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domingo, 26 de março de 2017

#Brasil

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“A família imperial tem sangue negro”, diz príncipe do Brasil

Posted: 26 Mar 2017 08:10 PM PDT

Don Bertrand de Orleans e Bragança é "Príncipe Imperial do Brasil", segundo na linha de sucessão Divulgação/Pró-Monarquia

Nos tempos em que sua família governava o Brasil, a população negra e indígena vivia sob regime de escravidão, e a maioria (esmagadora) da população livre não tinha direito ao voto nem era alfabetizada. Ainda assim, para Dom Bertrand de Orleans e Bragança, esse foi o período da história em que o "Brasil realmente deu certo".

Tataraneto de D. Pedro II e bisneto da Princesa Isabel, Bragança é o porta-voz do movimento Pró-Monarquia, um grupo formado por uma parcela da deposta família real brasileira, com apoio de simpatizantes espalhados pelo Brasil, que pretendem acabar com a República e restaurar o regime monárquico.

Com imprecisões históricas e declarações polêmicas, Bragança elenca como um dos principais argumentos o exemplo das ricas nações europeias onde ainda persiste o regime monárquico, como Suécia e Dinamarca — embora rejeite com veemência comparações com as monarquias africanas.

— Não se pode comparar a cultura africana com a europeia.

Príncipe Imperial do Brasil e segundo na linha de sucessão, Bragança afirma que a família imperial é uma representação do povo brasileiro — possuindo, inclusive, "sangue negro" entre seus ancestrais.

O Pró-Monarquia surgiu na rabeira dos protestos políticos que agitam o País desde 2013, identificado na parcela da população que se opõe ao Partido dos Trabalhadores e se inspira no verde-amarelismo.

— Nesse "Quero meu Brasil de volta" [entoado nas manifestações] há algo que está na memória histórica do povo brasileiro, na memória genética do povo brasileiro, que tem saudade de um período histórico em que o Brasil realmente deu certo, que foi o período do Império.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista:

R7 - Como seria a restauração da monarquia no Brasil?

Don Bertrand de Orleans e Bragança - Essa restauração vem ao encontro de uma manifestação da vontade popular do povo brasileiro. Um pouco como foi no ano passado as mudanças políticas que tivemos, resultado sobretudo das grandes manifestações nas ruas. O interessante nessas manifestações é que em toda a parte os brasileiros bradavam "Minha bandeira é verde e amarela e jamais será vermelha" e "Quero meu Brasil de volta".

Nesse "Quero meu Brasil de volta" há algo que está na memória histórica do povo brasileiro, na memória genética do povo brasileiro, que tem saudade de um período histórico em que o Brasil realmente deu certo, que foi o período do Império, e que está cansado do caos republicano. Hoje, não há nenhum brasileiro que diga de boca cheia que a República deu certo. Pelo contrário, nós estamos desde 1889 sofrendo as consequências da República.

Por que essa insatisfação é interpretada como uma vontade pela monarquia?

Interpreto isso como uma coisa inconsciente, um primeiro passo no sentido de voltar àquilo que está na memória histórica e na memória genética do povo brasileiro. O que temos visto é que o movimento monárquico só tem crescido nos últimos anos. Nessas manifestações havia bandeiras do Brasil nos quatro cantos do Brasil, e havia bandeiras do PT sendo enxotadas das manifestações. E apareceram muitas bandeiras do Império, então é algo que está renascendo no Brasil.

Existe alguma pesquisa que mostra o crescimento desse interesse?

Um par de pesquisas feitas recentemente, pelo Terra e por outros órgãos, mostraram que a maioria se manifestava pela restauração da monarquia. São várias pesquisas feitas pela internet. Claro que essas pesquisas não representam toda uma realidade, mas sim uma parte muito significativa da realidade brasileira.

Quando a monarquia deixou o poder, foi uma convenção da classe burguesa da época…

Foi um golpe de estado de uma minoria das Forças Armadas que num primeiro momento nem foi a favor da República. O marechal Deodoro da Fonseca, no 15 de novembro, ele não bradou "Viva a República", ele bradou "Viva o Imperador". Foi no entardecer do 15 de novembro que eles conseguiram levar o marechal para assinar a proclamação da República. Ele não era republicano.

Mas naquele momento histórico, sejam os monarquistas e os republicanos, não havia uma preocupação com a população das classes mais baixas do Brasil, que vivia num contexto de ausência de direitos…

Pelo contrário. O Brasil tinha muito mais harmonia social naquele tempo do que hoje em dia. As favelas, e está provado historicamente, é um fenômeno republicano. Não havia favelas.

Mas a população era muito menor, com menos habitantes também nas cidades.

Claro, mas as favelas começaram logo depois da República, com todo o caos e desordem política e social causados pela República. O governo do Brasil tinha um desenvolvimento ordenado e passou para um desenvolvimento desordenado, o que criou diferenças e uma série de questões que deram origem às favelas.

A monarquia no Brasil seria como na Grã-Bretanha em que a rainha não detém o poder político para decidir os rumos do País, mas com função cultural e até certo ponto diplomática?

Não devemos fazer o mesmo erro que foi feito no dia 15 de novembro de 1889, que foi copiar servilmente o modelo norte-americano. Nós tivemos um passado monárquico fértil para querer copiar o dos outros. O Brasil era uma monarquia parlamentarista em que o poder executivo era exercido pelo primeiro-ministro. Havia Senado e Câmara dos Deputados eleitos pelo voto popular, pelo voto distrital, que era muito mais autêntico que o atual*. O poder Judiciário tinha sua independência garantida como é hoje em dia, mas era muito mais autêntico. E havia um quarto poder que era exercido pessoalmente pelo imperador que era o poder Moderador. Segundo a Constituição de 1824, o poder Moderador visava à harmonização dos demais poderes em função do bem-supremo da nação. Era uma monarquia parlamentarista em que o imperador tinha essa função, como é na prática nas monarquias europeias de hoje.

* O Brasil não tinha voto popular naquele período (veja)

Na atual crise política, o que é que o imperador faria com esse poder Moderador?

Poderia por exemplo, num impasse político, dissolver o Parlamento e convocar novas eleições, como foi feito recentemente na Espanha.

E hoje o Brasil precisaria de novas eleições para o Congresso?

Se o povo fosse ouvido autenticamente, a situação seria completamente diferente.

O Brasil vive um momento de corte e retenção de gastos. A restauração da monarquia não traria mais gastos ainda?

Se há um ponto em que a República é um fracasso é esse ponto. Há um estudo que o palácio da rainha Elizabeth com todo seu esplendor custa menos à nação do que o Palácio do Planalto ao Brasil. O custo da República é colossal, sem contar os ex-presidentes que nós temos de sustentar, sem contar uma ex-presidenta, como ela gosta de ser chamada, que vive viajando às custas do Tesouro Nacional pelo resto do mundo. Outro aspecto é o custo das eleições presidenciais. Todo mundo sabe que custam à nação alguns bilhões de dólares.Então não venha me falar de custo da monarquia porque ela é incomparavelmente mais econômica do que a República presidencial.

Mas os presidentes são eleitos pelo povo. Não seria um privilégio a manutenção de um palácio real e os benefícios para um imperador por mérito de nascimento?

Não é o que entendem as monarquias de hoje em dia. Saiu uma notícia essa semana com um ranking de felicidade entre as nações. Entre as dez primeiras, oito são monarquias. Você vai dizer que são países tradicionais, mas não, entre os primeiros estão Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que são muito mais novos do que o Brasil.

E o senhor acha que tem uma influência da monarquia nesse quesito?

Evidente. As estatísticas provam isso. Essa semana também saiu o ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), e também as primeiras nações são todas monárquicas.

Mas não teria mais a ver com a história desses países?

Não, porque a Nova Zelândia e a Austrália são bem mais novos do que o Brasil.

Mas o mesmo nível de desenvolvimento não se verifica em monarquias da África ou da Ásia, por exemplo.

Mas você vai comparar a cultura africana com a cultura ocidental? Ou com a cultura brasileira?

Mas estamos comparando a cultura europeia com a brasileira.

Não, estou comparando com a cultura que nós tínhamos no Brasil, e isso está comprovado nos livros de história, que era muito elevada. Os principais escritores brasileiros são do tempo da monarquia, os principais músicos, os principais pintores.

Qual a sua opinião sobre o foro privilegiado?

Eu acho um absurdo que, nesse clima de Lava Jato e "mensalões", os corrompidos estão presos e os corruptores estão soltos.

A quem você se refere? Estão soltos por causa do foro privilegiado?

Eu tenho lido nos jornais que a maioria dos casos de foro privilegiado acabam sendo prescritos pelo tempo. Está nos jornais dos últimos dias. Contra fatos não há argumentos.

O foro privilegiado acaba sendo um privilégio não merecido?

Me parece que sim. Não há um país com tanto foro privilegiado como o Brasil.

Restabelecer a família imperial não seria também um privilégio não merecido?

Não vejo por quê. Uma família imperial existe para servir à nação, e não servir-se da nação, como nós vemos hoje, com os políticos.

E a família imperial não fez a mesma coisa? Que garantia se tem de que faria diferente?

Que garantia então, se você quer… A história prova que é assim. Ninguém pode garantir absolutamente tudo. Mas historicamente, estatisticamente, está provado que é assim.

A nossa Constituição define o Estado como laico, sem influência da igreja. A monarquia no Brasil teria influência religiosa? Como funcionaria?

A maioria dos brasileiros são católicos. E o normal não é que haja uma confusão, mas uma troca de bons ofícios entre Estado e igreja, uma colaboração entre os dois.

Qual seria a prioridade do regime monárquico?

Em primeiro lugar, respeitar a livre iniciativa. Em segundo lugar, o respeito ao direito de propriedade. E o terceiro princípio seria o Estado fazer só o que o conjunto da nação não for capaz. Deve haver Estado, mas quanto menor, melhor, porque o Estado é hoje um cabide de emprego, um verdadeiro paquiderme estatal, lento, pesado, corrupto e que acaba atrasando o progresso da nação. O Brasil está nesse estado porque foi saqueado, bilhões de dólares foram desviados, por um governo que tinha clara intenção de fazer um país socialista, e foi contra isso que os brasileiros se levantaram em 2016.

Esse não é um movimento oportunista, em razão da atual crise política?

Meu deus do céu, se há uma coisa em que não há oportunismo é isso, foi uma coisa espontânea. Que interesse tem um gaúcho, um cearense, um amazonense em sair com a bandeira do império durante as manifestações? Ele não vai ganhar nada, pelo contrário, ele está manifestando seus desejos para o futuro do Brasil. Aliás, como as manifestações do ano passado, que foram espontâneas, não foram pagas com sanduíche de 'mortandela'.

O senhor comentou sobre o Brasil ter uma maioria católica. Então, como um país de maioria negra, o Brasil deveria ter um imperador negro?

Mas, mas, o país não é de maioria negra. O país teve uma miscigenação extraordinária, e todo brasileiro tem um pouco de sangue branco, um pouco de sangue negro e um pouco de sangue índio. E uma das bênçãos desse país é a miscigenação, porque nós fomos somando as qualidades dos vários povos que aqui se encontraram.

Mas a família real não se miscigenou.

Como não? Meu irmão [príncipe herdeiro D. Luiz de Orleans e Bragança] fez uma pesquisa recentemente e encontrou entre nossos ancestrais um ancestral negro.

Há ancestrais negros na família?

Havia um ancestral negro, de antes de D. Pedro. Ele tinha sangue negro, então tem sangue negro [na família].

O senhor votou em quem nas últimas eleições?

Desculpa, o voto é secreto.

O movimento apoia qual candidato para as eleições 2018?

A monarquia tem que ser necessariamente suprapartidária, porque ela é chamada a unir os brasileiros, e não dividir em posições partidárias, por isso, o meu irmão segue uma orientação de não apoiar nenhum candidato, mas sim  mostrar quais são os grandes rumos da nação.

Qual a opinião do movimento sobre as reformas previdenciária e trabalhista?

Está provado no Brasil e no resto do mundo que o estado de bem-estar social é insustentável. Se não houver uma reforma, a própria previdência quebra. Isso nos países europeus, nos países mais avançados, no mundo inteiro. Não há estado que resista a isso.
Já a legislação trabalhista é excessivamente detalhista, e o maior prejudicado são os trabalhadores. Não há empresa, ninguém tem a possibilidade de respeitar a legislação trabalhista até seus últimos detalhes. E a reforma fiscal também é indispensável, com redução da carga tributária

Os detalhes da legislação trabalhista não são para proteger o trabalhador?

Não, não protege nada. Pelo contrário, prejudica. Isso está provado, leia os jornais. Veja a realidade, analise a realidade do país. Tem detalhes demais. Querer prever tudo? É impossível. Prevê absolutamente tudo, nos menores detalhes. O tipo de piso que tem de ter no refeitório, a grossura do colchão, como [ter] obrigatório no Brasil inteiro um colchão de tal tamanho. Olha, no Nordeste, o pessoal dorme em rede. Eu conheço um jurista de alto nível que, quando vem ao Sul, a penitência dele é que no hotel não tem rede. Quem conhece o Brasil sabe que essa é a realidade. Não vai se impor a todos o mesmo tipo de cama, o mesmo sofá, o mesmo tipo de uniforme. Isso é socialista. Isso é tirania.

Hoje temos alguns avanços na sociedade que não existia no tempo do império, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a possibilidade de adoção por esses casais. Como a monarquia enxerga esses avanços?

Eu não considero que são avanços. Deus criou o homem e a mulher. Eles são diferentes e um complementa o outro. Na nossa Constituição está definido que o casamento é entre um homem e uma mulher, e eu sou a favor que se mantenha o que se está na Constituição.

Domingo é marcado por manifestações tímidas em todo o Brasil

Posted: 26 Mar 2017 03:48 PM PDT

Paneleiros em frente ao Parque Trianon, na Avenida Paulista Vilmar Bannach/26.3.2017/Photopress/Estadão Conteúdo

Organizadas pelo MBL (Movimento Brasil Livre), as manifestações contra o aumento do fundo partidário, contra a proposta de listas fechadas nas eleições, contra a corrupção, pelo fim do foro privilegiado e de apoio às investigações da Lava Jato foram convocadas neste domingo (26) em 80 cidades e também na capital portuguesa, Lisboa. Porém, o que se viu — na maioria dos locais — foi um público menor do que o esperado.

Na capital gaúcha, a manifestação ocorreu no Parque Moinhos de Vento, o Parcão, por volta das 15h. O movimento foi tímido, comparado aos outros protestos ocorridos no ano passado em prol do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. O ato chegou ao fim por volta das 17h10. A reportagem tentou contato com a Brigada Militar e o MBL para estimar o público presente, mas os telefonemas não foram atendidos.

Do alto de um carro de som, lideranças de movimentos liberais, como o MBL, se alternavam ao microfone. Entre eles o deputado estadual Marcel Van Hattem (PP-RS). "Precisamos apoiar a lava jato para fazer a limpeza da classe política e empresarial corrupta", afirmou.

Em Salvador, os organizadores do movimento, afirmam ter levado 1.500 pessoas às ruas. A Polícia Militar não divulgou o número de participantes. O ato começou por volta das 9h com um trio elétrico no Farol da Barra e terminou três horas depois no Cristo. Segundo eles, é preciso ter uma reforma, mas com diálogo entre as diversas categorias e setores da sociedade.

A caminhada teve a participação e apoio do Movimento Brasil Livre (MBL), do Vem Pra Rua Brasil, do Nas Ruas e da Ordem dos Médicos do Brasil (OMB). O ato começou e terminou com o Hino Nacional e teve ainda uma saudação ao Senhor do Bonfim. Uma leve chuva ajudou a dispersar um maior número de pessoas nesta manhã no Farol da Barra.

Em Curitiba, segundo a Polícia Militar, 5.000 pessoas foram ás ruas. Os organizadores do evento estimaram o público em 20.000. A mobilização começou às 14h30 na Praça Santos Andrade e saiu em caminhada pelo calçadão na Rua XV até a Boca Maldita.

O comerciante Paulo Boldrin disse que o protesto é válido, mas ficou um pouco confuso com as pautas. "Falaram muitas coisas, mas uma coisa é certa, a classe política precisa ser passada a limpo."


Em São Paulo, berço do MBL, o ato reuniu cerca de 10.000. A PM não divulgou o público. O público não é maior que um dia normal de domingo, quando a Paulista fica fechada aos carros. No trecho de maior concentração, em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), onde está o carro do Vem Pra Rua, o público não lota nem um quarteirão. "Deve ter umas 10 mil pessoas aqui, o que não é uma derrota. O tema agora é mais técnico", disse ao Estado Luiz Philippe Orleans de Bragança, trisneto da princesa Isabel e líder do Acorda Brasil.

A cena com o público menor do que o esperado pelos organizadores se repetiu também em outras cidades como Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte.

Morre no Rio ministro do Exército nos governos Itamar e FHC

Posted: 26 Mar 2017 12:57 PM PDT

Reprodução/Exército Brasileiro

Morreu hoje (26), no Rio de Janeiro, o general-de-exército Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena. Natural de São Bento do Una (PE), onde nasceu em janeiro de 1930, Lucena foi ministro do Exército nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Neste, no primeiro mandato presidencial.

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A informação foi dada pelo Comando Militar do Leste, adiantando que o velório está marcado para amanhã (27), no Palácio Duque de Caxias, na Avenida Presidente Vargas, centro da capital fluminense, das 9h às 13h. Ao meio-dia haverá missa de corpo presente, seguida das honras fúnebres.

O ex-ministro do Exército deixa esposa, duas filhas e cinco netos.

Juiz manda libertar últimos presos temporários da Operação Carne Fraca

Posted: 26 Mar 2017 12:13 PM PDT

A decisão do juiz responsável pela operação foi tomada ontem (25) GettyImages

O juiz federal Marcos Josegrei da Silva determinou a soltura dos três presos na Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. A decisão do juiz, que é responsável pela operação, foi tomada ontem (25). Ele determinou a soltura de Rafael Nojiri Gonçalves, Antônio Garcez da Luz e Brandízio Dario Júnior.

Os três eram os últimos que ainda estavam presos temporariamente, uma vez que o magistrado havia prorrogado a custódia deles por mais cinco dias. No dia 22, o juiz já havia determinada a liberação de outros oito presos temporários.

Ainda estão presas preventivamente 25 pessoas, que não têm prazo para deixar a prisão. Também há um empresário considerado foragido, Nilson Alves Ribeiro.

Deflagrada pela PF (Polícia Federal), no último dia 17, a Operação Carne Fraca apura corrupção na SFA (Superintendência Federal de Agricultura) do Estado do Paraná do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No rol de empresas investigadas pela Polícia Federal estão a JBS, dona das marcas Seara e da Big Frango; a BRF, controladora da Sadia e da Perdigão; e os frigoríficos Larissa, Peccin e Souza Ramos.

A PF investiga o pagamento de propinas a fiscais federais agropecuários e agentes de inspeção em razão da comercialização de certificados sanitários e aproveitamento de carne estragada para produção de gêneros alimentícios.

Segundo a PF, os fiscais investigados na operação recebiam propina das empresas para emitir certificados sanitários sem fiscalização efetiva da carne e que o esquema permitia que produtos com prazo de validade vencido e com composição adulterada chegassem a ser comercializados. De acordo com a operação, eram usadas substâncias para "maquiar" a carne vencida.

Ao todo, foram expedidos 27 mandados judiciais de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão. Ao todo, 21 frigoríficos são investigados na operação. Além disso, o Ministério da Agricultura afastou 33 fiscais de suas atividades.

Delator da Lava Jato paga R$ 35 por aluguel da bateria da tornozeleira eletrônica

Posted: 26 Mar 2017 11:49 AM PDT

Pedro Barusco fechou delação premiada com o MPF em 2014 Antonio Cruz/Agência Barsil

Um dos grandes delatores da Operação Lava Jato, Pedro Barusco, enviou à Justiça Federal dois comprovantes de pagamento do aluguel da bateria da tornozeleira eletrônica. O ex-gerente da Petrobras pagou R$ 35 referente aos meses de março e abril.

Os recibos foram anexados aos autos da Lava Jato na terça-feira (21).

Pedro Barusco fechou delação premiada com o MPF (Ministério Público Federal) em 2014 e não chegou a ser preso. As revelações do executivo foram feitas entre novembro e dezembro de 2014 à força-tarefa da Lava Jato e tornadas públicas em fevereiro de 2015.

No início de março deste ano, Barusco foi advertido por 'displicência' no uso da tornozeleira eletrônica. O sistema de monitoramento de ex-gerente da Petrobras, condenado na Lava Jato, ficou sem bateria por quatro vezes.

A defesa de Barusco argumentou que o delator estava 'ciente de seus deveres quanto ao cumprimento da pena.'

"Quanto às notificações registradas, que ele estava dormindo quando constatada a falta de bateria, alegando que o aparelho não vibra o suficiente para despertá-lo", alegou a defesa na ocasião.

Em manifestação, o Ministério Público Federal afirmou que é obrigatório 'carregar diariamente a tornozeleira eletrônica, tomando as cautelas necessárias para que a bateria não acabe durante o sono'.

A juíza federal substituta Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, apontou para 'displicência do apenado em violações por falta de bateria' e advertiu o ex-gerente da Petrobras.

Sentenças
O ex-gerente já foi condenado a 47 anos e 7 meses de prisão por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Como firmou delação premiada, Barusco cumpre as penas acordadas em sua colaboração.

O acordo de colaboração do ex-gerente prevê, que, após o trânsito em julgado das sentenças condenatórias que somem o montante mínimo de 15 anos de prisão, os demais processos contra Barusco ficam suspensos.

Em março de 2016, Barusco começou a cumprir sua pena de regime aberto diferenciado perante a 12ª Vara Federal de Curitiba, sob tutela do juiz federal Danilo Pereira Júnior.

Foram impostas quatro medidas ao delator - recolhimento domiciliar nos finais de semana e nos dias úteis, das 20 às 6 horas, com tornozeleira eletrônica, pelo período de dois anos; prestação de serviços comunitários à entidade pública ou assistencial de 30 horas mensais pelo período de dois anos, apresentação bimestral de relatórios de atividades; após os dois anos iniciais, remanescerá, pelo restante da pena, somente a obrigatoriedade de apresentação de relatórios de atividades periódicos a cada seis meses; e proibição de viagens internacionais, pelo período de dois anos, salvo autorização judicial.

Conservadores ganham eleição regional em Saarland e impulsionam campanha de Merkel

Posted: 26 Mar 2017 11:12 AM PDT

Por Paul Carrel e Hakan Ersen

BERLIM/SAARBRUECKEN (Reuters) - Os conservadores ganharam no domingo uma eleição regional no Estado de Saarland, no oeste da Alemanha, causando um revés aos seus rivais social-democratas e aumentando as perspectivas de a chanceler Angela Merkel possa ganhar um quarto mandato nas eleições nacionais de 24 de setembro.

Os democratas-cristãos de Merkel (CDU) reforçaram sua posição como o maior partido do Estado apesar das expectativas antes da votação que os social-democratas (SPD) seriam impulsionados por seu novo líder nacional, Martin Schulz.

A CDU ganhou 40,1 por cento dos votos, contra 35,2 por cento nas últimas eleições no Saarland em 2012, mostrou uma pesquisa de boca de urna emissora ARD. O SPD caiu para 30,1 por cento, abaixo de 30,6 por cento.

A eleição carrega significado por ser a primeira de três eleições regionais antes do voto federal de 24 de setembro e, como tal, ofereceu uma oportunidade para os partidos construírem - ou perderem - impulso em sua busca para prevalecer a nível nacional.

Como a Alemanha federal, Saarland é atualmente governada por uma 'grande coalizão' de conservadores de Merkel e o Partido Social Democrata (SPD).

"O povo decidiu pela estabilidade e confiabilidade", disse o secretário-geral da CDU, Peter Tauber.

Veja como foram os protestos no Rio, Brasília e interior de São Paulo

Posted: 26 Mar 2017 11:04 AM PDT

Protesto no Rio de Janeiro Alessandro Buzas/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo

As manifestações contra o aumento do fundo partidário, contra a proposta de listas fechadas nas eleições, contra a corrupção, pelo fim do foro privilegiado e de apoio às investigações da Lava Jato foram convocadas em 80 cidades brasileiras e na capital portuguesa, Lisboa para este domingo (26). Acompanhe os protestos do MBL (Movimento Brasil Livre) pelo Brasil:

Interior de São Paulo
As cidades paulistas levaram milhares de pessoas foram às ruas. Em Jundiaí, 700 pessoas, segundo a Polícia Militar se concentraram na Avenida 9 de Julho e seguiram em passeata em direção a um shopping. O grupo levava bandeiras do Brasil e muitos vestiam verde e amarelo. O Movimento Brasil Livre (MBL), organizador do protesto, estimou o público em 1,5 mil pessoas. Locutores do carro de som pediam também o fim dos super salários e do financiamento público das campanhas eleitorais.

A mesma pauta foi apresentada durante manifestação em Araçatuba, noroeste paulista, também organizada pelo MBL. O evento reuniu 200 pessoas, segundo a Polícia Militar, número confirmado pelos organizadores. "Queremos um Brasil livre da corrupção!", dizia a faixa estendida pelos manifestantes em Votuporanga, oeste paulista. O grupo com 500 pessoas, segundo a Polícia Militar - mesmo número estimado pela organização - se reuniu na Concha Acústica. Não houve incidentes.

Em São José do Rio Preto, a manifestação organizada pelo Movimento Cidadania Brasil (MCB) aconteceu em frente ao Mercadão Municipal. "Temos que impedir o esvaziamento da Lava Jato, pois seria prejudicial ao país, mas não adianta os processos chegarem ao Supremo (Tribunal Federal) e não andarem por causa do foro privilegiado", disse Manoel Torres, membro do MCB. A Polícia Militar calculou o público em 500 pessoas - os organizadores estimaram em mil.

Brasília
Apenas 630 pessoas compareçam neste domingo (26) à Esplanada dos Ministérios para a manifestação organizada pelo Movimento Vem Pra Rua. Foi um fiasco, se tomada por base a expectativa dos organizadores, que pediram à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal um efetivo capaz de atender a 100 mil pessoas.

O volume de manifestantes era praticamente o mesmo do efetivo deslocado para fazer a segurança durante a manifestação. Cerca de 600 profissionais foram escalados para o evento, sendo a maior parte deles vinculada à segurança pública.

No carro de som, para os poucos se dispuseram a encarar o sol forte na Esplanada, os organizadores protestavam em defesa da Operação Lava Jato e criticavam a aprovação do novo projeto de terceirização. O fim do foro privilegiado de parlamentares e dos votos em lista fechada também eram lembrados aos gritos durante o protesto.

No gramando, envolta do "pixuleco", boneco usado para fazer referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um grupo de jovens preferiu se entreter com um jogo de "frisbee", lançando discos de plástico ao redor do boneco inflável. Muitos pedalavam pela Esplanada, passeio comum durante os fins de semana em Brasília.

Em frente ao Congresso, os manifestantes exibiram imagens de lápides de isopor com fotos de diversos políticos, entre eles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do presidente do Senado, Eunício Oliveira.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que a manifestação ocorreu de forma pacífica. Os dois sentidos do Eixo Monumental, onde ficam os ministérios, estiveram fechados para veículos entre 23h de sábado e 12h40 deste domingo.

A destinação de 600 agentes de segurança, segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF, "foi definida de acordo com a estimativa de público dada pelos organizadores à SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal), em torno de 100 mil pessoas".

Duas linhas de revistas pessoais foram feitas pela Polícia Militar - uma na altura da Catedral e outra no gramado em frente ao Congresso Nacional. Nenhum material ilícito ou inapropriado para o evento foi encontrado pelos policiais militares. "O procedimento geralmente é adotado em manifestações populares e grandes eventos para evitar a presença de objetos que possam oferecer riscos à integridade física dos próprios participantes e aos patrimônios públicos e particulares", declarou a SSP.

Rio de Janeiro
O protesto na capital carioca começou mais cedo do que na maioria das cidades, por volta das 11h, e durou cerca de duas horas. Organizado pelo MBL, a manifestação aconteceu na Avenida Atlântica, em Copacabana zona sul do Rio de Janeiro. Mais de 150 mil pessoas confirmaram presença no Facebook. A organização falou em expectativa de 20 mil a 30 mil participantes, mas a manhã de sol frustrou a organização.

A previsão era concentrar as 10h e prosseguir até 14h. Na prática, o protesto durou de 11h às 13h, quando foram encerradas as falas em cima dos carros de som. Policiais militares que faziam a segurança se negaram a estimar o tamanho da manifestação.

O MBL distribuiu cinco carros de som ao longo de cinco quadras da Avenida Atlântica. A maioria dos participantes se concentrou em torno dos carros de som, principalmente, em frente ao hotel Othon Palace. Entre um carro e outro era possível encontrar cariocas passeando pela orla, como acontece todos os domingos nas praias do Rio. Alguns deles vestiam roupas nas cores verde e amarela, demonstrando apoio ao movimento. E vários, camisas com imagem do rosto do deputado federal Jair Bolsonaro.

"Acabou o caô. Sérgio Moro chegou", "Congresso inimigo do Brasil. Moro, herói nacional" e "Fora Pezão. Fora PMDB" foram algumas das palavras de ordem ditas pelos organizadores, seguidas de aplausos. Teve também a bandeira verde amarela que percorreu as manifestações do MBL durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e pedidos de prisão do ex-presidente Lula, para que não seja candidato em 2018.

"Tivemos grande vitória com a saída. Mas o vírus esquerdopata está vivo", afirmou a empresária Elisa Sandronni, que também protestou contra a reforma da Previdência.

Líder francesa de extrema-direita Le Pen diz que pessoas já não querem a União Europeia

Posted: 26 Mar 2017 07:37 AM PDT

LILLE (Reuters) - A União Europeia vai morrer porque as pessoas não a querem mais, disse a líder francesa de extrema-direita Marine Le Pen, numa comício no domingo, dizendo que o bloco será substituído por uma "Europa do povo".

"A União Européia vai morrer porque as pessoas não querem mais isso", disse Le Pen.

"Vamos mudar para outra Europa, a ideia europeia prejudicada pelos federalistas vai se revitalizar, revigorar-se na Europa do povo e ...das nações".

Manifestantes tiram fotos com boneco Lula de presidiário no Rio de Janeiro

Posted: 26 Mar 2017 07:25 AM PDT

Brasil terá manifestações em várias cidades neste domingo (26) Alessandro Buzas/ 26.03.2017/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

No Rio de Janeiro, manifestantes se aglomeram na Avenida Atlântica, em Copacabana, zona sul, desde as 10h deste domingo (26), para participar de passeata em apoio à Operação Lava Jato. Enquanto não inicia a caminhada, muitos aproveitam para tirar fotos em seus celulares com o boneco do ex- presidente Lula vestido de presidiário, de cerca de 5 metros, ao fundo.

O protesto é organizado por oito movimentos, os mesmos que foram as ruas pedir o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, como o Movimento Brasil Livre. Além de reivindicarem a prisão de políticos petistas, eles pedem o fim do foro privilegiado a autoridades eleitas e a continuidade das investigações da Polícia Federal.

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As cores verde e amarela predominam nas roupas e a extensa bandeira nas mesmas cores, que marcou as manifestações desses grupos durante o processo de impeachment, foi estendida mais uma vez neste domingo. Muitos ainda vestem camisa com a imagem do deputado federal Jair Bolsonaro e a frase "Bolsonaro Presidente".

A expectativa da organização é que 30 mil pessoas venham para a Avenida Atlântica na manhã e início de tarde deste domingo de forte sol para participar do protesto. No Facebook, 160 mil confirmaram presença.

A professora aposentada Ana Maria Saraiva diz que cenário do País está complicado. 

— A situação do País angustia a gente. Temos vergonha dos congressistas.

Ela participa ao lado de um grupo de amigas que também são professoras aposentadas, algumas trabalharam em escolas do Estado do Rio e estão recebendo aposentadoria com atraso.

Hong Kong escolhe novo líder apoiado por Pequim em meio à tensão política

Posted: 26 Mar 2017 07:17 AM PDT

Por James Pomfret e Venus Wu

HONG KONG (Reuters) - A funcionária pública apoiada por Pequim Carrie Lam foi escolhida para ser a próxima líder de Hong Kong neste domingo, em meio à acusações de que Pequim está se intrometendo e negando ao centro financeiro um líder mais populista, talvez mais capaz de neutralizar a tensão política.

A maioria da cidade de 7,3 milhões de pessoas comandada pela China não tem poder de escolher seu líder, que é escolhido entre diversos candidatos por um "comitê eleitoral" de 1.200 pessoas recheado de figuras pró-Pequim e pró-establishment.

Lam, que se tornará a primeira chefe executiva mulher quando assumir o cargo em 1o de julho, recebeu 777 votos ante 365 de seu rival mais próximo, o ex-secretário financeiro John Tsang, cujas pesquisas mostram ser mais popular.

"Minha prioridade será curar a divisão e melhorar a frustração, unir nossa sociedade para seguir adiante", disse ela em seu discurso de vitória.

Lam também se comprometeu a cumprir as promessas eleitorais, incluindo a introdução de um imposto sobre o lucro com duas faixas, a redução do imposto para estimular a pesquisa e o desenvolvimento, o combate ao alto custo da habitação com um aumento da oferta de terra e aumento dos gastos com educação.

Ela também prometeu defender o Estado de Direito e a liberdade de expressão como parte integrante da prosperidade subjacente.

Algumas confrontos estouraram do lado de fora do centro de votação entre manifestantes e a polícia, que usou barricadas para manter os manifestantes afastados.

Os ativistas denunciaram a "interferência" de Pequim em meio a relatos generalizados de lobby de eleitores para apoiar Lam, em vez de Tsang.

Muitos, incluindo os democratas da oposição, temem que Lam se apegue às duras políticas de Leung Chun-ying, o incumbente pró-Pequim, que ordenou o uso de gás lacrimogêneo contra manifestantes pró-democracia em 2014 e que não foi visto defendendo a autonomia de Hong Kong e seus valores fundamentais."

BRF diz que continua exportando algumas carnes para a Arábia Saudita

Posted: 26 Mar 2017 06:55 AM PDT

DUBAI (Reuters) - A brasileira BRF disse que está mantendo algumas exportações para a Arábia Saudita, depois que o reino restringiu as importações brasileiras de carne bovina e de aves, após acusações de que um esquema de corrupção no Brasil permitiu a venda de carnes podres e com salmonela.

A Autoridade de Alimentos e Drogas da Arábia Saudita disse na quarta-feira que proibiu as importações de quatro empresas, incluindo a BRF, citando preocupações sanitárias.

Mas uma porta-voz da BRF disse à Reuters no fim de semana que apenas uma de suas plantas estava coberta pela ordem, sem especificar o volume de exportações afetadas.

"Todas as outras fábricas, incluindo as plantas que exportam para a Arábia Saudita, permanecem funcionais", disse a empresa em comunicado.

As autoridades sauditas não puderam ser contatadas para comentários.

Polícia russa detém líder da oposição e dezenas de manifestantes

Posted: 26 Mar 2017 06:26 AM PDT

Por Denis Pinchuk e Natalia Shurmina

MOSCOU/YEKATERINBURG (Reuters) - A polícia deteve dezenas de manifestantes em toda a Rússia no domingo, incluindo o líder da oposição, Alexei Navalny, depois que milhares saíram às ruas para protestar contra a corrupção e exigir a demissão do primeiro-ministro, Dmitry Medvedev.

Os protestos, considerados os maiores desde uma onda de manifestações anti-Kremlin em 2011/2012, acontecem um ano antes da eleição presidencial que deve ter Vladimir Putin disputando um quarto mandato.

Pesquisas de opinião sugerem que a oposição liberal, que Navalny representa, tem poucas chances de ter um candidato capaz de destituir Putin, que goza de alta popularidade. Mas Navalny e seus partidários esperam canalizar o descontentamento público com a corrupção estatal para atrair mais apoio.

Um repórter da Reuters viu a polícia prender Navalny, que espera concorrer contra Putin, enquanto caminhava pela rua Tverskaya, no centro de Moscou, ao lado de partidários, como parte de uma manifestação não autorizado.

A polícia colocou Navalny em um caminhão ao redor do qual centenas de manifestantes se aglomeraram, tentando abrir suas portas.

"Estou feliz que tantas pessoas saíram (às ruas) do leste (do país) para Moscou", disse Navalny, momentos antes de ser detido. Outros repórteres da Reuters no comício de Moscou viram pelo menos outras 100 detenções, enquanto um helicóptero da polícia sobrevoava o local.

O Kremlin disse na sexta-feira que as manifestações programas para o centro de Moscou, que as autoridades da cidade haviam rejeitado, eram uma provocação ilegal.

Temer libera mais emenda à base aliada do que Dilma

Posted: 26 Mar 2017 04:42 AM PDT

Temer assumiu a presidência em maio de 2016 Beto Barata/20.03.2017/PR

O presidente Michel Temer liberou mais recursos para emendas parlamentares, em sete meses à frente do Palácio do Planalto, no ano passado, do que a presidente cassada Dilma Rousseff durante todo o ano de 2015. De 13 de maio a 31 de dezembro de 2016, o peemedebista destinou R$ 5,8 bilhões em verbas para deputados e senadores — montante mais de R$ 2 bilhões superior ao empenhado pela petista no ano anterior: R$ 3,4 bilhões.

Consideradas uma das principais "moedas de troca" na relação entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional, as emendas costumam ser usadas para pressionar os parlamentares a votar de acordo com os interesses do governo.

Para tentar impedir o avanço do processo de impeachment aberto no Congresso, Dilma empenhou, por exemplo, mais de R$ 1,4 bilhão em emendas nos primeiros meses de 2016, a maior parte desse valor em maio, às vésperas da votação no Senado que aprovou o seu afastamento temporário do cargo. Assim que assumiu o governo, em 12 de maio do ano passado, Temer também foi generoso com seus aliados e liberou cerca de R$ 2,4 bilhões em emendas somente naquele mês.

O sucesso de Temer em aprovar medidas no Congresso pode ser creditado, em parte, a esse volume de recursos liberado. Presidente da Câmara por três vezes, o peemedebista sabe da importância de não descuidar dos interesses da base.

Neste ano, com dificuldades em convencer os deputados aliados a votar a favor da reforma da Previdência, Temer decidiu antecipar o calendário e começou a liberar recursos de emendas na semana passada.

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A expectativa é de que cerca de R$ 800 milhões sejam destinados a obras e projetos dos parlamentares neste primeiro momento. Até o dia 20 de março, R$ 480 milhões já haviam sido liberados dos chamados restos a pagar, recursos que haviam sido empenhados em anos anteriores, mas ainda não haviam sido efetivamente repassados a deputados e senadores.

Imposição

Nos anos em que Dilma esteve na Presidência, entre 2011 e 2016, a não liberação de emendas era uma reclamação constante na base aliada.

Em resposta à falta de recursos, o Congresso aprovou, em 2015, a chamada PEC do Orçamento Impositivo, para impedir o governo de congelar desembolsos. Pela nova regra, o Palácio do Planalto fica obrigado a pagar as emendas individuais de deputados e senadores. O valor, porém, pode ser congelado caso haja um contingenciamento no Orçamento.

Ex-ministro de Dilma, o petista Ricardo Berzoini afirma que a dificuldade de liberar dinheiro para os parlamentares em 2015 aconteceu por causa do ajuste fiscal imposto pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy. Após a chegada de Nelson Barbosa à pasta, conta, o governo tentou acelerar os pagamentos para atender à base.