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- Mega-Sena acumula mais uma vez e promete pagar R$ 75 milhões na próxima quarta-feira
- Além de 'Caju', Romero Jucá também era chamado de 'Aracati' e 'Cerrado' em planilha da Odebrecht
- Marido da senadora Vanessa Grazziotin recomendou doação por caixa 2 à Odebrecht
- ACM Neto recebeu R$ 1,8 mi em dinheiro para caixa 2, diz delator
- Milhares vão às ruas de NY pedir que Trump divulgue seu imposto de renda
- Setor de propinas da Odebrecht pagou R$ 10,6 bilhões entre 2006 e 2014
- Deputados ainda questionam pontos da reforma da Previdência
- Para pressionar Dilma, Marcelo Odebrecht enviou documentos sobre caixa 2
- 'Você não tem vergonha dar dinheiro para esse povo?’, questionou gerente de obra a funcionário da Odebrecht
- Cássio Cunha Lima foi único a relutar em relação a caixa 2, diz delator
- Com base em delação, Fachin autoriza que PGR solicite dados de entrada ao Jaburu
- Marido de Marta Suplicy reclamou 'o tempo todo' de valor de caixa 2, diz delator
- Esquema da Odebrecht com Itaipava bancou compra de dossiê dos 'aloprados do PT'
- Delator menciona caixa 2 a ministro da Cultura
- Benefício assistencial para idosos é pago até a mortos
- Erdogan enfrenta seu maior teste em referendo histórico na Turquia
- Ex-executivo avisou Marcelo Odebrecht sobre risco de "suicídio" financeiro com propinas
- Explosões atingem comboio de ônibus perto de Aleppo, na Síria
- STF avalia julgar crimes da Odebrecht no exterior
- "Ávido por dinheiro", diz delator sobre ex-tesoureiro de Lula
Mega-Sena acumula mais uma vez e promete pagar R$ 75 milhões na próxima quarta-feira Posted: 15 Apr 2017 06:01 PM PDT ![]() Sorteio deste sábado premiou 127 apostas com a quina e 9.277 com a quadra divulgação O prêmio principal da Mega-Sena acumulou mais uma vez neste sábado (15) após nenhum apostador cravar as seis dezenas reveladas pelo concurso 1.921. Com isso, a Caixa promete pagar nada menos do que R$ 75 milhões para o sortudo que acertas os seis números sorteados na próxima quarta-feira (19). As dezenas reveladas pelo concurso desta noite da loteria, realizado no caminhão da sorte estacionado no município de Canela (RS), foram: 10 — 15 — 16 — 19 — 28 — 35. Apesar de nenhum apostador ter faturado o prêmio principal, 127 pessoas acertaram a quina e têm o direito de receber R$ 30.856,70 cada. Outros 9.277 apostadores cravaram quatro dos números sorteados e podem sacar R$ 603,45 cada. Para concorrer ao prêmio de R$ 75 milhões do próximo sábado, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha). Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País. Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas. Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas. |
Além de 'Caju', Romero Jucá também era chamado de 'Aracati' e 'Cerrado' em planilha da Odebrecht Posted: 15 Apr 2017 02:28 PM PDT ![]() Na planilha, está registrado que Jucá recebeu R$ 1,7 milhão sob o codinome de "Aracati" e R$ 1 milhão sob a alcunha de "Cerrado" Pedro Ladeira/16.3.2017/Folhapress O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), conhecido inicialmente como "Jucá" na planilha de pagamento de propina da Odebrecht, também foi identificado como "Cerrado" e "Aracati". O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a abertura de cinco inquéritos para apurar as acusações dos delatores da empreiteira contra o peemedebista. O registro no sistema Drousys diz respeito a pagamentos que teriam sido feitos a Jucá, por meio do lobista Milton Lyra, como recompensa pelo empenho do senador na aprovação da Medida Provisória 613, que concede incentivos tributários aos produtores de etanol e à indústria química. Na planilha, está registrado que Jucá recebeu R$ 1,7 milhão sob o codinome de "Aracati" e R$ 1 milhão sob a alcunha de "Cerrado". Os dois pagamentos teriam sido feitos em outubro de 2013. As informações constam em um dos vídeos do ex-funcionário da Odebrecht José de Carvalho Filho. Em nota, o senador Romero Jucá afirmou que sempre esteve e sempre estará à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. Também disse que, durante as campanhas eleitorais, sempre atuou dentro da legislação e teve todas as contas aprovadas. Nesta sexta-feira (14), em entrevista ao programa Moreno no Rádio, da CBN, Jucá negou as acusações de recebimento de recursos por seu empenho na aprovação de MP. "Chegou-se ao cúmulo dizer que eu beneficiei empresas com MPs. Quem fala em compra de MPs não conhece como funciona o governo e o Congresso", disse Jucá, destacando que está tranquilo e espera responder o mais rápido possível a todas as informações que possam esclarecer esse imbróglio. |
Marido da senadora Vanessa Grazziotin recomendou doação por caixa 2 à Odebrecht Posted: 15 Apr 2017 01:26 PM PDT ![]() Vanessa Grazziotin afirma que as doações feitas para suas campanhas "foram oficiais, declaradas e aprovadas pela Justiça" Pedro França/20.02.2014/Agência Senado O ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Luiz Reis afirmou que o marido da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Eron Bezerra, "recomendou" que a doação eleitoral de R$ 1,5 milhão à parlamentar ocorresse via caixa dois, em 2012. Na época Vanessa disputava a Prefeitura de Manaus, mas acabou derrotada no segundo turno por Artur Neto (PSDB). O depoimento de Reis serviu de base para a autorização de inquérito contra a senadora e o cônjuge pelo relator da Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin. De acordo com Reis, Vanessa o convidou para uma reunião na capital do Amazonas, no dia 24 de agosto daquele ano. No encontro, ela e o marido teriam pedido inicialmente uma quantia maior do que a que acabaram recebendo para a campanha. O delator afirma que não havia nenhuma contrapartida para o repasse e que era comum a empreiteira "investir" em políticos considerados promissores. — Não tínhamos nenhum interesse específico, se não o interesse com ela. Uma pessoa capaz, moça, de um partido com o qual a Odebrecht não tinha nenhuma relação e que se mostrava um expoente. [...] A gente não tinha um interesse específico em Manaus, o interesse era criar uma relação com um partido que a gente não tinha, uma pessoa jovem, de futuro, isso sim era uma das coisas que a gente fazia que era apostar no crescimento, desenvolvimento de políticos jovens com discurso arrumado. Em nota, a senadora afirma que as doações feitas para suas campanhas "foram oficiais, declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral". "Diante da autorização, pelo STF, de abertura de inquérito para investigar as doações da campanha de 2012, quando fui candidata à prefeita, reafirmo que estou tranquila, pois tenho consciência que não cometi qualquer tipo de ilegalidade. Confio que isso será provado a partir das investigações", afirma a parlamentar. |
ACM Neto recebeu R$ 1,8 mi em dinheiro para caixa 2, diz delator Posted: 15 Apr 2017 01:07 PM PDT ![]() As afirmações foram feitas pelo ex-diretor da Odebrecht André Vital Romildo de Jesus/1.3.2017/Futura Press/Folhapress O prefeito de Salvador, ACM Neto, é acusado de ter recebido, em dinheiro vivo, R$ 1,8 milhão de caixa 2 da Odebrecht para financiar sua campanha para a prefeitura em 2012. As afirmações foram feitas pelo ex-diretor da Odebrecht na Bahia, André Vital. Em sua delação, Vital declarou que, no primeiro trimestre de 2012, a pedido de ACM Neto, se reuniu com o então candidato em seu escritório em Salvador, quando ACM teria pedido recursos para sua campanha. Na ocasião, o candidato indicou o empresário Lucas Cardoso como a pessoa responsável para administrar a entrega dos recursos. Segundo o delator, uma parcela de R$ 400 mil foi oficialmente depositada na candidatura de ACM, mas a maior parcela foi combinado que seria repassada via caixa 2. "Comuniquei a Lucas que o valor aprovado era de R$ 2,2 milhões e que parte desse valor ia ser pago via caixa 2", declarou Vital, que também disse ter apresentado provas de registros telefônicos sobre o acordo e os pagamentos, que viriam a ocorrer em quatro parcelas, em dinheiro. ACM Neto, que na tabela de propinas da Odebrecht recebeu o apelido de "Anão", negou as irregularidades e disse que todos as doações que recebeu para sua campanha de 2012 à prefeitura de Salvador foram realizadas de forma legal, recebidas pelo partido - Democratas - e registradas na Justiça Eleitoral, como determina a lei. Ele acrescentou ainda que todas as suas contas de campanha foram aprovadas pela justiça eleitoral. |
Milhares vão às ruas de NY pedir que Trump divulgue seu imposto de renda Posted: 15 Apr 2017 12:56 PM PDT NOVA YORK (Reuters) - Milhares de pessoas saíram às ruas neste sábado para uma manifestação pelo centro de Manhattan exigindo a divulgação das declarações de impostos do presidente Donald Trump, contestando a alegação de que o público não se importa com o assunto. Organizadores da "Marcha do Imposto" de Nova York, uma das mais de 150 em todo o país e no exterior, querem chamar a atenção para a recusa de Trump em revelar seu histórico fiscal, como seus predecessores da Casa Branca fizeram por mais de 40 anos. Além das principais cidades dos Estados Unidos, incluindo Washington e Los Angeles, estavam previstas manifestações na Europa, Japão e Nova Zelândia. A marcha de Manhattan começou com um comício em Bryant Park, atraindo uma multidão estimada por um repórter da Reuters de cerca de 5 mil pessoas, embora nenhuma estimativa oficial estivesse imediatamente disponível. A caminhada percorrendo a Sexta Avenida deveria se dispersar no Central Park. "Graças a Trump, acredito que divulgar seus impostos quando se candidata a presidente agora tem que ser uma lei", disse a nova-iorquina Marni Halasa, de 51 anos, que chegou com roupas cobertas de notas de dólar falsas e segurando um cartaz onde se lia "Mostre-me o dinheiro!" Críticos levantaram questões sobre o que o extrato de impostos de Trump diz sobre seu patrimônio líquido e várias alianças comerciais. Como candidato e como presidente, Trump tem se recusado firmemente em divulgar suas declarações fiscais, citando uma auditoria em curso pelo Serviço Interno de Receita (IRS, na sigla em inglês). Em setembro, ele disse à ABC News: "Eu não acho que alguém se importe, exceto alguns membros da imprensa". De acordo com o IRS, Trump pode divulgar sua restituição de impostos mesmo durante a auditoria. Os organizadores afirmaram que optaram pela tradicional data de 15 de abril para as marchas porque, sendo sábado, atrairia mais pessoas, embora o prazo de apresentação do imposto de renda deste ano tenha sido adiado para terça-feira. (Por Peter Szekely e Chris Francescani) |
Setor de propinas da Odebrecht pagou R$ 10,6 bilhões entre 2006 e 2014 Posted: 15 Apr 2017 11:10 AM PDT Ex-diretor do setor de propinas disse ter alertado Marcelo Odebrecht sobre os altos valores pagos em propina Reprodução/BBC Brasil O ex-diretor do setor de operações estruturadas da Odebrecht Hilberto Mascarenhas disse, em delação premiada, que a área criada dentro da empreiteira para fazer o pagamento de propinas movimentou mais de R$ 10,6 bilhões entre os anos de 2006 e 2014. Ao MPF (Ministério Público Federal), Mascarenhas informou que os recursos eram movimentados em contas offshores em paraísos fiscais fora do País. O ex-executivo disse que alertou ao então presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, sobre os valores pagos em propina, que, segundo ele, estavam muito altos. — Estava preocupado, muita gente participando das obras, e pressionei. Fui a Marcelo [Odebrecht], várias vezes, e disse: não tem condição, US$ 730 milhões é bilhão [em reais]. Nem um mercado tem essa disponibilidade de dinheiro por fora e não tem como operar isso. É suicídio. Ex-executivo avisou Marcelo Odebrecht sobre risco de "suicídio" financeiro com propinas Segundo Mascarenhas, como resposta, Marcelo Odebrecht deu orientação de "segurar". O ex-diretor do chamado setor de propinas disse que cada executivo responsável por obras da Odebrecht podia solicitar o recurso para fazer as obras andarem. Segundo ele, os gerentes das obras recebiam bônus se atingissem as metas definidas para cada empreendimento. — Se você der aquele resultado você ganha tanto. [Então] você quer que o mundo se acabe, [mas] você quer atingir aquela meta e colocar no seu bolso, o seu milhão [no bolso]. Se fazia qualquer coisa que tinha que fazer e atingir. "Ávido por dinheiro", diz delator sobre ex-tesoureiro de Lula Segundo Mascarenhas, a prática foi banalizada. Ele, no entanto, afirma que os valores pagos pelo setor da propina caíram em 2014 depois que ele pressionou Marcelo Odebrecht. — Tem que tratar esse assunto como um extra, uma necessidade. Não como prazer de comprar alguém. Já estava virando um prazer de comprar [as pessoas] e isso me incomodava. O ex-diretor relatou ainda, que para proteger a identidade de quem recebia a propina, o responsável por determinada obra da empreiteira dava um apelido para o beneficiário do dinheiro. |
Deputados ainda questionam pontos da reforma da Previdência Posted: 15 Apr 2017 10:56 AM PDT Governo autorizou a alteração de cinco pontos polêmicos na proposta enviada ao Congresso David Ramos/Getty Images Mesmo com a disposição do governo para flexibilizar pontos da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287/2016, que trata da reforma da Previdência, o tema continua sensível, inclusive para partidos da base aliada do presidente Michel Temer. Os principais questionamentos são a idade mínima unificada de 65 anos (para homens e mulheres) e os 49 anos de contribuição para ter acesso ao benefício integral. O relator da reforma da Previdência na Câmara, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) fará no próximo dia 18 a leitura de seu relatório na comissão especial de análise da PEC 287. Espera-se que o texto modifique cinco pontos polêmicos da reforma, conforme autorizado por Temer na última semana. Entre os pontos que devem ser modificados estão regra de transição para quem está na ativa, aposentadoria do trabalhador rural, aposentadoria especial para professores e policiais, pensão por morte e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a deficientes físicos e idosos sem condições de sustento. Os temas são citados recorrentemente nas 130 emendas apresentadas por parlamentares ao texto. Governo cede e deve diminuir tempo de contribuição para trabalhador receber aposentadoria máxima Mesmo com as mudanças, o governo ainda tem discordâncias a contornar. O deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), cujo partido integra a base de Temer, acredita que as alterações ainda não são suficientes para garantir a aprovação da reforma. — O governo recuou em pontos que não considero que resolveram o problema. Acho que o principal problema da reforma é a idade mínima e a transição. Hoje não existe idade mínima. Então, se você sai de zero para 65 anos, não tem nenhuma possibilidade de ter acordo. É muita coisa. Paulo Pereira da Silva é autor de uma emenda à reforma que reduz a idade mínima única de 65 anos a 58 anos para mulheres e 60 anos para homens. Outra alteração é que, pela emenda, o cálculo do valor da aposentadoria começaria com 60% da média das contribuições e não com os 50% previstos na proposta do governo. Assim, com o acréscimo de 1 ponto percentual por ano trabalhado, o tempo para acesso ao benefício integral cai de 49 para 40 anos. A emenda muda ainda a regra de transição. O Palácio do Planalto, entretanto, está otimista com a aprovação do relatório do deputado Arthur Maia na comissão especial da reforma da Previdência. Na avaliação do governo, a flexibilização de cinco pontos da proposta ajudou a conseguir mais votos favoráveis. Neste domingo, o presidente Michel Temer vai reunir líderes da base aliada na Câmara, o relator da reforma da Previdência, Arthur Maia, o presidente da comissão criada para debater o tema, Carlos Marun (PMDB-MS), e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em um jantar para tratar do tema. Temer admite possibilidade de fazer reforma da Previdência que dure apenas 20 anos A redução do tempo para acessar o benefício integral também foi uma condicionante colocada pelo PSDB, outro partido da base aliada de Michel Temer. O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), autor de emenda que mantém o pagamento do BPC nos moldes atuais, informou que os deputados do seu partido na comissão especial elencaram dez itens a serem aprimorados no texto da reforma. Entre eles está o cálculo a partir de 60% da média das contribuições. Outras reivindicações foram a possibilidade de acúmulo de pensões e aposentadorias até o teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), uma regra de transição escalonada e a garantia de aposentadoria integral no caso de invalidez independente se o trabalhador tornou-se inválido dentro ou fora do local de trabalho. Oposição Além das discordâncias na base o governo terá de encarar os partidos de oposição, os maiores críticos da reforma. O deputado Pedro Uczai (PT-SC), autor de emendas que suprimem os trechos na PEC 287 relacionados ao trabalhador rural e à aposentadoria especial para professores, acredita que a proposta será aprovada na comissão especial mas enfrentará dificuldades no plenário da Casa. — Na comissão eles [governo] vão ter maioria, mas no Plenário eles vão perder. Estamos apresentando emendas supressivas. Não estamos acrescentando nada, porque somos contra a reforma. Não adianta fazer um remendo aqui, outro lá. O conjunto da obra é maléfico e por isso está tendo essa reação da sociedade como um todo. |
Para pressionar Dilma, Marcelo Odebrecht enviou documentos sobre caixa 2 Posted: 15 Apr 2017 10:44 AM PDT Segundo delator, Pimentel ficou encarregado de dar o recado Joel Silva/Folhapress O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, enviou à presidente Dilma Rousseff, por meio do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), documentos que demonstravam o caixa dois em sua campanha de 2014. O objetivo seria demonstrar que a petista não estava blindada na crise de corrupção que se instalou em seu governo e pressioná-la a tomar providências quanto ao avanço da Lava Jato. O relato foi feito pelo ex-diretor de Crédito à Exportação da Odebrecht Engenharia e Construção João Nogueira em depoimentos à PGR (Procuradoria-Geral da República). Ele descreveu uma série de encontros com Pimentel no fim de 2014 para tratar de estratégias para evitar que as investigações levassem o governo petista e a empreiteira a uma debacle. Na época, o petista havia acabado de se eleger governador, após um período de pouco mais de três anos como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Segundo Nogueira, Marcelo Odebrecht viajou a Belo Horizonte em 17 de dezembro de 2014 a lá se encontrou com Pimentel. Naquela ocasião, teria apresentado ao petista o material sobre os repasses ilegais à chapa Dilma-Michel Temer. A questão é hoje objeto de uma ação de cassação por abuso de poder econômico e político no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "O que o Marcelo disse foi que tinha passado uma mensagem à presidente Dilma, porque o Pimentel era muito próximo dela: a comprovação, por meio de documentos, de que contribuições com recursos não contabilizados tinham sido feitas à campanha", afirmou o colaborador, explicando que o chefe visava a "catalisar uma atitude" do governo. "Eram tempos já desesperadores", acrescentou. O delator explicou que o recado foi levado a Dilma, conforme lhe teria dito o próprio Pimentel numa conversa posterior, também em BH. Dilma teria pedido a Giles Azevedo, um de seus auxiliares mais próximos, para ficar "em cima do tema contribuições". O delator não soube informar sobre eventuais providências do governo após o aviso de Marcelo Odebrecht. Um dos objetivos da empreiteira era que o Planalto atuasse para que uma reclamação apresentada pela Engevix contra o juiz Sérgio Moro fosse aceita pelo STF (Supremo Tribunal Federal), fazendo com que a Lava Jato fosse avocada pela Corte, o que não ocorreu. Os depoimentos de Nogueira constam de pedido de inquérito apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para avaliar possível tentativa de obstrução de Justiça. O relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, determinou o envio do caso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) que avaliará se há elementos para a abertura de uma investigação. Ele também autorizou a remessa de cópias dos depoimentos à Justiça Federal no Paraná. Conforme o relato do colaborador, a Odebrecht também estava preocupada com a Operação Acrônimo, recém-desencadeada pela Polícia Federal, que poderia alcançar tanto Pimentel quanto a empreiteira. "Tenho amigos olhando, isso não vai longe", teria dito o petista ao executivo. No fim do ano passado, após o avanço das investigações, o governador e Marcelo Odebrecht foram denunciados por corrupção. O petista é acusado de receber propina de R$ 12 milhões para favorecer a empreiteira quando ministro. O petista nega. Outro lado "Após meses de insinuações, suspeitas infundadas e vazamentos seletivos de acusações feitas indevidamente por dirigentes da Odebrecht, finalmente Dilma Rousseff terá acesso a íntegra das declarações. Não conseguirão atingir a sua honra e a sua vida pública, porque tais acusações são mentirosas", diz o comunicado. Em nota, o advogado Eugênio Pacelli, que defende o governador de Minas, afirmou que, sobre esses fatos, "parece muito fácil demonstrar que o delator nada diz de concreto". "Afirma ter mandado recado' à ex-presidente, recado esse que seria a comprovação de que ele poderia se transformar em um delator, se algo não fosse feito. Pela lógica dele, nada se fez. Transformou-se em um. Melhor: no principal delator", diz a nota. "O governador Fernando Pimentel esclarece que sempre teve consciência da impossibilidade de qualquer interferência política na condução da Lava Jato. E foi esse o seu comportamento desde sempre. Tanto o juiz Sérgio Moro, quanto os membros do Ministério Público Federal são constitucionalmente independentes e não podem sofrer qualquer tipo de influência em seus atos. Jamais relataram algo nesse sentido em relação ao governador", completa. O advogado também diz que é importante ressaltar que também não houve iniciativa legislativa da ex-presidente para qualquer fim contrário às investigações. "Precisamos de mais fatos e menos boatos!", finaliza. |
Posted: 15 Apr 2017 10:14 AM PDT Segundo o delator, 'os gerentes de obras sabiam' do setor de propina Paulo Whitaker/Reuters O delator Hilberto Mascarenhas, da Odebrecht, relatou à Operação Lava Jato, um episódio ocorrido na sede da empreiteira, em São Paulo. No elevador do prédio da Odebrecht, um gerente de obra em Angola questionou um funcionário do Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propina da empreiteira, sobre pagamentos ilícitos. Trabalhavam no setor de propina, com Hilberto Mascarenhas, os executivos Luiz Eduardo Soares e Fernando Migliaccio. "Eu demiti um. Eu demiti um rapaz que procurou uma palhaçada. Entrei no elevador eu, Fernando e Luiz, e esse palhaço, na frente de outras pessoas, chegou para Fernando e disse: 'Você não tem vergonha de estar dando dinheiro para esse povo, não?'. Fernando disse: 'Eu nunca dei dinheiro a ninguém, não. Eu pago o que os outros mandam. Não sou eu que estou dando, não'", relatou. "Eu achei que o comportamento dessa pessoa, que era um gerente de uma obra em Angola, não cabia. Ainda mais no elevador que tinha 8, 10 pessoas, ele fazer um comentário desse. Eu liguei para o chefe dele e pedi a cabeça do rapaz. Pedi mesmo. Esse tipo de comportamento não pode ter. Até porque ele era uma das pessoas que em determinado momento, como diretor de uma obra, podia pedir." O Ministério Público Federal quis saber o nome do gerente. Hilberto Mascarenhas disse não lembrar. "Nem quero saber mais." Segundo o delator, 'os gerentes de obras sabiam' do Setor de Operações Estruturadas. O departamento ficava no escritório da empresa 'no mesmo lugar de hoje, na Marginal'. "Setor na época ficava no 16º andar, no cantinho do 16º andar. Eram três salas", contou. Hilberto Mascarenhas foi questionado se havia 'uma cobertura' para o departamento. "Não, não", afirmou. "Pelo contrário, era tratado… Você sabe quanto é a folha de pagamento da empresa que você trabalha? Por que você precisa saber o que é que eu faço na minha área? Não tinha que ficar divulgando o que fazia, nem ficar divulgando o que não fazia." |
Cássio Cunha Lima foi único a relutar em relação a caixa 2, diz delator Posted: 15 Apr 2017 09:53 AM PDT ![]() Cunha Lima é acusado de receber R$ 800 mil não declarados Renato Costa /Folhapress O ex-diretor Superintendente da Bahia do grupo Odebrecht, Alexandre Barradas, afirmou, em acordo de delação premiada, que o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) foi o "único que relutou em relação ao caixa dois". Cunha Lima é acusado de receber R$ 800 mil não declarados para a sua candidatura ao governo da Paraíba, em 2014. "Ele (Cássio Cunha Lima) foi o único desses todos que disse: 'poxa, mas não tem como fazer?'. Eu disse: 'olha, nós não temos outra opção'. Ele relutou, mas não teria opção", conta Barradas. Um dos investigadores presentes no depoimento, então, rebateu: "Ele tinha opção, poderia ter recusado." Segundo Barradas, a doação ao então candidato a governador tinha objetivo de receber como contrapartida de realizar obra de saneamento na Paraíba, que não contava com o apoio do governador à época, Ricardo Coutinho. Ao decidir fazer oposição a Coutinho, já em 2014, Cunha Lima sinalizou a Barradas que contava com a "ajuda" da Odebrecht. "Seria inverdade dizer que ele me pediu dinheiro, mas mostrou a sua necessidade de ter ajuda e ajuda financeira", declarou o delator. Barradas contou que conversou "rapidamente" com Cássio em seu gabinete, no Senado, entre março e abril de 2014, para informar que a empresa estava disposta a fazer a doação, mas que só poderia ser realizada via caixa dois. "Eu me lembro que o senador ficou um pouco inseguro", disse Barradas aos procuradores. Os dois teriam se encontrado outras três ou quatro vezes, geralmente no Senado, porém a entrega da quantia, parcelada em duas vezes de R$ 400 mil, teria sido feita a um funcionário do senador chamado Luís, em um hotel de Brasília. Barradas informou ainda que o senador ganhou dois apelidos, "trovador" e "prosador", pois o pai do parlamentar Ronaldo Cunha Lima, era um "grande poeta." Outro lado |
Com base em delação, Fachin autoriza que PGR solicite dados de entrada ao Jaburu Posted: 15 Apr 2017 09:27 AM PDT Temer foi anfitrião de jantar em que políticos e executivos discutiram pagamento de propina Ueslei Marcelino/Reuters O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que a Procuradoria-geral da República (PGR) solicite os dados de entrada no Palácio do Jaburu, residência oficial do presidente Michel Temer, no dia 28 de maio de 2014. A data foi citada pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, em acordo de delação premiada, e consta em inquérito aberto contra os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). No dia em questão, Melo Filho relata que houve um jantar no Jaburu com a presença do ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, Padilha e Temer. Ali teria sido feito um pedido de repasse de R$ 10 milhões, sob pretexto de financiar a campanha eleitoral de 2014. Em seu depoimento, Marcelo confirmou o pedido e declarou que R$ 6 milhões seriam destinados a Paulo Skaf e outros R$ 4 milhões a campanha de Temer à vice-presidência. "Temer nunca mencionou para mim os 10 milhões, mas obviamente que no jantar ele sabia. Acertei com isso e acertei com o Padilha que dos 10, 6 iriam para o Paulo", afirmou Marcelo, que ainda avaliou que 'Temer não falaria de dinheiro', nem com ele, 'nem com a esposa, nem com ninguém'. De acordo com a Procuradoria, "há fortes elementos que indicam a prática de crimes graves, consistente na solicitação por Eliseu Padilha e Moreira Franco de recursos ilícitos em nome do PMDB e de Michel Temer, a pretexto de campanhas eleitorais". Após as delações premiadas da Odebrecht, o próximo passo dos investigadores será verificar as informações dos depoimentos. No inquérito sobre os principais ministros de Temer, Fachin autorizou ainda levantamento sobre emendas parlamentares propostas por Padilha, à época em que foi parlamentar; o levantamento das obras da Odebrecht relacionadas ao cargo ocupado por Moreira na Secretaria de Aviação Civil e a oitiva do advogado José Yunes, amigo de Temer e ex-assessor especial do presidente. Apesar de não poder ser investigado por atos anteriores ao mandato de presidente, Temer é citado em outro inquérito, aberto para investigar o senador Humberto Costa (PT-CE). "A investigação deve tramitar em conexão com a do senador Humberto Costa, com exceção do atual presidente da República, Michel Temer. Isso porque ele possui imunidade temporária à persecução penal", disse o procurador-geral Rodrigo Janot no pedido de abertura de inquérito. O ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial Márcio Faria da Silva, disse em seu acordo de delação que Temer comandou em 2010, quando candidato a vice-presidente da República, uma reunião na qual se acertou pagamento de propina de US$ 40 milhões ao PMDB. O valor era referente a 5% de um contrato da empreiteira com a Petrobras. Em depoimento gravado, Silva disse que o encontro se deu no escritório político de Temer, em Alto de Pinheiros, em São Paulo, em 15 de julho daquele ano. Ele afirma que se surpreendeu com a forma com que se tratou do pagamento de propina. Outro lado Por meio de nota, o Palácio do Planalto reforçou que Temer jamais tratou de "negócios escusos". "Como reiterado em outras ocasiões, o presidente contesta de forma categórica qualquer envolvimento do seu nome em negócios escusos." O texto diz ainda que Temer "nunca atuou em defesas de negócios particulares, nem defendeu pagamentos de valores indevidos a terceiros". Em vídeo publicado nas redes sociais do Planalto na quinta-feira (13), Temer admite que fato que participou de uma reunião, em 2010, com Marcelo Odebrecht, mas nega que tenha solicitado propina. "A mentira é que nessa reunião eu teria ouvido referência a valores financeiros ou a negócios escusos da empresa com políticos", afirma o peemedebista no vídeo. A defesa do ministro Eliseu Padilha, representada pelo criminalista Daniel Gerber, já se manifestou dizendo que "todo e qualquer conteúdo de investigações será debatido exclusivamente dentro dos autos". O ministro Moreira Franco declarou, por meio de assessores, que não vai comentar a abertura de inquérito contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF). |
Marido de Marta Suplicy reclamou 'o tempo todo' de valor de caixa 2, diz delator Posted: 15 Apr 2017 09:23 AM PDT Marta Suplicy e o marido Márcio Toledo em evento no PMDB Greg Salibian/Folhapress O empresário Márcio Toledo, marido da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), não ficou satisfeito com o repasse de R$ 500 mil não contabilizados que a Odebrecht destinou para a campanha da mulher em 2010, disse em delação premiada o ex-executivo da empreiteira Carlos Armando Guedes Paschoal. O pagamento teria sido realizado por meio do setor de operações estruturadas da Odebrecht, considerado o departamento da propina da empresa. "Ele (Márcio Toledo) me chamou pra conversar pessoalmente. E manifestou um grande descontentamento, que era uma desconsideração, porque, afinal, ela (Marta) tinha sido prefeita de São Paulo, era uma pessoa importante, sabe... (Ele) Não ficou satisfeito com os R$ 500 mil e o tempo todo até o final da campanha reclamou muito do valor", disse Paschoal em depoimento. Na época, Marta disputava uma vaga ao Senado Federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Indagado sobre os motivos de o marido de Marta enfatizar a experiência da mulher à frente da Prefeitura de São Paulo na conversa, Paschoal respondeu: "Eu tenho a impressão que ele quis se referir (à experiência de Marta como prefeita) pra dar um maior empoderamento a ela. Engrandecer." O ex-executivo da Odebrecht afirmou que tratava diretamente com Márcio Toledo sobre os pagamentos feitos à campanha da ex-prefeita, hoje no PMDB. "Eu só falava com o Márcio Toledo e ele indicava o hotel, eu passava pro Luizinho (o executivo Luiz Eduardo Soares, um dos funcionários que atuava no departamento da propina). Todas as doações, à exceção de uma ou duas, eram realizadas em hotéis. Questão de segurança, de logística", detalhou Paschoal. "Nunca falei com a senadora. Nem pessoalmente nem por telefone. Era como se blindava, né", disse Paschoal. Perspectiva "Esses pagamentos foram feitos via caixa 2 pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht. A senadora foi eleita na época e o sistema traz a comprovação desses pagamentos sob o codinome 'Belo Horizonte' no ano de 2010. Havia uma perspectiva de que ela seria eleita, mas ela é uma pessoa totalmente avessa à relação com a Odebrecht", afirmou BJ. Relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin decidiu aguardar manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre uma possível prescrição do crime, antes de decidir se abre ou não inquérito contra Marta e o marido. Defesa |
Esquema da Odebrecht com Itaipava bancou compra de dossiê dos 'aloprados do PT' Posted: 15 Apr 2017 08:45 AM PDT O esquema de lavagem de dinheiro criado entre a Odebrecht e a cervejaria Itaipava não bancou apenas o caixa 2 de campanhas eleitorais, mas também a compra, em 2006, de um dossiê contra o então candidato à presidência, José Serra (PSDB), episódio que ficaria famoso como o escândalo dos "aloprados do PT". O capítulo das falcatruas com dinheiro ilícito é narrado em detalhes pelo delator Luiz Eduardo Soares, ex-executivo da Odebrecht que atuava no departamento da propina da empreiteira. No dia 15 de setembro de 2006, a apenas duas semanas do primeiro turno das eleições para presidência, integrantes do PT foram presos pela Polícia Federal em um hotel de São Paulo ao tentar comprar um dossiê contra o então candidato tucano ao governo de São Paulo, que concorria com Aloizio Mercadante. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentando diminuir a importância do episódio, afirmou que aquilo era obra de "um bando de aloprados". Foram presos em flagrante Valdebran Padilha, que tinha US$ 109,800 mil e mais R$ 758 mil em dinheiro e Gedimar Passos, com US$ 139 mil e mais de R$ 400 mil em dinheiro. Ao todo, os dois tinham R$ 1,7 milhão. Valdebran era empresário e havia sido tesoureiro do PT em Mato Grosso em 2004. Gedimar havia sido agente da PF e se apresentava como advogado do PT. O dinheiro seria usado para comprar um dossiê envolvendo Serra, ex-ministro da Saúde, no escândalo da Máfia dos Sanguessugas. O dossiê, que se revelou ser falso, seria vendido pelos empresários Darci Vedoin e seu filho, Luiz Antônio Vedoin, donos da empresa Planam, pivô do escândalo das sanguessugas. Um dia depois da prisão, em 16 de setembro, disse o delator Luiz Eduardo Soares, o ex-tesoureiro da campanha de Lula, José de Filippe, convocou uma reunião de emergência no comitê de campanha do PT, em São Paulo. Para não levantar suspeitas, Soares disse que tomou o cuidado de deixar seu carro no aeroporto de Congonhas e seguiu de táxi para o comitê do PT. Quando chegou ao local, Soares diz que encontrou José de Filippe, o presidente da Itaipava, Walter Faria e Benedicto Júnior, ex-presidente da construtora Odebrecht. "Nós fomos tomados de surpresa na operação dos aloprados. BJ me ligou dizendo que tinha dado um grande problema e que precisava de minha ajuda", disse o delator. O clima era de tensão: entre as centenas de maços de dinheiro apreendidos, um deles estava com rótulo da empresa Leyroz de Caxias, distribuidora da Itaipava que articulava a distribuição de dinheiro no esquema de propina da cervejaria. "Como nós tínhamos essa operação que já tinha começado, de troca de reais por dólar, eles estavam com medo, porque descobriram que uma parte desse dinheiro estava com o timbre da Leyroz de Caxias. Mostrava que isso era da cervejaria Itaipava", disse Soares. O delator chega a dar risada, ao se lembrar do episódio. "Me dá vontade até de rir um pouco. O senhor Walter (Faria, presidente da Itaipava) falou que ele mesmo estava tirando (o rótulo) e esqueceu de um pacote, de tirar os invólucros." O delator lembra que as investigações avançaram, mas não chegaram à Itaipava. "Aí a coisa morreu, arrefeceu, e ninguém nunca soube de onde era o dinheiro", disse. Luiz Eduardo Soares confirmou que o dinheiro foi repassado ao ex-tesoureiro do PT pelo próprio Walter Faria. "Eles pediram esse dinheiro e usaram esse dinheiro", disse. Segundo o delator, José de Filippe sabia que a propina seria usada para a compra do dossiê. "Pediram a minha ajuda naquele momento de tensão. Eu sempre tive uma postura de me afastar dos problemas, apesar de eles estarem sempre me perseguindo". Procurado, o PT disse que não comentaria a delação. O Estado não conseguiu localizar nenhum representante da Itaipava desde sexta-feira para se posicionar. |
Delator menciona caixa 2 a ministro da Cultura Posted: 15 Apr 2017 08:25 AM PDT Foram R$ 200 mil repassados para o ministro Marcello Casal Jr/11.04.2017/Agência Brasil O ex-executivo da Odebrecht Carlos Armando Guedes Paschoal entregou em sua delação premiada uma planilha com quatro repasses que teriam sido feitos ao atual ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS-SP). Segundo o delator da Odebrecht, os pagamentos foram efetuados de 22 de julho a 14 de outubro de 2010 e totalizaram R$ 200 mil. O objetivo da empreiteira, de acordo com Paschoal, era ajudar a campanha de Roberto Freire para o cargo de deputado federal em 2010 por meio de caixa 2. O apelido de Freire na planilha da Odebrecht era "Curitiba". "E no caso dele, curiosamente, eu tenho até as datas que foram feitas as entregas: 22 de julho, 12 de agosto, 16 de setembro e depois em outubro, 14 de outubro", relatou Paschoal. De acordo com o delator, houve um pedido do senador José Serra (PSDB-SP) ao ex-presidente do grupo Odebrecht Pedro Novis para que a empreiteira apoiasse Roberto Freire. "Se nós formos lembrar, a base política do Roberto Freire não era São Paulo, não é São Paulo, e eu me lembro que houve um pedido do José Serra ao doutor Pedro Novis para que nós apoiássemos o Roberto Freire", disse Paschoal. Apesar das suspeitas de falsidade ideológica eleitoral em torno dos pagamentos a Roberto Freire, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu remeter os autos ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para se manifestar sobre a possível prescrição do crime. "Considerando a data do fato, a pena máxima prevista para o delito do art. 350 do Código Eleitoral, a idade do investigado e o disposto nos arts. 107, inciso IV, 109, inciso III e 115, todos do Código Penal, antes de decidir sobre a instauração do inquérito, importa colher a manifestação do Procurador-Geral da República sobre eventual extinção da punibilidade do delito narrado", escreveu Fachin em sua decisão. Defesa Em nota, o ministro Roberto Freire afirmou que, "em toda sua vida pública, nunca teve contato com os senhores Pedro Novis, Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedicto Barbosa da Silva Junior, e que nunca pediu e nem recebeu doações destes senhores para suas campanhas" e que "também não autorizou nenhuma pessoa a lhe representar em qualquer situação". O Estado procurou a assessoria do senador José Serra desde sexta-feira, mas até a publicação deste texto não tinha obtido resposta. fonte: Estadão Conteudo |
Benefício assistencial para idosos é pago até a mortos Posted: 15 Apr 2017 07:51 AM PDT O BPC vai investigar os casos em que não deveria ter assistência Thinkstock O governo federal detectou quase 1,2 mil pessoas já falecidas que estavam recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Pouco mais de 70 passaram a receber o auxílio depois de já terem morrido. "Isso aí já entra para a esfera policial, vamos estudar caso a caso para ver o que aconteceu, ver se tem alguma coisa organizada por trás disso", afirmou ao Estado o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Alberto Beltrame. O governo ainda identificou como beneficiárias do BPC famílias com renda per capita acima de dois salários mínimos (R$ 1.874). A lei diz que só têm direito ao auxílio as famílias que ganham até 1/4 do salário mínimo (R$ 234,25) por pessoa. O valor do benefício é de um salário mínimo (R$ 937). A pasta começou a fazer um pente-fino no BPC em janeiro, após uma década sem que os benefícios tivessem sido revisados, embora a lei preveja uma verificação periódica a cada dois anos. De caráter assistencial (quem recebe não precisa ter contribuído ao INSS), o BPC pagou R$ 49 bilhões a 4,4 milhões de beneficiários em 2016 e é alvo de propostas dentro da reforma da Previdência para tentar endurecer as regras de concessão, por conta do seu elevado e crescente custo aos cofres da União. O cruzamento com outras bases de dados do governo federal encontrou 1.194 beneficiários já falecidos. Desses, 719 já tiveram o auxílio suspenso, e outros 475 serão interrompidos na próxima folha de pagamento, de acordo com dados do governo. O custo com esses benefícios, pagos indevidamente, é estimado em R$ 13,4 milhões ao ano. O grupo também detectou 52,8 mil benefícios que vêm sendo pagos a famílias com renda per capita superior a meio salário mínimo - em quase metade dos casos, a renda per capita chega a superar dois salários mínimos. A maior parte foi concedida pela via administrativa, mas há uma parcela menor desses auxílios que foi autorizada após ações judiciais, individuais ou coletivas. Por ser mais simples, o governo vai começar a revisão pelos benefícios concedidos pela via administrativa. Serão convocadas 42,9 mil pessoas para prestar contas, 20 mil delas com renda per capita identificada acima dos dois salários mínimos. A primeira remessa de cartas, que será despachada a partir desta segunda-feira, inclui 17 mil beneficiários com as maiores rendas. "Tem gente com renda comprovada até acima de três salários mínimos per capita. É muito provável que esses beneficiários subdeclararam renda no momento da concessão", afirmou Beltrame. Cada beneficiário tem até 40 dias para apresentar sua defesa, ou o benefício é cancelado. "Do universo de quem está acima de dois salários, a economia seria de R$ 2,1 bilhões ao ano. Mas, nesse momento, ainda é precoce dizer que vamos economizar isso, seria considerar que todos eles estão irregulares. Mas é provável que a gente chegue a números expressivos nessa primeira revisão administrativa, pelo menos R$ 1 bilhão ao ano", acrescentou o secretário. Neste momento, o governo ainda não vai convocar os mais de 137 mil beneficiários com renda per capita identificada entre 25% e meio salário mínimo. Pela lei, essas pessoas não poderiam receber o BPC, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou esse critério insuficiente para detectar uma eventual condição de vulnerabilidade. Há um "vácuo jurídico" em relação a um novo critério, que o MDSA espera preencher até que as revisões dos primeiros grupos sejam concluídas. fonte: Estadão Conteudo |
Erdogan enfrenta seu maior teste em referendo histórico na Turquia Posted: 15 Apr 2017 07:25 AM PDT Por Nick Tattersall e Humeyra Pamuk ISTAMBUL (Reuters) - De maneira muito semelhante à grande mesquita que mandou erguer no topo de uma das colinas mais altas de Istambul, o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, conta com apoiadores que esperam que um referendo marcado para domingo coroe seu ímpeto de reformulação do país. A votação, na qual milhões de turcos irão decidir se substituem sua democracia parlamentar por uma Presidência de amplos poderes, pode trazer a maior mudança em seu sistema de governança desde que a república turca moderna foi fundada sobre as cinzas do Império Otomano quase um século atrás. O desfecho terá repercussões muito além das fronteiras turcas. Em nenhuma ocasião dos tempos modernos a Turquia, um de somente dois membros muçulmanos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), foi tão crucial para as questões mundiais, desde a luta contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque à crise imigratória da Europa e às alianças oscilantes de Ancara com Moscou e Washington. A campanha dividiu a nação de 80 milhões de habitantes ao meio, repercutindo sobre a grande diáspora turca em solo europeu. Erdogan acusou líderes do continente de agirem como nazistas por impedir comícios por motivos de segurança, enquanto seus opositores no exterior disseram ter sido espionados. Os apoiadores fervorosos de Erdogan veem sua busca por maiores poderes como a recompensa justa para um líder que levou os valores islâmicos de volta à vida pública, defendeu as classes trabalhadoras devotas e construiu aeroportos, hospitais e escolas. Seus adversários temem uma guinada autoritária de um presidente que veem como viciado no poder e intolerante com a dissidência, que vem erodindo os fundamentos seculares criados pelo fundador da Turquia moderna, Mustafa Kemal Ataturk, e os afastando ainda mais dos valores ocidentais da democracia e da liberdade de expressão. "Nos últimos 15 anos ele conseguiu tudo antes considerado impossível, impensável para os turcos, sejam pontes, túneis subterrâneos, estradas, aeroportos", disse Ergin Kulunk, engenheiro civil de 65 anos que lidera a associação de Istambul que está financiando a nova mesquita na colina Camlica. Mas para os críticos de Erdogan –entre eles liberais secularistas, curdos de inclinação à esquerda e até alguns nacionalistas– seu controle cada vez mais rígido representa uma ameaça quase existencial. "Ele está tentando destruir a república e o legado de Ataturk", opinou Nurten Kayacan, dona de casa de 61 anos de Izmir, cidade costeira do mar Egeu, presente a um pequeno comício a favor do "não" no referendo realizado em um porto de balsas de Istambul. Erdogan assumiu a presidência, então um cargo essencialmente cerimonial, em 2014 depois de mais de uma década como primeiro-ministro, e desde então continuou a dominar a política pela força de sua personalidade, não escondendo sua ambição por poderes mais amplos. Ele vem capitalizando uma onda de patriotismo desde um golpe de Estado fracassado de julho, argumentando que a Turquia está ameaçada por uma série de forças externas e precisando de uma liderança forte para conter os riscos do Estado Islâmico, de militantes curdos e dos inimigos internos que tentaram depô-lo e seus apoiadores estrangeiros. (Reportagem adicional de Umit Bektas, Melih Aslan e Daren Butler) |
Ex-executivo avisou Marcelo Odebrecht sobre risco de "suicídio" financeiro com propinas Posted: 15 Apr 2017 07:23 AM PDT Alto volume de propina assustou até mesmo executivo Paulo Whitaker/Reuters O ex-executivo da Odebrecht Hilberto Mascarenhas disse em depoimento que advertiu em diversas circunstâncias o então presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, sobre o risco de "suicídio" financeiro com os altos valores que a empresa desembolsava com propinas. O departamento de operações estruturas, que cuidava dos repasses ilegais a políticos e chefiado por Mascarenhas, gastou US$ 3,39 bilhões (mais de R$ 10,64 bilhões na cotação atual) com propinas entre 2006 e 2014. A planilha com os gastos foi apresentada tanto à PGR (Procuradoria-Geral da República) quanto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Há documentação das seguintes quantias: em 2006: US$ 60 milhões; 2007: US$ 80 milhões; 2008: US$ 120 milhões; 2009: US$ 260 milhões; 2010: US$ 420 milhões; 2011: US$ 520 milhões; 2012: US$ 730 milhões; 2013: US$ 750 milhões e 2014: US$ 450 milhões. No depoimento à PGR, Mascarenhas diz: "Eu fui a Marcelo várias vezes... não tem condição. US$ 730 milhões, é mais de meio bilhão [de reais]. Nenhum mercado tem isso em disponibilidade de dinheiro por fora e nem tem como você operar isso. Isso aqui é suicídio". "Ávido por dinheiro", diz delator sobre ex-tesoureiro de Lula Hilberto Mascarenhas trabalhou na Odebrecht por 40 anos por "predomínio na área financeira". Em 2006, relatou, estava na tesouraria da Odebrecht S.A sem programa específico, quando foi "intimado" por Marcelo Odebrecht, que na época era o presidente da Construtora Norberto Odebrecht, para assumir a área de Operações Estruturadas, subordinada a ele. O delator afirmou que "em princípio", relutou a aceitar o cargo "tendo em vista a grande exposição e risco" que o trabalho traria, mas "depois de alguma insistência", aceitou a proposta. Hilberto afirmou que haveria "remuneração e pelos benefícios que passaria a ter, tais como carro com motorista, apartamento em São Paulo para trabalho e passagem de volta a Salvador nos finais de semana", onde residia a família. Segundo Hilberto, a área fazia duas formas de pagamentos: em espécie no Brasil e em depósito bancário em contas no exterior. Os repasses no País eram entregues em "pacotes/mala de dinheiro em locais predeterminados". As transferências bancárias no exterior eram feitas a partir de offshores na não declaradas. |
Explosões atingem comboio de ônibus perto de Aleppo, na Síria Posted: 15 Apr 2017 07:13 AM PDT BEIRUTE (Reuters) - Uma explosão perto de um comboio de ônibus esperando para entrar na cidade síria de Aleppo matou e feriu diversas pessoas neste sábado, disseram veículos de imprensa alinhados com o governo, ativistas a favor da oposição e um grupo de monitoramento. Um veículo de imprensa do Hezbollah, aliado de Damasco, disse que um suicida detonou um carro bomba perto do comboio. Imagens publicadas pela mídia estatal mostraram o que parecia ser o local após a explosão, com corpos espalhados pelo chão e focos de incêndio com grandes colunas de fumaça negra. Os ônibus estavam escuros devido à explosão e suas janelas estavam quebradas. A explosão ocorreu na área de Rashidin, no arredores de Aleppo, onde dezenas de ônibus carregando principalmente moradores xiitas de dois vilarejos estavam sendo evacuados, dentro um acordo entre as partes em guerra, esperando para entrar na cidade. O britânico Observatório de Direitos Humanos da Síria relatou pelo menos 16 mortes, dizendo que a explosão aparentemente foi provocada por uma bomba. (Por John Davison) |
STF avalia julgar crimes da Odebrecht no exterior Posted: 15 Apr 2017 06:57 AM PDT Além de mexer com a política nacional, a justiça acredita que a empresa tem sujeira fora do país também Rodolfo Burher/20.06.2015/Reuters A parte sigilosa da lista de Fachin inclui nove determinações ao Ministério Público Federal para que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre a possibilidade de crimes cometidos no exterior pelo Grupo Odebrecht envolvendo agentes públicos ou privados estrangeiros sejam julgados no Brasil. Executivos e ex-executivos da empreiteira admitiram que operações da empreiteira em nove países - Argentina, Venezuela, Equador, México, El Salvador, Colômbia, Peru, República Dominicana e Angola - continham práticas ilícitas. Os valores descritos nas decisões do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, somam US$ 65,68 milhões - apenas uma fração do total que o grupo já admitiu ter pago em propinas internacionalmente. Há relatos de propina envolvendo diversas obras na América Latina, como o metrô de Caracas, na Venezuela, e os Sistemas Troncais da Argentina. Delatores narraram pagamento de US$ 1 milhão a um representante do Ministério de Energia do Equador com o intuito de obter a liberação do financiamento da Usina Hidrelétrica de Toachi Pilatón. Também valores foram pagos para campanhas eleitorais presidenciais em El Salvador - de Mauricio Funes, que teria recebido R$ 5,3 milhões - e do Peru, de Ollanta Humala - que teria recebido US$ 3 milhões. Na África, um ministro de Angola, de identidade não revelada, teria recebido US$ 20 milhões para agir em favor dos interesses da empresa. Um nome revelado foi o do Emilio Lozoya, que teria recebido US$ 5 milhões quando era presidente da Pemex, a estatal do petróleo do México, como contrapartida a benefícios indevidos obtidos pela Odebrecht. Na maior parte dos casos, os pagamentos foram operados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, o chamado "departamento da propina" da empreiteira. Jurisdição. O que o STF e a Procuradoria-Geral da República precisam decidir, neste momento, é se os crimes cometidos no exterior estão sujeitos à jurisdição brasileira. Para definir isso, Fachin pediu que a Procuradoria se manifeste à luz de dois artigos do Código Penal brasileiro, considerando o princípio da territorialidade (local onde o crime foi praticado em todo ou em parte) e a possibilidade de aplicação do Art. 337-B, que trata do crime de corrupção ativa em transação comercial internacional. Independentemente de haver investigação no Brasil ou não, a Procuradoria-Geral da República já pode comunicar ao exterior os fatos narrados pelos delatores, para que possa haver investigação estrangeira. O ministro Fachin manteve o sigilo dos autos destes nove processos atendendo ao pedido da PGR, que informou haver tratativas entre o Grupo Odebrecht e alguns países para firmar acordos de colaboração, como feito no Brasil, admitindo crimes, pagando multas e identificando agentes públicos corruptos, sem encerrar as atividades no local. A PGR se comprometeu a manter o sigilo até o dia 1.º de junho com os colaboradores, enquanto estes negociam acordos. O Estado apurou que já estão bastante avançadas as negociações da Odebrecht no Peru, na Colômbia e na República Dominicana. Em dezembro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que a Odebrecht e a Braskem pagaram mais de US$ 1 bilhão para irrigar subornos e fraudes pelo mundo. A empreiteira fora do País México: Odebrecht disse ter pago US$ 5 milhões a Emilio Lozoya, ex-presidente da estatal de petróleo do país, em troca de benefícios. Angola: Valor desembolsado em "vantagem indevida", segundo a empreiteira, foi de US$ 20 milhões a um ministro do governo angolano. Venezuela: Repasses ilícitos ligados a obras que a empreiteira conduzia na Venezuela chegaram a US$ 35 milhões, segundo a Odebrecht. Colômbia e República Dominicana: Odebrecht relatou repasses "ilícitos" a agentes consulares. Equador: Empreiteira afirmou ter pago US$ 1 milhão a representante do Ministério de Energia para obter financiamento para usina. Peru: Segundo a Odebrecht, US$ 3 milhões foram repassados ao então candidato à Presidência do país Ollanta Humala. El Salvador: Pagamento, segundo empresa, foi de US$ 1,7 milhão em razão da campanha presidencial de Mauricio Funes. Argentina: Empresa relatou pagamentos de vantagem indevida a agentes públicos ligados a obras no país. fonte: Estadão Conteudo |
"Ávido por dinheiro", diz delator sobre ex-tesoureiro de Lula Posted: 15 Apr 2017 05:49 AM PDT ![]() Filippi já foi alvo da Lava Jato em 2015 Reinaldo Canato/Folhapress - 19.11.2015 Um trecho da delação premiada do executivo Hilberto Mascarenhas, da Odebrecht, aponta para o ex-tesoureiro da campanha de Lula à Presidência em 2006. Segundo o delator, a corrida eleitoral foi "uma loucura" e José de Filippi estava "ávido pelo dinheiro". "Antes do dinheiro chegar, ele já ia buscar." Cabia a Fillipi arrecadar doações para a campanha de Lula. Naquele ano, o petista concorreu à reeleição e levou a Presidência em 2º turno com 46,6 milhões de votos, superando.Geraldo Alckmin (PSDB). Hilberto era o chefe do Setor de Operações Estruturadas, o Departamento de Propinas da Odebrecht. Segundo o delator, naquele ano, a área da propina "ainda não estava estruturada" na empreiteira e o Sistema Drousys, a rede de comunicação interna, uma espécie de intranet, dos funcionários deste departamento, "não estava funcionando". "Foi uma loucura de trabalho para controlar isso tudo", relatou ao Ministério Público Federal. "Outubro, né? Foi logo depois que eu entrei . Foi uma loucura. Você tinha eleição para presidente, senador, deputado federal, deputado estadual, governador. Então, era uma loucura. A área não tinha nem experiência, nem estrutura. O caixa era controlado pelo Money. Vocês já ouviram falar do Money? Microsoft." Hilberto citou ainda o My Web Day, o "manual da propina" da Odebrecht. Por meio deste software desenvolvido pela empreiteira, era possível gerenciar a contabilidade paralela. O My Web Day permitia identificar os tipos de contrato, natureza do serviço, período de vigência, além de outros caminhos. "Não tinha o My Web implantado. Era uma loucura, era uma loucura", disse. O Ministério Público Federal questionou se Hilberto lembrava "de quem tratava dessas situações com o sr Benedicto, algum tesoureiro". "Eram todos tesoureiros deles, o Fillipi, era o de Lula, né? José Filippi", afirmou. A Procuradoria da República perguntou ainda como era feito os repasses de dinheiro para as campanhas. "É, naquela época, no início, ainda estava definindo lugar para ele buscar. Nesse assunto não tinha preocupação de ele não ir buscar. Ele ia buscar antes do dinheiro estar lá. O cara estava tão ávido pelo dinheiro que antes de o dinheiro chegar, ele já ia buscar. Ele ficava na porta do local, esperando autorização para entrar, para pegar o dinheiro", revelou. Outro lado O ex-tesoureiro de Lula na campanha de 2006 não foi localizado. O espaço está aberto para sua manifestação. |
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