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sexta-feira, 12 de maio de 2017

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Mega-Sena sorteia bolada de R$ 18 milhões hoje

Posted: 12 May 2017 08:03 PM PDT

Nenhum apostador faturou a sena na última edição do sorteio Getty images

A Mega-Sena vai sortear a bolada de R$ 18 milhões neste sábado (13), segundo estimativas da Caixa Econômica Federal. O prêmio está acumulado, porque nenhum apostador acertou os seis números do bilhete na última edição do sorteio, realizada na quarta-feira (10). 

Houve 45 apostas ganhadoras da quina e cada um deles faturou R$ 29.973,67. Além disso, 3.225 outras acertaram quatro números do bilhete. Cada um desses apostadores embolsaram R$ 597,48. 

Veja os números sorteados na quarta-feira:

03 — 10 — 23 — 36 — 43 — 52

Para concorrer ao prêmio de R$ 18 milhões deste sábado, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

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Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Caixa 2 e sonegação são práticas comuns em campanhas políticas, diz Mônica Moura

Posted: 12 May 2017 05:10 PM PDT

Monica Moura Reprodução

Em depoimento à força-tarefa da PF (Polícia Federal) em Curitiba, Mônica Moura, esposa e sócia de João Santana, marqueteiro responsável pelas principais campanhas do PT desde 2006, além de outros partidos, afirma que toda campanha trabalha com o chamado caixa 2 - verba usada em campanha e não declarada ao TSE.

"Eu posso garantir: nenhum político e nenhum marqueteiro trabalha só com dinheiro 'por dentro'", contou Mônica aos procuradores, apontando ainda que era ela a responsável pela parte logística, orçamento e recebimento pelas campanhas de marketing de políticos, enquanto o marido seria responsável pela etapa criativa e não interferiria no processo de negociação.

A publicitária explicou como funcionava a negociação, feita, segundo ela, com apenas uma pessoa responsável pelo dinheiro. Ela afirma que a discussão não era feita por grupos. "Era nessa conversa com a pessoa responsável pelo financeiro que definia o que seria pago 'por dentro' e 'por fora'", narra ela, destacando ainda a insegurança quanto ao pagamento. "O 'por fora' nunca estava garantido, é tudo na confiança, porque não existe contrato. Por isso tanta dificuldade para receber; conheço marqueteiro que ainda não recebeu por trabalho na campanha de 2012."

Segundo ela, os responsáveis financeiros pelas campanhas presidenciais do PT de 2006 a 2010 teria sido Antonio Palocci, substituído por Guido Mantega em 2014.

Sonegação

Em seu depoimento, Mônica Moura deu um breve histórico profissional, contando trabalhar com campanhas políticas desde 1990 como funcionária freelancer. Ela conta que já na época seus próprios pagamentos não eram declarados. "Como freelancer, muitas vezes eu recebi 'por fora' de outros marqueteiros. Eles acordavam, por exemplo, que se você ganha R$ 20 mil, faz uma nota fiscal de R$ 10 mil e recebe o resto sem declarar".

Ela afirma não ter conhecimento, até passar a ser sócia da própria agência, a Polis, de como funcionava a negociação direta com políticos, e se defendeu dizendo que, de 2002 a 2014, tentou reduzir a parcela do total pago via caixa 2.

"A média era 50% pago de modo correto, com contrato, e 50% via caixa 2. Mas houve campanha em que até 70% do pagamento era feito de modo não declarado", afirma.

O pagamento não declarado podia ser feito em espécie ou mesmo em mercadorias e imóveis, pela campanha do próprio candidato ou empresas.

Conta Mônica Moura que parte do caixa 2 da campanha para governador do Rio Grande do Norte em 2002 foi pago por uma empreiteira em salas comerciais. Já em 2006, segundo ela, R$ 13 milhões dos 24 milhões da campanha presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram pagos diretamente pela Odebrecht, de acordo com orientação de Antonio Palocci. "Na verdade eles pagavam 'por dentro', doando ao partido, mas também pagavam despesas do partido 'por fora', e isso não incluía apenas nós, mas também pesquisas de opinião, outros marqueteiros, várias coisas", afirmou.

Mônica Moura e João Santana foram condenados pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a oito anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro, pelo recebimento de valores provenientes de propina da Petrobras.

Juiz dá três dias úteis para Eike Batista pagar fiança de R$ 52 milhões

Posted: 12 May 2017 03:48 PM PDT

Advogado de Eike afirma que todos os bens do empresário estão bloqueados pelo juízo da 3ª Vara Federal Criminal do Rio Fábio Pozzebom/19.08.2010/ABr

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, decidiu nesta sexta-feira (12) dar um novo prazo para Eike Batista, alvo da Operação Eficiência, pagar fiança de R$ 52 milhões. O empresário terá três dias úteis para pagar o montante ou precisará voltar para o sistema carcerário. O fundador do grupo X está em prisão domiciliar.

A fiança já tinha sido determinada por Bretas e teria que ser paga até a última terça-feira (9), mas o prazo para pagamento foi suspenso na segunda-feira (8) pelo próprio juiz. A decisão ocorreu após a defesa de Eike alegar que havia R$ 78 milhões do empresário bloqueados em excesso na 3ª Vara Federal Criminal do Rio, por causa de outros processos em que Eike é réu. Foi pedido que esse dinheiro fosse usado para pagar a fiança.

Bretas fez uma consulta à juíza da 3ª Vara, Rosália Monteiro Figueira, mas a magistrada negou que houvesse bloqueio em excesso, disse uma fonte à reportagem. Após a negativa, o magistrado determinou novamente o pagamento dos R$ 52 milhões. O oficial de Justiça deve entregar mandado de intimação ao empresário neste sábado (13). 

Procurado, o advogado de Eike, Fernando Martins, afirmou que todos os bens do empresário estão bloqueados pelo juízo da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, "inclusive em flagrante excesso, conforme decisão anterior nos autos do processo e confirmada pelo próprio TRF (Tribunal Regional Federal)".

Ele acrescentou ainda que o não pagamento "não se trata de descumprimento de fiança, mas sim de expressa impossibilidade de dar cumprimento, eis que todos os bens estão bloqueados".

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Atualmente, Eike tem R$ 240 milhões bloqueados na Justiça, informou a defesa. Em 2014, ele teve todos os seus bens bloqueados pela 3ª Vara Federal Criminal. No ano seguinte, o então juiz titular daquela vara decidiu desbloquear bens e ativos apreendidos, exceto R$ 162 milhões. Com isso, estariam bloqueados em excesso os R$ 78 milhões.

O ministro Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao fundador do grupo X no fim do mês passado. O juiz de plantão Gustavo Arruda Macedo autorizou que Eike deixasse Bangu 9, na zona oeste do Rio, e passasse a cumprir prisão domiciliar. Ele voltou para sua casa no mesmo dia após três meses preso. Na sequência, Bretas decidiu estabelecer a fiança, que deveria ser paga em até cinco dias úteis.

Palocci afasta seu advogado de confiança para negociar delação com Lava Jato

Posted: 12 May 2017 03:03 PM PDT

Antônio Palocci Danilo Verpa/26.09.2016/Folhapress

O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil, dos governos Lula e Dilma) decidiu fazer delação premiada. Nesta sexta-feira (12), diante da promessa de que "muito em breve" poderá ganhar a liberdade, ele comunicou seu advogado de confiança, o veterano criminalista José Roberto Batochio, que não precisa mais de sua assistência.

Palocci está preso desde setembro de 2016.

Ele teria comunicado a Batochio que a saída dele da causa foi uma "primeira exigência" da força-tarefa da Lava Jato. Batochio, "por princípio", não defende clientes que fazem delação premiada.

Nos últimos meses, o criminalista tem travado um embate tenso com os procuradores do Ministério Público Federal e não desiste de tentar habeas corpus para o ex-ministro no Supremo Tribunal Federal.

Em abril, quando foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro na ação penal em que é réu pelo suposto recebimento de R$ 128 milhões em propinas da empreiteira Odebrecht - parte do valor teria sido destinado ao PT -, Palocci acenou claramente com a possibilidade de fazer delação.

Na ocasião, ele disse ao juiz que tinha informações importantes a revelar que podem esticar por mais um ano, pelo menos, os trabalhos da Lava Jato.

Batochio defende Palocci há dez anos. Nesse período conseguiu 12 absolvições do ex-ministro, como no episódio do caseiro Francenildo e na investigação sobre tomate com ervilhas da merenda escolar de Ribeirão Preto, município do qual o petista foi prefeito.

"Palocci não resistiu ao sofrimento psicológico que lhe foi imposto em Guantánamo meridional", declarou Batochio, referindo-se a Curitiba, base da Lava Jato.

Em nota, o escritório José Roberto Batochio Advogados Associados confirmou que Palocci deu início à delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

A nota destaca que Batochio deixou a defesa do ex-ministro em duas ações penais no âmbito da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, sob tutela do juiz Sérgio Moro.

Leia nota:

"O escritório José Roberto Batochio Advogados Associados deixa hoje o patrocínio da defesa de Antonio Palocci em dois processos que contra este são promovidos perante o juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba, em razão de o ex-ministro haver iniciado tratativas para celebração do pacto de delação premiada com a Força Tarefa Lava Jato, espécie de estratégia de defesa que os advogados da referida banca não aceitam em nenhuma das causas sob seus cuidados profissionais."

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MPF pede para ouvir mais três testemunhas ligadas a empreiteiras no caso tríplex

Posted: 12 May 2017 02:39 PM PDT

Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina BBC Brasil

Procuradores do MPF (Ministério Público Federal) pediram para ouvir mais três testemunhas mencionadas em depoimentos do caso do tríplex no Guarujá (SP).

De acordo com a Agência Brasil, o requerimento foi encaminhado na última quinta-feira (11) à Justiça Federal do Paraná, onde corre a ação em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina.

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Foram requisitados os testemunhos do funcionário da OAS Empreendimentos Joilson Santos Goes, da ex-funcionária da OAS Jéssica Monteiro Malzone e do ex-executivo do Grupo Odebrecht Marcio Faria. Os procuradores solicitam que a oitiva seja autorizada antes da fase de alegações finais do processo.

— A análise do conteúdo de referidos depoimentos demonstrou que se faz de suma importância a oitiva das pessoas supramencionadas. 

Delcídio e João Santana negociaram campanha pelados em sauna na casa do ex-senador, conta Mônica Moura

Posted: 12 May 2017 02:29 PM PDT

Campanha de 2002 na qual atuaram os marqueteiros elegeu Delcídio com 25,8% dos votos válidos Dida Sampaio/Estadão Conteúdo – 20.3.2014

A marqueteira Mônica Moura contou em sua delação premiada que a negociação da campanha do ex-senador Delcídio do Amaral no ano de 2002 foi feita em uma conversa com os dois dentro de uma sauna na casa do político. "Tudo o que eles conversaram a respeito de campanha foi feito em uma conversa entre os dois, sem roupa", revelou.

Segundo Mônica, o convite de Delcídio teria sido "um cuidado" para evitar uma possível gravação da conversa. A delatora afirma que depois do encontro o ex-senador convidou João para fazer a sua campanha.

No segundo encontro entre os dois, Mônica afirma que estava presente. Foi neste momento que ela diz ter repassado a Delcídio os valores que seriam cobrados pelo casal. "Era uma campanha pequena e eu levei uma proposta de valores que, na época, foi R$ 4 milhões".

A marqueteira relata que essa foi sua primeira negociação de campanha e relata que ao tomar conhecimento do valor solicitado Delcídio disse que não poderia pagar tudo oficialmente porque a campanha era muito pequena. "Como eu já sabia que isso acontecia, acabei aceitando e fizemos um acordo". Ela afirma que na ocasião a maior parte do dinheiro foi paga "por fora".

"Eu falei que era impossível porque eu tinha que gerir contabilmente essa campanha. É impossível fazer isso com um valor irrisório 'por dentro'".

Naquele ano, Delcídio foi eleito senador pelo PT com 496.879 votos (25,8% dos votos válidos).

Ninguém do PT deu apoio após prisão, diz delatora

Posted: 12 May 2017 02:21 PM PDT

Marqueteira diz que Dilma não podia interferir na prisão do casal Reprodução

A empresária Monica Moura reclamou, em sua delação premiada, que ninguém do PT procurou a ela ou ao seu marido, o publicitário João Santana, para prestar solidariedade quando foram presos pela Polícia Federal, em fevereiro de 2016, na Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato.

Em depoimento a procuradoras da República, Monica foi indagada. "Na prisão alguém do Partido dos Trabalhadores procurou vocês?"

"Nunca, nem nossos filhos pra dizer uma palavra de apoio, nunca", respondeu a delatora.

"A Dilma não?", indagou uma procuradora.

"Nunca."

"Nenhum emissário da Dilma?"

"Nunca, nunca."

"Não tinham medo que vocês falassem alguma coisa?", seguiu a procuradora.

"Imagino que sim, imagino que sim, mas nunca mandaram nenhum recadinho de apoio, nem um recadinho de ameaça, nem um recadinho de medo, nenhuma... nada, nada, zero, nem ela (Dilma)", afirmou Monica.

"Por que isso?"

"Sei lá, medo de se envolver em alguma coisa, medo de... sei lá, medo, desespero."

"Nem Lula?"

"Não, nunca mais desde essa época, tem um ano, que não falamos com nenhum deles."

A procuradora perguntou, então, se quando ainda estavam em liberdade, mas já acuados pela Lava Jato, se não pensaram em falar com o ex-presidente Lula.

"Não, com Lula não", disse Monica.

"João não falou com Lula?"

"Com Lula, não. Nessa época, não. Isso foi em 2015 já."

"Não tinham a impressão que como Dilma não estava resolvendo, Lula não podia interceder?"

"Dilma era presidente da República. Se ela não podia resolver, imagina Lula que não era mais nada. Era uma coisa que não tinha saída, não tinha muito o que fazer. Fugir a gente não ia jamais. Ela (Dilma) não podia chegar e proibir nossa prisão."

Defesa

Em nota enviada à imprensa na quinta-feira (11) após o STF (Supremo Tribunal Federal) liberar o sigilo da delação do casal, a assessoria de Dilma Rousseff disse que João Santana e Mônica Moura "prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores". "Apesar de tudo, a presidente eleita acredita na Justiça e sabe que a verdade virá à tona e será restabelecida", afirma a nota. 

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Dilma escolheu codinome em referência a mulher de ditador

Posted: 12 May 2017 02:15 PM PDT

Mônica Moura Reprodução

O codinome Iolanda foi escolhido pela ex-presidente Dilma Rousseff em referência a Iolanda Gibson Barbosa da Costa e Silva, mulher de Arthur da Costa e Silva, segundo ditador militar brasileiro (no poder entre 1967 e 1969), afirmou a marqueteira Monica Moura em deleção premiada à Justiça Federal.

Videos da delação vieram à tona nesta quinta-feira (11), após o ministro Edson Fachin do STF, suspender o sigilo.

O endereço de e-mail teria sido criado pela própria Mônica Moura no Palácio do Planalto, após Dilma chamá-la para uma conversa e manifestar preocupação com o avanço da Lava Jato.

"Precisamos manter contato frequente de uma forma segura para que eu lhe avise sobreo andamento da operação, estou sendo informada de tudo frequentemente pelo losé Eduardo Cardoso (então Ministro da Justiça)", teria dito Dilma à marqueteira.

"Combinaram então que se houvesse alguma notícia, com relação ao avanço da operação Lava Jato, notadamente em respeito a Mônica Moura e João Santana, ela avisaria através do e-mail", diz a delação.

Senha

Em sua delação, Mônica Moura disse não lembrar a senha do e-mail. Segundo ela, a senha seria o nome de uma pessoa próxima a Dilma e o final seria 47, em referência ao ano de nascimento da ex-presidente.

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INSS suspende serviços nas agências após indícios de ataque cibernético

Posted: 12 May 2017 02:14 PM PDT

Ataque hacker foi registrado nesta sexta-feira Arquivo/Câmara dos Deputados

O INSS informou que suspendeu serviços nas agências nesta sexta-feira (12) após indícios de cyber ataques na rede mundial de computadores. O instituto não deu detalhes do que aconteceu. Ataques simultâneos estão sendo registrados nesta sexta em outros países, como Espanha e Portugal. Em nota, o INSS informou que os atendimentos prejudicados serão reagendados e terão preferência.

O Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) informou que até o momento não identificou nenhuma anormalidade em redes de órgãos do governo. O órgão é responsável por sistemas do Ministério da Fazenda, Receita Federal, Tesouro Nacional, Planejamento, Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e outros.

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— Toda a equipe de segurança está em alerta, adotando as medidas adequadas a situações como as que estão acontecendo. 

A Caixa também disse que não registrou problemas em seus sistemas, que estão sendo monitorados pela equipe de tecnologia da informação. O banco informou que os saques a recursos do FGTS ocorrem normalmente.

Internet sob alerta: ataque hacker derruba sistemas de empresas em todo o mundo

Campanha de Dilma em 2010 teve 20 milhões de reais em caixa 2, diz marqueteira. Assista ao vídeo

Posted: 12 May 2017 02:09 PM PDT

A empresária, e mulher do marqueteiro João Santana, Mônica Moura revela em seu depoimento à Justiça Federal que parte da campanha da presidente Dilma Rousseff foi pago com caixa 2. Segundo ela, só no primeiro turno o PT (Partido dos Trabalhadores) pagou, oficialmente, 34 milhões de reais, e mais 20 milhões "por fora."

Segundo a marqueteira, Dilma não tratava da negociação financeira com a equipe de marketing. "Nessa campanha a presidente Dilma não participou de nenhuma conversa técnica, formal e financeira, pelo menos comigo", afirma.

E revela que o acordo foi travado com o ex-ministro da Fazendo Antonio Palocci. ""Quem tratou nessa campanha de tudo comigo foi o Palocci, que era o representante do presidente Lula. Nós acertamos os valores e mais uma vez os valores tinham que ser uma parte por dentro e uma parte por fora."

Mônica revela ainda como era feito o esquema de pagamento em flats e hotéis de luxo na região dos Jardins, em São Paulo e conta sobre o pagamento da campanha que envolve João Vaccari Neto e Paulo Okamoto.

Mônica Moura diz que comprou máquina para contar cédulas recebidas 'por fora'

Posted: 12 May 2017 01:42 PM PDT

Monica disse que campanha teve entre R$ 25 e R$ 30 milhões "por fora" em campanha de Dilma em 2010 Reprodução

Para contar os repasses em dinheiro feitos pela Odebrecht à campanha de Dilma Rousseff em 2010, a publicitária Mônica Moura revelou em delação ao Ministério Público Federal que comprou uma máquina contadora de cédulas. A mulher de João Santana disse que recebeu, pessoalmente, em espécie, cerca de R$ 5 milhões da empreiteira.

O dinheiro foi entregue em hotéis em São Paulo por "motoqueiros", como ela chamava os entregadores pelo fato de eles costumarem usar jaquetas, nas quais guardavam as notas, além de também esconder nas meias. Somando pagamentos no Brasil e no exterior, Mônica Moura diz que a campanha teve entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões "por fora".

"Eu contava sozinha, e depois o André passou a me ajudar. E foi nessa época que a gente comprou aquela maquinha. Sabe aquela maquinha, que faz 'tchururururu', porque era um volume", disse ela, imitando o barulho feito pelo dinheiro quando passa pelo contador de cédulas. "André comprou a maquininha de dinheiro para facilitar", disse.

— Mas no início era eu sozinha, andava na cidade com mochila, com a minha bolsa. Não é que eu saia com o dinheiro todo que eu recebia, eu saía com o dinheiro que eu ia pagar àquela pessoa.

A marqueteira explicou que esses R$ 5 milhões eram utilizados para fazer pagamento a fornecedores e prestadores de serviço da campanha.

Segundo Monica Moura, o então ministro do governo Lula Antonio Palocci orientou que o casal procurasse Hilberto Mascarenhas, chefe do departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, para receber recursos. Hilberto, por sua vez, haveria destacado Fernando Migliaccio para tratar da operação. A Odebrecht informava a data dos pagamentos e Mônica viajava para São Paulo informando o hotel onde estaria para receber.

O dinheiro chegava escondido em meias e jaquetas, segundo a delatora, que afirmou trocar de hotéis com frequência para se sentir mais segura nas entregas.

— Às vezes eles vinham com uma maletinha (de dinheiro), às vezes vinham com dinheiro enfiado nas meias e nas jaquetas, por isso que eu falo que eram 'motoqueiros', porque vinham sempre de jaqueta. Às vezes, vinham com dinheiro enfiado na meia. E aí saía tirando os bolos de dinheiro e botavam na mesa. Às vezes vinha com uma bolsinha bem vagabunda e deixavam comigo e eu jogava fora depois", disse Mônica Moura.

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A publicitária disse que o custo do primeiro turno da campanha de 2010 foi R$ 54 milhões, sendo R$ 34 milhões em contratos, por dentro, e R$ 20 milhões "por fora", nas palavras da delatora.

— E o segundo turno, realmente, foi 50% desses R$ 54 milhões. E, da mesma forma, teve por dentro e por fora. Juntando tinha R$ 25 a R$ 30 milhões por fora pra receber dos dois turnos. 

Os vídeos do depoimento do casal foram tornados públicos nesta sexta-feira, 12.

Defesa

Em nota enviada à imprensa na quinta-feira (11), após o STF liberar o sigilo da delação do casal, a assessoria de Dilma Rousseff disse que João Santana e Mônica Moura "prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores".

— Apesar de tudo, a presidente eleita acredita na Justiça e sabe que a verdade virá à tona e será restabelecida. 

Mônica Moura diz ter recebido R$ 400 mil “por fora” para produzir publicidade para o senador Lindbergh Farias

Posted: 12 May 2017 01:28 PM PDT

Segundo Mônica, Lindbergh Farias queria "vitaminar" sua candidatura para o governo do Rio de Janeiro em 2014 Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo

Dê olho na campanha eleitoral para o governo do Rio de Janeiro de 2014, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) teria convidado João Santana para produzir, em 2013, inserções publicitárias com a intenção de "vitaminar" sua candidatura. As informações, transmitidas em delação pela mulher do marqueteiro, Mônica Moura, apontam ainda que dois terços dos R$ 600 mil cobrados pelo casal para a produção do conteúdo foram pagos pela empreiteira OAS. 

Segundo Mônica, o pagamento foi intermediado por "Fausto", um dos assessores de Lindbergh. Teria sido ele também quem disse que o PT do Rio não tinha como pagar todo o valor "por dentro". 

"Ele disse que o PT do Rio não tinha como pagar por dentro. Mas essa história já é tão constante na minha vida, em todas as campanhas que eu nem pestanejei", destaca a marqueteira.

"Nós fizemos um contrato de R$ 200 mil com o PT do Rio de Janeiro pelas inserções e ele me disse que R$ 400 mil ele tinha conseguido que a OAS pagasse para ele", afirmou a marqueteira. De acordo com Mônica, os valores disponibilizados pela construtora foram pagos em duas vezes em um período de dez dias, enquanto eles produziam o conteúdo solicitado. O segundo dos pagamentos teria sido feito, inclusive, na casa do próprio Lindbergh.

"Fomos para um canto e ele me entregou um pacotinho", disse Mônica ao contar que a transferência de dinheiro aconteceu enquanto eles realizavam uma das produções, "O Mateus [assessor do Léo Pinheiro] tinha uma intimidade com o Lindbergh. Eles se conheciam bastante. Eles tinham um tratamento bem cordial".

Roubo de mala com R$ 1,5 mi de caixa 2 revelou que própria Odebrecht foi vítima de corrupção

Mônica conta ainda que ela e o marido foram consultados novamente por Lindbergh no ano seguinte para que eles trabalhassem na campanha do petista. Ela conta que o pedido foi recusado porque eles já estavam com muitos trabalhos, com a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff.

Em nota, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirma que as afirmações de Monica Moura "são fantasiosas e inadmissíveis". Segundo o petista, a marqueteira "está mentindo para obter benefícios". 

"Os pagamentos das minhas campanhas sempre foram feitos licitamente e aprovados pela Justiça Eleitoral. Como das outras vezes, tenho convicção de que o arquivamento é o único desfecho possível", afirma o senador. 

Temer já sabia o que precisava ser feito ao assumir governo, diz Moreira Franco

Posted: 12 May 2017 01:17 PM PDT

Moreira Franco afirma que trabalho do governo já produz resultados Fredy Uehara/divulgação

O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, publicou um vídeo nesta sexta-feira (12), em suas redes sociais, afirmando que, quando Michel Temer assumiu o governo há um ano, teve o trabalho facilitado pelo fato do PMDB já ter lançado o documento "Ponte para o Futuro", que expressou a concepção do partido sobre a crise econômica e as medidas que deveriam ser tomadas para tirar o Brasil da recessão.

— Quando o presidente Temer assumiu o governo, ele já sabia o que precisava ser feito e tinha uma meta e uma métrica para que se buscasse eficiência e garantisse bons resultados para os trabalhadores brasileiros e a sociedade brasileira.

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Para ele, o trabalho do governo já produz resultados. Moreira destacou que a inflação já caiu, a taxa de juros está caindo e a recessão está acabando.

— Nós precisamos ter um desenvolvimento sustentável para que haja confiança e certeza de que estamos construindo uma sociedade com igualdade de oportunidades e direitos iguais para todos.

Dilma sugeriu que casal transferisse conta da Suíça para Cingapura, diz delatora

Posted: 12 May 2017 01:09 PM PDT

Monica Moura faz delação Reprodução

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sugeriu à empresária Mônica Moura que ela transferisse uma conta mantida na Suíça para a Cingapura porque seria mais seguro, disse a delatora em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF). De acordo com Mônica, a conta era o "elo de ligação" dos pagamentos feitos pela Odebrecht a ela e ao seu marido, o marqueteiro João Santana.

Vídeos da delação vieram à tona na quinta-feira (12) após o ministro Edson Fachin, do STF, suspender o sigilo do processo.

"Ela (Dilma) sempre falava dessa preocupação, porque a Lava Jato avançava, avançava. Ela queria que a gente mudasse, mexesse na conta, chegou a sugerir 'Por que vocês não transferem essa conta de lá pra outro lugar?'", relatou Mônica aos procuradores.

"Ela (Dilma) sugeriu que a gente mandasse pra Cingapura ou algo assim, que ela ouviu falar que era um lugar muito seguro", disse a empresária.

De acordo com a delatora, a "preocupação" de Dilma com essa conta se devia ao fato de esse ser o "elo de ligação" dos pagamentos da Odebrecht ao casal de marqueteiros.

"E João fazia, 'De jeito nenhum, eu não vou mexer em nada, eu não tenho culpa'. Aquelas coisas do João, ele não aceitava", disse Mônica.

Em uma conversa anterior, Mônica relatou que Dilma já estava muito preocupada com a questão porque sabia que já haviam descoberto uma conta do então presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também mantida na Suíça.

Defesa

Em nota enviada à imprensa, a assessoria de Dilma Rousseff reiterou que João Santana e Mônica Moura "prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores".

"Apesar de tudo, a presidente eleita acredita na Justiça e sabe que a verdade virá à tona e será restabelecida", diz a nota.

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Marqueteira diz que Lula pediu que campanha em El Salvador fosse paga com dinheiro da Odebrecht

Posted: 12 May 2017 01:02 PM PDT

Mônica Moura em depoimento à Justiça Federal Reprodução

A empresária, e mulher do marqueteiro João Santana, Mônica Moura revela em seu depoimento à Justiça Federal que a campanha de Maurício Flores, eleito presidente de El Salvador em 2009, foi paga com dinheiro da Odebrecht a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O valor total do dinheiro investido na campanha foi de 3 milhões de dólares.

Mônica revela que Lula colocou João Santana em contato com Emílio Odebrecht e que o intermédio financeiro foi feito pelo ex-ministro Antonio Palocci.

Ela ainda explica como foi feito o pagamento. "Eu acho que dois milhões de dólares foi pago pela Odebrecht e um pedacinho pelo Palocci."

"Eu recebi esse dinheiro no Brasil, uma parte entregue por Juscelino Dourado [ex-chefe de gabinete de Palocci], que me entregava no esquema que eu já tinha com ele de entrega no chá do [Shopping] Iguatemi e se eu não me engano foi 1 milhão de dólares."

Ao ser questionada sobre as provas da propina, Mônica comenta que não houve contrato e que "não foi pago nada no exterior, então não tenho nem extrato de contas para mostrar que foi pago. Esse dinheiro foi entregue em mãos pra mim em 2009, há oito anos atrás e eu não tenho nenhum registro disso."

Reforma atual pode tornar desnecessária outra reforma por décadas, diz Meirelles

Posted: 12 May 2017 12:52 PM PDT

Meirelles afirma que quanto maior é o crescimento, menor o peso da Previdência do orçamento José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (12), que a reforma da Previdência, se aprovada nos termos atuais, pode tornar desnecessária uma nova reforma por décadas.

— Vai depender da evolução demográfica e do restante da evolução da situação fiscal e do crescimento do Brasil. Quando maior o crescimento, menor o peso da Previdência no orçamento da União.

Segundo o ministro, a reforma como está hoje representa uma economia fiscal de cerca de 75% do previsto no texto original. "O projeto original trazia R$ 800 bilhões em dez anos, esse número ficou um pouco acima de R$ 600 bilhões e está dentro das nossas expectativas", disse em evento no Rio.

— Esperamos que seja votada na Câmara ainda no mês de maio e, em seguida, no Senado. Se for votada em junho ou agosto, do ponto de vista da Previdência, o efeito não é grande porque a reforma é por décadas. Não são alguns meses que vão fazer a diferença.

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Meirelles destacou que a aprovação neste ano é importante para a recuperação do nível de confiança na economia brasileira e recuperação da atividade.

— Quanto mais cedo, melhor.

Em discurso para empresários, o ministro afirmou ainda que a reforma da Previdência é fundamental para que o teto dos gastos seja sustentável. Meirelles defendeu que o texto atual traz uma proposta gradual de mudança.

— É uma transição porque estamos fazendo com tempo suficiente.

Roubo de mala com R$ 1,5 mi de caixa 2 revelou que própria Odebrecht foi vítima de corrupção

Posted: 12 May 2017 12:33 PM PDT

Mônica Moura disse que casal sempre usava táxi para receber dinheiro de caixa dois: "Não era parado em blitz, era mais seguro" Reprodução/YouTube

Mônica Moura, mulher do ex-marqueteiro do PT João Santana, explicou em sua delação premiada que um "fato inusitado" revelou uma série de desvios de recursos da própria Odebrecht, de até US$ 100 milhões, sem o conhecimento dos executivos da empresa. Os vídeos da colaboração da marqueteira foram divulgados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (12).

Em 2014, o roubo de uma mala de roupas, recheada com R$ 1,5 milhão de caixa dois da Odebrecht, dinheiro de acerto de contas com o casal de marqueteiros, indica que a própria empreiteira estava sendo roubada por um funcionário.

Trata-se do executivo Fernando Migliaccio, preso em fevereiro de 2016 na 23ª fase da Lava Jato (Acarajé).

Mônica Moura explicou à Justiça que, quando estava fazendo campanha da Dilma Rousseff, recebia dinheiro da Odebrecht, por meio de pagamentos "em dinheiro, em hotel, flat, com senha, e tal".

Segundo ela, "uma das vezes, se acumularam alguns pagamentos de R$ 500 mil, não me lembro por que motivo, eles deixaram de fazer o pagamento e isso se acumulou em R$ 1,5 milhão".

— Então, o Fernando Migliaccio me chamou um dia e disse: "Olha vou te pagar aqueles atrasados e o de agora. Vou te pagar R$ 1,5 milhão. Me dá o endereço".

O emissário do casal Santana — André Santana, um funcionário que trabalhava com o casal desde 2002 — foi até um hotel e falou a senha a cerca de três ou quatro pessoas da Odebrecht. Segundo Mônica, assim que saiu do hotel, cerca de 2 horas depois da entrega da mala, pegou um táxi em frente ao local e o assalto aconteceu.

— Alguns minutos depois, já longe do hotel, o táxi foi fechado por uma SUV com aquele negócio de polícia em cima [sirene]. Desceram de um carro só dois homens e mandaram o táxi parar e ele descer. Disseram: "A mala está aí no fundo, me dá a mala aí. Venha cá, você mexeu nesse dinheiro? Você tirou alguma coisa daí? Eu sei quanto que tem...". Ele entregou o a mala e os caras se mandaram. Fato absolutamente estranho.

Alvo do furto, Mônica — presa na mesma operação Acarajé, em fevereiro de 2016 —  disse que só descobriu o suposto autor do roubo na cadeia, quando conversava com o herdeiro do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, na carceragem da PF (Polícia Federal) em Curitiba.

— Um ano e meio depois, quando eu comecei a ler essas histórias do Fernando, que ele foi preso na Suíça, que tinha conta... que o próprio Marcelo, que estava com a gente lá na PF, falou: "Onde que o Fernando ter US$ 100 milhões? Isso é impossível". O Migliaccio afanou durante anos essa empresa, entendeu? O dinheiro era tanto, a movimentação era tamanha, que imagino que não tinha esse controle. É algo assim muito sério.

Mônica Moura disse que esse pagamento foi refeito meses depois, ou seja, o casal Santana não teve prejuízo. Ela disse ainda que foi "um dos maiores valores" que recebeu.

— Eu achei estranho, porque foram tantas vezes que eu recebi dinheiro e nunca fui assaltada. Mas enfim.

Marqueteiro diz que Dilma prometeu pagamentos antecipados via Guido Mantega em campanha de 2014

Posted: 12 May 2017 12:22 PM PDT

Marqueteiro diz que Dilma prometeu pagamentos antecipados via Guido Mantega em campanha de 2014 Agência Brasil

O marqueteiro João Santana afirmou, em delação premiada, que a ex-presidente Dilma Rousseff teria assumido o "controle da gestão financeira" da campanha eleitoral de 2014. Segundo Santana, a ex-presidente teria marcado um encontro, no início de 2014, para "tranquilizar" o marqueteiro sobre a forma de custear a campanha, que passaria a ser gerenciada pelo então ministro da Fazenda Guido Mantega.

— Ela disse: 'Eu quero primeiro lhe tranquilizar em relação à campanha de 2014. Eu estou criando um sistema que você pela primeira vez poderá ser pago até antecipadamente, relatou Santana.

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O sistema, descreve o delator, excluiria o então tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

A presteza prometida não teria, no entanto, se concretizado, conforme explica o marqueteiro.

— Era para entrar o dinheiro, e o Guido não conseguiu viabilizar. Foi paga uma parte, mas não com a presteza e a antecipação com que havia sido garantido.

João Santana e a mulher, Mônica Moura, foram responsáveis pelas campanhas do PT à Presidência da República em 2006, 2010 e 2014.

A colaboração de Santana e de Mônica Moura, além de André Santana, funcionário do casal, foi assinada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta sexta-feira (12), o Supremo divulgou os vídeos com os depoimentos do casal.

Procurada nesta sexta-feira, a assessoria da ex-presidente Dilma não se manifestou. Na quinta, após o STF retirar o sigilo dos depoimentos, a assessoria de imprensa de Dilma disse que "João Santana e Mônica Moura prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores". 

Doria diz que gestão que faz em SP não se pauta por objetivos políticos

Posted: 12 May 2017 12:17 PM PDT

Doria reforçou sua posição contra a reeleição Rodrigo Ziebell/11.04.2017/Brazil Photo Press/Folhapress

Embora pesquisas indiquem a viabilidade de seu nome à corrida pelo Palácio do Planalto, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta sexta-feira (12) que sua gestão não se pauta por objetivos políticos. O tucano voltou a dizer que não se considera um político e exaltou suas qualidades como gestor.

— Não que isso a política me dê ojeriza, mas eu sou um administrador, sou um gestor. Estou fazendo no setor público aquilo que fiz no setor privado durante 45 anos. 

Segundo Doria, sua forma de gestão contagiou outras cidades, governos estaduais e, como consequência, levou a citação de seu nome em pesquisas para presidente.

— Volto a dizer que não faço gestão com objetivo político. Estou fazendo gestão para cumprir com a minha obrigação, que é ser um bom gestor. Fui eleito para isso.

Durante o evento, Doria reforçou sua posição contra a reeleição e citou a eficiência, a transparência e a inovação como as bases de sua gestão - em contraposição à gestão ideológica ou partidária. Ele considerou que, à frente da prefeitura, mais acertou do que errou até o momento.

— Errar faz parte. Só não erra quem não faz. Mas a atitude covarde de não fazer não é uma atitude de líder.

O prefeito também aproveitou o seminário para, ainda em seu discurso, defender as doações feitas por empresas ao município, alvo de questionamentos sobre quais são os interesses das companhias por trás da iniciativa.

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Segundo Doria, as empresas aceitam fazer a doação porque é positivo para a imagem delas, sem contrapartidas, e os recursos concedidos pela iniciativa privada ajudam a reduzir custos de serviços da prefeitura, como a recuperação de parques. Ele lembrou que recebeu na quinta-feira da Cisco a "maior doação da história". Serão R$ 300 milhões em equipamentos de informática usados que vão para as escolas municipais.

Entre os exemplos sobre o tema, o tucano citou que a doação de R$ 126 milhões em remédios feita por laboratórios ajudou a resolver a situação dos estoques de medicamentos em postos municipais. De acordo com Doria, eles estavam zerados quando assumiu a prefeitura.

O governador Geraldo Alckmin, chamado pelo prefeito de "ponta firmíssima", garantiu a isenção de impostos estaduais nos remédios doados.

— Havia filas enormes de gente esperando medicamento. 

Após dizer que o Corujão da Saúde, programa que permite atendimento gratuito em hospitais privados na madrugada, já eliminou as filas de 486 mil pessoas por exames, Doria adiantou que até o fim do ano a prefeitura vai zerar as filas por cirurgia.

'As campanhas do Brasil são fortemente financiadas dessa forma: caixa 2', diz marqueteiro em delação

Posted: 12 May 2017 12:11 PM PDT

'Todos violam a democracia', diz Santana sobre caixa 2 em campanhas eleitorais Reprodução/TV Record

Em depoimento ao Ministério Público Federal, o marqueteiro João Santana disse que todas as campanhas eleitorais feitas no País usam caixa 2 e "violam a democracia". Os vídeos foram divulgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta sexta-feira (12).

— As campanhas no Brasil são fortemente financiadas dessa forma: caixa 2. Não há uma só campanha no Brasil, vamos dizer, 99,9%, e não há um único marqueteiro, eu imagino, que não tenha sido obrigado ou que não recebeu. Não que isso nos isente, disse João Santana em sua delação premiada.

O marqueteiro foi responsável pelas campanhas do PT à Presidência da República em 2006, 2010 e 2014. João Santana disse em depoimento que sempre pressionou para que o seu pagamento oficial fosse o mais próximo da realidade.

— Não pra dizer que eu ajudei a sanear esse mercado, mas a minha pressão pra ser o pagamento ser o mais próximo da realidade ajudou isso também.

Santana reconheceu que se os marqueteiros não topassem o esquema de caixa 2, as campanhas seriam mais limpas, honestas e democráticas.

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Violação

Questionado se o caixa 2 não torna a competição mais desigual, principalmente quando se trata de uma campanha à reeleição, o marqueteiro respondeu: "torna desigual, mas todos violam a democracia. Pequenos e grandes, cada um da sua maneira. E se associam pra violar. É uma prática generalizada o caixa 2".

Nesta sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou os vídeos dos depoimentos do acordo de delação premiada de Santana e sua mulher, Mônica Moura, para a Lava Jato. A delação foi homologada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte. COLABORARAM BERNARDO GONZAGA, DEIVLIN VALE E LIANA COSTA, ESPECIAIS PARA AE