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quinta-feira, 2 de março de 2017

#Brasil

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Aloysio defende política externa atual e aproximação entre Mercosul e Aliança do Pacífico

Posted: 02 Mar 2017 04:12 PM PST

Aloysio afirmou que quer dar "uma nova vida" ao Mercosul Waldemir Barreto/Agência Senado

Em mensagem de vídeo publicada nas redes sociais, o novo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), sinalizou que deve manter a política externa do seu antecessor, José Serra (PSDB), e disse que quer aproximar o Mercosul dos países que formam a Aliança do Pacífico, que são México, Colômbia, Peru, Chile e Costa Rica.

"Eu aceito o cargo consciente da responsabilidade e também das oportunidades que uma boa política externa, como essa que vem sendo praticada pelo governo Temer, pode trazer para o Brasil", afirmou o tucano.

"E a política externa, nesse momento em que o Brasil começa a sair de uma crise profunda, pode dar uma grande contribuição, especialmente na área econômica, no comércio internacional e em investimentos", acrescentou.

No vídeo, Aloysio afirmou que quer dar "uma nova vida" ao Mercosul, citando uma aproximação com os países da Aliança do Pacífico e o acordo em negociação com a União Europeia, que, segundo ele, "é uma nova oportunidade de inserção mais competitiva do Brasil".

O novo ministro disse ainda que o Brasil é um País que tem "grande influência na política internacional" e que vai se guiar pelas diretrizes da política externa brasileira previstas na Constituição, como a defesa da paz, da justiça, do meio ambiente e dos direitos humanos.

Gaeco de Ribeirão Preto recebe reforço para investigar ex-prefeita

Posted: 02 Mar 2017 03:15 PM PST

Zacarias Pagnanelli e Rodrigo Pagliani com a equipe do Gaeco R7

O Núcleo de Ribeirão Preto do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (GAECO) está com reforços para apurações da Operação Sevandija, que apura o maior esquema de corrupção da cidade do interior paulista, um desvio no total de R$ 203 milhões nos cofres públicos.

Dedicados às funções investigativas, os promotores de Justiça Frederico Francis Mellone de Camargo e Walter Manoel Alcausa Lopes, titulares respectivamente da 3ª Promotoria de Justiça de Monte Alto e da 3ª Promotoria de Justiça de Matão, das quais permanecerão afastados, foram designados para integrar o GAECO de Ribeirão Preto no início de fevereiro, ao lado do 4º Promotor de Justiça de Bebedouro, Leonardo Leonel Romanelli, que continua também com exclusividade no Núcleo.

A ação penal movida contra a ex-prefeita, Darcy da Silva Vera, perante o Tribunal de Justiça de São Paulo, será investigada pelo GAECO. Com o fim de seu mandato, está encerrado o foro privilegiado a qual os chefes do executivo têm direito. A ex-prefeita deverá passar a ser processada pelo órgão, perante a 4ª Vara Criminal de Ribeirão.

O diretor nacional institucional da Record TV, Zacarias Pagnanelli e o jornalista e apresentador do Balanço Geral SP Interior, Rodrigo Pagliani, estiveram em visita institucional no GAECO, na tarde desta quinta-feira (02).

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Chegam a Curitiba os acusados de serem operadores do PMDB

Posted: 02 Mar 2017 02:15 PM PST

Jorge e Bruno são suspeitos de terem distribuído pelo menos US$ 40 milhões em propina Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo

Chegaram por volta de 17h30 em Curitiba, Jorge Luz e seu filho Bruno, apontados como operadores de propinas do PMDB. Presos em Miami na sexta-feira, 24, eles foram transferidos para Brasília no sábado (25).

Passaram os últimos dias na superintendência da Polícia Federal no DF porque o preço das passagens no carnaval estava muito alto.

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Por isso, foram deslocados a Curitiba somente nesta quinta (2). Jorge e Bruno Luz foram presos por ordem do juiz federal Sérgio Moro.

Eles estão sob suspeita de terem distribuído pelo menos US$ 40 milhões em propinas a ex-dirigentes da Petrobras e a senadores do PMDB - o partido nega recebimento de recursos ilícitos.

TSE intima PSDB a prestar esclarecimento sobre doação da Andrade Gutierrez

Posted: 02 Mar 2017 01:53 PM PST

Em dezembro de 2016, advogados de Dilma pediram que doações da empreiteira a Aécio fossem investigadas Orlando Brito/Divulgação

O PSDB foi intimado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a prestar esclarecimentos sobre as doações feitas pela Andrade Gutierrez à campanha do senador Aécio Neves (MG) para a Presidência da República em 2014.

Advogados de Dilma Rousseff (PT) protocolaram em dezembro do ano passado uma petição na corte eleitoral pedindo que fossem investigadas as doações feitas pela empreiteira à campanha do tucano.

Na petição, a defesa da ex-presidente destaca um depoimento dado por Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira, no âmbito da ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014.

Em um segundo depoimento prestado em novembro, Azevedo negou que a campanha à reeleição de Dilma recebeu da empreiteira dinheiro de propina.

Confrontado com documentos que contradiziam o seu depoimento anterior, o executivo apresentou uma nova versão dos fatos e afirmou que a contribuição de R$ 1 milhão feita ao diretório do PMDB foi voluntária, sem nenhuma origem irregular.

Nesse mesmo depoimento, Azevedo afirmou que, ao contrário do que havia dito antes, doou para a campanha de Aécio em 2014 R$ 19 milhões, e não R$ 12,6 milhões, como havia sido registrado antes.

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Para o PT, a correção de Azevedo configura um "fato de extrema gravidade que pode, em tese, determinar que as contas de Aécio sejam julgadas irregulares", caso se comprove que o PSDB não declarou a totalidade dos valores recebidos da empreiteira.

Defesa

O PSDB negou nesta quinta-feira (2) que haja contradição nos depoimentos prestados pelo ex-presidente da Andrade Gutierrez, no que diz respeito às doações eleitorais feitas à campanha do senador Aécio Neves à Presidência da República em 2014.

— O PT atua mais uma vez de má-fé para confundir a opinião pública. Não existe qualquer contradição nos depoimentos prestados pelo empresário Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, em relação às doações da empresa feitas à campanha eleitoral do PSDB em 2014. 

O PSDB enviou os recibos eleitorais referentes aos valores doados pela Andrade Gutierrez ao comitê financeiro nacional.

—Conforme declarado junto ao TSE, a doação integral da empresa ao Comitê Financeiro Nacional do PSDB foi de R$ 19 milhões. Desse total, R$ 12,7 milhões foram transferidos pelo comitê para a conta de campanha do candidato. O restante foi transferido para outros candidatos, partidos e comitês regionais dentro da estrutura da campanha nacional.

Além disso, o partido afirmou que pedirá a condenação do PT. 

— Na resposta a ser apresentada ao TSE, o PSDB pedirá a condenação do PT por litigância de má-fé, em razão da apresentação de argumentos evidentemente contrários à verdade dos fatos, bem como por fazer uso de processo para fins exclusivamente políticos. 

Deputados emendam feriado e apenas sete aparecem na Câmara

Posted: 02 Mar 2017 01:51 PM PST

Câmara dos Deputados tem 513 parlamentares José Cruz

Parlamentares decidiram emendar o feriado de carnaval e devem retornar ao trabalho somente na próxima semana. Nesta quinta-feira (2) apenas sete dos 513 deputados marcaram presença na Câmara.

Ao todo, os parlamentares irão ficar 12 dias de folga. A última sessão deliberativa da Câmara aconteceu na quarta-feira da semana passada. A próxima deverá ocorrer na segunda-feira (6). Na quarta-feira (22), alguns deputados marcaram presença no plenário e seguiram direto para o aeroporto. Não houve votação naquele dia por falta de quórum.

Os deputados que estiveram na Câmara nesta quinta apareceram por motivos particulares. A líder do PSB, Thereza Cristina (MS), tinha uma reunião em um ministério. O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RJ) disse que, como mora em Brasília, decidiu vir despachar do gabinete e fazer algumas conversas com técnicos da Casa sobre a reforma da Previdência.

Além dos dois, também estiveram na Câmara dois deputados do Distrito Federal, Augusto Carvalho (SD-DF) e Izalci Lucas (PSDB-DF). De outros Estados, passaram pela Casa os deputados Pedro Chaves (PMDB-GO), Geraldo Resende (PSDB-MS) e Expedido Netto (PSD-RO).

Maia passou o dia em Brasília, mas não despachou do gabinete da presidência da Câmara nesta quinta.

Exportação de petróleo do Brasil bate recorde em fevereiro pelo 2o mês seguido

Posted: 02 Mar 2017 12:16 PM PST

RIO DE JANEIRO (Reuters) - As exportações de petróleo do Brasil bateram recorde histórico em fevereiro pelo segundo mês consecutivo, com volume quase duas vezes maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado, devido ao impulso do forte crescimento da produção da commodity nas áreas do pré-sal, apontou governo nesta quinta-feira.

No segundo mês do ano, as vendas externas de petróleo do país somaram 6,23 milhões de toneladas, alta de 94 por cento ante fevereiro de 2016 e avanço de 12 por cento em relação a janeiro deste ano, mostraram dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

O forte crescimento pode ser explicado pela evolução da produção nas áreas do pré-sal.

Segundo os últimos dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção de petróleo do Brasil somou em janeiro 2,687 milhões de barris por dia (bpd), alta de 14,2 por cento ante um ano antes, sendo que do total produzido, 47 por cento saiu do pré-sal, ante 35 por cento em janeiro de 2016.

A receita do Brasil com as exportações de petróleo em fevereiro, por sua vez, quadruplicou em relação ao mesmo mês de 2016 e avançou 17 por cento ante janeiro, para 2,073 bilhões de dólares, com a recuperação dos preços do barril de petróleo e também devido a melhoria da qualidade da commodity produzida no Brasil.

Em entrevista à Reuters por e-mail no mês passado, o gerente-executivo de Logística de Refino e Gás Natural da Petrobras, Cláudio Mastella, destacou que o petróleo do pré-sal costuma ter um maior valor comercial.

O petróleo do pré-sal, mais leve do que a média histórica brasileira, proporciona maior rendimento de derivados de maior valor agregado, como gasolina, diesel e querosene de aviação.

Além da Petrobras, estão entre os principais produtores no pré-sal a Shell --que após a aquisição da BG passou a responder por 10 por cento da extração nacional de petróleo--, a Petrogal, da Galp, e a sino-espanhola Repsol Sinopec.

As companhias estão agora competindo mais agressivamente para ganhar participação de mercado na Costa Leste dos EUA, assim como em países como China, Índia, Malásia, Cingapura e Espanha, de acordo com dados da Reuters Trade Flows.

Os novos tipos de petróleo do Brasil também tomaram o lugar de alguns petróleos médios africanos em mercados como o Peru, Uruguai e Chile, de acordo com os dados.

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(Por Marta Nogueira)

Airton Sandoval (PMDB) assume vaga de Aloysio no Senado

Posted: 02 Mar 2017 11:56 AM PST

Aloysio Nunes passa de senador para Ministro das Relações Exteriores Antonio Cruz/ABr

Com a escolha do tucano Aloysio Nunes Ferreira para ocupar a vaga de José Serra no Ministério das Relações Exteriores, a vaga de senador por São Paulo será ocupada pelo ex-deputado peemedebista Airton Sandoval. Último remanescente do "quercismo" no Estado, ele está aposentado e vive hoje em Franca, no interior paulista.

Seu último cargo público foi chefe de gabinete do ex-prefeito da cidade, Alexandre Ferreira (PSDB), que encerrou o mandato em dezembro do ano passado.

— Ninguém ainda me procurou para tratar do assunto, mas a expectativa em Franca é muito grande. 

Peemedebista histórico, ele tornou-se suplente de Aloysio Nunes em 2010 após o ex-governador Orestes Quércia deixar a disputa pelo Senado para tratar de um câncer. Por um acordo costurado na época, o PSDB abdicou da suplência em indicou o aliado de Quércia para a vaga.

Em troca da escolha de Sandoval, que então comandava a máquina estadual do PMDB, os tucanos "herdaram" o tempo de TV do partido, que era de cinco minutos.

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— Depois de 2010 houve uma mudança grande no PMDB. Poucas pessoas ligadas ao Quércia ficaram no diretório. Eu fui uma delas. 

Sandoval lembra, ainda, que atuava como "moderador" na disputa entre o então deputado Michel Temer e Orestes Quércia pelo comando do PMDB em São Paulo. Sobre sua atuação no Congresso, o substituto de Aloysio Nunes diz que pretende levantar as bandeira do parlamentarismo e do municipalismo, além de apoiar "integralmente" as reformas propostas pelo governo federal.

— As reformas são importantes. Em 1988, na Constituinte, faltou coragem para mudar a Previdência.

Com a mudança, o PMDB amplia sua força no Senado e chega a 22 senadores. Já o PSDB perde uma vaga e fica com 10 senadores.

Brasil tem melhor superávit comercial para fevereiro, de US$4,56 bi, diz Ministério

Posted: 02 Mar 2017 11:06 AM PST

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil registrou superávit comercial de 4,56 bilhões de dólares em fevereiro, melhor resultado histórico para o mês, em mais um desempenho decorrente do aumento das exportações superior ao observado nas importações. O resultado foi melhor que a estimativa de um saldo positivo em 3,27 bilhões de dólares, segundo pesquisa Reuters. Em fevereiro, as exportações tiveram alta de 22,4 por cento ante igual mês de 2016, pela média diária, a 15,472 bilhões de dólares, divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira. Já as importações cresceram 11,8 por cento ante fevereiro do ano passado, também pela média diária, a 10,912 bilhões de dólares.

No acumulado do ano, o saldo comercial do Brasil chegou de 7,285 bilhões de dólares, acima dos 3,958 bilhões de dólares observados no primeiro bimestre de 2016.

As exportações em janeiro e fevereiro somaram 30,383 bilhões de dólares, crescimento de 20,5 por cento, pela média diária, ante o mesmo período do ano passado, enquanto as importações subiram 9,2 por cento no bimestre, para 23,099 bilhões de dólares.

O movimento dos primeiros meses de 2017 destoa daquele verificado nos dois últimos anos, quando o superávit na balança comercial se deu pela queda maior nas importações que nas exportações, em meio à recessão econômica. Desta vez, o valor mais alto das commodities, que exercem importante peso na pauta de trocas comerciais, vem ajudando o país.

Para 2017, o MDIC projeta um superávit semelhante ao de 2016, da ordem de 47,7 bilhões de dólares, mas com aumento de exportações e importações na esteira da recuperação da economia. [nL1N1ES0J2]

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CATEGORIAS

Em fevereiro, as exportações foram puxadas pelo desempenho dos produtos básicos, cuja alta foi de 48,3 por cento ante o mesmo mês do ano passado.

As exportações de manufaturados e semimanufaturados tiveram aumento mais modesto, de 5,7 por cento e 2 por cento, respectivamente, na mesma base de comparação.

No lado das importações, em fevereiro, houve forte crescimento na compra de combustíveis e lubrificantes, com alta de 34,9 por cento na comparação com fevereiro do ano anterior, e e 16,3 por cento em bens intermediários.

Já as compras de bens de capital --um termômetro para o investimento-- e de bens de consumo recuaram 9,8 por cento e 4,4 por cento, respectivamente.

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(Por Cesar Raizer)

Temer escolhe Aloysio Nunes Ferreira para o Itamaraty

Posted: 02 Mar 2017 10:32 AM PST

Temer escolhe Aloysio Nunes Ferreira para o Itamaraty Pedro França/17.02.2014/Agência Senado

O presidente Michel Temer escolheu nesta quinta-feira (2) o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do governo no Senado, para ocupar a vaga deixada por José Serra no Ministério das Relações Exteriores. 

A posse de Aloysio Nunes Ferreira (SP) será na terça-feira (7) às 15h30. Na data, Osmar Serraglio também será empossado ministro da Justiça. No Senado, o primeiro suplente de Aloysio é Airton Sandoval Santana, que já foi deputado federal por quatro mandatos e suplente. 

O anúncio oficial foi feito pelo porta-voz da Presidência, Alexandre Parola. 

— Homem público de larga experiência política, seja no Legislativo, seja no Executivo, o senador Aloysio Nunes Ferreira, tem uma longa trajetória de engajamento nas causas da diplomacia brasileira e na agenda internacional do Brasil. Seu período como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal é um exemplo claro do elevado valor e das importantes contribuições que o senador Aloysio Nunes Ferreira traz para a promoção e da defesa dos interesses da nossa política externa. 

Mais cedo, nesta quinta, o senador teve uma reunião com o presidente Temer. 

O PSDB — que tinha a vaga no Itamaraty até a saída de José Serra, na semana passada, por motivo de saúde — havia apresentado três nomes a Temer: Aloysio Nunes, o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, e o também senador Antonio Anastasia (MG).

Anastasia já teria informado ao partido que não tinha interesse na vaga e Amaral, apesar das ligações históricas com o PSDB (foi porta-voz de Fernando Henrique Cardoso na Presidência), é um nome técnico e não político.

Investigações

Aloysio foi candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014 e é citado em investigações derivadas da operação Lava Jato. Em fevereiro do ano passado, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), anexou novos fatos sobre o senador Aloysio e o ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em um inquérito mantido sob sigilo na Corte. O inquérito de Aloysio não faz parte da operação Lava Jato, mas tanto ele quanto o ex-ministro são investigados por supostos crimes eleitorais com base na delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, obtida no âmbito da Operação Lava Jato. Aloysio nega as acusações. 

Em 13 de fevereiro, o presidente Michel Temer disse que apenas ministros que virarem réus serão afastados do governo. Citados em delações e investigados, portanto, permanecem no governo. 

 

Receita prevê que autuações ligadas à Lava Jato cheguem a R$ 15 bi até fim do ano

Posted: 02 Mar 2017 10:14 AM PST

Material apreendido durante operação Lava Jato Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

A Receita Federal já cobrou R$ 10 bilhões até 2016 em fiscalizações ligadas à Operação Lava Jato. De acordo com o subsecretário de Fiscalização da Receita, Iágaro Martins, a estimativa é que esse número chegue a R$ 15 bilhões até o fim do ano.

Neste momento, o Fisco tem 77 auditores dedicados a analisar um imenso volume de dados da Lava Jato. A Receita desenvolveu um sistema específico para a operação, chamado de SisLava, que permite buscas em 3,5 milhões de páginas de documentos com 58 mil pessoas jurídicas e físicas citadas. 

— Conseguimos saber, por exemplo, todas as vezes em que um alvo é citado nas investigações e estabelecer redes de relacionamentos entre os citados.

Já foram instaurados 1.392 procedimentos fiscais no âmbito da operação, dos quais 850 ainda estão em andamento.

A maior parte desse valor refere-se a impostos não recolhidos, entre 2010 e 2014, por 28 empreiteiras acusadas de corrupção, acrescidos de juros e multas.

Brasil tem melhor superávit comercial para fevereiro, a US$4,56 bi, diz ministério

Posted: 02 Mar 2017 10:01 AM PST

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil teve superávit comercial de 4,56 bilhões de dólares em fevereiro, melhor resultado histórico para o mês, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira.

O desempenho foi melhor que a estimativa de um saldo positivo em 3,27 bilhões de dólares, segundo pesquisa Reuters. Enquanto as exportações chegaram a 15,472 bilhões de dólares, as importações somaram 10,912 bilhões de dólares no mês.

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(Por Cesar Raizer)

Produção de petróleo no Brasil recua após bater recorde em dezembro

Posted: 02 Mar 2017 09:49 AM PST

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produção de petróleo no Brasil em janeiro somou 2,687 milhões de barris por dia (bpd), um recuo de 1,6 por cento ante o recorde registrado em dezembro, após paradas para manutenção realizadas pela Petrobras na Bacia de Campos, apontaram dados da agência reguladora do setor de petróleo (ANP), nesta quinta-feira.

Em relação a janeiro de 2016, a produção de petróleo no primeiro mês deste ano cresceu 14,2 por cento, com impulso das áreas do pré-sal, que registrou novo recorde.

Da produção total de petróleo em janeiro, um volume de 1,276 milhão de bpd teve origem em 73 poços do pré-sal, operados pela Petrobras, em parceria com companhias privadas, como a anglo-holandesa Shell.

A produção total de gás natural do país, por sua vez, somou em janeiro 109,9 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), queda de 1,6 por cento ante o mês anterior e alta de 13,1 por cento em comparação com o mesmo mês de 2016. Do total, 49,5 milhões m3/d foram extraídos do pré-sal.

Somando petróleo e gás natural, o pré-sal em janeiro produziu 1,588 milhão de barris de óleo equivalente por dia, alta de 1,1 por cento em relação a dezembro.

Segundo a ANP, a produção média de petróleo da Petrobras, como concessionária, em janeiro, foi de aproximadamente 2,109 milhões de bpd, queda de 3 por cento ante dezembro.

Em comunicado no mês passado, a Petrobras informou que sua produção caiu em janeiro principalmente devido a realização de manutenção em áreas na Bacia de Campos.

Foram realizadas em janeiro, segundo a Petrobras, parada programada na plataforma P-40, no campo de Marlim Sul, e manutenção em um dos poços produtores interligados ao FPSO Cidade de Anchieta, no Parque das Baleias.

A Shell tornou-se no ano passado a segunda maior produtora do Brasil, perdendo apenas para a Petrobras, após a conclusão da compra da gigante britânica BG, em 15 de fevereiro de 2016. Em terceiro lugar está a Petrogal Brasil.

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(Por Marta Nogueira)

Receita recebe 150 mil declarações de IR nas três primeiras horas do prazo

Posted: 02 Mar 2017 09:41 AM PST

Receita recebe 150 mil declarações nas primeiras três horas do prazo Divulgação

A Receita Federal recebeu até as 11h desta quinta-feira (2) 150.797 declarações do ajuste anual do Imposto de Renda 2017, ano-base 2016. O prazo legal de entrega começou às 8h e vai até as 23h59 do 28 de abril.

Os contribuintes que perderem o prazo estão sujeitos a multa de 1% ao mês sobre o imposto devido. O valor mínimo da multa é R$ 165,74, e o valor máximo corresponde a 20% sobre o imposto devido.

Estão obrigados a declarar, contribuintes que receberam mais de R$ 28.559,70 (ou R$ 2.379,97 por mês) em rendimentos tributáveis. 

Mesmo se perderem a data, trabalhadores têm até 31 de julho para sacar valor das contas inativas do FGTS

Cabe ressaltar que os documentos entregues primeiro sem erros ou inconsistências têm o direito de receber a restituição mais rápido dentro de um dos sete lotes, sendo o primeiro em junho e o último em dezembro. Quem não faturou mais de R$ 28.559,70 no ano passado, mas pagou imposto também pode realizar a declaração, mas sem a obrigatoriedade.

Neste ano, a Receita Federal espera receber cerca de 28,3 milhões de declarações.

Documentos

Para realizar a declaração do Imposto de Renda, é necessário portar CPF, título de eleitor, comprovante de endereço e cartão do banco para informar o número da agência e da conta para restituição ou débito.


Outro documento importante para o preenchimento da declaração é o informe de rendimentos, que devem ser entregues pelos patrões e pelos bancos. O informe deveria ser entregue pelas empresas aos trabalhadores até o dia 27 de fevereiro.

Deduções

Para quem tiver deduções de educação a fazer, é preciso separar recibos e notas fiscais das despesas. Esses documentos são válidos tanto para os contribuintes quanto para seus dependentes. O valor máximo deduzido para os gastos é de R$ 2.275,08 por dependente. Pode ser considerada despesa com educação os gastos com escola, faculdade, pós-graduação e ensino técnico.

Receita pedirá e-mail e número de celular na declaração de IR deste ano

Em relação às despesas médicas e odontológicas, os recibos e as notas fiscais devem conter a razão social da empresa ou o nome completo do profissional, seu CNPJ ou CPF, o endereço do estabelecimento, o serviço realizado, assim como o nome completo do paciente e o valor. Isso é válido para consultas, internações, gastos com plano de saúde, exames e outras despesas com saúde, de modo geral.

Quem tem empregada doméstica com carteira assinada também pode fazer a dedução das contribuições previdenciárias. Para isso, precisa ter o carnê do INSS ou o comprovante online (para quem paga pela internet).

Aécio me pediu R$ 15 milhões, diz Marcelo Odebrecht

Posted: 02 Mar 2017 09:23 AM PST

Além destes R$ 15 milhões, o empreiteiro contou que se encontrou várias vezes com o tucano, e que Aécio sempre pediu dinheiro para campanhas José Cruz/8.dez.2012/ABr

Em seu depoimento de quatro horas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quarta-feira (1º), o delator e ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht relatou que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, teria lhe pedido R$ 15 milhões no final do primeiro turno da campanha eleitoral de 2014.

O delator depôs na Ação de Investigação Judicial Eleitoral aberta a pedido do PSDB contra a chapa Dilma-Temer. Ele disse que, inicialmente, negou o pedido do tucano afirmando que o valor era muito alto, mas que o senador teria sugerido como "alternativa" que os pagamentos fossem feitos aos seus aliados políticos.

Após ser preso na Lava Jato, contudo, Odebrecht disse ter sido informado que o aporte financeiro acabou não se concretizando. Ainda assim, segundo ele, teria ficado definido no encontro com Aécio que o repasse seria discutido entre Sérgio Neves, que era superintendente da empresa em Minas, e o empresário Oswaldo Borges da Costa, apontado como tesoureiro informal do tucano. Em seu relato, Odebrecht disse que só se recorda de doações oficiais Aécio.

Em nota, o PSDB afirma que "as doações feitas pela Odebrecht à campanha eleitoral encontram-se declaradas à Justiça Eleitoral". O partido se pronuncia ainda sobre o conteúdo do depoimento de Marcelo Odebrecht ao TSE. "Em nenhum momento Marcelo Odebrecht disse ter feito qualquer contribuição de caixa dois à campanha eleitoral em 2014, o que ficará demonstrado após o fim do sigilo imposto às declarações."

Marcelo Odebrecht disse que 4/5 de doações para chapa Dilma-Temer são de caixa 2

O valor bate com a planilha e a troca de mensagens de Odebrecht apreendidos pela Lava Jato e que mostram o repasse de R$ 15 milhões do departamento de propina da empreiteira ao apelido "mineirinho" que, segundo o delator Claudio Melo Filho, era uma referência a Aécio.

Odebrecht respondeu sobre o tucano quando questionado pela defesa da presidente cassada Dilma Rousseff — de acordo com os advogados, questionar doações para o PSDB fazia parte da estratégia da petista. À Justiça Eleitoral, a campanha do senador mineiro registra doações que somam R$ 3,9 milhões da Construtora Odebrecht e R$ 3,9 milhões da Braskem, petroquímica do grupo empresarial. Ao todo, o PSDB recebeu R$ 15 milhões da Odebrecht em doações eleitorais em 2014.

O delator, contudo, não se aprofundou mais sobre o assunto, pois o juiz auxiliar que estava conduzindo a audiência pediu a Marcelo que se limitasse ao objeto da Ação Judicial Eleitoral —-repasses para a chapa Dilma-Temer, que venceu as eleições de 2014.

Além destes R$ 15 milhões, o empreiteiro contou que se encontrou várias vezes com o tucano, e que Aécio sempre pediu dinheiro para campanhas. Em relação aos repasses para a campanha tucana em 2014, o delator disse que se lembrava mais especificamente de três ocasiões - uma doação para o PSDB na época da pré-campanha, uma de cerca de R$ 5 milhões durante a campanha, e o pedido no final do primeiro turno de R$ 15 milhões.

Na versão do empreiteiro, o contato da Odebrecht com Aécio para tratar da campanha era mais difuso do que com Dilma e feito com a base das empresas do grupo em Minas, Estado do senador.

'Mineirinho'

A versão de Marcelo Odebrecht coincide com documentação encontrada pela Lava Jato em Curitiba. No pedido de busca e apreensão da Polícia Federal na 26.ª fase da operação, a Xepa, "Mineirinho" é apontado como destinatário de R$ 15 milhões entre 7 de outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas, registradas nas planilhas da secretária Maria Lúcia Tavares, do Setor de Operações Estruturadas - conhecido como o "departamento de propina" da Odebrecht - teriam sido feitas em Belo Horizonte, capital de Minas.

Delúbio, Ronan e Quadrado são condenados a 5 anos de prisão na Lava Jato

A quantia foi solicitada em 30 de setembro de 2014, na véspera do primeiro turno, por Sérgio Neves, a Maria Lúcia, que fez delação e admitiu operar a "contabilidade paralela" da empresa a mando de seus superiores. O pedido foi intermediado por Fernando Migliaccio, ex-executivo da empreiteira que fazia o contato com Maria Lúcia e que foi preso na Suíça.

Defesa

Procurada nesta quinta-feira (2), a assessoria do tucano não havia emitido posição oficial sobre o caso até por volta das 13h. O espaço está aberto para manifestação de Aécio.

Delúbio, Ronan e Quadrado são condenados a 5 anos de prisão na Lava Jato

Posted: 02 Mar 2017 09:03 AM PST

Delúbio (foto) era tesoureiro do PT Celso Júnior/18.ago.2005/AE

O juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP), e o empresário Enivaldo Quadrado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro. Os três são acusados de lavagem de R$ 6 milhões de um empréstimo fraudulento feito junto ao Banco Schahin em favor do PT.

Foram absolvidos Oswaldo Rodrigues Vieira Filho, Marcos Valério Fernandes de Souza, Sandro Tordin e Breno Altman "da imputação de crime de lavagem de dinheiro por falta de prova suficiente para a condenação".

Ronan é dono do jornal Diário do Grande ABC. A Lava Jato suspeita que ele comprou a empresa com R$ 6 milhões que teria recebido via José Carlos Bumlai, pecuarista amigo do ex-presidente Lula que foi preso na Lava Jato, em 24 de novembro de 2015.

Bumlai tomou empréstimo supostamente fraudulento de R$ 12 milhões, do Banco Schahin, em outubro de 2004. Ele afirmou ao juiz Moro que o dinheiro foi destinado ao PT.

Ronan foi preso na Operação Carbono 14, desdobramento de número 27 da Lava Jato, em 1º de abril do ano passado. Em setembro, o empresário deixou a prisão - foi solto com tornozeleira eletrônica por determinação do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), que reformou ordem de prisão preventiva do juiz Sérgio Moro. Além da tornozeleira, o Tribunal impôs a Ronan o pagamento de fiança de R$ 1 milhão.

Justiça Eleitoral chama operadores da Odebrecht para depor em ação da chapa Dilma-Temer

Posted: 02 Mar 2017 07:30 AM PST

Nomes de executivos foram citados no depoimento de cerca de 4h do ex-presidente da Odebrecht e delator Marcelo Odebrecht Paulo Whitaker/Reuters

Os ex-executivos Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e Luiz Eduardo Soares, que atuavam no departamento de propinas da Odebrecht, também vão ser ouvidos na ação judicial eleitoral que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, eleita em 2014.

Os nomes dos dois foram citados no depoimento de cerca de 4 horas do ex-presidente da Odebrecht e delator Marcelo Odebrecht nesta quarta-feira (1º).

Com isso, serão sete delatores da empreiteira a serem ouvidos na AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), em curso no Tribunal Superior Eleitoral, aberta a pedido do PSDB contra a chapa Dilma/Temer.

A ação pode levar à perda de mandato do presidente Michel Temer (PMDB). Nesta quinta-feira, 2, serão ouvidos Benedicto Junior e Fernando Reis, e na próxima segunda-feira, 6, Cláudio Melo Filho e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.

De acordo com Marcelo Odebrecht, quando os ex-ministros da Fazenda de Dilma, Guido Mantega e Antonio Palocci, solicitavam recursos para a empreiteira, acertados previamente com ele, o pedido era encaminhado para Hilberto Mascarenhas, líder do departamento de propinas e responsável por operacionalizar os repasses.

Com essa e outras citações aos executivos, tanto a defesa de Dilma quanto a de Temer concordaram que os dois devem ser ouvidos também na ação. Ainda não há, contudo, data marcada para o depoimento de Hilberto e Soares.

Hilberto era o líder do Setor de Operações Estruturadas - nome oficial do departamento responsável pelos pagamentos ilícitos do Grupo Odebrecht. Era ele quem dava a ordem sobre a realização dos pagamentos, registrados na contabilidade paralela da empreiteira por meio de codinomes e apelidos para se referir a políticos e operadores responsáveis pelas transações que ocorriam tanto no Brasil quanto no exterior.

Tanto ele quanto Luiz Eduardo Soares já são investigados em primeira instância na Lava Jato em Curitiba e apontados como responsáveis por controlar também pagamentos da empreiteira do exterior via offshores.

Abaixo de Hilberto na hierarquia do setor, Luiz Eduardo Soares era responsável por receber pedidos de líderes empresariais e diretores de todos os braços da Odebrecht para operacionalização de pagamento de propina, vinculados à obtenção de obras públicas pela empreiteira, em contas no exterior.

Odebrecht confirmou o que Temer vem dizendo, afirma nota do Planalto

Posted: 02 Mar 2017 07:28 AM PST

Depoimento de Marcelo Odebrecht está repercutindo no Planalto Divulgação

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou nesta quinta-feira (2), por meio de nota, que o depoimento do empresário Marcelo Odebrecht ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou "aquilo que o presidente Michel Temer vem dizendo há meses". "Houve o jantar (entre Temer e o empresário), mas não falaram de valores durante o encontro e a empresa deu auxílio financeiro a campanhas do PMDB", diz o texto.

O comunicado ressalta ainda que o PMDB, partido do presidente, registrou o recebimento de R$ 11,3 milhões em doações da Odebrecht para campanhas de candidatos do partido e que o montante foi declarado regularmente ao TSE.

Ao tribunal, Marcelo Odebrecht confirmou ter se encontrado com Temer durante tratativas para a campanha eleitoral de 2014, mas negou ter acertado com o peemedebista um valor para a doação. Ele informou que não houve um pedido direto pelo então vice-presidente da República para a doação de R$ 10 milhões ao PMDB.

"Eu era o bobo da corte do governo", disse Marcelo Odebrecht em depoimento

Segundo relatos, Odebrecht afirmou que o valor já estava acertado anteriormente e que o encontro foi apenas protocolar. De acordo com o empresário, as tratativas para a doação foram feitas entre o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o executivo Cláudio Melo Filho.

Ao TSE, o ex-presidente da Odebrecht afirmou também que fez doações via caixa 2 para a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer na eleição presidencial de 2014. Segundo ele, 4/5 dos recursos doados pela empreiteira foram feitos via caixa 2. O Planalto não se pronunciou sobre esta declaração. Dilma negou a acusação, chamando-a de "mentirosa"

Agenda

Temer se reúne nesta quinta-feira com a advogada-geral da União, Grace Mendonça, conforme informou a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. A reunião começou às 10h40 desta quinta. Antes, a agenda do presidente previa apenas despachos internos.

Dilma Rousseff nega ter pedido ou recebido recursos de caixa dois da Odebrecht em campanhas presidenciais

Posted: 02 Mar 2017 07:09 AM PST

Dilma Rousseff enquanto era presidente da República Agência Brasil

A ex-presidente Dilma Rousseff negou nesta quinta-feira (2), por meio de nota à imprensa, ter pedido ou recebido recursos de caixa dois da Odebrecht durante as campanhas presidenciais de 2010 e 2014. A nota foi divulgada em resposta a trechos vazados da delação de Marcelo Odebrecht. 

O empresário Marcelo Odebrecht confirmou nesta quarta-feira (1º) à Justiça Eleitoral o pagamento do publicitário João Santana, responsável pela campanha de Dilma Rousseff à presidência em 2014, com recursos de caixa dois acertados com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega. As informações são de uma fonte que teve acesso a trechos das declarações.

Ao final de seu depoimento, Marcelo Odebrecht afirmou que não tinha como dizer "com certeza" se Dilma e Temer sabiam das negociações e de "qualquer ilicitude nas doações".

"Eu era o bobo da corte do governo", disse Marcelo Odebrecht em depoimento

Na nota, a ex-presidente Dilma Rousseff diz ainda que não designou Guido Mantega como seu interlocutor para arrecadar recursos para campanhas, e que todas as arrecadações foram feitas de forma legal, por meio de tesoureiros. Ela finaliza dizendo estranhar que os trechos da Lava Jato são sempre vazados de forma seletiva e truncada.

Leia abaixo a íntegra da nota: 

NOTA À IMPRENSA

Sobre as declarações do empresário Marcelo Odebrecht em depoimento à Justiça Eleitoral, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff afirma:

1. É mentirosa a informação de que Dilma Rousseff teria pedido recursos ao senhor Marcelo Odebrecht ou a quaisquer empresários, ou mesmo autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do país, ou por meio de caixa dois, durante as campanhas presidenciais de 2010 e 2014.

2. Também não é verdade que Dilma Rousseff tenha indicado o ex-ministro Guido Mantega como seu representante junto a qualquer empresa tendo como objetivo a arrecadação financeira para as campanhas presidenciais. Nas duas eleições, foram designados tesoureiros, de acordo com a legislação. O próprio ex-ministro Guido Mantega desmentiu tal informação.

3. A insistência em impor à ex-presidenta uma conduta suspeita ou lesiva à democracia ou ao processo eleitoral é um insulto à sua honestidade e um despropósito a quem quer conhecer a verdade sobre os fatos.

4. Estranhamente, são divulgadas à imprensa, sempre de maneira seletiva, trechos de declarações ou informações truncadas. E ocorrem justamente quando vêm à tona novas suspeitas contra os artífices do Golpe de 2016, que resultou no impeachment da ex-presidenta da República.

5. Dilma Rousseff tem a certeza de que a verdade irá prevalecer e o caráter lesivo das acusações infundadas será reparado na própria Justiça.

6. Por fim, cabe reiterar que todas as doações às campanhas de Dilma Rousseff foram feitas de acordo com a legislação, tendo as duas prestações de contas sido aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Ambiente muito frio, peripécias de Michelzinho e sofás pretos: as razões que espantaram Temer da Alvorada

Posted: 02 Mar 2017 06:22 AM PST

Palácio do Alvorada foi preterido pela família Temer após reforma de R$ 24 mil Mateus Bonomi/15.02.2017/AGIF/Folhapress

Assim que retornaram da Base Naval de Aratu, na Bahia, onde passaram o Carnaval, o presidente Michel Temer (PMDB), a primeira-dama, Marcela Temer, e o filho Michelzinho decidiram abandonar o Palácio da Alvorada — após uma reforma de R$ 24 mil — e voltar a morar no Palácio do Jaburu.

Entre as razões para a família Temer ter abandonado o Alvorada, para onde se mudaram no último dia 17, estão o ambiente grande e frio, Michelzinho arteiro e a decoração do Alvorada. Um assessor presidencial disse que "o presidente não se adaptou ao local, achava tudo muito distante e pouco conseguia ver o filho".

Outro motivo, segundo o assessor presidencial, seria o comportamento de Michel e Marcela Temer, Michelzinho, "que é muito danado" e "some toda hora". Os seguranças da Presidência e os avós do menino ficam, segundo o assessor, preocupados a todo momento.

A decoração do Alvorada também influenciou na volta para o Jaburu. Em entrevista ao portal Poder 360, o ex-secretário-executivo da Comissão de Curadoria dos Palácios Claudio Soares Rocha disse que Marcela Temer não gosta de móveis vermelhos e o presidente se recusa a ter sofás pretos — remanescentes da década de 1990.

De acordo com Rocha, "o presidente Temer não gosta de sofá preto. Então recolheram os sofás comprados na década de 1990 por sofá de algodão bege". Quanto a aversão de Marcela ao vermelho, disse que "pediram que o tapete vermelho fosse substituído".

Reforma de R$ 24 mil

O Palácio da Alvorada passou por uma série de consertos que custaram R$ 24.015,68, segundo informou a Secretaria de Governo. Entre as mudanças estão a instalação de uma tela de proteção na varanda do quarto de Michelzinho e a reforma de armários do palácio.

O prédio já havia sido reformado entre 2004 e 2006, durante a gestão Lula, quando sofás da cor preta e o telhado — remanescentes da década de 1960 — foram preservados.

Em nota divulgada ontem à noite, a Presidência informou que "o Palácio da Alvorada não passou por reformas para receber a família do presidente", mas, sim, por "serviços de manutenção e reparos".

"Os últimos, envolveram pintura geral do prédio, salas, pisos e reparos em armários. Da mesma forma, o Palácio do Jaburu passa por manutenção periódica. Reparos estão sendo feitos na parte elétrica, de marcenaria e refrigeração", completa ao comunicado.

Exército, Polícia Federal e MP dizem que não conseguem controlar entrada de cocaína na Amazônia

Posted: 02 Mar 2017 05:18 AM PST

Se todos os barcos do Exército fossem colocados na água ao mesmo tempo, cada um teria uma área de 45 km para vigiar BBC Brasil

Uma linha tortuosa de 1.632 km desenhada por rios em uma área praticamente inabitada na floresta amazônica. Esse é o cenário da tríplice fronteira brasileira com os maiores produtores de cocaína do mundo: Peru e Colômbia.

Com armamento pesado e lanchas potentes, narcotraficantes dos dois países enfrentam poucos obstáculos no transporte de armas e drogas para Tabatinga (AM), no lado brasileiro. A cidade, onde a pobreza e a falta de infraestrutura são flagrantes, é descrita por moradores da região como "quintal da FDN".

A sigla se refere à facção criminosa Família do Norte, que ficou conhecida mundialmente nos primeiros dias de 2017, quando dezenas de homens foram decapitados e esquartejados em presídios de Manaus.

A origem dos massacres nas prisões, segundo autoridades, é justamente a disputa pelo controle dessa rota amazônica da coca. Argumentando falta de verbas e incentivo do governo, as forças de segurança da região dizem não conseguir controlar o vaivém do mercado ilegal na fronteira.

Forças de segurança dizem que há incontáveis rotas fluviais que dificultam patrulhamento sem helicóptero na fronteira amazônica Felipe Souza/BBC Brasil

A BBC Brasil foi conferir de perto a situação na fronteira.

"Com os recursos que temos hoje em Tabatinga, é impossível controlar a fronteira", disse um agente da Polícia Federal, mirando a imensidão do rio Solimões do único posto fluvial das forças de segurança na região.

Felipe Souza/ BBC Brasil Forças de segurança dizem que há incontáveis rotas fluviais que dificultam patrulhamento sem helicóptero na fronteira amazônica

"Hoje a gente tem uma lancha aqui motor 200. A FDN está investindo aí em motor 350. Fica complicado, né?", diz. "Tinha que ter um helicóptero para policiar. O que temos aqui são 18 policiais. Às vezes pega (os criminosos), às vezes, não."

A sensação entre os homens do Exército, responsáveis pelo controle da fronteira, não é diferente. "Nós não temos condição hoje, com os efetivos que trabalham nesta região e em toda a Amazônia, de cobrir todos estes espaços", diz o coronel Júlio César Belaguarda Nagy de Oliveira, comandante do 8º Batalhão de Infantaria de Selva, responsável por vigiar a tripla divisa.

Também sem helicópteros, com apenas 36 barcos à disposição - a maioria deles com potência semelhante aos dos pescadores e ribeirinhos da região -, ele é responsável pelo controle da fronteira com os dois países, onde centenas de novos caminhos abertos por igarapés e pequenos rios surgem com as chuvas na época das cheias.

"É claro que alguma coisa passa. Muitos desses marginais desviam e conseguem evitar a passagem pelos nossos pelotões", diz Nagy.

Desprotegida, a rota cresce a cada ano. Só em Manaus, principal destino dos entorpecentes que entram pela fronteira, o volume de drogas apreendidas cresceu nada menos que 1.324% entre 2011 e 2015, segundo a Secretaria de Segurança do Estado.

Durante três dias, a BBC Brasil presenciou policiamento na fronteira apenas uma vez, numa demonstração do Exército Água, terra e ar FELIPE SOUZA/ BBC BRASIL

Procurado, o Ministério da Justiça não respondeu por que não há helicópteros na região, nem comentou a falta de policiamento registrada pela reportagem.

"Gestões são feitas diuturnamente para inibir e reprimir o crime e também subsidiar políticas para fortalecer o enfrentamento ao crime, especialmente na fronteira", disse a pasta, por meio de nota. "A PF realiza em média cerca de 40 operações especiais por ano, que são especialmente para atingir organizações criminosas. Cerca de 300 pessoas são detidas por ano."

O ministério disse ainda que "tem priorizado a lotação dos novos policiais nas regiões de fronteira", sem informar, entretanto, quantos homens serão deslocados para a área, nem quando.

Procurado diversas vezes por telefone e e-mail, o Exército não respondeu a nenhuma das perguntas enviadas pela reportagem. No fim de janeiro, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou a realização de uma série de encontros e reuniões com ministros de Defesa de países vizinhos, com a principal intenção de tratar da segurança nas fronteiras. Mas, desde então, nenhuma iniciativa concreta foi anunciada.

Felipe Souza/ BBC Brasil 'Não temos condição hoje, com os efetivos que trabalham nesta região e em toda a Amazônia, de cobrir todos estes espaços', diz o coronel Júlio César Belaguarda Nagy de Oliveira, do Exército Felipe Souza/BBC Brasil

Em entrevista em seu gabinete em Manaus, o procurador-geral de Justiça do Estado, Pedro Bezerra, reconheceu os problemas.

"Falta muito material humano e condições para esses soldados que dedicam sua vida para evitar esse tráfico. Condições para que possam atuar de forma eficiente, como materiais, lanchas, armamento, treinamento", disse.

O procurador concorda com o agente da Polícia Federal e diz que o tráfico de drogas tem mais dinheiro e equipamentos. "Como eles (os traficantes) têm poder em termos de dinheiro, eles compram lanchas, hidroaviões. Nós temos limitações financeiras a nível de Estado e dependemos de uma certa burocracia."

Ele prossegue, sem otimismo. "Então, infelizmente as coisas se resolvem pela vontade do material humano de que nós dispomos. Estes agentes que fazem esse tipo de operação arriscando as próprias vidas".

Água, terra e ar

A fragilidade da vigilância na fronteira brasileira na Amazônia não ocorre apenas nos rios. Nos três dias de fevereiro em que esteve em Tabatinga, a BBC Brasil testemunhou centenas de pessoas entrando e saindo do país com malas e sacolas sem qualquer revista.

A BBC presenciou livre movimento na divisa entre Brasil e Colômbia Felipe Souza/ BBC Brasil

Logo na primeira noite, um homem foi assassinado bem próximo de onde estava a reportagem da BBC Brasil, a poucos passos do marco da fronteira entre Tabatinga e Letícia, na Colômbia.

"Acontece por volta de uma vez por semana. São acertos de contas", explicou um agente do Exército, apontando para o homem caído sobre uma mesa de bar, baleado há menos de cinco minutos por um homem em uma motocicleta.

Durante a visita, o único patrulhamento registrado ocorreu durante uma atividade de demonstração do Exército para a reportagem. 

Fluxo de pessoas na Tríplice Fronteira Felipe Souza/ BBC Brasil

A fronteira com o Peru, delimitada pelo rio Solimões, também não tem fiscalização.

Pessoas vindo da ilha peruana Santa Rosa entram e saem no Brasil por meio de pequenos barcos que atracam em um porto na base policial. As autoridades locais dizem que seria "impossível" fiscalizar todo mundo.

"Muita gente trabalha de um lado e vive do outro ou faz compras do mês em um dos dois países vizinhos. A circulação de pessoas é gigantesca, seria impraticável", alega o coronel Nagy, do Exército.

No único aeroporto de Tabatinga, que tem um voo diário para Manaus, a grande maioria das bagagens embarcadas não passa por raio-X. Esta brecha de segurança se repete, além da fronteira, na maior parte das cidades do Brasil.

Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a fiscalização das malas é obrigatória apenas em voos internacionais. No caso de voos domésticos, ela seria feita em alguns aeroportos do país.

Chefe da Polícia Federal afirma que com os atuais recursos é 'impossível' controlar a fronteira Felipe Souza/BBC Brasil

Dinheiro e pessoas

No batalhão do Exército em Tabatinga, o coronel Nagy atribui as falhas na vigilância da fronteira à ausência do governo na região.

"Faltam vagas de trabalho nos municípios, estrutura de saneamento básico, ruas pavimentadas, enfim, condições para que essa população tenha uma vida normal", disse.

Ele conta que, pela falta de oportunidades de estudo, muitos jovens não tem alternativa de renda a não ser o tráfico. "(Eles) participam desse tráfico ilegal de drogas e armas para ter uma condição de subsistência de vida", diz.

"Jovens com pouca condição de estudo enxergam nesse transporte a chance de ganhar 1, 2, 4, 5 mil reais, Este transporte é uma oportunidade fácil e rápida de ganho financeiro."

Segundo chefe do Exército colombiano, 'demanda por cocaína e maconha no Brasil cresceu', aumentando a importância da rota amazônica Felipe Souza/BBC Brasil

O comandante do Exército colombiano em Letícia, coronel Nelson Roberto Carvajal Reyes, confirma as dificuldades e diz que, atualmente, membros da Família do Norte cruzam a fronteira para negociar exclusividade nos negócios.

Em sua área de atuação opera uma das frentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que não aceitaram o acordo de paz em andamento com o governo do país.

"Há um fenômeno perverso aqui porque esta é uma tripla fronteira. Colômbia, Brasil e Peru. Os mesmos tipos de agentes criminosos são vistos nestes três países e isso faz o trabalho deles mais fácil", diz o coronel Nelson Roberto Carvajal Reyes, em sua sala de trabalho no batalhão.

"A demanda por cocaína e maconha no Brasil cresceu. Então, cartéis como a Família do Norte estão tentando se aproximar de cartéis colombianos para ganhar hegemonia nesta rota."

Ele explica que a rota passa também por Suriname e Guiana, de onde vai para a Europa e os Estados Unidos.

Nas águas que banham a tríplice fronteira, autoridades já encontraram drogas escondidas na barriga de peixes, como o tambaqui, ou presas em fundos de barcos. Muitas vezes, as mercadorias passam boiando pelo rio para serem buscadas do outro lado, sem chamar atenção do Exército.

"Os traficantes são muito criativos e se reinventam sempre", diz o comandante colombiano. Para 80 kg de cocaína, as mulas, como são chamados os homens que fazem a travessia, ganham em torno de 2 milhões de pesos colombianos (ou R$ 2 mil).

Na outra ponta, a mercadoria chega a ser vendida por preços 20 vezes maiores.

Pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade do Ceará e especialista em segurança na fronteira, o professor Luiz Fabio Silva Paiva diz que há registros de tráfico de cocaína na região desde os anos 1970.

"O Cartel de Letícia teve conexões com o Cartel de Medellín, atraindo pessoas para a região atrás dos resultados econômicos produzidos pela cocaína."

Paiva afirma que a política de "guerra às drogas" na região é falha e não consegue diminuir o consumo destas substâncias.

"O mundo do crime se alimenta das contradições de uma política de controle que não controla, que não consegue compreender que as drogas são um problema de saúde pública e não uma questão policial", diz.