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- Deputados se reúnem com Temer e dizem: delações não afetam votação de reformas
- Relator da Previdência diz que pretende manter idade mínima de 65 anos
- Lista de Fachin: Odebrecht descontava propina de bônus de executivos
- Delator diz que tratou de caixa 2 diretamente com deputado 'Garanhão'
- Delator ligou 32 vezes para Padilha em datas próximas a pagamentos de propina
- Procuradoria fará raio-x nas doações da Odebrecht a Aécio e ao PSDB em 2014
- Cassol é acusado de receber R$ 2 mi por apoio a hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho
- Delator diz que Cabral negociou mais de R$ 20 mi para campanha de Pezão
- Executivos da Odebrecht dizem que Collor recebeu R$ 800 mil em 2010
- Declarando vitória, presidente turco diz que pode realizar referendo sobre pena de morte
- Diretor da ANTT aparece nas delações pedindo propina de R$ 1,2 mi no Rodoanel
- Obras do porto de Itaqui tiveram fraude em licitação e pagamento de caixa 2
- Seis deputados da Assembleia de São Paulo são citados em delações da Odebrecht
- Presidente turco celebra vitória com apuração indicando sua vantagem estreita
- Vettel vence Grande Prêmio do Bahrein à frente de Hamilton
- Polícia Federal indicia mais de 60 pessoas investigadas na Operação Carne Fraca
- Vettel vence Grande Prêmio do Bahrein pela Ferrari
- 415 políticos de 26 partidos são citados em delações da Odebrecht
- Voto pelo "sim" em referendo na Turquia lidera com 52,8% após 90% dos votos apurados
- Teste de mísseis da Coreia do Norte “fracassa” horas antes de vice-presidente Pence chegar ao Sul
Deputados se reúnem com Temer e dizem: delações não afetam votação de reformas Posted: 16 Apr 2017 08:11 PM PDT Reunião de Temer com ministros e deputados da base aliada duro8u cerca de três horas Marcos Corrêa/PR O presidente Michel Temer coordenou neste domingo (16), no Palácio da Alvorada, uma reunião com integrantes do governo e da base aliada na Câmara dos Deputados para tratar da tramitação da reforma da Previdência (Proposta de Emenda à Constituição – PEC 287/2016). Participaram da reunião, que durou cerca de três horas, o ministro da Fazenda, Henrique Meireles; o ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy; o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, além do relator da reforma da Previdência, deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA), e o presidente da comissão Carlos Marun (PMDB-MS). Arthur Maia é acusado de não ter declarado R$ 200 mil recebidos da empresa para sua campanha eleitoral. Após a abertura da investigação, o deputado disse que as doações foram legais e aprovadas pela Justiça Eleitoral da Bahia. "Eu não tenho a mínima preocupação em relação a esta lista vir a interferir na votação. Não vou minimizar a questão. Isso, até ao contrário, traz uma exigência ainda maior de que nós cumpramos com o nosso dever, que é votar", disse Marun. O deputado também garantiu que a reforma deve ser aprovada no plenário por um "placar elástico" de, pelo menos, 350 votos. A votação deve ocorrer na primeira semana de maio. Relatório A expectativa é que o texto final do relator modifique cinco pontos polêmicos da reforma, conforme autorizado por Temer na última semana. São eles: regra de transição para quem está na ativa, aposentadoria do trabalhador rural, aposentadoria especial para professores e policiais, pensão por morte e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a deficientes físicos e idosos sem condições de sustento. Os temas são citados recorrentemente nas 130 emendas apresentadas por parlamentares ao texto. Para ser promulgada e entrar em vigor, a PEC ainda precisa ser votada no plenário da Câmara e do Senado. |
Relator da Previdência diz que pretende manter idade mínima de 65 anos Posted: 16 Apr 2017 06:51 PM PDT Relator evitou dar pistas sobre as modificações na proposta, que serão anunciadas na próxima terça-feira (18) durante a leitura do parecer na comissão especial da reforma da Previdência na Câmara Alex Ferreira/15.04.2015/Câmara dos Deputados O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), afirmou neste domingo (16) que a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres "continua sendo o ponto mais alto da PEC". "Nós pretendemos que assim permaneça, como está na PEC", disse Oliveira Maia após reunir-se com o presidente Michel Temer e ministros no Palácio do Alvorada para apresentar pontos já modificados em seu relatório. O presidente da comissão especial da reforma na Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), também disse ser muito difícil alterar esse ponto. "Não vejo essa possibilidade, mulher luta por uma igualdade", afirmou. Apesar disso, interlocutores do Palácio do Planalto reconhecem que, se houver necessidade de flexibilizar a idade mínima das mulheres para vencer resistências (principalmente da bancada feminina), essa cartada será lançada diretamente no plenário. O relator evitou dar pistas sobre as modificações na proposta, que serão anunciadas formalmente na próxima terça-feira (18) durante a leitura do parecer na comissão especial da reforma da Previdência na Câmara. Antes da reunião do colegiado, haverá um café da manhã para deputados da base aliada no Alvorada, em que os parlamentares já poderão conhecer as alterações. O governo já havia concordado com mudanças em cinco pontos: regra de transição, aposentadoria rural, Benefício de Prestação Continuada (BPC), pensões e aposentadoria especiais para professores e policiais. De acordo com uma fonte presente à reunião, o governo e o relator ainda precisam acertar melhor os últimos detalhes do texto. O trabalho será intenso nesta segunda-feira para não haver risco de atrasar ainda o mais cronograma - inicialmente, Oliveira Maia pretendia entregar seu parecer até o fim de março. "Amanhã vão passar o pente-fino (no texto)", afirmou um dos presentes. Segundo o relator e o presidente da comissão especial na Câmara, a reunião tratou exclusivamente sobre a reforma da Previdência e não houve conversas sobre as delações da Odebrecht. Oliveira Maia - que inclusive é um dos apontados na lista de alvos de inquérito após as delações - disse ainda que a divulgação dos conteúdos não vai prejudicar o andamento dos trabalhos. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra", disse. O relator disse que não há absolutamente nenhuma preocupação em relação a possíveis impactos sobre a tramitação da reforma. "Eu pessoalmente? Por que haveria de estar preocupado? Não tenho nenhum motivo para isso. Estamos caminhando no sentido de aprovar essa reforma", afirmou. Marun ressaltou que o calendário de tramitação da reforma está "sacramentado". A previsão é votar o relatório na comissão até o dia 28 de abril e votar a proposta no plenário da Câmara na primeira ou segunda semana de maio. "Não existe a mínima possibilidade ou desejo de mudança", afirmou o peemedebista. O presidente da comissão voltou a dizer que a reforma terá "margem larga" de votos no plenário e arriscou um placar superior a 350 votos favoráveis à medida — são necessários pelo menos 308 para a aprovação. Lava Jato Apesar de os presentes terem negado as delações dos executivos da Odebrecht, elas foram discutidas. Uma fonte relatou que, antes da chegada do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, uma hora atrasado para o encontro, Temer e os políticos ficaram em uma sala reservada no Alvorada, sem a presença dos técnicos do governo. Um participante do encontro, no entanto, reconheceu que a reunião deste domingo, além de azeitar o discurso e continuar os debates sobre as reformas, tinha o objetivo "de mostrar que o governo está trabalhando" e reforçar o que já foi explicitado por Temer assim que as delações saíram. "Que o governo não pode parar", disse a fonte. Também foi reforçado o pedido de votar a urgência da reforma trabalhista na Câmara nesta semana. Já durante a reunião sobre a Previdência, os relatos são de que o presidente não fez discurso e praticamente não fez interferências, dedicando-se mais a ouvir as considerações dos deputados, assim como Meirelles. O relator, por sua vez, fez uma exposição sobre os pontos a serem modificados e foi seguido pelas observações de Marun. O secretário de Previdência, Marcelo Caetano, atuou mais para tirar dúvidas dos parlamentares. Após o café da manhã com deputados na terça-feira, ficou acertado que Temer deve se reunir no mesmo dia com líderes do Senado para traçar também as estratégias do andamento na Casa. A ideia é evitar que mudanças sejam feitas pelos senadores, o que tornaria necessária uma nova rodada de votações na Câmara e atrasaria o cronograma projetado pelo governo, que é aprovar a reforma nas duas casas ainda no primeiro semestre. |
Lista de Fachin: Odebrecht descontava propina de bônus de executivos Posted: 16 Apr 2017 06:34 PM PDT O delator da Odebrecht Hilberto Mascarenhas, que comandou o Setor de Operações Estruturadas da empreiteira — o "departamento de propina" que, segundo ele, movimentou US$ 3,37 bilhões (R$ 10,5 bi) de 2006 a 2014 —, afirmou em depoimento que a empresa descontava dos bônus anuais pagos a executivos o valor de repasses irregulares feitos pela companhia. "É possível que um executivo que não tivesse feito ou solicitado nenhum pagamento irregular ainda assim ganhasse bônus pelos resultados?", questionou um dos procuradores. "Sim, ele seria até mais premiado, com certeza, por não ter feito a empresa correr riscos", respondeu Mascarenhas, durante depoimento no dia 15 de dezembro do ano passado. Segundo o ex-executivo, parte do bônus era paga oficialmente e parte, via Setor de Operações Estruturadas. "O setor fazia todos os pagamentos (da empresa) por fora, inclusive bônus", afirmou o delator. "Os bônus, anuais, eram referentes a resultados que os executivos deram", disse Mascarenhas. |
Delator diz que tratou de caixa 2 diretamente com deputado 'Garanhão' Posted: 16 Apr 2017 06:27 PM PDT O executivo Alexandre José Lopes Barradas disse em delação premiada que tratou do pagamento de caixa 2 em 2010 diretamente com o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), conhecido como "Garanhão" na planilha da empreiteira. Na época, Fábio Faria concorria a uma cadeira na Câmara dos Deputados, enquanto o pai, Robinson Faria (PSD), era o vice na chapa encabeçada por Rosalba Ciarlini (PP) na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte. Hoje, Robinson é o governador do Estado e Rosalba, prefeita de Mossoró. "Ele (Fábio Faria) falou que precisava de R$ 100 mil pra campanha dele e R$ 350 mil seriam repassados pra campanha majoritária (de Rosalba Ciarlini ao governo estadual), mas essa conversa foi só com ele. Não teve o pai dele nessa conversa", disse Barradas em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR). Indagado se o parlamentar perguntou de onde vinha o dinheiro, Barradas foi categórico: "A maneira de fazer (o repasse) foi logo colocada: 'Agora eu não tenho condições de fazer forma oficial, eu tenho de fazer via caixa 2...' Isso foi falado". Rosalba foi eleita governadora do Rio Grande do Norte no primeiro turno das eleições com 52,46% dos votos válidos. Fábio Faria, por sua vez, garantiu uma cadeira na Câmara dos Deputados naquela eleição. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Barradas tinha a função de identificar lideranças políticas que pudessem apoiar e criar um ambiente favorável aos projetos de parcerias público-privadas e privatizações no mercado de saneamento. "Toda doação de uma empresa tem sempre uma ideia... Ou ela vai apoiar uma pessoa pelas ideias, mas sempre um sentimento... Até uma instituição de caridade você doa porque está vendo um trabalho bem feito ali. Toda doação tem sempre um objetivo", comentou Barradas em seu depoimento. "Você não pode apoiar um candidato com ideias estatizantes, vai ser um choque. Porque se o cara é estatizante, está na contramão daquilo que nós vendemos", explicou o delator. Segundo Barradas, a questão do saneamento foi um dos principais pontos discutidos com Rosalba, que lhe teria prometido que a área seria prioridade de sua gestão, caso fosse eleita. Para Janot, as condutas narradas "não se tratam de mera doação eleitoral irregular". "Vislumbra-se, na verdade, uma solicitação indevida em razão da função pública que se almeja ou que ocupa, a pretexto de campanha eleitoral. Por esta razão há fortes indícios de que se está diante de crimes graves que precisam ser minuciosamente investigados. O recebimento de valores a pretexto de doação eleitoral pode configurar verdadeiro ato de corrupção com um lastro de dependência entre recebedor e doador que pode ser cobrado imediata ou futuramente, não determinado, mas certamente determinável", escreveu o procurador-geral da República, ao pedir a abertura de inquérito. A reportagem não obteve resposta do deputado federal Fábio Faria do governador Robinson Faria e da prefeita Rosalba Ciarlini. Além de Robinson Faria, outros dois governadores são investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações da Odebrecht: o de Alagoas, Renan Filho (PMDB), e o do Acre, Tião Viana (PT). |
Delator ligou 32 vezes para Padilha em datas próximas a pagamentos de propina Posted: 16 Apr 2017 06:11 PM PDT Eliseu Padilha tratou do recebimento dos valores acertados com intermediação de José Carvalho, delata o ex-diretor José Cruz/1º.02.2017/Agência Brasil O registro de 32 chamadas telefônicas feitas pelo ex-diretor da Odebrecht José de Carvalho Filho ao hoje ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em 2014, é um dos documentos apresentados pelo delator para provar o acordo e o pagamento de R$ 9 milhões não contabilizados ao grupo do PMDB formado por Padilha, Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, e pelo presidente Michel Temer. José Carvalho apresentou, em dois anexos, o registro da planilha do Drousys — software que era utilizado para organizar e gerenciar o pagamento de propina — com pagamentos que relaciona aos dois ministros, sob as alcunhas "Angorá" e "Primo", ambas atribuídas a Moreira Franco. "Nitidamente se percebe a correlação dos dois eventos com as duas concentrações de ligações telefônicas com Eliseu Padilha", dizem dois documentos do delator, que depois confirmou as informações em depoimento gravado em vídeo. O primeiro pagamento, de R$ 4 milhões, foi feito a pedido de Moreira Franco, que chefiava a Secretaria da Aviação Civil do governo Dilma, mas foi Eliseu Padilha, que o sucedeu no aludido ministério, quem tratou do recebimento dos valores acertados com intermediação de José Carvalho. O segundo acerto foi feito no jantar do Palácio do Jaburu com a presença de Marcelo Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Eliseu Padilha e Michel Temer. Os valores neste caso eram de R$ 10 milhões sob pretexto de utilização nas campanhas do PMDB em 2014 mas apenas R$ 4 milhões seriam destinados a Padilha, que alocaria internamente no partido. Este valor posteriormente subiu em R$ 1 milhão porque houve uma cobrança do então deputado Eduardo Cunha por uma parte. Os outros R$ 6 milhões que completariam os R$ 10 milhões acertados no Palácio do Jaburu foram encaminhados diretamente para a campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo naquele ano. Esse valor, segundo o chefe do departamento de Operações Estruturadas Hilberto Mascarenhas Silva, foi entregue a Duda Mendonça, marqueteiro do presidente da Fiesp. Além dos telefonemas, José de Carvalho Filho disse que se encontrou pessoalmente com Padilha, no gabinete do peemedebista, para saber o endereço onde os recursos seriam entregues e, nesta mesma ocasião, repassou-lhe a senha para pagamento, feito com recursos não contabilizados, do Departamento de Operações Estruturadas — o "Departamento da Propina". "Crimes graves" O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no pedido de abertura do inquérito agora iniciado contra Moreira Franco e Padilha, disse que "há fortes elementos que indicam a prática de crimes graves, consistente na solicitação por Eliseu Padilha e Moreira Franco de recursos ilícitos em nome do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e de Michel Temer, a pretexto de campanhas eleitorais". Os pagamentos descritos com detalhes pelos delatores "não revelam mera doação eleitoral irregular", segundo Janot. "Vislumbra-se, na verdade, uma solicitação indevida em razão da função pública que se almeja ou que ocupa, a pretexto de campanha eleitoral, sem qualquer comprovação de que os valores foram efetivamente utilizados na campanha eleitoral, alguns deles solicitados e recebidos fora do período destinado à arrecadação de recursos", afirmou o procurador-geral. Por esta razão, prossegue Janot, "há fortes indícios de que se está diante de crimes graves que precisam ser minuciosamente investigados". Janot, entretanto, esclareceu que o presidente Michel Temer não poderá ser investigado neste momento por deter a chamada "imunidade temporária", segundo a qual os presidentes não podem ser processados por atos cometidos fora do mandato. Outro lado Após o Grupo Estado revelar em primeira mão a Lista de Fachin, na última terça-feira (11), as defesas dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco afirmaram, por meio de assessores, que não vão comentar a abertura de inquérito contra eles no Supremo Tribunal Federal. Neste domingo, a assessoria de imprensa de Padilha disse que ele "confia nas instituições brasileiras, razão pela qual registra que tem certeza de que com a abertura das investigações lhe será garantida a oportunidade para exercer amplamente seu direito de defesa". Em nota, Paulo Skaf disse desconhecer "totalmente" as supostas licitações. "Reiteramos que todas as doações recebidas pelas campanhas de Paulo Skaf ao governo de São Paulo estão devidamente registradas na Justiça Eleitoral, que aprovou suas prestações de contas sem qualquer reparo", afirmou, em nota. "Paulo Skaf nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha que não as regularmente declaradas". |
Procuradoria fará raio-x nas doações da Odebrecht a Aécio e ao PSDB em 2014 Posted: 16 Apr 2017 04:09 PM PDT Em 2014, Aécio recebeu R$ 226.858.146,73 milhões em doação Lula Marques/ Agência PT A PGR (Procuradoria-Geral da República) vai analisar todas as doações eleitorais feitas, em 2014, pela Odebrecht, ou por qualquer sociedade empresária do seu grupo econômico, ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), ao senador José Agripino Maia (DEM-RN), ao PSDB e ao DEM. O raio-x foi solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Operação Lava Jato, e autorizado pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal) em 4 de abril. Na corrida eleitoral de 2014, Aécio Neves recebeu um total de R$ 226.858.146,73 milhões em doação. Deste total, R$ 3.933.603 milhões foram da Construtora Norberto Odebrecht, controlada pelo Grupo. A Braskem — braço petroquímico do companhia, que tem como sócia a Petrobras —, doou R$ 3.988.830 e a Odebrecht Óleo e Gás, R$ 2.199.885 milhões. O PSDB pede a cassação da chapa Dilma/Temer, reeleita em 2014, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder político e econômico. Em manifestação enviada ao TSE, em fevereiro deste ano, o PSDB afirmou que a campanha de Dilma e Temer naquele ano promoveu um "engenhoso e inovador esquema de caixa dois." O senador tucano é alvo de cinco novos inquéritos na Lava Jato. Nesta investigação, a Procuradoria apura as suspeitas levantadas contra o senador pelos delatores Marcelo Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Benedicto Júnior e Sérgio Luiz Neves. Os executivos da empreiteira apontam, "por meio de declaração e prova documental", afirma Janot em manifestação a Fachin, que, em 2014, "foi prometido e/ ou efetuado", a pedido de Aécio Neves, "o pagamento de vantagens indevidas em seu favor e em benefício de seus aliados políticos". Sérgio Neves, também delator da Odebrecht, contou à Lava Jato que se reuniu algumas vezes com Paulo Vasconcelos no escritório da empreiteira na Rua Pernambuco n. 1002, 12º Andar, Bairro dos Funcionários, Belo Horizonte. O delator narrou que em 15 de janeiro de 2014 foi firmado contrato de prestação de serviço no valor de R$ 3 milhões com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda, tendo os pagamentos sido efetivados em duas parcelas de R$ 1,5 milhão nos dias 15 de maio e 15 de junho 2014. A Odebrecht entregou à Lava Jato a minuta do contrato firmado com a PVR Propaganda e Marketing. As notas fiscais emitidas pela empreiteira também foram enviadas aos investigadores. BJ e Sérgio Neves "asseguram" que nenhum serviço foi prestado pela empresa de Paulo Vasconcelos do Rosário ao Grupo Odebrecht. Os delatores declararam que o marqueteiro de Aécio fez "diversas cobranças" posteriores a Sérgio Luiz Neves para quitar a quantia restante de R$ 3 milhões que teria sido ajustada com Aécio Neves, mas que o valor não foi pago. O procurador-geral da República solicitou a obtenção de registros de ingresso de um dos principais auxiliares do tucano, o empresário Oswaldo Borges da Costa Filho, e do executivo e delator da Odebrecht Sérgio Luiz Neves no prédio da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) entre os dias 18 a 22 de setembro de 2014, ou em datas próximas. Fachin deu um prazo de 30 dias para que PF atenda às diligências requeridas por Janot. Promessa Em depoimento, Sérgio Neves declarou que Fernando Migliaccio, do departamento de propinas da Odebrecht, lhe afirmou que não seria possível disponibilizar de imediato os R$ 15 milhões para Aécio. O delator afirmou que Fernando Migliaccio se comprometeu a disponibilizar R$ 1 milhão por semana a partir de outubro, finalizando a quantia total em 20 de dezembro. Sérgio Neves disse ter entrado em contato e se reunido no prédio da Codemig com Oswaldo Borges da Costa entre 18 a 22 de setembro de 2014 para concretizar os pagamentos da maneira proposta por Fernando Migliaccio. Segundo o delator, Oswaldo Borges da Costa "após manifestar preocupação com a logística proposta e pedir tempo para serem avaliadas alternativas destinadas ao recebimento de valores, acabou por não lhe procurar nem cobrar os referidos valores, de modo que o pagamento, por fim, não se concretizou." Em manifestação ao Supremo, Janot declarou haver "divergência" sobre o pagamento de R$ 15 milhões. "Enquanto Marcelo Bahia Odebrecht e Cláudio Melo Filho afirmam terem sido efetuados pagamentos, a pedido de Aécio Neves, destinados ao senador José Agripino, os colaboradores Benedicto Júnior e Sérgio Neves asseguram que nenhum dos valores de R$ 15 milhões ajustados entre Aécio Neves e Marcelo Bahia Odebrecht acabaram sendo pagos", afirmou o procurador-geral da República. Janot anotou ainda que "não há exata correlação entre os fatos relacionados aos pagamentos de R$ 3 milhões realizados através contrato fictício, à promessa de pagamento de R$ 15 milhões feita pelo Grupo Odebrecht, os pagamentos efetivados de R$ 500 mil mensais e de R$ 5 milhões, mediante doação oficial". "Portanto, faz-se necessária a abertura de investigação para que se apure o montante total repassado e as circunstâncias em relação às solicitações. O certo é que os elementos apresentados são suficientes para autorizar sejam os fatos investigados." Aécio afirmou que as investigações são fundamentais para esclarecer a verdade e demonstrar a realidade. "E, por isso, vão revelar a correção da conduta do senador Aécio e do PSDB. Faz parte desse inquérito, por exemplo, a declaração do ex-diretor Benedicto Jr. que atestou que, em 2014, a campanha presidencial do senador Aécio Neves deixou de receber uma contribuição de R$ 15 milhões por ter se recusado a receber os recursos no exterior", acrescentou. Já Agripino Maia disse que, mesmo não tendo sido candidato em 2014 e desconhecendo o teor das menções que lhe são atribuídas, coloca-se "à disposição da Justiça para colaborar com as investigações que se venham a requerer." Paulo Vasconcelos afirma que conduziu todas as campanhas das quais participou dentro do que estava previsto na lei. "Essas delações contém informações falsas, que serão desmentidas ao longo das investigações", afirmou. A assessoria de imprensa da PVR alegou que todos os serviços relatados pelo delator foram efetivamente prestados pela empresa, "como teremos possibilidade de comprovar ao longo da investigação." |
Cassol é acusado de receber R$ 2 mi por apoio a hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho Posted: 16 Apr 2017 03:00 PM PDT ![]() Senador aparece como "Maçaranduba" na planilha de delações Pedro Ladeira/Folhapress Sob o codinome "Maçaranduba", o senador Ivo Cassol (PP-RO) recebeu R$ 2 milhões da Odebrecht pelo apoio ao projeto da hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho, de acordo com o delator Henrique Serrano do Prado Valadares. O delator afirmou em depoimento que autorizou o pagamento para Cassol porque, quando governador, "ele era um garoto propaganda da Odebrecht, sem que a gente pedisse nada para ele." Valadares contou à Procuradoria que o ex-secretário de Planejamento de Rondônia, João Carlos Gonçalves Ribeiro, também pediu "uma ajuda de R$ 1 milhão" da construtora. "Ele era um cara que entrava nos detalhes das coisas e ajudava a destravar e dar a agilidade que a gente precisava para cumprir os prazos. Dependia de muitas providências por parte do Estado, de licenças e permissões. O João Carlos ajudou muito nisso como secretário de Planejamento do Ivo Cassol", disse. O departamento de propinas da Odebrecht registrou João Carlos sob o pseudônimo "Dallas". Os pagamentos feitos para ambos foram solicitados a Eduardo Melo Pinto, presidente da Saesa (Santo Antônio Energia S/A), concessionária que administra a usina. O dinheiro era proveniente de caixa dois gerado ao longo da obra. Em outra ocasião, a construtora pagou despesas de Cassol com advogados. A conta foi assumida pelo ex-diretor de contratos da Saesa, José Bonifácio Pinto Júnior. "Ele [Cassol] tem um monte de processos nas costas. Um deles, recentemente, causou o afastamento dele. Então pagamos também", explicou Valadares, que afirmou não saber o valor do pagamento ou quem eram os advogados em questão. De acordo com o delator, o ex-governador teve, ainda, uma viagem para Nova York bancada pelo caixa dois da hidrelétrica de Santo Antônio. Identificado na planilha do departamento de propinas como "New York", o pagamento foi feito para "custear uma viagem do governador Ivo Cassol, provavelmente com a mulher", relatou Valadares. Outros políticos de Rondônia também foram citados na delação. Valdir Raupp, senador pelo PMDB-RO, recebeu dinheiro em forma de contribuição para campanha eleitoral por ser um político importante no Estado. O relator não soube dizer qual o valor pago a ele. Roberto Sobrinho (PT-RO), ex-prefeito de Porto Velho, era o "Ariquemes" na lista de pagamentos ilícitos. Quem recebia o dinheiro destinado a ele era Odair Cordeiro, homem de confiança de Sobrinho, de acordo com Valadares. Também está na lista o irmão do senador, Assis Raupp (PMDB-MT), ex-vereador de Porto Velho e ex-prefeito de Colniza, no Mato Grosso. Assis teve seu mandato como prefeito cassado em 2016. Para a Odebrecht, ele era o "São Francisco" e recebeu propina por um depósito feito na conta de uma mulher, cujo nome Valadares diz desconhecer. Valter Araújo, ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, foi registrado como "Árabe" na planilha. O delator citou ainda um pagamento feito ao codinome "Anjo", que explicou ser "alguém do entorno do Ivo Cassol, mas não conseguimos identificar". Em nota, Cassol afirmou que a citação ao nome dele é uma "retaliação" por ter sido contra a isenção de impostos dada aos consórcios que construíram as usinas de Jirau e Santo Antônio. "Não só entendo que é o dever da Justiça investigar e fiscalizar os políticos, como é meu dever também lembrar que fui o único parlamentar que denunciou formalmente a isenção fiscal para as usinas do Rio Madeira em 2011", afirmou, em nota. Segundo ele, o prejuízo ao Estado foi estimado em R$ 1 bilhão. A defesa do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), representada pelo criminalista Daniel Gerber, informa que o senador contesta mais uma vez a falsidade das alegações que fazem contra si, se colocando à disposição do poder judiciário para os esclarecimentos cabíveis. |
Delator diz que Cabral negociou mais de R$ 20 mi para campanha de Pezão Posted: 16 Apr 2017 02:25 PM PDT ![]() Sérgio Cabral (à esq.), segundo delator, negocia propina desde 2006 Claudio Manculi/FramePhoto/Folhapress O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) negociou com a Odebrecht mais de R$ 20 milhões, via caixa dois, para a campanha à reeleição do atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), em 2014, afirmou o ex-executivo da empreiteira Benedicto Barbosa no acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República). Conforme Barbosa, o montante faz parte do total de R$ 120 milhões que a empresa teria repassado ilegalmente a Cabral e Pezão desde 2006. Dos R$ 26 milhões destinados ao atual governador, o ex-executivo disse que a Odebrecht repassou R$ 20,3 milhões diretamente à campanha de Pezão. Outro 1 milhão de euros teria sido pago ao marqueteiro de Pezão, Renato Pereira, a pedido de Cabral. Segundo Barbosa, os recursos destinados a Pezão foram contabilizados, nas planilhas de controle do pagamento de propina da empresa, como referentes à cota de Cabral. "Foi pedido do doutor Cabral, porque o Pezão não sentou com a Odebrecht para pedir dinheiro", declarou. Barbosa contou que os valores foram negociados no primeiro trimestre de 2014, sem precisar a data. Cabral foi governador do Rio entre janeiro de 2007 a 3 de abril de 2014, quando renunciou ao cargo. Com o ato, Pezão, então vice-governador, assumiu o comando do Estado. No mesmo ano, tentou reeleição e venceu a disputa no segundo turno com 55,8% dos votos válidos, derrotando o então senador e atual prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), que teve 44,2% dos votos. O ex-executivo afirmou na delação que Cabral recebeu, ao todo, cerca de R$ 94 milhões da Odebrecht. Desse total, R$ 3 milhões foram doados, via caixa dois, à primeira campanha dele ao governo do Rio, em 2006. Os recursos teriam sido pedidos pelo próprio Cabral. Após ser eleito, Benedicto Barbosa disse que interlocutores do ex-governador o procuraram para pedir mais R$ 12 milhões para pagar despesas "em descoberto". Segundo o ex-executivo, o dinheiro foi pago mensalmente ao longo de 2007. Barbosa afirma que os R$ 94 milhões pagos a Cabral foram retirados de contratos que a Odebrecht firmou com o governo do Rio para as seguintes obras: a reforma do estádio Maracanã e da estação de metrô em frente; obras da linha 4 do metrô do Rio, que liga a Zona Sul à Barra da Tijuca; o PAC das Favelas no Complexo do Alemão, na Zona Norte da capital fluminense; lote 1 do Arco Metropolitano; além de obras classificadas como "projetos menores." Na delação, o ex-executivo contou que, logo após ser eleito pela primeira vez em 2006, Cabral afirmou que o "plano" do ex-governador era estabelecer um "parâmetro" de cobrar 5% de propina de todos os contratos no Estado. A Odebrecht, porém, não gostou do porcentual. "Falei, governador, como estou num volume adiantado, queria que a gente discutisse isso quando visse a qualidade dos negócios", afirmou Barbosa. Segundo ele, a empreiteira não fechou porcentual. Em nota, Pezão disse que "nunca recebeu recursos ilícitos". Afirmou também que todas as doações para sua campanha de 2014 "foram feitas de acordo com a Justiça Eleitoral". A prestação de contas apresentada pelo governador ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não traz doações da Odebrecht. O Estado não conseguiu contato com o advogado de Cabral e com Renato Pereira, marqueteiro de Pezão. |
Executivos da Odebrecht dizem que Collor recebeu R$ 800 mil em 2010 Posted: 16 Apr 2017 02:11 PM PDT ![]() "Quero, quero, gostei, mas preciso ganhar", teria dito o então candidato ao governo de Alagoas nas eleições de 2010 Pedro Ladeira/11.4.2017/Folhapress "Quero, quero, gostei, mas preciso ganhar", teria dito o então candidato ao governo de Alagoas nas eleições de 2010, o ex-presidente Fernando Collor de Mello, durante uma discussão sobre doação de recursos para sua campanha. Os ex-executivos da Odebrecht Ambiental Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Alexandre José Lopes Barradas afirmam em depoimento à Procuradoria Geral da República que a conversa ocorreu no apartamento do próprio senador, em Maceió, em agosto daquele ano. "Collor disse que precisava ganhar a eleição e que para isso ele precisava de dinheiro, a campanha estava muito cara", afirmou Barradas. Em delação premiada, os executivos afirmaram que a empresa repassou para a campanha de Collor R$ 800 mil de propina e caixa 2. Nas planilhas, o senador era apelidado como "Roxinho", numa referência à frase dita por ele ainda no exercício do mandato de presidente. Em 1991, ele afirmara ter nascido "com aquilo roxo". O valor foi pago pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, que controlava os pagamentos de propinas à políticos. No vídeo, Barradas conta que o pagamento foi feito em São Paulo. "Não foi uma doação oficial. A origem do dinheiro era lícita, mas a maneira de passar era que estava errada", reconheceu. De acordo com ele, isso já estava como pressuposto na reunião. "Não tínhamos condições de fazer doação oficial, enquanto Odebrecht Ambiental, porque somos uma empresa prestadora de serviço público. Isso é de conhecimento geral." Além dos ex-executivos da Odebrecht, estava presente na reunião Euclydes Mello, primo de Collor. O tema central do encontro era uma eventual privatização da Casal (Companhia Estadual Alagoana de Saneamento). "A empresa é uma das mais deficitárias do Brasil. Ele entendeu e disse-se francamente favorável à privatização, que sempre foi liberal", disse Santos Reis. "Com esse discurso compatível entre o que ele se propunha a fazer e o que nós gostaríamos de ver, nós acertamos a contribuição de R$ 800 mil", completou o ex-diretor Santos Reis. No depoimento, Barradas contou que ele e Santos Reis viajaram para Maceió com um avião da companhia, especialmente para discutir a doação de campanha com Collor. O plano de voo foi apresentado como uma das provas, além da planilha do sistema Drousys, o departamento de propinas da Odebrecht, onde consta a doação de R$ 800 mil. Barradas afirma que já havia, durante o voo, a percepção de que Collor pediria uma contribuição para a eleição. "Não tinha dúvida. Toda vez que você conversa com candidato há expectativa de que ele lhe peça alguma coisa. Essa expectativa com certeza existia." Nas palavras do ex-executivo da Odebrecht, Collor foi "propositivo". "Quero que você faça as obras", teria dito. "E nós: 'senador, nós não fazemos obras. Nosso negócio é investimento, é gestão. Inclusive, quem faz a obra não somos nós. Nós contratamos as obras'. E ele: 'Quero, quero, quero. Preciso ganhar'", relatou Barradas no vídeo. Foi nesse momento, disse Barradas, que o tema da doação surgiu. De acordo com Barradas, a reunião com Collor seguiu um padrão comum a de outros políticos. "Quando você tem uma reunião com um candidato, é uma exposição. O candidato do Brasil está sempre atrás de dinheiro. A estratégia da empresa era isso. No momento adequado, buscar as pessoas para tentar ter a sensibilidade, para que eles possam colocar nos planos de governo." Em nota, o senador Fernando Collor negou o recebimento de recursos indevidos. "Nego, de forma veemente, haver recebido da Odebrecht qualquer vantagem indevida não contabilizada na campanha eleitoral de 2010." |
Declarando vitória, presidente turco diz que pode realizar referendo sobre pena de morte Posted: 16 Apr 2017 01:30 PM PDT ANCARA (Reuters) - O presidente turco, Tayyip Erdogan, afirmou no domingo que a Turquia poderia realizar outro referendo sobre a restauração da pena de morte, enquanto ele se declarava vitorioso em uma votação que lhe dará novos e amplos poderes. Dirigindo-se a uma multidão em Istambul, Erdogan disse que discutirá "imediatamente" a questão de trazer de volta a pena de morte com o primeiro-ministro, Binali Yildirim, e o líder da oposição nacionalista. Tal medida significaria o fim das negociações de adesão da Turquia à União Europeia. Erdogan disse também que os votos a favor de mudanças constitucionais para substituir o sistema parlamentar da Turquia por uma presidência executiva ficaram em 51,5 por cento. Ele disse que todos devem respeitar a decisão da nação e acrescentou que a Turquia iria "mudar de marcha" no próximo período. (Por Tuvan Gumrukcu) |
Diretor da ANTT aparece nas delações pedindo propina de R$ 1,2 mi no Rodoanel Posted: 16 Apr 2017 01:22 PM PDT Ocupando um posto na diretoria da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) desde agosto do ano passado, o engenheiro Mário Rodrigues Júnior aparece nas delações da Odebrecht pedindo R$ 1,2 milhão sobre as obras do Rodoanel de São Paulo. A obra foi licitada em 2006, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB). O dinheiro supostamente serviria para financiar campanhas eleitorais, segundo informou na delação o diretor Roberto Cumplido. Segundo o executivo, todas as construtoras que participaram da obra foram cobradas por Rodrigues, que na época era diretor de Engenharia da Dersa. Foi com as credenciais de gestor de obras públicas que Rodrigues chegou governo federal por indicação do PR, segundo se comenta nos bastidores. Ocupou uma diretoria da ANTT entre 2008 e 2012. Depois, foi diretor da Valec, a empresa estatal responsável pela construção de ferrovias federais. Chegou à presidência da empresa de 2015 e lá ficou até agosto do ano passado, quando foi novamente indicado para a diretoria da agência reguladora. A indicação para a ANTT precisa ser aprovada pela Comissão de Infraestrutura do Senado e depois pelo plenário da Casa. O parecer elaborado pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO) diz que, pelo fato de Rodrigues presidir uma empresa (a Valec) que em tese é fiscalizada pela agência reguladora, poderia haver um conflito de interesses. Mas o relator esclarece, com base num parecer da CGU (Controladoria Geral da União) enviado ao Ministério dos Transportes, que nesse caso específico não há óbice porque a Valec é apenas um braço construtor do ministério. Não é uma empresa que busca lucro, como é o padrão daquelas fiscalizadas pela ANTT. "Temos, nesse caso, uma concessão imprópria, sobre a qual não podem incidir todas as regras da relação público-privada em que este explora o serviço motivado pelo lucro", diz o parecer. Seu nome foi aprovado numa rápida reunião da Comissão de Infraestrutura do Senado, junto com outros indicados do Ministério dos Transportes. Seu mandato na ANTT vai até 2020. Procurado, Mário Rodrigues Júnior informou que não comenta matérias que estão sob exame do Judiciário. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou qualquer irregularidade, por meio de nota. "Jamais pedi recursos irregulares em minha vida política, nem autorizei que o fizessem em meu nome. Jamais recebi um centavo ilícito. Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei." |
Obras do porto de Itaqui tiveram fraude em licitação e pagamento de caixa 2 Posted: 16 Apr 2017 01:15 PM PDT ![]() Porto de Itaqui, maior terminal da região Norte do País Divulgação As obras de expansão do porto de Itaqui, maior terminal da região Norte do País, localizado em São Luís (MA), foram alvos de conluio e combinação de preços entre as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Serverg, além de envolverem o pagamento de caixa 2. Os crimes foram detalhados pelo delator Raymundo Santos Filho, ex-executivo que atuava em operações da Odebrecht nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Segundo o delator, as empreiteiras combinaram os preços das obras de reformas de dois berços de atracação do porto e da construção de um terceiro berço, obras que somaram mais de R$ 180 milhões e que tiveram início em 2006. "Procuramos a Andrade Gutierrez para fazer um acordo para atuar nessas obras", disse Santos Filho. Juntas, as duas empreiteiras foram procurar a Serveng para combinar os preços das três obras, mas a empresa negou, porque já estava na região e queria ficar com a construção do terceiro berço, disse o relator. Por conta disso, Odebrecht e Andrade acabaram ficando apenas com a expansão dos dois berços que já existiam. Em 2008, disse o delator, o então deputado federal e presidente da Emap (Empresa Maranhense de Administração Portuária), João Castelo (PSDB), morto em dezembro de 2016, pediu dinheiro ao consórcio da Odebrecht e Andrade para financiar sua campanha para a prefeitura de São Luís, eleição que viria a vencer. De acordo Raymundo Santos Filho, R$ 200 mil foram repassados a João Castelo em julho de 2008. "Essa ajuda foi prestada em dinheiro vivo", disse o delator. "A Andrade providenciou os recursos de R$ 200 mil." A entrega do dinheiro, segundo ex-funcionário da Odebrecht, foi feita na residência do ex-executivo da Andrade Gutierrez, Marco Antônio de Castro, à filha do próprio João Castelo. "Ele pediu a mim e ao Marco Antônio", disse Santos Filho. "Essa entrega foi feita, pelo que o Marco Antônio me relatou, à filha do João Castelo, chamada Gardênia Castelo." O pagamento do caixa 2 era uma contrapartida dada a João Castelo, que teria atuado em Brasília para destravar pagamentos das obras, os quais estavam atrasados pelo governo federal. No período, os contratos passaram por cinco termos aditivos. Procurada, a empreiteira Andrade Gutierrez afirmou, por meio de sua assessoria, que não iria se pronunciar sobre as acusações. A reportagem enviou mensagem à Serverg e à Gardênia Castelo e, até a publicação deste texto, não obteve retorno. |
Seis deputados da Assembleia de São Paulo são citados em delações da Odebrecht Posted: 16 Apr 2017 01:03 PM PDT Fernando Capez, do PSDB, é acusado de ter recebido, por meio de uma ONG de tratamento da Hepatite C, R$ 100 mil reais de caixa dois Divulgação/Alesp Seis deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo são citados em delações de executivos da Odebrecht — contra cinco deles, há menções de caixa dois. Fernando Capez (PSDB), Barros Munhoz (PSDB), Roberto Massafera (PSDB), João Paulo Rillo (PT), Luiz Fernando Teixeira Ferreira (PT) e Campos Machado (PTB) serão investigados pela Procuradoria da República em São Paulo. A soma das doações aos deputados estaduais apontadas pelos delatores chega a R$ 1 milhão. Na lista, há dois ex-presidentes da Assembleia Legislativa. Fernando Capez (PSDB) é acusado de ter recebido, por meio de uma ONG de tratamento da Hepatite C, R$ 100 mil reais de caixa dois. O executivo da Odebrecht Carlos Armando Paschoal diz ter sido procurado, nas proximidades das eleições de 2010, pelo então presidente da 'C Tem Que Saber C Tem que Curar', Luiz Carlos Francisco Martucci, que hoje é funcionário de gabinete do tucano na Assembleia. "Durante as eleições eu entendia que ele era quem ajudava o candidato". De acordo com o executivo da empreiteira, a quantia de R$ 100 mil foi paga em três parcelas 'em espécie' e foi operacionalizada com 'o próprio Martucci'. Outro ex-presidente da Assembleia Legislativa alvo de petição da Procuradoria Geral da República é o deputado estadual Barros Munhoz, que, segundo delatores da Odebrecht, recebeu R$ 50 mil reais por meio de caixa dois: Segundo o delator, os valores para a campanha do deputado tucano foram operacionalizados pelo arrecadador, não identificado no depoimento, e pelo funcionário do departamento de propinas da Odebrecht, Luiz Eduardo Soares. Munhoz recebeu o codinome de 'Cruzeiro do Sul' em planilhas referentes a repasses da empreiteira. "Caixa dois… programava com Luiz Soares as duas entregas, combinava com a pessoa como entregar e foi o que fizemos", afirma Carlos Armando Paschoal. O primeiro secretário da Casa, Luiz Fernando Teixeira (PT) - irmão do deputado federal Paulo Teixeira (PT-AP) -, é o único deputado delatado por executivos da Odebrecht cuja investigação está sob sigilo. Segundo petição encaminhada pelo Procurador Geral da República, os diretores da construtora Benedito Júnior, Alexandrino Salles de Alencar e Luiz Antonio Bueno Junior confirmaram repasses, por meio de caixa dois, de R$ 300 mil à campanha do deputado, em 2014. A pedido da PGR, o ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, manteve sigilo sobre o caso até 03 de maio. Na planilha de repasses entregue pelo delator Benedito Júnior, anexada ao pedido da PGR para investigar Fernando Capez, o nome 'Luis Fernando Teixeira' é citado como 'candidato a deputado estadual' no ano de 2014. De acordo com o TSE, não há 'Luis Fernando' — com 's' no primeiro nome — candidato ao cargo naquele ano. Segundo a planilha, o deputado teria o apelido de 'Lamborguiny'. No documento, há uma coluna intitulada como 'propósito', onde consta, ao lado do codinome, 'disposição para apresentar/ defender projetos no interesse da companhia'. Em 2015, o Estadão apurou que, em buscas feitas na casa do doleiro Alberto Yousseff, investigadores encontraram cópia de documento de alteração societária de uma empresa especializada em consultorias para prefeituras, o Instituto Tebar, que pertence a Teixeira. À época, o deputado estadual chamou de 'aberração' a presença do documento na casa do primeiro delator da Lava Jato e disse 'não ter noção' de quem seja Yousseff. 'Boiadeiro' na lista de repasses da Odebrecht a políticos, João Paulo Rillo (PT) recebeu doações de R$ 500 mil da construtora, em 2012, quando era candidato a prefeito de São José do Rio Preto, como foi relatado pelo ex-diretor regional de São Paulo, Guilherme Pamplona Paschoal. O delator contou que havia sido escalado pelo executivo Fernando Reis, então presidente da Odebrecht Ambiental, para identificar 'os potenciais candidatos de municípios' onde a empreiteira já possuía concessão e cidades onde 'houvesse o interesse da companhia para que houvesse algum tipo de processo de participação privada no serviço de água e esgoto'. Guilherme Pamplona Paschoal, da Odebrecht, lembrou de que o parlamentar 'se mostrou interessado' em apoiar um projeto de privatização do serviço de água e esgoto da cidade proposto pela construtora, inicialmente, em seu gabinete na Assembleia Legislativa. Em troca, a Odebrecht realizou a doação de R$ 500 mil ao diretório nacional do PT, que seria repassada ao então candidato e deputado estadual por São Paulo, de acordo com o depoimento. O pagamento teria sido confirmado em jantar, em um dos restaurantes mais caros da capital paulista. "A gente se encontrou no Rubayat. Eu lembro que foi durante a semana, à noite, foi um jantar, onde confirmei a ele a intenção de contribuição e que seria feita uma contribuição oficial no diretório do PT. Eu sabia que seria feita no diretório nacional e que ele teria que procurar as pessoas que cuidavam deste tema dentro do partido", relatou o diretor superintendente da Odebrecht. Em acordo de colaboração com a força-tarefa da Operação Lava Jato, o executivo Guilherme Pamplona Paschoal ainda mencionou duas dezenas de políticos que receberam caixa dois da empreiteira. Na lista, aparece o nome do deputado estadual Campos Machado (PTB) como receptor de R$ 50 mil. Em planilhas de repasses da empreiteira, ele aparece como 'Itabuna'. Na coluna com o aparente propósito do repasse, há um apontamento sobre o parlamentar: 'Disposição para defender projetos de interesse da Cia'. O deputado estadual Roberto Massafera (PSDB) foi apelidado como 'Ribeirão Preto' pela construtora e recebeu caixa dois de R$ 30 mil, em 2010, segundo o executivo Carlos Armando Paschoal. O delator ainda revelou ter mantido contato com o tucano, após as eleições, e que recebeu 'ajuda' do deputado em 'várias situações' envolvendo a empresa Foz do Brasil - que prestava serviços na área de saneamento antes da fundação da Odebrecht Ambiental. "E a Foz do Brasil precisava ampliar o negócio. E ampliar saneamento em São Paulo é complicado, porque a Sabesp controla mais ou menos metade dos municípios, então a Foz ficava limitada no crescimento". "Ocorreu a ideia que o Roberto, como eu, de interior, conhecer prefeitos que ele pudesse me apresentar ou apresentar a Odebrecht como empresa para ampliar o tipo de serviço. Eu o procurei, ele me sugeriu que identificasse no interior os municípios que estavam com deficiência de água e esgoto. Porque não adiantava entrar para privatizar em um lugar que tinha bom serviço de autarquia. Ele dava exemplo da própria Araraquara que tinha há cem anos água 'fluorada'. Identificamos Bauru. Ele até fez apresentação minha para o prefeito de lá. Não presencial, mas 'olha, vai te procurar uma pessoa da Odebrecht'", relatou o Paschoal. O deputado Fernando Capez afirma que não tem e nunca teve qualquer relação com a empresa citada na delação. Ele confirma que, em 2010, recebeu doação legal da Odebrecht para a sua campanha, a qual foi recebida por meio de transferência eletrônica de forma transparente e devidamente informada à Justiça Eleitoral. "O deputado não teve contato com nenhum diretor ou funcionário da Odebrecht, nem teve qualquer atuação em favor da empresa. Não existe nenhum outro valor oriundo dessa empresa que tenha entrado na campanha eleitoral do deputado", diz sua defesa. Já João Paulo Rillo negou ter recebido doações do Grupo Odebrecht e disse que confia nas investigações para esclarecerem falsas acusações. "Sou o principal interessado em buscar a verdade sobre a origem e motivação da inclusão de meu nome como destinatário de uma doação, que jamais foi recebida por mim legalmente ou por caixa 2", afirmou. E Roberto Massafera disse que jamais solicitou recursos ilegais para financiar campanhas. "Jamais, em tempo algum, autorizei que recursos não declarados fossem solicitados em meu nome". O deputado Barros Munhoz disse que vai se pronunciar pelas redes sociais, segundo informou sua assessoria de imprensa. Os gabinetes de Campos Machado e Luiz Fernando Teixeira foram contatados, mas ainda não responderam. O espaço está aberto para manifestação. |
Presidente turco celebra vitória com apuração indicando sua vantagem estreita Posted: 16 Apr 2017 12:51 PM PDT Por Tuvan Gumrukcu e Humeyra Pamuk ANCARA/ISTAMBUL (Reuters) - O presidente turco, Tayyip Erdogan, comemorou o que ele disse ser um resultado claro em um referendo no domingo para conceder-lhe novos e amplos poderes, mas adversários disseram que iriam questionar o resultado que apontava uma estreita vantagem, com 51,3 por cento votos favoráveis a Erdogan. Quase todas as cédulas foram abertas para a contagem, informou a agência de notícias estatal Anadolu, embora uma defasagem entre a abertura e a contagem pudesse levar a uma margem ainda mais estreita. Erdogan ligou para o primeiro-ministro Binali Yildirim e para o líder do partido nacionalista MHP, que apoiaram o voto pelo "sim", para felicitá-los, disseram fontes presidenciais. Eles citaram Erdogan dizendo que o resultado do referendo foi claro. Nas três maiores cidades turcas - Istambul, Izmir e Ancara -, o "não" pareceu prevalecer estreitamente, de acordo com as redes de televisão turcas. Dirigindo-se a uma multidão fora da sede do AKP em Ancara, Yildirim disse que os números não oficiais mostravam o "sim" à frente. "Uma nova página foi aberta em nossa história democrática", disse Yildirim. "Somos irmãos, um corpo, uma nação". Comboios de carros buzinando em comemoração com seus passageiros acenando bandeiras das janelas lotavam uma avenida principal em Ancara, enquanto eles se dirigiram para a sede do AKP para comemorar. O voto pelo "sim" substituiria a democracia parlamentarista da Turquia por uma presidência poderosa e pode colocar Erdogan no cargo até ao menos 2029, na mudança mais radical do sistema político do país em sua história moderna. O resultado também irá moldar as tensas relações da Turquia com a União Europeia. O país membro da Otan conteve o fluxo de imigrantes – principalmente de refugiados das guerras na Síria e Iraque – para o bloco, mas Erdogan disse que pode revisar o acordo após a votação. O Partido Republicano do Povo (CHP), de oposição, disse que vai pedir recontagem de até 60 por cento dos votos, protestando contra uma decisão de última hora do conselho eleitoral de aceitar urnas não seladas como votos válidos. Mais cedo, uma multidão gritava "Recep Tayyip Erdogan" e aplaudia à medida que o presidente apertava mãos e cumprimentava pessoas após votar em uma escola próxima a sua casa em Istambul. Sua equipe entregou brinquedos para crianças na multidão. "Se Deus quiser, acredito que nosso povo irá decidir em abrir o caminho para um desenvolvimento muito mais rápido", disse Erdogan na mesa de voto após votar. "Acredito no senso comum democrático do meu povo." O referendo dividiu amargamente a nação. Erdogan e seus apoiadores dizem que as mudanças são necessárias para melhorar a atual constituição, escrita por generais após um golpe militar de 1980, confrontar os desafios de segurança e políticos que a Turquia enfrenta e evitar os frágeis governos de coalizão do passado. Oponentes dizem ser um passo para maior autoritarismo em um país onde cerca de 47 mil pessoas foram presas pendendo julgamento e 120 mil demitidas ou suspensas de seus trabalhos em uma repressão após um golpe frustrado em julho, gerando críticas de aliados ocidentais da Turquia e grupos de direitos humanos. Relações entre a Turquia e Europa atingiram uma nova baixa durante a campanha do referendo, quando países da UE, incluindo Alemanha e Holanda, barraram ministros turcos de realizarem comícios em apoio às mudanças. Erdogan chamou os impedimentos de "atos nazistas" e disse que a Turquia irá reconsiderar laços com a União Europeia após muitos anos de busca por participação na UE. (Reportagem adicional de Ece Toksabay em Ancara e David Dolan em Istanbul) |
Vettel vence Grande Prêmio do Bahrein à frente de Hamilton Posted: 16 Apr 2017 11:43 AM PDT MANAMA (Reuters) - Sebastian Vettel, da Ferrari, venceu o Grande Prêmio do Bahrein chegando a sete pontos de vantagem nas colocações da Formula Um neste domingo, com o rival da Mercedes Lewis Hamilton encenando um impulso tardio para terminar em segundo lugar após receber uma penalidade de tempo. O colega finlandês de Hamilton, Valtteri Bottas, iniciou na pole position pela primeira vez em sua carreira e terminou em terceiro. A vitória foi a segunda de Vettel na temporada, após o quatro vezes campeão mundial vencer a abertura na Austrália. Hamilton, que venceu na China na semana passada, cruzou a linha de chegada 6,6 segundos atrás. A 44a vitória de Vettel o levou a 68 pontos, com Hamilton em segundo, com 61 pontos. "Sim, pessoal, é disso que estou falando", celebrou o alemão que foi ajudado pelo carro de segurança após seu primeiro pitstop com a dupla da Mercedes ainda fora, enquanto ele recebia a bandeira quadriculada. "Foi um dia realmente muito bom. Foi na última metade da volta de fora quando todos os fogos de artifício disparavam que eu estava como 'eu amo o que eu faço'", disse ele. A corrida de Hamilton foi comprometida ainda mais por uma penalidade de cinco segundos por dirigir de maneira desnecessariamente lenta na entrada da pista dos boxes quando entrou, um movimento deliberado para criar distância com Bottas à frente na fila. O britânico serviu a penalidade em sua segunda parada, com a frustração evidente por seu capacete balançando, antes de recarregar e levar mais de um segundo por volta fora da vantagem de Vettel antes de ficar sem tempo. "A pista dos boxes foi realmente culpa minha... eu realmente tentei alcançar, mas havia um longo percurso pela frente", disse o britânico, que agradeceu Bottas por sua conduta cavalheiresca em deixá-lo passar duas vezes. O chefe da equipe da Mercedes Toto Wolff afirmou que as esperanças de Bottas foram afetadas antes mesmo das luzes se apagarem na grade quando um problema com o gerador deixou o finlandês com pneus com pressões erradas. "Dali em diante ficamos com um pé atrás", disse ele. Bottas manteve a liderança nas voltas de abertura, com Vettel ficando à frente de Hamilton na primeira curva para segunda e depois assumindo após os pitstops. "Hoje foi um grande esforço de equipe e me senti como se estivéssemos rápidos. Eu tentei colocar Valtteri sob pressão. Mas o pit stop mais cedo funcionou", disse Vettel. "Lewis obviamente foi uma ameaça muito grande novamente no final ... mas o carro foi um sonho hoje." Kimi Raikkonen da Ferrari terminou em quarto lugar com o australiano Daniel Ricciardo em quinto para a Red Bull e o brasileiro Felipe Massa em sexto lugar para a Williams no 75º aniversário do fundador da equipe, Frank Williams. O mexicano Sergio Perez terminou em sétimo lugar para a Force India, terminando com 13 pontos consecutivos, com o francês Romain Grosjean em oitavo lugar para a Haas. O alemão Nico Hulkenberg ficou em nono lugar para a Renault, os primeiros pontos do ano, e o novato francês Esteban Ocon empatou o último ponto para a Force India. (Por Alan Baldwin) |
Polícia Federal indicia mais de 60 pessoas investigadas na Operação Carne Fraca Posted: 16 Apr 2017 11:22 AM PDT A operação Carne Fraca foi deflagrada em 17 de março Ricardo Moraes/20.3.2017/Reuters A PF (Polícia Federal) indiciou 63 pessoas investigadas pela Operação Carne Fraca. O inquérito policial da superintendência da PF no Paraná, entregue neste sábado (15) à Justiça Federal do Paraná, apontou que existem provas e indícios suficientes de cometimento de várias infrações previstas no Código Penal. Os indiciados deverão responder pelos crimes de advocacia administrativa, concussão, corrupção passiva, crime contra a ordem econômica, emprego de processo proibido ou de substância não permitida, falsidade de atestado médico, falsidade, corrupção, adulteração de substância ou produtos alimentícios, organização criminosa, peculato, prevaricação, uso de documento falso e violação de sigilo funcional. Entre os indiciados estão agentes de inspeção sanitária, fiscais agropecuários federais, chefes de unidades de inspeção, proprietários e funcionários de frigoríficos e representantes regionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ainda segundo o relatório, foram indiciados somente os investigados que foram presos preventivamente. Ainda há fatos em apuração que poderão resultar no indiciamento de outros investigados soltos, mas que estão ligados às condutas analisadas. De acordo com o relatório da PF, "os indícios e provas colhidos ao longo da Operação permitem concluir pela existência de uma organização criminosa atuante dentro da estrutura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tanto no Estado do Paraná como em outros Estados, há fortes evidências das mesmas práticas nefastas pelo menos nos estados de Goiás e Minas Gerais", diz trecho do documento. Operação Segundo a PF, fiscais agropecuários recebiam propina de empresas para liberar a emissão de certificados sanitários sem a fiscalização efetiva da carne. A partir da troca de favores entre empresários e os fiscais, o esquema permitia a comercialização de produtos com várias irregularidades, como prazo de validade vencido e uso de substâncias para adulterar a qualidade da carne. Ao todo, foram expedidos na Operação Carne Fraca 27 mandados judiciais de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão. Ao todo, 21 frigoríficos são investigados na operação. Além disso, o Ministério da Agricultura afastou 33 fiscais de suas atividades. O processo tramita sob sigilo na 14ª Vara Federal, em Curitiba. |
Vettel vence Grande Prêmio do Bahrein pela Ferrari Posted: 16 Apr 2017 10:11 AM PDT MANAMA (Reuters) - Sebastian Vettel, da Ferrari, venceu o Grande Prêmio do Bahrein chegando a sete pontos de vantagem nas colocações da Formula Um neste domingo, com o rival da Mercedes Lewis Hamilton encenando um impulso tardio para terminar em segundo lugar. O colega finlandês de Hamilton, Valtteri Bottas, ficou em terceiro, após iniciar na pole position pela primeira vez em sua carreira. A vitória foi a segunda de Vettel na temporada, após o quatro vezes campeão mundial vencer a abertura na Austrália. Hamilton, que venceu na China na semana passada, cruzou a linha de chegada 6,6 segundos atrás. Vettel agora possui 68 pontos e Hamilton, 61. (Por Alan Baldwin) |
415 políticos de 26 partidos são citados em delações da Odebrecht Posted: 16 Apr 2017 10:09 AM PDT Ao menos 415 políticos de 26 políticos estão na lista de delações Fábio Rodrigues Pozzebom/06.03.2013/ABr As delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht envolveram pelo menos 415 políticos de 26 dos 35 partidos legalmente registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O PT lidera a lista com o maior número de filiados atingidos — ao todo, 93 petistas foram citados nos depoimentos. Eles são seguidos de perto pelos integrantes dos dois principais partidos que dão sustentação ao governo de Michel Temer: PSDB e PMDB. Cada um tem 77 membros citados pelos delatores. PT, PMDB e PSDB são os três maiores partidos do Congresso e representam as três mais importantes elites partidárias do País. Juntos, eles concentram 59,5% dos políticos enredados nas delações da maior empreiteira do País. É o que mostra o levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo em todas as 337 petições com pedidos de investigação feitas pelo procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot, e encaminhadas ao ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal). A questão não é apenas quantitativa. Os relatos dos delatores envolveram as principais lideranças desses partidos — são citados o atual presidente da República, Michel Temer, e cinco ex-presidentes (José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff) — ainda que com grau, intensidade e número de vezes diferentes. Além deles, aparecem ex-candidatos à Presidência, como os senadores José Serra (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG), o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE), o pastor Everaldo (PSC-RJ), José Maria Eymael (PSDC-SP), o ex-governador Leonel Brizola (PDT-RJ) e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) — nos casos desses dois últimos, a acusação foi arquivada pelo STF. A maioria teve lugar de destaque nas corridas presidenciais desde a redemocratização do País, em 1985. No PT, as delações atingiram ex-ministros como Jaques Wagner, Guido Mantega, Antonio Palocci, José Dirceu e Paulo Bernardo e governadores como Tião Viana (AC) e Fernando Pimentel (MG). No PMDB, foram delatados o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e senadores como Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR), o ex-governador Sérgio Cabral (RJ) e os governadores Luiz Fernando Pezão (RJ) e Paulo Hartung (ES). Os partidos médios, muitos dos quais compõem a base de Temer, também tiveram lideranças envolvidas. O PP é a quarta sigla mais afetada, com 35 citados, incluindo seu presidente, o senador Ciro Nogueira (PI). O DEM vem a seguir, com 22 denunciados, entre eles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). O PSB (19), o PSD (15), o PTB (11), o PR e o PC do B, com 10, o PPS (9), e o PDT (8) completam a lista. Destes, só o PC do B e o PDT não estão no governo. Entre os pequenos partidos sobram 25 citados. Aqui, só dois deles — o PSOL e o PTN — não apoiam Temer. Todos os políticos até agora citados negaram o conteúdo das delações. |
Voto pelo "sim" em referendo na Turquia lidera com 52,8% após 90% dos votos apurados Posted: 16 Apr 2017 09:11 AM PDT ANCARA/ISTAMBUL (Reuters) - Os votos favoráveis a mudanças constitucionais para dar amplos novos poderes ao presidente turco, Tayyip Erdogan, lideravam com 52,8 por cento após cerca de 90 por cento das cédulas serem computadas, informou a agência estatal de notícias Anadolu. Antes da votação deste domingo, pesquisas de opinião mostravam uma acirrada liderança para o "sim", que substitui a democracia parlamentarista da Turquia por uma presidência poderosa e pode colocar Erdogan no cargo até ao menos 2029. O resultado irá moldar as tensas relações da Turquia com a União Europeia. O país membro da Otan conteve o fluxo de imigrantes – principalmente de refugiados das guerras na Síria e Iraque – para o bloco, mas Erdogan disse que pode revisar o acordo após a votação. Uma multidão gritava "Recep Tayyip Erdogan" e aplaudia à medida que o presidente apertava mãos e cumprimentava pessoas após votar em uma escola próxima a sua casa em Istambul. Sua equipe entregou brinquedos para crianças na multidão. "Se Deus quiser, acredito que nosso povo irá decidir em abrir o caminho para um desenvolvimento muito mais rápido", disse Erdogan na mesa de voto após votar. "Acredito no senso comum democrático do meu povo." Cerca de 55 milhões de pessoas eram elegíveis para votar em 167.140 mesas de votação. Eleitores turcos no exterior já votaram. O referendo dividiu amargamente a nação. Erdogan e seus apoiadores dizem que as mudanças são necessárias para melhorar a atual constituição, escrita por generais após um golpe militar de 1980, confrontar os desafios de segurança e políticos que a Turquia enfrenta e evitar os frágeis governos de coalizão do passado. Oponentes dizem ser um passo para maior autoritarismo em um país onde cerca de 47 mil pessoas foram presas pendendo julgamento e 120 mil demitidas ou suspensas de seus trabalhos em uma repressão após um golpe frustrado em julho, gerando críticas de aliados ocidentais da Turquia e grupos de direitos humanos. Relações entre a Turquia e Europa atingiram uma nova baixa durante a campanha do referendo, quando países da UE, incluindo Alemanha e Holanda, barraram ministros turcos de realizarem comícios em apoio às mudanças. Erdogan chamou os impedimentos de "atos nazistas" e disse que a Turquia irá reconsiderar laços com a União Europeia após muitos anos de busca por participação na UE. (Por Dominic Evans e Daren Butler) |
Teste de mísseis da Coreia do Norte “fracassa” horas antes de vice-presidente Pence chegar ao Sul Posted: 16 Apr 2017 08:23 AM PDT SEUL/PYONGYANG (Reuters) - Um míssil da Coreia do Norte "explodiu quase imediatamente" em seu teste de lançamento no domingo, informou o Comando Pacífico dos Estados Unidos, horas antes do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, desembarcar na Coreia do Sul para conversas sobre o crescente programa desafiante de armas do Norte. O lançamento fracassado da costa leste da Coreia do Norte, ignorando advertências repetidas da China, principal aliado, aconteceu um dia após a Coreia do Norte realizar uma grande parada militar em sua capital, marcando o aniversário de nascimento do fundador do Estado e exibindo o que aparentavam ser novos mísseis balísticos de longo alcance. O presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu neste domingo a ajuda da China com a questão norte-coreana, ligando-a a um tom mais suave adotado sobre a administração chinesa de sua moeda. "Por que eu chamaria a China de uma manipuladora de moedas quando ela está trabalhando com nós no problema da Coreia do Norte? Veremos o que acontece!", escreveu Trump em publicação no Twitter. Trump se afastou de uma promessa de campanha de rotular a China desta maneira. O principal diplomata da China, Yang Jiechi, e o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, trocaram pontos de vista sobre a "situação na península coreana" por telefone neste domingo, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. Yang disse que ambos lados devem manter diálogo. A Coreia do Sul informou que a exibição mais recente de força do Norte "ameaça o país inteiro", mas um assessor de política externa dos EUA que viajava a bordo do Air Force Two com Pence buscou neutralizar parte da tensão, dizendo que o teste do que pode ter sido um míssil de médio alcance não é surpresa. "Tínhamos boa inteligência antes do lançamento e boa inteligência após o lançamento", disse o assessor a repórteres em condição de anonimato. "É um teste fracassado. Segue outro teste fracassado. Então não há necessidade de reforçar o fracasso deles. Não precisamos expandir quaisquer recursos contra isto". O assessor disse que o voo dos mísseis durou quatro ou cinco segundos. "Não era uma questão de se, era uma questão de quando. A notícia boa é que após cinco segundos ele fracassou". Pence, em discurso de Páscoa para tropas norte-americanas na Coreia do Sul, disse que o comprometimento dos EUA com a Coreia do Sul permanece intacto. "Deixe-me garantir a vocês sob a liderança do presidente Trump, nossa resolução nunca foi mais forte. Nosso compromisso com esta aliança histórica com o povo corajoso da Coreia do Sul nunca foi mais forte". Pence começava uma viagem de 10 dias à Ásia, no que assessores disseram ser um sinal de comprometimento norte-americano com seu aliado, em face de uma crescente tensão. (Por Roberta Rampton e Sue-Lin Wong) |
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