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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

#Brasil

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Declarações de Yunes são vistas como "fogo amigo" contra Padilha, dizem fontes

Posted: 23 Feb 2017 09:37 PM PST

As declarações do ex-assessor especial da Presidência e amigo do presidente Michel Temer, José Yunes, que implicam o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, trazem um problema adicional interno ao governo. Yunes esteve com o presidente nesta quinta-feira (23) no Alvorada, enquanto Padilha está afastado para se tratar de um problema urinário.

Fontes próximas a Yunes e Temer disseram terem sido "surpreendidos" com as declarações do ex-assessor. Auxiliares de Padilha afirmam, em caráter reservado, que a declaração de Yunes parece ser uma estratégia de "fogo amigo" para tirar o ministro da Casa Civil.

Yunes disse que intermediou o recebimento e a entrega de um "envelope" para Padilha. A encomenda, segundo ele, foi entregue em setembro de 2014, pouco antes da eleição presidencial na qual a chapa Dilma-Temer foi reeleita, pelo doleiro Lúcio Funaro, apontado por investigadores da Operação Lava Jato como operador do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Além disso, a divulgação da capa da revista Veja com a informação de que Yunes afirma ter sido "mula" de Padilha também alimentou, no início da noite desta quinta-feira, as teorias de que o ministro da Casa Civil pode estar sendo "rifado".

Apesar do longo tempo de amizade entre Yunes e Temer, o que para algumas fontes seria um indicativo de que a declaração do ex-assessor possa ter sido combinada com o presidente, auxiliares do Planalto dizem não acreditar que Yunes acertaria esse tipo de declaração com Temer.

Yunes afirmou que resolveu falar sobre o assunto para contestar a versão do engenheiro da Odebrecht, Cláudio Melo, que, em delação premiada, disse que Yunes recebeu em seu escritório a quantia de R$ 1 milhão para ser repassado para campanhas peemedebistas, via caixa 2.

Em dezembro, a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S.Paulo, revelou que o lobista Lúcio Funaro foi quem entregou a Yunes dinheiro vivo oriundo da Odebrecht. A quantia foi de R$ 1 milhão. Yunes deixou o governo após vir à tona delação do ex-executivo da companhia Claudio Melo.

Ele narrou no depoimento para a Lava Jato reunião em 2014 em que Temer teria pedido dinheiro a Marcelo Odebrecht para o PMDB. Dos R$ 10 milhões, R$ 6 milhões foram para campanha de Paulo Skaf e R$ 4 milhões para o ministro Eliseu Padilha distribuir.

Padilha foi quem pediu que Lúcio Funaro fizesse a entrega de R$ 1 milhão a Yunes. O ex-assessor, que esperava receber o dinheiro de um desconhecido, foi surpreendido com o lobista no seu escritório em São Paulo. Os dois não se conheciam pessoalmente, mas Yunes sabia de quem se tratava.

Na ocasião, via assessoria, Padilha disse que "não pediu" nada a Lúcio Funaro. Funaro está preso desde julho pela Lava Jato sob suspeita de comandar com o ex-deputado Eduardo Cunha esquema de arrecadação de propinas de grandes empresas.

Yunes diz ter intermediado "envelope" em nome de Padilha

Posted: 23 Feb 2017 09:33 PM PST

Assessor especial da Presidência da República até o final do ano passado e amigo pessoal do presidente Michel Temer há mais de 40 anos, o advogado José Yunes disse que intermediou o recebimento e a entrega de um "envelope" para o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

A encomenda, segundo ele, foi entregue em setembro de 2014, pouco antes da eleição presidencial na qual a chapa Dilma-Temer foi reeleita, pelo doleiro Lúcio Funaro, apontado por investigadores da Operação Lava Jato como operador do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Yunes disse que resolveu falar sobre o assunto para contestar a versão do engenheiro da Odebrecht, Cláudio Melo, que, em delação premiada, disse que Yunes recebeu em seu escritório a quantia de R$1 milhão para ser repassado para campanhas peemedebistas, via caixa 2.

O advogado afirma desconhecer o teor do envelope do qual serviu de "mula". "O Padilha me ligou e me perguntou se eu poderia receber um documento que depois seria pego por outra pessoa. Eu disse que não teria problema", disse. Questionado, ele disse não lembrar o tamanho e a espessura do envelope.

Ele também disse que conheceu Funaro naquele dia. "Ele chegou, se apresentou, nós conversamos um pouco sobre política e depois ele foi embora. Mais tarde uma pessoa foi buscar a encomenda que havia sido deixada pelo Lúcio na mão de minha secretária. Esse envelope me passou lá como um documento. Eu jamais violaria um envelope", disse.

Yunes afirmou ainda que foi a primeira e única vez que recebeu documentos em nome de Padilha. "Como ele também é advogado e milita na área imobiliária, eu não vi problema. Não poderia imaginar que era dinheiro, até porque nunca mexi com dinheiro de campanha", disse.

O advogado, que pediu demissão do governo logo após a divulgação do conteúdo da delação de Melo, disse que pretende entrar com uma ação judicial contra o ex-executivo da Odebrecht.

Prêmio da Mega-Sena acumula e loteria deve pagar R$ 30 milhões no sábado

Posted: 23 Feb 2017 04:27 PM PST

Sorteio premiou 54 apostas com a quina e 3.833 com a quadra Folha Vitória - Cidades 2

O prêmio principal da Mega-Sena não saiu no sorteio desta quinta-feira (23). Com isso, a quantia segue acumulada e a loteria promete pagar nada menos do que R$ 30 milhões no sábado de Carnaval (25).

Na noite desta quinta-feira (23), as dezenas reveladas pelo concurso 1.906 da loteria, foram: 06 — 27 — 33 — 39 — 40 — 60.

Apesar de nenhum apostador ter faturado o prêmio principal, 54 pessoas acertaram a quina e têm o direito de receber R$ 38.424,36 cada. Outros 3.833 apostadores cravaram quatro dos números sorteados e podem sacar R$ 773,32 cada.

Para concorrer ao prêmio de R$ 30 milhões do próximo sábado, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).


Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Temer tentou acalmar PMDB antes de anunciar Serraglio para a Justiça

Posted: 23 Feb 2017 03:31 PM PST

Intenção de Temer era mesmo anunciar Serraglio antes do feriado, depois de conseguir contornar a crise na bancada André Dusek/12.03.2016/Estadão Conteúdo

O presidente Michel Temer tentou acalmar a rebelião na bancada do PMDB na Câmara causada pela escolha do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Ministério da Justiça, antes de anunciar oficialmente o nome do parlamentar, disseram fontes governistas.

O nome de Serraglio foi anunciado no início da noite desta quinta-feira (23), mas a decisão de Temer gerou uma forte reação na bancada peemedebista. Apesar de o partido cobrar mais espaço no governo, o nome do deputado criou mais problemas que soluções.

"Serraglio não é um nome da bancada. Se tentou construir uma unidade em nome do Serraglio, mas depois se fez a escolha sem o aval da bancada, e o presidente acenou com a liderança do governo para o PP. A bancada está muito insatisfeita", disse um parlamentar do partido.

Assim que vieram a público as informações de que Serraglio seria o escolhido, as reações peemedebistas começaram. Vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (MG), declarou que iria "romper com o governo".

Após indicação de Serraglio, vice-presidente da Câmara rompe com governo

"Tomei a decisão por causa da questão mineira. Minas tem sido preterido e tem sido muito correto com esse governo. Um Estado que não participa das decisões do governo, não pode também estar participando das votações do governo", afirmou o deputado.

Ramalho chegou a conversar com Temer por telefone, mas não mudou de posição. Disse que vai fazer uma "oposição consciente", mas já avisou que a reforma da Previdência, tema central do governo, não irá passar "do jeito que está".

Um parlamentar próximo a Ramalho disse que o deputado estava "jogando para a plateia". "Ele quis marcar posição", disse a fonte.

Nas conversas durante o dia, Temer se comprometeu a fazer uma reunião com a bancada de Minas depois do Carnaval. A intenção do presidente era mesmo anunciar Serraglio antes do feriado, depois de conseguir contornar a crise na bancada.

Apesar da avaliação de alguns de que é um problema restrito aos peemedebistas mineiros, outros parlamentares aproveitaram o momento de rebelião mineira para levantar outras insatisfações, como o questionamento do espaço do PMDB no governo.

Liderança

O fato de Temer ter decidido indicar Aguinaldo Ribeiro (PP) para a liderança do governo na Câmara, no lugar de André Moura (PSC-SE), irritou deputados. "Vai fortalecer demais o PP, que já tem três ministérios", reclamou o parlamentar peemedebista. "Está crescendo e crescendo em cima do PMDB. Na véspera de um ano eleitoral, quando os deputados são candidatos."

Na manhã desta quinta-feira, Temer se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, para "recuperar a relação" com Maia, de acordo com uma das fontes, e tentar resolver o xadrez de cargos no Congresso.

Maia, que havia se posicionado contra a criação de um líder da maioria, como pretendia o governo para ter mais cargos a distribuir e acalmar a base aliada, acabou acatando a ideia no encontro com Temer.

A vaga poderia ir para André Moura, que ficaria sem a liderança do governo. Mas, segundo o parlamentar peemedebista, o partido queria aproveitar essa brecha e despachar Aguinaldo Ribeiro para o cargo e ficar com a liderança do governo para poder entregá-la a Lelo Coimbra.

O Planalto, no entanto, pretende colocar Lelo na liderança da maioria, o que não acalmaria a bancada, segundo o parlamentar peemedebista. "O PMDB está há muito tempo longe do núcleo político do governo. Já perdeu a Secretaria de Governo", disse a fonte. "Isso não acalma nada", avaliou.

O presidente viaja nesta sexta-feira para a Bahia, onde passa o Carnaval com a família na base naval de Aratu.

Ao retornar terá pela frente a nomeação de um novo ministro das Relações Exteriores, cargo vago com o pedido de demissão de José Serra.

EXCLUSIVO-Trump quer expandir arsenal nuclear e colocar EUA na liderança

Posted: 23 Feb 2017 02:37 PM PST

Por Steve Holland

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que quer fortalecer o arsenal nuclear do país para garantir que os EUA estejam na liderança, depois de ficarem para trás em sua capacidade de armas atômicas.

Em entrevista à Reuters, Trump também disse que a China poderia resolver o desafio de segurança nacional representado pela Coreia do Norte "muito facilmente se eles quisessem", intensificando a pressão para que Pequim exerça mais influência para controlar as ações cada vez mais agressivas de Pyongyang.

Nos seus primeiros comentários sobre o arsenal nuclear norte-americano desde que assumiu o poder em 20 de janeiro, Trump declarou que os EUA "ficaram para trás na capacidade em armas nucleares".

"Eu sou o primeiro que gostaria de ver todo mundo, ninguém ter armas nucleares, mas nós nunca iremos ficar para trás de qualquer país, mesmo se for um país amigo, nós nunca iremos ficar para trás em poder nuclear."

"Seria maravilhoso, um sonho se nenhum país tivesse armas nucleares, mas se países vão ter, nós estaremos no topo do grupo", afirmou Trump.

O novo tratado sobre limite de armas, conhecido como Novo START, entre os EUA e a Rússia exige que até 5 de fevereiro de 2018 os dois países limitem os seus arsenais de armas nucleares estratégicas para níveis equivalentes por dez anos.

O tratado permite que os dois países tenham não mais do que 800 lançadores de mísseis balísticos terrestres e submarinos e bombardeiros pesados aptos para carregar armas nucleares, além de prever outros limites igualitários em relação a outras armas atômicas.

Analistas têm questionado se Trump quer anular o Novo START ou se iniciaria o emprego de outras ogivas.

Na entrevista, Trump chamou o Novo START de um acordo desigual. "Apenas mais um acordo ruim que o país fez, START, o acordo com o Irã… Nós vamos começar a fazer acordos bons", afirmou ele.

Os EUA estão no meio de um programa de modernização de 30 anos no valor de 1 trilhão de dólares dos seus submarinos de mísseis balísticos, bombardeiros e mísseis terrestres, um custo com o qual, para muitos especialistas, o país não pode arcar.

Trump também reclamou que o emprego russo de um míssil de cruzeiro é uma violação do tratado de 1987 que proíbe mísseis de alcance intermediário terrestres russos e norte-americanos.

"Para mim é um grande problema", afirmou ele.

Perguntado se trataria do tema com Putin, Trump disse que ele faria isso se e quando eles se encontrarem. Ele afirmou que não tinha encontros marcados com Putin.

Falando no Salão Oval, Trump declarou em relação aos testes de mísseis balísticos norte-coreanos: "Nós estamos muito irritados". Ele disse que acelerar um sistema antimísseis para os aliados Japão e Coreia do Sul estava entre as opções possíveis.

"Há conversas sobre muito mais do que isso", afirmou Trump. "Vamos ver o que acontece. Mas a situação é muito perigosa, e a China pode terminar com isso muito rapidamente na minha opinião."

Defesa de Lobão afirma que senador não possui contas no exterior

Posted: 23 Feb 2017 01:57 PM PST

A defesa do senador Edison Lobão (PMDB-MA) afirmou que o parlamentar "não possui nenhuma conta no exterior". Para o advogado de Lobão, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, a decisão do Ministério Público da Suíça de bloquear preventivamente contas ligadas à família do parlamentar, nesta quinta-feira (23) foi uma medida que visa eventuais desdobramentos de investigações no Brasil. O senador é alvo de dois inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal).

"O senador Edison Lobão não tem nenhuma conta no exterior, o que parece que aconteceu é que, tendo em vista as implicações de possíveis inquéritos no Brasil, o Ministério Público suíço já toma uma providência em fazer, por incrível que possa parecer, ele próprio o bloqueio de contas ligadas à família. Não sou advogado dos filhos, mas, pelo que conversei, não tem nenhuma irregularidade. Como advogado do Lobão, o que posso dizer é que ele não tem conta nenhuma no exterior", disse Kakay.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, foi o próprio banco suíço que, após o nome de Lobão aparecer entre os citados na Lava Jato, optou por comunicar as autoridades do país europeu.

As contas, no entanto, não estão em nome do senador, mas de pessoas e empresas ligadas a ele, segundo informou um procurador que acompanha o caso. O que chamou a atenção dos investigadores é que parte das transferências ocorreu sem qualquer tipo de justificativa, o que acendeu sinais de alerta entre os serviços de monitoramento.

Controladores das contas procuraram a Justiça da Suíça para tentar impedir o compartilhamento de informações sobre a movimentação bancária com autoridades brasileiras, impedindo que os dados possam ser usados em processos no Brasil. Por duas vezes, no entanto, os tribunais suíços rejeitaram os recursos apresentados. Numa das decisões, os advogados alegaram que não existem provas de que o dinheiro tenha origem suspeita e que a medida é desproporcional. Os juízes, porém, rejeitaram o argumento.

Mesmo após a recusa, os documentos e extratos não foram repassados ao Brasil porque o processo ainda está em andamento na Suíça. O Ministério Público da Suíça optou por manter bloqueadas as contas até que seja esclarecida a origem do dinheiro.

Suíça investiga se Lobão usou contas no país para receber propina

Posted: 23 Feb 2017 01:53 PM PST

Contas no país europeu não estariam em nome do senador Valter Campanato/09.01.2013/ABr

O senador Edison Lobão (PMDB-MA) é alvo de inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) relacionados à Operação Lava Jato. Ele foi citado em delações premiadas como um dos beneficiários do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras ao lado de outros nomes do PMDB.

Em outro inquérito, é investigado por irregularidades nas obras das usinas de Angra 3 e Belo Monte. Na época, ele ocupava o cargo de ministro de Minas e Energia, durante o governo de Dilma Rousseff. A defesa do senador, que atualmente preside a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, nega as irregularidades.

Segundo a reportagem apurou, foi o próprio banco suíço que, após o nome de Lobão aparecer entre os citados na Lava Jato, optou por comunicar as autoridades do país europeu.

As contas, no entanto, não estão em nome do senador, mas de pessoas e empresas ligadas a ele, segundo informou um procurador que acompanha o caso. O que chamou a atenção dos investigadores é que parte das transferências ocorreu sem qualquer tipo de justificativa, o que acendeu sinais de alerta entre os serviços de monitoramento.

Controladores das contas procuraram a Justiça da Suíça para tentar impedir o compartilhamento de informações sobre a movimentação bancária com autoridades brasileiras, impedindo que os dados possam ser usados em processos no Brasil. Por duas vezes, no entanto, os tribunais suíços rejeitaram os recursos apresentados.

Numa das decisões, os advogados alegaram que não existem provas de que o dinheiro tenha origem suspeita e que a medida é desproporcional. Os juízes, porém, rejeitaram o argumento.

Mesmo após a recusa, os documentos e extratos não foram repassado ao Brasil porque o processo ainda está em andamento na Suíça. O Ministério Público da Suíça optou por manter bloqueadas as contas até que seja esclarecida a origem.

Futuro

Esgotados todos os procedimentos legais, a esperança de procuradores brasileiros é de que o caso seja enviado ao Brasil, a exemplo do que já ocorreu no processo do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Para que haja uma repatriação do dinheiro, porém, os envolvidos precisam ser condenados em última instância ou fechar um acordo de delação premiada em que estejam de acordo a devolver os recursos.

Procurado, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende Lobão, não retornou as ligações até a publicação da notícia.

EXCLUSIVO-Trump quer expandir arsenal nuclear e colocar EUA na liderança

Posted: 23 Feb 2017 01:07 PM PST

Por Steve Holland

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que quer fortalecer o arsenal nuclear do país para garantir que os EUA estejam na liderança, depois de ficarem para trás em sua capacidade de armas atômicas.

Em entrevista à Reuters, Trump também reclamou do desenvolvimento russo de um míssil de cruzeiro em violação de um tratado de controle de armas e disse que levantaria a questão com o presidente russo, Vladimir Putin, quando e se eles se encontrarem.

Em outra frente, Trump disse que a China pode resolver o desafio de segurança nacional imposto pela Coreia do Norte "muito facilmente se quiser", aumentando a pressão sobre Pequim para que exerça maior influência para segurar as rédeas em relação à escalada de ações belicosas de Pyongyang.

Em entrevista no Salão Oval, Trump também se declarou furioso com os testes de mísseis balísticos e disse que acelerar a iniciativa de um sistema de defesa de mísseis para os aliados dos EUA Japão e Coreia do Sul está entre muitas opções disponíveis.

Trump quer expandir arsenal nuclear e colocar EUA na liderança

Posted: 23 Feb 2017 01:03 PM PST

Por Steve Holland

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que quer fortalecer o arsenal nuclear do país para garantir que os EUA estejam na liderança, depois de ficarem para trás em sua capacidade de armas atômicas.

Em entrevista à Reuters, Trump também reclamou do desenvolvimento russo de um míssil de cruzeiro em violação de um tratado de controle de armas e disse que levantaria a questão com o presidente russo, Vladimir Putin, quando e se eles se encontrarem.

Em outra frente, Trump disse que a China pode resolver o desafio de segurança nacional imposto pela Coreia do Norte "muito facilmente se quiser", aumentando a pressão sobre Pequim para que exerça maior influência para segurar as rédeas em relação à escalada de ações belicosas de Pyongyang.

Em entrevista no Salão Oval, Trump também se declarou furioso com os testes de mísseis balísticos e disse que acelerar a iniciativa de um sistema de defesa de mísseis para os aliados dos EUA Japão e Coreia do Sul está entre muitas opções disponíveis.

EXCLUSIVO-Trump diz que tarifa alfandegária proposta por republicanos pode impulsionar emprego nos EUA

Posted: 23 Feb 2017 01:02 PM PST

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se mostrou favorável nesta quinta-feira a um tarifa alfandegária de ajuste para impulsionar as exportações que está sendo proposta por republicanos no Congresso, mas não endossou especificamente a proposta.

Trump já havia enviado sinais mistos sobre a proposta central do plano republicano de mudança tributária nos EUA pela primeira vez em mais de 30 anos.

"Isso poderia levar a mais empregos nos Estados Unidos", disse Trump em entrevista à Reuters, usando sua linguagem mais positiva até hoje sobre a proposta.

Trump tinha mandado sinais conflitantes sobre sua posição em relação à tarifa alfandegária de ajuste em entrevistas separadas da mídia em janeiro, dizendo em uma entrevista que era "muito complicado" e em outra que ainda estava na mesa.

"Eu certamente apoio uma forma de tarifa alfandegária", disse ele à Reuters na quinta-feira. "O que vai acontecer é que as empresas vão voltar aqui, vão construir suas fábricas e vão criar muitos empregos e não há imposto."

Trump também afirmou que seu governo vai cuidar da reforma tributária depois de lidar com Obamacare, o sistema de seguro de saúde posto em prática por seu antecessor, Barack Obama.

(Por Steve Holland e David Morgan)

Quase metade dos brasileiros nunca votaria em Lula para presidente, diz pesquisa

Posted: 23 Feb 2017 12:48 PM PST

Lula é também líder das pesquisas de intenção de voto AFP

Apesar de líder nas pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial de 2018, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o mais rejeitado entre os brasileiros. De acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (23), pelo Instituto Paraná, 45,7% da população nunca votaria no petista em uma eleição presidencial.

Na sequência da lista de rejeição na pesquisa estimulada — quando o nome dos possíveis candidatos é citado pelo entrevistador — aparecem o senador do PSDB Aécio Neves (25%), o presidente Michel Temer (24%) e o deputado Jair Bolsonaro (17,9%).

Marina Silva (12,3%), Roberto Justos (9,9%), Geraldo Alckmin (9,9%), Ciro Gomes (9%) e Joaquim Barbosa (7,3%) completam a lista de nomes que nunca seriam votados.

Entre os entrevistados, outros 6,5% disseram que nunca votariam em nenhum e 4,4% não souberam responder ao questionamento.

Processo na Lava Jato pode tirar Lula das eleições de 2018. Entenda o que pode acontecer

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Além de mais rejeitado, o nome do ex-presidente aparece à frente em uma pesquisa realizada pelo próprio Instituto Paraná no começo de fevereiro. De acordo com o levantamento, o nome de Lula é o preferido de 22,6% da população. No levantamento, o petista é seguido por Aécio (12,9%), Marina (12,6%) e Bolsonaro (12%).

O diretor do instituto de pesquisas, Murilo Hidalgo, explica que o ex-presidente possuí uma forte base eleitoral que o colocaria no segundo turno do pleito de 2018, mas reforça que a rejeição em torno do petista o traria dificuldade para vencer a eleição e voltar à Presidência.

— Ele [Lula] seria favorito em qualquer primeiro turno se as eleições fossem logo, mas teria uma imensa dificuldade de vencer em um eventual segundo turno.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas com 2.020 eleitores entre os dias 12 e 15 de fevereiro de 2017. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Reprodução/Paraná Pesquisas

Após indicação de Serraglio, vice-presidente da Câmara rompe com governo

Posted: 23 Feb 2017 12:06 PM PST

"Vou trabalhar para derrotar o governo em tudo", disse Ramalho André Dusek/Estadão Conteúdo

Primeiro vice-presidente da Câmara e coordenador da bancada de Minas Gerais na Casa, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) anunciou nesta quinta-feira (23) rompimento pessoal com o governo Michel Temer. O anúncio foi uma reação à indicação do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o comando do Ministério da Justiça, cargo que era cobiçado pela bancada mineira.

"Estou rompendo com o governo e vou colocar toda a bancada de Minas para romper também. Se Minas Gerais não tem ninguém capacitado para ser ministro, não devemos apoiar esse governo. Vou trabalhar no plenário contra o governo, para derrotar o governo em tudo. A vice-presidência da Câmara vai ser um ponto de apoio aos que não estão contentes com o governo" afirmou Ramalho em entrevista ao Broadcast Político.

Ramalho defendia o nome de um mineiro para substituir Alexandre de Moraes no Ministério da Justiça. "Minas não aceita mais ficar sem ministério. Minas quer participar do governo. Temos a segunda maior economia do Brasil, a segunda maior população; Fomos a bancada que deu mais votos para o impeachment (da ex-presidente Dilma Rousseff)", cobrou em entrevista à imprensa no início de fevereiro.

O nome defendido pela bancada mineira — a segunda maior da Câmara, com 53 deputados — para a Justiça era o do deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). O peemedebista, porém, perdeu força para ocupar o cargo, após virem à tona críticas feitas por ele ao poder de investigação do Ministério Público. Em 2013, Pacheco se posicionou contra o poder de investigação do MP, quando a Câmara discutia PEC sobre o tema. Após protestos públicos, a proposta foi engavetada.

O rompimento de Ramalho, se levado a cabo, pode trazer complicações para o presidente Michel Temer. Como o Brasil está sem vice-presidente da República, o 1º vice-presidente da Câmara assumirá o comando da Casa sempre que Temer viajar e o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumir a presidência do País. Como presidente da Casa, caberá a Ramalho definir a pauta de votações.

Em entrevista ao Broadcast Político, Ramalho já deu o tom de como trabalhará contra o governo Temer na Câmara. "Essa reforma da previdência é uma vergonha. Vamos votar contra. Queremos uma reforma justa, que seja construída pelo parlamento, e não que venha do Palácio do Planalto", disse Ramalho, que foi eleito 1º vice-presidente da Casa de forma avulsa, contra o candidato oficial da bancada.

Procuradoria defende no STJ que Cabral continue na cadeia

Posted: 23 Feb 2017 12:03 PM PST

Sérgio Cabral foi preso em novembro do ano passado Reprodução

Em pareceres ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Procuradoria-Geral da República defende a necessidade de o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e sua mulher, a advogada Adriana Ancelmo, ficarem na cadeia. A Procuradoria refuta a tese de constrangimento ilegal e aponta para "a gravidade dos delitos cometidos pelos acusados e o risco de reiteração das práticas criminosas". A Procuradoria atribui ao peemedebista comando de organização criminosa. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República.

Sérgio Cabral e a mulher são réus da Operação Calicute, missão integrada da Procuradoria e da Polícia Federal. O peemedebista foi preso em novembro de 2016 sob acusação de receber mesada de R$ 850 mil de duas empreiteiras. Ele ocupa uma cela de Bangu 8. A ex-primeira-dama do Rio foi capturada semanas depois e também está em Bangu.

Os pareceres ao STJ foram elaborados pelos subprocuradores-gerais da República José Adonis Callou, Luiza Frischeisen e Rogério Navarro - integrantes da força-tarefa criada para acompanhar os desdobramentos da Calicute no STJ.

Decretadas pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio e mantidas pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), as prisões têm sido contestadas pelos defensores dos réus por meio de habeas corpus e recursos em habeas corpus apresentados à Corte Superior. A alegação dos advogados do casal Cabral e de outros investigados da Calicute é de "constrangimento ilegal".

Além de Cabral e Adriana apresentaram ao STJ pedidos de liberdade ou substituição da prisão preventiva por medidas cautelares alternativas o ex-secretário estadual de Obras do Rio Hudson Braga, o ex-assessor Paulo Fernando Magalhães Pinto e o operador financeiro Luiz Carlos Bezerra.

Os casos serão julgados pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça nas próximas semanas. A relatora dos processos é a ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Chefe da organização

O parecer do Ministério Público Federal no recurso de habeas corpus apresentado pela defesa do peemedebista foi entregue ao STJ nesta segunda-feira, 20. A subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen destaca que as provas do processo apontam que o ex-governador do Rio "era o chefe da organização criminosa e operador político do esquema de desvio de recursos instalado no governo do Estado no período de 2007 a 2014".

Segundo Frischeisen, "na condição de governador do Rio de Janeiro, (Sérgio Cabral) atuava como peça-chave em esquema formado por empreiteiras integrantes do cartel responsável pela realização de obras públicas de grande magnitude no Estado, para a formação do 'caixa 2', a partir do qual eram efetuados os pagamentos de propinas a agentes públicos, inclusive os membros da organização criminosa".

A subprocuradora-geral lembra ainda que, dos 21 crimes apontados na denúncia do Ministério Público Federal, 14 são atribuídos a Sérgio Cabral, "razão pela qual deve ser refutada qualquer alegação relacionada a suposta ausência de indícios de autoria e materialidade delitivas".

"A decretação da prisão preventiva (de Cabral), bem como a sua manutenção, restaram devidamente justificadas para a garantia da ordem pública, tendo em vista a gravidade concreta dos crimes imputados, bem como o risco de reiteração na prática criminosa de lavagem de dinheiro", assinala.

Para Luiza Frischeisen, a manutenção da prisão preventiva "é a única forma de interrupção dos crimes de lavagem de dinheiro e de desmantelar a organização criminosa por ele liderada".

Lavagem e ocultação

A defesa de Adriana Ancelmo também apresentou habeas corpus no STJ defendendo a desnecessidade da prisão preventiva da ex-primeira-dama. A defesa afirma ainda que é ilegal a manutenção de Adriana em "cela ordinária", já que, por ser advogada, ela teria direito a ficar recolhida em sala de Estado-Maior.

Os advogados de Adriana sustentam que ela tem direito à substituição da prisão preventiva por domiciliar. Todos os argumentos da defesa foram refutados pelo Ministério Público Federal em parecer do subprocurador-geral José Adonis Callou. Ele enfatiza que as provas do processo "demonstram que Adriana era uma das principais responsáveis por ocultar recursos recebidos por Sérgio Cabral no esquema criminoso".

Além de supostamente utilizar seu escritório de advocacia para camuflar o recebimento de valores ilícitos, Adriana é acusada de praticar sucessivos atos de lavagem de mais de R$ 6,5 milhões, mediante aquisição de joias de altíssimo valor de mercado, sem nota fiscal.

"Como ainda não foi recuperado todo o produto da atividade criminosa, uma vez solta a paciente (Adriana) pode continuar a desviar os ativos oriundos dos atos criminosos, de modo que sua manutenção em prisão preventiva se mostra imprescindível ao deslinde da ação penal", alerta Callou em sua manifestação.

Macri diz que Odebrecht contribuiu para "se conhecer a corrupção" e ironiza: “Vamos ter que lhe fazer monumento”

Posted: 23 Feb 2017 09:50 AM PST

Presidente da Argentina, Mauricio Macri, está em Madri, capital da Espanha REUTERS

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse durante uma entrevista em Madri, capital da Espanha, nesta quinta-feira (23) que "nada contribuiu tanto para se conhecer a corrupção do que a Odebrecht". Em seguida, ele acrescentou em tom irônico: "Vamos ter que lhe fazer monumento".

A entrevista foi realizada pelo Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, segundo informações do jornal Clarín.

Pelo menos sete países da América Latina anunciaram em dezembro do ano passado que vão investigar o suposto pagamento de propina de executivos da empreiteira brasileira Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato, em troca de vantagens em contratos públicos.

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As medidas foram tomadas em reação à divulgação de documentos nos quais o Departamento do Estado dos Estados Unidos confirmou que a Odebrecht pagou cerca de R$ 3,3 bilhões (US$ 1 bilhão) em propina a funcionários de governos em 12 países.

Na Argentina, o órgão responsável pelo combate à corrupção informou que pediu informações à força-tarefa de investigadores da Lava Jato para obter informações mais detalhadas sobre as denúncias de que R$ 112 milhões (US$ 35 milhões) foram pagos em propina para funcionários públicos entre 2007 e 2015, fato que teria ocorrido durante o governo da ex-presidente Cristina Kirchner.

As informações foram divulgadas após a confirmação de que anúncio de que a empreiteira assinou acordo de leniência com autoridades do Estados Unidos, Suíça e do Brasil simultaneamente.

Novo ministro do STF, Alexandre de Moraes apoia bloqueios ao WhatsApp

Posted: 23 Feb 2017 09:12 AM PST

Cofundador do WhatsApp afirma que a empresa que não tem planos para abrir uma sede no Brasil Rogério Gomes/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

Alexandre de Moraes, novo ministro do ST (Supremo Tribunal Federal), pode mudar o debate jurídico que há no País hoje a respeito de bloqueios judiciais de aplicativos. Durante sua sabatina, realizada no início desta semana no Senado Federal, Moraes defendeu que aplicativos como o WhatsApp possam ser bloqueados no território nacional, caso não colaborem com a Justiça.

Moraes disse que "a empresa dona do aplicativo não dá nenhum apoio às investigações criminais", e que encaminhou, no Ministério da Justiça, uma proposta para obrigar a empresa responsável pelo aplicativo a ter sede no Brasil. Segundo o magistrado, isso poderia acontecer por meio de uma mudança no Marco Civil da Internet.

— Essa é uma questão que o Congresso Nacional deve analisar, porque é importantíssima, do Whatsapp e da comunicação. Porque não se trata só da comunicação de mensagem, mas se trata da utilização por organizações criminosas da ligação pelo Whatsapp.

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No entanto, é importante lembrar que o Marco Civil já tem uma regra que permite que o WhatsApp possa ser acionado na Justiça brasileira — no artigo 11, a lei define que pode ser aplicada para empresa que atue no exterior, mas tenha uma integrante do mesmo grupo econômico no Brasil. Uma interpretação possível no caso do WhatsApp, que foi comprado pelo Facebook em 2014 — este último, por sua vez, possui escritório no Brasil.

Em entrevistas recentes, Brian Acton, cofundador do WhatsApp, disse que não tem planos para abrir uma sede da empresa no Brasil. Segundo ele, é mais fácil administrar a companhia diretamente dos Estados Unidos.

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Osmar Serraglio será o novo ministro da Justiça

Posted: 23 Feb 2017 08:44 AM PST

Serraglio tem 68 anos foi presidente da CCJ da Câmara Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Michel Temer escolheu o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) como novo ministro da Justiça, para substituir Alexandre de Moraes, nomeado ao STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta quinta-feira (23) uma fonte do Palácio à reportagem.

O anúncio oficial pode ser feito ainda nesta quinta-feira.
Temer chegou a convidar Carlos Velloso para o cargo, mas o ex-ministro do STF recusou o convite na última sexta-feira, alegando compromissos "de natureza profissional e, sobretudo, éticos".
O plano inicial de Temer era ver Velloso encabeçando o ministério e um outro nome, mais ligado à segurança pública, a frente desta área, em uma secretaria reforçada.

Com a escolha de Serraglio, a opção por um nome iminentemente técnico foi deixada de lado para atender aos pleitos da bancada do PMDB da Câmara.

Relator da CPI dos Correios, uma das que que investigou o escândalo do mensalão no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Serraglio presidiu a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara no ano passado quando o colegiado analisou, e rejeitou, recursos do então deputado Eduardo Cunha que tentavam prolongar ainda mais o processo de cassação do parlamentar.

A alçada de Serraglio ao comando da CCJ, no entanto, contou com o apoio de Cunha, que ainda era presidente da Câmara, e foi vista como uma manobra para proteger o peemedebista, que já enfrentava o processo de cassação. Serraglio se filiou ao então MDB em 1978 — o partido alterou o nome com a reforma partidária no início da década de 1980 —, onde permanece até hoje.

Eleito deputado federal pela primeira vez em 1998, está em seu quinto mandato. Advogado, foi assessor jurídico de diversas prefeituras, além de professor universitário.

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Moro bloqueia R$ 50 milhões de operadores do PMDB e suas empresas

Posted: 23 Feb 2017 08:25 AM PST

Moro (foto) expediu mandados de nova fase da Lava Jato hoje Marcos Oliveira/1º.12.2016/Agência Senado

O juiz Sérgio Moro decretou o bloqueio de até R$ 50 milhões dos dois operadores do PMDB, os lobistas Jorge e Bruno Luz, e de Apolo Santana Vieira, apontado como um dos donos do jatinho que se acidentou com o então candidato a presidente Eduardo Campos em 2014, e de 19 empresas pertencentes aos investigados, que são acusados de intermediar propinas na Petrobrás por meio de contas no exterior.

O bloqueio foi determinado no dia 15 de fevereiro, na mesma decisão em que o juiz da Lava Jato decretou a prisão preventiva de Jorge e seu filho Bruno Luz, que deixaram o Brasil rumo aos EUA e não voltaram, e também autorizou 15 mandados de buscas e apreensões nas companhias dos investigados.

"Considerando os indícios do envolvimento dos investigados em vários episódios de intermediação de propina e de lavagem de dinheiro, resolvo decretar o bloqueio das contas dos investigados até o montante de cinquenta milhões de reais", assinalou Moro apontando que "a medida é ainda mais necessária diante dos indicativos de que Jorge Antônio da Silva Luz e Bruno Gonçalves Luz evadiram-se do país, já que pelo menos deve-se evitar a dissipação de seus ativos".

Bruno Luz deixou o Brasil em 16 de agosto do ano passado e não há registro de retorno. Seu pai Jorge Luz deixou o Brasil no dia 11 de janeiro último. Para os juiz da Lava Jato, os indícios da Procuradoria contra os dois apontam que eles teriam uma "atuação criminal profissional".

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"A dimensão e o caráter serial dos crimes, com intermediação reiterada de pagamento de vantagem indevida a diversos agentes públicos, pelo menos dois Diretores e dois gerentes da Petrobras, em pelo menos cinco contratos diferentes da Petrobras, aliada à duração da prática delitiva por anos e a sofisticação das condutas delitivas, com utilização de contas secretas em nome de off-shores no exterior (cinco já identificadas, sendo quatro comprovadamente utilizadas para repasses de propinas), é indicativo de atuação criminal profissional", assinala o juiz da Lava Jato.

Para o juiz da Lava Jato, o empresário Apolo Santana Vieira também teria uma atuação semelhante. "Há, em cognição sumária, prova documental de seu envolvimento em um dos fatos delitivos, com recebimento, ocultação e dissimulação de cerca de US$ 510 mil em propinas acertadas nos contratos de fornecimento de navios-sondas à Petrobras", aponta o magistrado.

Segundo Moro, "assim como Jorge Antônio da Silva Luz e Bruno Gonçalves Luz, há indícios de que se dedica profissionalmente à lavagem de dinheiro e intermediação de propinas a agentes públicos".

No caso dele, o juiz da Lava Jato chegou a decretar a prisão preventiva, mas acabou revogando após o Ministério Público Federal pedir a reconsideração da medida alegando que o empresário está negociando um acordo de colaboração premiada.

PF cumpre mandados de prisão na 38ª fase da Lava Jato

Senadores do PMDB receberam parte de propina de US$ 40 milhões, diz Procuradoria

Posted: 23 Feb 2017 07:47 AM PST

Procurador da República diz que senadores do PMDB "ainda na ativa" foram beneficiários de esquema de propina apurado pela PF Cassiano Rosário/23.02.2017/Futura Press/Folhapress

O procurador da República, Diogo Castor de Mattos, da força-tarefa da Operação Lava Jato, declarou nesta quinta-feira (23) que "agentes políticos do PMDB no Senado" foram beneficiários de parte dos US$ 40 milhões de propina supostamente repassados pelos operadores do partido Jorge Luz e Bruno Luz — pai e filho, respectivamente, são alvos de mandados de prisão da Operação Blackout, 38ª fase da Lava Jato, porque tiveram uma "atuação de longa data" no esquema de corrupção instalado na Petrobras, segundo o procurador.

"Há estimativas da Procuradoria-Geral da República de que essas pessoas [Jorge e Bruno Luz] movimentaram em torno de US$ 40 milhões em pagamentos indevidos. Os beneficiários eram diretores e gerentes da Petrobras e também pessoas com foro privilegiado, agentes políticos relacionados ao PMDB. Há elementos que apontam que agentes políticos do Senado, ainda na ativa, foram beneficiários de parte desses pagamentos", afirmou.

A força-tarefa da Lava Jato pediu ao juiz Sérgio Moro a prisão dos lobistas Jorge e Bruno Luz por identificar que eles deixaram o Brasil e que possuem dupla nacionalidade. Ambos estão nos EUA e já tiveram seus nomes incluídos na difusão vermelha da Interpol. Bruno Luz deixou o Brasil em agosto do ano passado e seu pai, em janeiro deste ano.

Jorge Luz havia sido citado na Lava Jato pelo ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e pelo operador de propinas Fernando Baiano, delatores da operação. Em 18 de abril do ano passado, Cerveró disse em depoimento ao juiz Sérgio Moro que o senador Renan Calheiros recebeu propina de US$ 6 milhões por meio do lobista Jorge Luz, apontado como um dos operadores de propinas na Petrobrás, referentes a um contrato de afretamento do navio-sonda Petrobras 10.000.

O procurador Diogo Castor não citou nome de nenhum político supostamente beneficiário das propinas dos operadores do PMDB.

Em nota pública, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, admitiu nesta quinta conhecer Jorge Luz, mas declarou que não vê o lobista "há mais de 25 anos".

Segundo a Procuradoria da República, no Paraná, Jorge Luz e Bruno Luz usaram contas de empresas offshores no exterior para pagar propina "de forma dissimulada". Durante as investigações, afirma a força-tarefa da Lava Jato, foram identificados pagamentos em contas na Suíça e nas Bahamas.

Jorge e Bruno Luz são investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, "suspeitos de intermediar propina de forma profissional e reiterada na diretoria Internacional da Petrobrás, com atuação também nas diretorias de Serviço e Abastecimento da estatal".

Foragidos, dois alvos da nova fase da Lava Jato já estão na lista da Interpol

Posted: 23 Feb 2017 06:22 AM PST

Dupla de operadores é acusada de ligação com o PMDB Ueslei Marcelino/Reuters

Alvos da 38ª etapa da Operação Lava Jato, a Blackout, deflagrada nesta quinta-feira (23), os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz já foram incluídos, a pedido da Polícia Federal, na difusão vermelha da Interpol, lista dos criminosos mais procurados do mundo. Pai e filho estão sendo procurados desde o começo da manhã desta quinta, mas investigadores acreditam que já possam estar fora do País.

Jorge e Bruno são investigados por corrupção, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, entre outros crimes. Eles seriam operadores do PMDB e teriam usado contas de empresas offshore no exterior para pagamento de propina a agentes públicos da diretoria Internacional da Petrobras.

Também agiriam nas diretorias de Serviço e Abastecimento da estatal. Os investigadores usaram informações passadas em delações premiadas.

No Rio, além dos mandados de prisão preventiva contra os dois, agentes foram às ruas para cumprir 15 mandados de busca e apreensão. O nome da fase da Lava Jato é uma referência ao sobrenome de dois dos operadores.

Sob boatos de esvaziamento, Lava Jato avança contra partido do governo

Sob boatos de esvaziamento, Lava Jato avança contra partido do governo

Posted: 23 Feb 2017 06:13 AM PST

Renan Calheiros na mira das investigações Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Sob boatos de esvaziamento, a Operação Lava Jato em Curitiba avança sobre o esquema de corrupção comandado por apadrinhados do PMDB, na Petrobras. A 38ª fase deflagrada nesta quinta-feira (23), Operação Blackout, tem como alvos principais os lobistas Jorge Luz e seu filho Bruno Luz, considerados operadores de propinas do partido.

O juiz federal Sérgio Moro, dos processos em primeira instância da Lava Jato em Curitiba, decretou a prisão dos lobistas, que são suspeitos de terem ligação com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Os dois são investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em contratos na Diretoria Internacional da Petrobras, que era cota do PMDB no esquema de fatiamento dos postos chave da estatal entre partidos da base de governo - que incluía ainda PT e PP.

Renan

A Lava Jato já prendeu dois operadores apontados como ligados ao esquema do PMDB, na corrupção descoberta na Petrobras: Fernando Soares Falcão, o Fernando Baiano, e João Henriques. Jorge e Bruno Luz são considerados os dois mais antigos lobistas da Petrobrás. Eles moram no Rio, onde estão sendo cumpridas as ordens da Operação Blackout.

Em delação premiada, o ex-diretor de Internacional da estatal Nestor Cerveró revelou que os operadores são responsáveis pelo repasse de US$ 6 milhões em propinas que tinham como destinatária o ex-presidente do Senado Renan Calheiros. O senador nega irregularidades.

Renan Calheiros (PMDB-AL) declarou que não vê o lobista Jorge Luz há 25 anos. Inicialmente, Renan havia afirmado, por meio de outra nota, que não vê o lobista há dez anos, mas em seguida retificou a informação.

"O senador Renan Calheiros reafirma que a chance de se encontrar qualquer irregularidade em suas contas pessoais ou eleitorais é igual a zero. O senador reitera ainda que todas as suas relações com empresas, diretores ou outros investigados não ultrapassaram os limites institucionais. Embora conheça a pessoa mencionada no noticiário Jorge Luz, não o vê há 25 anos e que não possui nenhum operador", diz a nota do peemedebista.

O nome de Luz apareceu nas delações do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e do lobista Fernando Baiano, que afirmaram que ele teria atuado no repasse de propinas a Renan. Além deles, o ex-senador e também delator Delcídio do Amaral afirmou em sua colaboração que Luz era um dos "principais operadores" do PMDB ao lado de Milton Lyra, que foi alvo de um mandado de condução coercitiva na Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato, em 26 de setembro de 2016.