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sábado, 18 de março de 2017

#Brasil

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Mega-Sena acumula e deve pagar R$ 6 milhões na próxima quarta-feira

Posted: 18 Mar 2017 05:42 PM PDT

Sorteio premiou 43 apostas com a quina e 2.960 com a quadra Folha Vitória - Cidades 2

Nenhum apostador conseguiu acertar todas as seis dezenas sorteadas pela Mega-Sena na noite deste sábado (18). Com isso, o prêmio da loteria acumulou e a Caixa promete pagar nada menos do que R$ 6 milhões para quem cravar sozinho todos os números revelados no sorteio da próxima quarta-feira (22). 

As dezenas reveladas nesta noite pelo concurso 1.913 da loteria, foram: 04 — 14 — 17 — 43 — 52 — 56.

Apesar de nenhum apostador ter faturado o prêmio principal, 43 pessoas acertaram a quina e têm o direito de receber R$ 35.274,91 cada. Outros 2.960 apostadores cravaram quatro dos números sorteados e podem sacar R$ 732,05 cada.

Para concorrer ao prêmio de R$ 6 milhões da próxima quarta, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Equador, Colômbia e Peru farão reunião sobre caso Odebrecht, diz jornal

Posted: 18 Mar 2017 05:23 PM PDT

Sete países da América Latina investigam propina da Odebrecht Paulo Whitaker/Reuters

Promotores do Equador, Colômbia e Equador vão se reunir na próxima sexta-feira  (24) para falar sobre o escândalo de corrupção da Odebrecht, que é investigada nesses países por denúncias de suborno a agentes do governo, informou o jornal equatoriano El Mercurio.

A publicação cita uma mensagem publicada pelo promotor-geral do Equador, Galo Chiriboga, em seu perfil no Twitter. "Em 24 de março teremos uma nova reunião em Quito com os promotores-gerais do Equador, Colômbia e Peru para falar sobre o caso Odebrecht", escreveu.

O equatoriano acrescentou que, a partir de 1º de junho, o Ministério Público brasileiro irá fornecer informações para o Equador e outros nove países sobre os negócios da empreiteira.

Trump telefona para Temer e os dois discutem reformas em curso nos países

Posted: 18 Mar 2017 05:22 PM PDT

Esta foi a segunda conversa telefônica entre Temer e Trump Aluízio de Assis

O presidente Michel Temer conversou na tarde deste sábado (18) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A conversa, que já estava agendada anteriormente, durou cerca de 20 minutos e teve início por volta das 18h15.

Esta é a segunda conversa telefônica entre os dois Chefes de Estado e, segundo informou o Planalto, por meio de nota oficial, eles acertaram "manter contato regular e deixaram abertos os canais diretos de diálogo, tendo estabelecido que voltariam a falar-se a qualquer momento em que se apresente questão de interesse mútuo".

O presidente Trump aproveitou ainda para reforçar "interesse" em receber uma visita do presidente Michel Temer aos Estados Unidos.

A nota divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, informa também que Temer destacou na conversa a retomada do crescimento econômico e os dois "trocaram impressões sobre as reformas em curso no Brasil e nos EUA". E acrescenta: "o Presidente Donald Trump revelou acompanhar e conhecer essas transformações e cumprimentou o presidente Michel Temer pelos importantes resultados já alcançados".

Temer 'garante" que inflação ficará abaixo do centro da meta, de 4,5%

Ao falar do ânimo em relação à melhoria do cenário da economia no País, Temer "sublinhou que uma série de indicadores econômicos recentes permite afirmar que o crescimento da economia e do emprego já retornou".

O presidente brasileiro destacou ainda a "importância de aprofundar uma agenda bilateral para o crescimento, baseada na expansão do comércio e do investimento", acrescentando que "ao longo da próxima semana, terá encontros com a Câmara de Comércio Brasil-EUA e com o Conselho das Américas. Em ambos, o Presidente Michel Temer reiterará a importância dos vínculos bilaterais e o potencial crescente da economia brasileira".

Segundo a nota, "por iniciativa do Presidente Trump, os dois mandatários trataram, também, de temas da atualidade regional" e "acertaram manter contato regular", acertando que uma visita próxima presidente Temer aos Estados Unidos.

Veja a íntegra da nota divulgada pelo Planalto:

"O Presidente Michel Temer recebeu telefonema do Presidente Donald Trump, na tarde de hoje, 18 de março. Foi a segunda conversa telefônica entre os dois Chefes de Estado.

Eles trocaram impressões sobre as reformas em curso no Brasil e nos EUA. O Presidente Donald Trump revelou acompanhar e conhecer essas transformações e cumprimentou o Presidente Michel Temer pelos importantes resultados já alcançados.

O Presidente Michel Temer sublinhou que uma série de indicadores econômicos recentes permite afirmar que o crescimento da economia e do emprego já retornou. Enfatizou a importância de aprofundar uma agenda bilateral para o crescimento, baseada na expansão do comércio e do investimento. Comentou também que, ao longo da próxima semana, terá encontros com a Câmara de Comércio Brasil-EUA e com o Conselho das Américas. Em ambos, o Presidente Michel Temer reiterará a importância dos vínculos bilaterais e o potencial crescente da economia brasileira.

Por iniciativa do Presidente Trump, os dois mandatários trataram também, de temas da atualidade regional. Eles acertaram manter contato regular e deixaram abertos os canais diretos de diálogo, tendo estabelecido que voltariam a falar-se a qualquer momento em que se apresente questão de interesse mútuo. Na mesma linha, o Presidente Trump mencionou seu interesse em receber uma próxima visita do Presidente Michel Temer aos EUA.

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República"

Banco Central bloqueia R$ 2 milhões de 46 investigados na Operação Carne Fraca

Posted: 18 Mar 2017 04:42 PM PDT

Bloqueio de R$ 1 bilhão era o teto estipulado pela Justiça, não significando a identificação desse valor durante as investigações Thinkstock

O BC (Banco Central) bloqueou cerca de R$ 2 milhões de contas de 46 investigados na Operação Carne Fraca, deflagrada na sexta-feira (18), pela Polícia Federal. A Justiça Federal determinou que a autoridade monetária fizesse o bloqueio de até R$ 1 bilhão de cada uma das contas.

As contas bloqueadas tinham valores diversos, que iam de centavos a até mais de R$ 500 mil. O valor de bloqueio de R$ 1 bilhão era o teto estipulado pela Justiça, não significando a identificação desse valor durante as investigações.

A Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, desarticulou uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários que emitiam certificados sanitários sem fiscalização em troca de propina. Ao todo, cerca de 30 empresas fornecedoras de grandes frigoríficos estão sendo investigadas. Além disso, 33 fiscais federais também estão sob investigação.

Temer vai se reunir com ministro da Agricultura para tratar impactos da Operação Carne Fraca

Ainda segundo a PF, os frigoríficos envolvidos no esquema criminoso "maquiavam" carnes vencidas com ácido ascórbico e as reembalavam para conseguir vendê-las. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação.

Governo

Mais cedo, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, defendeu o sistema de inspeção agropecuária brasileiro e disse que a fiscalização é "forte, robusta e séria". Segundo ele, o ministério está tomando todas as providências sobre as denúncias levantadas pela operação, mas não há motivos para a população ter receio de consumir carne.

— O que aconteceu foi desvio de alguns servidores, de algumas empresas, nós temos que discutir como foi que isso aconteceu. Mas eu posso garantir com toda tranquilidade: eu não deixarei de consumir e recomendo que você também não deixe porque não há risco nenhum.

Em nota, a pasta afirma que o "Serviço de Inspeção Federal brasileiro é considerado um dos mais eficientes e rigorosos do mundo".

Churrascarias relatam movimento fraco após escândalo

Carne vencida e mascarada: o que se sabe sobre o escândalo envolvendo as maiores empresas do setor

Em nota, empresa envolvida em escândalo da carne diz que apoia fiscalização do setor

Posted: 18 Mar 2017 02:41 PM PDT

Operação da Polícia Federal é uma das maiores da história 10.10.2014/REUTERS/Nacho Doce

Uma das empresas suspeitsa de envolvimento no esâncado da carne emitiu um comunicado na noite deste sábado (18) a respeito do noticiário sobre a Operação Carne Fraca, da PF (Polícia Federal). Após apresentar suas explicações, a empresa manifesta, na nota, o seu apoio à fiscalização do setor e ao direito de informação da sociedade com base em fatos, sem generalizações que podem prejudicar a reputação de empresas idôneas e gerar alarme desnecessário na população.

Veja a íntegra da nota distribuída pela assessoria de imprensa do da BRF:

"COMUNICADO À IMPRENSA

Em virtude do noticiário acerca da chamada Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, a BRF vem a público esclarecer alguns fatos importantes:

1 - INTERDIÇÃO DA FÁBRICA DE MINEIROS (GO)

A fábrica da BRF de Mineiros é uma planta construída em 2006 que produz carne de frango e de peru e responde por menos de 5% da produção total da BRF. Seus produtos são destinados a exportações e mercado interno. A planta está habilitada para exportar para os mais exigentes mercados do mundo, como Canadá, União Europeia, Rússia e Japão. Isso significa que segue as diferentes normas estipuladas por esses países.

A fábrica possui três certificações internacionais que estão entre as mais importantes do mundo: BRC (Global Standard for Food Safety), IFS (International Food Standard) e ALO Free (Agricultural Labeling Ordinance). A última auditoria pela qual a fábrica passou foi realizada pelo MAPA e aconteceu entre os dias 25 e 28 de fevereiro de 2017, tendo sido considerada apta a manter suas operações em todos os critérios.

Apesar de o juiz da operação ter considerado desnecessário o fechamento da unidade, ela foi interditada, de forma preventiva e temporária, pelo Ministério da Agricultura. A medida deve durar até que a BRF possa prestar as informações que atestem a segurança e a qualidade dos produtos produzidos, o que deve acontecer em breve, uma vez que a companhia tem confiança em seus processos e padrões, que estão entre os mais rigorosos do mundo.

2 - PRESENÇA DE SALMONELLA NOS PRODUTOS

Sobre esse tema é preciso esclarecer alguns fatos muito importantes para o melhor entendimento da questão. Existem cerca de 2.600 tipos de Salmonella, bactéria comum em produtos alimentícios de origem animal ou vegetal. Todos os tipos são facilmente eliminados com o cozimento adequado dos alimentos.

Em relação ao caso da Itália divulgado na mídia, é importante esclarecer que a BRF não incorreu em nenhuma irregularidade.

O contexto verdadeiro é o seguinte: em 2011, a União Europeia definiu um novo regulamento (CE 1086/2011) para controle de Salmonella em carne de aves produzidas localmente ou importadas. Segundo este regulamento, produtos in natura não podem conter dois tipos de Salmonella: SE e ST (Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium).

O tipo de Salmonella encontrado em alguns lotes desses quatro contêineres é o Salmonella Saint Paul, que é tolerado pela legislação europeia para carnes in natura e, portanto, não justificaria a proibição de entrada na Itália.

Diante desse fato, a BRF discutiu duas iniciativas:

1. O encaminhamento da mercadoria a outro porto, o de Roterdã, na Holanda. Este porto holandês segue à risca o regulamento europeu. O produto obviamente passaria por todos os testes exigidos, com os mesmos padrões técnicos.

2. A antecipação da discussão do problema junto ao MAPA, em Brasília. O acordo entre Brasil e União Europeia para importação de produtos alimentícios determina que não-conformidades gerem um "rapid alert" (alerta rápido) para todos os países da comunidade, para o produtor e para as autoridades sanitárias do país de origem. Portanto, a intenção da BRF foi, antes mesmo da emissão do "rapid alert", antecipar a comunicação ao MAPA e iniciar sua defesa com argumentos técnicos e científicos.

Diante do exposto, a BRF reitera que todas as medidas tomadas pela empresa e seus técnicos estão plenamente de acordo com os mais elevados níveis de governança e compliance e de forma nenhuma ferem qualquer preceito ético ou legal do Brasil e dos países para os quais a BRF exporta seus produtos.

3 - USO DE PAPELÃO

Não há papelão algum nos produtos da BRF. Houve um grande mal entendido na interpretação do áudio capturado pela Polícia Federal. O funcionário estava se referindo às embalagens do produto e não ao seu conteúdo. Quando ele diz "dentro do CMS", está se referindo à área onde o CMS é armazenado. Isso fica ainda mais claro quando ele diz que vai ver se consegue "colocar EM papelão", ou seja, embalar o produto EM papelão, pois esse produto é normalmente embalado em plástico. Na frase seguinte, ele deixa claro que, caso não obtenha a aprovação para a mudança de embalagem, terá de condenar o produto, ou seja, descartá-lo.

4 - ACUSAÇÕES DE CORRUPÇÃO

A BRF não compactua com práticas ilícitas e refuta categoricamente qualquer insinuação em contrário. Ao ser informada da operação da PF, a companhia tomou imediatamente as medidas necessárias para a apuração dos fatos. Essa apuração será realizada de maneira independente e caso seja verificado qualquer ato incompatível com a legislação vigente, a BRF tomará as medidas cabíveis e com o rigor necessário. A BRF não tolera qualquer desvio de seu manual da transparência e da legislação brasileira e dos países em que atua.

5 - PRISÃO DE RONEY NOGUEIRA DOS SANTOS

O sr. Roney apresentou-se voluntariamente às autoridades brasileiras na manhã deste sábado, vindo da África do Sul, onde estava a trabalho, para prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades. A BRF está acompanhando as investigações e dará todo o suporte às autoridades.

6 - NOTÍCIAS SOBRE "CARNE PODRE"

A BRF nunca comercializou carne podre e nem nunca foi acusada disso. As menções a produtos fora de especificação, no âmbito da operação Carne Fraca, dizem respeito a outras empresas, como pode ser comprovado no material divulgado pela Polícia Federal. A BRF lamenta que parte da imprensa tenha inserido o seu nome de maneira equivocada em reportagens que tratam desse assunto, confundindo os consumidores e a sociedade.

CONCLUSÃO

Em virtude do exposto acima, a BRF vem a público manifestar seu apoio à fiscalização do setor e ao direito de informação da sociedade com base em fatos, sem generalizações que podem prejudicar a reputação de empresas idôneas e gerar alarme desnecessário na população.

São Paulo, 18 de março de 2017 às 17h50"

Temer vai se reunir com ministro da Agricultura para tratar impactos da Operação Carne Fraca

Posted: 18 Mar 2017 02:13 PM PDT

Encontro vai reunir também associações que representam o setor envolvido na Operação Carne Fraca Getty Images

O presidente Michel Temer vai se reunir na tarde deste domingo (19) com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, para discutir as medidas do governo e a repercussão no mercado internacional depois da deflagração da Operação Carne Fraca.

Também participarão do encontro representantes da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) e de ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), além da CNA (Confederação Nacional da Agricultura).

O objetivo da reunião será debater as medidas que já estão sendo tomadas pelo ministério e os possíveis desdobramentos da operação. O governo está preocupado com o impacto da operação nas exportações de carnes e outros produtos animais.

Churrascarias relatam movimento fraco após escândalo

Carne vencida e mascarada: o que se sabe sobre o escândalo envolvendo as maiores empresas de carne do Brasil

Neste sábado (18), técnicos da Agricultura estão reunidos e preparam uma nota que será enviada a embaixadores de vários países. De acordo com a pasta, o texto deverá informar sobre a Operação Carne Fraca e esclarecer dúvidas já levantadas por outros países além de certificar de que o governo brasileiro está tomando todas as providências.

Na sexta-feira (17), logo que soube da operação, Maggi informou que iria interromper uma licença de dez dias para tratar pessoalmente do caso. Hoje, ele concedeu entrevista em Cuiabá e disse que não há motivos para a população ter receio de consumir a carne dos mercados e que o caso foi de "desvio de alguns servidores e de algumas empresas", que já foram interditadas.

Operação Carne Fraca

De acordo com as investigações da Polícia Federal, frigoríficos envolvidos no esquema criminoso "maquiavam" carnes vencidas com ácido ascórbico e as reembalavam para conseguir vendê-las. As empresas, então, subornavam fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação.

Empresas tentam proteger marcas envolvidas na Operação Carne Fraca

Ministro da Agricultura defende carnes brasileiras

Posted: 18 Mar 2017 01:31 PM PDT

Ministro da Agricultura diz que frigoríficos onde foram constatadas as ações criminosas já foram interditados Getty Images

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, defendeu neste sábado (18), em Cuiabá, o sistema de inspeção agropecuária brasileiro e disse que a fiscalização é "forte, robusta e séria".

Segundo Maggi, o ministério está tomando todas as providências sobre as denúncias levantadas pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, mas não há motivos para a população ter receio de consumir carne.

— O que aconteceu foi desvio de alguns servidores, de algumas empresas, nós temos que discutir como foi que isso aconteceu. Mas eu posso garantir com toda tranquilidade: eu não deixarei de consumir e recomendo que você também não deixe porque não há risco nenhum.

Churrascarias relatam movimento fraco após escândalo

Maggi disse que os frigoríficos onde foram constatadas as ações criminosas já foram interditados e que o ministério procura agora saber se é possível que parte da carne contaminada ainda esteja disponível para o consumidor.

— Nós estamos fazendo o acompanhamento de como a operação policial aconteceu, se essa mercadoria ainda está nos frigoríficos, se ela está em trânsito ou se está nos supermercados. Mas penso eu que se essas mercadorias, se essa fiscalização ocorreu há mais de dez dias, muito provavelmente ela não está mais nos supermercados, ela já foi consumida.

Reuniões técnicas

Uma das maiores preocupações do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) é atender aos questionamentos dos compradores de carne brasileira em outros países. Técnicos da consultoria jurídica e das secretarias de Defesa Agropecuária e de Relações Internacionais da pasta estão reunidos neste domingo (18) para analisar a decisão judicial de 350 páginas que autorizou a operação e também detalhes como legislação e emissão dos SIFs (Selos de Inspeção Sanitária) para as empresas envolvidas.

A intenção dos técnicos é saber se as unidades que foram interditadas exportavam carne e para quais países ou se vendiam apenas no mercado interno e em que Estados.

Carne vencida e mascarada: o que se sabe sobre o escândalo que atinge as maiores empresas de carne do Brasil

Na segunda-feira (20), os consultores jurídicos também irão a Curitiba (PR) buscar informações específicas com a Polícia Federal e visitar as empresas envolvidas para iniciar uma auditoria sobre o assunto. A intenção é ter acesso, inclusive, aos laudos periciais relacionados à operação para tomar providências em relação às empresas.

Segundo informações da Mapa, em 2016, o Brasil exportou mais de 1 milhão de toneladas de carne bovina. Os principais destinos foram Hong Kong, Egito, China e Rússia. Também foram exportados cerca de 3,9 milhões de toneladas de carne de frango in natura, cujos principais compradores foram Arábia Saudita, China, Japão, Emirados Árabes Unidos e Hong Kong. No mesmo ano foram abatidas 42,3 milhões de cabeças de suínos para o mercado interno e externo.

Nota

Na noite deste sábado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou nota reafirmando o que havia sido dito por Maggi, que o "Serviço de Inspeção Federal brasileiro é considerado um dos mais eficientes e rigorosos do mundo".

Segundo o governo, o serviço tem 2.300 funcionários que inspecionam 4.837 unidades produtoras habilitadas a exportarem carne para 160 países. "Foi com este Serviço que construímos uma reputação de excelência na agropecuária e conseguimos atender às exigências rigorosas de diferentes nações", diz a nota.

O ministério afirma ainda que as denúncias que vieram à tona com a Operação Carne Fraca são "fatos pontuais", após a denúncia inicial de um fiscal.

Operação Carne Fraca

De acordo com as investigações da Polícia Federal, frigoríficos envolvidos no esquema criminoso "maquiavam" carnes vencidas com ácido ascórbico e as reembalavam para conseguir vendê-las. As empresas, então, subornavam fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação.

Brasileiros vivem crise alimentar e estão longe de comida de verdade

Principais abatedores de bovinos do País, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão preocupados

Posted: 18 Mar 2017 01:19 PM PDT

Em 2016, MG e MS foram responsável por, respectivamente, 15,4% e 11,1% das 29,67 milhões de cabeças de bovinos abatidas no País Getty Images

Os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os dois principais Estados no abate de bovinos do País, demonstraram preocupação em relação às possíveis consequências da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, no consumo interno e externo de proteínas.

O governo de Mato Grosso realizou ainda na sexta-feira () uma reunião emergencial com a Sedec (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico), representantes do Indea-MT (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado) e do Imac (Instituto Mato-grossense da Carne).

Os representantes devem se reunir novamente na próxima semana com todo o setor para "tratar das ações pertinentes que devem ser tomadas para a preservação dos mercados internacionais", afirmou o governo. Em nota, a Sedec disse também que os reais impactos ainda não podem ser totalmente avaliados, "pois dependem da postura dos países compradores da carne brasileira".

Churrascarias têm movimento fraco após escândalo

Em Mato Grosso do Sul, o governo do Estado disse que está preocupado com a repercussão negativa que a operação pode surtir no mercado consumidor. "Como um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do País, Mato Grosso do Sul pode ser seriamente prejudicado caso os fatos não sejam claramente esclarecidos e pairem dúvidas nos consumidores", disse o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.

O secretário criticou a forma como a operação está sendo divulgada. "A forma de divulgação das notícias tem apresentado o problema maior que ele é", disse. Ele, no entanto, defendeu a tomada de medidas rápidas para dar segurança e para que o Brasil não corra o risco de perder mercados internacionais.

Nas lojas, consumidor revê compra de carne

O secretário sul-mato-grossense deve ir para Brasília na terça-feira (21) para buscar informações adicionais junto ao Ministério da Agricultura e verificar quais ações podem ser adotadas no Estado "para que o Mato Grosso do Sul, como importante exportador, não tenha impactos negativos na cadeia produtiva bovina".

Em 2016, Mato Grosso foi responsável por 15,4% das 29,67 milhões de cabeças de bovinos abatidas no Brasil. Em segundo lugar, Mato Grosso do Sul teve 11,1% de participação nesta produção.

Vigilância Sanitária do Rio recolhe amostras de carne em supermercados

Posted: 18 Mar 2017 01:14 PM PDT

Neste sábado, uma equipe da Vigilância Sanitária recolheu amostras em dois supermercados da zona sul do Rio de Janeiro Marcelo Camargo/ABr

Técnicos da Vigilância Sanitária municipal do Rio iniciaram neste sábado (18) a coleta de amostras de carnes e derivados em grandes supermercados da cidade, com o objetivo de verificar as condições dos produtos comercializados. A ação é uma consequência direta da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal para investigar adulteração e venda de carne estragada.

Neste sábado, uma equipe da Vigilância Sanitária recolheu amostras em dois supermercados da zona sul. Foram coletadas amostras de carne embalada a vácuo, resfriada e de carne moída, resfriada e embalada, ambas da empresa JBS, um dos alvos da operação da Polícia Federal.

No decorrer da próxima semana, a força-tarefa dos agentes da Vigilância Sanitária pretende recolher amostras também de embutidos e empanados de frango (nuggets). Todos os produtos recolhidos serão encaminhados para análises do Laboratório de Controle de Produtos do órgão municipal.

"O nosso foco não são os estabelecimentos em si. Nós estamos coletando os produtos de carne industrializados, mas durante a operação também verificamos as condições de armazenamento, de exposição, temperatura, higiene e integridade da embalagem", explicou a coordenadora técnica de alimentos da Vigilância Sanitária, Aline Borges, que esteve à frente da ação.

"A princípio estamos focando nos grandes supermercados porque neles encontramos esses produtos com maior facilidade", acrescentou.

Serão feitas análises microbiológicas, para verificar a contaminação por micro-organismos, como a salmonela; de rotulagem, para verificar a composição do produto, e de microscopia, para detectar corpos estranhos no alimento. Também serão feitos exames sensorial, que verifica cor, textura e odor, e físico-químico, que aponta se há deterioração e alteração na cor.

"Eu acredito que em torno de sete a dez dias teremos uma prévia", estimou Aline Borges. Ela informou que se o resultado dos exames for insatisfatório, a Vigilância Sanitária partirá para o recolhimento de todo o lote do produto no município do Rio. "Nesse caso, outras vigilâncias municipais serão acionadas, e também vamos entrar em contato direto com a Superintendência Estadual de Vigilância Sanitária, que é responsável por fiscalizar as indústrias", disse.

A técnica da Vigilância Sanitária municipal ressaltou a importância do consumidor verificar sempre se o produto de origem animal tem registro junto a um órgão de agricultura — secretaria ou ministério, além de checar a rotulagem, o prazo de validade, a integridade da embalagem e a higiene do local onde o produto está exposto.

"Caso chegue em casa e constate, ao abrir a embalagem, alteração de odor ou coloração, deve entrar em contato com a Vigilância Sanitária, através do telefone 1746", orientou.

"Atendia 80 clientes e agora só tenho 5", afirma gerente de churrascaria após escândalo da carne

Posted: 18 Mar 2017 11:18 AM PDT

Churrascarias de SP se preocupam com movimento após escândalo Divulgação

O impacto das revelações da Operação Carne Fraca já começa a ser sentido nos estabelecimentos que lidam diretamente com o produto: as churrascarias. Embora muitos dos responsáveis por elas evitem fornecer dados concretos, os administradores admitem que parte dos clientes já evitam comer carne num primeiro momento após a operação da Polícia Federal. O R7 entrou em contato com 18 churrascarias em São Paulo neste sábado (18) para falar sobre a repercussão do escândalo.

O gerente-geral Claudinei do Santos, da Churrascaria Boi 100, no bairro Casa Verde, em São Paulo, explicou que o movimento caiu drasticamente nesse sábado.

— Nesse horário costumo atender uns 80 clientes, mas no momento só tenho cinco. Foi um pé no s***.

Embora ressalte que sempre tenha selecionado os melhores fornecedores, Santos teme os próximos dias para o negócio.

— Vai demorar pelo menos uns 40 dias para se recuperar dessa situação.

Outras churrascarias sentiram muito menos repercussão com relação a operação federal, mas também têm dúvidas quanto ao fluxo de clientes nos próximos dias.

— O movimento está fraco, mas ninguém cancelou reserva ou fez qualquer comentário a respeito da carne. Não posso falar em números, mas está bem mais vazio que o normal para o horário [por volta das 13h] — afirmou a recepcionista da Churrascaria Asalola, que se identificou apenas como Cassia.

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Já Antônio Santos, gerente da Prazeres do Sul, na República, em São Paulo, afirmou que a casa ainda não registrou diminuição no número de clientes, mas existe sim o medo com relação aos próximos dias.

— Ainda não vimos diferença hoje, mas tememos que ocorra, claro, uma vez que essas coisas se espalham rapidamente. No nosso estabelecimento, sempre tivemos muito cuidado com a carne que nos é fornecida

Segundo Antônio, há uma preocupação especial com os embutidos, evitados ao máximo no local.

— Particularmente, sempre evitei embutidos [linguiças e salsichas] até em casa, e trago a mesma recomendação aqui na churrascaria. Por isso sempre escolhemos os melhores fornecedores.

Já outras churrascarias não comentaram muito o assunto, e apenas afirmaram que até o momento não perceberam qualquer diferença no movimento e vão continuar trabalhando com os mesmos padrões de carnes.

— Ainda não sentimos qualquer efeito, a casa está lotada, tem gente na fila e mesas com mais de dez pessoas. Em nenhum momento algum cliente nos interrogou sobre isso — afirmou o administrador da Churrascaria Dona Leopoldina Luís Franzen, na Vila Leopoldina.

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Segundo Luís, ele ficou sabendo do escândalo "vendo rapidamente nos jornais" e não espera problemas nos negócios nos próximos dias.

De uma forma geral, muitas churrascarias evitaram falar sobre o problema, afirmando que apenas fariam ajustes nos fornecedores, se necessário. Nenhum dos gerentes das churrascarias afirmou comprar carne das empresas envolvidas no escândalo.

É o caso de Alberto Jr., da Churrascaria Taberna Gaúcha, que diz "ter o maior cuidado possível na escolha dos fornecedores".

— Buscamos fornecedores que criam as vacas, evitando grandes empresas, além de conferirmos sempre a validade. Cremos que a confiança dos nossos clientes no estabelecimento vai evitar problemas futuros.

*Colaboraram André Schaun e Caíque Alencar, estagiários do R7

Ex-diretor da Petrobras diz estar "pagando muito caro" pelos crimes que cometeu

Posted: 18 Mar 2017 10:48 AM PDT

Costa é acusado de desviar R$ 358 milhões de contratos da estatal Dida Sampaio/10.06.2014/Estadão Conteúdo

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em depoimento prestado nesta sexta-feira (18) à 9.ª Vara Federal, no Rio, que está "pagando muito caro" por seus crimes. Ele falou no processo da Operação Lava Jato do qual são réus o ex-deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) e seus filhos Nelson Meurer Jr e Cristiano Augusto Meurer, acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.

"Eu infelizmente errei, e me arrependo profundamente. Estou pagando muito caro. Errei, a culpa foi minha. Eu já estava desgastado, chateado com esse negócio todo, sem suportar a pressão, que era muito forte. Muitas vezes, pensei em largar tudo. Podia ter feito, e não fiz", disse Costa, o primeiro delator da Lava Jato.

Ele é acusado de desviar R$ 358 milhões de contratos da Petrobras. Condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa, foi preso há três anos, e nos últimos quatro meses está em regime aberto.

Ex-diretor da Petrobras dizia que era o Planalto que resolvia, afirma Youssef

Integrante então da cúpula do PP, Nelson Meurer teria recebido R$ 29,7 milhões em repasses mensais de R$ 300 mil entre 2006 e 2014. Seus filhos são acusados de terem intermediado o recebimento dos valores indevidos por funcionários do doleiro Alberto Youssef.

Os valores ilícitos, conforme a PGR (Procuradoria-Geral da República), compravam apoio político para a manutenção de Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. As investigações mostraram que a nomeação do ex-diretor foi feita por indicação do PP, e que ele se tornou um operador do partido na estatal. "Se eu não contribuísse com a classe política, no dia seguinte me retiravam [da Petrobras] de imediato. Ou você está dentro do jogo, ou está fora", afirmou no depoimento.

Volta às ruas

Três anos depois de ser preso pela Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef conseguiu ontem o direito de voltar às ruas. Acusado de ser o principal operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras, Youssef conseguiu a progressão de regime de cumprimento de pena e pode agora deixar seu apartamento, em São Paulo, onde cumpria prisão domiciliar. O benefício decorre do acordo de colaboração premiada que fechou com a força-tarefa do Ministério Público Federal.

MPF pede a Moro para retirar benefícios da delação premiada de Paulo Roberto Costa

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Planalto minimiza grampo da Operação Carne Fraca que flagrou ministro da Justiça

Posted: 18 Mar 2017 10:17 AM PDT

Na ligação, Serraglio se refere a Gonçalves Filho com o apelido de "chefe" Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Palácio do Planalto tentou minimizar o grampo da Operação Carne Fraca que capturou uma conversa do atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), com o fiscal agropecuário Daniel Gonçalves Filho, superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná entre 2007 e 2016, apontado como chefe da ação criminosa para venda de carne imprópria.

Ontem, o ministro confirmou que ligou para o superintendente — a quem chamou de "chefe" — preocupado com o fechamento de um frigorífico no Paraná, onde fica sua base eleitoral.

De acordo com a polícia, Serraglio, então deputado federal, ligou para Gonçalves Filho para perguntar sobre o possível fechamento do frigorífico Larissa, em Iporã (PR).

Frigorífico foi maior doador da campanha de Serraglio em 2014

"Recebi um comunicado dizendo que iam fechar o frigorífico, aí liguei. A expressão que a imprensa está explorando é porque eu o chamei de chefe. Ele era o chefe. Era o Superintendente do Paraná da Agricultura. Liguei para saber o que estava acontecendo", disse o ministro durante agenda em Porto Alegre (RS). Segundo Serraglio, Gonçalves Filho retornou a ligação e disse que a empresa iria permanecer aberta.

Apoio

O ministro afirmou que não conhecia Gonçalves Filho até ele ser indicado para o cargo e superintendente, em 2007, pelo então deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). "A bancada [do partido] precisa apoiar. Eu era o primeiro secretário [da Câmara dos Deputados]. Eu tinha expressão. O ministro era do Paraná, o Reinhold Stephanes. O deputado Micheletto (Moacir Micheletto, morto em 2012) pediu para eu assinar"[A INDICAÇÃO], disse. De acordo com as investigações da PF, não há indícios de que Serraglio tenha ligação com as fraudes.

"O diálogo não o compromete", disse um interlocutor do presidente Michel Temer, acrescentando que ele já deu explicações ao governo e à opinião pública. Serraglio, que estava no Rio Grande do Sul, e Temer, que passou o dia em São Paulo, conversaram ontem por telefone.

Outro interlocutor do presidente, no entanto, reconheceu que o envolvimento do nome do ministro Serraglio no episódio, naturalmente "arranha" a imagem dele. O problema, na avaliação deste assessor, é a repercussão. Para ele, se continuarem a sair notícias como estas "o ministro sim, se enfraquece". Outra preocupação é que, prosseguimento as repercussões do caso, ter um ministro da Justiça investigado é, no mínimo, desconfortável.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Executivo de empresa investigada pela Operação Carne Fraca é preso ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos

Posted: 18 Mar 2017 09:44 AM PDT

Denúncia aponta que o executivo estaria envolvido no esquema de fraude de documentos e adulteração de carne 10.10.2014/REUTERS/Nacho Doce

O gerente de Relações Institucionais da BRF, Roney Nogueira dos Santos, um dos acusados da Operação Carne Fraca da Polícia Federal, foi preso na madrugada deste sábado (18), ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos (SP). Ele estava na África da Sul, quando teve o mandado de prisão expedido na sexta-feira (17).

A informação foi confirmada pela BRF que disse, por meio de sua assessoria, que ele se apresentou espontaneamente e está no momento prestando esclarecimento às autoridades em São Paulo.

Segundo o despacho da Justiça, divulgado na sexta, Nogueira teria negociado a liberação ilegal de carne de frango com salmonela juntamente com fiscais do Ministério da Agricultura.

Nas lojas, consumidor revê compra de carne

A denúncia traz reproduções de conversas telefônicas do executivo e aponta que ele estaria envolvido no esquema de fraude de documentos e adulteração de carne, como uma ponte entre empresa e governo federal.

Ainda de acordo com a investigação, Nogueira teria usado sua influência junto aos fiscais para habilitar uma das unidades da empresa a exportar carne de peru para Malásia — o Brasil conquistou a habilitação para exportar carne de peru para o país asiático em junho de 2011.

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Ignorar referendo escocês "fragmentaria" a estrutura do Reino Unido, diz Sturgeon

Posted: 18 Mar 2017 08:54 AM PDT

Por Elisabeth O'Leary

ABERDEEN, Escócia, (Reuters) - A continuidade da recusa da primeira-ministra britânica em discutir um referendo de independência da Escócia autorizado pelo Parlamento escocês "fragmentaria além da reparação" a estrutura constitucional do Reino Unido, disse neste sábado Nicola Sturgeon ao Partido Nacional Escocês.

Sturgeon continuará com os planos de realizar um novo referendo sobre a independência da Escócia, conforme anunciado no início desta semana, e espera obter autorização do Parlamento descentralizado na quarta-feira para uma nova votação, uma vez que os termos para a saída do Reino Unido da União Europeia estejam claros, mas antes da saída britânica da UE.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, no entanto, precisa assinar qualquer votação legal na Escócia seguindo os arranjos constitucionais do Reino Unido e, nesta semana, ela disse a Sturgeon que "agora não é o momento" para uma nova escolha sobre a independência.

"Para a primeira-ministra, desafiar a (autorização parlamentar escocesa) seria fragmentar qualquer noção de parceria respeitosa com o Reino Unido além do que é possível reparar", disse Sturgeon, que também é primeira-ministra da Escócia.

"Ela tem tempo para pensar novamente e espero que ela o faça. Se sua preocupação é tempo, então - dentro da razão -, estou feliz por ter essa discussão", disse.

Há poucos dias da esperada ativação pelo Reino Unido do artigo 50 do Tratado de Lisboa e dar início ao complicado processo de divórcio da União Europeia, os dois lados seguem com um impasse.

A votação de junho passado para deixar a UE alterou o cenário político e abalou os laços das quatro nações do Reino Unido. A Inglaterra, a mais populosa do Reino Unido, e o País de Gales votaram para sair, enquanto os escoceses e os norte-irlandeses desejavam permanecer na UE.

Embora Sturgeon, que lidera o governo descentralizado da Escócia, tenha dito na sexta-feira à televisão escocesa que ainda tem "opções", caso May se recuse a reconhecer uma nova votação de secessão, ela não quis informar que opções seriam essas.

Ignorar referendo escocês "fragmentaria" a estrutura do Reino Unido, diz Sturgeon

Posted: 18 Mar 2017 08:54 AM PDT

Por Elisabeth O'Leary

ABERDEEN, Escócia, (Reuters) - A continuidade da recusa da primeira-ministra britânica em discutir um referendo de independência da Escócia autorizado pelo Parlamento escocês "fragmentaria além da reparação" a estrutura constitucional do Reino Unido, disse neste sábado Nicola Sturgeon ao Partido Nacional Escocês.

Sturgeon continuará com os planos de realizar um novo referendo sobre a independência da Escócia, conforme anunciado no início desta semana, e espera obter autorização do Parlamento descentralizado na quarta-feira para uma nova votação, uma vez que os termos para a saída do Reino Unido da União Europeia estejam claros, mas antes da saída britânica da UE.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, no entanto, precisa assinar qualquer votação legal na Escócia seguindo os arranjos constitucionais do Reino Unido e, nesta semana, ela disse a Sturgeon que "agora não é o momento" para uma nova escolha sobre a independência.

"Para a primeira-ministra, desafiar a (autorização parlamentar escocesa) seria fragmentar qualquer noção de parceria respeitosa com o Reino Unido além do que é possível reparar", disse Sturgeon, que também é primeira-ministra da Escócia.

"Ela tem tempo para pensar novamente e espero que ela o faça. Se sua preocupação é tempo, então - dentro da razão -, estou feliz por ter essa discussão", disse.

Há poucos dias da esperada ativação pelo Reino Unido do artigo 50 do Tratado de Lisboa e dar início ao complicado processo de divórcio da União Europeia, os dois lados seguem com um impasse.

A votação de junho passado para deixar a UE alterou o cenário político e abalou os laços das quatro nações do Reino Unido. A Inglaterra, a mais populosa do Reino Unido, e o País de Gales votaram para sair, enquanto os escoceses e os norte-irlandeses desejavam permanecer na UE.

Embora Sturgeon, que lidera o governo descentralizado da Escócia, tenha dito na sexta-feira à televisão escocesa que ainda tem "opções", caso May se recuse a reconhecer uma nova votação de secessão, ela não quis informar que opções seriam essas.

Lagarde, do FMI, diz que crescimento ganha força, mas políticas "erradas" podem pará-lo

Posted: 18 Mar 2017 08:42 AM PDT

BADEN BADEN, Alemanha (Reuters) - A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse neste sábado que o crescimento econômico global está ganhando força, mas alertou que políticas "erradas" podem "parar o novo impulso".

Em comunicado divulgado ao término da reunião de ministros das Finanças e chefes de bancos centrais do G20, Lagarde classificou o grupo das principais economias do mundo de "plataforma crítica para que as maiores economias trabalhem juntas em uma estrutura estabilizada".

"Nos reunimos em um momento em que o crescimento está ganhando impulso ao redor do mundo e há sinais de que a economia global atingiu o ponto de virada, embora incertezas permaneçam", disse Lagarde.

O comunicado dela não mencionou o fracasso das autoridades do G20 de chegar a um acordo para apoiar o livre comércio, recuando de compromissos passados adotados em comunicados de manter o comércio aberto e rejeitar o protecionismo.

Mas ela disse que reformas monetárias, fiscais e estruturais fortes são críticas para a direção futura da economia global.

"A cooperação global e a busca por políticas corretas podem ajudar a conseguir crescimento forte, sustentado, equilibrado e inclusivo, ao passo que as políticas erradas podem parar o novo impulso da economia", disse Lagarde, que tem sido uma defensora incansável do livre comércio e de uma maior integração global.

Lagarde disse que reafirmou a prontidão do FMI para aprimorar a cooperação global, incluindo por meio de "vigorosa vigilância das taxas de câmbio e da análise dos desequilíbrios globais".

Ela também disse que o FMI está comprometido com o apoio a seus membros que podem lidar com riscos adversos da volatilidade excessiva dos fluxos de capitais, ao passo que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, eleva as taxas de juros do país.

(Reportagem de David Lawder)

Lagarde, do FMI, diz que crescimento ganha força, mas políticas "erradas" podem pará-lo

Posted: 18 Mar 2017 08:42 AM PDT

BADEN BADEN, Alemanha (Reuters) - A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse neste sábado que o crescimento econômico global está ganhando força, mas alertou que políticas "erradas" podem "parar o novo impulso".

Em comunicado divulgado ao término da reunião de ministros das Finanças e chefes de bancos centrais do G20, Lagarde classificou o grupo das principais economias do mundo de "plataforma crítica para que as maiores economias trabalhem juntas em uma estrutura estabilizada".

"Nos reunimos em um momento em que o crescimento está ganhando impulso ao redor do mundo e há sinais de que a economia global atingiu o ponto de virada, embora incertezas permaneçam", disse Lagarde.

O comunicado dela não mencionou o fracasso das autoridades do G20 de chegar a um acordo para apoiar o livre comércio, recuando de compromissos passados adotados em comunicados de manter o comércio aberto e rejeitar o protecionismo.

Mas ela disse que reformas monetárias, fiscais e estruturais fortes são críticas para a direção futura da economia global.

"A cooperação global e a busca por políticas corretas podem ajudar a conseguir crescimento forte, sustentado, equilibrado e inclusivo, ao passo que as políticas erradas podem parar o novo impulso da economia", disse Lagarde, que tem sido uma defensora incansável do livre comércio e de uma maior integração global.

Lagarde disse que reafirmou a prontidão do FMI para aprimorar a cooperação global, incluindo por meio de "vigorosa vigilância das taxas de câmbio e da análise dos desequilíbrios globais".

Ela também disse que o FMI está comprometido com o apoio a seus membros que podem lidar com riscos adversos da volatilidade excessiva dos fluxos de capitais, ao passo que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, eleva as taxas de juros do país.

(Reportagem de David Lawder)

Banco central da China diz que perspectivas para crescimento da economia melhoraram

Posted: 18 Mar 2017 07:57 AM PDT

PEQUIM (Reuters) - O presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, disse que as perspectivas para o crescimento da economia chinesa melhoraram e que o país está focado em realizar ajustes estruturais em sua economia.

Zhou fez as declarações para outros presidentes de bancos centrais dos chamados Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na cidade alemã de Baden Baden, durante encontros do G20, de acordo com nota publicada no site do Banco do Povo da China neste sábado.

Zhou enfatizou que a política monetária da China continua prudente e neutra.

(Reportagem de Elias Glenn e Ryan Woo)

Líderes financeiros do G20 fracassam em reafirmam compromisso com livre comércio

Posted: 18 Mar 2017 07:49 AM PDT

BADEN BADEN, Alemanha (Reuters) - Os líderes financeiros do mundo fracassaram em chegar a um acordo para apoiar o livre comércio neste sábado, recuando de compromissos passados de manter o comércio aberto e rejeitar o protecionismo, mostrou o comunicado dos ministros das Finanças e chefes de bancos centrais do G20.

Com uma referência apenas simbólica à necessidade de fortalecer a contribuição do comércio para a economia, os ministros das Finanças e chefes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo romperam com uma tradição de uma década de rejeitar o protecionismo e endossar o livre comércio.

No mais recente confronto entre o novo governo dos Estados Unidos e a comunidade internacional, os chefes financeiros do G20 também voltaram atrás da promessa de apoiar o financiamento ao combate às mudanças climáticas, o que era esperado, depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, classificar a mudança climática como um "boato".

Em conversas nos bastidores da reunião do G20, delegados disseram que os EUA estavam barrando algumas questões centrais, sem disposição para fazer concessões e essencialmente inviabilizando um acordo, que requer a assinatura de todos.

Trump já retirou os Estados Unidos de um grande acordo comercial e propôs um novo imposto às importações, argumentando que algumas relações comerciais precisam ser reexaminadas para serem mais justas com os trabalhadores norte-americanos.

Os líderes financeiros do G20, no entanto, reafirmaram o compromisso de evitar a desvalorização cambial competitiva, um acordo-chave, já que os EUA têm se queixado repetidamente que alguns de seus parceiros comerciais estão usando moedas artificialmente desvalorizadas para obter uma vantagem comercial.

(Reportagem de Balazs Koranyi)

Nas lojas, consumidor revê compra de carne

Posted: 18 Mar 2017 06:33 AM PDT

Consumidor redobrou cuidado com aspecto do produto, prazo de validade e procedência BBC Brasil

A dona de casa Maria Aparecida da Conceição, de 41 anos, sempre questionou a procedência da carne que escolhia para a família e só comprava produtos de marcas conhecidas — como as que foram alvo da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, ontem. "Tenho um filho pequeno, que dá trabalho na hora do almoço, e só comprava carne moída para ele, justamente da marca que disseram no noticiário que misturava o produto com papelão. É uma falta de respeito, é a comida que a gente compra com tanto esforço para os filhos. Nunca mais vou comprar dessa marca, se eu quisesse levar um monte de papelão, iria na papelaria."

Em filas de açougues e mercadinhos da capital paulista, o consumidor que acordou com a notícia de venda de carne fora da validade, estragada e com substâncias que trazem riscos à saúde, ficou preocupado, mas sem saber o que fazer para não levar produto deteriorado para casa.

O restaurante em que Paola Tamires, de 29 anos, é cozinheira deixou de servir carne vermelha há uma semana, para desaprovação da clientela, desde que os donos começaram a reparar na má qualidade do produto que compravam para servir.

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Brasileiros vivem crise alimentar e estão longe de comida de verdade

"Eu cozinho para cerca de cem pessoas todos os dias, em um setor em que a concorrência é tão acirrada que qualquer deslize na qualidade da comida pode custar a perda de clientes. Só por cortar a carne vermelha, devemos ter perdido uns 15 consumidores fiéis, mas não dava para arriscar servir daquele jeito. Agora, soubemos que o frango também tinha problema. Se a gente deixar de servir frango também, vamos servir o que para as pessoas?"

"Daqui a pouco, açougueiro vai ser igual a mecânico para muita gente, você só vai comprar de um em que confiar muito", compara o auxiliar de cozinha Raimundo de Oliveira, de 35 anos. "Eu, que trabalho há muitos anos no setor de alimentos e ainda consigo ter uma noção melhor da qualidade da carne, às vezes compro gato por lebre. Imagina uma dona de casa que guarda o dinheiro curto para ir ao supermercado uma vez por semana. É muita maldade vender comida estragada."

Na gôndola de frios de um mercadinho, a diarista Maria Elenice, 49 anos, olha desconfiada para a pilha de acém em promoção. "Está ficando cada vez mais difícil saber o que a gente deve ou não colocar no carrinho. Não se sabe a origem. Na semana passada, compramos alguns quilos de carne, dessas marcas famosas, que têm comerciais com artistas de novela, para comemorar o aniversário do meu marido. Descobri em casa que não prestava. Agora, só compro carne fresca, quando me animar de levar."

Estratégia

O comerciante José Carlos Evaristo, de 56 anos, vai adotar estratégia parecida. Ele, que compra carne semanalmente, tanto para o consumo diário quanto para o churrasco de fim de semana, disse que sempre olha com atenção para o aspecto do produto, prazo de validade e procedência.

"A gente sabe que esse tipo de coisa ainda acontece, mas me espantei ao saber dessa operação da polícia. Agora, só venho fazer compras no dia de entrega da carne, para tentar levar o produto fresquinho. Nem assim me livro de levar um produto ruim. Às vezes, o aspecto da mercadoria congelada engana e só descobrimos que fomos enganados na hora de cozinhar."

Em um açougue na zona Norte de São Paulo, o auxiliar de um cursinho preparatório para vestibulares, Peterson Francisco de Sousa, de 32 anos, rapidamente faz as contas de quantos churrascos tinha dado em casa no ano passado, bem menos do que antes da crise.

"Desse jeito é que os churrascos vão ficar cada vez mais raros. A verdade é que o consumidor tem poucos recursos para se defender. A gente escolhe um açougue de confiança, tenta ficar atento ao prazo de validade e desconfia de promoções muito boas. Só que no fim acabamos nos guiando pela aparência e ficamos nas mãos desses fornecedores aí", diz Sousa. 

União Europeia e EUA querem informações sobre venda de carnes estragadas