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sábado, 25 de março de 2017

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Delação da Odebrecht ou Furacão 2000? De onde veio esse apelido?

Posted: 25 Mar 2017 08:52 AM PDT

A Operação Lava Jato pode ser definida por uma guerra entre dois grupos muito criativos. Se os investigadores batizaram as etapas da operação com nomes como Resta Um, Caça-Fantasmas, Pixuleco, Triplo X, Acarajé, entre outros, os executivos do Setor de Operações Estruturadas, o “departamento de propina” da construtora Odebrecht se superaram. Políticos importantes foram supostamente associados a apelidos criativos – apesar de, na maior parte das vezes, desabonadores.

O sucesso foi tanto, que está cada vez mais difícil dizer quem é um político citado em esquemas de corrupção e quem é um astro dos batidões de funk, populares em São Paulo e Rio de Janeiro. Basta a sigla “MC” para que qualquer apelido dado pela construtora a políticos passe como alguém que poderia tranquilamente cantar “As Novinha tão Sensacional” (na grafia original da música) ou “Vou Desafiar Você”, dois hits de funkeiros no país.

Você não acredita? Então faça esse teste abaixo e veja se você conseguiria diferenciar um astro de pancadão de um dos delatados pela Odebrecht:


Arquivado em:Brasil, Política

Temer agradece presidente chinês por retomar importação de carne

Posted: 25 Mar 2017 08:33 AM PDT

O presidente Michel Temer usou sua conta no microblog Twitter para agradecer o presidente da China, Xi Jinping, após país anunciar retomada da importação da carne brasileira.

Neste sábado, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi confirmou que a China vai reabrir o mercado para as importações do produto brasileiro. “Trata-se de atestado categórico da solidez e qualidade do sistema sanitário brasileiro e uma vitória de nossa capacidade exportadora”, destaca Maggi, por meio de comunicado.

Na última semana, a China suspendeu temporariamente as importações de carne brasileira por precaução, em decorrência da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

No último domingo (19), em um gesto político para recobrar confiança sobre a indústria brasileira após a deflagração Operação Carne Fraca, o presidente Michel Temer jantou em uma churrascaria de Brasília.

Estavam presentes os embaixadores da China e de Angola no Brasil, os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Blairo Maggi (Agricultura), Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e representantes de outros 25 países.


Arquivado em:Brasil, Economia

O lado bom da União Europeia

Posted: 25 Mar 2017 08:30 AM PDT

O continente europeu se recuperava dos horrores da Segunda Guerra Mundial, em 1946, quando o premiê inglês Winston Churchill viajou a Zurique com o intuito de propagar a ideia de coexistência pacífica entre os países. "Há uma solução que em poucos anos tornaria toda a Europa livre e feliz. Trata-se de recriar a família europeia o máximo que pudermos e dotá-la de uma estrutura sob a qual possamos viver em paz, em segurança e em liberdade", disse.

Mais de uma década depois, em março de 1957, eram assinados os Tratados de Roma, nos quais França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo estabeleciam a primeira união aduaneira do continente e uma política comum para os produtos agrícolas, os transportes e outros setores importantes. Nascia o primeiro esqueleto do que viria a se tornar a União Europeia.

O bloco festeja seu 60º aniversário nesse sábado em meio ao que parece ser um ataque generalizado à sua existência. Após décadas de expansão, começa este mês o divórcio entre a Inglaterra e a UE. À exceção da Holanda, que votou contra o movimento nacionalista nas eleições deste mês, a batalha contra o nacionalismo está só começando. Outros membros-chave como a França e a Alemanha enfrentam também, nas urnas, as forças políticas que clamam pela desintegração. No primeiro, as ameaças são personificadas pela candidata da Frente Nacional, Marine Le Pen e, no segundo, pelo crescimento do partido xenófobo Alternativa para a Alemanha (AfD).

Apesar das críticas, alguns indicadores econômicos e sociais europeus mostram que os benefícios de fazer parte da União Europeia podem ser muito maiores do que conseguimos enxergar. Um estudo de 2013 do Centro de Pesquisa em Política Econômica, de Londres, estimou que os países que entraram no bloco nos anos de 1980 e 2004 tiveram, em média, um crescimento em seu PIB per capita 12% superior do que se não tivessem se juntado ao grupo.

Além disso, o interesse de nações como Turquia, Macedônia, Sérvia e outros países balcânicos em entrar no grupo prova que, de modo geral, os benefícios de estar na União Europeia superam os custos. "Na verdade, muitos países europeus estão indo muito bem. Alguns políticos estão atacando a União Europeia, mas eles não estão ganhando as eleições", diz o professor de política europeia da King’s College de Londres, Anand Menon.

Crise do euro

Algumas nações menores, extremamente afetadas pela crise econômica dos últimos anos, sofrem para adequar suas economias modestas à zona do euro. A falta de uma política única de controle fiscal prejudica o andamento geral da UE e torna difícil evitar que o desiquilíbrio econômico de um membro não implique na ruína de todo o bloco.

Mas, alguns anos depois do auge da crise, países como Espanha e Irlanda já começam a se recuperar após implantarem medidas de limpeza do setor bancário e de flexibilização do mercado de trabalho. Após um longo período de recessão, as nações são hoje as que crescem mais rapidamente na Europa: a Irlanda apresentou um crescimento de 26,3% em seu PIB no ano de 2015.

A Itália, por outro lado, buscou aumentar os impostos para encolher o déficit nacional, mas teve dificuldades para encontrar uma solução para a crise bancária. A economia ficou estagnada nos últimos anos e apresentou os primeiros sinais de retomada só em 2017. "Isso indica que não podemos culpar só o euro pela falta de recuperação, mas também os governos nacionais que são incapazes ou tem má vontade de implantar as políticas necessárias", diz o economista e professor da Paris School Of Economics, Fabrizio Coricelli.

Prosperidade e harmonia

Em seus 60 anos, a União Europeia atuou como um multiplicador de influência política e econômica, elevando o alcance global de seus signatários a níveis que nunca atingiriam sozinhos. “Mesmo um país como o Reino Unido ganha alcance em partes do mundo que não teria sem a UE. Para um país menor isso significa ainda mais benefícios”, diz o cientista político inglês Simon Lightfoot, professor da Universidade de Leeds. 

Dentro de suas fronteiras, a política de livre circulação de bens, serviços e capital também representa grande avanço. Além da geração de empregos, o Mercado Comum atrai grande parte dos investimentos estrangeiros no continente. O exemplo clássico de nação que viu seus indicadores sociais e econômicos prosperarem após se juntar ao bloco é Portugal.

E não foram somente as nações mais pobres que experimentaram as vantagens de estar na União Europeia, países mais ricos também se beneficiaram muito em termos de produtividade e crescimento social. As rendas per capita do Reino Unido e da Dinamarca, por exemplo, seriam em média 25% mais baixas se não tivessem entrado no bloco em 1973, segundo o estudo do Centro de Pesquisa em Política Econômica. Além disso, a medida em que as economias menores se fortalecem, se tornam mercados mais amigáveis para as grandes potências.

O processo que levou à paz e harmonia no bloco também é uma façanha a ser lembrada. Grécia, Espanha e Portugal construíram suas democracias graças ao apoio de outros membros e aos padrões democráticos europeus. Os esforços para a promoção da paz e da cooperação internacional entre os países membros já foram reconhecidos: em 2012, a União Europeia ganhou o Prêmio Nobel da Paz por ser capaz de unir nações inimigas após a Segunda Guerra Mundial. "A prosperidade e a coletividade dentro da UE são as características que alguns dos candidatos a membros mais veem como vantagens", diz Simon Lightfoot.

Com muitas dessas conquistas aparentemente esquecidas pela sua população, o desafio da UE agora é continuar conciliando os muitos lados da complexa equação europeia para manter a harmonia interna do bloco e evitar que o efeito Brexit se multiplique. A preocupação com o avanço dos críticos nacionalistas no continente já atinge, inclusive, outras partes do globo.

Nessa sexta, o papa Francisco discursou sobre a necessidade da União Europeia em combater o populismo, o extremismo e o sentimento anti-imigração que se propaga pelo continente nos últimos anos. Falando para 27 líderes europeus durante uma cerimônia que marcou o aniversário dos Tratados de Roma no Vaticano, o pontífice disse que espera que o bloco volte a ser solidário, volte a “pensar em modo europeu”. O desejo do papa é o mesmo de Churchill de mais de 60 anos atrás: recriar uma Europa verdadeiramente unida, onde seja possível viver em paz, segurança e liberdade.


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Últimos treinos para o Grand Prix da Austrália

Posted: 25 Mar 2017 08:26 AM PDT

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Primeiro dia do Festival Lollapalooza 2017

Posted: 25 Mar 2017 08:26 AM PDT

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Com pouco tempo para treinos, Tite aposta na ‘gestão de pessoas’

Posted: 25 Mar 2017 08:23 AM PDT

Ser apenas técnico é pouco. É preciso ser gestor de pessoas. Essa habilidade é uma das virtudes de Tite no comando da seleção brasileira, na opinião dos próprios jogadores do time. Em sete partidas nas Eliminatórias da Copa foram sete vitórias e atuações muito convincentes para quem tem pouquíssimo tempo para conviver e treinar o elenco antes de cada compromisso.

Os nove meses do treinador na seleção brasileira ofereceram a Tite o desafio de não ter o cotidiano de quem estava acostumado a trabalhar em clube. Os treinos diários, a chance de conversar com cada atleta e ter jogos em sequência fazem falta à rotina dele. Para solucionar essa pendência, o comandante procura telefonar para os jogadores e viajar a fim de acompanhar partidas em estádios, para se manter em contato com esse ambiente de competição.

Quando fala com os atletas por telefone, Tite procura passar confiança, entender a forma como jogam no clubes e incentiva a busca por aperfeiçoamento físico, inclusive com a contratação de profissionais para auxiliar no condicionamento e na alimentação. “Os jogadores entenderam a necessidade de estar comprometidos. Todos se apresentaram à seleção muito bem, com baixíssimo porcentual de gordura”, atestou o técnico.

Nos dias de preparação para os jogos das Eliminatórias, Tite se preocupa bastante em se comunicar. Antes de enfrentar o Uruguai foram somente dois treinos com o elenco completo. A agenda apertada da seleção lhe obriga a investir em outras formas de ajeitar a equipe, não só com o trabalho de campo. “Conversamos muito para ficarmos organizados e aproveitarmos cada minuto dos treinos. Nossa seleção tem absorvido o que o Tite fala”, disse o zagueiro e capitão Miranda.

O treinador considera o time ainda em formação, por ter apenas sete partidas oficiais disputadas. Se somados os dias de preparação para cada um desses compromissos pelas Eliminatórias, a seleção brasileira da era Tite tem menos de um mês de convivência. A comissão técnica entende que pelo pouco tempo juntos, ainda não conseguiu conhecer todas as características de cada jogador.

“O Tite já conseguiu passar bem o que ele queria. Apesar de alguns jogadores saírem, sempre quem entra consegue manter o padrão”, ressalta o meia Renato Augusto, ex-comandado de Tite no Corinthians. Após a goleada por 4 a 1 sobre o Uruguai, o treinador afirmou que a maior satisfação da façanha era ter visto os atletas colocarem em prática a filosofia pedida. “No vestiário, todos comemoravam o desempenho e não o resultado. Os jogadores estão focados em jogar bem”, disse.

(com Estadão Conteúdo)


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Em meio à crise, brasileiro volta ao celular básico

Posted: 25 Mar 2017 07:55 AM PDT

Em tempos de crise, o mercado brasileiro de celulares deu um passo atrás: a venda de celulares básicos, sem acesso à internet, cresceu 18,5% no ano de 2016, na comparação com o ano anterior, segundo dados da consultoria IDC Brasil. Ao todo, 4,9 milhões de aparelhos do tipo foram vendidos no país durante o ano passado.

“A crise e a desvalorização do real frente ao dólar, especialmente no início do ano, influenciaram bastante nesse movimento”, diz Leonardo Munin, analista de pesquisas da IDC Brasil. Como muitos dos componentes de smartphones são importados – a maioria dos aparelhos é apenas montada no país -, a influência do dólar fez o mercado de smartphones de entrada ficar pouco acessível para muitos brasileiros. “O usuário que queria comprar um novo celular inteligente acabou tendo de voltar para um modelo mais básico”, avalia Munin.

“O consumidor pode ficar sem um produto de alta especificação, mas não fica sem telefone”, diz Francisco Hagmeyer Jr., diretor comercial da DL, uma das principais fabricantes que se beneficiaram com a busca por aparelhos mais básicos – chamados de feature phones.

Para Fernando Pezotti, diretor-geral da Alcatel no Brasil, outro fator que influenciou o cenário foi o fim da Lei do Bem, que concedia isenção de impostos a alguns smartphones mais baratos. “Com o fim da lei, os aparelhos ficaram até 10% mais caros”.

Mercado

Os celulares mais básicos, segundo a IDC, foram responsáveis por 11% do volume de vendas de dispositivos no país em 2016, mas representaram apenas 2% do faturamento das fabricantes no país. Ao todo, o setor – incluindo a venda de smartphones – teve queda de 5,2% no ano passado, com 48,4 milhões de aparelhos comercializados. Em 2015, foram 51,1 milhões de dispositivos.

Sozinho, o mercado de smartphones teve queda de 7,3% ao longo do ano, com 43,5 milhões de unidades vendidas. Mesmo com a queda nas vendas, o Brasil se manteve no quarto lugar do mercado global, em termos de quantidade de smartphones vendidos.

O preço médio dos aparelhos, por outro lado, cresceu, passando de 882 reais em 2015 para 1.050 reais em 2016. Segundo Munin, isso aconteceu porque as fabricantes passaram a investir em aparelhos intermediários ou acima, que tem maior margem de lucro em um momento de crise.

Para 2017, a expectativa da IDC é otimista: a previsão é de que sejam vendidos 49,2 milhões de celulares, 1,6% a mais do que em 2016. Destes, cerca de 45 milhões serão smartphones, com crescimento esperado de 3%. “Podemos dizer que o pior para o mercado de smartphones já passou”, diz Munin.

Segundo o analista da IDC, este será um ano de troca de smartphones para muitos brasileiros – o ciclo de vida de um aparelho, hoje, está em cerca de dois anos. Por conta da crise, alguns consumidores postergaram a nova compra, mas ela deve acontecer agora. “O brasileiro usa tanto o smartphone que vai aceitar pagar um pouco a mais do que a primeira compra dele”, explica.

Para Pezotti, da Alcatel, além de ligeira melhora na economia, outro fator deve auxiliar a venda de smartphones neste ano: o saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que acontecerá até julho. “Com a crise e a desvalorização do real frente ao dólar, o usuário que queria um novo smartphone acabou tendo de voltar para um modelo mais básico”, diz Leonardo Munin, analista da IDC Brasil.

(Com Estadão Conteúdo)


Arquivado em:Economia

Flamengo confirma Maracanã como palco do duelo com o Atlético-PR

Posted: 25 Mar 2017 07:49 AM PDT

A diretoria do Flamengo confirmou na manhã desta sexta-feira que o time vai enfrentar o Atlético-PR no Maracanã. O clube chegou a um acordo com o consórcio que administra o estádio para que receba o duelo, programado para o dia 12 de abril, às 21h45 (de Brasília), pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. O Rubro-Negro já havia mandado a estreia no torneio, a goleada de 4 a 0 sobre o argentino San Lorenzo, no palco sagrado do futebol brasileiro.

O clube ainda não informou como será feita a venda de ingressos e nem os preços que serão cobrados. Porém, a confirmação do Maracanã trouxe grande alívio para os dirigentes, que vinham trabalhando com possibilidades alternativas que não agradavam, como a Arena da Ilha do Governador.

O Maracanã teve uma semana importante, pois o grupo francês Lagardère, que não possui boa relação com o Flamengo, encaminhou a compra da concessão do estádio, atualmente administrada pela Odebrecht. Após o anúncio, dirigentes flamenguistas chegaram a confirmar que o clube não iria mais jogar no estádio a partir do momento que o grupo francês tomar conta do local, o que deve acontecer nas próximas semanas.

Dentro de campo, o elenco segue se preparando para o clássico contra o Vasco no próximo domingo, às 18h30 (de Brasília), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela quarta rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. Os jogadores participaram de um trabalho tático na manhã desta sexta-feira, mas a atividade foi fechada e, quando a imprensa teve o acesso liberado ao Ninho do Urubu, não havia mais ninguém em campo.

Em termos de escalação, o Flamengo vai repetir a formação que enfrentou o Bangu. O time segue sem poder contar com o lateral-esquerdo Miguel Trauco e com o atacante Paolo Guerrero, ambos servindo à seleção peruana nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, que será disputada na Rússia.

Pelo mesmo motivo também é desfalque o meia Diego, com a Seleção Brasileira. O volante Rômulo, com desgaste na panturrilha direita, e o meia Gabriel, fazendo trabalho de reforço muscular, sequer serão relacionados para o clássico. Neste sábado, o time treina pela manhã e depois a delegação embarca para a capital federal.

(com Gazeta Press)


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O duro ofício de presidir o país

Posted: 25 Mar 2017 07:04 AM PDT

A primeira e desanimadora sensação que se colhe da leitura do novo volume dos Diários da Presidência, de Fernando Henrique Cardoso, é — pobre Brasil! — de quanto as coisas andam devagar, quando andam, no país. O volume, o terceiro da série, cobre os anos de 1999 e 2000. E o que se discutia no período? Reforma da Previdência, reforma tributária. "Toda vez que se fala em aumentar o tempo de trabalho (…) as pessoas reagem fortemente", registra o presidente, em agosto de 1999. A reforma tributária ameaça provocar um emaranhado de conflitos: "Estamos entrando numa encalacrada". Também há as sempiternas disputas entre a mal chamada "base aliada": "São sempre problemas de menor escala, nomeaçãozinha de terceiro escalão, mas eles transformam num grande problema". Para enfrentar a criminalidade, cogitou-se, como agora e como sempre, da criação de um Ministério da Segurança Pública; como agora, e com o mesmo nome, lançou-se um Plano Nacional de Segurança Pública. E não faltava o desafio gigante de lidar com as estatais: "Falei também, à parte, com o Philippe, acho que está na hora de mexer mais duramente em alguns diretores da Petrobras" [Philippe Reichstul era o presidente da empresa].

Os Diários resultam de gravações efetuadas por Fernando Henrique com escrupulosa regularidade, sozinhos ele e o gravador, em horas mortas no Palácio da Alvorada, na residência em São Paulo, na casa de campo de Ibiúna, na fazenda que possuía em Buritis (MG) e nos locais em que esteve hospedado em viagens pelo Brasil e mundo afora. Um volume vem sendo publicado a cada ano, abrangendo, cada um, dois de seus oito anos de mandato. Com o que chega nesta semana às livrarias (Companhia das Letras, 840 páginas, 79,90 reais), fica faltando só o volume final, prometido para 2018.

A segunda sensação que se colhe é de uma Presidência sob permanente cerco de forças adversas. Quando não é um desastre econômico, é a denúncia de um escândalo, ou suposto escândalo; quando não é a penosa necessidade de dispensar um querido colaborador, é o MST, no auge de sua atuação provocadora. Diante dos seguidos sobressaltos, o presidente, no segredo de confessionário que é a relação com o gravador, desabafa ora com amargura, ora com exasperação, num tom que contrasta com sua calma e bem-hu­morada figura pública. "Estou modernizando o Brasil, botando algumas coisas em ordem, inclusive a questão da moral pública, (…) mas estou apoiado por forças arcaicas, algumas delas até mesmo misturadas com a podridão do Congresso. Este é o drama, a chave da política brasileira: há um bando de gente desligada da História", diz, numa ocasião.

Logo de saída, em janeiro de 1999, na aurora do segundo mandato, a tentativa de vencer o que o presidente chama de "armadilha cambial" resulta em desastre. Como o presidente do Banco Central, Gustavo Franco, se recusava a fazer a desvalorização do real, é substituído por Francisco ("Chico") Lopes. O novo presidente implanta um sistema de bandas para flutuação do dólar, e nas primeiras horas tanto parecia que o país escaparia ileso da manobra que naquela noite o presidente foi jogar "um poquerzinho". Ele se deixava tomar por uma ilusão: o Brasil já estaria mais parecido com a Inglaterra do que com o México. "A Inglaterra fez uma desvalorização, o mercado aceitou, e não aconteceu nada. O México fez uma desvalorização, o mercado não aceitou e deu um pulo, desvalorizou muito."

A desilusão veio a galope. Em dois dias o sistema de Chico Lopes estava destruído por um avassalador ataque especulativo. De 1,21 real por dólar em 13 de janeiro, dia da mudança, passou-se a 1,44 no dia 15, enquanto a Bolsa de São Paulo mergulhava no abismo. O dólar continuou subindo e no fim do mês alcançaria 2 reais. "Acho que fizemos uma violência e a nossa confiança diminuiu muito", confessou o presidente ao gravador. O próprio Chico Lopes foi tragado no turbilhão e demitido. "O Chico foi mais que cordial nessa hora, disse que tudo bem, que ele diria que apresentou a demissão em caráter pessoal."1 Armínio Fraga substituiu-o. Para desgraça do governo, a crise cambial somava-se ao ajuste fiscal em vigor desde o ano anterior, sob a pressão do FMI.

1 Francisco Lopes, que continua à frente de sua consultoria Macrométrica, afirma: "As coisas que o Fernando Henrique escreve sobre mim têm uma posição elegante, mas às vezes com imprecisões. Ele nunca explicou direito que tipo de pressão teve para me demitir". Sobre sua passagem pelo governo, diz que "foi como ser atingido por uma doença, uma gripe, ou coisa pior".

Precisava de algo mais para tornar aquele janeiro um mês de pesadelo? Precisava. O novo governador de Minas Gerais, Itamar Franco, decretou a moratória da dívida do estado para com a União. Foi a primeira de uma série de atitudes em que levaria a extremos a arte de azucrinar. Ao gravador, em sucessivas explosões, FHC dizia que precisava "dar uma paulada firme nele", que ele "agia sem medir as consequências", que era "o irresponsável de sempre", que já no Plano Real opôs "uma dificuldade imensa, por causa de gente que está com ele hoje, sobretudo o [Alexandre] Dupeyrat".2 E mais: "Fui a ama-seca dele quando ele era presidente".

2 Alexandre Dupeyrat, hoje advogado no Rio de Janeiro, nega que tenha oposto dificuldades ao Plano Real: "Eu era ministro da Justiça. Se fosse contra, teria saído do governo". Sobre a moratória, afirma: "A situação do Estado era calamitosa quando Itamar assumiu, estávamos em risco de não poder bancar despesas essenciais, como segurança pública e hospitais".

FHC evoca dois episódios em que militares o procuraram para externar preocupação com Itamar. No primeiro, depois do Carnaval em que o então presidente se engraçou com Lilian Ramos, modelo famosa não pelo que vestia na ocasião, mas pelo que não vestia debaixo da saia, o general Romildo Canhim, então ministro da Administração, comunicou-lhe que os comandantes queriam saber se seguiria ministro da Fazenda, em caso de Itamar ser afastado. "Eu disse ao Canhim que não, que nem um dia."3 No segundo, o ministro do Exército, general Zenildo de Lucena, num almoço a que estavam presentes também o subchefe do Esta­do-Maior, general Gleuber Vieira, e o diplomata Eduardo dos Santos, afirmou-se "preocupado com a falta de firmeza do Itamar" e pediu-lhe que tivesse "uma posição de destaque para poder levar o Brasil para a frente na parte econômica".4

3 O general Canhim faleceu em 2006. Seu filho Marcelo Canhim diz que nunca ouviu do pai comentário sobre o assunto. "Não estou desmentindo o Fernando Henrique, que era próximo de meu pai. O que posso assegurar é que meu pai saiu com muita admiração pelo Itamar."

4 O general Zenildo, aos 87 anos, está internado em estado grave. Sua esposa, Maria Edith, diz que nunca ouviu falar no assunto: "Zenildo achava o Itamar uma pessoa incrível, mas sem o preparo de FHC". O diplomata Eduardo dos Santos, hoje embaixador do Brasil em Londres, lembra-se do almoço: "Havia ali uma preocupação econômica. Não lembro dessa preocupação política. Talvez tenha surgido em outro almoço".

O início aziago do segundo mandato jogou a popularidade de Fernando Henrique no chão. Em maio o instituto Vox Populi apurou um total de 51% de ruim e péssimo para o governo, contra 15% de bom e ótimo. O presidente via até "hostilidade" à sua pessoa. Em julho, a economia já se recompunha. A inflação, anualizada, era de 4,6%; a taxa Selic, de estratosféricos 21%, pôde ser baixada para um pouco menos estratosféricos 19,5%; e o dólar ficava entre 1,75 e 1,80. Mesmo assim, em agosto o Ibope cravava 66% de ruim/péssimo, o maior índice de um presidente desde a redemocratização.

No interior do governo, o ministro da Saúde, José Serra, representava a oposição à política econômica comandada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan. Em setembro de 1999, para surpresa de Fernando Henrique, Serra lhe sugere a nomeação de Delfim Netto para ministro; chega a FHC que Serra até já sondara Delfim a respeito. "Ou seja, o Serra continua na sua cruzada para derrubar o Malan e pensando no Delfim", registra. "Eu respondi: 'Serra, como eu vou nomear o Delfim? Primeiro, é completamente alheio à nossa tradição política; segundo, todo o passado vem à tona de novo, vai me criar uma situação muito embaraçosa aqui'."5 Naquele mesmo mês, a afirmação do ministro do Desenvolvimento, Clóvis Carvalho, num discurso, de que "excesso de cautela é covardia" foi lida como crítica à política ortodoxa de Malan, e Fernando Henrique enfrentou o doloroso processo de demitir o "amigo" Clóvis, "um colaborador, um homem que deu de si seis anos me ajudando para valer".6

5 Delfim Netto afirma que nunca entendeu como sondagem as conversas com Serra. "Ele podia ter essas conversas com o Fernando, não comigo. É que eu e Serra pensamos parecido, sobretudo em matéria de câmbio, mas o Fernando preferiu continuar errado."

6 Clóvis Carvalho diz que Malan não era seu alvo: "Queria desconstruir a perversa antinomia da 'estabilidade versus desenvolvimento'. Para isso era preciso sair da defensiva e aceitar uma dose de ousadia. Dada a repercussão da minha fala, o presidente não tinha alternativa. Ele tinha mesmo de me retirar do cenário".

Outras vezes era Malan quem queria sair. FHC não deixava, mas houve um momento em que, angustiado pela baixa popularidade, confidenciou ao gravador: "Para ser sincero, que ninguém me ouça, se eu quiser mudar realmente a imagem, vou ter que mudar o Malan, porque o Malan representa hoje a imagem não apenas do equilíbrio fiscal, da estabilização, mas do imobilismo na área do desenvolvimento. (…) o diabo é que não há quem pôr lá. São cogitações que ficam aqui, bastante fechadas".

A sucessão presidencial acirrava os ânimos no interior do PSDB. "Conversei com o Serra, e já o notei começando a assumir a possibilidade de uma candidatura a presidente", anota Fernando Henrique, em janeiro de 2000. Em agosto, o candidato a candidato era outro: "Almocei com o Paulo Renato [ministro da Educação]. Ele está razoavelmente bem em São Paulo, mas olhando para cima [a Presidência], o que me parece prematuro". E, em dezembro, outro ainda: "O Serra muito aborrecido com as declarações do Mário Covas [governador de São Paulo], que está apoiando extemporaneamente o Tasso [Jereissati, governador do Ceará]". Tudo somado, o resultado era confusão: "Ou nós organizamos o miolo do PSDB ou não há o que fazer, porque um desconfia do outro, o Serra do Tasso, o Tasso do Serra, todos do Covas, o Covas de todos, porque são todos candidatos".7

7 Tasso Jereissati declara: "Lembro bem que havia três pré-candidatos: eu, lançado pelo Covas; o Serra, candidatíssimo; e o Paulo Renato. Naquele ambiente palaciano a disputa era muito grande entre Paulo Renato e Serra, tanto que um lançou um programa de proteção social na Saúde e o outro lançou na Educação".

Outra ordem de problemas vinha do PMDB. Para integrar-se à base formada na origem por PSDB e PFL, o partido mantinha uma conta que, além de nunca fechar, exigia olho atento para os gatos escondidos nas dobras. "O PMDB está amuado. Eles pretendem forçar a nomeação de pessoas que não têm competência adequada para o cargo ou, pior, a têm, mas a quem falta consistência moral para o exercício do cargo", registrou o presidente, ao comentar a ostensiva ausência do líder do partido na Câmara, Geddel Vieira Lima (aquele mesmo), num evento.8 De seu lado, o líder do PMDB no Senado, Jader Barbalho, um dia apareceu "com a cara amarrada", dizendo que o partido estava mal atendido nas nomeações do segundo escalão. "Na verdade o que eles queriam mesmo (…) era colocar o Moreira Franco (aquele mesmo) na presidência da Petrobras."9 Seis meses depois, a estatal continuava na mira dos peemedebistas. O mesmo Jader aparece "preocupado porque não sai a nomeação de quem ele indicou para a Petrobras".

8 Consultado, Geddel Vieira nem quis ouvir o que consta sobre ele nos Diários

9 Moreira Franco afirma: "Eu nunca tive interesse profissional pelo cargo de presidente da Petrobras nem soube de nenhuma articulação para isso. Nunca tive interesse pelo mercado internacional nem pelo mercado de commodities".

Outro destacado peemedebista, Eliseu Padilha (aquele) era ministro dos Transportes. Em novembro de 1999, o presidente registra que telefonou para Padilha por causa de "maroteiras" denunciadas pela Folha de S. Paulo, e que Padilha o tranquilizou, dizendo já ter tomado providências e que ele próprio nada tinha a ver com o caso. "Tomara", diz FHC. Um ano depois, em novembro de 2000, Padilha lhe comunica que quer deixar o ministério. "Ele não aguenta mais o DNER, vive na corda bamba, uma situação perigosíssima, até em matéria de corrupção dos outros."10 Para coroar a presença nos Diários de peemedebistas hoje ainda mais em evidência do que então, o caso dos "grampos do BNDES", em que Fernando Henrique surge indicando suas preferências entre os concorrentes no leilão das telefônicas, vai fazer surgir… quem? Com a palavra o presidente: "Dizem que o grampo teria sido feito por um tal de Eduardo Cunha, que foi ligado ao Collor".

10 Eliseu Padilha considera que "não lhe cabe comentar" as afirmações do ex-presidente, por quem tem "muito apreço".

Individualmente, as figuras que mais atazanaram o presidente, e com uma característica comum de comportamento pueril e de situações de ópera-bufa, foram Itamar Franco, que continuava aprontando das suas, e o presidente do Senado e figura central do PFL, Antonio Carlos Magalhães. Quando o governo federal cortou os aportes da União ao governo mineiro, em represália à moratória do estado, Itamar ameaçou mobilizar a Polícia Militar para prevenir um possível "caos social". "Itamar, ensandecido, imagina Minas cercada, em chamas, ele morrendo queimado na pira da pátria." Em junho de 2000, FHC atribui a Dupeyrat, assessor especial do governador mineiro, a afirmação de que "o governo federal estaria treinando tropas em São Paulo com armas de grosso calibre para atacar Minas Gerais".11

11 Dupeyrat diz que FHC o interpelou judicialmente para saber se tinha dito isso. "Eu provei que não e aí morreu o assunto." Sobre os atritos entre Itamar e FHC, diz: "O que há por trás é que, depois que a candidatura do Fernando se consolidou, ele mudou em relação ao Itamar. Nessa época eu frequentava o gabinete quase todo dia e sentia que o Itamar tinha certo amargor com essa mudança de postura".

Em setembro, o MST promove mais uma de suas repetidas ameaças de invadir a fazenda de FHC em Buritis. Como Itamar se recusa a mobilizar a PM para protegê-la, o governo federal recorre a tropas do Exército, e a resposta de Itamar é uma "carta insolente", em que exige a retirada das tropas do estado. "Hoje li nos jornais que ele [Itamar] se comparou ao Allende, disse que a situação de Minas era como a Guerra do Golfo, uma loucura total, botou tropas na frente do Palácio da Liberdade." As coisas estavam mais para a galhofa, mas o presidente do Supremo Tribunal Federal, o mineiro Carlos Velloso, preocupava-se. Falava com um e outro, tentava intermediar, "sempre querendo dar muita atenção ao Itamar, porque sabe que ele é emocional".12

12 O ex-ministro Carlos Velloso lembra que Itamar telefonava dizendo que não queria que as tropas federais "invadissem" o território mineiro. "Eu o acalmava, dizia que não se tratava disso, que aquilo era uma propriedade do presidente da República." Velloso temia a possibilidade de surgir um conflito entre as tropas da PM mineira e as federais, "mas prevaleceu o bom-senso".

Antonio Carlos Magalhães representava um número em que ele era o forte, o presidente o fraco; ele o decidido, o presidente o indeciso. "Hoje vem jantar aqui o Antonio Carlos. Ele já colocou tudo no jornal, para criar o clima e depois dar uma declaração à imprensa dizendo que está me orientando, dando ordens ao governo etc." (abril, 1999). "[ACM] dizendo que se fosse presidente da República teria resolvido a pobreza no Brasil. Está cada vez mais populista e demagogo e abarca qualquer bandeira" (agosto, 1999). As provocações iam além das palavras. Em junho de 1999, graças a manobras no Congresso, ACM consegue estender a validade do regime de favorecimento à indústria automobilística, de modo a facilitar a instalação de uma fábrica da Ford na Bahia. "Quando o Antonio Carlos esteve aqui com o César Borges [governador da Bahia] e o presidente da Ford, eu disse claramente que não podia mudar a lei", registra o presidente. No entanto, "armaram uma cilada contra mim".

Há uma conversa tensa. ACM "veio tonitruante, ameaçando, a Bahia, não sei quê, eu disse a ele que era presidente de todos os brasileiros (…). Ele então respondeu: 'Fizeram concessões no Rio Grande do Sul, tenho gravação'. Eu disse: 'Antonio Carlos, não venha falar comigo de gravações'".13 Em fins de 1999, ACM ameaçava com uma emenda para impor limites às medidas provisórias. No início de 2000, empunhou a bandeira de um salário mínimo de 100 dólares (180 reais), além do que o governo se dispunha a conceder. "Antonio Carlos o tempo todo fazendo o jogo da oposição somente para tirar sarro, como se diz na gíria, do governo."14

13 César Borges, hoje presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, recorda: "Estávamos em entendimento com a Ford, mas a condição era a prorrogação do regime automotivo. Em 2 de julho, chegou a notícia de que o presidente iria vetá-lo. Antonio Carlos ligou para Brasília e disse que consideraríamos isso uma afronta à Bahia e romperíamos com o governo. Houve um momento de tensão e Fernando Henrique vetou, mas depois houve um entendimento e a Ford veio para a Bahia".

14 ACM Neto, prefeito de Salvador, atribui os atritos entre FHC e seu avô aos "estilos distintos": "Todos sabem que eles não tinham aquele tipo de relação de cumplicidade verdadeira, de profunda amizade. Mas é bom frisar que, durante o tempo em que ACM foi presidente do Congresso, as diferenças nunca prejudicaram o andamento das questões essenciais ao país.

A paciência do presidente se ia esgotando. "Vou dizer ao Marco Maciel [vi­ce-presidente, do PFL] que se prepare, porque não vou aguentar mais o Antonio Carlos" (junho, 2000). "Jorge [Born­hausen, presidente do PFL] me disse que quando eu achar necessário que o chame e nós liquidamos a fatura. Todo mundo está louco para se livrar do Antonio Carlos" (dezembro, 2000).15 O problema era que ACM tinha outra face, o lado dois da bufonaria. "Antonio Carlos foi à tarde ao Palácio do Planalto, chorou várias vezes, protestou amor, perguntou por que eu me queixo dele" (novembro, 2000). "[ACM] me telefonou para me desejar bom Natal e ao mesmo tempo me pedir desculpas pelo que teria dito a mim. É a técnica dele: fere e assopra" (dezembro, 2000).

15 Jorge Bornhausen, hoje afastado da política, confirma que apoiaria o rompimento com ACM e que chegou a pedir sua expulsão do PFL. "ACM era um aliado quando lhe interessava,
ao contrário de seu filho Luís Eduardo, excepcional homem público."

Falta, para completar o elenco dos terrores do presidente, falar do maior deles, a imprensa, terror dos terrores, "provinciana", "gosta mesmo é da picuinha, da intriga", "maldosa", "simplista", "impiedosa", "convencida de que somos todos ladrões", dona "de um poder de destruição realmente extraordinário". A irritação começa pela perseguição dos profissionais da imprensa ("Hoje estamos aqui [em Comandatuba, em fevereiro de 1999] cercados por repórteres, mal podemos sair à praia"), passa pelos erros factuais ("Li na imprensa reflexos da derrubada do Clóvis [Carvalho]. O Clóvis agiu bem, não houve nada de 'Eu não me demito, você é que me demita', nada disso. Também não é verdade que ele tenha me telefonado do Ceará para cá, eu é que telefonei para ele vir") e desemboca nos efeitos daninhos da crítica pertinaz ("A necessidade permanente de ver o abismo por perto, como a imprensa coloca — e ela vive disso —, é terrível, porque diminui o ânimo da população").

Entre todos os órgãos de comunicação, o jornal Folha de S.Paulo, o mais ativo na denúncia de escândalos ou supostos escândalos, era o que mais enraivecia o presidente: "É impressionante esse niilismo que tem como carro-chefe a Folha de S.Paulo, com o apoio auxiliar das universidades"; "A Folha quer ser governo, e ao querer ser governo só atrapalha o Brasil"; "Se fôssemos contabilizar o mal que a Folha tem feito, prejudicando a economia nacional, veríamos que é grande"; "A Folha é hoje o que foi a Tribuna da Imprensa, no tempo do Lacerda contra o Getúlio". Em julho de 2000 o jornal Valor publica que o ex-secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge, quando no cargo, mantivera repetidas conversas ao telefone com o juiz Nicolau dos Santos Neto, presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, famoso pelo desvio de verbas destinadas à construção da sede da entidade. Fernando Henrique lamenta que o querido assessor de muitos anos, um "homem honrado", estivesse "como se fosse numa grande operação para roubar junto com o juiz Nicolau".

O assunto dominava o noticiário. O jornal O Estado de S. Paulo mencionou um motorista que teria testemunhado encontros entre Eduardo Jorge e o juiz Nicolau. "(…) eles querem repetir a saga Collor. Tem Collor, que sou eu, tem o PC, que era o Serjão, então tem que ter o motorista." O tom no gravador evolui, de um lamento profundo ("O desgaste meu e do governo é enorme nestes dias, o estrago causado pela 'questão Eduardo Jorge' foi incomensurável, o maior que já sofri sem ter feito nada") ao recurso à palavra mais funesta da política brasileira, a palavra "sanha", usada por Getúlio Vargas na carta-testamento "(…) me lembrei do Getúlio, da sanha dos inimigos. Nem é o PT, é a imprensa, ela tem sanha, quer destruir".16 Fernando Henrique vê como pontos vulneráveis de Eduardo Jorge ele ser amigo "desse Luiz Estevão" (ex-senador, parceiro do juiz Nicolau nas falcatruas) e ter "se enveredado a ganhar dinheiro depressa", mas afirma não ver nada de concreto contra ele, "só aparências".17 Em dezembro de 2000 o juiz finalmente se entrega à polícia, depois de meses foragido, e a Folha publica que a decisão era fruto de um acordo, sob as bênçãos de FHC, pelo qual, em troca do silêncio sobre o envolvimento de Eduardo Jorge, Nicolau seria bem tratado. "Infâmia total! Fiquei indignado!"

16 Eduardo Jorge, hoje "num sabático em Portugal", como ele diz, concorda que seu caso "foi o maior desgaste que o governo sofreu, sem sombra de dúvida". E acrescenta: "Ao mesmo tempo, o presidente nunca me abandonou, sempre confiou em mim".

17 Eduardo Jorge atribui a suspeita à "fofocaiada de Brasília": "Chega ao ouvido do presidente que 'Eduardo Jorge está ganhando dinheiro, Eduardo Jorge está ganhando dinheiro'. Quem me dera estivesse ganhando tanto assim". Sobre a amizade com Luiz Estevão, afirma: "Eu não frequentava o Luiz Estevão, Luiz Estevão não me frequentava. Ele era um senador de Brasília contemporâneo dos meus irmãos na época de colégio. Mas eu me dava bem com ele, não estou negando. Ele não deixava de ser um correligionário político e tínhamos liberdade de um ligar para o outro, esse tipo de coisa".

Momentos de trégua para o presidente eram o aconchego dos amigos e familiares, o convívio com colaboradores não políticos e as viagens ao exterior. Num domingo de maio de 2000 ele se põe a falar da vida no Palácio da Alvorada e dos servidores que ali o atendem. Fala do garçom Demerval, "com quem é muito interessante conversar", do "senhor que limpa a piscina, o Antônio", e se detém nos ajudantes de ordens, oficiais das Forças Armadas que funcionam como paus para toda obra. Entre outros menciona "o Aldo Miyaguti, major da Aeronáutica, de origem japonesa, um rapaz muito agradável",18 o Tomás, com quem "também conversava muito",19 e o Villaça — "Este sempre opinava, falava, fiquei sabendo de alguma coisa, de como pensam as Forças Armadas".20 Nas viagens ao exterior, como à Holanda, em outubro de 2000, fala a empresários, é aplaudido e conclui que "eles sabem que estamos mudando o Brasil para melhor". Na Alemanha, na mesma linha, regozija-se de o Brasil ser visto de forma diferente "da mesquinharia, da pequena briga política".

18 Aldo Miyaguti, hoje brigadeiro da reserva, recorda: "Como a gente passava o dia inteiro com o presidente, desde a hora em que acordava até a hora em que ia dormir, sempre surgiam conversas. Eu sou de origem japonesa e, como era solteiro, o presidente brincava muito comigo, me apresentou à filha do presidente Fujimori e a uma das filhas do imperador japonês. Ele brincava com isso, era o jeito dele".

19 Tomás Ribeiro Paiva, general do Exército e atualmente chefe de gabinete do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, diz que tem amizade com FHC até hoje. "Para mim, foi um tempo que nunca esqueço, de muito aprendizado. Nessa função modesta, com perspicácia, você é um espectador privilegiado da história."

20 José Villaça, hoje brigadeiro da reserva, afirma: "Guardo lembranças muito agradáveis, de uma pessoa competente, calma, serena, com uma visão fantástica de mundo. Não me lembro em momento algum de uma imagem dele irritado. Eu aprendi muito, porque você vê uma pessoa que lida com muitas dificuldades e consegue conciliar, manter a tranquilidade, sempre brincalhão".

A terceira sensação a colher do novo volume dos Diários é de uma injustiça. O governo FHC, caso raro no Brasil, obedecia a uma racionalidade; o objetivo, tal qual declara o presidente reiteradas vezes, era adaptar o país à fase do capitalismo globalizado. Foi um governo pioneiro em programas sociais como o Bolsa Escola, matriz do Bolsa Família do sucessor. FHC foi um raro presidente brasileiro que conhecia o mundo e gozava de prestígio pessoal junto a líderes estrangeiros. Não era para tanta impertinência e tanta hostilidade. Leonel Brizola e o PT pregavam seu impeachment. Ao fim do período coberto pelo novo livro, os indicadores econômicos eram razoáveis, dadas as circunstâncias: o PIB cresceu 4,3% em 2000, a inflação foi de 5,97% e o desemprego fechou em 7,1%. Mesmo assim, os que consideravam o governo ruim ou péssimo continuavam a superar os que o consideravam ótimo ou bom (37% a 23% no Datafolha, em outubro de 2000).

Numa conversa com José Roberto Marinho, vice-presidente das organizações Globo, Fernando Henrique julgou ter vislumbrado uma das razões para isso. Os dois comentavam a cobertura na TV de uma manifestação de índios na Bahia, em protesto contra as comemorações dos 500 anos do Descobrimento. "O índio se ajoelha diante da polícia, a polícia passa diante dele e não faz nada, mas sai no mundo todo o índio ajoelhado e a polícia com aquelas caras ferozes, escudo e tal", registra o presidente. E conclui, resignado:

"Ganhou o índio, obviamente".

Com reportagem de João Pedroso de Campos

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Arquivado em:Brasil, Política

Terceirização: Temer prefere proposta do Senado

Posted: 25 Mar 2017 06:39 AM PDT

O presidente Michel Temer vai gastar todos os 15 dias de que dispõe para sancionar o projeto de terceirização aprovado pela Câmara na última quarta-feira. Espera que, neste período, o Senado aprove outro texto com regras mais brandas.

O governo prefere o texto do Senado, que oferece mais salvaguardas ao trabalhador. Mas, se não passar a tempo, Temer vai sancionar o texto da Câmara porque considera que este, pelo menos, regulamenta de alguma maneira a terceirização, o que dá segurança jurídica para empregadores e trabalhadores. O setor de terceirização representa hoje 13 milhões de empregados sem qualquer garantia legal.

O Planalto está incomodado com a saraivada de críticas que está sofrendo, principalmente dos sindicatos, por aplaudir a regulamentação do trabalho terceirizado. O governo considera a regulamentação uma vitória, uma vez que a proposta tramita no Congresso há quase 20 anos.

O projeto do Senado apresenta alguns avanços em relação à proposta de 1998 aprovada na Câmara. Estabelece, por exemplo, responsabilidade subsidiária e solidária das empresas contratantes em relação aos pagamentos dos direitos sociais dos empregados. Se o Senado aprovar o texto e o enviar à Presidência dentro do prazo de 15 dias durante o qual o projeto da Câmara ficará à espera de sanção, o presidente Michel Temer deve fazer uma combinação de regras que existem nos dois projetos, dando preferência às propostas do Senado.

“Se saírem as duas (propostas), acomodam-se as duas legislações. Veta umas coisas em uma e outras na segunda”, observou um interlocutor do presidente. Embora reconheça que poderá ser uma mescla draconiana, o governo iria sancionar os pontos que considera benéficos de um e de outro, que não sejam contraditórios. Assim, agradaria deputados e senadores e tentaria encontrar mais apoio dos sindicatos.

O governo evitou entrar diretamente nas negociações para alterar o texto da Câmara porque “não quis gastar munição” negociando com os deputados. É que, a cada negociação, os parlamentares apresentam uma lista de pedidos e isso dificulta o atendimento já que o Planalto precisará “gastar muita munição” durante a votação do projeto da reforma da Previdência.

Estratégia

Justamente por conta da Previdência, o Planalto já indicou que vai criar o Ministério do Saneamento. Mas sabe também que muitos outros pedidos terão de ser atendidos.

Para não perder “bala da agulha” que precisará mais à frente, onde a negociação será “muito dura”, o Planalto preferiu deixar correr a votação na Câmara. Tanto que todas as três reuniões convocadas por Temer com parlamentares no Planalto, nos últimos dias, tiveram como pauta a Previdência.

O resultado foi o placar apertado na votação da terceirização: 231 votos favoráveis, 188 contrários e oito abstenções.

Atendendo a pedido do Planalto, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), vai tentar votar, o quanto antes, o projeto que regulamenta a terceirização, sem as mudanças propostas pelo relator, Paulo Paim (PT-RS), que é contrário e vai tentar brecar a proposta.

Apesar da pressa de Jucá, não é certo que a proposta do Senado seja aprovada a tempo.

O Planalto já decidiu também que, se o projeto do Senado não for aprovado nestes 15 dias, o governo vai apresentar as mudanças que considera necessárias para abrandar a terceirização na reforma trabalhista, que já está na Comissão Especial.

(Com Estadão Conteúdo)


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China vai retomar importação de carne brasileira, afirma ministro

Posted: 25 Mar 2017 06:15 AM PDT

A China reabriu o mercado para as importações de carne brasileira, afirmou neste sábado o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi. Decisão vem após intensa mobilização do governo para a retomada dos desembaraços aduaneiros no país.

Na última semana, a China suspendeu temporariamente as importações de carne brasileira por precaução, em decorrência da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

“A liberação é um esforço gigante que foi feito aqui no Brasil com as explicações, de mostrar que as investigações estavam numa direção de investigar conduta de pessoas, comportamento de pessoas, desvio de conduta das pessoas”, disse Maggi.

Em sua conta no Twitter, o presidente Michel Temer agradeceu o líder chinês Xi Jinping pela reabertura das importações do produto brasileiro.

Segundo o ministro, apenas as unidades que o próprio Brasil suspendeu não poderão vender ao parceiro asiático. “Nós continuaremos mandando produtos, vendendo sem restrição, com a suspensão das plantas que nós mesmos decidimos aqui até que nós mostremos os nossos controles finais desse assunto com a força tarefa que estamos tendo nesse momento”, afirmou o ministro.

A China é hoje o segundo maior importador de carne brasileira do mundo, ficando atrás, apenas, de Hong Kong. Em 2016, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a China importou 736.576 toneladas de carne brasileira, totalizando 1,75 bilhão de dólares.

Não bastasse a suspensão temporária das importações, o país retirou o produto brasileiro das prateleiras de seus supermercados. A medida, que inclui carnes bovina e de frango, é sinal concreto de que o escândalo envolvendo a indústria processadora do Brasil está afetando os negócios em seu principal mercado de exportação.

A decisão foi tomada pela Sun Art Retail, maior rede de hipermercados do país, e pelos braços chineses das gigantes globais Walmart e Metro, dias após a China banir temporariamente as importações de carne brasileira.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, se prepara para ir a China ainda esta semana para tentar reverter o impasse com os chineses.

(Com agência Reuters)


Arquivado em:Economia

Hamilton mantém Mercedes na frente e larga na pole na Austrália

Posted: 25 Mar 2017 05:12 AM PDT

Se ao longo da pré-temporada a expectativa era para uma possível ascensão da Ferrari e o fim da hegemonia da Mercedes, no primeiro teste para valer da categoria em 2017 o que se viu foi uma repetição dos últimos anos, com a equipe inglesa na frente. Neste sábado, Lewis Hamilton deixou para trás seus concorrentes e conquistou a pole position para o GP da Austrália, que acontecerá domingo, em Melbourne.

Hamilton sairá na frente na primeira prova da Fórmula 1 na temporada, conquista bastante simbólica para quem via crescer as dúvidas sobre a capacidade da Mercedes de manter a predominância dos últimos três anos. O próprio inglês apontou a Ferrari como favorita ao título em 2017, mas ao menos neste primeiro teste mostrou que sua equipe continua em grande forma.

A Fórmula 1 chegou a alterar as regras de disputa para esta temporada, justamente para diminuir o abismo entre as equipes. Nos testes de pré-temporada, a Ferrari, de fato, parecia ser mais veloz na pista, mas nesta sexta, Hamilton deixou para trás as especulações e foi o mais veloz com o tempo de 1min22s188.

Esta foi a 62.ª vez que Hamilton conquistou a pole position na carreira. O piloto está a três de seu ídolo, o brasileiro Ayrton Senna, e a seis do recordista, o alemão Michael Schumacher. E ele ainda terá seu novo companheiro de Mercedes bastante próximo. O finlandês Valtteri Bottas, contratado para a vaga do atual campeão Nico Rosberg, que se aposentou ao fim da última temporada, anotou 1min22s481 em sua melhor volta nesta sexta e abrirá a segunda fila no domingo, na terceira posição.

Se não foi capaz de superar a Mercedes neste primeiro teste, a Ferrari ao menos mostrou que deve mesmo ser a equipe capaz de fazer frente aos ingleses e intercalou as posições com a rival. O alemão Sebastian Vettel largará na segunda colocação, enquanto o finlandês Kimi Raikkonen será o quarto.

Apontado por Hamilton como favorito ao título deste ano, até por seu desempenho nos testes da pré-temporada, o tetracampeão Vettel ficou a quase três décimos do inglês ao completar sua melhor volta em 1min22s456. Já Raikkonen sequer conseguiu ficar na casa de 1min22s, alcançando apenas a marca de 1min23s033.

Havia também a expectativa da Red Bull rivalizar com Ferrari e Mercedes, mas ela não foi confirmada na pista. O holandês Max Veerstapen veio logo atrás destas equipes e sairá em quinto, ao marcar 1min23s485. Já o australiano Daniel Ricciardo foi responsável pelo grande susto do dia, ao rodar e bater logo no início do Q3. Como não anotou tempo nesta sessão, sairá automaticamente na décima colocação.

O primeiro treino classificatório da Fórmula 1 em 2017 também mostrou que os torcedores da tradicional McLaren deverão mesmo sofrer mais uma vez nesta temporada. A equipe segue enfrentando problemas com seu carro, e isto ficou claro nesta sexta. Fernando Alonso sequer foi ao Q3 e sairá em 13.º, após cravar 1min25s425. Já o novato Stoffel Vandoorne foi ainda pior, anotou 1min26s858 e será o 18.º.

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MASSA É SÉTIMO – Quem fez bonito no treino de classificação para o GP da Austrália foi o brasileiro Felipe Massa. O piloto que chegou a anunciar a aposentadoria ao fim da temporada, mas voltou atrás após a saída de Bottas da Williams, conseguiu a sétima colocação no grid com o tempo de 1min24s443.

Massa sonhava com uma vaga na terceira fila em Melbourne, mas a sétima colocação fica de ótimo tamanho para quem sofreu com problemas no carro na sexta-feira. Na segunda sessão de treinos livres, o brasileiro viu sua Williams ter falhas elétricas e, por isso, completou somente seis voltas no circuito.

O piloto almeja terminar a primeira prova do calendário entre os seis primeiros, algo que só conseguiu em três das 21 etapas da temporada passada. Ele e os outros competidores da categoria voltarão à pista para a disputa do GP da Austrália na madrugada de sábado para domingo, às 2 horas (de Brasília).

Confira o grid de largada do GP da Austrália:

1.º – Lewis Hamilton (ING/Mercedes) – 1min22s188

2.º – Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) – 1min22s456

3.º – Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) – 1min22s481

4.º – Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) – 1min23s033

5.º – Max Verstappen (HOL/Red Bull) – 1min23s485

6.º – Romain Grosjean (FRA/Haas) – 1min24s074

7.º – Felipe Massa (BRA/Williams) – 1min24s443

8.º – Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso) – 1min24s487

9.º – Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) – 1min24s512

10.º – Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull) – não marcou tempo

————————————————-

11.º – Sergio Perez (MEX/Force India) – 1min25s081

12.º – Nico Hülkenberg (ALE/Renault) – 1min25s091

13.º – Fernando Alonso (ESP/McLaren) – 1min25s425

14.º – Esteban Ocon (FRA/Force India) – 1min25s568

15.º – Marcus Ericsson (SUE/Sauber) – 1min26s465

————————————————-

16.º – Antonio Giovinazzi (ITA/Sauber) – 1min26s419

17.º – Kevin Magnussen (DIN/Haas) – 1min26s847

18.º – Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren) – 1min26s858

19.º – Lance Stroll (CAN/Williams) – 1min27s143

20.º – Jolyon Palmer (ING/Renault) – 1min28s244

(com Estadão Conteúdo)


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A Lava Jato é atração turística

Posted: 25 Mar 2017 04:00 AM PDT

Curitiba não entrou apenas no radar político – agora, está presente também no panorama turístico. Dona de uma agência em Curitiba, Bibiana Antoniacomi fala a VEJA da peculiar rota que criou: um passeio pelo local de trabalho do juiz Sergio Moro e pela prisão onde estão José Dirceu e Eduardo Cunha. "Tive medo de causar polêmica. O país estava dividido pelo impeachment quando lancei o passeio. Disseram que eu era uma oportunista, que vendia ingresso para um show bizarro”, diz. “Sei que é impossível agradar a todos”, afirma. Em entrevista a VEJA, ela ainda conta quais os locais mais visitados e o principal perfil dos turistas que passam por lá.

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Arquivado em:Brasil

A revolta da mulher-objeto

Posted: 25 Mar 2017 04:00 AM PDT

O mulherão seminu que tira o fôlego de um bando de homens babões sempre foi personagem obrigatória dos comerciais de cerveja. Pode ser mais machista? Não pode, mas é de praxe e o cachê é bom. A fórmula aparentemente imutável, porém, passou por uma reviravolta no Dia Internacional da Mulher, quando a Skol, a marca de cerveja mais vendida no Brasil, lançou a campanha Repôster. Seis ilustradoras redesenham cartazes de propaganda da cervejaria em que se veem loiras exuberantes. No resultado final, as modelos estão vestidas. A pressão antissexista contra a publicidade é forte — e dá resultados. A Proibida, integrante desse time, foi enquadrada pela brigada antimachista em janeiro por um pecado conceitual: o comercial em que lançou uma cerveja "levinha" feita especialmente para mulheres. A bebida continua à venda, mas a propaganda saiu do ar. Reportagem de VEJA desta semana mostra que o papel da mulher na publicidade, definitivamente, está mudando. No ramo dos cosméticos e cuidados pessoais, há alguns anos L'Oréal e Dove selecionam como modelos mulheres de todas as cores, de todas as idades e de todos os pesos. Neste ano, a Mattel mostrou pais — e não mães — brincando de boneca com as filhas.

Com reportagem de Fernanda Allegretti e Isabela Izidro

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O Custo Brasil Sujo

Posted: 25 Mar 2017 04:00 AM PDT

A Polícia Federal errou a mão ao divulgar a operação Carne Fraca dando a entender que a carne brasileira, quase toda ela,  estava contaminada e podre. Os investigadores, no entanto, levantaram a tampa de mais um alçapão que abriga uma praga história no país: o fisiologismo casado com a corrupção. Dos 27 superintendentes estaduais do Ministério da Agricultura, 19 foram indicados por políticos.

Eis a raiz de um problema grave, que já levou o Brasil a ostentar o vergonhoso título de dono do maior escândalo de corrupção do planeta.

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Arquivado em:Brasil, Política

Operação Mela-Jato

Posted: 25 Mar 2017 04:00 AM PDT

O depoimento de Marcelo Odebrecht e de outros executivos da empreiteira praticamente fulminaram a biografia de uma boa parte da elite política. As revelações mostram que a ex-presidente Dilma sabia do esquema de corrupção e se beneficiou dele durante as eleições de 2014, o que pode acabar resultando na cassação do mandato do presidente Michel Temer.

Mas atenção: há gente interessada em usar o vazamento dos depoimentos e alguns erros laterais dos investigadores para anular o processo.

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Arquivado em:Brasil, Política

IMPERDÍVEL: Mais Caymmi? Sim, e com Marina de la Riva vale ouvir

Posted: 25 Mar 2017 03:37 AM PDT

(Universal) Há autores que não cansam de ser revisitados. Dorival Caymmi é um deles, ainda mais quando a nova visita traz o frescor de Rainha do Mar, disco que a carioca Marina de la Riva lança com arranjos bem escolhidos e convidados, idem: além de Danilo Caymmi, que carrega de forma leve todo o peso da herança do pai, estão lá João Donato e Ney Matogrosso. Donato surge com seu piano já nas duas primeiras faixas, Canto a Yemanjá / Rainha do Mar e Marina. Danilo canta e toca flauta em O Bem do Mar, e em Canto de Nanã / Oração de Mãe Menininha. Ney Matogrosso solta a voz na dobradinha de Só Louco com Dos Gardenias. Acompanhada dos bons, além do bandolim, cavaco e violão de 7 cordas, Marina atinge bonitos tons graves em um disco que soa atual. E muito bem-vindo.

(Reprodução/Divulgação)


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IMPERDÍVEL: ‘Nós’, a distopia que originou ‘1984’, volta luxuosa

Posted: 25 Mar 2017 03:12 AM PDT

Nós, escrito pelo russo Iêvgueni Zamiátin, é  considerada “a distopia-referência”, aquela que inspirou desde grandes obras do gênero, como Admirável Mundo Novo e 1984, até histórias mais recentes, incluindo V de Vingança e as sagas adolescentes Divergente e Jogos Vorazes. O clássico, que estava esgotado no país, acaba de ganhar uma edição de luxo pela Aleph (344 páginas, 59,90 reais, com tradução direto do russo de Gabriela Soares.

Publicado em 1924, um período de crise econômica, Nós causou polêmica em seu lançamento, que ocorreu primeiro em solo americano, já que o livro sofreu forte censura na União Soviética. Em suas páginas, o autor cria um governo totalitário chamado Estado Único que, supostamente pelo bem da sociedade, privou a população de direitos fundamentais como livre-arbítrio, individualidade, imaginação, liberdade de expressão e direito à própria vida. Um mundo completamente mecanizado e lógico, onde as pessoas não possuem nomes, mas sim números, e o Estado dita os horários de trabalho, lazer, refeições e até de sexo.

A trama traz a história de D-503, um engenheiro que vive exatamente como ordena o Estado Único, mas começa a duvidar das próprias convicções ao conhecer uma misteriosa mulher que comete a ousadia de burlar regras, e que o contamina com a doença chamada imaginação.

A edição de luxo da Aleph conta com duas leituras complementares. A primeira é uma resenha escrita por George Orwell, autor de 1984, originalmente publicada na revista londrina Tribune em 1946. Orwell ressalta a ousadia política do livro e indica aspectos em que o russo inspirou Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Há também uma carta enviada por Zamiátin a Stálin, pedindo para sair da União Soviética, onde todas as suas publicações estavam sofrendo perseguição política.

 

 


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IMPERDÍVEL: ‘Game of Thrones’ chega ao pacote básico da TV

Posted: 25 Mar 2017 02:58 AM PDT

A série de sucesso Game of Thrones estreará neste domingo  no canal Cinemax — afiliado do grupo HBO, mas parte do pacote “básico” de canais das TVs por assinatura. Até o momento, os fãs brasileiro do seriado precisavam assinar os canais da emissora “à parte” para acompanhar a trama, exibida ao mesmo tempo no Brasil e Estados Unidos. Os episódios serão exibidos desde a primeira temporada, na faixa das 22h,

A disputa entre quatro famílias pelo trono de Westeros tece a trama Game of Thrones, no ar desde 2011. A chegada do inverno (uma transição que leva anos) e a ameaçadora chegads dos Outros — algo como mortos-vivos — intensifica a luta pelo poder, que adquire um caráter sanguinário. Nas primeiras temporadas, a série seguiu o enredo desenhado por George R.R. Martin em As Crônicas do Gelo e do Fogo.

Atualmente, a série caminha para a sétima temporada, prevista para 16 de julho.


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STJ autoriza mulher de Cabral a ficar em prisão domiciliar

Posted: 24 Mar 2017 07:41 PM PDT

A ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu habeas corpus permitindo que a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador Sérgio Cabral, fique em prisão domiciliar. A decisão foi divulgada pela corte na noite desta sexta-feira.

Adriana foi presa em 6 de dezembro e levada para o Complexo Prisional de Bangu, Zona Oeste do Rio. Ela é acusada de envolvimento em crimes de corrupção praticados pelo seu marido e outras pessoas. Segundo as investigações, há evidências de que a ex-primeira-dama recebeu dinheiro de operadores financeiros do ex-governador e teria usado seu próprio escritório de advocacia, o Ancelmo Advogados, para lavar dinheiro de propina destinado ao marido.

Ela havia recebido o benefício da prisão domiciliar no dia 17, em decisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, mas a medida havia sido cassada, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Os advogados de Adriana recorreram ao STJ, que decidiu em caráter liminar pela saída dela de Bangu. O motivo alegado pela defesa é que ela tem dois filhos menores de idade para cuidar, de 11 e 14 anos, que estão privados da convivência de ambos os pais – pois Cabral também está preso.

(Com Agência Brasil)


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