USAComment.com
Zicutake USA Comment | Busque Artigos



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

#Brasil

#Brasil


Acumulada, Mega-Sena promete pagar R$ 30 milhões neste sábado

Posted: 24 Feb 2017 07:05 PM PST

Cada jogo de seis números da loteria custa R$ 3,50 Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

O prêmio acumulado da Mega-Sena volta a ser sorteado na noite deste sábado (25). Desta vez, se algum apostador cravar sozinho todas as seis dezenas da loteria poderá embolsar nada menos do que R$ 30 milhões, de acordo com a Caixa Econômica Federal.

Na noite a última quinta-feira (23), as dezenas reveladas pelo concurso 1.906 da loteria, foram: 06 — 27 — 33 — 39 — 40 — 60.

Apesar de nenhum apostador ter faturado o prêmio principal, 54 pessoas acertaram a quina e têm o direito de receber R$ 38.424,36 cada. Outros 3.833 apostadores cravaram quatro dos números sorteados e podem sacar R$ 773,32 cada.

Para concorrer ao prêmio de R$ 30 milhões deste sábado (25), basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Casa Branca exclui grandes veículos de imprensa de briefing

Posted: 24 Feb 2017 03:10 PM PST

WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca excluiu vários grandes veículos de imprensa dos Estados Unidos, incluindo alguns os quais já criticou abertamente, de um briefing com o secretário de imprensa da Casa Branca nesta sexta-feira, disseram representantes das empresas.

Repórteres da CNN, The New York Times, Politico, The Los Angeles Times e BuzzFeed não tiveram permissão para participar da sessão no escritório do secretário de imprensa Sean Spicer.

O briefing sem câmeras de Spicer, ou "gaggle", substituiu a habitual coletiva de imprensa televisionada nesta sexta-feira na Casa Branca. Ele não disse porque essas organizações específicas foram excluídas, decisão que gerou fortes protestos.

A Reuters participou do briefing, junto com outros 10 veículos de imprensa, incluindo a Bloomberg e a CBS.

Spicer disse que sua equipe decidiu ter uma reunião menor em seu escritório ao invés de uma grande coletiva na sala de imprensa da Casa Branca.

"Nosso trabalho é garantir que sejamos receptivos às pessoas na imprensa. Queremos garantir que vamos responder suas perguntas, mas não precisamos fazer isso em frente às câmeras todos os dias", disse ele.

(Por Ayesha Rascoe e Steve Holland)

Conta de luz terá bandeira amarela em março, com cobrança adicional, diz Aneel

Posted: 24 Feb 2017 02:18 PM PST

SÃO PAULO (Reuters) - As contas de luz no Brasil terão bandeira tarifária amarela no mês de março, com custo de 2 reais a cada 100 kWh, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta sexta-feira.

Segundo a Aneel, no mês de março a previsão das vazões que chegam aos reservatórios das hidrelétricas ficou abaixo do esperado, o que levou à indicação de maior geração termelétrica a fim de preservar os níveis de armazenamento e garantir o atendimento.

O mecanismo das bandeiras funciona com base na oferta de energia gerada. Quando a oferta é menor, podem entrar em vigor as bandeiras amarela e vermelha, que elevam o custo das contas para incentivar um consumo mais eficiente, segundo a Aneel.

None

(Por Laís Martins)

Temer afirma que pediu 'auxílio formal e oficial' à Odebrecht

Posted: 24 Feb 2017 01:44 PM PST

Temer preside Camex, que pode autorizar ou não importação Folha Vitória - Cidades 3

Em resposta às declarações do ex-assessor especial José Yunes de que serviu de "intermediador" do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o presidente Michel Temer divulgou nesta sexta-feira (24) uma nota com a mensagem de que não tem participação no episódio.

Assessor especial da Presidência da República até o final do ano passado e amigo pessoal de Temer há mais de 40 anos, o advogado José Yunes confirmou na quinta-feira (23) que recebeu um pacote do doleiro Lúcio Funaro, a pedido de Padilha, um mês antes da eleição presidencial de 2014 que reelegeu a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer, mas alegou que não viu o conteúdo. Apesar da afirmativa, Yunes negou que tenha atuado como operador dos recursos de campanha do PMDB.

Yunes disse que conversou na quinta pessoalmente com o presidente e falou sobre o depoimento espontâneo que fez à Procuradoria-Geral da República sobre o imbróglio, em razão da delação premiada de Cláudio Melo, ex-diretor da Odebrecht, que disse que Yunes teria recebido dinheiro em espécie em seu escritório de advocacia, em São Paulo. Segundo ele, Temer não demonstrou preocupação com o fato e lhe disse que "o melhor é sempre contar a verdade".

"Quando presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e oficial à Construtora Norberto Odebrecht. Não autorizou, nem solicitou que nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral", diz o texto, divulgado pela Secretaria de Comunicação da Presidência. 

"A Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio", completa o texto.

Retração nas vendas de soja e milho no Brasil ameaça exportação, pressiona tradings

Posted: 24 Feb 2017 11:59 AM PST

Por Gustavo Bonato

SÃO PAULO (Reuters) - A relutância de agricultores em vender soja e milho no Brasil na atual safra coloca em risco as previsões mais otimistas de exportação do país e tem feito tradings multinacionais pagarem caro para completar navios neste início da temporada de embarques.

O que poderia ser tarefa fácil do ponto de vista da oferta --com uma safra recorde de mais de 100 milhões de toneladas de soja no maior exportador global-- tem se mostrado por ora complicado, com os preços internacionais em Chicago (CBOT) e a valorização do real frente ao dólar desestimulando vendas de produtores no Brasil.

Assim, grandes tradings exportadoras têm enfrentado dificuldade para cumprir os contratos de exportação de soja já firmados, pagando valores elevados pelo produto para pronta entrega para completar as cargas de navios que estão chegando aos portos brasileiros, disseram operadores.

"O mercado está nervoso. O line up (de navios) está lotado e está faltando carga nos portos. Os produtores não estão fixando (contratos) e o câmbio e a CBOT só pioram a situação. As tradings estão pagando caro pela soja no mercado à vista", disse o consultor de agronegócio e logística Luiz Claudio Santos, com larga experiência na área comercial em diversas tradings.

A situação fica ainda mais delicada em um momento em que chuvas fortes provocaram atoleiros no trecho não asfaltado da BR-163, estão impedindo que a soja chegue aos portos do Norte do país, o que resulta em prejuízos de 400 mil dólares ao dia, com a impossibilidade de embarcar o produto, informou nesta sexta-feira a associação que representa as indústrias da oleaginosa no Brasil (Abiove).

Entre as principais tradings que atuam no país estão companhias como as norte-americanas Bunge, ADM, Cargill, além da francesa Louis Dreyfus e a chinesa Cofco.

"Você não tem margem nenhuma (de preço) para levar para exportação", afirmou um analista de inteligência de mercado de uma trading, explicando que as multinacionais do agronegócio não estão conseguindo lucrar, pelo menos neste primeiro momento da exportação brasileira.

"As tradings normalmente resolvem essas coisas. Vendem com margem negativa", completou um operador sênior de grãos de outra grande empresa exportadora.

Diante da dificuldade de originar grãos, com a colheita brasileira ainda em fase inicial, em cerca de 20 por cento da área até meados do mês, as empresas exportadoras estão evitando fechar novos negócios para mais tarde em 2017, acreditando que o mercado pode lhes favorecer posteriormente, com a entrada da safra da Argentina ou um aumento do plantio nos EUA.

"Outros pedidos adicionais você acaba não atendendo ou deslocando para outras origens (outros países)", disse a primeira fonte.

None

VENDAS ATRASADAS

Produtores rurais têm evitado vender soja e milho da safra de verão --que estão em fase de colheita-- e fechar negócios com o milho da safra de inverno, que está sendo semeada, devido à queda nas cotações.

O indicador Esalq/BM&FBovespa, que monitora os preços da soja praticados no porto de Paranaguá, está cotado em cerca de 72 reais/saca, com recuo de mais de 25 por cento ante um pico registrado em junho do ano passado.

Neste cenário, as vendas dos produtores atingiram 37 por cento do total da safra de soja até o início de fevereiro, atrás dos 49 por cento de um ano atrás e dos 44 por cento da média de cinco anos, segundo dados da França Junior Consultoria.

Para o chamado "milho safrinha", que constitui cerca de dois terços da safra nacional, o comprometimento atinge 17 por cento da safra esperada, ante 41 por cento um ano atrás e 26 por cento da média histórica.

None

LOGÍSTICA COMPLICADA

Atrasos nos negócios e nas exportações também podem causar turbulências na cadeia logística nos próximos meses.

O Brasil tem elevado gradualmente sua capacidade de exportação, com abertura de novos terminais portuários, principalmente no Norte do país.

Contudo, a capacidade não tem folgas para comportar um atraso das exportações de soja, que geralmente ocorrem com força no primeiro semestre e dão espaço aos embarques de milho.

"Eu estou preocupado, devido a nossas limitações em termos de logística", disse o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes.

"Se você atrasa a comercialização, você tem que fazer esse volume sair durante o ano... Se a comercialização começar a atrapalhar, a soja acaba prevalecendo sobre o milho", disse o executivo, ressaltando que o cereal é o mais ameaçado se houver gargalo portuário.

Os especialistas disseram também que à medida que o segundo semestre avança, os embarques brasileiros correm o risco de sofrer concorrência com a safra dos Estados Unidos, que é colhida mais perto do fim do ano.

None

(Edição de Roberto Samora)

Trump prega investimento militar e temas nacionalistas em discurso a conservadores

Posted: 24 Feb 2017 11:27 AM PST

Por Emily Stephenson e Steve Holland

NATIONAL HARBOR/WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que irá solicitar um orçamento vultoso para um dos "maiores investimentos militares da história americana", durante um discurso enérgico que transbordou nacionalismo a ativistas conservadores entusiasmados.

Trump usou os comentários feitos na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), uma organização que lhe deu uma de suas primeiras plataformas em sua jornada improvável rumo à Presidência dos EUA, para defender suas políticas da "América primeiro".

Antes do discurso nacional televisionado que fará no Congresso na terça-feira, Trump delineou os planos de fortalecimento dos militares norte-americanos, que já são a força de combate mais poderosa do mundo, e outras iniciativas, embora mais uma vez não tenha dado maiores detalhes.

Ele disse que irá procurar modernizar substancialmente tanto as ferramentas ofensivas quanto defensivas dos militares fazendo uma solicitação de gastos de grande escala para tornar a defesa do país "maior e melhor e mais forte do que nunca antes".

"E, assim espero, jamais teremos que usá-la, mas ninguém irá mexer conosco. Ninguém. Será um dos maiores investimentos militares da história americana", afirmou.

Apelando para que beneficiários de salário-desemprego voltem ao trabalho e prometendo cumprir sua promessa de construir um muro na fronteira com o México, Trump recebeu levas de aplausos da grande congregação de conservadores, muitos dos quais vestiam bonés com o slogan de sua campanha presidencial, "Torne a América Grande Novamente".

Seu discurso foi carregado de subtons nacionalistas que lembraram a campanha do ano passado, concentrando-se nos compromissos de incentivar o crescimento econômico do país renegociando acordos comerciais internacionais, revertendo regulamentações e intensificando a produção de energia.

Trump está tentando deixar para trás um primeiro mês tumultuado no cargo. Um decreto presidencial que ele assinou para impedir a entrada de pessoas de sete países de maioria muçulmana nos EUA foi barrado nos tribunais e ele teve que demitir seu conselheiro de segurança nacional, Michael Flynn, por ter feito contatos com autoridades da Rússia antes de sua posse.

Como o orçamento federal continua deficitário, Trump terá que adequar seu pedido de modernização militar a seus planos de cortar impostos para a maioria dos cidadãos e das empresas. Durante o discurso, ele se queixou dos tetos de gastos aplicados ao orçamento da defesa desde 2011.

O discurso lhe permitiu imprimir sua marca com firmeza no movimento político conservador, ainda que alguns ativistas tenham se queixado de que suas políticas imigratórias e comerciais vão longe demais.

(Reportagem adicional de Richard Cowan)

Lava Jato quer 'tralhas' de Lula no Palácio do Planalto

Posted: 24 Feb 2017 09:16 AM PST

Presentes de Lula poderão ir para o patrimônio da Presidência Suamy Beydoun/19.01.2017/AGIF/Folhapress

A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Paraná, pediu ao juiz federal Sérgio Moro que autorize a Secretaria de Administração do Planalto a incorporar uma parte das "tralhas" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao patrimônio da Presidência da República.

Os bens estavam no cofre-forte de uma agência do Banco do Brasil, em São Paulo, segundo a Operação Aletheia — que levou o ex-presidente para depor de forma coercitiva no dia 4 de março de 2016.

Na ocasião, a Polícia Federal achou moedas, espadas, adagas, canetas, condecorações e outros objetos de valor que estavam armazenados no cofre do BB desde 2011, sem custo, segundo informou o gerente da agência.

Lula afirma ter recebido o que ele classificou como "tralhas" de presente quando exerceu os dois mandatos (2003/2010). Segundo a Procuradoria da República, os objetos estavam em nome de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente, e da ex-primeira dama Marisa Leticia Lula da Silva - que morreu no dia 3 de fevereiro -, "conforme documentação que havia sido anteriormente apreendida por ocasião do cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente".

Em ofício de 17 de fevereiro, a força-tarefa da Lava Jato afirmou a Moro que a Secretaria do Planalto apresentou relatório e discriminou quais objetos devem ser incorporados ao patrimônio da Presidência.

O documento solicita ainda "autorização para a tomada das providências necessárias para incorporação dos bens em testilha ao patrimônio da Presidência da República".

O pedido da Procuradoria destaca que os bens estão descritos no "item 61" de um documento da Secretaria de Administração da Presidência. "O Ministério Público Federal requer que seja autorizada a Secretaria de Administração da Presidência da República a adotar as providências necessárias à incorporação, ao patrimônio da Presidência da República, dos bens descritos no item 61 Relatório Final da Comissão Especial", solicitam os procuradores.

Depoimento

No mesmo dia em que foram feitas as buscas no cofre, Lula foi conduzido coercitivamente para depor e, irritado, disse que não sabia onde estavam as inúmeras "tralhas" que ganhou quando presidente e que iria entregar tudo para o Ministério Público.

Antes disso, ele havia sido flagrado em um grampo com um advogado fazendo críticas às investigações sobre os presentes e dizendo que iria mandar tudo para um prédio do Ministério Público Federal em Brasília.

Defesa

"O pedido feito pela Força Tarefa da Lava Jato para que o juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba retire bens do acervo que Lula recebeu da Secretaria da Presidência da República, no final do seu segundo mandato, é mais um exemplo gritante dos abusos e da perseguição imposta ao ex-Presidente", diz a defesa do ex-presidente por meio de nota.

"A única interpretação possível é a de que a Lava Jato busca destruir a imagem e a história de Lula. A tentativa de retirar bens de seu acervo presidencial agora posta em curso é parte dessa estratégia impatriótica. Isso porque o processo de recebimento, catalogação e entrega dos bens relativos ao acervo de Lula seguiu os mesmos parâmetros aplicados para os demais ex-Presidentes da República desde 1991, quando entrou em vigor a Lei no. 8.394, que disciplina o assunto", continua o texto.

O ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso prestou depoimento ao juízo da 13a. Vara Federal Criminal de Curitiba, em 09/02/2017, e esclareceu que também mantém em seu acervo presentes recebidos de chefes de Estado e em eventos oficiais, exatamente o que a Força Tarefa quer retirar de Lula".

"Registra-se ainda que, se houvesse vício no processo administrativo que resultou na entrega do acervo de Lula, essa discussão deveria ser feita em Brasília, onde tramitou o processo administrativo. Ademais, somente poderia ser conduzida por um órgão cível da Justiça Federal, uma vez que a matéria é estranha à competência reservada às Varas Criminais". A nota é assinada pelo advogado Cristiano Zanin Martins.

Interpol prende nos EUA lobistas apontados como operadores do PMDB

Posted: 24 Feb 2017 09:04 AM PST

Ainda não há informações de quando eles deverão ser extraditados Ueslei Marcelino/Reuters

Os operadores do PMDB Jorge e Bruno Luz, pai e filho respectivamente, foram presos pela Interpol, a Polícia Internacional, nesta sexta-feira (24) em Miami, nos Estados Unidos. Os lobistas são alvo da Operação Blackout, 38ª fase da Lava Jato, deflagrada ontem, e foram dados como foragidos internacionais.

Bruno deixou o Brasil no dia 16 de agosto e seu pai Jorge no último dia 11 de janeiro. Ambos viajaram para os Estados Unidos e, segundo a Operação Blackout, não havia registro de que teriam retornado ao País.

De acordo com a Procuradoria da República, Jorge Luz e Bruno Luz têm quatro negócios da Petrobras que supostamente envolveram propina. Na lista estão a compra do navio-sonda Petrobras 10.000, o contrato de operação do navio-sonda Vitória 10.000, a venda da empresa Transener e o fornecimento de asfalto pela empresa Sargeant Marine.

De acordo com o procurador da República, Diogo Castor de Mattos, da força-tarefa da Operação Lava Jato, "agentes políticos do PMDB no Senado" foram beneficiários de parte dos US$ 40 milhões de propina supostamente repassados pelos operadores do partido Jorge Luz e Bruno Luz. Pai e filho, afirmou o investigador, tiveram uma "atuação de longa data" no esquema de corrupção instalado na Petrobras, segundo o procurador.

"Há estimativas da Procuradoria-Geral da República de que essas pessoas (Jorge e Bruno Luz) movimentaram em torno de US$ 40 milhões em pagamentos indevidos. Os beneficiários eram diretores e gerentes da Petrobras e também pessoas com foro privilegiado, agentes políticos relacionados ao PMDB. Há elementos que apontam que agentes políticos do Senado, ainda na ativa, foram beneficiários de parte desses pagamentos", afirmou.

Alvos da Operação Blackout, os operadores do PMDB usaram contas de empresas offshores no exterior para pagar propina "de forma dissimulada", segundo a Procuradoria da República. Durante as investigações, afirma a força-tarefa da Lava Jato, foram identificados pagamentos em contas na Suíça e nas Bahamas.

Jorge Luz e Bruno Luz são investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

'Nunca operei dinheiro de campanha para o PMDB', diz José Yunes

Posted: 24 Feb 2017 05:50 AM PST

Yunes alegou que não viu o conteúdo do envelope recebido Bruno Poletti/24.06.2016/Folhapress

Assessor especial da Presidência da República até o final do ano passado e amigo pessoal do presidente Michel Temer há mais de 40 anos, o advogado José Yunes, confirmou nesta sexta-feira (24) em entrevista à Rádio Estadão que recebeu um pacote do doleiro Lúcio Funaro, a pedido do hoje ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, um mês antes da eleição presidencial de 2014 que reelegeu a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer.

Mas Yunes alegou que não viu o conteúdo. Apesar da afirmativa, o advogado negou que tenha atuado como operador dos recursos de campanha do PMDB. "Nunca operei dinheiro de campanha para o PMDB. Nego peremptoriamente que recebi dinheiro para a campanha do PMDB", reiterou, ironizando que se isso fosse verdade, conforme relatos de delatores da Operação Lava Jato que Padilha teria sido o destinatário de R$ 4 milhões em caixa dois para a campanha, "o dinheiro não iria em um envelope, mas num caixa forte".

Yunes disse que conversou nessa quinta-feira (23) pessoalmente com o presidente Michel Temer e falou sobre o depoimento espontâneo que fez à Procuradoria-Geral da República sobre o imbróglio, em razão da delação premiada de Claudio Melo, lobista da Odebrecht que disse que ele teria recebido dinheiro vivo em seu escritório de advocacia, em São Paulo. Segundo ele, Temer não demonstrou preocupação com o fato e lhe disse que "o melhor é sempre contar a verdade".

Fala de Yunes é vista como "fogo amigo" contra Padilha

Na entrevista à Rádio Estadão, Yunes não quis tecer comentários sobre o ministro Eliseu Padilha. Falou apenas que ele deve ter mesmo se afastado para cuidar da saúde. Padilha pediu "licença médica informal" para operar a próstata no período do carnaval. "Não faço juízo de valor sobre Padilha", afirmou o advogado.

Trump critica FBI e diz que vazadores têm de ser descobertos "agora"

Posted: 24 Feb 2017 05:34 AM PST

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou o FBI nesta sexta-feira, afirmando que a agência tem sido incapaz de impedir que as pessoas passem informações sobre segurança nacional para a imprensa e determinando que esses vazadores sejam encontrados "agora".

Os comentários de Trump, em uma série de publicações no Twitter, vêm em meio a relatos na imprensa de que o FBI recusou os pedidos da Casa Branca de rejeitar informações recentes sobre contatos de pessoas associadas a Trump com a Rússia durante a campanha presidencial do ano passado.

A Reuters não verificou esses relatos e o FBI não foi imediatamente encontrado para comentar.

(Reportagem de Susan Heavey e Doina Chiacu)

Famílias do DF e SP possuem as maiores rendas domiciliares do País, diz IBGE

Posted: 24 Feb 2017 05:17 AM PST

Famílias do Norte e Nordeste possuem patamar mais baixo de renda Itaci Batista/Estadão Conteúdo

Moradores do Distrito Federal e de São Paulo possuem as maiores rendas por domicílio do País. É o que mostram os dados do rendimento domiciliar per capita de 2016, divulgado nesta sexta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O estudo soma todos os rendimentos de trabalho e de outras fontes recebidos por cada morador e divide o total pelo número de moradores da residência. Com base nisso, a renda per capita domiciliar no Distrito Federal ficou em R$ 2.351.

Já em São Paulo, o rendimento médio é de R$ 1.723. Em seguida vem o Rio Grande do Sul, com R$ 1.554.

Todos os Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste possuem renda domiciliar per capita superior a R$ 1.000. Nos demais, a exceção é Roraima (R$ 1.068). A média nacional é de R$ 1.226.

O menor patamar é o do Maranhão: R$ 575. Em seguida vem Alagoas, com R$ 662.

Temer perde mais um ministro do primeiro escalão

Posted: 24 Feb 2017 05:09 AM PST

Temer perde mais um ministro do primeiro escalão Thiago Bernardes/Framephoto/Estadão Conteúdo

Com a Lava Jato e os problemas de saúde avançando sobre o primeiro escalão, o presidente Temer tem mais um de seus homens de confiança fora do Palácio de Planalto, mesmo que temporariamente. Nesta sexta-feira (24), o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), pediu licença do governo federal um dia depois de seu nome ter sido citado pelo advogado José Yunes, amigo pessoal do presidente Michel Temer (PMDB), em um suposto recebimento de valores.

Nesta semana, Padilha, o ministro mais próximo a Temer, já havia sido internado de urgência por causa de uma obstrução urinária. Agora se licencia para fazer uma cirurgia. No coração do Palácio do Planalto, há outro gabinete esvaziado, o do ministro Moreira Franco, da Secretaria Geral da Presidência. Apesar de ter tido a posse mantida pelo STF após uma guerra de liminares, ele tem evitado declarações públicas e aparições. Após a polêmica em torno de sua nomeação, Temer anunciou que irá afastar ministros que se tornarem réus, o que deixa Moreira Franco e outros ministros, como o próprio Padilha, em uma situação frágil. 

Ainda nesta semana, Temer perdeu ainda, também por motivo de saúde, o ministro das Relações Exteriores José Serra, que também é citado em delações da Lava Jato. 

Do primeiro ministério montado por Temer quando assumiu interinamente, em maio do ano passado, outros sete ministros deixaram seus cargos, somando oito trocas (com Serra, já que Padilha está afastado e Moreira Franco assumiu pasta que foi criada): 

Alexandre de Moraes

Apesar das críticas no enfrentamento da crise penitenciária, Moraes foi o escolhido por Temer a assumir a cadeira de Teori Zavascki no STF (Supremo Tribunal Federal). Aprovado pelo Senado, deixou o governo nessa semana e foi substituído por Osmar Serraglio, o que gerou uma crise interna no PMDB da Câmara, algo que Temer terá que resolver após o carnaval. 

Geddel Vieira Lima

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), entregou em 25 de novembro a sua carta de demissão ao presidente Michel Temer. Com a demissão, o articulador político do governo tentou diminuir a crise política que criou ao pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para interferir na liberação de uma obra de um prédio em luxo em Salvador (BA). Foi substituído por Antônio Imbassahy

Marcelo Calero 

O ministro da Culuta Marcelo Calero pediu demissão em 18 de novembro ao denunciar ter sido pressionado pelo ministro Geddel Vieira Lima para liberar a construção de um empreendimento de luxo em Salvador. Foi substituído por Roberto Freire. 

Fábio Medina Osório

Fábio Medina Osório deixou a AGU em 9 de setembro. Ele já havia colecionado desavenças com Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil. Foi substituído por Grace Mendonça.

Henrique Alves

Citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu demissão do cargo em 16 de junho. Foi substituído por Marx Beltrão.

Fabiano Silveira

O então ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, deixou o cargo em 30 de maio depois de serem divulgadas declarações dele sobre a Operação Lava Jato. Foi substituído por Torquato Jardim. 

Romero Jucá

Romero Jucá (PMDB-RR) foi o primeiro a deixar o cargo e decidiu se afastar do Ministério do Planejamento em 23 de maio, após a divulgação de gravação em que ele sugere um acordo para barrar o avanço da Operação Lava Jato. A famosa declaração de 'precisamos estancar a sangria'. Foi substituído por Dyogo Oliveira, interinamente e depois em definitivo. 

Bom cenário 

Diante do isolamento causado pela debilidade ou ausência de seus principais auxiliares políticos, o presidente se apoia cada vez mais na equipe econômica, que exibe os melhores resultados do governo.

Temer estaria extremamente satisfeito com o impacto positivo da liberação das contas inativas do FGTS, medida defendida por Dyogo Oliveira, cuja interinidade no Planejamento tornou-se permanente. Também são festejados pelo pemedebista os desempenhos do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com sucessivas reduções de juros e dos índices de inflação.

China diz que EUA devem tratar questão norte-coreana diretamente com Pyongyang

Posted: 24 Feb 2017 04:36 AM PST

PEQUIM (Reuters) - A China rejeitou nesta sexta-feira uma nova pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em função de seu papel na Coreia do Norte, dizendo que o xis da questão é uma desavença entre Washington e Pyongyang.

Em uma entrevista concedida à Reuters na quinta-feira, Trump disse que a China poderia resolver o desafio de segurança nacional representado pela Coreia do Norte "muito facilmente, se quisesse", aumentando a pressão para que Pequim exerça mais influência para conter as ações cada vez mais belicosas de Pyongyang.

A China deixou claro que se opõe aos programas norte-coreanos de mísseis e nuclear e vem repetindo seus clamores pela desnuclearização da península coreana e pela retomada das negociações entre Pyongyang e as potências mundiais.

Pequim também insiste que está empenhada em aplicar sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o país.

"Já dissemos muitas vezes que o cerne da questão nuclear norte-coreana é o problema entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, em um boletim diário à imprensa em reação aos comentários de Trump.

"Esperamos que as partes relevantes saibam arcar com suas responsabilidades, desempenhar o papel que devem, e junto com a China desempenhar um papel construtivo para a paz e a estabilidade na península coreana e para sua desnuclearização", acrescentou.

No sábado passada a China anunciou que proibiu as importações de carvão da Coreia do Norte depois que o regime testou um míssil balístico de alcance intermediário.

A mídia estatal norte-coreana emitiu uma repreensão rara a Pequim na quinta-feira, dizendo que seu principal aliado diplomático está "dançando conforme a música" dos EUA por impedir a venda de carvão devido a seus programas de mísseis e nuclear.

A agência estatal de notícias norte-coreana KCNA não se referiu diretamente à China pelo nome, mas demonstrou um repúdio inegável ao acusar um "país vizinho" de se alinhar a inimigos da Coreia do Norte para "derrubar seu sistema social".

Indagado sobre a reportagem, Geng respondeu que as sanções da ONU são um sinal claro de oposição da comunidade internacional aos programas de mísseis e nuclear norte-coreanos e que a China irá aplicá-las – mas também descreveu seu país e a Coreia do Norte como vizinhos amigáveis.

(Por Ben Blanchard)

Um em cada três presos no País aguarda julgamento

Posted: 24 Feb 2017 03:44 AM PST

Brasil tem 221 mil presos provisórios, de acordo com o CNJ Ed Ferreira/19.05.1999/Estadão Conteúdo

Um em cada três presos no Brasil aguarda julgamento. E o tempo que está nessa condição varia de 172 a 974 dias. É o que aponta o Conselho Nacional de Justiça, com base em dados enviados pelos Tribunais de Justiça. Existem no País 654.372 presos, dos quais 221.054 são provisórios.

O levantamento divulgado na quinta-feira (23) mostra que o tempo médio da prisão provisória no Brasil é de um ano e três dias.

Pernambuco é o Estado que segura por mais tempo os presos provisórios, enquanto Rondônia é o que os mantém por menos tempo. O balanço aponta que a proporção de detidos de forma provisória oscila entre 13%, caso do Amazonas, e 82%, caso do Sergipe. São Paulo tem o terceiro índice mais baixo: 15%.

A iniciativa do levantamento partiu do CNJ, no mês passado, dias após as mortes em presídios do Amazonas e de Roraima. Isso diante da constatação de que não havia números atualizados da quantidade de detentos. O último balanço, do fim de 2014, feito pelo Departamento Nacional Penitenciário (Depen) do Ministério da Justiça, apontava um total de 607.731 presos - 7% a menos.

O levantamento é base para a futura realização de um censo penitenciário nacional, que o CNJ planeja executar com o apoio de Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Exército e Pastoral Carcerária.

Em uma reunião, no dia 12 de janeiro, a presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, pediu que os presidentes dos Tribunais de Justiça estaduais enviassem os dados e, além disso, também elaborassem um plano de ação para acelerar o julgamento de réus presos. O relatório do Conselho ainda lista medidas que cada Estado tomou desde janeiro. Só Mato Grosso do Sul e Tocantins não informaram iniciativas.

O CNJ estima que, até o fim de abril, as ações definidas na primeira fase da "Reunião Especial de Jurisdição" estarão concluídas. As planilhas foram analisadas pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF).

Tráfico. De acordo com o relatório, o crime com base no qual há um maior porcentual de presos provisórios é o de tráfico de drogas: 29%. Roubo vem em seguida, com 26%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde impeachment, popularidade de Moro dispara e rejeição a políticos sobe, diz pesquisa

Posted: 24 Feb 2017 03:40 AM PST

Pesquisa Barômetro Político antecipada à BBC Brasil ouviu a opinião de 1.200 pessoas sobre 20 personalidades do mundo político e jurídico. Apenas o juiz Sergio Moro teve o apoio da maioria: 65% BBC Brasil

No último ano, milhões de brasileiros foram às ruas contra o governo petista, o processo de impeachment se consolidou, o PMDB e o PSDB formaram uma nova aliança para governar o país e a Operação Lava Jato continuou assombrando os políticos.

De lá pra cá, a popularidade do juiz Sergio Moro, magistrado à frente dos casos da Lava Jato na primeira instância judicial, disparou, enquanto a rejeição a políticos subiu de maneira quase generalizada, principalmente no caso de integrantes e aliados do novo governo.

É o que mostra a nova edição do Barômetro Político, pesquisa da consultoria Ipsos antecipada à BBC Brasil. O levantamento, feito no início do mês nas cinco regiões do país, perguntou a 1.200 pessoas sua opinião sobre 20 personalidades do mundo político e jurídico. Apenas Moro recebeu apoio da maioria, atingindo 65% de aprovação.

O resultado apresenta um grande salto em relação a fevereiro de 2015, quando sua aprovação era de apenas 28%. Naquele mês, 56% da população diziam que não tinham conhecimento suficiente sobre ele para opinar, enquanto 33% o rejeitavam.

"A Lava Jato tem um simbolismo muito forte do ponto de vista de passar o país a limpo", diz Danilo Cersosimo, responsável pela pesquisa AFP

Em um ano, o desconhecimento sobre Moro caiu fortemente, para 9%, enquanto sua rejeição recuou para 26%.

"Moro era muito desconhecido no início da pesquisa, mas a força que a Lava Jato ganhou e a presença desse nome na mídia converteu esse conhecimento em aprovação. Ele é o símbolo hoje do combate a tudo aquilo que o brasileiro julga que está errado na política e na gestão pública", observa Danilo Cersosimo, diretor na Ipsos Public Affairs e responsável pela pesquisa.

Embora a atuação de Moro não seja consenso no meio jurídico, isso não chega ao grande público, ressalta Cersosimo.

"O grande público não entende as controvérsias do mundo jurídico. Para a população é muito simples: a Lava Jato tem um simbolismo muito forte do ponto de vista de passar o país a limpo, e o Moro está totalmente associado à operação", ressalta.

Temer, Cunha e Renan

Já o presidente Michel Temer tem-se tornado cada vez mais impopular desde que ganhou mais visibilidade ao longo do processo de impeachment e após chegar ao poder. Há um ano, 61% dos entrevistados o reprovavam, agora são 78%.

A pesquisa afirma que o presidente Michel Temer tem-se tornado cada vez mais impopular: há um ano, 61% dos entrevistados o reprovavam, agora são 78% EPA

Ele hoje só fica atrás do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (89%) e do senador Renan Calheiros (82%), cujas taxas de rejeição também subiram.

A taxa de rejeição a Temer já é maior do que a da ex-presidente Dilma Rousseff. Destoando da maioria dos políticos, a petista tem visto sua avaliação negativa recuar, embora continue em patamar muito alto (74%). Há um ano era de 84% e, em setembro de 2015, havia chegado a 90%.

A reprovação a Lula, por sua vez, tem mostrado certa estabilidade e hoje registra taxa de 66%.

Já os principais nomes do PSDB apresentaram todos piora dos seus índices de popularidade. Nos últimos 12 meses, subiram as rejeições ao senador Aécio Neves (de 51% para 74%), ao senador José Serra (de 49% para 66%), e ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (de 51% a 64%).

A desaprovação a Mariana Silva (Rede) subiu menos, passando de 52% em fevereiro de 2016 para 57% agora.

Para o diretor da Ipsos, o que explica o aumento quase generalizado da rejeição aos políticos é o desgaste produzido pelas investigações da Lava Jato. Políticos que assumiram o poder após o impeachment acabaram ganhando mais visibilidade e sofrendo mais, nota ele.

"O aumento da indisposição (com os políticos) tem muito a ver com as investigações da Lava Jato, que deu nome aos bois. A operação materializou a percepção da corrupção e mostrou que a prática não está restrita a um partido ou a um político", afirma Cersosimo.

E os protestos?

Embora a rejeição aos políticos hoje no poder seja crescente, não estão sendo realizadas no país manifestações da mesma magnitude que nos meses anteriores ao impeachment ou em 2013.

Para Cersosimo, um elemento importante que alimentou os protestos durante o governo Dilma foi o forte sentimento anti-PT, devido ao desgaste do partido depois de muitos anos no governo, em meio a denúncias de corrupção e crise econômica.

Para o diretor da Ipsos, o que explica o aumento quase generalizado da rejeição aos políticos é o desgaste produzido pelas investigações da Lava Jato AFP

Já Temer, que antes de ser eleito duas vezes vice de Dilma fez sua trajetória política no Poder Legislativo, não tem uma imagem forte junto à população.

"As pessoas não estão na rua porque têm a sensação de que o pior da crise já passou. O brasileiro terceirizou a solução dos problemas para o Sergio Moro e a Lava Jato de modo que ele não precisa ir para a rua, ao menos por enquanto", observa ainda.

Entre as vinte autoridades avaliadas, outras duas personalidades do mundo jurídico aparecem logo atrás de Moro com as mais altas taxas de aprovação. A presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmén Lúcia, tem 33%, e o ex-ministro da Corte Joaquim Barbosa, 48%.

Efeitos para 2018

Para Cersosimo, a pesquisa mostra uma grande insatisfação com o mundo político tradicional, o que pode abrir espaço para uma candidatura presidencial inesperada em 2018, como ocorreu com João Doria (PSDB), eleito prefeito de São Paulo no ano passado.

Moro seria um forte candidato, mas parece improvável que dispute a próxima eleição, já que a Lava Jato ainda deve se prolongar, ressalta Cersosimo.

"É muito difícil falar de 2018 porque não descarto um outsider surgir 'do nada' e ganhar a eleição. O Brasil passa por um momento seríssimo de crise de lideranças. Existe uma desilusão muito grande com partidos, com lideranças mais tradicionais".

Entre os políticos pesquisados, Lula é que o tem o maior percentual de aprovação, com 31%. Já entre os tucanos, o ex-presidente Fernando Henrique tem 21%; Serra, 20%; Alckmin, 17%; e Aécio fica na lanterna como apenas 11%.

"Por mais que o PT esteja passando pelo pior momento de sua história, Lula vem desempenhando bem nas pesquisas eleitorais e parece ter uma tendência de melhora no índice de aprovação. O momento é tão polarizado que ele vai conseguir aglutinar aqueles que têm uma memória positiva do período Lula e que podem relevar possíveis envolvimentos dele com esquemas de corrupção", acredita Cersosimo.

O diretor da Ipsos ressalta, porém que a alta rejeição de Lula, hoje em 66%, pode impedi-lo de vencer a eleição presidencial de 2018, caso ele venha a concorrer. Isso deve depender do nível de rejeição de seus adversários, nota ele.

"Normalmente, um candidato que tem índices de reprovação alto como ele pode até ir para o segundo turno, mas dificilmente ganha. São raros os casos de reversão de rejeição. Ganhar uma eleição vai depender do candidato adversário, especialmente se estiver disputando com alguém de fora da política", observa.

Realizada entre os dias 1 e 11 de fevereiro, a pesquisa Ipsos fez 1.200 entrevistas presenciais em 72 municípios brasileiros. A margem de erro é de 3%.

GPA reduz prejuízo líquido para R$29 mi no 4º tri em meio à expansão da bandeira Assaí

Posted: 24 Feb 2017 03:37 AM PST

SÃO PAULO (Reuters) - O Grupo Pão de Açúcar (GPA) reduziu o prejuízo líquido consolidado do quarto trimestre de 2016 para 29 milhões de reais, ante perda de 384 milhões reais um ano antes, marcando o sétimo trimestre seguido de resultado negativo.

Em material de divulgação do balanço, a empresa ressalta a contínua expansão orgânica e o crescimento das vendas na área de atacarejo, da bandeira Assaí, o que compensou números mais fracos em varejo alimentar e multivarejo.

Controlado pelo varejista francês Casino, o GPA reportou lucro líquido de 146 milhões de reais para o Assaí entre outubro e dezembro, alta de 56,9 por cento sobre o último trimestre de 2015. A unidade encerrou 2016 com um total de 107 lojas em 16 Estados.

Na área de varejo alimentar, a companhia teve prejuízo líquido de 24 milhões de reais, revertendo o lucro de 242 milhões de reais apurado um ano antes. Já em multivarejo, o resultado líquido ficou negativo em 171 milhões de reais no quarto trimestre, ante 149 milhões de reais positivos em igual intervalo de 2015.

Em função do processo de alienação da participação na Via Varejo, a empresa ajustou de forma retrospectiva os números a partir de 1º de janeiro de 2015.

O GPA apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 726 milhões de reais no quarto trimestre, 17 por cento menor na comparação anual.

Em meados de janeiro, a empresa já havia divulgado alta de 12,1 por cento na receita líquida consolidada do quarto trimestre, para 11,74 bilhões de reais..

O resultado financeiro ficou negativo em 251 milhões de reais, ante 236 milhões de reais negativos no último trimestre de 2015. Além disso, a varejista reduziu a dívida líquida para 757 milhões de reais no fim do ano passado, de 1,008 bilhão de reais em dezembro de 2015.

Em relação aos investimentos, o GPA Alimentar desembolsou um total de 386 milhões de reais, 12 por cento mais em relação ao quarto trimestre de 2015. No ano, o maior grupo varejista do país investiu 1,2 bilhão de reais na inauguração de 30 lojas, das quais 13 da bandeira Assaí.

No ano passado, o GPA teve prejuízo líquido consolidado de 1,077 bilhão de reais, contra resultado negativo de 276 milhões de reais em 2015. O Ebitda ajustado caiu 13,4 por cento, para 2,185 bilhões de reais.

Para 2017, o GPA diz que seguirá com seu plano de expansão orgânica, abrindo até 8 novas lojas e convertendo pelo menos 15 unidades de Extra Hiper em Assaí. Na área de multivarejo, a empresa planeja 5 novas lojas Pão de Açúcar e 10 unidades Minuto Pão de Açúcar, de acordo com o balanço.

None

(Por Gabriela Mello)

Atuação política marca gestão de Serra na pasta

Posted: 24 Feb 2017 03:25 AM PST

José Serra pediu demissão do Ministério das Relações Exteriores Valter Campanato/1º.02.2017/Agência Brasil

Amigo do presidente Michel Temer há mais de 30 anos, José Serra chegou ao Ministério das Relações Exteriores como integrante do núcleo estratégico do governo e com a missão de ajudar a reativar a economia, fortalecendo as exportações.

Mas, ao deixar a pasta nove meses após haver chegado, a principal marca de sua gestão está no campo político: a ruptura com os países de linha "bolivariana".

Essa mudança se deu antes mesmo da posse. O afastamento de Dilma Rousseff da Presidência, em maio do ano passado, foi criticado por Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua, pela Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba) e pelo secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper.

Em duas notas, o ministério os acusou de "propagar falsidades" e expressar "preconceitos".

Mas a tese de que houve um "golpe" no País repercutiu na mídia internacional. Numa tentativa de estancar esse movimento, o Itamaraty emitiu circular orientando seus diplomatas a rebater as acusações.

Quando o impeachment de Dilma foi aprovado no Senado, em agosto, Venezuela, Equador e Bolívia chamaram de volta seus embaixadores do Brasil, o que, no mundo diplomático, é uma crítica. Em resposta, o governo brasileiro fez o mesmo.

Nenhum desses países ocupou mais as atenções de Serra que a Venezuela. A parte mais visível de sua gestão foram as críticas ao governo de Nicolás Maduro, que ele acusou várias vezes de não respeitar os direitos humanos nem a democracia. E as articulações para evitar que a o país assumisse a presidência do Mercosul.

Nessa empreitada, o Brasil integrou uma aliança com Argentina e Paraguai, mas foi difícil conseguir a concordância do Uruguai. Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ajudou, viajando com Serra a Montevidéu para uma conversa com o presidente Tabaré Vázquez. No fim das contas, a Venezuela não assumiu de fato a presidência do bloco e acabou até suspensa.

Eliseu Padilha tira licença do governo por motivos de saúde

Posted: 24 Feb 2017 02:21 AM PST

Eliseu Padilha (Casa Civil) foi citado pelo advogado José Yunes, amigo pessoal de Temer, por ter recebido envelope suspeito Antonio Cruz/14.02.2017/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), pediu licença do governo federal um dia depois de seu nome ter sido citado pelo advogado José Yunes, amigo pessoal do presidente Michel Temer (PMDB), em um suposto recebimento de valores. A informação foi confirmada por fontes nesta sexta-feira (24), mas ainda não oficializada pelo Palácio do Planalto. 

Padilha viajou para Porto Alegre (RS) ainda na tarde de quarta-feira (22), onde fará o procedimento cirúrgico.

Ontem, Yunes afirmou que intermediou o recebimento e a entrega de um "envelope" para o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. 

A encomenda, segundo ele, foi entregue em setembro de 2014, pouco antes da eleição presidencial na qual a chapa Dilma-Temer foi reeleita, pelo doleiro Lúcio Funaro, apontado por investigadores da Operação Lava Jato como operador do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Padilha ficou internado por dois dias no Hospital de Guarnição do Exército, em Brasília, e recebeu alta hospitalar na manhã de quarta-feira (22).

Na noite de segunda-feira (20), Padilha foi internado no com um quadro de obstrução urinária. A assessoria do ministro informou que o nome correto da enfermidade de Eliseu Padilha é uma "hiperplasia prostática benigna". O quadro não é considerado grave, mas é necessária a cirurgia.

Le Pen rejeita depor sobre suspeita de uso irregular de recursos da UE

Posted: 24 Feb 2017 02:20 AM PST

PARIS (Reuters) - A líder da extrema direita francesa, Marine Le Pen, se recusou a ser interrogada pela polícia quando foi convocada pelos policiais na quarta-feira em um caso em que é acusada de fazer pagamentos ilegais para funcionários com recursos da União Europeia, disse seu advogado nesta sexta-feira.

Le Pen, que é candidata à Presidência da França e comanda a anti-imigração e anti-UE Frente Nacional, atenderá a quaisquer convocações após as eleições deste ano, disse seu advogado, Rudolphe Bosselut, à Reuters.

(Reportagem de Chine Labbe)