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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

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CIA: Nordeste era peça-chave da Guerra Fria entre EUA e URSS

Posted: 19 Jan 2017 09:52 AM PST

Um relatório da CIA, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, reporta que a região Nordeste brasileira era um território-chave em uma eventual invasão soviética nas Américas, de acordo com uma reportagem da BBC desta quinta-feira. O cenário hipotético descrito pela CIA é o seguinte: depois que a então União Soviética conquistasse todo o Leste Europeu, os russos avançariam para o Hemisfério Sul, mirando primeiramente a Austrália e nações africanas. Da África os comunistas partiriam para conquistar o território que seria a base para um ataque aos Estados Unidos: justamente o Nordeste do Brasil.

O texto está entre os 800.000 documentos confidenciais que se tornaram públicos depois de um processo movido por defensores do livre acesso à informação. Não é possível precisar exatamente a data do relatório, mas citações no texto indicam que ele foi escrito na década de 50, quando EUA e URSS realmente acreditavam que poderiam se enfrentar militarmente em breve.

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A CIA aconselhou o governo americano a se aproximar do Brasil para impedir a infiltração de comunistas no território brasileiro. Para isso, a agência sugeriu a criação de um órgão de contrapropaganda para fazer frente à influência soviética presentes em “todo o país e em diferentes esferas do governo”. Na área econômica, a CIA sugeriu para Washington ajudar o Brasil a se desenvolver, pois o “atraso cultural” e a pobreza poderia ser terreno fértil para o comunismo se alastrar.

II Guerra Mundial — Admirador do ditador fascista italiano Benito Mussolini e simpatizante de algumas ideias de Adolf Hitler, o então presidente brasileiro Getúlio Vargas (que implantou a ditadura do Estado Novo entre 1937 e 1945) foi convencido a se aproximar dos EUA e se unir aos Aliados contra o Eixo, formado por Alemanha, Itália e Japão.

A aliança resultou na participação do Brasil na II Guerra Mundial (1939 – 1945) e em algumas benesses dos EUA ao Estado brasileiro, como investimentos no parque industrial e a construção de bases militares em Natal, no Rio Grande do Norte. O local serviu de base americana para operações na Ásia, África e Europa. Os EUA gostaram da experiência e a CIA defendeu uma nova aproximação com Brasília repelir a ameaça soviética. No fim do relatório, a agência afirma que Brasil e EUA “devem representar os últimos bastiões da liberdade, reafirmando a tradição histórica de aliados leais e sinceros”.


Arquivado em:Mundo

Grupo chinês Alibaba se torna patrocinador das Olimpíadas

Posted: 19 Jan 2017 09:44 AM PST

A China está definitivamente investindo fortunas no esporte. Nesta quinta-feira, o grupo Alibaba, gigante chinês do comércio eletrônico, fechou acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e se tornou patrocinador oficial dos Jogos Olímpicos até 2028. O acordo foi anunciado em Davos, na Suíça, pelo presidente do COI, Thomas Bach, junto com diretores da empresa, entre eles o fundador e proprietário, Jack Ma.

O Alibaba se juntará a 12 outras empresas, como Coca-Cola e Mc Donald’s, que integram o Programa Olímpico, o nível mais alto de colaboração entre empresas e o movimento olímpico. Não foram divulgados valores da negociação. Segundo a agência Reuters, as parceiras pagam ao COI cerca de 100 milhões de dólares (cerca de 320 milhões de reais) a cada quatro anos.

Pelo novo acordo, o Alibaba será parceira oficial do movimento olímpico em “serviços de nuvem” e “serviços de plataforma de e-commerce”, e anunciará no Olympic Channel, novo canal de tevê do COI. “Esta é uma revolucionária e inovadora aliança e nos ajudará a impulsionar a eficiência na organização dos Jogos Olímpicos até o ano de 2028”, afirmou Thomas Bach.

“Nós estamos orgulhosos de apoiar a Agenda 2020, usando nossas inovações e tecnologias para ajudar a evoluir os Jogos Olímpicos para a era digital”, afirmou Jack Ma. O fato de os próximos três eventos olímpicos serem na Ásia – Jogos de Inverno de 2018, em PyeongChang, na Coreia do Sul, Jogos de Verão de 2020, em Tóquio, no Japão,e Jogos de Inverno de 2022, em Pequim, na China – estimulou o gigante chinês a investir.

A Alibaba, concorrente global de empresas como a americana Amazon, tem injetado parte de sua fortuna em esporte nos últimos meses. A partir de sua marca de carros elétricos, a Alibaba E-auto, fechou contrato de oito anos de patrocínio aos Mundiais de Clubes da Fifa. Também em dezembro, assinou com a AIBA (boxe) e com a World Rugby (rúgbi).

O presidente da China, Xi Jinping, também está em Davos participando do Fórum Econômico Mundial, e se reuniu com Bach, na sede do COI, em Lausanne, na quarta-feira. Jinping é fanático por esportes, especialmente o futebol, e tem trabalhado junto com as empresas do país para desenvolver o mercado esportivo do país.

Os investimentos no futebol têm sido tão grandes, com contratações milionárias como o brasileiro Oscar e o argentino Carlos Tevez neste ano,  que a Administração Geral do Esporte do país, tem demonstrado preocupação com o que chamou de "despesas irracionais".

 


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Desabamento de prédio em Teerã mata 30 bombeiros.

Posted: 19 Jan 2017 09:30 AM PST

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Megazord chega para lutar em novo trailer de ‘Power Rangers’

Posted: 19 Jan 2017 09:30 AM PST

A nova versão cinematográfica de Power Rangers ganhou um novo trailer, nesta quinta-feira, que trouxe pela primeira vez um dos elementos mais populares da série: o robozão Megazord. A arma especial usada pelo grupo de heróis aparece no finalzinho do vídeo lutando contra um monstrengo convocado pela vilã Rita Repulsa (Elizabeth Banks).

O trailer também apresenta o personagem Zordon, que comanda os Power Rangers (interpretado por Bryan Cranston), e o robozinho Alpha 5 (dublado por Bill Hader). O restante do vídeo traz mais cenas dos adolescentes Jason (Dacre Montgomery), Kimberly (Naomi Scott), Billy (RJ Cyler), Trini (Becky G.) e Zack (Ludi Lin) descobrindo seus novos super-poderes e, finalmente, um pouco mais de ação contra Rita Repulsa.

O filme de Dean Israelite é baseado na série de TV homônima dos anos 1990 e segue os cinco amigos que ganham trajes e poderes especiais para defenderem sua cidade, Alameda dos Anjos, de forças alienígenas. Power Rangers estreia no Brasil em 23 de março.


Arquivado em:Entretenimento

Temer diz que saque de contas inativas do FGTS não terá limite

Posted: 19 Jan 2017 09:01 AM PST

O presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira que os saques de contas inativas do FGTS, anunciados pelo governo no final do ano passado, serão de qualquer valor, em resposta a reportagem publicada na imprensa nesta quinta-feira. “Não houve nenhuma modificação, quem tiver dinheiro nas contas inativadas vai sacá-las por inteiro”, afirmou Temer.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o governo estaria estudando criar um mecanismo para restringir os saques de contas inativas com valores mais altos. O texto diz que haveria a preocupação que os recursos de 2% das contas, que tem volume expressivo, seria apenas transferido para outras aplicações, em vez de ser transformado em consumo e, consequentemente, injetado na economia.

Temer falou, em discurso durante o lançamento do pré-custeio da safra 2017/18, da importância de ter apoio da sociedade para governar. Ao ressaltar que falava da “sociedade produtiva”, aproveitou para criticar a oposição. “Se você não tiver o apoio da sociedade, você dificilmente consegue governar, da sociedade produtiva”, disse em discurso. “Não digo daqueles que na verdade tentam apenas fazer oposição e alardeiam”, afirmou. “A sociedade que aqui está é uma sociedade produtiva do nosso país”, acrescentou Temer para um público de representantes do agronegócio.

O governo está liberando 12 bilhões de reais para o pré-custeio da safra. O valor, informado à agência de notícias Reuters por Temer na segunda-feira, é 2 bilhões de reais superior ao oferecido para o pré-custeio da safra 2016/17.

(Com Reuters)


Arquivado em:Economia

20 mil candidatos ainda não têm acesso às notas do Enem

Posted: 19 Jan 2017 08:49 AM PST

Até o início da tarde desta quinta-feira, 20.000 candidatos ainda não haviam tido acesso às notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com comunicado emitido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os resultados da prova de 2016 foram liberados na manhã da quarta-feira, porém, algumas notas, a maioria de provas do grupo que realizou a prova nos dias 3 e 4 de dezembro, na segunda aplicação do exame, ainda não estavam acessíveis.

A assessoria de imprensa do órgão comunicou que, apesar de o portal do Inep estar em manutenção, o acesso à Consulta Pública e aos resultados do Enem não foram afetados por estarem hospedados em outro endereço eletrônico. No entanto, reconheceu que "o volume de acessos e problemas técnicos, contudo, causaram dificuldades para alguns participantes acessarem as notas". A previsão é que o sistema retorne ao normal e todas as notas estejam disponíveis até o fim do dia.

Segundo o balanço do Inep, até 9h30 desta quinta-feira, mais de 3,3 milhões de candidatos já haviam conferido seus resultados no Enem. Nesta edição, ao todo 6.005.607 pessoas prestaram o exame. As notas podem ser consultadas no endereço www.enem.inep.gov.br ou pelo aplicativo do Enem.

Alguns candidatos que não conseguiram acessar as notas reclamaram nas redes sociais:

Outros fizeram piada com os resultados:

Consulta Pública

A Consulta Pública, que ficará disponível até 10 de fevereiro, tinha sido respondida por 80.000 pessoas também até 9h30 desta quinta-feira.

Para opinar é preciso fazer um rápido cadastro e responder a quatro perguntas. As três primeiras questões são objetivas e abordam alternativas de mudanças dos dias de aplicação de provas e a possibilidade de aplicação por computador. A quarta é uma pergunta discursiva, na qual o participante pode dar sugestões para aprimoramento do exame.


Arquivado em:Educação

Cabral reclama de local para reuniões com advogados em Bangu

Posted: 19 Jan 2017 08:27 AM PST

A infraestrutura precária dos presídios brasileiros, escancarada na crise penitenciária por que passa o país, tem irritado uma autoridade que até há pouco tempo era responsável por ela no Rio de Janeiro: o ex-governador Sérgio Cabral. Preso na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, na Zona Oeste do Rio, Cabral reclamou à Justiça Federal das condições em que têm sido feitas as reuniões com seus advogados.

Em ofício encaminhado ontem ao juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Calicute, os advogados Ary Bergher, Raphael Mattos, Fabio Dias, Bianca Alves, Rodrigo Martins, Saniela Senna, Joana Micheli e Rachel Glatt, todos defensores de Cabral, se queixam particularmente da estrutura da sala de entrevistas.

Os advogados afirmam que "vêm se deparando nas entrevistas, acusado e patronos, com um parlatório de uso coletivo, de quatro baias separadas entre si por colunas de alvenaria, que se estendem do lado dos visitantes ao lado dos presos provisórios, divididos, por sua vez, por vidro espesso que parte do peitoril de alvenaria e alcança o teto".

O time jurídico de Cabral também relata ao magistrado que "o único modo de comunicação disponível entre visitantes e presos provisórios é um interfone existente em cada baia, sendo que, em inúmeras visitas, apenas um, de quatro, tem funcionado".

Segundo os defensores do ex-governador, a separação física e as más condições de comunicação tornam impossível manusear "qualquer documento" em conjunto e "opõe-se frontalmente aos direitos, tanto do acusado quanto dos patronos, de realizarem entre si entrevista pessoal e reservada e de ampla defesa, com o manuseio conjunto de documentos".

Por fim, os advogados de Sérgio Cabral pedem ao magistrado que lhes sejam garantidas "entrevistas pessoais e reservadas" e que se determine à unidade prisional que disponibilize outro local para as reuniões, nas quais os defensores e o ex-governador possam manusear o processo eletrônico em um laptop.

Réu em duas ações penais

Acusado pelo Ministério Público Federal de ter liderado durante sua gestão no Palácio Guanabara um esquema criminoso que sangrou os cofres do Rio em 224 milhões de reais, Sérgio Cabral é réu em duas ações penais, derivadas da Operação Calicute e da Operação Lava Jato.

Os juízes federais Marcelo Bretas e Sergio Moro, responsáveis pelos processos no Rio e em Curitiba, aceitaram em dezembro as denúncias apresentadas pelo MPF em que o peemedebista é acusado dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e pertinência a organização criminosa.

De acordo com os investigadores das operações, Cabral e aliados se beneficiaram de propina na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, no Arco Metropolitano no Rio e na urbanização de comunidades cariocas no PAC das Favelas, bancado por recursos do governo federal, além do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí.


Arquivado em:Brasil, Política

Confronto de presos ao vivo faz Alcaçuz ter dia de ‘Big Brother’

Posted: 19 Jan 2017 08:07 AM PST

A Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal, revelou ao país em tempo real como acontece um confronto entre presos. O principal motivo foi a topografia – o presídio, localizado entre dunas, permitiu às equipes de TV ampla captação de imagens dos detentos se enfrentando e possibilitou transmissão ao vivo das hostilidades.

A GloboNews ficou pouco mais de três horas ao vivo mostrando as imagens do confronto campal dentro do presídio. O link ao vivo começou com a entrada no ar do Jornal GloboNews – Edição das 10h, e prosseguiu até pouco depois das 13h, quando passou a dar espaço a outros assuntos.  Um repórter no local e os âncoras no estúdio narravam o passo a passo do enfrentamento entre os detentos – ligados basicamente às facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime do RN – e as reações dos chamados “guariteiros”, os policiais e agentes que fazem a segurança da muralha.

A transmissão do motim chegou ao Jornal Globonews – Edição do Meio-Dia e impediu a veiculação dos programas Cidades e Soluções, previsto para as 12h05, e Milênio (12h30). A exibição ininterrupta do confronto só terminou com o Jornal GloboNews – Edição das 13h, que passou a tratar também de outros temas.

Veículos de comunicação do Rio Grande do Norte também estão disponibilizando link ao vivo do enfrentamento na internet. O Novo Jornal, por exemplo, fez um streaming no Facebook, que tinha 1,3 mil pessoas acompanhando por volta das 13h.

Todas as imagens eram feitas por profissionais localizados nas dunas, mesmo local de onde familiares das vítimas acompanham o desenrolar das hostilidades. O único helicóptero que sobrevoava o local era da Polícia Militar. O uso de drones não é permitido porque presídios são áreas de segurança.

Durante o “Big Brother” da rebelião, foi possível observar os grupos rivais se provocando, um detento afiando um facção, outros segurando barras de ferros e até um preso ferido sendo socorrido por outro preso em uma maca improvisada.

O presídio permanece amotinado desde sábado, quando 26 presos foram mortos, quinze decapitados. Os detentos estão fora das celas, dividindo o espaço aberto do presídio, com cada facção ocupando uma parte da unidade. Também é possível ver bandeiras das facções fincadas nos telhados dos pavilhões bastante destruídos.

O novo confronto campal entre presos ocorre um dia depois de a Tropa de Choque da Polícia Militar ter entrado na penitenciária com o objetivo de transferir 220 homens ligados ao Sindicato do Crime, alvo do PCC no sábado.

 

 

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Arquivado em:Brasil

Novo ‘Saltimbancos’ atinge memória afetiva de fãs dos Trapalhões

Posted: 19 Jan 2017 07:55 AM PST

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Para justificar a produção de um filme como Os Saltimbancos Trapalhões – Rumo a Hollywood nos dias atuais é preciso abrir mão generosamente do exercício do senso crítico. O roteiro do longa, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, tem fios soltos e algumas interpretações exageradas quase ultrapassam a linha tênue que separa a caricatura da canastrice.

Porém, aos olhos dos adultos que cresceram assistindo às aventuras dos Trapalhões na TV e nos cinemas (e eles reinaram absolutos nas telonas nos anos 1980), o longa-metragem é um delicioso flashback, um retorno à época dos cinemas de rua, da magia circense sem amparo na tecnologia, do humor sem filtro e sem patrulha.

Até o público infantil, habituado aos efeitos especiais, à narrativa ágil e ao visual espetacular das atrações contemporâneas, vai ter sua disputada atenção atraída pelo filme, que pode se tornar uma boa experiência compartilhada entre gerações.

Não se trata de um remake de Os Saltimbancos Trapalhões (1981), que arrematou mais de cinco milhões de espectadores e em 2015 foi eleito pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos. É uma versão atualizada, que resgata alguns elementos-chave e os coloca em nova roupagem.

Sob direção de João Daniel Tikhomiroff, a história começa com um mirabolante e divertido sonho de Didi Mocó, o atrapalhado "faz tudo" do Grande Circo Sumatra, alocado na fictícia cidade de Barra Feia. Em seus devaneios oníricos, ele está em Hollywood na companhia de Dedé (que também trabalha no circo) para receber um prêmio na cerimônia do "Oscara". Numa cena inspiradíssima, o ator Dan Stulbach encarna seu “sósia” Tom Hanks.

De volta à realidade, Didi se vê às voltas com os problemas financeiros da companhia circense, resultado da proibição da participação de animais em circos (lei, no entanto, tida como positiva na ótica dos personagens). O dono, Barão Bartholo (Roberto Guilherme, o eterno Sargento Pincel da atração na TV), transferiu a administração para o ganancioso Satã (Marcos Frota), que quer fazer bons negócios com o prefeito corrupto e manipulador Aurélio Gavião (Nelson Freitas). Após um período de estudos no exterior, Karina (Letícia Colin), filha de Barão, retorna ao país e se alia a Didi na busca de uma solução para a crise.

A resposta vem na forma de um novo espetáculo musical, concebido por Didi numa velha máquina de escrever, que recicla números antigos e coloca os artistas "interpretando" animais. O elenco e a trupe (na vida real, integrantes do circo de Marcos Frota), então, dão início às clássicas canções do musical de Chico Buarque, de 1977. Vale lembrar (ou explicar) que Chico transformou em musical a peça Os Saltimbancos, do italiano Sergio Bardotti e Luiz Enríquez Bacalov, que por sua vez era uma adaptação do conto Os Músicos de Bremen, dos Irmãos Grimm. 

Performances como História de Uma Gata (imortalizada por Lucinha Lins no filme de 1981, mas defendida, literalmente, com garra por Letícia Colin), A Cidade dos Artistas e Piruetas vão fazer a alegria dos saudosistas e das crianças. Essas, aliás, também devem se divertir com os animais falantes que dão conselhos a Didi em seus sonhos mirabolantes.  

Os fãs de Os Trapalhões não se decepcionarão ao ver o reencontro de Didi e Dedé no cinema após um hiato de 18 anos. Os diálogos, as gags e a troca de farpas entre os dois continuam exercendo seu encanto. Como humoristas de primeira linha, eles sabem rir de si mesmos e usam com maestria a passagem do tempo como pretexto. Talvez o próprio tempo atenue o impacto de uma obra dos Trapalhões para quem não tem familiaridade com ela nem sabe com exatidão o quanto o grupo contribuiu para a construção da nossa identidade cultural.

A julgar pela qualidade das produções brasileiras destinadas ao público infanto-juvenil nos últimos anos, Renato Aragão ainda é, sim, importante para o cinema, nem que seja na forma de uma reverência (ou auto-homenagem, já que ele assina o argumento) como Os Saltimbancos Trapalhões – Rumo à Hollywood. E por falar em homenagem, prepare a caixa de lenços de papel: de Zacarias e Mussum, integrantes já falecidos que eternizaram o quarteto, dão o ar da graça numa sequência emocionante.


Arquivado em:Entretenimento

Mais da metade dos primatas corre risco de extinção, diz estudo

Posted: 19 Jan 2017 07:42 AM PST

Mais da metade das espécies de primatas conhecidas está ameaçada de extinção, segundo um levantamento divulgado nesta quarta-feira na revista Science Advances. Os cientistas afirmam que o principal motivo do desaparecimento desses animais está ligado a ações humanas, como a caça, o comércio ilegal e a exploração das florestas tropicais para a agricultura. O Brasil é um dos quatro países em que a maior parte dos primatas se concentra — animais como o mico-leão-dourado e o mico-leão-preto são algumas das espécies ameaçadas.

"Alarmantemente, cerca de 60% das espécies de primatas estão ameaçadas de extinção e por volta de 75% têm populações em declínio", escrevem os autores. Do total de 504 espécies já registradas, o levantamento lança a dúvida sobre o futuro de 300 delas, incluindo gorilas, macacos, gibões, lêmures, lóris e outros. De acordo com o estudo, a extinção desses animais teria um efeito direto para os humanos, já que primatas sustentam o equilíbrio dos ecossistemas espalhando sementes e atuando como presas e predadores de outros seres vivos. Humanos frequentemente dependem deles para se alimentar ou para movimentar a economia.

Perda de habitat

Para os pesquisadores, a maior ameaça que enfrentam esses animais é a expansão humana e a consequente perda de habitat, além da caça e do comércio ilegal. Normalmente, a destruição das florestas em que vivem essas espécies é resultado da construção de rodovias, mineração, exploração madeireira e agricultura praticada de maneira insustentável.

Segundo afirma em comunicado um dos 31 pesquisadores que participaram do levantamento, Paul Garber, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, o orangotango da Sumatra é uma das espécies mais criticamente ameaçadas. O animal perdeu 60% do seu habitat entre 1985 e 2007.

"Muitas espécies de lêmures, macacos e gorilas – como o lêmure de cauda anelada, macaco colobo vermelho da Udzungwa, macaco de nariz arrebitado de Yunnan, langur de cabeça branca e o gorila de Grauer – estão reduzidos a uma população de poucas centenas de indivíduos", diz.  "No caso do gibão de Hainan, uma espécie de primata na China, restam menos de 30 animais."

Impactos sociais

Apesar de estarem espalhadas por 90 países ao redor do globo, dois terços das espécies de primatas estão concentradas em apenas quatro países: Brasil, Indonésia, Madagascar e República Democrática do Congo. Na maioria dos casos, a perda de habitat está associada a altas taxas de crescimento populacional e à pobreza de comunidades próximas aos lugares onde esses animais vivem, segundo Garber. Investir em políticas ambientais e de preservação nesses países é, então, a chave para diminuir ou até reverter a situação de risco em que os primatas se encontram.

"Mapear a pobreza local e desacelerar o crescimento da população é um componente necessário para a conservação dos primatas", diz. Segundo ele, construir economias baseadas na preservação das florestas e seus habitantes permitiria identificar as principais ameaças a esses animais.

De todos os fatores de risco, no entanto, os cientistas consideram que a agropecuária é o pior. A produção de óleo de palma, soja e borracha, assim como a extração madeireira e a criação de gado, estão destruindo milhões de hectares das florestas tropicais. Os dados apontam que 76% das espécies de primata estão tendo seus habitats destruídos por conta da expansão da agropecuária. A mineração e a extração de combustíveis fósseis também estão na lista de fatores agravantes.

"Nós temos uma última oportunidade para reduzir ou até eliminar as ameaças humanas aos primatas e seus habitats, para guiar esforços de conservação, e para aumentar a consciência internacional em relação à sua difícil situação", os autores escrevem na publicação. "Primatas são criticamente importantes para a humanidade. Afinal, eles são nossos parentes biológicos vivos mais próximos."


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Paul McCartney processa Sony por direitos autorais dos Beatles

Posted: 19 Jan 2017 07:20 AM PST

Paul McCartney entrou com um processo judicial nessa quarta em um tribunal federal de Nova York contra o ATV, selo musical da Sony, buscando os direitos autorais de 267 músicas dos Beatles que o cantor Michael Jackson havia adquirido duas décadas antes de sua morte.

Tudo começou em 1985, quando o rei do pop superou a oferta de McCartney na compra dos direitos das músicas, pagando 47,5 milhões de dólares para obter o acervo de 4.000 canções do empresário australiano Robert Holmes.

As músicas dos Beatles e o resto da coleção – que inclui ainda clássicos de Bob Dylan, Joni Mitchell e Stevie Nicks – foram colocados sob uma joint-venture que Jackson formou em 1995 com o selo musical da Sony, criando a Sony/ATV Music Publishing, hoje a maior gravadora do mundo.

Com a morte do cantor, em 2009, administradores de suas propriedades decidiram vender em 2016 a fatia de Jackson na Sony/ATV por 750.000 dólares.

De acordo com o processo, McCartney notificou a Sony/ATV em outubro de 2008 que desejaria reivindicar os direitos das dezenas de músicas que ele co-escreveu com John Lennon entre setembro de 1962 a junho de 1971. As músicas compõem a maior parte do catálogo dos Beatles, que inclui sucessos como All You Need is Love e I Want to Hold Your Hand.

O processo afirma que a Sony/ATV até agora não reconheceu o compositor como responsável sobre os direitos autorais dessas músicas, de acordo com a lei americana. Em comunicado por e-mail, a empresa chamou o processo de “desnecessário e prematuro”.

(Com Reuters)


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Vídeo de maus-tratos de ‘4 Vidas de um Cachorro’ é investigado

Posted: 19 Jan 2017 07:15 AM PST

Os produtores do filme Quatro Vidas de um Cachorro se comprometeram a investigar um vídeo de maus-tratos a animais, exibido pelo site TMZ, que mostra um treinador aparentemente forçando um pastor-alemão a entrar em águas turbulentas no set de filmagens. O diretor Lasse Hallstrom reconheceu na quarta-feira, no Twitter, que estava “muito perturbado com o vídeo” e acrescentou: “Eu não testemunhei essas ações. Estávamos todos empenhados em proporcionar um ambiente amoroso e seguro para todos os animais no filme. Foi-me dito que uma investigação completa dessa situação está em andamento e prometeram-me que qualquer irregularidade será relatada e punida”.

A produtora Amblin Entertainment e a distribuidora Universal Pictures também emitiram uma declaração conjunta ao site Entertainment Weekly,  na qual diz que a equipe de produção “seguiu protocolos rigorosos para promover um ambiente ético e seguro para os animais”. A nota ainda acrescenta: “Enquanto continuamos a rever as circunstâncias mostradas nas filmagens editadas, Amblin está convicta de que mostrou grande cuidado e preocupação com o pastor-alemão Hércules, bem como para todos os outros cães durante toda a produção do filme“.

Josh Gad, que dubla o cão no filme e nunca foi ao set, expressou sua preocupação com as imagens no Twitter. “Fico abalado e triste por ver qualquer animal colocado em uma situação contra sua vontade”, disse ele, acrescentando que também pediu ao estúdio “uma explicação para essas imagens perturbadoras”.

Entenda o caso – No vídeo divulgado pelo site TMZ, um cachorro da raça pastor-alemão, cujo nome seria Hércules, é segurado e obrigado a entrar numa piscina com forte correnteza, mesmo visivelmente apavorado. Na cena que estava sendo gravada, o cachorro salva uma criança de um afogamento num rio.

O vídeo foi feito com câmera escondida por um dos membros da equipe de gravação em novembro de 2015, de acordo com o TMZ. O site ainda revelou que, para conseguir fazer a gravação, o diretor interrompeu a cena e, na volta, gravou -a  de forma mais espontânea, sem que o cão fosse novamente jogado na água. 

O filme conta a história de um cachorro que renasce várias vezes para ajudar diversas famílias. O longa estreia no Brasil na próxima semana, no dia 26 de janeiro. Algumas ONGs de direitos dos animais pediram um boicote à produção.

(Com Estadão Conteúdo)


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Os sete hábitos que prejudicam a fertilidade masculina

Posted: 19 Jan 2017 06:59 AM PST

A maioria das pessoas se preocupa com formas de prevenir uma gravidez e, quando um casal finalmente decide ter um filho, vê que, muitas vezes, o projeto não é tão fácil quanto imaginava. De acordo com a ONG americana Resolve, especializada em infertilidade, um em cada oito casais tem dificuldade para engravidar. Destes, um em cada três casos é “culpa” do homem. Felizmente, a solução pode ser simples. De acordo com a versão americana da revista Men’s Health, alguns hábitos do seu dia a dia – bem fáceis de serem mudados – como alimentação e stress podem ser os responsáveis por esse problema.

“A contagem normal de espermatozoides diminuiu nas últimas décadas”, disse Ajay Nangia, especialista em infertilidade masculina e professor de urologia na Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, à versão americana da revista Men’s Health. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera uma como normal uma contagem de pelo menos 20 milhões de espermatozoides por mililitro.

Então, se você está pensando em ter um filho, talvez seja melhor rever alguns hábitos que podem ajudar a “acelerar” a gravidez. Veja abaixo sete atitudes cotidianas que podem prejudicar seus espermatozoides.

Ficar acordado até tarde(Istock/Getty Images)" description="Se você é daqueles que gosta de ficar mexendo no celular ou assistindo Netflix até tarde mesmo quando tem que acordar cedo no dia seguinte, talvez seja hora de rever alguns hábitos. Um estudo preliminar publicado no periódico científico <em>Fertility & Sterility </em>sugere que homens que dormem menos de seis horas por noite têm uma probabilidade 31% menor de engravidar suas parceiras do que aqueles que têm de sete a oito horas de sono por noite. De acordo com os pesquisadores, a falta de sono diminui a produção de testosterona, hormônio essencial para a produção de esperma. No entanto é preciso cautela e principalmente equilíbrio, pois muito sono também é prejudicial. Homens que dormiam mais de nove horas por noite também demonstraram níveis mais baixos de fertilidade.">Sexo com lubrificante(Istock/Getty Images)" description="Outro estudo publicado no periódico Fertility & Sterility, em 2014, mostrou que lubrificantes com o KY podem prejudicar a motilidade - capacidade de nadar até o óvulo - do espermatozoide e, consequentemente, dificultar a gravidez. A razão para isso seria a consistência pegajosa da substância. "Eles são ótimos para relações sexuais [quando você não está tentando engravidar], mas podem agir um pouco como uma barreira espermicida", disse <span>Ajay Nangia, especialista em infertilidade masculina e professor de urologia na Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, à versão americana da revista </span><em>Men's Health.</em> Além disso, eles também podem conter ácido clorídrico, um conservante que pode matar os espermatozoides. Lembrando que isso não significa que o lubrificante pode ser usado como método contraceptivo.">Não comer peixe(Istock/Getty Images)" description="Uma dieta rica em peixe pode salvar seus nadadores. Quando pesquisadores de Harvard analisaram a dieta e a qualidade do sêmen de 155 homens, eles descobriram que os indivíduos que comiam mais peixe - especialmente peixes ricos em ômega-3 como salmão ou atum - apresentavam contagens e níveis mais elevados de espermatozoides e de esperma normal e saudável do que aqueles que comiam menor quantidade do alimento. Por outro lado,  homens que comiam maior quantidade de carne processada, como bacon, cachorro-quente e salame, tiveram a menor contagem de espermatozoides e os níveis mais altos de espermatozoides anormalmente formados em comparação com os homens que comiam menos. Segundo os pesquisadores, as carnes processadas podem diminuir os hormônios reprodutivos como a testosterona, enquanto os ácidos graxos ômega-3 encontrados nos peixes promovem a formação de espermatozoides mais saudáveis.">Se estressar(Istock/Getty Images)" description="Homens com níveis mais altos de stress têm esperma de pior qualidade em comparação com homens que relatam se sentirem menos irritados. A conclusão é de um estudo conduzido pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Segundo Nangia, altos níveis de stress podem atrapalhar a produção dos seus hormônios reprodutivos ou levar à criação de proteínas inflamatórias que prejudicam o esperma.">Guardar o celular no bolso(Istock/Getty Images)" description="Guardar seu celular no bolso pode não ser uma boa ideia se você está tentando ter um filho. Isso porque a exposição do sêmen ao smartphone pode "machucar" a maneira como seu esperma se move e reduzir a quantidade de espermatozoides. De acordo com uma revisão britânica de dez estudos, a radiação emitida pelos celulares pode causar danos ao DNA do esperma e o calor do smartphone pode elevar a temperatura do escroto e prejudicar a produção de esperma.">Exagerar no álcool
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Sexto dia de rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz (RN)

Posted: 19 Jan 2017 06:40 AM PST

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O drama de Poliana Okimoto: a medalha veio, o patrocínio se foi

Posted: 19 Jan 2017 06:20 AM PST

Poliana Okimoto(Felipe Cotrim/VEJA.com)" description="A nadadora Poliana Okimoto treina no Clube Esperia, em São Paulo (SP)">A nadadora Poliana Okimoto(Felipe Cotrim/VEJA.com)" description="A nadadora Poliana Okimoto">A nadadora Poliana Okimoto(Felipe Cotrim/VEJA.com)" description="A nadadora Poliana Okimoto">Poliana Okimoto(Felipe Cotrim/VEJA.com)" description="A nadadora Poliana Okimoto">A nadadora Poliana Okimoto(Felipe Cotrim/VEJA.com)" description="A nadadora Poliana Okimoto">A nadadora Poliana Okimoto(Felipe Cotrim/VEJA.com)" description="A nadadora Poliana Okimoto">

Poliana Okimoto veste touca, maiô e óculos e entra na piscina às 7h30, sob o olhar atento do treinador e marido Ricardo Cintra, exatamente como fez nos 12 anos em que batalhou por uma medalha olímpica. E ela chegou, em agosto passado, feita de bronze, na maratona aquática da Olimpíada do Rio de Janeiro. Foi o primeiro pódio de uma nadadora brasileira na história dos Jogos. Cinco meses depois da glória em Copacabana, a vida da atleta paulistana de 33 anos deveria ter mudado para melhor, mas não foi o que aconteceu. Poliana perdeu seu principal apoio, o patrocínio dos Correios, e ainda não tem garantias de que disputará o Mundial da Hungria, em julho. Diversos outros medalhistas – e principalmente aqueles que não alcançaram o pódio na Rio-2016 – passam por situação semelhante ou pior. No Brasil em crise, o êxito olímpico não é devidamente valorizado.

Depois da Rio-2016, Poliana não conseguiu descansar. Disputou mais duas etapas do circuito mundial e terminou o ano como a segunda melhor do mundo na maratona aquática de 10.000 metros. Em anos anteriores, já havia conquistado quatro medalhas em Mundiais, incluindo uma de ouro, em Barcelona – o mar mais  sujo em que já nadou. Os excelentes resultados foram compartilhados com sua equipe formada por nutricionista, massoterapeuta, psicóloga, médico e treinador. Em 2017, porém, sem verba, ela dispensou mais da metade do staff. "É difícil ter tudo isso e depois ter de abrir mão de tudo, ainda mais depois de ganhar uma medalha."

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Quem olha pela primeira vez a nadadora de olhos puxados, 1,65 m e pouco mais de 50 quilos não imagina de onde vem tanta força para enfrentar o mar e nadar 10 quilômetros, por mais de duas horas, entre cotoveladas e puxões desleais das adversárias.  Certa vez, o inimigo foi ainda mais assustador: um leão-marinho, nas geladas águas da Argentina. Até chegar à conquista no Rio, Poliana batalhou muito e venceu inclusive o medo do mar. Em Londres-2012, a grande decepção: teve de abandonar a prova por causa de uma hipotermia (quando a temperatura do corpo fica abaixo do normal). Poliana, porém, encarou mais uma desgastante rotina, que inclui uma rígida dieta, e se redimiu em grande estilo no Rio.

Poliana terminou a prova no quarto lugar, mas herdou a medalha de bronze depois que a francesa Aurélie Muller foi punida por atrapalhar uma concorrente italiana na linha de chegada. "A francesa pagou por ser desleal. Uma vez ela puxou o pé da Poliana num Mundial e os árbitros não viram", revelou Cintra. É ele quem demonstra mais mágoa com o descaso dos patrocinadores em relação à atleta. "Estão querendo aposentar a Poliana, mas não vão conseguir". Atualmente, a atleta se mantém com o apoio que recebe de seu clube, a Universidade Santa Cecília (Unisanta), e do Exército Brasileiro e sonha com mais uma medalha na Olimpíada de Tóquio, em 2020, quando terá 37 anos. "Não desanimo porque nado por amor. Mas só amor não enche barriga, né?!"

Na entrevista abaixo, Poliana falou sobre o seu início no esporte, os desafios de encarar o mar, a fuga de patrocinadores e a emoção vivida na Rio-2016.

Sua vida mudou para melhor depois da medalha de bronze? Não. Sempre esperamos que um medalhista olímpico passe a ter uma vida melhor, mais tranquila, mas no meu caso foi bem diferente, porque perdi patrocinadores. Não tive tempo para descansar, porque segui competindo e ainda terminei em segundo no ranking mundial, fechando o ano bem, mas mesmo assim perdi apoio. Sei que o Brasil passa por uma crise grande, mas sempre lutei por uma medalha pensando que isso me daria uma condição melhor e não tem como não ficar chateada quando isso não acontece.

Existe a expectativa de conseguir novos patrocinadores? Como tem conseguido se manter? Meu principal patrocínio, dos Correios, foi cortado por causa da crise com a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e ainda não dá para saber se será retomado.  Por sorte, o Exército e a Unisanta me ajudaram demais neste ciclo olímpico e vão manter meu contrato. Eles acreditaram muito em mim e têm todo o meu reconhecimento.

A brasileira Poliana Okimoto ganha medalha de bronze na maratona aquática - 15/08/2016

Poliana com a medalha de bronze da Rio-2016 (Ivan Pacheco/VEJA.com)

De que forma o corte do patrocínio afeta sua preparação? Fui a três Olimpíadas e para o ciclo da Rio-2016 tive uma estrutura que nunca tive na vida. Havia uma equipe multidisciplinar, com nutricionista, massoterapeuta, psicóloga, médico, e não à toa o resultado veio. Com a saída do patrocinador, eu não consigo pagar essa equipe do meu bolso. Só mantive meu preparador físico. E meu técnico, né, porque ele é meu marido (risos). Não dá para mensurar a importância desta equipe, todo o trabalho feito nos últimos quatro anos foi perfeito. A nutricionista e a psicóloga me ajudaram demais, tudo isso faz diferença. É difícil ter tudo isso e depois abrir mão, ainda mais depois de ganhar medalha.

Casos semelhantes acontecem com atletas brasileiros, inclusive outros medalhistas, em diversos esportes. Quem é o maior culpado por isso? É o governo, na verdade. A situação do país atrapalha, porque dependemos de patrocínio. Os Correios sempre foram a base de tudo na natação e com a saída deles não tem nem como disputar campeonato. Não acho que o problema é a politicagem na CBDA, nada disso. É uma questão financeira mesmo.

Diante de tantas notícias ruins, de onde tira motivação para encarar um novo ciclo olímpico? Claro que tudo isso me chateia bastante, mas eu gosto demais do que faço. Faço por amor e é a isso que se deve a minha longevidade no esporte. Mesmo a rotina sendo cansativa, eu gosto. Só que amor não enche barriga, né? Eu tenho esperança de que, caso eu consiga um bom resultado no Mundial de Budapeste, em julho, as coisas possam melhorar.

Mas nem mesmo sua presença no Mundial está garantida diante da crise financeira na CBDA. Por falta de verba acho muito difícil eu não ir, nem que o COB tenha de interceder. E, olha, até se eu tiver que pagar do meu bolso eu vou, não vou perder o Mundial de jeito nenhum.

Como é a sua rotina diária? Todos os dias, acordo às 6h da manhã, vou ao clube, treino das 7h30 até 12h. Vou para casa, almoço e descanso, depois volto para o clube às 16h e fico até às 19h. Volto para casa, janto e durmo às 21h30. Quanto à alimentação, sempre gostei muito de massa, pão, bolo, mas adquiri intolerância a glúten e tive de parar com tudo isso desde 2013. Então como tudo sem glúten, é uma dieta bem rígida.

Treinar na piscina não é ruim para quem compete no mar? Não treino quase nunca no mar. No começo, quando eu morava em Santos, até treinava uma vez por semana. Como era meu início, sentia muita diferença. Mas hoje não preciso mais, treino só na piscina mesmo em São Paulo.

O mar é, muitas vezes, um ambiente hostil. O que viu de mais inusitado durante uma prova? O mais assustador foi leão-marinho, na Argentina, justamente onde farei minha próxima prova. Eu e as outras meninas começamos a gritar desesperadas e pensamos que parariam a prova, mas os juízes estavam no barco tirando fotos e se divertindo com isso (risos). Completei a prova, mas foi assustador. Tubarão nunca encontrei, mas tem muita água viva. No começo tinha muito medo, mas hoje me acostumei.

A nadadora Poliana Okimoto

Quando surgiu a ideia de se aventurar no mar? Na verdade eu não quis, foi o Ricardo, em 2005. Eu disse que não queria, porque tinha medo. Ele conseguiu, com um amigo nosso, bancar uma viagem e me convenceu que, pelos meus tempos, eu conseguiria nadar bem. Na primeiro treino, dei três braçadas e comecei a chorar. Mas no dia da prova tinha 4.000 participantes e eu fiquei com vergonha de desistir na frente de tanta gente (risos). A adrenalina me deu coragem,  nadei e ganhei, batendo recorde da prova. E quando foi anunciado que a maratona seria um esporte olímpico, realmente abracei a modalidade, comecei a ganhar medalhas.

Nadar 10 km no mar não é fácil… Olha, acho que se eu correr 10 km eu canso mais, porque já acostumei a nadar. Mas cansa muito também, não dá para fazer nada depois da prova. É comer e olhe lá, porque nem isso eu tenho muita vontade. Quando a prova é de manhã e em outro país eu faço um grande esforço para passear e conhecer o lugar, mas normalmente fico exausta.

Aquelas duas horas e pouco de prova passam rápido? Muito rápido, parecem 15 minutos. Por causa da concentração, é preciso ler a prova, analisar as adversárias, se proteger. Não dá para ficar pensando na vida. Tem gente que me pergunta se eu fico cantando durante a prova (risos), mas não dá para pensar em nada.

Já se lesionou gravemente em uma prova por causa da truculência das adversárias? Várias vezes,  já tive até tímpano perfurado, numa cotovelada logo na largada, na minha primeira prova de Mundial. Mesmo assim fui guerreira e completei a prova. Hoje eu sou mais experiente, mantenho distância das outras competidoras na largada, não me desgasto com isso no começo, quando as meninas ficam todas se batendo. Geralmente faço uma prova progressiva, vou acelerando mais para a segunda metade. É perigoso, porque muita gente corta o supercílio, perde óculos, rasga maiô, e isso pode até te tirar da prova. É preciso ter cuidado.

Em 2012, uma hipotermia lhe impediu de disputar a Olimpíada de Londres. Qual é a temperatura ideal para competir?  Treino na piscina a 28° Celsius. Na hora da prova, o ideal para mim é 22° ou 23°, exatamente como estava na Olimpíada do Rio. Em Londres, estava 15°. Também tive hipotermia outra vez, num Pan-Pacífico, quando estava 14°.

Em casos assim, o mais prudente não seria adiar a prova? É cruel ter de competir assim, mas é praticamente impossível cancelarem uma prova olímpica, porque infelizmente os atletas são os últimos a serem ouvidos. Tem muita politicagem, os patrocinadores, as pessoas que compraram ingresso e têm passagem marcada, a grade da televisão… O único que importa para a organização é que três atletas consigam completar a prova.

Antes da Rio-2016, havia grande temor em relação à poluição das águas olímpicas. Como estava o mar de Forte de Copacabana?  Estava muito bom, muito tranquilo, nem sei como conseguiram, porque meses antes treinei lá e até tive de tomar vermífugo porque a coisa estava feia. Mas o pior que já passei foi em Barcelona, no Mundial de 2013. Fui treinar um dia antes, com um cheiro muito forte de esgoto. Nadei uns 2 km e à noite vomitei muito e tive diarreia. Tinha acabado de perder a Olimpíada de 2012 e treinei demais para aquele Mundial. Pensava que se não fosse bem ali teria de parar de nadar, porque ninguém mais apostaria em mim. Mesmo mal, competi, fui vice-campeã mundial nos 5 km e campeã mundial nos 10 km.

Acredita que sua idade (terá 37 anos em Tóquio -2020) reduz suas chances de medalha? Não. O grego Spiros Giannotis, por exemplo, chegou em segundo na Rio-2016 e tem 36 anos. Acho que não tem nada a ver, mas com certeza isso influencia os patrocinadores que pensam mil vezes antes de me apoiar. Eu sempre preciso estar provando que estou bem e isso é uma das coisas que me desgastam, porque tenho de entrar em todas as provas para ganhar.

Como é sua relação com a Ana Marcela Cunha, outra brasileira campeã mundial da maratona? É boa, a gente se dá bem fora d'água. Dentro é claro que uma quer ganhar da outra, a competição é normal. Mas já são quase dez anos juntas na seleção, a equipe é pequena, então acabamos pegando amizade com todos.

E como foi a sensação de subir ao pódio em casa? É indescritível, porque foi minha terceira Olimpíada e nas outras duas eu também tinha chances. E quando se concretiza um sonho de pelo menos 12 anos treinando é muito emocionante. Parece clichê, mas é verdade, passa todo um filme dessa trajetória na hora. Pensei em todas as coisas das quais abri mão, nas pessoas que me ajudaram. Foi uma medalha muito mais gostosa por ter sido em casa. Na hora da prova não escuto a torcida, mas na hora do pódio foi bonito demais. E quero mais em Tóquio, tem bastante espaço na minha estante de medalhas.

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Vocalista do Kaoma é encontrada morta em carro incendiado

Posted: 19 Jan 2017 06:14 AM PST

A cantora Loalwa Braz Vieira foi encontrada morta, na manhã desta quinta-feira, dentro de um carro incendiado na Estrada da Barreira, em Saquarema, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros de Saquarema, acionados durante a madrugada para conter um incêndio no sótão de um imóvel próximo ao local onde o carro, pouco depois, foi alvo de um novo chamado.

Segundo a Polícia Civil, o corpo, que ainda será identificado oficialmente, foi encontrado carbonizado. A 124ª Delegacia Policial investiga o caso, visto até o momento como criminoso. O outro incêndio também está sendo averiguado. Reportagem do site G1 afirma que a casa incendiada seria da cantora e que dois homens foram vistos próximos ao local durante a noite.

O carro incendiado foi encontrado por um policial que retornava à delegacia após o chamado do primeiro incêndio. Os bombeiros encontraram o corpo carbonizado, que está a caminho do IML, no banco traseiro do veículo, um Honda Civic.

Carreira – Loalwa ganhou projeção com o auge da lambada, nos anos 1980, ao entoar com o grupo Kaoma o hit Chorando Se Foi, que se espalhou por diversos países e até hoje é tratado como o hino do ritmo.

Outros sucessos da cantora foram Dançando Lambada e Lambamor. Ao todo, o Kaoma vendeu mais de 25 milhões de discos e ganhou mais de 80 discos de ouro e platina. Loalwa já morou em Paris, onde difundiu o ritmo da lambada internacionalmente, mas, atualmente, vivia em Saquarema, onde comandava uma pousada.


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Coca-Cola renova estratégias de olho no consumidor do futuro

Posted: 19 Jan 2017 06:09 AM PST

"Há uma verdade contundente em Os Jetsons", sentenciou um dos principais executivos do mundo. Foi citando o famoso desenho animado futurista, produzido pela Hanna-Barbera, que Marcos de Quinto, vice-presidente executivo e líder global de marketing da Coca-Cola Company, comandou a palestra sobre o novo modelo de consumo e as liberdades de escolha no fórum A Revolução do Novo, em São Paulo. O evento contou com palestrantes como o historiador Leandro Karnal e o presidente do Instituto Akatu (ONG que trabalha pelo consumo consciente), Helio Mattar, além de uma plateia de importantes convidados, como Alexandre Costa, fundador da Cacau Show, e Luiza Helena Trajano, dona do Magazine Luiza, debatendo o futuro dos consumidores e das empresas.

"Queremos que as coisas mudem, menos nós. Nos anos 1960, achávamos que tudo ia mudar, que até os carros voariam, mas que seríamos iguais, que o nosso papel seguiria sendo o mesmo", explicou. "Sempre se erra ao tentar prever o futuro." Para ele, as mudanças das últimas décadas foram muito mais profundas do que cabia à humanidade imaginar. "Ninguém poderia prever que haveria a internet e a comunicação que existe hoje, por exemplo."

É natural que essa imprevisibilidade gere inseguranças. As pessoas estão hiperconectadas e mergulhadas no mundo virtual, cada vez mais cheio de possibilidades. Como fazer marketing e comunicação dentro de um contexto mais difícil? "As pessoas não estão mais próximas ou mais distantes, o mundo não está melhor ou pior. As pessoas só estão diferentes", disse Leandro Karnal em sua palestra. "Pela primeira vez na história, a aceleração é tanta que as transformações acontecem não de uma geração para outra, mas dentro da mesma geração."

Segundo o historiador, é impossível prever o futuro, mas reformular os nossos questionamentos e não alimentar nostalgias são passos importantes na hora de acompanhar as mudanças do mundo. "Para pensar o novo, a primeira coisa é repensar as perguntas que fazemos. É preciso fazer as perguntas corretas para que as respostas sejam melhores. A segunda é lembrar que a mudança constante é a regra de tudo", disse.

Marcos de Quinto ressaltou que, dentro desse movimento de mudança, os modelos de marketing deixaram de ser universais e as pesquisas de mercado precisam ser revistas. "Um paradigma que precisamos quebrar é que sempre temos que escutar o consumidor. Eu acho que isso não está certo. Nas pesquisas, as pessoas respondem o que consideram politicamente correto e não o que realmente querem ou esperam. O importante não é ouvir o consumidor, mas enxergá-lo. Seus atos dizem muito mais que suas palavras", explicou.

Marketing de relevância

Para fazer parte desses novos modelos de consumo que despontam, a empresa precisa ser relevante no contexto social, não só para participar como coadjuvante de discussões, mas também para alimentar e propor debates, aproveitando o seu alcance para disseminar novas ideias e quebrar paradigmas. Como ressaltou Marcos de Quinto, as empresas têm responsabilidade de fazer uma comunicação simples, abrangente, que toque as pessoas e traga novos pontos de vista. O líder de marketing da Coca-Cola ainda relembrou a Hey Kid, Catch!, propaganda icônica da Coca-Cola que foi ao ar nos Estados Unidos em 1979. Nela, o jogador de futebol americano "Mean" Joe Greene, que é negro, conversa com uma criança branca que lhe oferece a bebida para se refrescar após o jogo. "A ideia era introduzir um novo ponto de vista em um país onde havia uma imensa segregação racial", explicou o executivo.

É com a ajuda dessas mudanças na abordagem da comunicação e na velocidade da informação que paradigmas antigos vão sendo desmontados constantemente. Ninguém mais acredita que os recursos naturais são infinitos, por exemplo. "Isso muda a expectativa dos consumidores em relação às empresas. Sente-se que elas devem proteger o meio ambiente e a sociedade", constatou Helio Mattar em sua explanação.

Percebe-se que, neste momento (que Mattar conceituou como a era da "saturação do consumo"), o consumidor fiscaliza, cobra e se importa com o que é produzido e como é produzido. "As empresas estão tentando cumprir da melhor forma possível seu papel no que tange à responsabilidade social e ambiental, mas as mudanças realmente necessárias precisariam de uma virada radical na produção", disse. "A Coca-Cola, por exemplo, tem estado atenta a esses aspectos, principalmente no que se relaciona aos desafios da indústria alimentícia."

Além da série de palestras e debates que aconteceu nesta semana, o fórum A Revolução do Novo, que uniu pela primeira vez as marcas VEJA e EXAME em parceria com a Coca-Cola, segue promovendo outros encontros nos próximos meses para continuar a discussão sobre o consumo, as pessoas e as empresas da sociedade contemporânea.

fotos-mariana-pekin-208(Mariana Pekin)" description="<b>O presidente nacional da Coca-Cola, Henrique Braun, encerrou o fórum</b>">fotos-mariana-pekin-143(Mariana Pekin)" description="<b>O líder global de marketing da Coca-Cola, Marcos de Quinto, em sua palestra</b>">fotos-mariana-pekin-156(Mariana Pekin)" description="<b>O líder global de marketing da Coca-Cola, Marcos de Quinto, em sua palestra</b>">fotos-mariana-pekin-180(Mariana Pekin)" description="<b>Em uma das mesas de debate, Henrique Braun conversou com o economista Eduardo Giannetti, que também palestrou no Fórum, e outros convidados </b>">fotos-mariana-pekin-72(Mariana Pekin)" description="<b>O historiador da Unicamp Leandro Karnal também expôs suas ideias sobre o consumo moderno no evento</b>">fotos-mariana-pekin-80(Mariana Pekin)" description="<b>O seleto público observou atento as apresentações dos palestrantes</b>">
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Crise na segurança deixa Alexandre de Moraes na berlinda

Posted: 19 Jan 2017 06:03 AM PST

Preocupado com o efeito das rebeliões nos presídios sobre a já fragilizada imagem do governo, o presidente Michel Temer tomou para si a administração da crise após uma sucessão de episódios que desgastaram o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Apesar dos problemas, porém, Temer não planeja substituir Moraes na reforma ministerial prevista para ocorrer após a eleição que renovará o comando da Câmara dos Deputados e do Senado, em 2 de fevereiro.

O titular da Justiça quase foi demitido em setembro do ano passado, quando adiantou, em Ribeirão Preto (SP), que uma nova etapa da Operação Lava Jato seria deflagrada. “Quando vocês virem (a operação) esta semana, vão se lembrar de mim”, disse Moraes, na ocasião, a integrantes do Movimento Brasil Limpo. No dia seguinte, a Polícia Federal prendeu o ex-ministro Antonio Palocci.

Temer custou a acreditar nas declarações feitas pelo ministro. À época, chegou a chamá-lo para explicações no Palácio do Planalto. Moraes afirmou que havia sido mal interpretado.

Estados

Desta vez, o presidente ficou contrariado com o fato de governadores exigirem uma fonte vinculada de recursos, a exemplo do que ocorre com a saúde e a educação, para a assinatura do protocolo de adesão ao Plano Nacional de Segurança Pública. Nos bastidores do Planalto, o embate com os Estados também foi debitado na conta de Moraes.

Auxiliares de Temer reclamam que o ministro da Justiça decide sozinho a estratégia de comunicação e não combina suas ações com o Planalto, o que muitas vezes provoca surpresas desagradáveis. A avaliação é a de que a tentativa de Moraes de fazer com que todos os Estados endossassem o plano de segurança foi um fracasso e ainda jogou para o presidente um problema adicional, pois os governadores se queixaram de falta de dinheiro. Não foi só: muitos deles ainda disseram que apenas construir presídios não resolve.

Em reunião sigilosa realizada na segunda-feira à noite, no Palácio da Alvorada, a crise nos presídios foi discutida sob o ponto de vista político. Mantido sob sigilo, o encontro convocado por Temer reuniu, além de Moraes, os ministros Raul Jungmann (Defesa), Eliseu Padilha (Casa Civil), Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco.

Ali foi fechada a decisão de anunciar o apoio das Forças Armadas para fazer vistorias dentro dos presídios. Ao longo do dia, Michel Temer já havia conversado demoradamente com Etchegoyen. O diagnóstico foi o de que a crise penitenciária estava fugindo totalmente do controle, podendo se alastrar para o Sul e o Sudeste e contaminar ainda mais a imagem do presidente.

Desde o início do ano, os massacres em presídios do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte já deixaram pelo menos 119 mortos. Diante desse quadro, considerado “gravíssimo”, o governo precisava de uma “ação de impacto” para mostrar que não estava omisso. Em conversas reservadas, assessores de Temer admitem que ele errou, no início do ano, quando demorou a se posicionar sobre a rebelião de presos em Manaus.

“Perdeu pontos”

Pesquisas em poder do Planalto mostram que as principais preocupações da população, hoje, são emprego, segurança e saúde. Temer enfrenta problemas nessas três áreas. Já as Forças Armadas são vistas como uma das instituições com maior credibilidade.

“O presidente Temer, vendo que os governos estaduais necessitavam de apoio no cumprimento de suas atribuições, não titubeou e colocou à disposição de todos as Forças Armadas para debelar a crise nas penitenciárias”, afirmou o ministro Padilha à reportagem. Com essa mudança, Moraes agora terá de dividir os holofotes com Jungmann. Seus adversários sustentam que ele “perdeu pontos” na Esplanada e também na política.

Amigo de Temer e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Moraes é um dos pré-candidatos do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes. “Não vejo fragilidade do Ministério da Justiça no enfrentamento do problema da segurança pública”, desconversou Raul Jungmann.

(Com Estadão Conteúdo)


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Presos voltam a entrar em confronto em Alcaçuz, no RN

Posted: 19 Jan 2017 06:00 AM PST

Detentos da Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal, voltaram a entrar em confronto na manhã desta quinta-feira. A Polícia Militar permanece do lado de fora do presídio e um helicóptero sobrevoa o local. Agentes penitenciários atiram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Os presos arremessaram pedras contra o outro grupo e exibem facões e barras de ferro.

Na manhã desta quinta, os presos voltaram a subir no telhado da penitenciária. A Tropa de Choque da Polícia Militar entrou na tarde desta quarta-feira na penitenciária em uma iniciativa para retomar o controle do presídio, que está rebelado desde o último sábado. Os homens da tropa de choque transferiram 220 homens ligados à facção Sindicato do Crime do RN (SDC), que foi alvo de ataques do Primeiro Comando da Capital no último fim de semana – ao todo, 26 detentos foram assassinados, metade deles decapitados.


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Mãe biológica da filha de Jolie faz apelo para falar com a garota

Posted: 19 Jan 2017 05:24 AM PST

A mãe biológica de Zahara, filha etíope adotada por Angelina Jolie, fez um apelo à estrela para tentar conversar com a garota. “Por favor, deixe-me falar com minha filha”, disse Mentewab Dawit Lebiso ao jornal Daily Mail. Zahara foi adotada aos seis meses de idade, e agora tem 12 anos.

Mentewab, que ainda vive na Etiópia, diz que sonha em um dia conhecer a menina, mas que se contentaria com a chance de simplesmente ouvir sua voz. “Eu só quero que ela saiba que estou viva . Eu não quero que minha filha volte, mas apenas estar em contato e ser capaz de conversar com ela”, disse.

Ela admite que Jolie e Pitt deram a sua filha tudo o que ela poderia desejar. “Angelina é mais mãe para ela do que eu jamais poderei ser. Ela está ao lado dela desde que era um bebê, mas isso não significa que eu não sinta sua falta. Sinto o tempo todo. Eu penso nela todos os dias e há muito tempo quero ouvir sua voz ou ver seu rosto. Eu sei quando é o aniversário dela e fico triste por não poder comemorar”, acrescenta.

O Daily Mail encontrou Mentewab em uma cidade no centro da Etiópia, longe da capital Addis Abeba. A mulher de 31 anos não teve contato com Zahara desde que foi levada para os Estados Unidos por Jolie, em 2005, com a ajuda da ONG Wide Horizons For Children. Mentewab falou à publicação britânica que não recebeu um cartão ou uma carta de Jolie nos últimos 12 anos. Os filhos adotivos  têm o direito de tentar rastrear os pais biológicos quando atingirem a idade de 18 anos.

Ela também afirma que não recebeu ajuda financeira do casal que adotou sua filha. “Nenhum dinheiro nunca foi oferecido e isso não me preocupa nem me decepciona”, disse. De acordo com o Daily Mail, Jolie foi informada que Zahara ficara órfã, e que seus pais teriam sido vítimas de Aids. Ela não tinha ideia de que Mentewab estava viva até 2007, quando a mulher deu sua primeira entrevista.


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