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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

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Temer decide usar Forças Armadas para enfrentar crise carcerária

Posted: 17 Jan 2017 09:43 AM PST

Em meio a uma grave crise carcerária, com ao menos 119 presos mortos em três grandes massacres nas regiões Norte e Nordeste, o presidente Michel Temer decidiu colocar as Forças Armadas à disposição dos governadores para atuar em presídios. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo porta-voz do governo federal, Alexandre Parola.

Segundo Parola, as novas medidas de apoio surgem após a intensificação da barbárie nos presídios brasileiros. "É fato que a crise ganhou contornos nacionais, que exigem a ação extraordinária atuação do governo federal", afirmou.

A decisão foi tomada durante reunião com representantes de órgãos de inteligência federal e ministros para discutir ações contra a violência nos presídios e a atuação de facções criminosas dentro das penitenciárias. Haverá também, segundo Parola, comunicação "ainda mais próxima" com os setores de inteligência dos Estados para conter as facções.

“O presidente da República coloca à disposição dos governos estaduais o apoio das Forças Armadas. A reconhecida capacidade operacional de nossos militares é oferecida aos governadores para ações de cooperação específicas em penitenciárias", afirmou Parola. Segundo ele, os militares atuarão em inspeções para apreensão de materiais proibidos nos presídios.  Os governadores deverão aceitar a cooperação das Forças Armados, que ficarão sob responsabilidade do Ministério da Defesa.

Até agora, o governo Temer tem disponibilizado apenas apoio da Força Nacional de Segurança, corporação formada por policiais militares cedidos pelos estados. Entre as unidades da federação que contam com esse apoio estão Amazonas – palco de 60 mortes de presos em rebeliões – e Roraima – onde 33 detentos foram mortos-, nos dois casos em episódios com intensa participação de facções criminosas, como Primeiro Comando da Capital (PCC) e Família do Norte (FDN).

 


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Uniformes que seriam usados pela Chapecoense são recuperados

Posted: 17 Jan 2017 09:39 AM PST

O jornalista Rafael Henzel, um dos sobreviventes do acidente aéreo que matou 71 pessoas entre membros da delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulantes no fim de novembro, revelou nesta terça-feira que uniformes da equipe catarinense, incluindo a camisa que seria usada pelo lateral Alan Ruschel na partida contra o Atlético Nacional, foram encontrados.

O jogador, que também sobreviveu à queda do avião, teve sua camisa, de número 89, achada por jovens colombianos que seguem em busca de resquícios do acidente, como roupas, calçados, documentos, entre outros. Em sua postagem no Facebook, Henzel elogiou o comportamento dos colombianos que, desde a tragédia, em 29 de novembro, vêm mostrando extrema solidariedade.

“Um grupo de jovens de La Union, onde ocorreu o acidente de novembro, resolveu uma campanha para recuperar roupas, calçados, documentos e outros objetos de quem estava no voo da Lamia. O que for encontrado, ou devolvido por quem levou de recordação, será entregue no jogo da Chape pela Recopa. Surpreendente”, escreveu Henzel.

Além da foto da camisa de Ruschel, o jornalista divulgou outra em que jovens colombianos aparecem com camisas, calções e até chuteiras encontradas no local do acidente. A Chapecoense, campeã da Copa Sul-Americana, e o Atlético Nacional, vencedor da Libertadores, se enfrentarão na final da Recopa Sul-Americana de 2017, ainda sem data marcada.


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Campanha polêmica na Espanha: ‘Menina com pênis e menino com vagina’

Posted: 17 Jan 2017 09:22 AM PST

Um cartaz que circulou em paradas de ônibus nas regiões de País Basco e Navarra, na Espanha, causou polêmica ao usar um desenho de quatro crianças nuas com a frase "há meninas com pênis e meninos com vagina". Os 150 pôsteres foram expostos em paradas de ônibus e metrô no início mês de janeiro, por iniciativa do grupo Chrysallis, uma associação de famílias de menores transexuais.

De acordo com a organização, o objetivo da campanha é retratar a realidade de crianças que não se identificam com seu gênero biológico. O cartaz também conta com um texto de alerta, apontando que "a taxa de suicídio entre adultos transexuais a quem se negou sua identidade na infância é de 41%".

Segundo a rede BBC, alguns pôsteres foram vandalizados nas ruas e uma petição online para pôr fim a campanha recebeu 10.000 assinaturas. O abaixo-assinado foi criado pelo Centro Jurídico Tomás Moro, um grupo de "defesa dos direitos humanos", que alega que a campanha é mentirosa e incentiva a hipersexualização de crianças. Apesar do pedido a autoridades locais para que fossem retirados, os cartazes ficaram expostos entre o dia 10 e 16 de janeiro sem qualquer interferência de órgãos públicos.

Em resposta às críticas nas redes sociais, a Chrysallis publicou uma declaração em seu site, na qual afirma que "a visibilidade é fundamental para que a sociedade tenha conhecimento, respeite e acompanhe" a realidade de crianças transexuais. Segundo o grupo, aqueles que vandalizaram cartazes também foram contra a liberdade de expressão.

Cartaz de campanha sobre crianças transexuais na Espanha

Cartaz de campanha sobre crianças transexuais na Espanha (Chrysallis/)


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‘A Revolução do Novo’ debate um mundo de revoluções diárias

Posted: 17 Jan 2017 08:59 AM PST

Se, para pessoas comuns, já tem sido difícil acompanhar as mudanças de hábitos, tendências e preferências da vida cotidiana, dada a velocidade de disseminação dos acontecimentos, esse desafio é ainda mais profundo para as empresas, que precisam ajustar suas linhas de produção e estratégias de venda a essas reviravoltas. A apresentação dos desafios de um mundo conectado e acelerado – e também dos caminhos para enfrentá-los – foi o centro dos debates do fórum A Revolução do Novo, realizado nesta terça-feira, em São Paulo, em parceria entre as revistas VEJA e EXAME.

O encontro foi dividido em três blocos, cada uma com dois palestrantes. No primeiro, o tema foi "O comportamento na era digital". Desse bloco saíram afirmações como o de que tende a ganhar terreno a realidade aumentada (integração de informações virtuais a visualizações do mundo real, como os que integram o jogo Pokémon Go), apresentado por Luis Olivalves, diretor de parcerias para a América Latina do Facebook.

No segundo bloco, "A revolução da ética", o economista e filósofo Eduardo Giannetti discutiu temas como tolerância e intolerância a desvios de conduta em tempos de Operação Lava Jato e o consultor na área de compliance (boas condutas) empresarial Andreas Pohlmann ratificou que o esforço para manter as empresas longe de práticas ilegais precisa ser cotidiano. Pohlmann é considerado um dos maiores especialistas em compliance do mundo.

Julio Zaguini, diretor de desenvolvimento de negócios do Google, participou do terceiro bloco, “O novo consumo. Ele resumiu a dimensão da mudança que empresas e pessoas têm encarado nos últimos anos. "Não se trata mais de uma revolução, mas de ondas de revoluções, que acontecem a todo instante", disse. "Primeiro veio a internet. Depois, quando ainda estávamos nos adaptando a ela, surgiram os smartphones." Agora, afirma ele, a evolução da inteligência artificial é outro fator dessa complexa equação. Marcos de Quinto, vice-presidente executivo e líder global de marketing da Coca-Cola, deu um resumo de como esse quadro de velocidade nas mudanças de hábitos e valores afeta o cotidiano de uma grande corporação. "Sempre que tentamos antecipar o futuro, nos equivocamos", disse.

No espírito da urgência do tema proposto pelo fórum, os participantes – cerca de 150 altos executivos de algumas das maiores empresas do país – discutiram os assuntos em suas mesas nos intervalos entre cada bloco. Assim, eles puderam atestar as dificuldades de acompanhar a velocidade das mudanças e tentaram apresentar esboços de resposta a esse desafio.

Mudanças em velocidade exponencial

"Mudanças são naturais. Mas, com o avanço da tecnologia, essas mudanças ocorrem com uma velocidade exponencial", diz David Feffer, principal executivo da Suzano Holding. "E não se trata apenas de tecnologia. Estamos passando também por uma revolução humana, de valores."

O fórum A Revolução do Novo discutiu, assim, mais que questões práticas (como melhorar vendas na rede? Como amplificar a mensagem aos consumidores?), mas o pano de fundo desse universo de revoluções cotidianas. Leandro Karnal, doutor em história social pela USP e professor da Unicamp, que abriu o evento, deu um exemplo aparentemente banal, mas que funcionou como uma metonímia dos debates do evento – e dos tempos atuais.

"Em um exercício de aula, um aluno leu três parágrafos de [Immanuel] Kant [filósofo alemão, considerado o fundador da chamada filosofia crítica] e, na hora, disse que Kant estava errado." O exemplo do professor não foi para criticar o aluno, mas para mostrar que, com suas imperfeições (a pressa, a autossuficiência) e virtudes (o raciocínio rápido, a capacidade de trabalhar simultaneamente com vários assuntos), as novas gerações são o que são – e é preciso que empresas e pessoas trabalhem para se adaptar à nova ordem.

O fórum A Revolução do Novo foi o primeiro de uma série de três ciclos de debates programados pelas revistas VEJA e EXAME para 2017. Neste primeiro, o ponto central das discussões foram as pessoas. No próximo, programado para março, as empresas serão o foco dos temas.

(Colaborou Anderson Figo, de EXAME)


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Espaçonave japonesa fotografa onda gigante em Vênus

Posted: 17 Jan 2017 08:53 AM PST

Uma gigantesca onda de gravidade com 10.000 quilômetros de extensão foi fotografada por uma espaçonave japonesa em Vênus, segundo estudo publicado nesta segunda-feira na revista Nature Geoscience. A sonda, que foi lançada em 2015 e recebeu o nome de Akatsuki, registrou impressionantes imagens da onda de gravidade, que foi formada pelo fluxo da baixa atmosfera sobre as montanhas rochosas do planeta. Segundo os cientistas, essa é uma das maiores ondas do tipo já observadas em todo o sistema solar, com 65 quilômetros de altura – é a maior já registrada em Vênus. O fenômeno revela que a atmosfera do planeta é ainda mais complexa do que os pesquisadores acreditavam.

As ondas de gravidade são formadas de modo muito semelhante às ondulações que vemos na Terra, quando a água flui sobre as pedras e rochas em um leito de rio. São diferentes das ondas gravitacionais, que são minúsculas ondas no espaço-tempo (aquilo que os físicos descrevem metaforicamente como o tecido do universo, o ambiente dinâmico onde todos os acontecimentos transcorrem). As ondas de gravidade são ondulações na atmosfera de um planeta, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla e inglês) – na Terra o fenômeno também acontece e causa interferências no clima, além de ser responsável pela turbulência. Não é a primeira vez que os cientistas registram ondas do tipo em Vênus: em 2014, a ESA detectou várias ondas de gravidade durante a missão Venus Express.

Onda gigante

Graças a um efeito estufa que faz com que as temperaturas atinjam 462 graus Celsius, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar. Os cientistas da Agência Espacial Japonesa (JAXA, na sigla em inglês) acreditam que os ventos da superfície do astro produziram a enorme onda quando atingiram a Aphrodite Terra, uma cordilheira de montanhas de 4,5 quilômetros de altura localizada perto do equador de Vênus.  As fotos foram tiradas em quatro dias de dezembro de 2015.

"Ondas estacionárias como essa podem ter uma dimensão muito grande, talvez a maior já observada no sistema solar", diz a publicação. Segundo os pesquisadores, a escala dessas ondas pode ser grande o suficiente para alterar o clima do planeta.

Para registrar o fenômeno, a sonda Akatsuki usou raios infravermelhos e câmeras ultravioletas. Segundo The Guardian, a onda, que havia se formado nas densas nuvens de ácido sulfúrico do planeta, estava com seu centro exatamente acima das ladeiras ocidentais das montanhas.

Em Vênus, as nuvens viajam a 350 quilômetros por hora – muito superior à velocidade de rotação do próprio planeta. Na verdade, o movimento do astro em torno do seu próprio eixo é tão lento que, em comparação com a Terra, dia em Vênus equivaleria a um ano terrestre.


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Felipe Melo dá show em entrevista e promete ‘tapa em uruguaio’

Posted: 17 Jan 2017 08:50 AM PST

Felipe Melo chegou ao Palmeiras nesta terça-feira da forma que mais gosta: entrando de sola. Em uma concorrida e divertida entrevista na Academia de Futebol, na zona oeste de São Paulo, o volante de 33 anos prometeu dedicação total ao campeão brasileiro e disse que vai “dar porrada” e até “tapa na cara de uruguaio” se for preciso. Felipe Melo ainda se disse perseguido pela imprensa, negou a fama de violento e rebateu comentários até de dirigentes do Flamengo e do Corinthians.

O ex-jogador da Inter de Milão garante que a imagem de “maldoso” foi criada pela imprensa. “Se não me engano, nos últimos cinco anos tomei quatro cartões vermelhos. Creio que para um centro-campista, roubador de bolas, que tem de fazer esse trabalho sujo, é até pouco. Tem muita gente que me critica porque tem inveja ou porque gostaria que eu jogasse no seu time. (…) Minha média de expulsão é menor que a do Gabriel Jesus, que a do Fernandinho…e não se fala nada.”

O volante com passagens por clubes como Fiorentina, Juventus, Galatasaray e Inter de Milão, voltou a defender seu estilo e já fez uma “promessa” visando a Copa Libertadores. “Felipe Melo não é só porrada é técnica também. Não fiquei 12 anos na Europa à toa. Se tiver de dar porrada, eu vou dar. Se tiver de bater na cara de uruguaio, vou dar tapa na cara, porque isso faz parte da minha forma de jogar.”

Sobrou até para o humorista Antonio Tabet, fundador do site Kibe Loco, que é vice de comunicação do Flamengo e recentemente ironizou o fato de Felipe Melo ter ido para o Palmeiras apesar de sempre ter feitos juras de amor ao clube rubro-negro. “É difícil acreditar que o Flamengo tenha um dirigente como esse, que nem sei o nome, para fazer piada em rede social dizendo que jogador é uma ‘put…’. Ele como vice, é um ótimo piadista. Vejo os vídeos dele no YouTube, dou risada, para isso ele é número 1, mas está na profissão errada.”

Mais calmo, brincou sobre o fato de o diretor de futebol do Corinthians, Flávio Adauto, ter confundido o nome do reforço do clube alvinegro – Fellipe Bastos – com o seu. “Eu vi o vídeo e achei engraçado. A televisão só fala de Felipe Melo e ele se confundiu. Vai ser bacana o nosso rival trazer bons jogadores. Não conheço o Fellipe Bastos, mas sei que é um bom jogador. Mas o pitbull de verdade está aqui”

Abaixo, outros trechos da primeira coletiva de Felipe Melo no Palmeiras:

Flamengo – Não tive oferta do Flamengo. Sou flamenguista e hoje sou palmeirense. Se tiver de jogar contra qualquer clube, vou dar a vida pelo Palmeiras. É o Palmeiras que está colocando comida na minha casa, e é pelo Palmeiras que vou lutar, se tiver que comer alguém vivo eu vou fazer. Vamos chorar e rir juntos. É Palmeiras e acabou. 

Críticas – Não estou generalizando, existe mau-caráter em todo lugar. Mas muitos de vocês jornalistas ganham de dinheiro para falar mal dos outros. Faltam com respeito à família, ao ser humano e ao homem. Crítica faz parte, como torcedor eu critico mesmo, mas jamais vou falar ‘esse cara é um songa-monga, um desgraçado’. É falta de respeito. Isso para mim não é diferente do cara que está soltando bomba, porque é maldade, e isso não serve para a humanidade. Falta fechar mais a classe do futebol.

Seleção brasileira – Acho que fui injustiçado, tinha sido o melhor meio-campista da Itália. Acho que faltou um treinador de "colhão" para me levar à seleção. Acho que o Brasil agora está muito bem representado de treinador e de auxiliar, que é o Sylvinho, com quem trabalhei no Inter. Mas a minha seleção agora é o Palmeiras.

Propostas – O único clube que me fez oferta foi o São Paulo. Não sei se foi oficial, mas conversei com o Marco Aurélio Cunha. Ele foi profissional, depois que acertei com o Palmeiras mandei mensagem para ele agradecendo, mas Palmeiras foi muito profissional, não vazou nada, isso foi muito importante para mim.

Arrependimentos – Não me arrependo de nada na minha vida. Ah, me arrependo de ter casado aos 18 anos com uma mulher que nunca amei.


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Coca: estamos preparados para um futuro que não sabemos qual será

Posted: 17 Jan 2017 08:42 AM PST

"Sempre que tentamos antecipar o futuro, nos equivocamos", disse Marcos de Quinto, vice-presidente executivo e líder global de marketing da Coca-Cola. Quinto falou a uma plateia de executivos durante o fórum "A Revolução do Novo", realizado em parceria pelas revistas VEJA e EXAME nesta terça-feira, em São Paulo.

Ele citou o clássico desenho animado futurista "Os Jetsons", criado nos anos 1960, para reforçar que as empresas devem sim tentar adivinhar as demandas dos consumidores, mas que tendências nem sempre se tornam realidade – e que é necessário estar pronto para enfrentar cenários imprevisíveis. "As mudanças que ocorreram desde então são muito mais profundas do que se imaginava. A expectativa de vida é muito maior, não pensavam que existiria algo como a internet", diz.

No seu setor de atuação, o executivo enxerga tendências claras: a personalização em massa (explorada pela Coca-Cola na campanha que imprimia nomes nas latinhas de refrigerante), a busca por produtos mais naturais e o que chamou de "demonização do açúcar".

Porém, algumas falsas impressões que rondam o mercado precisam ser quebradas, segundo o VP. A primeira é a de que os refrigerantes ficarão no passado, quando na verdade o consumo da bebida está crescendo, afirma. Outra é a de que é o açúcar que faz mal, e não seu consumo excessivo.

Ter a obrigação de ouvir os clientes é mais um desses paradigmas – o que ele defende é a observação de comportamentos das pessoas, às vezes nada condizentes com seus discursos. Quinto mencionou ainda crenças equivocadas sobre a Coca-Cola, como a de que ela só vende bebidas pouco saudáveis.

"A Coca-Cola não nasceu com a vontade de envenenar ninguém, pelo contrário. Fomos criados por um farmacêutico", brinca. "Hoje somos uma das poucas empresas da indústria de alimentos que têm versões sem açúcar para todas marcas". A estratégia para comunicar essa variedade está mudando na companhia. Ele disse que usar identidades visuais muito distintas para vender os itens "mais saudáveis" do rótulo Coca-Cola foi um erro.

Na lógica do executivo, os consumidores evitavam o açúcar e não a marca, que é forte. Por isso, a empresa deixou de comunicar as versões "Zero" e "com Stevia" (com 50% menos açúcares) como submarcas e deu a elas novas embalagens com vermelho em destaque, em referência à bebida original. "Vamos 'recocalizar' a Coca-Cola. Assim como as marcas, as empresas precisam ser coerentes", afirma.

Por fim, Quinto lembrou que modelos de marketing são ferramentas e não verdades universais e que certezas não existem. Por ora, sua empresa vai continuar apostando em novos mercados (como o de lácteos e cafés), nas bebidas personalizadas (para se preparar em casa) e em aplicativos que vão informar ao consumidor o seu nível de hidratação e que bebida ele precisa tomar. Mas tudo pode mudar.

"Não sabemos se o futuro que esperamos vai realmente acontecer, mas estamos preparados para qualquer futuro que vier".


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Frejat deixa o Barão vermelho, que já tem novo vocalista

Posted: 17 Jan 2017 08:20 AM PST

O vocalista e um dos fundadores do Barão Vermelho, em 1981, Roberto Frejat, anunciou a sua saída da banda. Ele será substituído por Rodrigo Suricato, da Banda Suricato,  um dos finalistas do ‘Superstar’, da Rede Globo.

No perfil da banda no Facebook, em um vídeo, o baterista Guto Goffi falou sobre a novidade. “Estou encantado em ver a qualidade dele como instrumentista e cantor. Uma banda de rock, nada mais é do que a vontade de estar juntos. Agora nós temos todos os ingredientes para isso”, disse ele.

Também nas redes sociais, o próprio Rodrigo Suricato falou sobre o que vem por aí. “Agora tenho duas casas para me expressar: Barão Vermelho e Suricato (…) Fiquei orgulhoso. Vamos nessa”.


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Trump assume Presidência com maior rejeição em 40 anos

Posted: 17 Jan 2017 08:11 AM PST

 

O republicano Donald Trump prestará juramento como novo presidente dos Estados Unidos com a popularidade mais baixa que um líder político já registrou em 40 anos no país, de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira.

Dados divulgados pelo jornal The Washington Post e pela emissora ABC afirmam que a popularidade de Trump não supera os 40%, enquanto 54% dos eleitores mantêm sentimentos contrários ao magnata. Antes de tomar posse, o democrata Barack Obama tinha uma aprovação de 79%. Já o republicano George W.Bush tinha 62% e o também democrata Bill Clinton, 68%.

A pesquisa, porém, destaca que, apesar da impopularidade, a maioria dos norte-americanos demonstra otimismo em relação à gestão de Trump e ao cumprimento de suas promessas de campanha, como a retomada do crescimento econômico e a luta contra o terrorismo.

Os maiores pontos de crítica a Trump se referem ao escândalo dos ataques de hackers que teriam partido da Rússia e suas relações com Moscou. Vencedor das eleições de novembro contra a candidata democrata Hillary Clinton, Trump logo reagiu à pesquisa no Twitter.

“As mesmas pessoas que fizeram as pesquisas eleitorais falsas, e estavam erradas, agora fazem rankings de aprovação. São manipulados, como antes”, escreveu o magnata. A resposta de Trump foi uma alfinetada ao jornal The Washington Post, que publicou antes das eleições que a candidata Hillary Clinton seria a mais votada. O jornal acertou, mas Trump venceu no colégio eleitoral. O republicano toma posse na próxima sexta-feira como novo presidente dos Estados Unidos.

(Com ANSA)


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Celular define novos padrões de consumo, diz executivo do Google

Posted: 17 Jan 2017 07:57 AM PST

O uso do celular como uma extensão do corpo humano e a inteligência artificial são os principais propulsores de novos padrões de consumo, e a internet é "o maior painel de consumidores do planeta". O diagnóstico é de Julio Zaguini, diretor para desenvolvimento de negócios do Google, último palestrante do fórum A Revolução do Novo, promovido por VEJA e a revista Exame em São Paulo nesta terça-feira.

"Estamos vendo ondas de revolução. Até pouco tempo atrás, a internet era a revolução que impactava o consumo. Dali a pouco, era a internet móvel. Não estamos nem acostumados ainda aos celulares e já vemos a inteligência artificial simplesmente nos atropelar", enumera Zaguini.

Para o diretor do Google, a interação constante com os celulares durante o dia – ao menos 150 vezes, diz ele – faz com que os usuários sejam impactados o tempo todo por informações e também sejam propagadores delas, o que alimenta a inteligência artificial. "Há uma interação: novas tecnologias impactando nossos hábitos e nossos hábitos impactando novas tecnologias", resume o executivo.

"Existe um cérebro trabalhando por trás do celular que tem mais capacidade que o primeiro foguete que levou o homem à Lua", compara Julio Zaguini, que deu demonstrações de como já é possível fazer pesquisas por meio de voz online e receber resultados e respostas em questão de segundos.

O mapeamento de interesses e tendências de consumo na internet também é alimentado pelas interações entre humanos e seus "cérebros de bolso". "Conseguimos observar todos os comportamentos de cada usuário com inteligência artificial", explica o palestrante, que afirma que é possível identificar na internet, por exemplo, quem busca entretenimento ou inspiração. "Existem blocos de comportamento que são claramente identificados na nossa relação com as nossas máquinas", conclui.

Julio Zaguini também ressaltou a influência do vídeo online e do YouTube como influenciador de padrões de consumo, sobretudo dos brasileiros. No país, conforme mostrou o executivo, dois entre os três maiores influenciadores têm canais no site de vídeo: Whindersson Nunes e Coisa de Nerd.


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‘Deu Onda’ é 3ª música mais tocada do mundo no Youtube

Posted: 17 Jan 2017 07:40 AM PST

Depois de liderar a lista das músicas mais virais do mundo no Spotify, o funk carioca Deu Onda, de MC G15, agora aparece em terceiro lugar no ranking mundial das músicas mais tocadas no Youtube.

A música ficou atrás apenas de Chantaje, de Shakira e Maluma, e Closer, de Chainsmokers e Halsey. Na semana passada, o hit brasileiro já aparecia no ranking, mas em 15º lugar. A melhor posição veio após um aumento de 76% nas visualizações do clipe: foram 52 milhões de cliques em apenas uma semana. Até o momento, o clipe original soma 97 milhões de views.

O ranking considera todas as execuções da música no Youtube, tanto no clipe oficial quanto em outros vídeos que usam a música como trilha sonora. Para entrar no site de vídeos do Google, a faixa de MC G15 ganhou uma versão censurada bem diferente da original que é repleta de palavrões.

(Com Estadão Conteúdo)


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Conheça a mulher que doa órgãos a estranhos

Posted: 17 Jan 2017 07:27 AM PST

A britânica Tracey Jolliffe tem 50 anos e já doou um rim, 16 óvulos e mais de 45 litros de sangue para estranhos. Agora ela quer doar parte de seu fígado e pretende deixar seu cérebro para ser estudado pela ciência. “Se tivesse mais um rim extra, o doaria também”, disse ao programa Victoria Derbyshire, da BBC.

Tracey é o que os britânicos chamam de “doadora altruísta” – pessoas dispostas a dar um órgão para salvar a vida de um desconhecido. Praticamente toda sua vida está de alguma forma relacionada à saúde, segundo informações da BBC Brasil. Ela é microbióloga e trabalha no NHS, sistema de saúde público da Grã-Bretanha. Seus pais eram enfermeiros e ela passou a vida ouvindo sobre a importância da assistência médica sob um ponto de vista profissional.

Doadora desde jovem

Mas ela decidiu que iria fazer a diferença também a nível pessoal. “Eu me registrei como doadora de sangue e de medula quando tinha 18 anos”, contou.

Em 2012, ela foi uma das menos de cem pessoas no Reino Unido a doar um rim para um desconhecido, apesar dos riscos e da complexidade do processo. Uma pessoa viva para doar um rim, porque só precisa de um dos dois existentes para sobreviver, desde que esteja saudável. No entanto, o processo é complexo e envolve riscos. Segundo ela, são necessários até três meses de avaliações das condições do doador antes da operação. Isso inclui exames de raio-X, cardíacos e de funcionamento do órgão, por meio de uma série de testes de sangue. “Não é algo que você faz se tem medo de agulhas”, brincou.

Tracey também relatou que ficou internada cinco dias no hospital após a operação e que sua vida “voltou ao normal” após seis semanas.

Riscos baixos

Os riscos associados à doação de rim são baixos se o doador estiver saudável, com uma taxa de mortalidade de um para cada 3.000 pacientes – o mesmo de remoções de apêndice. Segundo o NHS, a maioria dos doadores de rim tem uma expectativa de vida equivalente – ou maior – do que a média geral das pessoas.

Segundo a ONG britânica Kidney Research UK, pelo menos 60% das pessoas que recebem um rim podem ter a expectativa de viver em média por mais 15 anos após o transplante. O rim doado por Tracey provavelmente salvou a vida de uma pessoa. “Eu me lembro disso todo dia quanto acordo”, disse orgulhosamente.

Agora, Tracey  apoia a organização de caridade Give a Kidney (Doe um Rim, em inglês), que incentiva outras pessoas a fazerem o mesmo.

Mas se engana quem acha que a microbióloga parou por aí. Além do rim, ela já doou mais 45 litros de sangue e 16 óvulos, que permitiram a três casais terem filhos. “Não tenho vontade de ter filhos, então, pensei ‘Sou saudável, por que não?'”, conta.

Regeneração, mas risco maior

Agora, Tracey quer doar parte de seu fígado – também para um desconhecido -, apesar do aumento do risco envolvido nessa operação. “O perigo é muito maior do que na doação de rim”, afirma. A taxa de mortalidade de uma doação a partir do lóbulo direito do órgão é de uma morte a cada 200 pessoas e, a partir do lóbulo esquerdo, de uma a cada 500.

Mas, segundo ela, muitos doadores têm uma vida longa e saudável após o transplante, diante da “incrível capacidade de regeneração” do órgão. Quase imediatamente após a cirurgia, o restante do fígado do doador começa a crescer, um processo conhecido como hipertrofia e que continua por até oito semanas.

Cérebro para a ciência

Tracey afirmou que continuará a doar enquanto puder e contou que se registrou para doar seu cérebro para a ciência após morrer. Esse procedimento é feito até 24 horas após a morte de uma pessoa e desempenha um papel importante no estudo de diversas doenças como a demência, por exemplo.

Mas, afinal, quais são as razões de Tracey para doar seus órgãos ainda em vida a pessoas que não conhece? “É parte da minha natureza, minha oportunidade de fazer algo de bom.”, concluiu.

Fila de transplantes

Até 30 de setembro de 2016, 5.126 estavam na fila de espera por um rim no NHS. O tempo médio de espera pela operação é de três a quatro anos. No Brasil, esse número é quase quatro vezes maior: 20.000 pessoas, entre adultos e crianças, aguardavam um rim até março de 2016, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.

O rim é de longe o órgão mais requisitado. De todos os pacientes à espera por um transplante de órgãos no Brasil, 58,7% aguardam por um rim. O segundo mais demandado na lista é o fígado, com uma tava 4,2%.


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Rebelião em presídio de MG deixa nove pessoas feridas

Posted: 17 Jan 2017 07:02 AM PST

O motim do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi controlado durante a madrugada desta terça-feira. No total, segundo a secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), nove pessoas ficaram feridas — oito presidiários e um agente penitenciário.

Conforme a Seap, o tumulto começou no pavilhão 2, quando os presos começaram a atear fogo nos colchões. Em seguida, detentos de outros quatro pavilhões também se revoltaram.

A secretaria acionou Comando de Operações Especiais, o Grupo de Intervenção Rápida da Seap, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiro, que juntos conseguiram conter a rebelião depois de cinco horas.

Agressão a repórter

Presos de três pavilhões do presídio Antonio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves (MG) na região metropolitana de Belo Horizonte, fazem rebelião Na foto, repórter da TV Globo é agredida por parente de preso enquanto fazia passagem ao vivo - 17/01/2017

Repórter foi agredida ao vivo por parente de preso (Lincon Zarbietti/O TempoF/Folhapress)

Durante a cobertura, a repórter Larissa Carvalho, da Globo News, foi agredida enquanto relatava ao vivo o tumulto na penitenciária, com presos colocando fogo em colchões. Uma mulher invadiu a transmissão e empurrou violentamente Larissa, que caiu no chão. Um agente de segurança conteve a agressora antes do link ao vivo ser cortado pela Globo News.

Minutos depois, o apresentador do jornal voltou a conversar com a repórter para saber o que havia acontecido e afirmou que todos no estúdio estavam preocupados. "Está tudo bem. Foi um susto, mas está tudo bem", afirmou Larissa.


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Em Manaus, camelô vende DVD da barbárie: “FDN x PCC”

Posted: 17 Jan 2017 06:58 AM PST

As imagens que circularam pelas redes sociais do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que terminou com a morte de 56 presos no dia 1º de janeiro, foram compiladas em um DVD pirata, que está sendo vendido nas ruas de Manaus, no Amazonas, por preços que variam entre 2 e 3 reais.

A barbárie foi registrada pelos próprios presos. Há cenas de corpos decapitados e corações nas mãos dos detentos.

O filme, que recebeu o título de ‘FDN x PCC, o massacre’, traz como ‘extra’ uma reportagem veiculada pelo Fantástico, da Rede Globo, no fim de semana seguinte à chacina.

Rebelião

O motim durou mais de 17 horas e deixou ao menos 56 presos mortos, segundo a secretaria de Segurança Pública do Estado. Muitos dos detentos foram mutilados.

Além das mortes, 12 agentes prisionais foram feitos reféns, mas todos foram liberados sem ferimentos. O presídio, localizado no quilômetro 8 da BR 174 (que liga Manaus a Boa Vista), foi tomado por bandidos que integram a Família do Norte (FDN), a maior facção na região Norte do país. Eles entraram em conflito com os rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC), que foram mortos.

 

 


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Major da PM diz que Boulos ‘colocou vida de pessoas em risco’

Posted: 17 Jan 2017 06:53 AM PST

O major da Polícia Militar Rogério Calderari afirmou que o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, preso pela Polícia Militar nesta terça-feira por desobediência civil e incitação à violência, “colocou em risco a vida de pessoas”. Calderari comandou a ação de reintegração de posse de um terreno particular no bairro de São Matheus, na Zona Leste, que estava ocupado por um grupo de sem-teto.

O major afirmou que Boulos “incentivou” os integrantes do movimento a lançar objetos contra a Polícia Militar. “Ele (Boulos) tem um nível sociocultural muito melhor que as pessoas que estavam ali. E ele usa seu nível sociocultural para ganhar pessoas, incentivá-las a arremessar coisas contra a polícia e morteiros. Morteiro é uma coisa grave. Já morreu gente com isso. Ele está colocando em risco a vida de pessoas”, disse o delegado, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

Boulos, que foi levado ao 49º Distrito Policial, classificou a prisão como “evidentemente política”. Segundo ele, estava no local para negociar com o oficial da Justiça.”Ele (oficial) estava presente para oficiar que o Ministério Público havia pedido a suspensão da reintegração ontem [segunda-feira] e o juiz ainda não tinha julgado. E [fui falar] que seria razoável eles esperarem o resultado antes de reintegrar. Foi o que eu disse. Se isso é incitação à violência, então eu incuti a violência”, afirmou Boulos.

A Tropa de Choque da Polícia Militar foi ao local para dispersar o grupo de sem-teto, utilizando caminhão com jato d'água, bombas de efeito moral e spray de pimenta.


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Facções criminosas iniciam novo confronto no presídio de Alcaçuz

Posted: 17 Jan 2017 06:52 AM PST

O comando da Companhia de Guarda Penitenciária em Natal confirmou o início de um novo confronto entre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Sindicato do Crime do RN no fim da manhã desta terça-feira na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte.

“Começou aqui o confronto de novo! É entre as facções”, afirmou o major Wellington Camilo, comandante da Guarda, apressado, enquanto falava ao telefone. Alcaçuz foi palco, no último sábado, de um massacre com 26 mortos durante uma rebelião entre detentos – desde então, todo o Rio Grande do Norte segue em estado de atenção.

Na manhã desta terça-feira, os detentos retornaram ao telhado da penitenciária com colchões e bandeiras de facções criminosas. Em entrevista coletiva nesta terça, o governador Robinson Faria (PSD) afirmou que a polícia ainda não invadiu o presídio de Alcaçuz para evitar um novo "Carandiru"

"O que podemos fazer? Entrar lá e matar os presos?", perguntou ele. "O Estado não pode recuar. Eles quebraram totalmente o pavilhão 5. Mas a situação está sob controle. A polícia conseguiu controlar. Estamos enfrentando essa crise com muita serenidade", afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)


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‘A ética nas empresas não se limita a um manual de boas práticas’

Posted: 17 Jan 2017 06:43 AM PST

Andreas Pohlmann é considerado um dos maiores especialistas em ética empresarial no mundo. Em 2007, ele foi nomeado o chefe global de compliance (boas práticas) da Siemens, momento em que a empresa de tecnologia alemã tentava emergir de um dos maiores escândalos corporativos da história. Em 2006, uma investigação nos Estados Unidos descobriu que a empresa desembolsou 1,6 bilhão de dólares em propinas em diversos países. Os subornos foram pagos em troca de contratos públicos.

Como poucos especialistas no mundo, Pohlmann sabe as consequências das más práticas em empresas com atuação global. "A ética nas empresas não se limita a um manual de boas práticas", disse ele, ao participar do fórum  A Revolução do Novo, realizado em parceria entre as revistas VEJA e EXAME. "É preciso que isso seja praticado e reforçado aos funcionários constantemente."

Entrevistado por André Petry, diretor de redação de VEJA, Pohlmann reconheceu a dificuldade de manter negócios totalmente limpos, livres de atalhos como os utilizados pela Siemens para conquistar contratos com governos mundo afora. "Os empregados são sempre postos à prova com ofertas de facilitação", afirma. "Mas não pode haver concessões. Decisões erradas podem destruir as vidas e as carreiras de milhares de pessoas."

Internamente, pressões como a dificuldade de fechar contratos acabam se impondo, afirma o especialista. Áreas de empresas responsáveis por contratos podem se queixar da perda de negócios por causa de regras muito rígidas. A criatividade é uma das respostas possíveis a essa pressão, diz Pohlmann. "Como podemos fazer diferente sem abrir mão de nossos princípios? Isso precisa ser exercitado e reforçado sempre."

O fórum A Revolução do Novo está sendo realizado no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e se estenderá até o início da tarde desta terça-feira.


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Concessionária recorre de liminar para não reassumir o Maracanã

Posted: 17 Jan 2017 06:33 AM PST

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A concessionária que administra o Complexo Maracanã emitiu nota nesta terça-feira para informar que recorrerá da liminar obtida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro na última semana, que a obriga a reassumir a concessão do estádio mais importante do país. A concessionária, liderada pela Odebrechtse recusa a reassumir a administração do complexo esportivo alegando que o Comitê Rio-2016, que gerenciou o estádio durante a Olimpíada do ano passado, não concluiu obras necessárias para a devolução do estádio depois do evento. 

Abandonado, sem energia e com seu gramado em estado deplorável, o Maracanã virou protagonista de um jogo de empurra-empurra entre o Rio-2016 e a Concessionária. A empresa que ganhou a concessão do Estado para gerir o Complexo Maracanã alega que só não reassumiu o local por causa das cláusulas do Termo de Autorização de Uso (TAU).

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“De acordo com o contrato firmado entre a Casa Civil e o Comitê, o Maracanã e o Maracanãzinho só deveriam sair da administração da Rio-2016 depois de feitos todos os reparos. O próprio Comitê Rio-2016 admite que deixou várias pendências nas instalações”, argumenta a concessionária.

Em nota, a Maracanã S/A cita as pendências que precisam ser resolvidas pelo Comitê, o que incluiu laudos que atestem que o sistema de drenagem e a cobertura não foram danificados pelas intervenções feitas para as cerimônia. Além disso, o Rio-2016 deveria repor cadeiras nas arquibancadas, realocar catracas eletrônicas, consertar fechaduras e retirar placas de publicidade espalhadas “por todo o estádio”.

Na última sexta-feira, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) solicitou que a concessionária retomasse imediatamente o controle do Maracanã, alegando que a a não conclusão dessas obras não impede que a Maracanã S/A reassuma a administração do local. Por descumprir a ordem, a concessionária estava sujeita a uma diária de 200.000 reais. 

Abandono – O estádio Jornalista Mário Filho, construído para a Copa do Mundo de 1950, recebeu um  investimento de 1,3 bilhão de reais do governo do Estado do Rio de Janeiro para ser modernizado para os megaeventos dos últimos anos.  O impasse vem deixando o estádio sem utilidade.

O último evento foi o amistoso beneficente organizado por Zico, ídolo do futebol brasileiro que tantas vezes brilhou no gramado, em 28 de dezembro. A Ferj agora busca dialogar com os clubes e encontrar soluções para que o estádio volte a receber partidas dos clubes cariocas.

No ano passado, apenas os dois jogos da decisão do Campeonato Carioca foram disputados no estádio, que passava por obras para utilização no Rio-2016. Após a Olimpíada e a Paralimpíada, o Maracanã recebeu sete partidas oficiais, todas na reta final da temporada 2016, sendo quatro do Flamengo, duas do Fluminense e uma do Vasco.

(com Estadão Conteúdo)


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Giannetti: maior ‘exigência ética’ não implica ética disseminada

Posted: 17 Jan 2017 06:26 AM PST

Em tempos de Operação Lava Jato, que descortinou um escândalo de corrupção sem precedentes no Brasil, o economista e filósofo Eduardo Giannetti entende que embora as "exigências éticas" tenham aumentado, elas, por si só, não despertam mais adesão. Autor do livro Vícios privados, benefícios públicos? Giannetti foi o terceiro palestrante do fórum A Revolução do Novo, uma parceria entre as revistas VEJA e EXAME, e falou sobre a revolução no campo da ética e sobre tolerância e intolerância a desvios de conduta.

O economista afirma que a adesão das pessoas a normas éticas resulta da combinação entre três mecanismos: a submissão, que decorre da fiscalização e da punição a atitudes antiéticas; a identificação, que envolve o desejo de manter uma boa opinião dos demais e uma consciência tranquila; e a internalização, que parte da reflexão ética.

"A internalização é baseada na educação formal e a liderança dentro das organizações. É fundamental que um líder transmita o respeito ao código de ética. Vejo muitas empresas que fazem códigos de ética impecáveis, mas não têm a menor exigência de tornar isso parte do pensamento de cada um dos que convivem em seu espaço organizacional", afirma o economista.

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Segundo Eduardo Giannetti, o modelo de empresa baseado apenas no respeito a um mínimo denominador legal e na maximização dos lucros e resultados, bastante comum em países como o Brasil, está errado tanto do ponto de vista ético quanto do econômico. "Se a empresa é boa, se ela tem um código de ética robusto, é provável que ela tenha bons resultados e remunere bem os acionistas. Se a liderança não dá à empresa sentido de propósito naquilo que ela faz, ela não vai mobilizar o conhecimento latente em seus colaboradores para que cada um entregue o que tem de melhor", diz.

Em relação ao contexto brasileiro, sobretudo à Operação Lava Jato e as empreiteiras envolvidas no escândalo que sangrou os cofres da Petrobras, o economista e filósofo entende que o problema remonta à formação do Estado brasileiro, baseado no patrimonialismo, em que se confundem o que é público e o que é privado.

"Ainda vivemos em um modelo patrimonialista e que foi muito exacerbado, em que o Estado microgerencia a economia e o cria condomínios de poder, inclusive no setor privado, para alcançar resultados que incluem a sustentação no poder", afirma Giannetti, para quem a dimensão da corrupção é diretamente proporcional ao tamanho do tal "condomínio de poder".

Além do patrimonialismo, outro desafio ético elencado por Eduardo Giannetti é estritamente político: o presidencialismo de coalizão, em que o Executivo tem de fazer concessões ao Legislativo e às máquinas partidárias para governar. "Esse modelo, que já vinha claudicando, foi levado a ruir com Dilma Rousseff. Ela loteou 39 ministérios entre dez partidos para eleger o presidente da Câmara e perdeu a eleição, o que mostra a falência terminal do modelo de presidencialismo de coalizão", lembra Giannetti.

Para o filósofo, punições a corruptos nos escândalos do mensalão e do petrolão são oportunidades únicas para alterar a cultura política no país, mas que correm risco sem uma reforma política. "Infelizmente, todo esse processo salutar de apuração, investigação e punição corre risco porque o sistema acaba gerando vícios de conduta que levarão novamente a reprodução de pratica das quais nos queremos nos livrar", conclui Eduardo Giannetti.

O fórum A Revolução do Novo está sendo realizado no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.


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Realidade aumentada é futuro das redes, diz diretor do Facebook

Posted: 17 Jan 2017 06:18 AM PST

Dados do Facebook no Brasil e no mundo apontam que o futuro do consumo de informação nas redes sociais caminha para o compartilhamento cada vez maior de vídeos em diversas plataformas e com variedade de conteúdos. É o que afirmou o diretor de parcerias para a América Latina do Facebook, Luis Olivalves, nesta terça-feira 17, durante o evento VEJA EXAME Fórum 2017 – A Revolução do Novo, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

Segundo Olivalves, o Facebook deixou de ser apenas uma plataforma social de troca de experiências entre usuários para se tornar também, não só no Brasil como no mundo todo, uma das principais fontes de notícias para os usuários, especialmente entre os mais jovens.

Pesquisa do Instituto Reuters, com mais de 50 000 leitores em 26 países, mostra que 51% usam as redes sociais semanalmente como fontes de notícias e 12% dizem que as redes são suas principais fontes de informação. No Brasil, os números sobem para 72% e 18%, respectivamente.

Diante de uma era de informações fragmentadas, a ferramenta adaptou seu feed de notícias para transmitir o que é relevante para cada pessoa. "O consumo está dividido. O Facebook só é forte porque a pessoa está lá, foi ver a vida dos amigos e acaba sendo impactada por algumas coisas porque o algoritmo ajudou a identificar", diz Olivalves.

Do vídeo à realidade aumentada

Os vídeos e as imagens são os formatos que mais atraem os usuários no Facebook, segundo Olivalves. Por dia, mais de 100 milhões de horas de vídeo são consumidas na rede social. Já no Messenger e no WhatsApp, o forte são os emojis. No Messenger, por exemplo, são trocados 2 milhões de mensagens com emojis por dia no mundo.

De acordo com o executivo, a realidade virtual deve ser uma tendência nas redes sociais nos próximos anos. Hoje, segundo ele, o sistema de realidade aumentada Oculus já possui 1 milhão de usuários por mês.

"Se eu quero passar um recado (nas redes sociais), nada melhor do que o vídeo. E, hoje, quando quero passar uma experiência, trazer uma pessoa para viver algo único, uso a realidade aumentada. Eu controlo a experiência para o que eu quero ver ou focar, mas estou lá vivendo junto (o que foi gravado)", afirma Olivalves.

Jornalismo

Em um cenário em que é difícil separar fontes confiáveis de informação e conteúdos falsos, a empresa aposta ainda no projeto Facebook Journalism Project, que prevê a troca de experiências e de treinamentos entre a plataforma e jornalistas. "A gente tem responsabilidade de que o jornalismo de qualidade prospere", diz o executivo.

O projeto, que tem escala mundial, objetiva construir ferramentas dentro do Facebook que atendam às necessidades dos meios de comunicação e permitam que a plataforma seja um instrumento de monetização para publishers.


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