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domingo, 11 de dezembro de 2016

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Raquete com rosto de Trump afasta maus espíritos no Japão

Posted: 11 Dec 2016 08:29 AM PST

A empresa japonesa Kyugetsu decidiu fazer com o rosto do presidente eleito americano, Donald Trump, a tradicional raquete com a qual os japoneses afastam os maus espíritos para começar o ano com boa sorte. O magnata multimilionário está entre os rostos de celebridades que adornam sua coleção especial de hagoita, uma espécie de mata-moscas para esmagar metaforicamente a má sorte e os maus espíritos antes do ano novo.

Estas raquetes de madeira, que por um tempo foram utilizadas em um esporte similar ao badminton chamado hanetsuki, são pintadas geralmente com o rosto de atores famosos da ópera japonesa Kabuki, e podem ser encontradas em muitos lares como símbolo de boa sorte. A Kyugetsu, também especializada em bonecas tradicionais, decidiu incluir o rosto de Trump na coleção de hagoita deste ano.

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Entre as 18 celebridades escolhidas também se encontra a primeira-ministra britânia, Theresa May, alguns atletas ganhadores de medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e o prêmio Nobel de Medicina Yoshinori Ohsumi.

“Fui muito cuidadosa para garantir que os desenhos se pareciam com as pessoas representadas, e me esforcei principalmente em fazer de forma realista a compleição e a forma de seus rostos”, explicou a desenhista Yukari Suga. “O senhor Trump é muito popular”, declarou o diretor-executivo da companhia, Hisatoshi Yokoyama. “Queremos esmagar a má sorte com ele e fazer um mundo melhor”, disse.

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Outras empresa japonesa, Ogawa Studios, primeira fabricante nacional de máscaras de borracha, viu a demanda de sua versão de Trump aumentar desde sua vitória eleitoral, em novembro.

(Com France-Presse)


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Pane seca na medicina

Posted: 11 Dec 2016 08:14 AM PST

Os mortos da Chapecoense desencadearam uma extraordinária onda de comoção e solidariedade no Brasil e no mundo. Foi emocionante, uma sinfonia de gestos e reações, de compaixão, que nos fazem acreditar, de verdade, no ser humano. Descobrimos naquela terça-feira triste que a sociedade é composta de uma maioria de pessoas do bem, independentemente da origem, do credo ou do time, que com suas atitudes lutam por um mundo melhor. Um mundo no avesso do que lemos nas manchetes dos jornais e das revistas. Um mundo sem corruptos no poder lutando pelos próprios interesses, sem desigualdade social. Os heróis da Chapecoense iluminaram um caminho. Causa revolta, contudo, diante de tanto comportamento admirável e afetuoso, saber que o acidente na verdade foi um crime. Sua origem está na irresponsabilidade e na ganância de um ou de poucos, o atalho mais curto para a pane seca que derrubou a aeronave na Colômbia.

A dor de Medellín alimentou uma reflexão que faço já há algum tempo como profissional da saúde: e se a medicina usasse recursos da aviação para controlar o desempenho de seus pares? Uma ideia seria a implantação de caixas-pretas nos centros cirúrgicos, o instrumento ideal para uma avaliação mais frequente da atividade médica e que poderia inclusive influenciar, com base nos resultados clínicos obtidos, a remuneração daquele médico ou equipe. Gosto de lembrar uma máxima cínica da medicina que propõe a seguinte combinação: se o paciente morrer, fica acertado que o cirurgião também deve morrer. Não é assim, claro. Mas, sabidamente, a relação entre médico e paciente se baseia em confiança, característica fundamental dessa relação, mas longe de ser a única arma disponível para determinar todas as decisões. O segredo é a transparência, algo muito rarefeito em minha profissão.

Estamos na era do big data, da inteligência artificial, e ainda não temos acesso a informações detalhadas sobre os hospitais e os médicos que cuidarão de nossa vida e aos resultados de suas intervenções clínicas ou cirúrgicas, embora várias instituições indiquem profissionais de boa reputação. Convém conhecer um exemplo internacional: no Reino Unido, desde 2005, os resultados das cirurgias cardíacas são divulgados pelos hospitais. E mais: pelo cirurgião cardíaco responsável. Essa postura, que permite cuidadosa organização e precisão nos tratamentos, reduziu a mortalidade hospitalar. Não há dúvida: na trilha da metáfora da aviação, apenas com o conhecimento dos dados poderíamos agir de forma eficiente para corrigir possíveis erros de navegação e acertar nosso plano de voo. Sem dados concretos, o pouso é forçado e as consequências, irreversíveis.

A desinformação abre espaço para duas formas de conduta médica, ambas errôneas. A primeira, destinada aos que possuem mais recursos, leva à adoção de procedimentos desnecessários. A segunda, atrelada aos menos favorecidos financeiramente, é a de sonegação dos cuidados disponíveis. Lutemos pelo fim dos "comandantes Quirogas da medicina", abrindo portas para a transparência e punindo os que brincam com a vida alheia, como fez o piloto e sócio da desgraçada empresa aérea que economizava combustível.

 

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Arquivado em:Saúde

Mensalão: Os detalhes da rotina carcerária de João Paulo Cunha

Posted: 11 Dec 2016 07:42 AM PST

João Paulo Cunha era um dos nomes em ascensão no PT em 2003, o primeiro ano do governo Lula. Integrado à elite política que assumira o poder, elegeu-se presidente da Câmara dos Deputados e chegou a despachar interinamente como presidente da República. Em 2012, sua carreira ruiu no julgamento do mensalão ao ser condenado a seis anos e quatro meses de prisão por peculato e corrupção passiva. Começou a cumprir a pena em 2014, no Complexo Penitenciário da Papuda, e foi libertado em março passado. Aos 58 anos, cursa o último ano da pós-graduação no IDP, faculdade do ministro Gilmar Mendes, um de seus algozes no STF. Ele recebeu VEJA no escritório onde trabalha, na região central de Brasília.

Além de falar sobre a Lava Jato e do que considera ter sido uma conspiração contra o PT, o ex-deputado contou, pela primeira vez, os detalhes da vida no cárcere. "A chegada é uma coisa muito dura. É uma mistura de tristeza, melancolia, ódio, raiva, uma vontade de chorar e ao mesmo tempo de gritar. É um sentimento que depois vai abrandando e cada coisa vai caindo no seu lugar. Na hora em que você entra na cela, batem a porta, trancam a fechadura e ouve-se o tilintar das chaves se distanciando no corredor, cada vez mais longe, você não pode mais ir para onde quiser, não pode mudar de cômodo, ouvir um rádio, ler um livro. É aí que se entende o que é perder a liberdade".

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Arquivado em:Brasil, Política

Filho da Tati Quebra-Barraco é morto em operação policial

Posted: 11 Dec 2016 07:15 AM PST

“A PM tirou um pedaço de mim que jamais será preenchido. A PM matou meu filho. Essa dor nunca irá se cicatrizar.” Foi assim, num post na rede social Twitter, que a funkeira carioca Quebra-Barraco lamentou a morte de Yuri Lourenço da Silva, de 19 anos. O primogênito de Tati foi morto com um tiro no rosto durante uma operação policial na Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro. A ação vitimou também Jean Rodrigues de Jesus, de 22 anos, que estava com Yuri. O capitão Daniel Cunha Neves, responsável pela UPP da Cidade de Deus, os policiais foram até à localidade para apurar uma denúncia de tráfico de drogas.  Eles teriam sido recebidos a tiros – Silva e Jesus foram atingidos. A dupla foi levada até o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. O caso será avaliado agora pela Divisão de Homicídios da polícia do Rio de Janeiro.

Tati Quebra-Barraco estava fazendo uma apresentação em Belo Horizonte quando soube da morte do filho. Em seu perfil no Facebook, ela conta que teve de terminar o show como se nada tivesse acontecido. “Depois desabei”, confessou. No final do texto, ela se perguntou onde teria errado na educação de Silva e que iria se dedicar à neta, filha de Yuri. “Agora temos a Pérola para educar, melhorar o que não fui capaz de fazer por você. Me desculpe se fui uma péssima mãe ou se ensinei da maneira errada, eu só queria o seu melhor.” Yuri Lourenço da Silva já havia sido preso em flagrante em novembro do ano passado, por furto qualificado. Ele foi condenado a dois meses de reclusão, mas depois de oito meses sua pena foi convertida em punição alternativa – limitação de fim de semana e prestação de serviços à comunidade. 


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Chuva, pop, funk, eletrônica e Demi Lovato: assim foi Z Festival

Posted: 11 Dec 2016 06:16 AM PST

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O Z Festival, evento dedicado ao público adolescente consumidor de música pop (em todas as suas vertentes) chegou à sua quinta edição com uma troca em cima da hora. Selena Gomez, que a atração principal, cancelou todos os seus compromissos por causa de problemas de saúde. Em seu lugar entrou Demi Lovato, que assim como Selena participou do programa infantil do dinossauro Barney. O público pareceu não sentir os efeitos da troca: cerca de 20 mil pessoas compareceram à maratona pop e se postou desde cedo frente às portarias do Allianz Park, que sediou o festival.

Manu Gavassi deu início ao evento às 16h. Demi terminou às 23h. Durante esse período, houve apresentações do cantor Tiago Iorc, do trio de DJs Project Code, do rapper Projota e da cantora Anitta. A apresentação também teve um gostinho de despedida para Demi, que em outubro iniciou uma pausa na carreira. Ela sai (quer dizer, se sair…), no entanto, com a cabeça erguida: Confident, seu último álbum, ganhou uma indicação ao Grammy de melhor álbum pop vocal de 2017. Parada difícil, visto que seus concorrentes são a cantora inglesa Adele, o canadense Justin Bieber, e as popstars Sia e Ariana Grande.


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‘Nunca imaginei minhas canções como literatura, o Nobel sim’

Posted: 11 Dec 2016 06:04 AM PST

Bob Dylan(Rob Galbraith/Reuters)" description="">Bob Dylan(H. Thompson/Evening Standard/Hulton Archive/Getty Images)" description="">Bob Dylan(Newspapers/Getty Images)" description="">Bob Dylan(Istvan Bajzat/DPA/AFP)" description="">Bob Dylan(Ki Price/Reuters)" description="">Bob Dylan(Micelotta Frank/AFP)" description="">Bob Dylan(Jeffrey R. Staab/Getty Images)" description="">Bob Dylan(Hector Mata/AFP)" description="">Bob Dylan(Frank Leonhardt/DPA/AFP)" description="">Bob Dylan durante apresentação no 17º Prêmio Anual da Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles em 2012(Christopher Polk/Getty Images)" description="Bob Dylan durante apresentação no 17º Prêmio Anual da Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles em 2012">Bob Dylan durante show em Byron Bay, Austrália(Torsten Blackwood/AFP/VEJA)" description="Bob Dylan durante show em Byron Bay, Austrália">Folk-rock na China: Bob Dylan (centro) fará shows no Ginásio dos Trabalhadores de Pequim e no Grand Stage de Xangai, nos dias 6 e 8 de abril(Kevin Winter/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan (centro)">Bob Dylan posa para foto em terraço, na cidade de Nova York, 1962(John Cohen/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan posa para foto em terraço, na cidade de Nova York, 1962">Bob Dylan posa para foto em terraço, na cidade de Nova York, 1962(John Cohen/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan posa para foto em terraço, na cidade de Nova York, 1962">Bob Dylan em Nova York, 1964(Douglas R. Gilbert/Redferns/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan em Nova York, 1964">Bob Dylan em livraria na cidade de Nova York, 1964(Douglas R. Gilbert/Redferns/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan em livraria na cidade de Nova York, 1964">Bob Dylan no quintal de sua casa na cidade de Nova York, 1964(Douglas R. Gilbert/Redferns/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan no quintal de sua casa na cidade de Nova York, 1964">Bob Dylan se apresenta em Rhode Island, Estados Unidos, 1964(Douglas R. Gilbert/Redferns/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan se apresenta em Rhode Island, Estados Unidos, 1964">Bob Dylan participa de coletiva de imprensa em Los Angeles, Estados Unidos, 1965(Michael Ochs Archives/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan participa de coletiva de imprensa em Los Angeles, Estados Unidos, 1965">Bob Dylan se apresenta em Nova York, 1966(Alice Ochs/Michael Ochs Archives/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan se apresenta em Nova York, 1966">Bob Dylan se apresenta na Suécia, 1966(Jan Persson/Redferns/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan se apresenta na Suécia, 1966">Bob Dylan em Copenhage, Dinamarca, 1966(Jan Persson/Redferns/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan em Copenhage, Dinamarca, 1966">Bob Dylan na década de 1970(Michael Ochs Archives/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan na década de 1970">Bob Dylan com a namorada Suze Rotolo na década de 1970(Michael Ochs Archives/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan com a namorada Suze Rotolo na década de 1970">Bob Dylan na década de 1970(Michael Ochs Archives/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan na década de 1970">Bob Dylan na década de 1970(Michael Ochs Archives/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan na década de 1970">Bob Dylan se apresenta na década de 1970(Michael Ochs Archives/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan se apresenta na década de 1970">Bob Dylan na década de 1970(Michael Ochs Archives/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan na década de 1970">Bob Dylan na década de 1970(Michael Ochs Archives/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan na década de 1970">Bob Dylan se apresenta na cidade de Atlanta, Estados Unidos, 1974(R. Diamond/Wirelmage/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan se apresenta na cidade de Atlanta, Estados Unidos, 1974">Bob Dylan se apresenta em Nova York, 1974(David Redfern/Redferns/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan se apresenta em Nova York, 1974">Bob Dylan se apresenta em Oakland, Califórnia, 1978(Ed Perlstein/Redferns/Getty Images/VEJA)" description="Bob Dylan se apresenta em Oakland, Califórnia, 1978">Bob Dylan e Mick Jagger durante show dos Rolling Stones, no Estádio do Morumbi, em 1998. Em 2006, os Stones fizeram um show grátis nas areias de Copacabana.(veja.com/Estadão Conteúdo)" description="Bob Dylan e Mick Jagger durante show dos Rolling Stones, no Estádio do Morumbi, em 1998. Em 2006, os Stones fizeram um show grátis nas areias de Copacabana.">

Bob Dylan, como era de se esperar, não compareceu à cerimônia de entrega do Prêmio Nobel (a cantora e compositora Patti Smith foi em seu lugar, e premiou o público presente com uma belíssima versão de A Hard Rain’s A-Gonna Fall). Em compensação, o bardo de Minnessota enviou um texto, lido por Azita Raji, embaixadora dos Estados Unidos na Suécia, na qual confessou seu agradecimento e perplexidade ao receber o prêmio na categoria Literatura. Dylan, aliás, colocou um pouco mais de luz sobre a questão de um compositor e poeta ganhar algo nessa magnitude. “Nunca imaginei que um dia seria agraciado com um prêmio dessa estatura. De fato, ninguém da minha geração (ele nasceu em 43) foi considerado suficientemente bom para ser agraciado com um Nobel.” O compositor de Blowin’ in the Wind ressaltou que desde pequeno “lia e absorvia” obras de escritores como Thomas Mann, Rudyard Kipling, Bernard Shaw, Albert Camus e Ernest Hemningway. “Não tenho palavras para definir a união de meu nome ao dessas pessoas.”

Em sua nota de agradecimento, o compositor chegou a fazer uma irônica comparação com William Shakespeare (1564-1616) que também tinha problemas mundanos para resolver – “onde é que eu vou arrumar um crânio humano?”, teria se perguntado – antes de se preocupar se o que fazia era arte ou entretenimento. “Nunca tive tempo para me perguntar se minhas canções eram letras de música ou literatura”, justificou-se Dylan. Para ele, sua maior preocupação sempre foram os músicos e os estúdios adequados para as suas canções e se as mesmas seriam cantadas na nota certa (nota do tradutor: nessa questão, Bob, você exagerou). “Certas coisas nunca mudam depois de 400 anos.”

Horas antes do banquete da premiação, Horace Engdhal, membro da Academia Sueca, justificou a escolha de Bob Dylan para o prêmio de Literatura. “Ele dedicou seu corpo e alma à música americana do século XX, do tipo que tocou em estações de rádio e toca-discos para pessoas comuns, brancas e negras: canções de protesto, country, blues, rock tradicional, gospel e música mainstream.” Engdahl completou. “Eu o coloco ao lado dos bardos gregos, de Ovídio, ao lado dos românticos, dos reis e rainhas do blues, ao lado dos esquecidos autores do nosso cancioneiro.”

(Com agência EFE)

 


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Explosão em catedral cristã copta do Cairo mata ao menos 25

Posted: 11 Dec 2016 05:26 AM PST

Uma explosão dentro da catedral cristã copta do Cairo matou ao menos 25 pessoas, a maior parte mulheres, e feriu 49, de acordo com a televisão estatal do Egito. Ao menos seis crianças estão entre os mortos. Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade, contudo, alguns apoiadores do Estado Islâmico comemoraram o ataque em mídias sociais.

“Deus é grande”, escreveu um deles no aplicativo de mensagens Telegram. “Deus abençoe a pessoa que realizou esse ato abençoado”, escreveu outro, também no Telegram.

Um dispositivo contendo cerca de 12 quilos do explosivo TNT foi detonado do lado das mulheres da catedral, afirmaram as fontes de segurança.

“Assim que o padre chamou para nos prepararmos para as preces, a explosão ocorreu”, disse Emad Shoukry, que estava dentro da catedral quando o atentado aconteceu. “A explosão sacudiu o lugar… A poeira cobriu o hall e eu estava procurando a porta, embora não conseguisse ver nada… Consegui sair em meio a gritos e havia muitas pessoas atiradas no chão”, disse.

(Com agência Reuters)


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Doença da mancha branca ameaça – e encarece – produção de camarão

Posted: 11 Dec 2016 05:02 AM PST

Edição desta semana de VEJA explica a grave crise que afeta a produção de camarão no Brasil e eleva ainda mais o preço do crustáceo. O problema é causado principalmente pela doença da mancha branca, um vírus que mata os animais em questão de dias e deve provocar uma queda de 25% na produção nos viveiros do país: de 76 000 toneladas em 2015 para 56 000 toneladas em 2016. Mas o conhecido protecionismo econômico também é um fator, ao dificultar a importação que poderia amenizar esse desequilíbrio.

“Cheguei a perder toda a produção mensal em uma das minhas principais fazendas”, conta Cristiano Peixoto Maia, o maior produtor do país, dono da Fazenda Potiporã e vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão. “Produzia 200 000 quilos por mês e, em novembro, só consegui 20 000 quilos.”

O reflexo disso está, obviamente, nos preços – e quem mais pena é o consumidor final. O quilo do camarão vendido ao consumidor subiu mais de 20% no último ano em diferentes capitais, segundo dados do IBGE. Mas, para os restaurantes, os custos são ainda maiores. “Pagávamos 40 reais pelo quilo do camarão há um ano no atacado. Na última compra, o quilo custou quase 70 reais. Isso dá um aumento de 75%”, diz Ronald Aguiar, sócio da rede de restaurantes Coco Bambu, especializada em frutos do mar.

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Lava Jato: Ex-executivo liga apelidos a Aécio e Kassab

Posted: 11 Dec 2016 04:56 AM PST

O cruzamento das informações da proposta de delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho com as planilhas angariadas pela Operação Lava Jato na investigação contra a empresa sugerem pagamento de 15 milhões de reais para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e ao menos 2,5 milhões de reais para o ministro de Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD-SP). De acordo com o anexo encaminhado pelo ex-executivo à Procuradoria-Geral da República, “segundo informado pela empresa”, Aécio seria identificado no sistema interno de pagamentos indevidos como “Mineirinho” e Kassab como “Kafta”.

No pedido de busca e apreensão da Polícia Federal da 26ª fase da Lava Jato, a Xepa, Mineirinho é apontado como destinatário de 15 milhões de reais entre 7 de outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas, registradas nas planilhas da secretária Maria Lúcia Tavares, do Setor de Operações Estruturadas – conhecido como o “departamento de propina” da Odebrecht – teriam sido feitas em Belo Horizonte, capital mineira.

A quantia foi solicitada pelo diretor superintendente da Odebrecht Infraestrutura para Minas Gerais, Espírito Santo e Região Norte, Sérgio Neves, a Maria Lúcia, que fez delação e admitiu operar a “contabilidade paralela” da empresa a mando de seus superiores. O pedido foi intermediado por Fernando Migliaccio, ex-executivo da empreiteira que fazia o contato com Maria Lúcia e que foi preso na Suíça.

Segundo Melo Filho, Aécio ainda teria intermediado um pagamento de 1 milhão de reais para o senador José Agripino Maia (DEM), que ganhou os apelidos de “gripado” e “pino”.

Kassab – O codinome “Kafta” consta em relatório da Polícia Federal referente à 23ª fase da Lava Jato, batizada de Acarajé. Em planilha encontrada nesta fase, há registro de cinco pagamentos ao codinome “Kafta”, de 500.000 reais cada, dois registrados no mês de outubro de 2014 e três em novembro de 2014.

A assessoria de imprensa do PSDB mineiro afirmou que 15 milhões de reais foi o total doado pela Odebrecht à campanha do PSDB em 2014, que o valor foi registrado no TSE e que Aécio desconhece supostas citações em planilhas da empresa. A assessoria de Kassab não se manifestou até a conclusão desta edição. Agripino Maia afirmou que a delação de Melo Filho não provoca efeitos negativos para ele ou para o partido e que a doação ocorreu de forma voluntária.

(Com Estadão Conteúdo)


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Atentado mata 38 pessoas em explosões em Istambul

Posted: 11 Dec 2016 04:18 AM PST

Ataque terrorista em Instambul, na Turquia(Murad Sezer/Reuters)" description="">Ataque terrorista em Instambul, na Turquia(Kurtulus Ari/Getty Images)" description="">Ataque terrorista em Instambul, na Turquia(Ozan Kose/AFP)" description="">Ataque terrorista em Instambul, na Turquia(Murad Sezer/Reuters)" description="">Ataque terrorista em Instambul, na Turquia(Murad Sezer/Reuters)" description="">Ataque terrorista em Instambul, na Turquia(Murad Sezer/Reuters)" description="">

A Turquia declarou um dia oficial de luto neste domingo, após duas explosões terem matado 38 pessoas e ferido 155 perto do estádio de futebol Besiktas, em Istambul.

Os ataques, que ocorreram no sábado à noite, tinham como alvo policiais, sendo que 30 das vítimas são da corporação, além de sete civis e uma pessoa não identificada, de acordo com informações do ministro do Interior, Suleyman Soylu. Ele afirmou que 13 pessoas foram presas em conexão com o que o chamou de “ataque terrorista”.

Uma ramificação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicou a responsabilidade pelo atentado. Em uma declaração em seu site, o grupo Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK) disse que realizou os ataques. O TAK assumiu a responsabilidade por outros ataques mortais na Turquia este ano.

O ministro do Interior, Suleyman Soylu, e outras autoridades, prometeram vingança contra os autores do atentado. O PKK realiza uma insurgência de três décadas, principalmente no sudeste turco em grande parte curdo.

Soylu divulgou que 136 pessoas permanecem hospitalizadas após os ataques, incluindo 14 que estão na UTI.

A primeira e maior explosão ocorreu cerca de 19h30, após o time Besiktas ganhar a partida de futebol do Bursaspor. Segundo Erdogan, o momento do ataque tinha o objetivo de maximizar as mortes.

Entretanto, o número de mortes não foi tão extenso porque a maioria das pessoas já havia deixado o estádio quando ocorreram as explosões. Segundo testemunhas, também foram escutados tiros no momento.

De acordo com Soylu, a primeira explosão foi causado por um veículo que passou e foi detonado em uma área na qual estavam concentrados policiais, na saída do estádio.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)


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O que é real e o que é ficção em séries históricas como The Crown

Posted: 11 Dec 2016 03:51 AM PST

Em visita oficial à então colônia inglesa do Quênia, em 1952, a futura rainha Elizabeth II (Claire Foy) tem um princípio de crise existencial. Durante a agenda excruciante de compromissos ao lado do marido, o indócil Philip (Matt Smith), ela se vê dividida entre o desejo de ser uma mulher comum devotada ao casamento e o peso das obrigações institucionais que a aguardam (das quais a turnê africana é só um leve aperitivo). Em uma cena carregada de tensão da série The Crown, Elizabeth surge redigindo uma carta ao pai — fica no ar a sugestão de que queria comunicar a George VI seu desejo de abdicar precocemente do trono. Mas, enquanto rabisca suas linhas nervosas, chega a notícia: o rei está morto. O que torna o conteúdo da carta inócuo: a partir daquele instante, o destino já a transformara na rainha de fato da Inglaterra. O crescendo dramático é tão arrepiante que o espectador é levado a pensar: será que é tudo só história, no sentido de lorota mesmo? Ou seria História de verdade, com H maiúsculo?

A deslumbrante The Crown suscita, enfim, o mesmo tipo de dúvida que se forma na cabeça das pessoas toda vez que uma novidade se soma à sincrética categoria das "séries históricas". Hoje, o rótulo revela-se tão popular que tem direito a seu cantinho no catálogo de títulos da Netflix — empresa que produziu o drama sobre os primeiros anos do reinado de Elizabeth II, ao custo de 156 milhões de dólares. Se a literatura e o cinema sempre se valeram do passado como matéria-pri­ma, as modernas séries de TV, dados seu fôlego e ambição criativa, podem ir mais longe: eventos e personagens históricos são explorados até as mais obscuras minúcias.

Diante da profusão da oferta, o desafio de desvendar quanto se aprende (ou se desaprende) sobre história causa uma aflição legítima (confira exemplos ao longo da reportagem). Pena que as respostas para ela nem sempre sejam peremptórias. Uma conhecida piada ironiza a possibilidade de aprender história medieval em Game of Thrones — fantasia com dragões e feiticeiros. Mas não é que, com alguma boa vontade, se encontram referências de teor histórico até na saga sem lastro concreto na realidade? Só uma pílula: a muralha fantástica de que fala a série da HBO se inspira em um similar real, o muro construído na Inglaterra pelo imperador romano Adriano (76-138 d.C.) para proteger a civilização dos bárbaros do norte.

Enquanto Game of Thrones se assume ostensivamente como fantasia, muitas séries adentram um terreno híbrido e capcioso: não têm pudor em misturar a ficção mais desbragada com a história de verdade — mas sem muito compromisso com, bem, a verdade. É o caso de Marco Polo, série de aventura da Netflix que transforma o viajante italiano do século XIII, sobre o qual pouco se sabe com segurança, em um Indiana Jones d'an­ta­nho. Ou da inacreditável Outlander, trama do canal Starz exibida no Brasil pela Fox Action. Baseada nos livros da americana Diana Gabaldon, mistura magia, romance açucarado e autoajuda feminista com lances de um complicado conflito real: a chamada revolta jacobita, na Escócia do século XVIII. Resumindo: no afã de simplificar e entreter, Marco Polo abusa do invencionismo e Outlander acaba pirando na maionese.

Em contraste com essa descarada liberdade, há as séries que fazem por merecer o epíteto de "históricas". Produções da HBO como Roma, exibida entre 2005 e 2007 e que recriou com naturalismo o cotidiano do tempo dos césares, e John Adams, minissérie de 2008 que resgata a biografia do segundo presidente dos Estados Unidos, que governou de 1797 a 1801, são exemplos de rigor histórico. Aí se inclui também a primeira temporada de The Crown. Como provou no filme de 2006 A Rainha, seu criador Peter Morgan é um especialista entusiasmado no reinado de Elizabeth II. Se isso não fosse por si garantia de resultado criterioso, há mais: o fato de a série falar de personagens ainda vivos — inclusive a própria rainha e seu marido, hoje aos 90 e 95 anos — exigiu atenção obsessiva para que não se pisasse na bola em detalhes (embora a proximidade temporal com os fatos tenha, como contrapartida, conferido reverência talvez excessiva sobre a personagem).

No atacado, pode-se dizer que as cenas que parecem mais absurdas em The Crown são as de que menos se deve desconfiar. Sim, o primeiro-ministro Winston Churchill era mesmo uma figura alquebrada em seu segundo mandato, iniciado perto dos 80 anos — e pedia a suas secretárias que lessem jornais e documentos para ele enquanto gastava horas numa banheira. No que diz respeito àquela pergunta lançada no início da reportagem, acertou quem apostou na segunda opção: Elizabeth II estava realmente escrevendo para o pai no Quênia no momento em que soube de sua morte (não se conhece o conteúdo da carta). O affair de sua irmã, a princesa Margaret (Vanessa Kirby), com o oficial Peter Townsend (Ben Miles) se desenrolou de forma bem próxima da contada na série. Se houve licença poética, foi na manutenção de um equívoco histórico corrigido recentemente — um equívoco, porém, que ajuda a compor Margaret como personagem romântica: ela é retratada como uma mulher apaixonada até o fim. Mas uma carta escrita pela princesa descoberta em 2009 mostra que ela tinha dúvidas se queria mesmo se casar com um plebeu divorciado, o que causava escândalo à época (ah, como caiu na real a realeza inglesa de lá para cá!).

O desafio de separar fato de ficção é que, entre as patacoadas assumidas e as produções rigorosas, uma penca de títulos ocupa uma zona cinzenta. Tome-se as já encerradas Os Tudors ou Os Bórgias. Ambas se anunciam como dramatizações de personagens e períodos célebres — uma trata da corte de Henrique VIII na Inglaterra do século XVI, a outra aborda a ascensão do clã de origem espanhola no Vaticano, no século XV. Apesar da pompa, Os Tudors era uma chanchada. Os Bórgias não vai além da caricatura. Em outra ponta há uma série como Vikings, do History Channel, sobre a invasão da Europa por essas tribos nórdicas na Idade Média. Seu herói é um guerreiro mítico. Mas a maneira razoavelmente honesta como se reconstituem a cultura e o modo de vida dos vikings é instrutiva.

Daí se conclui: o que faz uma série ser fiel à história é sua capacidade de apreender a essência de um período ou personagem. The Crown toma liberdades — faz o Grande Nevoeiro de 1952 em Londres parecer um filme-catástrofe e adapta datas em nome da fluência. Mas é um retrato verdadeiro da transformação de Elizabeth II, de moça frágil a símbolo de uma coroa antiga de séculos. Conseguiu oferecer leveza sem abdicar do peso da história.

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‘Sinto ele no abraço’, diz mãe do goleiro Danilo, da Chapecoense

Posted: 11 Dec 2016 03:25 AM PST

Muita gente se confundiu com meu nome. É Ilaídes mesmo, com "i" no começo e "s" no final. Meu pai era analfabeto, e brinco que o escrivão também era. Nem precisava ter o "s", porque não sou duas, nem três. Sou uma só. Venho de uma família de treze irmãos, na qual sou a caçula. Me casei com 19 anos e esperei quase três para conceber o Danilo, o primeiro de meus dois filhos. Ele tem uma irmã. Quando fiquei grávida, foi uma alegria muito grande porque meu marido gosta muito de criança. Da mesma forma que meu filho abraçava as crianças, como todo mundo viu por aí na televisão, meu marido também. E ele queria muito ter filhos. Quando Danilo nasceu, foi uma festa em casa.

Eu não sou assim de me apegar muito a religião, não. Me apego mais ao espiritual mesmo. Mas tive de pedir a Nossa Senhora que me ajudasse quando soube da tragédia: "Vamos, me dê forças para ficar em pé. Na segunda-feira, depois do enterro, pode até me deixar cair. Hoje, não. Até terminar, não". Quero ficar em pé porque meu filho foi grande. Foi lutador. Foi herói. Ele vai virar um mito. Nossa Senhora, então, me enviou meus novos filhos. Meus 200 milhões de filhos, que me ajudaram. As pessoas me seguraram. O que me deixou mais forte foi saber da grandeza do meu filho. Eu sabia do seu coração puro, do menino trabalhador que batalhou uma vida inteira. Eu sabia disso. Mas, de sua grandeza, só soube quando pisei na Arena Condá, nos jogos. Lá elas o aplaudiam de pé. Era ovacionado. Gritavam "Danilo! Danilo!" a cada defesa que fazia. Falaram que eu fui grande, que fui forte, que fui guerreira. E Deus não pode me abandonar agora. Ele vai ficar aqui e renovar o contrato que tem comigo. Preciso que ele me dê forças, pois a minha luta nem começou. Ainda não deitei na cama nem parei para lembrar do rosto do meu filho como nas fotos. Não tem uma foto em que ele não esteja sorrindo.

Todo mundo viu na TV o que aprontei num momento de desespero, de angústia (quando ela própria consolou o repórter que a entrevistava na Arena Condá). O repórter apareceu e me pediu uma entrevista. Falei que sim, mas não ouvi que seria ao vivo. Já tinham me perguntado tanto como estava me sentindo, mas eu não sabia a resposta. Estava sem chão, sem nada. Dei a entrevista e aconteceu o abraço que o mundo viu. A tristeza dentro daquela arena era geral. Olhava o rosto dos repórteres e não tinha nenhum sorriso. A torcida perdeu todos os seus ídolos. Também perdemos o pessoal da imprensa. Eu havia perdido só o Danilo. Pensei: "Não posso pensar só na minha dor, posso?".

Quando dou um abraço, sinto o coração da pessoa no meu, e some tudo o que é ruim. Tem hora que vêm uns meninos me abraçar e parece que estou vendo o meu filho me abraçando. Sinto ele no abraço. Quando você não tem o que falar, não fala nada, só abraça. O abraço, para mim, significa a substituição da palavra. Me dá o aconchego no coração. No abraço, eu sinto a presença do meu filho amado, que perdi naquele acidente maldito. É ali que eu encontro forças. E eu abracei toda a torcida da Chapecoense. As mães de Chapecó vivem um desespero muito grande. "Dona Ilaídes, a senhora agora é a nossa mãe. Meu filho está chorando sem parar. Ele quer o Danilo de volta", dizem. O que eu vou responder para essa mãe? Ela quer ouvir uma palavra de carinho, de amor, de mãe. Meu filho nunca negou uma entrevista. Nunca deixou de dar um abraço. Não seria eu que iria estragar isso. Está doendo? Está. Mas vou atender um por um, na medida do possível. Quem ligar, quem chegar na frente da minha casa. Eu não quero que ninguém que esteja dentro da minha casa maltrate quem vier em busca de uma entrevista, ou em busca de um abraço.

Depoimento colhido por Alexandre Senechal

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Exército diz que ‘malucos’ apoiam intervenção

Posted: 11 Dec 2016 03:12 AM PST

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, diz que há “chance zero” de setores das Forças Armadas, principalmente da ativa, mas também da reserva, se encantarem com a volta dos militares ao poder. Admite, porém, que há “tresloucados” ou “malucos” civis que, vira e mexe, batem à sua porta cobrando intervenção no caos político.

“Esses tresloucados, esses malucos vêm procurar a gente aqui e perguntam: “Até quando as Forças Armadas vão deixar o País afundando? Cadê a responsabilidade das Forças Armadas?” E o que ele responde? “Eu respondo com o artigo 142 da Constituição. Está tudo ali. Ponto”.

Pelo artigo 142, “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”

O que o general chama hoje de “tresloucados” corresponde a uma versão atualizada das “vivandeiras alvoroçadas” que, segundo o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente do regime militar, batiam às portas dos quartéis provocando “extravagâncias do Poder militar”, ou praticamente exigindo o golpe de 1964, que seria temporário e acabou submetendo o País a 21 anos de ditadura. “Nós aprendemos a lição. Estamos escaldados”, diz agora o comandante do Exército.

Ele relata que se reuniu com o presidente Michel Temer e com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e avisou que a tropa vive dentro da tranquilidade e que a reserva, sempre mais arisca, mais audaciosa, “até o momento está bem, sob controle”. De fato, a crise política, econômica e ética atinge proporções raramente vistas, mas os militares da ativa estão mudos e os da reserva têm sido discretos, cautelosos.

“Eu avisei (ao presidente e ao ministro) que é preciso cuidado, porque essas coisas são como uma panela de pressão. Às vezes, basta um tresloucado desses tomar uma atitude insana para desencadear uma reação em cadeia”, relatou o general Villas Bôas, lembrando que há temas mais prosaicos do que a crise, mas com igual potencial de esquentar a panela, como os soldos e a Previdência dos militares.

Na sua opinião, Temer “talvez por ser professor de Direito Constitucional, demonstra um respeito às instituições de Estado que os governos anteriores não tinham. A ex-presidente Dilma (Rousseff), por exemplo, tinha apreço pelo trabalho das pessoas da instituição, mas é diferente”.

Em sua primeira manifestação pública sobre a crise política do País, o comandante do Exército admitiu que teme, sim, “a instabilidade”. Indagado sobre o que ele considerava “instabilidade” neste momento, respondeu: “Quando falo de instabilidade, estou pensando no efeito na segurança pública, que é o que, pela Constituição, pode nos envolver diretamente”.

Aliás, já envolve, porque “o índice de criminalidade é absurdo” e vários Estados estão em situação econômica gravíssima, como Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais. Uma das consequências diretas é a violência.

Ao falar sobre a tensão entre o Judiciário e o Legislativo, depois que o ministro Marco Aurélio Mello afastou o senador Renan Calheiros da presidência do Senado por uma liminar e Renan não acatou a ordem judicial, o comandante do Exército admitiu: “Me preocupam as crises entre Poderes, claro, mas eles flutuam, vão se ajustando”.

O general disse que se surpreendeu ao ver, pela televisão, que um grupo de pessoas havia invadido o plenário da Câmara pedindo a volta dos militares. “Eu olhei bem as gravações, mas não conheço nenhuma daquelas pessoas”, disse, contando que telefonou para o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) para se informar melhor e ouviu dele: “Eu não tenho nada a ver com isso”.

Bolsonaro, um capitão da reserva do Exército que migrou para a vida política e elegeu-se deputado federal, é uma espécie de ponta de lança da direita no Congresso e não apenas capitaneia a defesa de projetos caros às Forças Armadas, como tenta verbalizar suas dúvidas, angústias e posições e se coloca como potencial candidato à Presidência em 2018.

“No que me diz respeito, o Bolsonaro tem um perfil parlamentar identificado com a defesa das Forças Armadas”, diz o general, tomando cuidado com as palavras e tentando demonstrar uma certa distância diplomática do deputado.

É viável uma candidatura dele a presidente da República em 2018, como muitos imaginam? A resposta do general não é direta, mas diz muito: “Bolsonaro, a exemplo do (Donald) Trump, fala e se comporta contra essa exacerbação sem sentido do tal politicamente correto”.

(Com Estadão Conteúdo)


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Popularidade de Temer cai: 51% desaprovam o governo

Posted: 11 Dec 2016 02:53 AM PST

A popularidade do presidente Michel Temer despencou nos últimos meses. Segundo pesquisa da Datafolha, 51% dos brasileiros consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima. Em julho, o número era 31%. Os que consideram o governo regular caiu para 34% contra 42% em julho.

A população apontou que considera Temer falso (65%), inteligente (63%), defensor dos mais ricos (75%) e desonesto (58%). Metade dos ouvidos também apontam o presidente como autoritário.

O pessimismo em relação ao país também foi alto. Para os brasileiros, 66% acredita que a inflação vai aumentar, e 67% aposta no crescimento do desemprego – atualmente, 11,8% da população não tem emprego, porcentagem que representa 12 milhões de pessoas. Apenas 9% acredita que o quadro econômico apresentou uma melhora.

Assim como a última pesquisa, de julho, 63% pede pela renúncia do presidente para que um novo mandatário seja eleito pelo voto direto.

Na comparação com Dilma, a gestão Temer é considerada pior por 40% da população, igual para 34% e melhor para 21%.

A pesquisa foi feita entre 7 e 8 de dezembro, datas em que o presidente ainda não tinha sido citado nas delações da Odebrecht. Foram ouvidas 2.828 pessoas com mais de 16 anos.


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Atentado mata 38 pessoas na Turquia

Posted: 10 Dec 2016 05:01 PM PST

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Neto não sabe de tragédia e pergunta sobre jogo contra Atlético

Posted: 10 Dec 2016 04:48 PM PST

O zagueiro Neto não se lembra do acidente aéreo que vitimou a maior parte da delegação da Chapecoense, no dia 29 de novembro, nos arredores da cidade colombiana de Medellín. Segundo informações da TV Globo, o jogador perguntou aos médicos como foi a partida contra o Atlético Nacional e por que estava tão ferido.

Carlos Mendonça, um dos médicos da Chapecoense, afirmou que por enquanto Neto não saberá a verdade devido ao seu delicado estado de saúde. “Há uma recomendação da psicóloga para não dizermos de modo evitar um choque emocional ao paciente. Isso seria seria prejudicial para a sua recuperação clínica, disse Mendonça.

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Médico detalha condição crítica dos sobreviventes

O zagueiro é o sobrevivente que mais necessita de cuidados médicos. Também estão em recuperação os jogadores Alan Ruschel e Jackson Follmann, o jornalista Rafael Henzel e os tripulantes Erwin Tumiri e Ximena Suárez.

Neto saiu do coma induzido e já respira sem a ajuda de aparelhos. Ele ficou com a ventilação mecânica por nove dias devido a uma infecção pulmonar.

“As próximas 48 horas serão importantes. Ele está há nove dias dependendo do ventilador. O pulmão precisa aprender a respirar sozinho, pois está desarmado. Ele evoluiu bem”, afirmou Mendonça.

Setenta e uma pessoas morreram no acidente, entre elas 19 jogadores e 24 membros da delegação catarinense.

Com Gazeta Press


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A decisão de Selena Gomez alerta: as redes sociais são nocivas?

Posted: 10 Dec 2016 02:41 PM PST

Em agosto, a cantora Selena Gomez decidiu dar um tempo das redes sociais, especificamente do Instagram. O acontecimento veio no momento em que a jovem interrompeu sua carreira para cuidar da saúde. Selena estava sofrendo de ansiedade e depressão, como efeitos colaterais do lúpus, doença autoimune sem cura onde o sistema imunológico passa a atacar seus próprios tecidos.

Na mesma época, o cantor Justin Bieber, que também é ex-namorado de Selena, abandonou a rede social após uma discussão com a ex. E, durante um show realizado terça-feira ele afirmou que não quer voltar ao Instagram e que a rede social “é coisa do demônio”. 

Ao contrário de Justin, Selena voltou à rede social. Mas afirmou que não quer ver os corpos dos fãs no Instagram. “Eu quero ver o que está aqui dentro (no coração). Eu não estou tentando conseguir validação, e nem preciso mais disso.”, disse durante o American Music Awards (Ama) onde levou o prêmio de Melhor Artista Pop.  Mesmo com o “sumiço” de 14 semanas, a cantora é a pessoa mais seguida do mundo na rede social, com 103 milhões de seguidores no Instagram, além de ser dona da foto mais curtida, com 5,9 milhões de likes.

Selena e Justin fazem parte de uma geração que cresceu com a internet e com as redes sociais. O cantor, inclusive, foi descoberto após ter um vídeo seu cantando divulgado no YouTube. Mas, até que ponto essa super exposição se torna um problema? Quando é realmente necessário tomar a drástica decisão de sair da rede social?

Para a psicoterapeuta Aline Gomes, a nova geração – caso de Justin e Selena – é criadora e cobaia desse novo estilo de vida de super exposição em redes sociais.“Ao tirar fotos legais, em lugares legais, de comidas gostosas, as pessoas ganham muitos likes e ficam felizes. Por outro lado, quando há um acontecimento negativo [como na briga entre Selena e Bieber no Instagram] o alcance e a repercussão disso também é muito maior e isso pode gerar cobranças e uma superexposição desnecessária que traz prejuízos psicológicos para a pessoa”, diz Aline.

Como tudo isso ainda é muito novo, segundo a psicoterapeuta, ainda vai demorar um tempo para que se descubra de fato todos os “efeitos colaterais” das redes sociais. No entanto, para Aline não é preciso ser radical. A não ser em casos extremos, como no de Selena.

“Ela [Selena] mostrou aos jovens que o uso exagerada do Instagram também tem o lado ruim e que é possível e inclusive pode ser benéfico viver sem isso, mesmo que só por um tempo. Mas, como tudo na vida, o segredo é o equilíbrio.”, afirma.

Atualmente é muito difícil as pessoas se desconectarem. Mesmo em durante as refeições e em encontros com a família ou os amigos não é raro vermos cada um mexendo no seu smartphone e vivendo em seu próprio mundo em vez de interagir pessoalmente ou aproveitar o momento.

“Mesmo quem não tem o costume de publicar muito, fica fuçando e controlando a vida dos outros. Ir a um restaurante e se desligar, conversar com as pessoas que estão ali, aproveitar e saborear a refeição sem a interferência de um celular faz muito bem”, diz Aline.


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Médicos descartam ampliar amputação de perna de Jackson Follmann

Posted: 10 Dec 2016 01:35 PM PST

Após o anúncio da transferência do jornalista Rafael Henzel da Unidade de Terapia Semi-Intensiva para o quarto do hospital, neste sábado, os médicos do Hospital San Vicente Fundación divulgaram mais uma boa notícia sobre os sobreviventes da tragédia aérea com o vôo da Chapecoense na Colômbia: não será necessário ampliar a amputação da perna direita de Jackson Follmann.

De acordo com a comissão médica, a partir de domingo os pacientes começam a ser preparados para o retorno ao Brasil, mas o melhor quadro de momento não significa a prioridade no transporte. A volta ao país será feita de acordo com a particularidade de cada aeronave disponibilizada.

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'Minha vida vale mais do que uma perna'

No início do dia, Henzel apresentou boa evolução e foi levado para o quarto. Segundo os responsáveis, ele respira sem cateter nasal ou suporte de oxigênio. Agora o jornalista precisa ser submetido a uma tomografia de tórax para assegurar a viabilidade do transporte de volta ao Brasil.

Já Follmann foi submetido a uma revisão cirúrgica na sexta-feira e os médicos descartaram uma ampliação da perna, pois a área não apresentou sinais de infecção. Por enquanto, o goleiro permanece com curativos, sob intensa observação nas próximas horas.

Se na sexta-feira foi identificada a bactéria causadora da infecção urinaria no lateral Alan Ruschel, neste sábado os médicos informaram que o problema está sendo tratado com antibióticos. Agora a equipe estuda a logística para o transporte do atleta a Chapecó nos próximos dias.

Com Estadão Conteúdo


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Google e Cuba assinarão acordo para melhorar acesso à internet

Posted: 10 Dec 2016 01:00 PM PST

O Google e a Empresa Estatal de Telecomunicações de Cuba (Etecsa) assinarão na próxima segunda-feira um acordo que melhorará o acesso à internet na ilha, um dos países do mundo com taxas mais baixas de conectividade, confirmaram neste sábado fontes oficiais cubanas.

O convênio possibilitará o acesso do país caribenho a uma rede de servidores chamada Google Global Cache, que armazena conteúdo de produtos populares e de uso amplo como Gmail e YouTube, segundo informam alguns veículos de comunicação especializados dos Estados Unidos.

Este anúncio acontece uma semana depois da visita de Ben Rhodes, assessor de Segurança do presidente dos EUA, Barack Obama, a Havana para participar dos atos de homenagem ao falecido líder cubano Fidel Castro, ocasião que aproveitou para reunir-se com autoridades cubanas sobre a normalização de relações.

Por ocasião dessa visita foi divulgado que importantes empresas americanas como Google, General Electric e as companhias de cruzeiros Royal Caribbean e Norwegian estavam prestes a assinar convênios com Cuba.

Nesta semana já se confirmou que essas duas linhas de cruzeiros tinham recebido o sinal verde de Cuba para realizar viagens dos Estados Unidos para a ilha a partir de 2017, uma rota que foi reaberta no último dia 1º de maio pela companhia Carnival.

Desde que, em dezembro de 2014, Cuba e EUA iniciaram um processo de “degelo” em suas relações, a Etecsa assinou acordos de conexão direta para chamadas de voz entre ambos países com empresas como IDT Domestic Telecom, Sprint, Verizon e mais recentemente com AT&T, no último mês de agosto.

Os EUA expressaram em várias ocasiões seu interesse em que se abra o acesso à internet em Cuba, atualmente situada entre os países com uma das taxas de conectividade mais baixas do mundo.

O convênio do Google com a ilha foi mencionado por Obama em março deste ano, quando em entrevista disse que anunciaria durante sua viagem a Havana um pacto do gigante tecnológico com a ilha, para estabelecer mais acesso wi-fi e de banda larga, “necessário para que Cuba entre no século XXI economicamente”.

No próprio mês de março, o Google abriu seu primeiro centro tecnológico em Cuba, situado no estúdio do artista plástico Alexis Leyva “Kcho” em Havana, onde se oferece acesso gratuito a uma conexão muito mais veloz que no resto do país e é possível utilizar produtos de última geração da companhia.

Em Cuba o acesso à internet nos domicílios está proibido e só é possível para profissionais como jornalistas, advogados e acadêmicos com uma autorização governamental.

No entanto, desde julho de 2015, foram habilitadas por toda a ilha centenas de zonas wi-fi em locais públicos que cobram cerca de US$ 2 pela hora de conexão.

(Com EFE)

 


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Justiça reprova contas de campanha de ACM Neto

Posted: 10 Dec 2016 12:23 PM PST

As contas da campanha de reeleição do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA), foram reprovadas pela Justiça Eleitoral baiana. Em sentença da última quarta-feira, dia 7, o juiz eleitoral Osvaldo Rosa Filho, da 6ª Zona Eleitoral de Salvador, citou irregularidades na prestação de contas sobre os gastos realizados com recursos do fundo partidário.

“Não é possível, com efeito, nem mesmo a aplicação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade para aprovar as contas, mesmo com ressalvas, porque consta no parecer dados que permitem aferir a relevância dos vícios no contexto das contas”, escreveu o juiz na sentença.

Rosa Filho determinou que, em função das irregularidades, em um prazo de cinco dias após a sentença o equivalente a R$ 370.184,01 sejam devolvidos aos cofres públicos.

ACM Neto foi reeleito prefeito de Salvador com 73,99% dos votos, superando a candidata Alice Portugal (PCdoB-BA), que obteve 14,56%.

Outro Lado

O coordenador da campanha de ACM Neto, Sílvio Pinheiro, informou que a defesa entrou com embargo de declaração para que o juiz ou o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia reveja a decisão.

Segundo ele, a campanha juntou ao processo os documentos que faltavam para a aprovação das contas. Pinheiro, que já foi secretário municipal de Salvador, afirmou que as últimas eleições serviram como laboratório de uma nova sistemática que aumentou o rigor dos órgãos de fiscalização ao mesmo tempo que diminuiu os prazos para a prestação das contas.

“Todas as receitas e as despesas foram contabilizados. Estamos tranquilos que a prestação será aprovada”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)


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