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- Nova defesa de Palocci diz que Lava Jato não fez "exigências" para delação
- Marina Silva procura ex-presidente do STF Joaquim Barbosa para seu partido
- Jaques Wagner diz que quem teve relação com Palocci 'deve estar com receio'
- Mães deixam mercado de trabalho cinco vezes mais que pais, mostra pesquisa
- Em resposta a publicação, Planalto diz que Michelzinho não tem babá
- Temer homenageia mães e destaca dupla jornada
- Temer diz que meta da gestão é redução do desemprego
- Dilma pediu 'paciência' sobre pagamento, diz delatora
Nova defesa de Palocci diz que Lava Jato não fez "exigências" para delação Posted: 14 May 2017 04:55 PM PDT Palocci pode fechar acordo de delação com o Ministério Público Antonio Cruz/07.06.2011/ABr Os novos advogados de Antonio Palocci informaram neste domingo (14) que a força-tarefa da Operação Lava Jato não fez "qualquer exigência, nem sequer mínima alusão" para que o ex-ministro (Fazenda e Casa Civil dos Governos Lula e Dilma) trocasse de defesa como condição para negociar delação premiada. Palocci trocou seu quadro de defensores na sexta-feira (12). Desde o início da Lava Jato — e também em outras causas de grande repercussão — ele era representado pelo criminalista José Roberto Batochio, de São Paulo. Preso desde setembro de 2016 na Operação Omertà, desdobramento da Lava Jato, o ex-ministro já é réu em duas ações penais, uma delas sobre propinas de R$ 128 milhões que teria recebido da empreiteira Odebrecht — parte do valor supostamente repassado para o PT. Em março, interrogado pelo juiz Sérgio Moro, o ex-ministro de Lula e Dilma acenou claramente com a disposição de colaborar. Disse, na ocasião, que teria nomes e situações para revelar e que tais dados fariam esticar a Lava Jato por mais um ano, pelo menos. Durante esses meses de prisão ele ainda mantinha expectativa de ganhar liberdade por meio do clássico caminho do habeas corpus nos tribunais superiores. Mas as investidas foram todas infrutíferas, embora ainda pendente um pedido no Supremo Tribunal Federal — o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, mandou o habeas de Palocci para o Plenário, mas sem data para apreciação. Diante do risco de permanecer na cadeia por uma longa temporada — a exemplo de seus pares do PT, como João Vaccari Neto, sob custódia desde abril de 2015 —, Palocci decidiu buscar acordo de delação premiada e abriu mão de Batochio. Batochio é um veterano da advocacia que rigorosamente não atua em demandas de delatores. Na própria Lava Jato ele saiu da defesa do lobista Julio Camargo que fez delação e revelou propina de US$ 5 milhões para o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Palocci contratou o advogado Adriano Bretas, defensor de outros alvos da Lava Jato que escolheram a delação como atalho para deixar a prisão. A mudança teria sido uma exigência dos procuradores do Ministério Público Federal para iniciar a negociação. Os procuradores teriam imposto a troca da defesa, o que é negado com veemência pelo escritório Bretas. Eles também teriam recomendado a Palocci que desistisse do habeas corpus. Em nota divulgada neste domingo, o Bretas Advogados, estabelecido em Curitiba — base da Lava Jato —, fez um esclarecimento público, no qual destaca que "a ética conduz e sempre conduziu seus trabalhos". O texto é subscrito pelos advogados Adriano Bretas, Tracy Reinaldet, André Pontarolli e Matteus Macedo. Eles observam que o advogado que os antecedeu "sempre anunciou publicamente que, dependendo da alternativa escolhida pelo cliente na estratégia de sua defesa, renunciaria à causa". "Não houve qualquer exigência, nem sequer mínima alusão, por parte do Ministério Público Federal ou da Polícia Federal na contratação ou destituição deste ou daquele escritório", sustentam Bretas e sua equipe. — Tal escolha foi feita por livre e espontânea vontade do sr. Antonio Palocci Filho. Bretas Advogados também fustigou a versão sobre eventual desistência do pedido de habeas. — Desistir ou prosseguir no habeas corpus é uma escolha livre e exclusiva da defesa, sem qualquer interferência, muito menos "exigência", do Ministério Público Federal, da Polícia Federal ou de quem quer que seja. |
Marina Silva procura ex-presidente do STF Joaquim Barbosa para seu partido Posted: 14 May 2017 02:58 PM PDT Joaquim Barbosa era presidente do STF na época do julgamento da ação 470, do chamado "mensalão" Nelson Jr./19.12.2012/STF Com foco nas eleições de 2018, a ex-ministra Marina Silva tenta atrair para seu partido, a Rede, ex-ministros do ST (Supremo Tribunal Federal). Ao jornal Estado de São Paulo, Marina confirmou que tem conversado com Joaquim Barbosa e Carlos Ayres Britto. Disse, porém, que as conversas são apenas sobre o cenário político brasileiro, embora seus aliados admitam o interesse da sigla em atrair figuras de peso do Judiciário. A Rede também tenta atrair o apoio do PSB, partido pelo qual Marina disputou as eleições de 2014, após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, com quem ela integrava a chapa como candidata a vice-presidente. As conversas nesse sentido estão sendo feitas com a ala do PSB de Pernambuco, que defende a independência do partido do governo Michel Temer. "Quando conversei com o ministro Joaquim Barbosa, falei sobre questões que estão acontecendo hoje no Brasil, referentes a este momento político. Nunca falei com ele sobre questões partidárias", disse a ex-ministra. Sobre Ayres Britto, afirmou: "Conversamos sobre questões jurídicas. Ele me ensina que, para essa crise, a Constituição é o mapa". Marina fez questão de ressaltar, no entanto, que os dois ex-ministros do Supremo têm legitimidade e são bem-vindos na política. — A Rede tem respeito por essas figuras. E elas têm toda a legitimidade para, se de modo próprio desejarem, participar. Com certeza devem ser bem-vindas no espaço da política. De acordo com ela, o partido que eventualmente filiasse Ayres Britto seria um "agraciado". O ex-ministro confirmou as conversas com Marina, de quem se diz "amigo de muitos anos". — Vez por outra a gente se junta para tomar um cafezinho e pensar grande o Brasil. Mas sem a mediação partidária. Ele nega interesse em disputar eleições. — Minha trajetória de vida no plano da ocupação ortodoxa de cargo público já está de bom tamanho. A reportagem não conseguiu contato com Joaquim Barbosa. "Do bem" Um dos principais articuladores de Marina, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) admitiu que o partido tem interesse em atrair integrantes do Judiciário. — Seria muito bom se eles se envolvessem na política. Quanto mais gente do bem e menos bandido na política, melhor. É melhor Joaquim Barbosa do que [o deputado cassado Eduardo] Cunha. É melhor Deltan [Dallagnol, procurador da Lava Jato em Curitiba] do que a turma do PMDB. Randolfe afirmou que a Rede tem uma "vantagem comparativa natural" para atrair essas figuras. — Com a agenda e a linha que defendemos, nenhum outro partido é tão atrativo para eles quanto a Rede. Defendemos o fim do foro [privilegiado] e apoiamos a Lava Jato. O senador foi relator na Casa da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que trata do fim do foro. Ele confirma conversas com Joaquim Barbosa, mas disse que o ex-ministro ainda não "acenou" com a possibilidade de entrar na política. O senador ressaltou que a Rede tenta convencer Marina a ser candidata a presidente em 2018. Ela, porém, disse que ainda não decidiu. "Estou fazendo meu próprio discernimento no diálogo com a Rede, com outras lideranças de outros partidos, para ver qual melhor forma de contribuir com tudo isso", desconversou. Um desses partidos é o PSB. Segundo Randolfe, Marina tem conversado sobre o assunto com o presidente do partido, Carlos Siqueira, e a família Campos. Ele considera que, enfraquecido pela Lava Jato, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não deve ser candidato a presidente. Para ele, isso fortalece uma aliança entre PSB e Rede, à medida que neutraliza a ala da sigla liderada pelo vice-governador paulista, Márcio França (PSB), que defende apoio ao tucano em 2018. Viável "A conversa se aprofundou. A possibilidade de refazer a aliança com a Rede estava fora de cogitação até a virada do ano, mas, hoje, pode se considerar como uma hipótese bastante viável", afirmou o deputado Júlio Delgado (MG), da ala do PSB que defende independência da legenda em relação ao governo Temer. Ele disse ter conversado sobre o tema com Beto Albuquerque, vice-presidente da sigla, e com o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB). — Eles veem com bons olhos. Delgado pontua que, caso o PSB não evolua para uma candidatura própria, Marina é um dos campos políticos com os quais muitos integrantes da direção do partido admitem conversar para fazer aliança. Outra possibilidade, afirmou, é firmar acordo com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), pré-candidato ao Planalto em 2018. A intermediação tem se dado por meio do governador do Ceará, Camilo Santana, que cogita deixar o PT para se filiar ao PSB. |
Jaques Wagner diz que quem teve relação com Palocci 'deve estar com receio' Posted: 14 May 2017 01:02 PM PDT Jaques Wagner, ex-governador da Bahia e ex-ministro de Dilma Wilson Pedrosa/Estadão Conteúdo O petista Jaques Wagner, ex-ministro do governo Dilma e ex-governador da Bahia, afirmou à BBC Brasil que não consegue prever o conteúdo da delação premiada de Antonio Palocci, mas destacou, sem dar detalhes, as 'intensas' relações de Palloci com o sistema financeiro. Wagner, que cuidou da Casa Civil na gestão de Dilma, participa do Brazil Forum UK na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Questionado sobre de que maneira uma possível delação de Palocci, preso desde 26 de setembro do ano passado, como parte da operação Lava Jato, poderia atingir o sistema financeiro, Wagner disse: "Ele foi Ministro da Fazenda , então, evidentemente, algumas das relações muito intensas dele era com o sistema financeiro. Tem toda a questão do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)", afirmou, sem explicar que tipo de informação Palocci poderia dar sobre o órgão que combate a lavagem de dinheiro. Dilma critica Globo: "jornalismo de guerra" Moro: 7 presos preventivos não me parece exagerado Ciro Gomes: Lula racha o país em bases de ódio Palocci foi ministro da Fazenda no governo Lula e da Casa Civil na administração de Dilma. Wagner, contudo, diz não ter receio do que Palocci poderá dizer aos investigadores. — A mim, não preocupa. Se preocupa alguém, não sei. Evidentemente, quem teve relação com ele deve estar [com receio]. Eu tinha uma relação institucional com ele. Não estou preocupado. Recentemente, Palocci trocou de advogado e contratou Adriano Brettas, que já negociou outras colaborações em delação premiada no âmbito da Lava Jato. Os investigadores acreditam que Palocci possa confirmar informações já fornecidas por funcionários e ex-funcionários da construtora Odebrecht e, principalmente, pelo casal João Santana e Monica Moura, ex-marqueteiros do PT, de Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. Para Wagner, a delação dos marqueteiros "é uma coisa deprimente". Ele reclamou que, em relação ao ex-presidente Lula, "as pessoas estão sempre fazendo ilações". Ciro Gomes x Lula Wagner, contudo, diz que Lula não estava disposto a disputar mais uma eleição presidencial até o impeachment e os desdobramentos mais recentes da Lava Jato. — Acho que ele não estava se preparando para ser candidato de novo. Depois de o impeachment, depois dessa coisa toda, depois dessa demonização que fazem em cima dele. Alguém que não tem conta no exterior, não tem joias... Questionado sobre a declaração de o ex-governador Ciro Gomes (PDT), dada à BBC Brasil, de que Lula divide o país e é o grande responsável pela atual crise política, Wagner disse discordar. — Para mim, quem reproduziu a raiva foi a intolerância dos que não conseguem ver filho de pobre chegar à Presidência da República e falar do jeito que ele fala. Eu acho que Lula é um grande conciliador nacional. Haddad de vice Amigo do ex-presidente há 39 anos, Wagner é evasivo quando questionado se, em caso de Lula não concorrer às eleições, Ciro Gomes seria um bom nome para o PT apoiar com, por exemplo, o petista e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como vice. — É muita futurologia por enquanto. Tem tantas variáveis em movimento que é muito difícil pra mim ficar projetando. Além de não descartar a possibilidade de uma chapa Ciro-Haddad, Wagner disse ser suspeito para falar numa candidatura sem o comando do PT porque já defendeu o nome de outro partido historicamente aliado aos petistas como cabeça de chapa. — Eu já na eleição de 2014 tentei trabalhar o Eduardo Campos (ex-governador de Pernambuco, que morreu durante a campanha presidencial) para não ser candidato e sair em 2018. É difícil manter coalizão unida se você não der oportunidades a todos da coligação. |
Mães deixam mercado de trabalho cinco vezes mais que pais, mostra pesquisa Posted: 14 May 2017 10:31 AM PDT Apenas 5% dos homens deixa trabalho para cuidar dos filhos, aponta levantamento Thinkstock Os dias de Simone Fortuna são cheios. Pela manhã, cuida da filha, Emanuele, 2 anos e meio, e da casa. Às 11h, a leva para a escola. Às 12h30, começa a rotina de trabalho, busca um casal de irmãos na escola e os deixa em casa para almoçarem. Às 13h, busca duas meninas em casa e as deixa na escola. Volta, busca os irmãos e os leva para as aulas de inglês ou para a academia. Às 16h deixa outra criança na natação e às 18h30, busca as meninas na escola. Volta para casa, faz jantar, toma banho, cuida de Emanuele. Vai dormir à meia-noite. Formada em administração e com experiência em telecomunicações, Simone é uma das mães que teve dificuldade em se recolocar no mercado de trabalho formal após o nascimento da filha. Ela tem 49 anos e teve Emanuele aos 46 anos. Trabalhava na área comercial de uma empresa há quatro anos. Quando voltou da licença-maternidade, após a fase na qual o vínculo do emprego é protegido por lei, foi demitida. "Não falaram as razões, mas a gente sabe que tem muito preconceito. Senti isso nas entrelinhas. Disseram que a área de negócios era muito puxada, que eu estava com um bebê e deveria cuidar da minha filha". Para não deixar de trabalhar, Simone criou o Transporte de Confiança, espécie de Uber, no qual transporta exclusivamente crianças. "Atendo as mães que justamente estão estressadas, que não conseguem dar conta das rotinas e me ligam. Levo as crianças para a escola, para o inglês, ballet e até para o hospital, como aconteceu uma vez". Mães ainda enfrentam obstáculo para achar emprego no País O caso de Simone não é isolado. Uma pesquisa divulgada pela empresa de recrutamento Catho, mostra que, após a chegada dos filhos, as mulheres deixam o mercado de trabalho cinco vezes mais que os homens. A pesquisa foi feita com 13.161 pessoas. O levantamento concluiu que 28% das mulheres deixaram o emprego após a chegada dos filhos, versus 5% dos homens. Os dados mostram ainda que 21% das mulheres levam mais de três anos para retornarem ao trabalho. A mesma situação para os homens ocorre em apenas 2% dos casos. "Apesar do discurso ser outro, na prática, em muitas empresas, a mulher não é compreendida. Não compreendem a necessidade, por exemplo, da mulher se ausentar", diz Simone. "Quando não demite a funcionário, a própria rotina pode levá-la a pedir demissão. Uma vez fora do mercado, as dificuldades em voltar a trabalhar são muitas. Teve um caso específico que disputei uma vaga com 12 candidatos. No final, ficou entre eu e um rapaz. Quando chegou na fase final de entrevista, contei que tinha uma criança de um ano e meio, na época", conta e diz que no final, não foi contratada. Empregadores podem incentivar mães Segundo a gerente de relacionamento com o cliente da Catho, Kátia Garcia, há ainda em empresas um certo preconceito, que pode ser comprovado quando analisados os cargos mais altos, ocupados, na maior parte das vezes, por homens. A pesquisa realizada pela empresa mostra que houve um aumento da participação feminina em diferentes cargos, subiu de 54,99% em 2011 para 61,57% em 2017. No entanto, as desigualdades permanecem. Elas ocupavam, em 2011, 22,91% dos cargos de presidência; em 2017, esse número passou para 25,85%. "Isso pode sim ter relação com a maternidade. Quando a mulher está mais próxima de 30 e poucos anos, seria a idade que avançaria para a próxima etapa da carreira. É também, geralmente, a idade que faz opção pela maternidade. Isso pode ter relação com ritmo mais lento de evolução de carreira das mulheres", diz a gerente. Há, no entanto, empresas que incentivam as funcionárias e, para Kátia Garcia, isso pode ser uma forma do próprio empregador se beneficiar. "Quando uma mulher se torna mãe, ela desenvolve ou potencializa habilidades que podem ser super bem aproveitadas, como capacidades de comunicação e de liderança. Se a empresa tem percepção disso e investe em políticas internas que façam com que a mulher perceba que seu trabalho é valorizado independente de ser mãe, a empresa tem um ganho gigantesco com isso", diz Kátia. De acordo com ela, uma boa estratégia é permitir o trabalho de casa, por home office e horários mais flexíveis, especialmente nos primeiros anos de vida da criança. A empresa pode também investir em treinamentos para que a mulher melhore a administração do próprio tempo. "A mulher vai procurar ser mais eficiente na gestão do tempo para otimizar as entregas no período que está disponível para a empresa. E a empresa não tem nada a perder", diz. Cuidar dos filhos não é papel só da mãe Para jornalista Mayara Penina, co-fundadora do Nós, mulheres da periferia e mãe do Joaquim, de 4 anos, ainda vivemos em uma sociedade que delega apenas para as mulheres o serviço doméstico e de cuidado com as crianças e com a casa. "Falta uma política de apoio, seja nas empresas privadas, como os municípios com vagas em creches para que as mulheres continuem suas vidas profissionais depois de terem filho. Ou, muitas vezes, iniciem esta carreira, já que muitas mulheres ficam grávidas na adolescência", diz. Quando ser mãe envolve espera maior que 9 meses Na falta de apoio, muitas acabam recorrendo ao empreendedorismo, como Simone. Segundo Mayara, a sociedade vê a mulher mãe, apenas como mãe e esquece das outras dimensões que envolvem uma mulher, um ser humano. "Há muito glamour e romantismo que envolve a maternidade que, de maneira nenhuma, é aplicável na prática. É uma benção ser mãe, mas também é uma grande problema para a maioria esmagadora das mulheres, que não estão no topo da pirâmide social e querem conciliar o trabalho com o cuidado com os filhos e a casa, morando longe dos seus trabalhos e ganhando muito pouco". "Tem uma herança cultural bastante arraigada ainda que a responsabilidade pela educação dos filhos é das mães. A maioria dos pais tem papel coadjuvante, principalmente nos primeiros anos dos filhos", complementa Kátia, que também é mãe. "Isso explica porque mães demoram mais para retornar que homens. Muitos homens tornam-se pais e a vida continua igual. A mulher tem uma segunda responsabilidade, além da que tinha". |
Em resposta a publicação, Planalto diz que Michelzinho não tem babá Posted: 14 May 2017 08:58 AM PDT Filho de Michel e Marcela Temer não tem babá, afirma Planalto Divulgação O Palácio do Planalto informou, por meio de sua assessoria, que o filho do presidente Michel Temer não tem babá e que as informações publicadas hoje na imprensa estão incorretas. Segundo reportagem do jornal O Globo, o Palácio do Planalto emprega a babá de Michelzinho, Leandra Brito, no Gabinete de Informação em Apoio à Decisão (Gaia), órgão responsável por assessorar o presidente da República. O Broadcast consultou o Diário Oficial da União (DOU) e Leandra Barbosa dos Santos Brito realmente é lotada em um cargo de confiança no gabinete pessoal de Michel Temer. Mais cedo, o Broadcast procurou a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto que disse acreditar que "hoje não deve haver uma manifestação formal sobre isso". Mais explicações devem ser dadas somente nesta segunda-feira, reforçou há pouco a assessoria. O Diário Oficial do dia 16 de novembro de 2016 traz a nomeação de Leandra Brito para o cargo de assessora técnica no Gabinete-Adjunto de Informações em Apoio à Decisão do Gabinete Pessoal do Presidente da República. Com isso, Leandra foi exonerada de um cargo anterior também no Gabinete Pessoal do presidente, de assistente no Gabinete-Adjunto de Gestão e Atendimento, passando de um cargo DAS nível 2 para um DAS nível 3, de salário maior. Segundo a reportagem de O Globo, Leandra disse que não é babá de Michelzinho, mas ela não teria exemplificado que tipo de trabalho desenvolveria no Planalto. A reportagem conta ainda que Leandra dá expediente no Palácio do Jaburu ou em viagens da família Temer e que recebe uma remuneração mensal de R$ 5.194. Leia mais notícias sobre Brasil: |
Temer homenageia mães e destaca dupla jornada Posted: 14 May 2017 07:48 AM PDT Vídeo foi publicado na página do Palácio do Planalto, na internet Reprodução/Facebook O presidente Michel Temer ressaltou a dupla jornada de trabalho da mulher brasileira em vídeo que gravou em homenagem ao Dia da Mães e publicado neste domingo na página do Palácio do Planalto, na internet. Temer fez menção às mães que contam com as parcerias de companheiros e familiares na tarefa de cuidar dos filhos, mas também mencionou o grande número de mulheres que assumem sozinhas a tarefa de chefes de famílias. "O dia das mães é uma data que ninguém esquece. Todos se lembram dele. Eu quero aproveitar esse dia especial para destacar a luta e a participação constante das mulheres brasileiras com seus filhos sejam eles crianças, jovens ou adultos", disse no vídeo com duração de 1 minuto e 36 segundos. "Muitas contam com a parceria de companheiros e parentes, mas não são poucas as mães que assumem sozinhas a tarefa de chefes de família. As brasileiras cuidam com coragem da casa, dos filhos e do emprego, exercendo a chamada dupla jornada", disse Temer. Em sua mensagem ele destacou ainda que são "mães batalhadoras de todas as idades nas cidade e no campo que merecem nosso reconhecimento". O peemedebista disse também que a sociedade e o governo têm que evoluir cada vez mais para assegurar a todas as mulheres o direito de viver com saúde, igualdade e não serem alvos de violência. "Temos que lembrar também das mães que já criaram seus filhos e têm o direito a uma vida segura e alegre. Faço então uma saudação às mães como filho, esposo e pai. Que todas recebam uma mensagem de carinho, de reconhecimento e de agradecimento. Que seja um domingo de luz para todas as mães do Brasil. Portanto, feliz Dia das Mães", concluiu. |
Temer diz que meta da gestão é redução do desemprego Posted: 14 May 2017 06:12 AM PDT ![]() País está com mais de 14 milhões de desempregados Nelson Antoine/Estadão Conteúdo – 2.5.2017 O presidente Michel Temer condiciona o sucesso de seu governo à redução, até o fim de 2018, do número de desempregados. Segundo os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14,2 milhões de brasileiros estão nessa situação. Embora avalie que a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência será muito importante para a retomada do emprego, a derrota no Congresso de uma ou outra não definirá o sucesso do mandato. "O meu principal objetivo é combater o desemprego. Se não conseguir, aí sim você pode dizer que o governo não deu certo. Não é por causa da Previdência." Em entrevista ao Estado na tarde de sexta-feira (12), poucas horas depois de reunir em cerimônia televisionada todo o seu Ministério para balanço de um ano de governo, Temer informou que, pelas projeções das áreas econômica e trabalhista, a retomada lenta do emprego deve começar no quarto trimestre deste ano. Temer está seguro de que aprovará as reformas trabalhista e previdenciária no Congresso. Disse acreditar que o PMDB fechará questão para obrigar seus deputados a votarem a favor da reforma da Previdência e minimizou o impacto das críticas de um dos principais cardeais do partido e líder no Senado, Renan Calheiros (AL). "O Renan agora já está comigo." O presidente voltou a defender seus ministros citados nas delações da Lava Jato, mesmo com prejuízo para a imagem do governo. "Aqui tem pessoas mencionadas que são da melhor qualificação administrativa, prestam um serviço extraordinário. É um custo-benefício que compensa." Em relação ao seu papel na disputa presidencial em 2018, ele disse que vai depender do êxito do governo. "Se eu estiver bem, é claro que todos virão me procurar em busca de apoio. Se eu estiver mal, ninguém vai querer se aproximar." Depois de lamentar mais uma vez a disputa política agressiva atual no País, afirmou que já não se incomoda tanto com os movimentos que pedem a sua saída do governo. "Aliás, ficou simpático este 'Fora, Temer'. Eu acho que vou sentir falta." |
Dilma pediu 'paciência' sobre pagamento, diz delatora Posted: 14 May 2017 05:11 AM PDT Dilma diz que declarações "são mentirosas e descabidas" Andres Stapff/Reuters - 4.11.2016 A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) pediu que Mônica Moura tivesse "paciência" com os atrasos nos pagamentos da Odebrecht, disse a delatora em depoimento ao MPF (Ministério Público Federal). Segundo Mônica, a empreiteira não pagou R$ 25 milhões via caixa 2 que haviam sido acertados devido aos serviços de marketing político prestados à campanha de Dilma à reeleição em 2014. "Quando chegou o final de 2014, a campanha acabou, nós ganhamos [a eleição], a Lava Jato estava adiantada. E aí esses R$ 25 milhões nunca foram pagos, nunca foram depositados na conta da Shell Bill [conta mantida pelo casal na Suíça], a Odebrecht já 'tava' com medo, tinha confusão em torno disso", disse Mônica Moura ao MPF. A empresária definiu a experiência como a primeira vez em que recebeu "cano da Odebrecht" por conta da "situação que estava acontecendo". De acordo com a delatora, o assunto foi discutido com Dilma Rousseff em vários encontros no Palácio da Alvorada ao longo de 2015. "Você precisa ter paciência, espera que eles vão resolver", disse Dilma à empresária, conforme depoimento. "Foi um ano intenso para não ganhar um tostão. Essa campanha não nos deu um real de lucro, porque todo o lucro que a gente ia receber depois ficou travado", comentou Mônica Moura, ao falar do impacto da Lava Jato. O valor oficial combinado para o marketing político do marqueteiro João Santana, marido de Mônica, foi de R$ 70 milhões. Outros R$ 35 milhões seriam pagos pela Odebrecht via caixa 2 - dessa parte, apenas R$ 10 milhões foram efetivamente pagos, de acordo com a empresária. Antes dos problemas com atrasos no pagamento de caixa 2 da Odebrecht, a delatora afirmou em depoimento que Dilma deixou claro que ela mesma ia cuidar de sua campanha em 2014. "A Dilma me disse isso: "O PT não vai se envolver em nada, eu não quero o PT em nada, não quero o Vaccari [João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT] em nada, porque não confio nele". Ela me falou assim mesmo: "Não quero mais que o PT se meta'", relatou Mônica. De acordo com a empresária, Dilma não queria mais ninguém do PT cuidando da campanha dela porque a petista já se considerava fortalecida por ser presidente e buscar a reeleição. COM A PALAVRA, DILMA Em nota enviada à imprensa, a assessoria de Dilma Rousseff disse que a petista "nunca negociou doações eleitorais ou ordenou quaisquer pagamentos ilegais a prestadores de serviços em suas campanhas, ou fora delas". "São mentirosas e descabidas as narrativas dos delatores sobre supostos diálogos acerca dos pagamentos de serviços de marketing. Dilma Rousseff jamais conversou com João Santana ou Monica Moura a respeito de caixa dois ou pagamentos no exterior. Tampouco tratou com quaisquer doadores ou prestadores de serviços de suas campanhas sobre tal assunto", informou a assessoria da ex-presidente. COM A PALAVRA, A ODEBRECHT A Odebrecht, por sua vez, informou que "está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua". Em nota enviada à imprensa, a empreiteira disse que "já reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas, assinou um acordo de leniência com as autoridades do Brasil, Estados Unidos, Suíça e República Dominicana, e está comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas". |
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