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- Planalto diz que todas carnes servidas a Temer e embaixadores eram brasileiras
- Temer janta em rodízio de carne bovina importada
- Ministro da Agricultura diz que Brasil deve responder ainda hoje pedido de esclarecimentos da UE e da China
- Temer janta em churrascaria com ministros e embaixadores
- Entidades do setor agropecuário pediram a Temer que a população seja esclarecida
- Temer defende "fiscalização especial" em empresas citadas na Operação Carne Fraca
- Após escândalo, consumidores buscam carne 'sem marca' no Rio Grande do Sul
- Em vídeo, juiz da Lava Jato agradece apoio às investigações
- Após escândalo, partidos e produtores europeus pedem suspensão de carne brasileira
- Alemanha apoia grupo por trás de tentativa de golpe na Turquia, diz porta-voz de Erdogan
- Odebrecht afirma ter feito acordo para repassar R$ 50 milhões a Aécio Neves
- Secretário de Defesa Agropecuária diz que não há risco sanitário na carne
- Papelão e substância cancerígena ou exagero? O que se sabe - e o que é dúvida - na operação Carne Fraca
- Ministro do Supremo mantém condenação de juíza ligada ao narcotráfico
- "A Bela e a Fera" quebra recorde ao render US$170 mi na estreia
- Ministro do STF condena filha de Edson Fachin, seu colega de Corte
- Dinheiro recuperado pela Lava Jato no Rio será usado para pagar aposentados
- Líder da Coreia do Norte diz que teste de motor é "renascimento" de indústria de foguetes do país
- Alemanha apoia grupo responsável por tentativa de golpe na Turquia, diz porta-voz de presidente turco
- Presidente tem reunião hoje à tarde para discutir reflexos da Carne Fraca na economia
Planalto diz que todas carnes servidas a Temer e embaixadores eram brasileiras Posted: 19 Mar 2017 06:16 PM PDT Temer foi a churrascaria. Preço do rodízio por pessoa foi de R$ 119 Ueslei Marcelino/Reuters O Palácio do Planalto afirmou neste domingo (19), em nota, que as "todas as carnes" servidas ao presidente Michel Temer e aos embaixadores convidados para o jantar em uma churrascaria de Brasília eram de origem brasileira. Segundo o governo, a gerência do estabelecimento teria apresentado os produtos servidos a outros veículos de imprensa que questionaram a origem do produto, sem citar que veículos foram esses. A versão do Planalto é diferente do que informaram funcionários da churrascaria ao Broadcast Político. Segundo funcionários ouvidos pela reportagem, a carne bovina que o presidente e os embaixadores comeram não era de origem brasileira. A informação de garçons do restaurante era de que somente as carnes suínas e de frango servidas no local são nacionais. A carne bovina é importada da Argentina, Uruguai e Austrália. Um atendente da churrascaria também afirmou que as carnes bovinas eram importadas, quando contactados pela Coluna do Estadão. Por telefone, um atendente do restaurante afirmou à coluna que a churrascaria "só trabalha com corte europeu, australiano e uruguaio". "Pode vir tranquilo, que a gente mostra a câmara fria e o açougue" disse o funcionário do estabelecimento. O Broadcast Político não conseguiu contato novamente com o restaurante após a nota do Planalto. Temer jantou no local neste domingo acompanhado de ministros e embaixadores e representantes de 27 países, em um gesto político para tentar minimizar os efeitos negativos da Operação Carne Fraca sobre a venda de carne brasileira. Eles participaram de um rodízio. O Palácio do Planalto reservou uma mesa para 80 pessoas. O preço do rodízio por pessoa foi de R$ 119. O valor incluía carnes, um bufê de saladas, acompanhamentos e sushi. A bebida era à parte. Temer comeu carne bovina e frango, quejo coalho assado, acompanhado de caipirinha. Na mesa, também foi servido vinho tinto nacional, da vinícola Casa Valduga, produzido em Bento Gonçalves (RS). A conta foi paga pelo Planalto, que não informou o valor..Temer passou cerca de uma hora no local. No final, tirou foto com os garçons que o serviram. Em rápida entrevista, disse que a mensagem que queria passar com o jantar era de que não há motivos para causar "terror" no exterior sobre a carne brasileira. Veja a nota do Planalto: "Todas carnes servidas, neste domingo, ao presidente Michel Temer e aos embaixadores convidados para jantar na churrascaria Steak Bull foram de origem brasileira. A gerência do estabelecimento inclusive apresentou os produtos servidos a órgãos sérios da imprensa que questionaram a origem do produto." |
Temer janta em rodízio de carne bovina importada Posted: 19 Mar 2017 05:02 PM PDT Temer e a comitiva participaram de um rodízio neste domingo André Dusek/Estadão Conteúdo Em um gesto político para tentar minimizar os efeitos negativos da Operação Carne Fraca sobre a venda de carne brasileira, o presidente Michel Temer jantou neste domingo (19) em uma churrascaria de Brasília acompanhado de ministros e embaixadores e representantes de 27 países. A carne bovina que Temer comeu, porém, não era de origem brasileira, segundo funcionários do próprio restaurante. Somente as carnes suínas e de frango servidas no local são nacionais. A carne bovina é importada da Argentina, Uruguai e Austrália. Temer e a comitiva participaram de um rodízio. O Palácio do Planalto reservou uma mesa para 80 pessoas. O preço do rodízio por pessoa foi de R$ 119. O valor incluía carnes, um bufê de saladas, acompanhamentos e sushi. A bebida era à parte. Temer comeu carne bovina e frango, queijo coalho assado, acompanhado de uma típica caipirinha brasileira. Na mesa, também foi servido vinho tinto, dessa vez nacional, da vinícola Casa Valduga, produzido em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. A comitiva sentou em uma grande mesa no centro do salão principal da churrascaria, localizada no Lago Sul, área nobre de Brasília. Temer estava no centro da mesa, ladeado pelos embaixadores da China e de Angola no Brasil. Entre os ministros presentes estavam Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Blairo Maggi (Agricultura), Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços). O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, não estava presente. Temer defende "fiscalização especial" em empresas citadas na Operação Carne Fraca Temer passou cerca de uma hora no local. No final, tirou foto com os garçons que o serviram. Em rápida entrevista, disse que a mensagem que queria passar com o jantar era de que não há motivos para causar "terror" no exterior sobre a carne brasileira. Lembrou que 33 fiscais sanitários estão envolvidos em irregularidades, de um total de quase 12 mil servidores do Ministério da Agricultura, e que dos cerca de 4.830 frigoríficos existentes no País, 21 são investigados e três foram inabilitados. "Então, não é para causar um terror que hoje está possivelmente se imaginando que possa causar em relação ao exterior", afirmou. Temer também rebateu críticas de integrantes da bancada ruralista no Congresso e de empresários de que a Polícia Federal cometeu excessos na Operação Carne Fraca. "Não [houve excessos]. Houve uma integração do Ministério da Agricultura e da Polícia Federal", declarou, sem responder outros questionamentos da imprensa. |
Posted: 19 Mar 2017 04:05 PM PDT Maggi afirmou haver "fantasias" em relação a dados divulgados sobre as investigações Antonio Cruz/18.08.2011/ABr O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que o Brasil deve responder ainda neste domingo (19) o pedido de esclarecimentos feito pela UE (União Europeia) e pela China sobre as fraudes no comércio de carnes, reveladas pela Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal na sexta feira (17). — É absolutamente natural que os países peçam informações. Estamos prontos para responder. Maggi afirmou haver "fantasias" em relação a dados divulgados sobre as investigações, como irregularidades no uso de cabeças de porco na formulação de embutidos, o que, de acordo com ele, é permitido. — Não estou dizendo que não tenha sentido a investigação. Com toda certeza tem. Temer defende "fiscalização especial" em empresas citadas na Operação Carne Fraca O ministro da Agricultura afirmou também que respeita as investigações realizadas pela Polícia Federal. — A partir de agora a investigação continuará, mas com um aparato técnico que até agora não havia. A investigação daqui para frente tomará um novo rumo. |
Temer janta em churrascaria com ministros e embaixadores Posted: 19 Mar 2017 03:43 PM PDT Temer está comendo apenas as carnes e queijo coalho André Dusek/Estadão Conteúdo O presidente Michel Temer chegou pouco antes das 19h deste domingo (19) à churrascaria Steak Bull, antigo Porcão, no Lago Sul em Brasília, para participar de um rodízio de carnes, conforme havia prometido ao final da coletiva realizada no Palácio do Planalto, após reunião para tratar dos reflexos da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira (17), e que descobriu um esquema de corrupção praticado por frigoríficos brasileiros. Temer está acompanhado de ministros, assessores, do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e embaixadores de países que compram o produto brasileiro. Entre os ministros, estão presentes Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Blairo Maggi (Agricultura), e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços). O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, não compareceu ao jantar. Temer defende "fiscalização especial" em empresas citadas na Operação Carne Fraca A comitiva que acompanha o presidente está sentada em uma grande mesa, no centro do restaurante, próximo ao buffet de saladas. Temer está sentado ao centro da mesa, ladeado por embaixadores, como o da China. Além do rodízio de carnes, há outros acompanhamentos, como fritas, pastéis, camarões e feijão tropeiro. Temer está comendo apenas as carnes e queijo coalho. E beberica uma típica caipirinha brasileira. O preço do rodízio é R$ 119, sem as bebidas. Entidades do setor agropecuário pediram a Temer que a população seja esclarecida |
Entidades do setor agropecuário pediram a Temer que a população seja esclarecida Posted: 19 Mar 2017 02:46 PM PDT Operação da PF foi deflagrada na sexta GettyImages Os representantes do setor agropecuário que se reuniram com o presidente Michel Temer neste domingo (19), pediram que a população seja esclarecida sobre o que consideram pequeno alcance das irregularidades descobertas pela Operação Carne Fraca no setor. O presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins, defendeu a punição de frigoríficos e fiscais envolvidos nas irregularidades apontadas pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca. Após reunião com o presidente, ministros e representantes do setor pecuário, Martins voltou a dizer que os produtores são vítimas, mas ressaltou que o Brasil tem uma boa defesa sanitária. — Temos mais de 4.000 unidades de abate no Brasil e isso aconteceu em 3 unidades. Temos um dos melhores sistemas de fiscalização do mundo. A população precisa ter certeza que está consumindo carne com a inspeção perfeita e de melhor qualidade possível. Para o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra, o governo está mais preocupado com o mercado externo e não está dando explicações ao consumidor brasileiro. Ele também ressaltou que foram apenas três frigoríficos fechados e que a grande maioria não tem problema. — As pessoas não querem mais comprar carne. Falta explicação para todos. Ele ressaltou que os mercados para a carne brasileira foram conquistados com dificuldades e que podem não querer mais comprar o produto. De acordo com Martins, o presidente Temer listou as medidas que já foram tomadas, como a punição de 32 fiscais e fechamento de três unidades. — Ele foi bem claro e disse que vão penalizar aqueles que queiram denegrir a imagem do Brasil. Temer defende "fiscalização especial" em empresas citadas na Operação Carne Fraca Martins demonstrou preocupação com o impacto que a crise aberta pela operação terá no preço do boi e disse que os frigoríficos poderão usar de "má fé" para dizer que houve queda no preço por fechamento de mercados internacionais, o que, segundo ele, ainda não ocorreu. — Só vamos saber a especulação com o preço do boi quando o mercado abrir. Ele acrescentou que ainda não é possível estimar os prejuízos que a operação trará para o setor. Mais cedo, antes da reunião, Martins chegou a dizer que houve exagero e pirotecnia na Operação da Polícia Federal. Após o encontro, porém, ele ponderou que, quando se fala em segurança alimentar, todo exagero é pouco. — Não cabe a mim achar que a Polícia Federal exagerou ou não. Quando se fala de segurança alimentar, eles têm que ser extremamente rigorosos. Também participaram da reunião o ministro interino da Justiça e Cidadania, Davi Levi, e o diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello. |
Temer defende "fiscalização especial" em empresas citadas na Operação Carne Fraca Posted: 19 Mar 2017 02:11 PM PDT Temer e os ministros da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (à direita) e da Agricultura (à esqueda) buscam acalmar exportadores Agif/Folhapress Após a deflagração da Operação Carne Fraca, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), convocou uma reunião com ministros e embaixadores para defender a procedência dos produtos nacionais. Ao final do encontro, Temer disse que os 21 frigoríferos supostamente envolvidas em eventuais irregularidades serão inseridas em um "regime especial de fiscalização" e conduzidos por uma "força tarefa específica". O presidente destaca que apenas seis dos 21 frigoríficos com possíveis irregularidades exportaram nos últimos dias e que os países que receberam essas carnes serão notificados a respeito dos problemas. — A partir de amanhã o Ministério da Agricultura deve informar os países que receberam esses produtos e a origem empresa por empresa. Empresa investigada na Carne Fraca tinha acesso ao sistema de fiscalização do governo A fala de Temer foi feita após o término de um encontro com embaixadores de diversos países e com os ministros da Agricultura, Blairo Maggi, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. Segundo o presidente, os frigoríferos do País que exportam carnes estão com as portas abertas para que os importadores os visitem e inspecionem pressoalmente a produção nacional. — A apuração não é no sistema agropecuário brasileiros, mas no desvio de conduta de alguns funcionários em pouquíssimas empresas. [...] Todos as [empresas] exportadoras estão abertas à inspeção dos países importadores e da inspeção rigorosa brasileira. O presidente destacou ainda a confiança existente nas carnes de origem nacional e reforça que a carne brasileira "tem conquistado o consumidor e obtido a aprovação dos mercados mais exigentes" ao redor do mundo. — Ao chegar aos seus destinos, os produtos são sujeitos a inspeção local e nunca tivemos nenhuma relação em muitos anos. [...] Somente em 2016, foram expedidos 853 mil partidas do Brasil para o exterior. Apenas 184 delas foram consideradas fora da conformidade, a maioria por questões não sanitárias. Ao final de sua fala direcionada aos embaixadores dos países que compram carnes brasileiras, Temer os convidou para que após o encontro eles saiam para "comer carne brasileira" em uma churrascaria. Banco Central bloqueia R$ 2 milhões de 46 investigados na Operação Carne Fraca Após escândalo, partidos e produtores europeus pedem suspensão de carne brasileira Após a fala de Temer, o ministro da Agricultura pediu que embaixadores tranquilizem seus respectivos países. Maggi destaca que a Operação Carne Fraca vai continuar reforça que não vai aceitar que a reputação de "empresas idóneas sejam colocadas em cheque". — Todo os sistemas de produção agropecuária no Brasil não têm muito tempo de estoque. [...] O perigo neste momento é que se a maioria dos países colocar um embargo [à exportação de carne brasileira], em 10 dias o sistema de produção nacional entra em colapso. [...] Ajudem o Brasil neste momento. O agronegócio é o que tem suportado a economia do País nos últimos anos. |
Após escândalo, consumidores buscam carne 'sem marca' no Rio Grande do Sul Posted: 19 Mar 2017 01:36 PM PDT Operação Carne Fraca aumentou, entre consumidores, preocupação com a qualidade da carne vendida em supermercados BBC Brasil O tradicional churrasco gaúcho preparado em família nos finais de semana ganhou um ingrediente amargo nos últimos dias: a preocupação com a origem da carne. O cuidado com a procedência do produto foi acentuado no Rio Grande do Sul, onde o churrasco é o prato típico, desde que a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), revelou o comércio de carne vencida e adulterada. Cerca de trinta empresas são alvo da operação, o que inclui marcas populares como Friboi, Sadia, Seara e Perdigão — dos grupos JBS e BRF. Segundo a PF, fiscais do governo receberiam propina, que teria beneficiado especialmente os partidos PP e PMDB, para facilitar a venda de carne vencida ou adulterada — usada, principalmente, como matéria-prima para embutidos. As autoridades dizem ter identificado uma série de práticas ilegais na produção das empresas, como mascarar o aspecto de carne deteriorada, injetar água no frango para aumentar seu peso e adicionar ingredientes em quantidades que desrespeitavam as leis. As empresas negam irregularidades e afirmam que estão colaborando com as investigações. "Atendia 80 clientes e agora só tenho 5", afirma gerente de churrascaria após escândalo da carne Nos últimos dias, após a deflagração da operação, gaúchos trocaram cortes bovinos embalados vendidos em supermercados por carne fresca comprada diretamente do açougue. Por isso, a movimentação nos açougues especializados aumentou. Na Casa de Carnes Mania do Gaúcho, em Porto Alegre, o fluxo aumentou cerca de 50 % no último sábado (18), quando muitos compram a carne para o típico churrasco de domingo. De acordo com Maicon Souza da Silva, de 31 anos, um dos proprietários do açougue, o movimento normal de um sábado é de 400 pessoas. Por causa do escândalo, o número de clientes subiu para 600. "Muitos perguntaram de onde é a nossa carne, mas nenhuma é dessas empresas. Compramos a carne abatida diretamente das fazendas", explica Silva, à frente do negócio da família. O açougue está em atividade desde 1978 e vende 90% de carne fresca - os 10% de cortes embalados são procurados principalmente durante a semana para preparo de bifes, por exemplo. Os principais fornecedores de Silva são fazendeiros das cidades de Bagé e Pantano Grande. Por dia, o açougue recebe cerca de 500 quilos de carne. A carne fresca tem validade de apenas três dias. Caso não seja comprada, é descartada. O empresário Ricardo Ortolan, de 43 anos, é um dos clientes que estava comprando carne no final da manhã deste domingo, no Mania do Gaúcho. Ele diz que já desconfiava da qualidade da carne vendida no supermercado comum, porque chegou a comprar uma peça que descobriu estar estragada — apesar de estar, segundo o rótulo, dentro da validade. A administradora Berenice Ferreira, de 52 anos, acredita que "não adianta ter cuidado com a data de validade" ao comprar no supermercado justamente porque ela pode ser adulterada. Por isso, ela se sente mais segura comprando no açougue. Mesmo com o escândalo, no entanto, abdicar da carne está fora de cogitação: "Não dá para ficar sem o churrasquinho". O açougue Chef Carnes também registrou mais movimento desde a notícia sobre a carne adulterada. De acordo com o funcionário Hugo Eduardo, de 40 anos, a busca pelo churrasco "pronto", um dos serviços do estabelecimento, também cresceu. Os primeiros rebanhos de gado chegaram ao Brasil trazidos pelos portugueses alguns anos depois da chegada de Pedro Álvares Cabral, no século 16. Mas o preparo típico do Rio Grande do Sul surgiu mais tarde, com rebanhos trazidos pelos espanhóis ao Peru e depois levados a Paraguai, Argentina, Uruguai e, finalmente, ao sul do Brasil. É no século 17 que a forma de assar carne no chão, popular entre os indígenas que viviam na costa gaúcha, ganha o espaço do pampa com a expansão da atividade pecuária, segundo o livro Guia de Sobrevivência do Gaúcho (2014, Editora Belas Letras). "A lida com o gado obrigava os homens a dormirem longe do rancho por longos períodos, geralmente em grupos. Fazer comida para todo mundo, no meio do campo, muitas vezes ao léu, exigia métodos compatíveis com a necessidade. Logo, pegava-se o que se tinha à mão: uma faca bem afiada, um galho forte e reto (que dava um bom espeto de vara), a carne de uma rês que morrera ou fora abatida no caminho, o sal grosso (usado não só para conservar a carne, mas também como complemento da alimentação de bovinos)", diz o livro. Desde 2003, a maneira gaúcha de assar churrasco é definida por lei: "carne temperada com sal grosso, levada a assar ao calor produzido por brasas de madeira carbonizada ou in natura, em espetos ou disposta em grelha e sob controle exclusivamente manual". E a prática tem até mesmo um dia oficial no Estado, o dia 24 de abril. |
Em vídeo, juiz da Lava Jato agradece apoio às investigações Posted: 19 Mar 2017 01:30 PM PDT O juiz Sérgio Moro gravou um vídeo para agradecer o apoio da população ao seu trabalho na Operação Lava Jato. A operação completou três anos na sexta-feira (17). A mensagem do responsável pela investigação em primeira instância foi postada neste domingo (19), na página "Eu MORO Com Ele", criada no Facebook pela mulher do magistrado, Rosângela Moro. Segundo Moro, as manifestações de apoio da população, por meio da página na rede social, ajudaram "em um momento muito tenso" e de "travessia". |
Após escândalo, partidos e produtores europeus pedem suspensão de carne brasileira Posted: 19 Mar 2017 12:40 PM PDT Áustria, França, Polônia e Irlanda tentam pressionar autoridades europeias a rever autorização de importação da carne brasileira Getty Images Partidos políticos e produtores europeus pedem o fechamento das fronteiras do bloco à carne brasileira, elevando a pressão para que a Comissão Europeia adote uma medida temporária contra o produto nacional depois da Operação Carne Fraca revelar fraude no setor de carnes. O apelo vem de setores e países com uma tradição protecionista e que, por anos, vem solicitando que Bruxelas derrube um acordo com o Brasil no setor de carnes. Parlamentares e produtores de países como a Áustria, França, Polônia e Irlanda passaram o fim de semana em contato para tentar estudar a forma de incrementar o lobby e pressionar as autoridades europeias a rever seus planos de autorização de importação da carne nacional. Bruxelas, porém, afirma que não existiu qualquer caso de fraude registrada no comércio com o Brasil desde 2015. Empresa investigada na Carne Fraca tinha acesso a fiscalização do governo Ainda assim, na Irlanda, o partido Sinn Féin foi um dos que apelaram publicamente neste domingo (19) para o fim das importações de carnes brasileiras. O representante do partido para temas agrícolas, o deputado Martin Kenny, alertou que o caso brasileiro revela "as condições contra as quais os fazendeiros europeus precisam competir". "O Brasil é um dos grandes concorrentes da Irlanda pelo mercado europeu de carnes. Mas agora vemos a dimensão do escândalo", disse, apontando para "aditivos perigosos sendo colocados em carne de frango e carne contaminada com salmonela exportadas para a Europa". De acordo com o partido de oposição, o ministro da Agricultura da Irlanda, Michael Creed, precisa "imediatamente buscar uma suspensão da importação de carne do Brasil para a Europa". "A situação é intolerável. O governo precisa agir", disse. Entre os produtores, o caso também está sendo usado para justificar novas barreiras. "Vemos outro escândalo acontecendo fora das cercas da fazenda, não dentro, e mostra que precisamos ter um controle maior", disse Edmund Phelan, presidente da ICSA, a entidade que reúne os criadores de gado da Irlanda, um dos maiores fornecedores para o mercado europeu. UE pede que Brasil explique fraude da carne Banco Central bloqueia R$ 2 milhões de 46 investigados na Operação Carne Fraca Na Bélgica, a Agência Federal para a Segurança da Cadeia Alimentar se apressou a tentar dar garantias aos consumidores locais de que os controles impostos pelos europeus e o volume de importação limitariam qualquer risco. "A exportação para a Europa se limita a poucas empresas e deve seguir padrões estritos", disse Philippe Houdart, porta-voz da Agência. "Trata-se de uma regra diferente daquela que existe no mercado brasileiro", insistiu. Segundo ele, o controle feito pelos brasileiros "são submetidos a auditorias" por parte dos europeus. Uma vez no território europeu, o carregamento passa por um novo controle. Mas ele admite que, "se problemas emergirem, seria provavelmente na carne de frango congelada, destinada a um tratamento posterior". O uso da fraude como argumento para fechar as fronteiras não ocorre por acaso. Estudos da própria UE estimam que as exportações do Mercosul para a Europa poderiam aumentar em 14 bilhões de euros em dez anos, graças a um acordo comercial entre as duas regiões. A estimativa aponta que, até 2025, os europeus ampliariam em 29 bilhões de euros suas compras de produtos agrícolas de países envolvidos em acordos comerciais com Bruxelas. Metade viria do Mercosul. No total, isso representaria um salto em 24% nas exportações do Cone Sul para o mercado europeu. Papelão e substância cancerígena? O que se sabe da Operação Carne Fraca Os ganhos do bloco sul-americano com um acordo, na estimativa dos próprios europeus, seriam quase três vezes maiores do que os americanos poderiam obter no setor agrícola com um eventual tratado de comércio com a UE. Segundo as estimativas oficiais de Bruxelas, os exportadores dos EUA registrariam um incremento em 4,8 bilhões de euros em vendas até 2025. Um dos principais ganhos viria do setor de carnes. No segmento de produtos bovinos, o estudo da UE estima que "mais de 80% do aumento de importações viria do Mercosul". "A balança de comércio se deteriorará profundamente", admitiu a Comissão Europeia. O aumento em vendas para o bloco do Cone Sul seria de pelo menos 1,4 bilhão de euros. Outros 900 milhões de euros ainda seriam gerados no aumento de espaço para a carne suína e frangos do Mercosul no mercado europeu. |
Alemanha apoia grupo por trás de tentativa de golpe na Turquia, diz porta-voz de Erdogan Posted: 19 Mar 2017 12:30 PM PDT ANCARA (Reuters) - A Turquia acusou a Alemanha neste domingo de apoiar uma rede de clérigos muçulmanos que vivem nos Estados Unidos, que considera culpada pela tentativa de golpe do ano passado, em comentários que devem agravar a crise diplomática entre os dois países. A Alemanha e a Turquia estão envolvidas em uma briga cada vez mais profunda após Berlim ter proibido alguns ministros turcos de falar em eventos de expatriados turcos antes do referendo do mês que vem, alegando preocupações com a segurança pública. No domingo, a revista alemã Der Spiegel publicou uma entrevista com o líder da agência alemã de inteligência exterior, que disse que Ancara falhou em convencer que o clérigo Fethullah Gulen foi o responsável pela tentativa de golpe. "A Turquia tentou nos convencer em todos os níveis, mas até agora não foi bem-sucedida", teria dito Bruno Kahl. O porta-voz do presidente Tayyip Erdogan disse que os comentários de Kahl eram prova de que a Alemanha está apoiando a rede de Gullen, à qual Ancara se refere como a "Organização Terrorista Gullenista" ou "FETO". "É um esforço para invalidar todas as informações que fornecemos a eles sobre a FETO. É um sinal de seu apoio à FETO", disse Ibrahim Kalin à emissora CNN Turquia. "Por que eles estão protengendo-os? Porque há instrumentos úteis para a Alemanha usar contra a Turquia". A Alemanha não respondeu os comentários. |
Odebrecht afirma ter feito acordo para repassar R$ 50 milhões a Aécio Neves Posted: 19 Mar 2017 12:13 PM PDT Delatores não esclareceram se os valores alegados foram efetivamente pagos a Aécio Geraldo Magela/22.02.2017/Agência Senado As delações premiadas do ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht e de outros executivos da empreiteira citam um acordo feito em conjunto com a Andrade Gutierrez para repassar R$ 50 milhões ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). De acordo com informações publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo, a transferência de recursos seria feita após vencerem o leilão para a construção da hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, em dezembro de 2007. A publicação afirma que executivos que complementaram o depoimento de Marcelo e disseram a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 30 milhões, enquanto a Andrade Gutierrez se encarregou dos R$ 20 milhões restantes. Lista de Janot cita Lula, Dilma, Aécio e ao menos cinco ministros de Temer Segundo apurou o jornal, os delatores não esclareceram se os valores alegados foram efetivamente pagos. As delações dos executivos da Odebrecht seguem sob segredo de justiça, mas já é de conhecimento que o nome de Aécio figura entre os 83 pedidos de abertura de inquérito enviado pela procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal). |
Secretário de Defesa Agropecuária diz que não há risco sanitário na carne Posted: 19 Mar 2017 12:11 PM PDT O presidente Michel Temer iniciou por volta de 14h30 reunião com ministro da Agricultura, Blairo Maggi Arquivo/PR O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Eduardo Rangel, disse que não existe risco sanitário na carne brasileira e que as questões apontadas pela operação Carne Fraca não trazem risco para a população nem para as exportações. "Não existe risco sanitário e num primeiro momento a ideia é que possamos reagir rapidamente para tranquilizar a sociedade", afirmou, ao chegar ao Palácio do Planalto para reunião com o presidente Michel Temer e representantes do setor. Rangel disse que o ministério está preparado para reagir rapidamente e informou que serão anunciadas medidas administrativas a serem adotadas ainda nesta semana pela Pasta. Ele disse que nenhum país suspendeu a importação da carne brasileira. "Os países estão esperando uma comunicação oficial do governo brasileiro. É o que vamos fazer com o presidente", afirmou. O secretário disse ainda que o ministério vai fazer avaliações e que tem sistemas de rastreabilidade e poderá retirar mercadorias de circulação, caso seja necessário. O presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins, disse que pode ter havido exagero e pirotecnia na Operação Carne Fraca. "Com certeza tem exagero, pelo número de policiais envolvidos", afirmou, ao chegar ao Planalto. Ele disse que os produtores rurais também são vítimas do esquema descoberto pela Operação Carne Fraca e que é importante dar uma satisfação imediata ao povo brasileiro. "Tem que ser e vai ser esclarecido. Tem que saber que 80% da produção de carne fica aqui dentro e a população tem que ter a mesma qualidade da exportação", afirmou. Reuniões O presidente Michel Temer iniciou por volta de 14h30 a primeira de três reuniões marcadas para este domingo para discutir a crise aberta pela Operação Carne Fraca. Temer se reúne inicialmente com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Em seguida, às 15h, o presidente recebe o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, os representantes do setor de produção de proteína animal, como os presidentes da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Antonio Camardelli, da ABPA (Associação Brasileira da Proteína Animal), Francisco Turra, além do presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins. O Palácio do Planalto ainda não confirmou a lista completa dos participantes. Às 17h, o presidente encontra embaixadores de países consumidores da carne brasileira. O governo está preocupado com a repercussão negativa da operação e o impacto que ela poderá ter na exportação de produtos nacionais. A intenção é anunciar novas medidas que levem maior segurança à população brasileira e também ao consumidor do mercado externo em função da Operação Carne Fraca. Vários países estão exigindo explicações do Brasil por conta das denuncias entre eles, estados Unidos, e China, grandes compradores do Brasil, além da União Europeia. Ontem, o ministro Blairo Maggi determinou que três funcionários da Consultoria Jurídica do ministério viajassem para Curitiba (PR), onde estavam centralizadas as investigações da PF, a fim de obter laudos periciais dos produtos relacionados na operação. Técnicos da área de Inspeção Sanitária trabalharam neste sábado, 18, para obter detalhes do processo que tem 350 páginas. |
Posted: 19 Mar 2017 11:11 AM PDT Para a polícia, houve certo exagero na forma como foi divulgada os males dos produtos na carne GettyImages A BBC Brasil conversou com engenheiros de alimentos e especialistas em carnes para esclarecer o que pode e o que não pode ser adicionado no processamento de carnes e quais as preocupações que a investigação da PF deve despertar no consumidor. Para alguns deles, a maneira como a operação foi divulgada acabou gerando uma desconfiança "exagerada" sobre a carne brasileira. "A polícia agiu mal com a maneira como divulgaram tudo. Acho que houve um certo exagero, para precipitar a loucura que foi na imprensa ontem", disse à BBC Brasil o engenheiro de alimentos Pedro Felício, da Unicamp. A também engenheira de alimentos Carmen Castillo, da ESALQ - USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), ressalta que as empresas que fabricam produtos com carne devem obedecer estritamente à legislação, mas pontua que alguns ingredientes citados nas acusações, como o ácido ascórbico, são necessários para o processamento dos alimentos. Veja a cobertura completa da Operação Carne Fraca Empresas tentam proteger marcas envolvidas na Operação Carne Fraca "Não é problema usar esses ingredientes, o problema é não respeitar os níveis permitidos", disse à BBC Brasil. De acordo com a Polícia Federal, esse seria um dos delitos cometidos pelas empresas, que utilizavam ingredientes no processamento de carnes em quantidades acima dos níveis permitidos. "Eles usam ácidos, outros ingredientes químicos, em quantidades muito superiores à permitida por lei pra poder maquiar o aspecto físico do alimento estragado ou com mal-cheiro", explicou o delegado da PF responsável pela investigação, Maurício Moscardi Grillo, em entrevista coletiva na sexta-feira. A operação deflagrada pela PF foi a maior de sua história e revelou que empresas do setor, incluindo as as gigantes JBS e a BRF, adulteravam a carne que vendiam no mercado interno e externo. A investigação também revelou um esquema de propinas e presentes dados pelos frigoríficos a fiscais do Ministério da Agricultura, que supostamente recebiam para afrouxar a fiscalização e liberar a comercialização de carne vencida e adulterada. Sobre as acusações, a JBS se manifestou dizendo que "é a maior interessada no fortalecimento da inspeção sanitária no Brasil", ressaltando que "no despacho da Justiça Federal que deflagrou a operação, não há qualquer menção a irregularidades sanitárias ou à qualidade dos produtos da JBS e de suas marcas." A BRF disse que "apóia a fiscalização do setor e o direito de informação da sociedade com base em fatos, sem generalizações que podem prejudicar a reputação de empresas idôneas e gerar alarme desnecessário na população." Exagero? O delegado Grillo explicou os problemas encontrados na carne das empresas investigadas pela operação - que iam desde mudar a data de vencimento e a embalagem de carnes estragadas, que eram usadas como matéria-prima para embutidos, até injetar água em frangos para alterar seu peso e mascarar a deterioração de carnes com o uso de ácido ascórbico. "São dois anos de análise de fatos, desde utilização de papelão por essas empresas - até essas que já citei de grande porte (JBS e BRF) - para colocar esse tipo de situação em comidas, pra fazer enlatados, e outras coisas que podem prejudicar a saúde humana. (...) Tudo isso mostra que o que interessa para esse grupo é o capitalismo, é o mercado, independente da saúde pública", disse. "Determinados produtos, cancerígenos até, em alguns casos, eram usados pra poder maquiar as características de um produto estragado ou com cheiro." Mas alguns especialistas ouvidos pela BBC Brasil avaliam o modo como as informações foram divulgadas como "sensacionalista". "A divulgação da operação foi muito sensacionalista. Essa é uma questão pontual. Estou nesse mercado, estudando e trabalhando, há 30 anos. Uma das empresas que dirijo importava carne do Uruguai e da Argentinos até 2012. Hoje, 100% da carne que usamos é produzida no Brasil porque melhorou muito a qualidade", afirma Sylvio Lazzarini, dono do restaurante Varanda Grill, em São Paulo. Já Felício ressaltou a importância da investigação e disse que a operação revela um problema no setor, que "precisa de uma renovação no sistema de fiscalização". Ele destaca, porém, que é preciso tomar cuidado com a "demonização" de ingredientes comuns na indústria de carnes, como o ácido ascórbico, "que é utilizado no mundo todo". A BBC Brasil procurou a Polícia Federal, mas não obteve resposta até o fechamento dessa reportagem. Papelão Ao anunciar a operação, a PF mencionou que empresas envolvidas no esquema de corrupção "usavam papelão para fazer enlatados (embutidos)". Em uma das ligações telefônicas citadas no relatório da Polícia, funcionários da BRF falam sobre o uso de papelão na área onde produzem CMS (carne mecanicamente separada, comumente usada na produção de salsichas). No áudio, é possível ouvir: "Funcionário: o problema é colocar papelão lá dentro do cms também né. Tem mais essa ainda. Eu vou ver se eu consigo colocar em papelão. Agora se eu não consegui em papelão, daí infelizmente eu vou ter que condenar. Luiz Fossati (gerente de produção da BRF): ai tu pesa tudo que nós vamos dar perda. Não vamos pagar rendimentos isso." Pedro Felício acredita que a referência ao papelão não foi feita como ingrediente para o processamento da carne. "Acho muito difícil isso ter acontecido. O que acontece é que tem áreas dentro das indústrias que são chamadas de área limpa, onde não podem entrar embalagens secundárias, como caixas de papelão", diz. "Na gravação que ouvi, duas pessoas falavam em entrar com uma embalagem de papelão na área limpa. Evitar papelão nessas áreas faz parte das boas práticas de manufatura, mas não fazer isso não é o mesmo que usar papelão dentro da salsicha." Em nota, a empresa BRF afirmou que "houve um grande mal entendido na interpretação do áudio capturado pela Polícia Federal". "Na frase seguinte, ele deixa claro que, caso não obtenha a aprovação para a mudança de embalagem, terá de condenar o produto, ou seja, descartá-lo", afirma a empresa. Ácido ascórbico O ácido ascórbico - a popular vitamina C - também foi citado pelo delegado da PF como algo utilizado para "maquiar" o aspecto da carne. "Eles usam ácido ascórbico e outras substâncias na carne pra maquiar essa imagem ruim que ficaria se ela fosse expostas dessa forma. Inclusive cancerígenas. Então se usa esses produtos multiplicados 5, 6 vezes pela quantia permitida pela lei para que não dê cheiro, e o aspecto de cor fique bom também", disse Grillo. A partir daí, muitas pessoas associaram o ácido ascórbico como sendo uma substância potencialmente cancerígena. De acordo com a OMS, ela pode contribuir com distúrbios gastrointestinais, cálculos renais e outros problemas de saúde se for consumida em excesso e por longos períodos de tempo, mas não há evidências de qualquer relação com o câncer. Os especialistas alertam que o uso de ácido ascórbico em si na carne não é problema. "O uso dele tem benefícios e não é para mascarar carne adulterada. Ele tem uma função nas carnes processadas como antioxidante, ajuda a melhorar a estabilidade do sabor e reduzir o teor de nitrito residual. O nitrito é um aditivo para realizar a cura, que é uma etapa importante no processamento da maior parte dos produtos processados. Todo ingrediente não cárneo tem função a cumprir no processamento de alimentos", afirmou Carmen Castillo. A substância, segundo Felício, consegue mascarar a deterioração da carne no princípio, quando ela só tem algumas manchas, mas não quando o estado é mais avançado. "A carne usada como matéria-prima não deve ter qualquer aditivo, nem o ácido ascórbico. Se a Polícia achou isso, não deveria acontecer", diz. Salsicha de peru sem peru A descoberta de que, no Paraná, alunos da rede pública estadual consumiram salsicha de peru sem carne de peru - preenchida com proteína de soja, fécula de mandioca e carne de frango - deu início à investigação de dois anos. "Muitas vezes verificou-se a falta de proteína, por exemplo, numa merenda escolar, trocada por fécula de mandioca ou então a proteína da soja, que é muito mais barata do que a carne, então substituía. Muitas vezes até tinha a quantidade de proteína suficiente, mas não era a proteína da carne, era proteína de outro alimento, que não traz as mesmas substâncias pro corpo humano como a carne", afirmou o delegado. O uso de soja e de fécula de mandioca são comuns na produção de embutidos em todo o mundo, segundo os especialistas, porém é preciso respeitar as quantidades permitidas pela lei. "É preciso observar as quantidades usadas, porque elas só podem ser usadas dentro dos limites da lei. Senão, você tem um produto de carne que tem predominância de matérias-primas não cárneas", diz Felício. Injeção de água no frango Segundo a PF, fiscais teriam descoberto que frangos da empresa BRF, a maior exportadora de frango do mundo, teriam "absorção de água superior ao índice permitido". "Injetar água no frango é um problemão com o qual o Brasil vive e luta contra há muito tempo. Há oito anos que o Ministério da Agricultura é cobrado pelo Ministério Público que o frango não pode ter mais de 8% de água", afirma Felício. "É uma luta difícil. Eu não duvido que isso aconteça muito por aí, mas existe um esforço para combater." A prática não chega a ser prejudicial à saúde, mas altera o peso da carne. "É uma fraude econômica", diz o engenheiro. Cabeça de porco O uso da carne de cabeça de porco ou de boi em linguiças é discutido em uma das ligações interceptadas entre os sócios do frigorífico Peccin e é proibido no Brasil. "Usavam cabeça de porco, animal morto, tudo para fazer esse tipo de produtos, principalmente esses derivados, salsicha, linguiça, e outros produtos", afirmou Grillo. A utilização de cabeça de porco é admitida em outros países, segundo Felício. "Não será a melhor linguiça do mundo, mas não é prejudicial à saúde. Será um produto comestível, mas de categoria inferior." "No Brasil, essa carne é considerada como matéria-prima nas formulações de embutidos cozidos, como mortadela, mas não em linguiças, que são cruas." O consumidor deve se preocupar? Segundo Sylvio Lazzarini, as irregularidades encontradas pela Polícia Federal devem ser punidas, mas não representam a totalidade dos produtos feitos no Brasil e vendidos em supermercados e restaurantes. "A carne brasileira evoluiu muito nos últimos anos e é muito segura. Senão o Brasil não exportaria para os países asiáticos, e muito menos para os EUA, que tem um dos maiores controles fitossanitários do planeta", diz Lazzarini. Para o empresário, "irregularidades desse nível existem em todo o mundo porque bandidos existem em todo lugar". O Ministério da Agricultura divulgou nota também para "acalmar os ânimos" dos consumidores. "O Serviço de Inspeção Federal é considerado um dos mais eficientes e rigorosos do mundo. Tem um quadro de 2.300 servidores e inspeciona 4.837 unidades produtoras habilitadas para exportação para 160 países. Foi com este Serviço que construímos uma reputação de excelência na agropecuária e conseguimos atender às exigências rigorosas de diferentes nações", afirma a pasta. O delegado da PF chegou a ser questionado na coletiva de imprensa se seria correto afirmar que "quase nenhum produto no mercado hoje está 100% livre dessas possíveis fraudes". Ele respondeu com cautela, mas não escondeu sua preocupação. "É possível que a gente tenha consumido alimentos de baixa qualidade, no mínimo, com qualidade inferior do que deveria ser fornecido." "Hoje é realmente complicado. Tenho ido ao mercado e passeio um bom tempo até escolher um produto, mudou esse aspecto na minha vida. É difícil porque a confiança que a gente tem nas empresas, pelo menos da minha parte, mudou muito. São empresas que a gente considerava corretas, então assusta. Obviamente deve ter empresas sérias, corretas, mas na investigação foi assim, foi aparecendo uma, depois outra. Acho que a gente pode dizer que todas as empresas que a gente teve o azar ou a sorte de investigar tiveram problemas sérios. Foram quase 40." Para evitar problemas, Pedro Felício afirma que os consumidores devem sempre conferir se os estabelecimentos de onde compram carne vendem produtos com certificação de origem e de inspeção, de preferência federal. "O que está sendo utilizado nos produtos está aprovado e discutido e é usado em outros países. Eu não acredito que essas acusações possam ser generalizadas, acho que é um problema localizado e o governo terá que resolver", diz. |
Ministro do Supremo mantém condenação de juíza ligada ao narcotráfico Posted: 19 Mar 2017 11:05 AM PDT Fachin aponta que 'não estão presentes requisitos para a concessão da medida cautelar' a Olga Regina de Souza Guimarães BBC Brasil O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou liminar por meio da qual a juíza Olga Regina de Souza Guimarães buscava suspender decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que a condenou à pena de aposentadoria compulsória por 'conduta incompatível com a magistratura e violação de deveres funcionais'. O CNJ verificou, ao julgar PAD (Processo Administrativo Disciplinar), o envolvimento da magistrada da Justiça da Bahia com o narcotraficante colombiano Gustavo Duran Bautista. A decisão foi tomada no MS (Mandado de Segurança) 34662, informou o site do Supremo. Fachin apontou que 'não estão presentes, no caso, os requisitos para a concessão da medida cautelar'. Sobre a alegação da defesa de nulidade pela falta de intimação pessoal para a sessão de julgamento do processo administrativo, o ministro disse que, 'pelo princípio da ausência de nulidade sem prejuízo, é preciso que a magistrada demonstre o prejuízo concreto resultante do eventual descumprimento de formalidade'. "Ainda que a juíza não tenha sido intimada pessoalmente, seus advogados tiveram ciência da sessão por meio da publicação da pauta no Diário da Justiça Eletrônico, conforme determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 11.416/2006", destacou Fachin. O relator frisou que, 'tendo a magistrada participado ativamente de todos os atos processuais, seja pelo acompanhamento do início do julgamento por meio do portal eletrônico do CNJ, seja pelo peticionamento para apresentar questão de fato e para reiterar seus argumentos, não há que se falar em prejuízo à defesa, não se reconhecendo a nulidade do ato, nos termos da jurisprudência do STF'. Investigação Quanto à alegação de nulidade das provas do processo administrativo, que teriam sido colhidas por autoridade incompetente, o ministro Fachin registrou que há elementos nos autos que atestam que a investigação inicial se voltava contra o narcotraficante Gustavo Duran, e que a quebra do seu sigilo telefônico, autorizada pela Justiça, mostrou conversas mantidas entre ele, a magistrada e seu companheiro. Ainda segundo o ministro, o relator do caso no CNJ reforçou que as provas contra a juíza foram colhidas na Operação São Francisco, que investigou grupo criminoso especializado na exportação de drogas da América do Sul para a Europa, e que a jurisprudência do Supremo reconhece a possibilidade de compartilhamento das provas colhidas em sede de investigação criminal para instrução de processo administrativo disciplinar. Fachin afirmou que não há como afastar a presunção de legalidade do CNJ relativamente à coleta de provas sem que se realize ampla instrução. A reportagem não localizou Olga Regina de Souza Guimarães. O espaço está aberto para sua manifestação. |
"A Bela e a Fera" quebra recorde ao render US$170 mi na estreia Posted: 19 Mar 2017 10:52 AM PDT LOS ANGELES (Reuters) - Isto é o que torna a Disney uma potência. "A Bela e a Fera", a mais recente adaptação de uma animação clássica com atores, arrecadou 170 milhões de dólares em sua estreia neste final de semana, estabelecendo novo recorde para uma estreia em março e fortalecendo o status da empresa do Mickey como uma companhia dominante na indústria cinematográfica. Nenhuma outra empresa pode igualar a sequência que a Disney está aproveitando atualmente, graças à uma série de aquisições multibilionárias que incluíram companhias do porte da Pixar, Marvel e LucasFilm. "A Bela e a Fera" representa outra parte da estratégia de marca da Disney. É a mais recente adaptação de um conto de fadas a chegar às telonas. Outros filmes do lucrativo grupo incluem "Alice no País das Maravilhas", que obteve 1 bilhão de dólares globalmente, "Cinderella", com receita de 543,5 milhões de dólares e "Mogli – O Menino Lobo", lançado no ano passado e que obteve 966,6 milhões de dólares após encerrar sua campanha. Novas versões de "Dumbo" e "Mulan" já estão sendo produzidas, conforme a Disney se compromete a criar versões com atores de suas principais propriedades de animação. O mais novo conto de fadas conta a história de Bela, uma amante de livros francesa interpretada pela veterana dos filmes de Harry Potter Emma Watson, que ajuda a machucada Fera (interpretada por Dan Stevens, famoso por atuar em Downton Abbey), a sair de sua concha. No processo, ela quebra a maldição que transformou os habitantes do castelo da Fera em mobílias. "A Bela e a Fera" não estraga os elementos que tornaram o filme de 1991 tão amado. O diretor Bill Condon manteve o roteiro básico intacto, mostrando um pouco do passado de Bela. Todos os elaborados números musicais e os utensílios falantes não saíram barato. "A Bela e a Fera" teve um orçamento elevado, de 160 milhões de dólares. O dinheiro deve voltar multiplicado após as vendas de ingressos serem computadas e novas linhas de roupas de princesa são criados para satisfazer novas gerações de fãs. |
Ministro do STF condena filha de Edson Fachin, seu colega de Corte Posted: 19 Mar 2017 10:18 AM PDT Procurados, os ministros Edson Fachin e Luis Roberto Barroso (foto) preferiram não se manifestar sobre a decisão Nelson Jr./10.10.2013/STF (10/10/2013) O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), condenou à multa de um salário mínimo, por litigância de má-fé, os advogados Melina Girardi Fachin, Marcos Alberto Rocha Gonçalves e Carlos Eduardo Pianovski, do escritório Fachin Advogados Associados. Melina é uma das duas filhas do ministro Edson Fachin, colega de Barroso no STF. Gonçalves é casado com Melina. Na entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele disse que achou "errada" a decisão de Barroso, e que "faria tudo de novo". Disse, também, que Melina não iria falar a respeito. Dois dias depois mandou uma nota: "Nosso escritório é tratado no STF e em todas as cortes como qualquer outro. Sem privilégio ou preconceito e é assim que deve ser. Decisões favoráveis e desfavoráveis fazem parte do trabalho de todo advogado." Procurados, os ministros Edson Fachin e Luis Roberto Barroso preferiram não se manifestar. A decisão do ministro Barroso foi tomada na Reclamação 23959/Paraná, em 24 de maio do ano passado. Representando a Itaipu Binacional, cliente do escritório, os três advogados reclamaram ao Supremo de um acórdão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Este acórdão rejeitou um recurso especial dos advogados (número 1.239.899, também em defesa da Itaipu Binacional). Eles alegaram ao STF, entre outras razões, que o STJ "usurpara competência do Supremo". Barroso arguiu, em sua decisão, a "manifesta inviabilidade" da reclamação. Primeiro, explicou, pela perda do prazo. E, segundo, por não terem juntado aos autos peças essenciais, como o acórdão recorrido. São erros primários no exercício da advocacia. Depois de negar seguimento à reclamação, Barroso considerou "que o uso de meios processuais manifestamente inadmissíveis gera efeitos danosos à prestação jurisdicional, tomando tempo e recursos escassos desta Corte, causando, ainda, prejuízos à parte contrária". Então, condenou os reclamantes ao pagamento de multa por litigância de má-fé. Não houve recurso por parte dos advogados, e o caso transitou em julgado em 21 de junho do ano passado. Na nota enviada à reportagem, Marcos Gonçalves, o genro de Fachin, afirma que "a parte reclamante condenada (a Itaipu Binacional) não se confunde com a esfera subjetiva dos advogados que a defendem". Diz, ainda, que "a aplicação da multa é imposta pela lei, diante do entendimento de que o meio processual intentado é inadmissível; não se confunde com juízo de valor comportamental". Diz, ainda, que o texto da decisão de Barroso é idêntico a "dezenas de decisões" de sua relatoria. O Fachin Advogados Associados atua na causa, pelo governo do Paraguai, sócio da Itaipu Binacional, desde 2003. É um caso complexo em que se discute se a hidrelétrica, com sócio estrangeiro, deve ou não ser fiscalizada pelo TCU. Foi a atuação de Edson Fachin, lá atrás, que conseguiu levar o caso para o STF muito antes que ele sequer pensasse que um dia chegaria lá. Quando foi indicado, em 2015, surgiu a denúncia de que não poderia ter atuado no caso por ser servidor federal concursado. O candidato a ministro provou, então, que uma lei federal validava sua atuação. Quando assumiu o Supremo, o caso, como os demais em que atuava, foi herdado pelo Fachin Advogados Associados. Até hoje tramita por lá. Ministros do STF trocam farpas após afastamento de Renan Calheiros As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. |
Dinheiro recuperado pela Lava Jato no Rio será usado para pagar aposentados Posted: 19 Mar 2017 09:38 AM PDT Operação recuperou R$ 250 milhões REUTERS A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro autorizou o uso de R$ 250 milhões recuperados pela Operação Lava Jato no Rio para o pagamento de 140 mil servidores inativos do estado que recebem até R$ 3.200. O dinheiro faz parte de um montante de cerca de R$ 320 milhões que foram recuperados durante a investigação de um esquema de corrupção envolvendo o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral. De acordo com o procurador da República Jessé Ambrósio dos Santos Júnior, que integra a força-tarefa da Lava Jato no Rio, o uso do dinheiro para o pagamento dos aposentados foi negociado com o governo fluminense. O anúncio sobre quando o dinheiro estará disponível será feito ao longo desta semana."A gente falou que devolveria o dinheiro do estado, desde que ele fosse atrelado ao pagamento de servidores", disse o procurador. Recurso contra Adriana Ancelmo Cabral e sua esposa Adriana Ancelmo foram presos no final do ano passado, na chamada Operação Calicute, junto com assessores e outros acusados no esquema. Eles são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ambos estão presos no Complexo Penitenciário de Bangu. Na última sexta-feira (17), a Justiça concedeu à Adriana Ancelmo o direito de cumprir a prisão preventiva em casa, devido ao fato de que ela e Cabral tem dois filhos menores de idade. Segundo o procurador Jessé, o Ministério Público Federal já impetrou um mandado de segurança na Justiça Federal contra a decisão de conceder a prisão domiciliar a Adriana. |
Líder da Coreia do Norte diz que teste de motor é "renascimento" de indústria de foguetes do país Posted: 19 Mar 2017 09:27 AM PDT SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte realizou um teste de um novo motor em sua estação de lançamento de foguetes de Tongchang-ri e o líder do país, Kim Jong Un, disse que o teste bem-sucedido é um "renascimento" da indústria de foguetes do país, disse a mídia oficial norte-coreana. O motor ajudaria a Coreia do Norte a obter capacidade de classe mundial para o lançamento de satélites, disse a agência oficial KCNA, indicando que o teste é um novo tipo de motor de foguetes para mísseis de longo alcance. Os Estados Unidos e a China prometeram trabalhar juntos para fazer com que a Coreia do Norte adote um "curso diferente" e se afaste de seus programas armamentistas, depois que o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, se reuniu com seu homólogo chinês no sábado. A Coreia do Norte realizou cinco testes com armas nucleares e uma série de lançamentos de mísseis, em um desafio às sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU), e especialistas e autoridades governamentais acreditam que o país esteja trabalhando para desenvolver mísseis capazes de levar ogivas nucleares e de atingir os Estados Unidos. Kim Jong Un disse que a Coreia do Norte está perto de fazer o teste do lançamento de um míssil balístico intercontinental. (Reportagem de Jack Kim) |
Posted: 19 Mar 2017 08:55 AM PDT ANCARA (Reuters) - A Turquia acusou a Alemanha neste domingo de apoiar a rede de um clérigo muçulmano que vive nos Estados e que Ancara acusa de tentar um golpe no ano passado, comentários que provavelmente vão agravar uma disputa diplomática entre os dois países. No sábado, a revista alemã Der Spiegel publicou uma entrevista com o chefe da agência de inteligência BND afirmando que Ancara não conseguiu convencê-lo de que o clérigo Fethullah Gulen era responsável pela tentativa de golpe. "A Turquia tentou nos convencer disso em todos os níveis, mas até agora não conseguiu", disse Bruno Kahl. O porta-voz do presidente turco, Tayyip Erdogan, disse que os comentários de Kahl eram prova de que a Alemanha estava apoiando a rede de Gulen, que Ancara denomina de "Organização Terrorista Gulenista" ou "Feto". "É um esforço para invalidar todas as informações que lhes demos sobre a Feto, é um sinal de seu apoio à Feto", disse Ibrahim Kalin à emissora CNN da Turquia. "Por que eles estão protegendo-os? Porque estes são instrumentos úteis para a Alemanha usar contra a Turquia." Não houve resposta alemã a esses comentários. A Alemanha e a Turquia estão em uma disputa cada vez mais profunda, depois que Berlim proibiu alguns ministros turcos de falarem em comícios para turcos expatriados antes de um referendo no próximo mês, citando preocupações de segurança pública. (Reportagem de Ece Toksabay) |
Presidente tem reunião hoje à tarde para discutir reflexos da Carne Fraca na economia Posted: 19 Mar 2017 08:39 AM PDT O presidente Michel Temer terá uma série de reuniões neste domingo (19) com ministros e embaixadores dos principais países importadores de carne brasileira para discutir medidas que amenizem os eventuais impactos negativos da Operação Carne Fraca na economia do país. De acordo com a agenda divulgada pela Presidência da República,Temer se reunirá às 14h com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Em seguida, às 15h, Temer e Maggi se reunirão com o ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, e com representantes de empresas e entidades frigoríficas. E às 17h, Temer se reunirá com embaixadores dos principais países importadores de carne brasileira visando esclarecer eventuais dúvidas e dar garantias da qualidade do produto. Todas as reuniões ocorrerão no Palácio do Planalto. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, defendeu no sábado (18) o sistema de inspeção agropecuária brasileiro e disse que a fiscalização é "forte, robusta e séria". Repercussão As reuniões acontecem após a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na sexta-feira (17), ter desarticulado uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários que emitiam certificados sanitários sem fiscalização, em troca de propina. Cerca de 30 empresas fornecedoras de grandes frigoríficos estão sendo investigadas. Além disso, 33 fiscais federais também estão sob investigação. Segundo a PF, os frigoríficos envolvidos no esquema criminoso "maquiavam" carnes vencidas com ácido ascórbico e as reembalavam para conseguir vendê-las. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação. |
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