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- Delator cita caixa 2 para políticos do Rio, diz revista
- Janot vai pedir investigação de vazamento da delação
- Acumulada, Mega-Sena pode pagar R$ 25 milhões na próxima quarta (14)
- Justiça do DF condena ex-governador Agnelo
- Renan 'pediu expressamente' para ver se empresa poderia contribuir, diz delator
- Romero Jucá, o "resolvedor da República no Congresso", atuou para Odebrecht
- Delator da Odebrecht cita R$ 7 milhões para Cunha
- Delator cita Moreira Franco, o ‘Angorá’, em negócios de aeroportos
- Sem 'ingenuidade', governo aguardará os efeitos de delações
- Cabral vai ficar na PF de Curitiba, berço da Lava Jato
- PEC do teto de gastos vai para votação no Senado na terça-feira
- Temer repudia ‘falsas acusações’ de executivo da Odebrecht
- Renan e Maia teriam atuado por empreiteira
- Odebrecht cita vice-presidente do Senado em acordo de delação premiada
- Odebrecht pagou R$ 68 milhões a PMDB e outros partidos
- Defesa de petista afirma que acusação é 'devaneio'
- Temer diz que indicação 'será na hora certa'
- Planalto teme que delação da Odebrecht chegue ao TSE
Delator cita caixa 2 para políticos do Rio, diz revista Posted: 10 Dec 2016 05:20 PM PST ![]() Anexo revela que "a empresa desembolsou R$ 23,6 milhões em dinheiro à campanha de Pezão em 2014 FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO A proposta de delação do executivo Leandro Andrade Azevedo na qual cita pagamentos via caixa 2 da Odebrecht para as campanhas eleitorais de Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro, de Eduardo Paes prefeito em fim de mandato da Prefeitura do Rio de Janeiro, do senador Lidnbergh Farias e do ex-governador Anthony Garotinho e de sua esposa, Rosinha. É o que revela a coluna Radar On-line da revista Veja na edição deste sábado (10) Sobre a família Garotinho, diz o depoimento ao qual o repórter Gabriel Mascarenhas teve acesso, a construtora desembolsou um total de R$ 9,5 milhões em contribuições oficiais e repasses de caixa 2, entre 2008 e 2014. No caso do governador Pezão, o anexo revela que "a empresa desembolsou R$ 23,6 milhões em dinheiro e 800 mil euros, por transferência bancária no exterior, à campanha de Pezão em 2014." Segundo a revista, o delator contou que os valores foram entregues "ao publicitário Renato Pereira, dono da agência de publicidade Prole, contratada pela campanha." "Os pagamentos foram realizados com recursos de Caixa 2, mediante entregas de dinheiro em espécie, tal qual determinado por Hudson Braga, diretamente para Renato Pereira no escritório da agência[…], na Urca", detalha a revista. Apontado como 'nervosinho', o prefeito Eduardo Paes teria recebido via caixa 2 da campanha R$ 11,6 milhões e US$ 5,7 milhões, não declarados. O petista Lindbergh Farias, chamado de 'feio', diz a revista, teria recebido R$ 3,2 milhões em caixa 2 para suas campanha ao Senado, em 2010, e à prefeitura de Nova Iguaçu, em 2008. |
Janot vai pedir investigação de vazamento da delação Posted: 10 Dec 2016 04:24 PM PST Janot: "Vazamento é ilegal e prejudica a investigação" Geraldo Magela/26.08.2015/Agência Senado O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, irá pedir uma investigação sobre o vazamento do anexo de delação premiada de um dos executivos da Odebrecht. Na sexta-feira (9), um anexo de 82 páginas da delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais do grupo Odebrecht, foi divulgado por veículos de comunicação. O Estado obteve o documento, em que o executivo menciona que o presidente da República, Michel Temer, fez pedido de apoio financeiro para o PMDB ao presidente e herdeiro da empresa, Marcelo Odebrecht. "Em virtude da divulgação, pela imprensa, de documento sigiloso que seria relativo à colaboração premiada de um dos executivos da Odebrecht, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitará abertura de investigação para apurar o vazamento", informa nota divulgada na noite deste sábado pela Procuradoria-Geral da República. A PGR afirma ainda que o vazamento "além de ilegal, não auxilia trabalhos sérios que são desenvolvidos e é causa de grave preocupação para o Ministério Público Federal, que segue com a determinação de apurar todos os fatos com responsabilidade e profissionalismo". Romero Jucá, o "resolvedor da República no Congresso", atuou para Odebrecht Os vazamentos de informação da delação premiada podem gerar, inclusive, a anulação do acordo. Em agosto, Janot suspendeu as negociações de acordo de delação premiada com o executivo Léo Pinheiro, da OAS, após vazamento de trecho do que o empreiteiro prometia contar ao Ministério Público. Sem 'ingenuidade', governo aguardará os efeitos de delações "O MPF volta a expressar que todo documento de colaboração, para que possa ser usado como prova e para que tenha cláusulas produzindo efeitos jurídicos para o colaborador, somente possui validade jurídica após regular homologação pelo Supremo Tribunal Federal", complementa a nota da Procuradoria. O anexo da delação é o documento entregue no qual o delator se detalha o que pode contar em troca do benefício de uma pena reduzida. Após a entrega dos anexos, negociação da pena e assinatura do acordo de delação, a Odebrecht entra nessa semana na fase de colheita formal dos depoimentos dos delatores. Só após a oitiva de todos os 77 executivos que fazem parte do acordo da empreiteira o material é encaminhado ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) que é responsável por homologar o acordo. |
Acumulada, Mega-Sena pode pagar R$ 25 milhões na próxima quarta (14) Posted: 10 Dec 2016 03:51 PM PST Os números sorteados foram 01-04-23-32-38-59 Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 1884 da Mega-Sena, realizado neste sábado (10). O sorteio foi feito na cidade de Vilhena (RO). O prêmio acumulou e pode pagar R$ 25 milhões na próxima quarta-feira (14). Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País. Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas. Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas. |
Justiça do DF condena ex-governador Agnelo Posted: 10 Dec 2016 11:43 AM PST ![]() investigação anexa na denúncia apontava que mais de 90% dos ocupantes dos cargos públicos do PROCON-DF eram comissionados Alessandro Dantas O Tribunal de Justiça Federal do DF condenou o ex-governador do DF Agnelo Queiroz e o ex-secretário de Administração Pública Wilmar Lacerda por improbidade administrativa. Eles passam a ter suspensos os direitos políticos por 5 anos e a estão proibidos por 3 anos de contratarem com o Poder Público e de receberem incentivos fiscais ou de crédito direta ou indiretamente. O juiz Matheus Stamilo Santarelli Zuliani, da 5ª Vara da Fazenda Pública do DF, apesar de ter rejeitado a acusação de que tenha havido dano moral coletivo ou dano ao erário, condenou os dois a pagarem uma multa correspondente a 50 vezes o salário que recebiam à época no Governo do DF. A acusação é de que eles mantinham apadrinhados políticos em cargos comissionados no Instituto de Defesa do Consumidor do DF (Procon-DF) e prejudicavam cidadãos aprovados em concurso público para a pasta. Uma investigação anexa na denúncia apontava que mais de 90% dos ocupantes dos cargos públicos do PROCON-DF eram pessoas comissionadas, sem concurso público e sem exercer função de chefia, direção ou assessoramento. Defesa Agnelo afirmou, no processo, que "não ofendeu nenhum princípio da administração" e alegou que abriu o concurso durante a sua gestão e que nomeou para os cargos mais do que o previsto no edital, mas que por desistências dos próprios candidatos as nomeações foram tornadas sem efeito. Wilmar Lacerda também negou irregularidades e alegou que não deveria ser responsabilizado por ato anterior à própria nomeação, que aconteceu em setembro de 2011, argumento não aceito pelo juiz. Histórico Esta é a segunda condenação de Agnelo por improbidade. Em fevereiro, o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública o condenou por irregularidades na contratação de empresa para transmissões de etapas da Fórmula Indy, no Autódromo Internacional de Brasília, previstas para a partir de 2015, mas que nunca se realizaram. Um recurso do ex-governador tramita na segunda instância. Em outubro, foi a vez do Tribunal Regional Eleitoral do DF tornar inelegíveis por oito anos Agnelo, o ex-vice-governador Tadeu Filipelli (PMDB) e o ex-secretário de Comunicação Carlos André Duda, por uso ilegal da máquina pública para propaganda política. Agnelo ainda responde a uma outra ação por improbidade na 7ª Vara da Fazenda Pública do DF por improbidade administrativa, junto com os ex-secretários de Fazenda Luis Henrique Fanan, Marcelo Piancastelli de Siqueira e Adonias dos Reis Santiago, que atuaram no cargo de 2011 a 2014. A denúncia aponta que os réus teriam infringido normas de finanças públicas e orçamentárias do DF, pois encaminharam projetos de lei à Câmara Legislativa sem atender todas as normas previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal. |
Renan 'pediu expressamente' para ver se empresa poderia contribuir, diz delator Posted: 10 Dec 2016 11:18 AM PST ![]() Apelidado de "Justiça" no esquema de propina da Odebrecht, Calheiros é dono de um capítulo específico no anexo de Cláudio Filho Renato Costa /Framephoto/Estadão Conteúdo – 1.12.2016 A delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho alcança as presidências das duas casas do Congresso Nacional. O deputado Rodrigo Maia e o senador Renan Calheiros, respectivamente, presidente da Câmara e do Senado, são citados no anexo da proposta de delação encaminhada à procuradoria-geral da República. Calheiros seria um dos interlocutores da empresa no Senado e teria recebido para legislar a favor da Odebrecht na aprovação do projeto de resolução 72/2010 e nas Mps 579,613 e 627. As citações estão no anexo de 82 páginas entregue por Cláudio Melo Filho a procuradoria-geral da República no âmbito das tratativas do acordo de delação. O Estado teve acesso a uma cópia do documento. O executivo já assinou o acordo, mas ainda irá prestar os depoimentos que posteriormente serão encaminhados para homologação do ministro Teori Zavascki. Apelidado de "Justiça" no esquema de propina da Odebrecht, Calheiros é dono de um capítulo específico no anexo de Cláudio Filho. O executivo narra ter conhecido o peemedebista em maio de 2005 quando foi solicitar uma reunião com o presidente de Angola em uma audiência. Além de relatar pagamentos diretos ao senador, o executivo conta como os negócios com o senador eram intermediados por Romero Jucá, que centralizada as tratativas entre alguns senadores do PMDB e a empresa. "Nos temas a respeito dos atos legislativos de que relatei anteriormente, no relato referente ao meu relacionamento com o senador Romero Jucá, o senador Renan Calheiros me afirmou que os pleitos levados a Romero Jucá estavam, também, alinhados com ele, Renan Calheiros. Interpretei a sua resposta como a confirmação da parceria que já havia identificado entre Renan Calheiros e Romero Jucá", explica o delator. Delator da Odebrecht cita R$ 7 milhões para Cunha Cláudio Filho explica que, em 2010, houve uma primeira contribuição financeira para Calheiros efetuadas, segundo uma planilha entregue pela empresa, em duas parcelas de R$ 250 mil em agosto e setembro daquele ano. Em outra ocasião, no ano de 2014, conta o executivo, em um reunião entre ele e Calheiros, em um determinado momento, o senador disse que seu filho seira candidato ao governo de Alagoas e "pediu que verificasse se a empresa poderia contribuir". Para o delator, o pedido deu-se em momento de edição da MP 677/15 e "esses pagamentos, caso não fossem realizados, poderiam vir a prejudicar a empresa de alguma forma." Após relatar o receio em não efetuar os pagamentos, o executivo elenca os repasses da Braskem de R$ 320 mil e de R$ 1,2 milhão da Construtora Norberto Odebrecht para a campanha de Renan Filho (PMDB). Segundo eles, os pagamentos estariam atrelados à atuação do senador na aprovação das medidas provisórias. "A Odebrecht sempre ajudou Renan Calheiros, de forma indireta, através de Romero Jucá. Como será relatado em anexos específicos abaixo, participei da realização de pagamentos de campanha ao grupo político do senador Renan Calheiros que giram em torno de R$ 22 milhões de reais. Em todas essas ocasiões que envolveram a atuação de Romero Jucá em defesa de pleitos da empresa, o senador Renan Calheiros também atuou no mesmo sentido ", completou o delator. Veja o que diz Cláudio Filho sobre seu relacionamento com Renan Calheiros: Conheci Renan Calheiros, atual presidente do Senado Federal, em maio de 2005. A primeira vez que estive com ele foi para solicitar que o Congresso Nacional recebesse o Presidente de Angola, que iria fazer uma viagem ao Brasil. Solicitei audiência com Renan Calheiros, em meu nome, via telefone, por meio de minha secretária. Renan concordou com a ideia de promover a visita, até porque Angola já estava em Paz. Em razão de minha solicitação, o Presidente de Angola foi recebido oficialmente por Renan Calheiros e José Sarney, juntamente com Marcelo Odebrecht e outros executivos. Ao longo dos anos tratei de diversos assuntos diretamente com Renan Calheiros, especialmente sobre a indústria eletrointensiva como no caso da MP 579/12 que será relatada adiante, no Anexo n. 3.5. Minha relação com ele sempre foi boa e sempre tive acesso para ser recebido pelo Senador quando precisava. Exemplo disso foi a visita de cortesia que Marcelo Odebrecht me solicitou logo após a sua posse como Presidente do Senado. Solicitei via gabinete e foi marcada nos primeiros meses de seu mandato. O senador Renan Calheiros nos recebeu em uma sala de reunião grande, com cadeiras antigas, localizada dentro do próprio gabinete da presidência do Senado Federal. Nos temas afetos aos atos legislativos de que relatei anteriormente, no relato referente ao meu relacionamento com o Senador Romero Jucá, o Senador Renan Calheiros me afirmou que os pleitos levados a Romero Jucá estavam, também, alinhados com ele, Renan Calheiros. Interpretei a sua resposta como a confirmação da parceria que já havia identificado entre Renan Calheiros e Romero Jucá. Em 2010, como consta da planilha entregue pela minha empresa ao Ministério Público, ocorreu uma contribuição financeira a Renan Calheiros, com codinome "justiça". Apesar de me recordar desse fato e de o meu nome constar na referida planilha, não fui eu quem tratou com o Senador desta contribuição específica. Na planilha consta como responsável pelo pagamento Ariel Parente, tendo sido aprovada pelo DS João Pacífico. O valor que consta é de R$ 500.000,00, realizado da seguinte forma: Em 2014, em oportunidade que estava reunido com o Senador Renan Calheiros, na residência oficial do senado, em reunião agendada por Milton Pradines, da equipe de RI da Braskem, tratamos especificamente do tema de renovação dos contratos de fornecimento de energia para empresas eletrointensivas do Nordeste para as plantas industriais. Nessa reunião, fomos recebidos pelo staff da residência oficial que nos direcionou para a sala de visitas. Na entrada tínhamos que dar o nome de todas as pessoas que estavam no carro e que iam participar da reunião, sendo verificada a pertinência da entrada. O Senador, que chegou logo depois, ficou sentado em uma cadeira ao lado das demais pessoas, que ficaram em um sofá encostado na parede. Em determinado momento da conversa, ele me disse que seu filho seria candidato ao governo de Alagoas e me pediu expressamente, que eu verificasse se a empresa poderia contribuir. Acredito que o pedido de pagamento de campanha a seu filho ao governo do Estado de Alagoas, justamente no momento em que se apresentavam os aspectos técnicos relevantes, era uma contrapartida para o forte apoio dado à renovação dos contratos de energia, inclusive publicamente, e que culminou na edição da MP n. 677/15. Entendi, na oportunidade, que esses pagamentos, caso não fossem realizados, poderiam vir a prejudicar a empresa de alguma forma. Durante o trâmite da Medida Provisória, estive mais uma vez com o Senador para reforçar a importância do tema para a empresa. O encontro também se deu na residência oficial, em que fomos recebidos pelo staff e encaminhados para uma sala logo na entrada, ao lado direito da porta principal, que parece a um escritório. Depois de uns 20 minutos o Senador apareceu. Soube posteriormente que foram doados oficialmente R$ 320 mil a pretexto de campanha, sendo R$ 200 mil para a candidatura direta e R$ 120 mil através do diretório estadual do PMDB/AL e depois repassado para a campanha da candidatura. No mesmo período, falei também diretamente com João Pacífico que me disse que este assunto já estaria resolvido, pois ele teria interesse direto por ter a obra do canal do sertão alagoano, naquele estado. Depois eu fui informado que haviam sido doados R$ 1,2 milhão a título de campanha. Minha ação foi de transmitir e apoiar internamente o pedido feito pelo Senador Renan Calheiros, porque era do meu interesse atendê-lo, tendo em vista que a minha empresa tinha agenda institucional permanente no Senado Federal. Além disso, a Odebrecht sempre ajudou Renan Calheiros, de forma indireta, através de Romero Jucá. Como será relatado em anexos específicos abaixo, participei da realização de pagamentos de campanha ao grupo político do Senador Renan Calheiros que giram em torno de R$ 22 milhões de reais. Em todas essas ocasiões que envolveram a atuação de Romero Jucá em defesa de pleitos da empresa, o Senador Renan Calheiros também atuou no mesmo sentido. Deixarei isso bastante claro adiante. As reuniões, quando solicitadas por mim, eram marcadas através de minha secretária Diva Souza, que tratava com Dilene, no telefone (61) 3303-2018 e (61) 9309-4966. Como anteriormente dito, sempre utilizava o carro da empresa (Toyota Corolla cinza - Placas dos carros da empresa: JIZ 0228, PAZ 4158 e PAZ 4159) para os deslocamentos, que era conduzido por meu motorista Carlos Eduardo Defesa de Renan Calheiros Em nota, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que "a chance de se encontrar irregularidades em suas contas pessoais ou eleitorais é zero". A declaração foi feita em resposta ao vazamento do acordo de delação premiada do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho à força-tarefa da Operação Lava Jato. Renan defenda anda que "jamais autorizou ou consentiu que terceiros falassem em seu nome em qualquer circunstância". "O senador ressalta ainda que suas contas já são investigadas há nove anos. Em quase uma década não se produziu uma década contra o senador", diz o texto divulgado pela assessoria de imprensa da presidência do Senado. Em depoimento à Lava Jato, Melo Filho afirmou que parte de um valor prometido pela construtora ao PMDB na campanha eleitoral de 2014 foi entregue em dinheiro vivo no escritório de advocacia de José Yunes, amigo e assessor do presidente Michel Temer. Outros caciques do PMDB também foram criados na delação, como Romero Jucá (RR) e Eunício Oliveira (CE), que também negam irregularidades. |
Romero Jucá, o "resolvedor da República no Congresso", atuou para Odebrecht Posted: 10 Dec 2016 10:44 AM PST Jucá distribuía os valores pago pela empresa a senadores do PMDB Marcelo Camargo/05.07.2016/Agência Brasil O ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho explica no anexo encaminhado à procuradoria-geral da República ter dedicado um relato "à parte, exclusivo," para o senador Romero Jucá (PMDB) porque ele era seu principal interlocutor no Senador Federal. No entendimento do delator, dois fatos objetivos podem medir o "relevo" de Jucá: a intensidade da sua devoção aos pleitos do interesse da empresa e o elevado valor dos pagamentos feitos ao senador. "Ao longo dos anos que mantive interlocução com o Senador Romero Jucá, participei de pagamentos a ele que hoje superam R$ 22 milhões. Como tive conhecimento, esses valores eram centralizados no Senador Romero Jucá e posteriormente redistribuído dentro de seu grupo no PMDB", explica Cláudio Filho. Segundo ele, Jucá representava Renan Calheiros e Eunício Oliveira. "A minha experiência deixou claro que o Senador Romero Jucá centralizava o recebimento de pagamentos e distribuía os valores internamente no grupo do PMDB do Senado Federal, especificamente no que posso atestar com total segurança, no que diz respeito aos Senadores Renan Calheiros e Eunício Oliveira", afirma. Renan e Maia teriam atuado por empreiteira O delator explica no anexo de 82 páginas que a escolha de Jucá, cujo codinome na tabela de propina era Caju, para atuar em nome da empresa em projetos de lei, medidas provisórias e demais assuntos legislativos estava amparada em três fatores. A posição história de liderança de Jucá nos governos anteriores, quando era conhecido como "Resolvedor da República no Congresso" e "Eterno Líder". A atuação como "anteparo das manobras" da Câmara contrárias aos pleitos da empresa. A capacidade de articulação dentro do seu partido, em especial, com Calheiros e Eunício e, por fim, a "voz de relevância" no Executivo - Planejamento e Fazenda. Veja a lista da intensa agenda legislativa liderada e patrocinada por Romero Jucá (PMDB) em favor da Odebrecht: (i) Aprovação da Medida Provisória 252/05 e Medida Provisória 255/05 - Tributação de NAFTA Petroquímica e Condensado. Atuação decisiva para aprovação da matéria de interesse da Braskem (Anexo 3.1 - Página 29) - Apresentação da Emenda de Relator n. 458; (ii) PLC N. 32/07- Lei 8.666/93 - (Anexo 3.2 - Página 29) Atuação do Senador Romero Jucá para que reforçasse junto a Francisco Dornelles a importância da apresentação da emenda. (iii)Aprovação da Medida Provisória 449/08 [tratava sobre a legislação tributário federal relativa ao parcelamento ordinários de débitos tributários, remissão e regime tributário de transição]; (iv)Atuação na Medida Provisória n. 460/09 e 470/09, que tratava sobre crédito prêmio de IPI (Anexo 4.19 - Página 58); (v) Aprovação da Medida Provisória 472/09 [tratava sobre o Regime Especial para Indústria Petroquímica] (vi)Aprovação do PLC 6/09 [estruturava o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência]: atou como relator do caso e formulou requerimentos (vii) Aprovação do Projeto de Resolução do Senado Federal n. 72/2010 [tratava sobre o tema que foi conhecido como "Guerra dos Portos" (Anexo 3.3. - Página 30)]: co-autor do projeto, formulou requerimentos; (viii) Aprovação da Medida Provisória 563/12 [tratava sobre a alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários devidas pelas empresas e outras questões tributárias (Anexo 3.4 - Página 33)]: atuou como Vice Presidente da Comissão Mista e relator da matéria; (ix)Aprovação da Medida Provisória 579/12 [tratava sobre concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e redução dos encargos setoriais (Anexo 3.5 - Página 33)]: atuou como membro da Comissão Mista; (x) Aprovação da Medida Provisória 613/13 [tratava de diversos temas do interesse da Companhia, notadamente do REIQ (Anexo 3.6 - Página 34)]: atuou como membro da Comissão Mista; (xi)Aprovação da Medida Provisória 627/13 [tratava sobre mudanças no regime de tributação do lucro auferido no exterior (Anexo 3.7 - Página 40)]: atuou como relator no Senado e apresentou diversas emendas; (xii) Aprovação da Medida Provisória 651/14 [tratava sobre fundos de índice de renda fixa, responsabilidade tributária na integralização de cotas de fundos ou clubes de investimento e outras questões tributárias (Anexo 3.8 - Página 41]: atuou como presidente da Comissão Mista, propôs emendas e formulou requerimentos. |
Delator da Odebrecht cita R$ 7 milhões para Cunha Posted: 10 Dec 2016 10:35 AM PST Valores recebidos por Cunha constam expressamente nas planilhas da campanha José Cruz/07.07.2016/Agência Brasil O delator da Odebrecht Claudio Melo Filho cita em seu anexo entregue à força-tarefa da Operação Lava Jato que o deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu R$ 7 milhões da empreiteira, pela influência que tinha entre parlamentares da Câmara dos Deputados. "Em 2010, pela importância política que o então deputado possuía a empresa aprovou o valor estima de R$ 7 milhões. Esses valores constam expressamente nas planilhas como supostamente destinados à campanha eleitoral, identificado pela expressão 'CP-Braskem' e também a Benedicto Junior", afirmou Claudio Melo, que foi vice-presidente Institucional da Odebrecht, servindo de elo do grupo com políticos, em Brasília. Eduardo Cunha está preso, em Curitiba, desde o dia 19 de outubro por ordem do juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Lava Jato em primeira instância. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em negócios de compra de campos de exploração de petróleo em Benin, na África. "Entreguei algumas vezes senhas a Eduardo Cunha quando solicitado pela área de operações estruturas, mas o pedido de pagamento não endereçado por Eduardo Cunha a mim", explicou o delator, que listou no anexo os valores e datas de entregas. Claudio Melo disse que seu trânsito maior era com a bancada de senadores do PMDB, mas que também mantinha reuniões com Cunha, em especial para discutir temas de interesse da Odebrecht no setor de energia. "Nas vezes em que conversava com o deputado sobre temas da empresa, era sempre atendido com presteza e educação. As reuniões se deram no gabinete da liderança do PMDB, que fica em frente ao Salão Verde, em uma sala no final do corredor das lideranças." Cunha é réu em um processo aberto por Moro em Curitiba. As revelações da Odebrecht, que ainda serão transformadas em termos de delação e precisarão ser homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), servirão para a abertura de novos inquéritos contra os citados. "Entendi que essa era uma forma de reconhecimento pela relação deste com a Odebrecht, pois ele sabia que receberia pagamentos a pretexto de contribuição de campanha." |
Delator cita Moreira Franco, o ‘Angorá’, em negócios de aeroportos Posted: 10 Dec 2016 09:02 AM PST O ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho afirma em seu a anexo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato que tratou com Moreira Franco, atual secretário executivo do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), de negócios da empreiteira na área de aeroportos. Elo entre a empresa e políticos em Brasília, o delator Claudio Melo relata pedidos da empreiteira e pressão por parte do peemedebista, que é homem de confiança do presidente, Michel Temer, que foi ministro da SAC (Secretaria de Aviação Civil) no governo Dilma Rousseff. — Em algumas oportunidades me reuni com Moreira Franco para tratar sobre temas afetos à aviação civil [...] Moreira Franco é um político habilidoso e se movimenta muito bem nas ações com seus pares. Acredito que há uma interação orquestrada entre ele e Eliseu Padilha (ministro da Casa Civil) para captação de recursos para o seu grupo do PMDB. Segundo o delator, Moreira Franco era identificado nas planilhas da propina com o codinome "Angorá". O ministro teria solicitado a ele "um apoio de contribuição financeira, mas transferiu a responsabilidade pelo recebimento do apoio financeiro para Eliseu Padilha". Os 77 delatores da Odebrecht começam a prestar depoimentos para a força-tarefa nesta segunda-feira, 12. O delator listou em seu anexo da colaboração (documento em que ele apresenta os temas que poderá falar no acordo) seis ocasiões em que tratou assuntos relacionados a aeroportos. Padilha e Moreira arrecadadores As investigações sobre o setor aéreo e as concessões de aeroportos no governo Dilma Rousseff e as obras nos terminais integram uma das frentes de investigação da Lava Jato iniciada em 2015. O setor aeroportuário foi comandado no governo Dilma por Moreira Franco, a partir de 2013, quando assumiu como ministro da SAC (Secretaria de Aviação Civil) em 2013. O delator afirmou que seu relacionamento com Moreira Franco (codinome Angorá) é antigo, tendo ele "parentesco distante" com o atual ministro do governo Temer. — Figura expoente do PMDB, esteve presente em vários momentos importantes do país. Tenho uma relação pessoal com Moreira Franco e a utilizei nos momentos que precisei. Segundo o delator, Moreira Franco "possui aproximação qualificada com Michel Temer" e isso foi relevante para seu relacionamento com o ministro. Um dos temas tratados, segundo o delator, foi "demanda da Odebrecht para que fosse mantido o modelo de concessões de aeroportos, que inibia o monopólio". Segundo Melo Filho, apesar de muita pressão, "o modelo de concessões não foi alterado". Pressão Em dois itens o delator cita "pressão" por parte de Moreira Franco em negócios de aeroportos. No Galeão, a Odebrecht venceu leilão de concessão por R$ 20 bilhões. — Em nova oportunidade, Moreira Franco fez muita pressão para que a Odebrecht assumisse o aeroporto antes do prazo contratual. Certamente essa pressão era para evitar que a SAC e o Ministro levassem a culpa por possíveis problemas que surgissem durante a Copa de 2014. Segundo ele, a empresa não cedeu, apesar de tudo, pois tinha convicção que sairia prejudicada. — Em outro momento, Moreira Franco pressionou a mim e a Paulo Cesena, para que o Galeão escolhesse o operador do Free Shop. Não disse a razão, mas insistia bastante. Ao que me consta o processo de escolha se deu por concorrência. Além do Galeão, aeroporto que tem concessão formada pela Odebrecht, o delator citou o aeroporto de Goiânia. Os investigadores da Lava Jato já encontraram indícios de que houve corrupção no processo de concessão de aeroportos realizadas em 2011, 2012 e 2013, no governo Dilma Rousseff. A força-tarefa acredita que Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro podem fornecer detalhes desses negócios - que somaram, ao todo, R$ 45 bilhões. Reuniões O delator afirmou que a maioria das reuniões com Moreira Franco aconteceram no prédio da Secretaria de Aviação Civil (SAC). — À exceção da reunião que foi realizada no CCBB, todas as demais reuniões realizadas com Moreira Franco ocorreram no Setor Comercial Sul (SCS), Bloco B, Quadra 9, Lote C, Edifício Parque Cidade Corporate, Torre C, 5º e 6 º Andares, local para aonde foi a SAC. Segundo o delator, os agendamentos de reuniões eram feitos por sua secretária Diva Souza com as secretárias de Moreira Franco, Lúcia e Marcela. Os encontros, em algumas ocasiões, foram marcados diretamente por dois outros executivos da Odebrecht. — Em todas as vezes meu motorista Carlos Eduardo me levou no carro da empresa (Toyota Corolla cinza - Placas dos carros da empresa: JIZ 0228, PAZ 4158 e PAZ 4159). Com a palavra, Moreira Franco O secretário-executivo de Parcerias Públicos Privadas, Moreira Franco, afirmou que é mentira a delação de Claudio Melo Filho. — É mentira. Reitero que jamais falei de política ou de recursos para o PMDB com o senhor Claudio Melo Filho. Com a Palavra, Michel Temer O presidente Michel Temer divulgou uma nota à imprensa para rechaçar as supostas informações da delação do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, que teria afirmado que Temer pediu R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht em 2014. — O presidente Michel Temer repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho [...] As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente. Com a Palavra, Eliseu Padilha O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, também divulgou uma nota negando as afirmações do executivo. "Não fui candidato em 2014! Nunca tratei de arrecadação para deputados ou para quem quer que seja. A acusação é uma mentira! Tenho certeza que no final isto restará comprovado", limitou-se a explicar Padilha. |
Sem 'ingenuidade', governo aguardará os efeitos de delações Posted: 10 Dec 2016 07:59 AM PST Temer diz estar preocupado com delação Beto Barata/06.12.2016/PR Como o próprio presidente Michel Temer já admitiu publicamente, o governo reagiu aos vazamentos da delação do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, com "preocupação" e sem "ingenuidade". A ordem no Planalto, entretanto, é evitar muitos comentários, reforçar que as delações precisam se comprovar e que o governo precisa "continuar trabalhando" pelo País. Interlocutores do presidente, entretanto, admitem que "os efeitos disso precisam ser observados" e que a Lava Jato sempre foi e continua sendo um fato "imponderável". O foco do presidente nessas últimas semanas de trabalho no Congresso será garantir a aprovação da PEC do teto no segundo turno no Senado e o andamento da Reforma da Previdência nas comissões na Câmara. Com isso, espera-se que Temer consiga emplacar algumas agendas positivas, para tirar o foco da crise. A equipe econômica - que tem sido alvo de críticas - também trabalha para lançar novas medidas de estímulo. "O presidente diz que não se pode falar em crise, e é preciso trabalhar. É isso que o governo está tentando fazer", disse um auxiliar. Cláudio Melo Filho afirmou em delação que Temer pediu R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht em 2014, conforme revelado pelo site BuzzFeed e pela revista Veja. Oficialmente, o Planalto negou ontem à noite a informação e afirmou que não há mais comentários a serem feitos e que a nota divulgada "diz tudo". No texto para responder as acusações, o presidente repudia "com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho", diz a nota. — As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente. Um interlocutor do presidente diz que o que saiu até agora são informações que já tinham vazado e ressaltou que é preciso aguardar se há coerência em todos os depoimentos que ainda estão por vir, já que 77 executivos da empreiteira firmaram acordo de delação premiada. "A gente não conhece ainda o que virá depois", afirmou, ressaltando que "por enquanto não há diagnóstico que confirme" as afirmações de Melo e que é preciso que os testemunhos sejam confirmados. Outro auxiliar do presidente lembrou que em outras ocasiões na Lava Jato alguns depoimentos não se confirmaram depois e também destacou que, além do processo de homologação, que valida os testemunhos, é preciso ver se todas as delações da empreiteira serão coerentes. — Não tem jeito. Tem que esperar. TSE Em meio a esse clima de incertezas, o governo tentar reforçar a tese de que juridicamente não há preocupação em relação ao processo que corre no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e investiga irregularidades na campanha presidencial de 2014. Juridicamente o Planalto afirma que a tese da separação de contas está bem embasada e que primeiro é preciso conseguir separar as contas de arrecadação para depois "analisar se há algo errado". "O que saiu até agora, pelo menos num primeiro momento, não parece interferir", diz uma fonte. Apesar disso, o governo receia que haja uma contaminação política do julgamento pelo TSE, considerada a corte "mais politizada" entre os tribunais superiores. Ainda assim, interlocutores dizem achar "pouco provável" uma cassação de mandato e consequente eleição e destacam que o presidente obviamente iria recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) caso o caso avance. Sem ingenuidade Logo após as notícias de que os executivos da Odebrecht fariam delação premiada, o presidente reconheceu, em coletiva de imprensa convocada para rechaçar o avanço do projeto de anistia ao caixa 2, estar preocupado com os efeitos da delação da Odebrecht, que deverá atingir partidos e políticos de todas as legendas. "Se dissesse que não há preocupação com a delação da Odebrecht, seria ingênuo. Claro que há preocupação de natureza institucional. Há preocupação, claro, não há dúvida que há", disse, na ocasião, ao lado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Questionado sobre qual atitude pretende adotar, caso surgissem nomes de ministros de sua gestão nas delações dos executivos da empreiteira, Temer foi cauteloso. — No tocante aos ministros, vou verificar o que vem. E, se vier, vamos verificar caso a caso. |
Cabral vai ficar na PF de Curitiba, berço da Lava Jato Posted: 10 Dec 2016 07:31 AM PST Cabral deixou o Complexo de Gericinó neste sábado (10) em direção à Curitiba Reprodução O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) vai ficar preso em uma cela da Polícia Federal em Curitiba, berço da Operação Lava Jato. Preso na Operação Calicute - desdobramento da Lava Jato -, sob suspeita de recebimento de mesadas milionárias de empreiteiras, Cabral deve chegar em avião da PF às 15h30 no aeroporto Afonso Pena, na capital paranaense. Ele já deixou o Complexo Penitenciário de Bangu 8, na zona Oeste do Rio. Entre os vizinhos de cela de Cabral na Custódia federal em Curitiba estão o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil/Governos Lula e Dilma), o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). A transferência de Cabral foi requisitada pelo promotor do Ministério Público fluminense André Guilherme Freitas, que atua na Promotoria de Execuções Penais. Freitas informou ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Criminal do Rio - que mandou prender Sérgio Cabral - que o ex-governador estaria recebendo visitas irregulares - inclusive políticos próximos e autoridades. A Secretaria de Administração Penitenciária nega procedimentos irregulares. No Rio, o peemedebista já é réu em ação penal por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa - delatores informaram a Procuradoria da República e a PF que Cabral recebia mesadas de até R$ 500 mil da Carioca Engenharia e de R$ 350 mil da Andrade Gutierrez. Em Curitiba, ele é alvo de inquérito por suspeita de recebimento de propinas nas obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), atrelado à Petrobras. A base da Lava Jato é o esquema de propinas e cartelização na estatal petrolífera. O ex-governador foi alvo de dois mandados de prisão, um expedido pelo juiz Bretas, o outro pelo juiz Sérgio Moro, símbolo da Lava Jato. |
PEC do teto de gastos vai para votação no Senado na terça-feira Posted: 10 Dec 2016 05:38 AM PST Objetivo é promulgar o projeto no dia 15 de dezembro Edilson Rodrigues/Agência Senado Os senadores devem concluir na terça-feira (13) a votação da PEC do teto de gastos, em segundo turno. O objetivo é promulgar o projeto no dia 15 de dezembro, último dia de funcionamento do Congresso antes do recesso parlamentar. Outras propostas que ainda podem entrar na pauta do Senado antes do recesso são securitização de dívidas, atualização da Lei de Licitações e legalização dos jogos de azar. Leia mais notícias sobre Brasil e Política O plenário da Câmara dos Deputados tem votações previstas a partir de segunda-feira, com pauta que inclui propostas como a que beneficia municípios que sediam hidrelétricas. Já a medida provisória que reformula o ensino médio pode ter sua votação concluída na terça-feira. Os deputados ainda precisam analisar os destaques apresentados ao texto-base da reforma do ensino médio. O Congresso Nacional realizará sessões conjuntas às 19 horas de terça-feira (13) e às 11 horas de quarta-feira (14) para a votação de 9 vetos presidenciais, 33 projetos de lei com crédito orçamentário, 2 projetos de resolução e destaques ao projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) 2017. |
Temer repudia ‘falsas acusações’ de executivo da Odebrecht Posted: 10 Dec 2016 04:41 AM PST ![]() Assessoria de Temer diz que todas as doações feitas pela empreiteira foram declaradas ao TSE Joel Rodrigues/Framephoto O presidente Michel Temer rechaçou as acusações feitas pelo executivo Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, e assegurou não ter havido caixa 2 nas campanhas do PMDB. Em nota, a assessoria de Temer disse que todas as doações feitas pela empreiteira foram declaradas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). — O presidente Michel Temer repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho. As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, classificou a delação do executivo como "mentira" e disse confiar nas investigações. — Não fui candidato em 2014! Nunca tratei de arrecadação para deputados ou para quem quer que seja. A acusação é uma mentira! Na mesma linha, o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, negou qualquer irregularidade. — É mentira. Reitero que jamais falei de política ou de recursos para o PMDB com o senhor Claudio Melo Filho. Leia mais notícias sobre Brasil e Política O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse, em nota, que a chance de se encontrar irregularidades em suas contas pessoais ou eleitorais "é zero". — Em quase uma década, não se produziu uma prova contra o senador. O líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), disse desconhecer a delação "do senhor Claudio Melo Filho". — O senador está à disposição da Justiça para prestar quaisquer esclarecimentos. Candidato ao comando do Senado, o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), lembrou que todas as suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. — O senador nunca autorizou o uso de seu nome por terceiros e jamais recebeu recursos para a aprovação de projetos ou apresentação de emendas legislativas. Citado na delação do executivo da Odebrecht, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), também desmentiu ter recebido R$ 1 milhão da companhia, há dois anos. — Em 2014 sequer fui candidato. Desconheço e repilo os fatos citados. Em nota, a Odebrecht informou que não se manifesta sobre a negociação com a Justiça. A empresa ressaltou, porém, ter compromisso "com atuação ética, íntegra e transparente". |
Renan e Maia teriam atuado por empreiteira Posted: 10 Dec 2016 04:13 AM PST Calheiros e Maia foram citados em delação premiada da Odebrecht Montagem/ R7 A delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho relata a atuação dos presidentes das duas Casas do Congresso em favor da empreiteira. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), respectivamente, presidente da Câmara e do Senado, são citados na proposta de delação enviada à Procuradoria. Maia aparece atrelado a pagamentos indevidos por atuação em favor da empresa na aprovação de uma medida provisória. Já Calheiros seria um dos interlocutores da empresa no Senado e teria recebido para legislar a favor da Odebrecht. As citações estão no anexo entregue por Melo Filho no âmbito das tratativas do acordo de delação. Apelidado de "Justiça" no chamado departamento de propina da Odebrecht, Calheiros é dono de um capítulo específico na delação de Melo Filho. O ex-executivo narra ter conhecido o peemedebista em maio de 2005, quando foi solicitar uma reunião com o presidente de Angola em uma audiência. Além de relatar pagamentos diretos ao senador, o executivo conta como os negócios com o senador eram intermediados por Romero Jucá (PMDB-RR), que centralizava as tratativas entre os alguns senadores do PMDB e a empresa. Melo Filho diz que, em 2010, houve uma primeira contribuição financeira para Calheiros efetuadas, segundo uma planilha entregue pela empresa, em duas parcelas de R$ 250 mil em agosto e setembro daquele ano. Leia mais notícias sobre Brasil e Política Em outra ocasião, no ano de 2014, conta o ex-executivo, em um reunião entre ele e Calheiros, em um determinado momento, o senador disse que seu filho seria candidato ao governo de Alagoas e "pediu que verificasse se a empresa poderia contribuir". Para o delator, o pedido deu-se em momento de edição de uma MP de interesse da Odebrecht e "esses pagamentos, caso não fossem realizados, poderiam vir a prejudicar a empresa de alguma forma." Após relatar o receio em não efetuar os pagamentos, o executivo elenca os repasses da Braskem de R$ 320 mil e de R$ 1,2 milhão da Odebrecht para a campanha de Renan Filho (PMDB). Segundo eles, os pagamentos estariam atrelados à atuação do senador na aprovação das medidas provisórias. — Participei da realização de pagamentos de campanha ao grupo político do Senador Renan Calheiros que giram em torno de R$ 22 milhões de reais. Botafogo Segundo Melo Filho, em relação a Maia, apelidado de "Botafogo", foi acordado o pagamento de R$ 7 milhões para diversos políticos para facilitar a tramitação de uma MP de interesse da Odebrecht. Segundo o ex-executivo, na fase final da aprovação da MP, Maia o procurou para pedir apoio no pagamento de pendências da campanha para a prefeitura do Rio, em 2012. — Solicitou-me uma contribuição e decidi contribuir com o valor aproximado de R$ 100 mil, que foi pago no início do mês de outubro de 2013. Referido parlamentar era visto por mim como ponto de interlocução dentro da Câmara dos Deputados na defesa dos interesses da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. |
Odebrecht cita vice-presidente do Senado em acordo de delação premiada Posted: 10 Dec 2016 03:54 AM PST Jorge Viana teria recebido R$ 300 mil na Lava Jato Waldemir Barreto/1º.12.2016/Agência Senado O senador Jorge Viana (PT-AC), vice presidente do Senado, foi relatado em acordo de delação premiada com a Lava Jato por um executivo da Odebrecht, segundo a Folha de S.Paulo. A pessoa afirma que Viana teria recebido R$ 300 mil em dinheiro vivo da empreiteira em 2014. O montante teria sido entregue no L'Hotel, em São Paulo. O executivo também afirma que o irmão de Viana, Tião Viana (PT-AC), reeleito como governador do Acre no mesmo ano, teria recebido R$ 2 milhões para a campanha eleitoral de 2010. No entanto, não há provas de que o dinheiro recebido por Jorge tenha ligação com a eleição de 2014. Leia mais notícias sobre Brasil e Política O executivo da Odebrecht ainda afirmou que para dar os R$ 2 milhões a Tião teve o aval de Antônio Palocci que, segundo as investigações, era a pessoa que gerenciava a conta em que ficava o dinheiro usado para os pagamentos ilícitos que a empreiteira tinha junto ao PT. Na época, a quantia foi paga pelo setor de Operações Estruturadas. Segundo o executivo que entregou os nomes no acordo de delação, o codinome "menino da Floresta", presente na planilha "POSICAO - ITALIANO310712MO.xls", era destinado a Tião Viana e não a Jorge Viana, como supunham as investigações. Em outubro deste ano, a campanha de Tião já estava sendo analisada, quando o STJ (Supremo Tribunal de Justiça), seguindo a orientação da PGR (Procuradoria Geral da República) mandou arquivar a investigação que estava em andamento desde março. Jorge Viana afirma que considera as denúncias absurdas e que nunca pediu ou recebeu recursos ilegais. Além disso, Tião Viana diz que não acredita ter sido citada em delações da Lava Jato e negou a irregularidade. |
Odebrecht pagou R$ 68 milhões a PMDB e outros partidos Posted: 10 Dec 2016 02:58 AM PST ![]() Dinheiro financiava decisões que interessavam à empreiteira Marivaldo Oliveira/Codigo19/Folhapress Reportagem da revista Veja deste sábado (10) trouxe o conteúdo da delação do lobista Claudio Melo Filho sobre a corrupção em Brasília. Melo Filho, que se tornou delator do petrolão depois de trabalhar por doze anos como diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, diz que certca de 40 políticos receberam R$ 68 milhões pagos pelo setor que a empresa chama de "operações estruturadas". Porém, a denominação foi mudada logo em seguida, de uma forma mais clara, como "departamento de propinas". Os pagamentos foram feitos, segundo a publicação, ao longo de nove anos, entre 2006 e 2014. Segundo o delator, o dinheiro sujo financiava a compra de leis, medidas provisórias e decisões que interessavam à empreiteira. A publicação diz que "a lista dos políticos citados é estelar". O presidente Michel Temer faz parte dela ao lado de seus principais assessores políticos: o ministro Eliseu Padilha e o secretário Moreira Franco. Também estão nela o presidente do Senado, Renan Calheiros (que teria recebido R$ 2,8 milhões), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (que teria recebido R$ 100 mil), e o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (que teria recebido R$ 19,9 milhões). Em um trecho, Melo Filho conta que, em maio de 2014, em um jantar no Palácio do Jaburu, Temer pediu "uma ajuda financeira" a Marcelo Odebrecht, que era presidente da empreiteira. Na reunião, foi combinado um repasse de R$ 10 milhões ao PMDB. A fatura foi paga em dinheiro vivo e registrada no setor de propinas da Odebrecht. Do total, R$ 6 milhões foram para a campanha de Paulo Skaf, que é afilhado político de Temer. Os R$ 4 milhões restantes foram para Padilha. Ainda segundo a publicação, em um e-mail, Marcelo Odebrecht afirma que só aceitou pagar R$ 10 milhões por conta da insistência desmedida dos políticos do PMDB. Ele teria dito: "Depois de muito choro, não tive como não ajudar". Melo Filho também disse que Jaques Vagner, ex-ministro da Casa Civil da ex-presidente Dilma Rousseff, recebeu R$ 3 milhões. Entre agosto de 2010 e março de 2011, o departamento de propina repassou R$ 7,5 milhões ao petista, em 10 parcelas. |
Defesa de petista afirma que acusação é 'devaneio' Posted: 10 Dec 2016 02:47 AM PST Defesa afirma que há sucessivas ações judiciais sem materialidade contra o "inimigo político" Marcelo Camargo/29.08.2016/Agência Brasil A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alegou, em nota, que a denúncia "é fruto de novo devaneio de alguns membros do Ministério Público, que usam das leis e dos procedimentos jurídicos como forma de perseguir" o petista e "prejudicar sua atuação política". Os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, que subscrevem o comunicado, reiteraram que se trata de mais um exemplo de "lawfare" — propositura de sucessivas ações judiciais sem materialidade contra o "inimigo político". A defesa argumentou que a acusação se baseia em "procedimentos que tramitavam de forma oculta e sem acesso à defesa". — Nem mesmo após a divulgação da denúncia por meio de nota, foi permitido que a defesa tivesse acesso ao teor da acusação. Essa recorrente forma de atuação do MPF (Ministério Público Federal), de transformar a denúncia em um espetáculo midiático em detrimento da defesa, abala a cada dia o já sucumbindo Estado Democrático de Direito no País, além de impedir, neste momento, o enfrentamento dos fundamentos utilizados pelos procuradores da República. Leia mais notícias sobre Brasil e Política Zanin e Teixeira negaram que Lula e seu filho tentam participado ou tomado conhecimento "de qualquer ato relacionado à compra dos aviões caças da empresa sueca Saab, tampouco para a prorrogação de benefício fiscais relativos à medida provisória 627/2013". — Luís Cláudio recebeu da Marcondes & Mautoni remuneração por trabalhos efetivamente realizados e que viabilizaram a realização de campeonatos de futebol americano no Brasil. Segundo os advogados, afirmar que Lula interferiu no processo de compra dos caças significa "atacar e colocar em xeque as Forças Armadas Brasileiras e todas as autoridades que acolheram o parecer emitido por seus membros". Além disso, ao dizer que Lula interferiu na aprovação de medidas provisórias e de leis, o Ministério Público Federal "ataca todo o parlamento brasileiro e demais autoridades que participaram desses atos". A defesa ainda diz que já foram ouvidas mais de 20 testemunhas arroladas pelo próprio MP em outras duas ações contra Lula e todas elas negaram a acusação. O advogado de Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, Roberto Podval, não atendeu nem respondeu aos telefonemas do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. |
Temer diz que indicação 'será na hora certa' Posted: 10 Dec 2016 02:37 AM PST Temer afirma que imprensa noticiou nome de Imbassahy como ministro da secretaria do governo antes que a decisão estivesse completamente tomada Antonio Cruz/07.12.2016/Agência Brasil Durante viagem a Fortaleza na sexta-feira (9), o presidente Michel Temer (PMDB) disse ao senador Tasso Jereissatti (PSDB) que espera o momento oportuno de convidar o líder tucano na Câmara, Antonio Imbassahy, para compor o governo. — Será na hora certa. Jereissatti acompanhava o presidente em evento realizado no Banco do Nordeste e conversou nos bastidores sobre o suposto convite. Em seu discurso, Temer não abordou o assunto. A indicação do líder do PSDB na Câmara para a Secretaria de Governo foi negociada diretamente por Aécio com o presidente. Os dois devem voltar a discutir o assunto na segunda-feira. Leia mais notícias sobre Brasil e Política 'Recuo zero' Em sua estreia pelo Nordeste, Temer concedeu uma entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco e disse que não houve recuo em relação a escolha de Imbassahy. — Recuo zero. Não houve convite. O presidente, porém, reconheceu que há um acordo para um maior espaço do PSDB no governo, destacou que a legenda já tem o comando de três "grandes pastas". Ele disse que é preciso costurar melhor o acordo com a base aliada para que seja enfim encontrado o substituto de Geddel na Secretaria de Governo. — Houve um equivoco. Antes que eu fechasse a imprensa noticiou, não sei por meio de quem, mas o fato é que não estava fechada a matéria. O presidente reconheceu que o nome de Imbassahy foi cogitado, destacou o perfil do deputado baiano e disse que recebeu a indicação "com o maior agrado". — É politicamente adequado, elegante do trato. |
Planalto teme que delação da Odebrecht chegue ao TSE Posted: 10 Dec 2016 02:32 AM PST ![]() Delação feita por executivos da Odebrecht é vista como risco para o presidente Michel Temer Marivaldo Oliveira/Codigo19/Folhapress A delação premiada de executivos da Odebrecht é vista como um risco para o presidente Michel Temer no processo que corre no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e investiga irregularidades na campanha presidencial de 2014. Há um temor no Planalto de que os executivos da empreiteira levantem novas suspeitas sobre a origem das doações feitas à campanha, fortalecendo a acusação de que houve abuso de poder econômico. Até então, o depoimento de acusação considerado mais consistente era o do delator Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, que entrou em contradição e depois negou que houvesse dinheiro de propina para campanha que reelegeu Dilma Rousseff e Temer. A colaboração da Odebrecht — cujos 77 executivos assinaram na semana passada delação com a força-tarefa da Lava Jato — pode chegar ao TSE de dois modos. Caso a instrução do processo ainda não tenha sido dada como concluída, novos depoimentos podem ser solicitados e juntados como indicações a favor da acusação. Ainda que isso não seja feito, no entanto, há um receio de interlocutores de Temer de que haja uma contaminação política do julgamento pelo TSE, considerada a corte "mais politizada" entre os tribunais superiores. Leia mais notícias sobre Brasil e Política No Planalto, a nova etapa da Lava Jato é vista como "imponderável". Interlocutores do peemedebista dizem que o presidente demonstra tranquilidade com a delação, mas a defesa de Temer na corte eleitoral gostaria de que o caso se encerrasse antes de os acordos de Marcelo Odebrecht e funcionários da empresa se tornarem públicos. Ainda assim, auxiliares de Temer consideram pouco provável uma cassação de mandato e consequente eleição. O Planalto garante que, caso haja condenação, Temer vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal). Além da delação da Odebrecht, há outro depoimento considerado fundamental para o processo: o de Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana. Ela deveria ter prestado depoimento em setembro, mas adiou a oitiva, por estar negociando uma delação premiada na Lava Jato. |
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