. No sábado, 20 de maio, afirma que irá entrar com suspensão do inquérito no STF até que sejam verificados os diálogos registrados.

Acompanhe o pronunciamento de Michel Temer

Posted: 20 May 2017 10:11 AM PDT

 

Janot quer delegado da PF exclusivo e de sua confiança no inquérito Temer

Posted: 20 May 2017 09:36 AM PDT

Janot alegou sensibilidade do caso como justificativa para a solicitação Agência Estado

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apenas o delegado Josélio Azevedo de Sousa tenha acesso ao inquérito aberto para investigar o presidente Michel Temer, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Janot alegou sensibilidade do caso para pedir um delegado exclusivo para a investigação.

O que levou Janot a requerer um policial de sua confiança para investigar Temer é o risco de vazamento de informações e de eventual influência política no inquérito. Na petição a Fachin, o procurador destacou que Aécio, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio do controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos.

Josélio é um especialista em investigações sobre desvios de recursos públicos. Entre seus pares, ele é respeitado pelo rigor com que conduz inquéritos sobre corrupção.

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Presidente Michel Temer fará novo pronunciamento neste sábado

Posted: 20 May 2017 09:26 AM PDT

Na última quinta-feira (18), Temer já havia se pronunciado, afirmando que não renunciará à Presidência BBC Brasil

Pela segunda vez em três dias, o presidente Michel Temer virá a público às 14h deste sábado (20) se pronunciar sobre a crise política gerada após a divulgação de gravações e delações premiadas feitas pelo empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS.

Segundo reportagem do jornal Estado de São Paulo, Temer deve falar sobre perícia na gravação feita por Joesley, que levantou suspeita de enxerto de ruídos e cortes. Essa será a principal linha de defesa do governo, que decidiu se defender mais uma vez depois que o procurador geral da República, Rodrigo Janot, pediu abertura de inquérito, que foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, pelos crimes de corrupção, organização criminosa e obstrução de Justiça.

Também neste sábado, a Comissão Executiva Nacional do PSB se reúne na sede do partido em Brasília.Os integrantes da executiva vão avaliar o atual momento político e a permanência na base do governo de Michel Temer. Logo após a divulgação do diálogo entre os donos da JBS e Michel Temer, nesta quinta-feira (18), autorizando a compra de silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do PSB pediu oficialmente que Fernando Coelho Filho (PSB) deixasse o cargo de ministro de Minas e Energia. O partido vinha se posicionando nos últimos meses contrariamente à agenda de Michel Temer, especialmente contra as reformas trabalhista e previdenciária.

A oposição já entrou com oito pedidos de impeachment contra Michel Temer após seu anúncio na quinta afirmando que não renunciará ao cargo.

Joesley pediu 'pelo amor de Deus' para Aécio parar de pedir dinheiro

Posted: 20 May 2017 07:55 AM PDT

Pedido de R$ 5 milhões foi feito por Aécio na própria casa dele Geraldo Magela/Agência Senado

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República no âmbito de sua delação premiada, o empresário Joesley Batista disse que em 2016 chegou a pedir para um preposto do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que "pelo amor de Deus ele parasse de pedir dinheiro".

— Em 2016, um dia na casa dele ele me pediu 5 milhões e eu não dei. Logo depois começou (sic) as investigações contra mim e eu chamei aquele amigo dele, Flávio, e pedi pro Flávio para pedir a ele para, pelo amor de Deus, parar de me pedir dinheiro.

A afirmação foi feita quando o empresário passou a descrever pagamentos feitos por ele ao senador tucano. Joesley iniciou o tópico "Aécio" descrevendo que conheceu o senador durante a campanha de 2014. "Fomos o maior doador da campanha dele", disse.

O empresário relatou que já no ano seguinte à eleição, Aécio continuou pedindo dinheiro com a justificativa de que era para arcar com dívidas de campanha.

Ele descreveu o repasse de R$ 17 milhões ao senador por meio da compra superfaturada de um prédio em Belo Horizonte, de propriedade de um aliado do senador.

— Precisava de R$ 17 milhões e tinha um imóvel que dava para fazer de conta que valia R$ 17 milhões.

Segundo o empresário foi Aécio quem indicou o imóvel.

Questionado por um procurador se tratava-se de um superfaturamento do imóvel para justificar esse repasse de dinheiro, o empresário disse: "Sem dúvida. Não estávamos atrás de comprar um prédio em Belo Horizonte".

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