#Brasil |
- Mesmo réu, Renan pode permanecer na presidência do Senado
- Crise política não afeta ajuste fiscal, garante Ministro da Fazenda
- PF pediu mais prazo para concluir investigação sobre Enem, diz ministro
- Temer pede controle da ansiedade em torno da resolução da crise
- Manifestações são frutos da democracia e não preocupam o governo, diz Temer
- Ibovespa cai 4% com receios políticos e cautela ante acordo da Odebrecht
- Odebrecht assina acordo de leniência de R$ 6,7 bilhões com a Lava Jato
- Renan vira réu no Supremo pela 1ª vez e será julgado pelo crime de peculato
- Identificação de vítimas em acidente da Chapecoense é concluída; corpos são esperados na 6ª-feira
- Relator aceita denúncia de desvio de verba pública por Renan Calheiros
- Gilmar Mendes rebate Moro e defende atualização da Lei de Abuso de Autoridade
- Volkswagen Truck & Bus vai investir 420 milhões de euros no Brasil
- Temer mostra alívio com derrubada de urgência para pacote anticorrupção no Senado
- Senadores independentes vão apresentar texto alternativo à Lei de Abuso de Autoridade
- No Senado, Moro critica "emendas da meia-noite" da Câmara
- Mudança no pacote anticorrupção pela Câmara vira assunto no Financial Times
- Moro e senadores debatem abuso de autoridade. Assista
- Veja as repostas para as principais dúvidas que envolvem o acidente do avião da Chapecoense
- Identificação de vítimas de acidente da Chapecoense é concluída; corpos são esperados na 6ª-feira
- Identificação de vítimas de acidente da Chapecoense é concluída; corpos são esperado na 6ª-feira
Mesmo réu, Renan pode permanecer na presidência do Senado Posted: 01 Dec 2016 04:08 PM PST ![]() Renan é acusado de desviar recursos Antônio Cruz/Agência Brasil Em confronto com o Poder Judiciário, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se tornou réu e responderá à ação penal por peculato, conforme decidido nesta quinta-feira (1º), pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Alvo de outros 11 inquéritos na Corte, o peemedebista é acusado de desviar recursos públicos de verbas indenizatórias, não tendo comprovado nessa fase do processo a prestação de serviço de uma empresa locadora de veículos em 2005. O resultado do julgamento não inviabiliza a permanência de Renan na presidência do Senado, já que o STF não concluiu o julgamento sobre a permanência de réus em ações penais na linha sucessória da Presidência da República — Renan é o segundo na linha sucessória de Temer, atrás do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Esse julgamento foi adiado por tempo indeterminado depois de pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Nesta quinta-feira, o STF decidiu por 8 votos a 3 receber parcialmente a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o peemedebista. Os ministros acolheram a denúncia por peculato, mas rejeitaram as acusações de falsidade ideológica e uso de documento falso. "Qualquer processo, especialmente para quem tem vida pública, é realmente algo grave, sério, mas o Estado de Direito impõe a todos a necessidade de que o Poder Judiciário cumpra o seu papel", disse a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. "Os indícios decorrentes de que a verba indenizatória, ou pelo menos parte dela, teria sido desviada ou poderia ter sido desviada na forma como se contém na acusação apresentam-se de maneira suficiente para determinar a instauração da ação penal", concluiu Cármen. Além da presidente do STF, votaram pelo recebimento da denúncia por peculato os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio e Celso de Mello. Já os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes votaram pela rejeição total da denúncia. Notas fiscais O ministro Edson Fachin, relator do processo, destacou que a defesa de Renan apresentou 14 notas fiscais emitidas em nome da empresa Costa Dourada Veículos, cada uma delas no valor de R$ 6,4 mil, totalizando R$ 89,6 mil. No entanto, depois de análise dos extratos bancários da empresa e do próprio Renan, não ficou confirmado o efetivo pagamento dos valores. "Isso produz indícios de que as notas fiscais não representam real transação comercial, mas sim, destinavam-se exclusivamente a mascarar a apropriação ou o desvio do dinheiro público", destacou Fachin. A defesa alega que o pagamento foi feito em dinheiro. No processo, que tramitava desde 2007 no STF, o peemedebista era suspeito de receber propina da construtora Mendes Júnior, além de desviar recursos públicos de verbas indenizatórias. A PGR afirma ainda que Renan teria tido despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa. Na época, o peemedebista renunciou à presidência do Senado em uma manobra para não perder o mandato. Lentidão Durante o julgamento, Cármen, Teori Zavascki e Lewandowski rebateram as críticas sobre a lentidão do STF em julgar processos. "Se critica muito a demora (do STF). Volto a repetir, não sou defensor do foro privilegiado na forma ampla como está hoje, agora não se pode culpar o STF pela demora na investigação", disse Teori, que é o relator dos processos da Operação Lava Jato no STF. "Quem realmente investiga é a Polícia Federal e o Ministério Público. O STF é o juiz, não o investigador", completou Teori. O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, apresentou no julgamento dados que considerou "impressionantes" e que, na sua avaliação, "causam a maior perplexidade". "Somente na Procuradoria-Geral da República, o processo contra Renan ficou três anos, quatro meses, duas semanas e seis dias. No Instituto Nacional de Criminalística, para realização de perícia, 120 dias. Quatro meses!", comentou Lewandowski. Já Cármen Lúcia destacou que a denúncia da PGR contra Renan foi apresentada ao STF apenas em 2013. "O papel do Judiciário tem, sim, de ser mais rápido e célere - e todos estamos de acordo", reconheceu Cármen. A ministra, no entanto, ressaltou que há dependência de órgãos externos nas investigações. |
Crise política não afeta ajuste fiscal, garante Ministro da Fazenda Posted: 01 Dec 2016 03:54 PM PST Henrique Meirelles desta que as medidas necessárias estão sendo aprovadas no Congresso Nacional Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (1º), em evento na capital paulista, que o ajuste fiscal não será prejudicado pelas últimas crises políticas que o governo federal tem enfrentado. — O ajuste fiscal, eu acredito que não está ao sabor de acontecimentos político momentâneos, na medida em que ele é resultado de uma consciência dos congressistas, dos deputados e dos senadores. O ministro justificou sua visão dizendo que a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Teto de Gastos foi aprovada com larga maioria de votos na Câmara dos Deputados, em dois turnos, e no Senado, em primeiro turno. Segundo ele, o resultado é de "uma consciência de que um ajuste fiscal estrutural no Brasil é necessário e que o ritmo de crescimento das despesas públicas no Brasil é ainda, até a aprovação, insustentável". O público do evento era de investidores internacionais, para os quais Meirelles afirmou que o governo está indo muito bem, apesar dos problemas ainda verificados, como o desemprego. — Demora certo tempo para que as empresas reestruturem suas dívidas, renegociem com os bancos, e possam, em consequência, voltar a investir para tornar a crescer; e o mesmo ocorre com muitas famílias. Meirelles ainda destacou que a retomada é um pouco mais lenta, mas está indo muito bem porque as medidas estão sendo aprovadas. Ajuste fiscal nos Estados Meirelles disse ainda que se reuniu hoje com cinco governadores, representando as cinco regiões do País, para falar sobre o teto de gastos no âmbito estadual. Segundo ele, os governadores concordaram em fazer um ajuste nos temos do que está sendo feito pelo governo federal. — Voluntariamente, os governadores pactuaram um acordo pelo qual os Estados também vão seguir um crescimento para gastos públicos, que será a inflação ou o crescimento das receitas líquidas estaduais – aquele [valor] que for menor. A questão do ajuste fiscal, adiantou Meirelles, está sendo aprovada não só pelo Congresso para o governo federal, mas já está sendo pactuada com governadores, que devem enviar projetos para suas assembleias legislativas, a fim de estabelecer s limites nos Estados. O ministro revelou que os estados também concordaram em aumentar as alíquotas ou contribuições para a Previdência estadual, nos tetos previstos até 2019. — Existe um processo de ajuste grande e, dentro desse contexto, o governo federal decidiu que haverá a repartição da multa cobrada no programa de repatriação de capitais. |
PF pediu mais prazo para concluir investigação sobre Enem, diz ministro Posted: 01 Dec 2016 02:29 PM PST Segunda aplicação do Enem acontecerá nos dias 3 e 4 de dezembro deste ano Estadão Conteúdo O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta quinta-feira (1) que as investigações sobre o possível vazamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) continuam e que a Polícia Federal pediu mais prazo para concluir a apuração. Segundo o ministro, falta apenas a manifestação do Ministério público para que o prazo de investigação seja prorrogado. "Não houve ainda finalização da investigação", disse Moraes após participar de audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Durante a audiência, o ministro anunciou que apresentará em dezembro o novo plano nacional de segurança, que traçará estratégias de combate aos homicídios, à violência contra mulher narcotráfico e ações em fronteira. No evento, Moraes defendeu que a Força Nacional seja transformada em Guarda Nacional, como acontece nos Estados Unidos, para evitar o emprego imediato das Forças Armadas em questões de segurança pública. "Não podemos banalizar as Forças Armadas", argumentou. O ministro também defendeu a racionalização do sistema penitenciário e disse que o ideal seria prender quem realmente cometeu crimes graves. A poucos parlamentares e a uma plateia de policiais do Distrito Federal, Moraes defendeu que a segurança pública seja priorizada no País, por isso sugeriu que 5% dos recursos que venham a ser arrecadados com a legalização dos jogos de azar - projeto em tramitação no Congresso - sejam destinados para a área. "Se for aprovar, coloquem pelo menos 5% para o fundo de segurança pública", apelou. Leia mais notícias sobre Brasil e Política Ao defender que o tema segurança ande em paralelo com educação, o ministro disse que o País ignorou a área por uma série de problemas políticos ao longo dos anos. "O Brasil confunde, desde 88 na Constituição, autoridade com autoritarismo. Não se pode exercer autoridade no Brasil que é confundido com autoritarismo. Quem exerce autoridade é chamado de fascista, desrespeita os direitos dos outros. A autoridade é necessária num Estado", pregou o ministro. "Segurança é autoridade (...). Confundimos segurança pública com ditadura. Tudo que é segurança pública é ligado a um regime não democrático. Não existe isso em nenhum país do mundo, nenhum país desenvolvido nem perde tempo com esse pensamento", completou. Moraes anunciou também que há um decreto pronto para ser assinado pelo presidente Michel Temer permitindo que as Secretarias de Segurança dos Estados possam utilizar as armas apreendidas em operações. Até o final do ano, disse o ministro, o decreto será publicado. No final do evento, Moraes foi interrompido no plenário pela mãe de uma jovem assassinada num crime de latrocínio no Distrito Federal. A manifestante cobrou agilidade na apuração do crime. "Não estou aguentando. Ninguém me dá respostas", desabafou a mãe da vítima. |
Temer pede controle da ansiedade em torno da resolução da crise Posted: 01 Dec 2016 02:07 PM PST Temer afirma que não é possível recuperar a economia do dia para a noite Beto Barata/27.11.2016/PR O presidente da República, Michel Temer, dedicou parte de sua palestra em evento do J.P. Morgan, em São Paulo, para pedir à sociedade que controle a ansiedade em torno da celeridade por resultados rápidos no âmbito econômico. — Há certa ansiedade para que tudo se resolva em quatro, cinco, seis meses. Historicamente economia e política em qualquer país não se resolvem em seis meses. A ansiedade precisa ser controlada. É preciso que haja serenidade, paciência em relação aos fatos que ocorrem em nosso País. Ainda de acordo com Temer, "não há uma vara de condão que recupere da noite para o dia uma economia que foi golpeada por alguns anos por uma política equivocada". Leia mais notícias sobre Brasil e Política Segundo Temer, primeiro é preciso enfrentar a recessão para depois a economia começar a crescer. — O que estamos precisando fazer, para usar uma palavra singela, é pôr a casa em ordem. Para isso é preciso ter alguns pressupostos para tirar países da recessão. O presidente acrescentou que há no País certa unidade no governo para enfrentar a recessão. Temer voltou a afirmar que quando assumiu o governo registrava um déficit orçamentário de R$ 96 bilhões, que depois se verificou que era de R$ 170,5 bilhões. — Hoje se fala bilhões como se fosse nada, mas falar em um déficit de R$ 170,5 bilhões é uma coisa extremamente preocupante. |
Manifestações são frutos da democracia e não preocupam o governo, diz Temer Posted: 01 Dec 2016 01:56 PM PST ![]() Temer afirma que tarefa das autoridades é construir pontes entre o Estado e a sociedade Beto Barata/PR O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira (1) que manifestações populares são frutos naturais da democracia e não preocupam o governo. A declaração foi dada no evento Brazil Opportunities Conference — Looking Beyond the Storm, promovido pelo banco norte-americano JPMorgan. — Dizem que tem havido preocupação do governo com movimentos de rua. Isso não atrapalha, é fruto da democracia. Não estamos preocupados com isso. Chegamos a uma fase da democracia que nos permite receber com muita tranquilidade esses movimentos, claro que não os de depredação. A Constituição garante o direito de livre manifestação, não de livre depredação. Quando se vê isso temos de manter a ordem, mas não deve nos preocupar. Temer disse que a tarefa das autoridades é construir pontes entre o Estado e a sociedade. Segundo ele, se de um lado o Executivo deseja uma relação profícua com o Congresso, por outro lado não pode esquecer da opinião pública. — Construir pontes é fundamental. Isso se faz com a participação natural da iniciativa privada em atividades do poder público e ouvindo a opinião pública. Executivo e Legislativo têm de levar muito em conta a opinião pública. É preciso pacificar o País. Nós somos conciliadores, não podemos viver permanentemente em atrito. Segundo ele, o governo vê isso como uma fase que o Brasil está vivendo, que é a democracia da eficiência. — O que as pessoas mais querem é eficiência, tanto que os rótulos ideológicos caíram por terra. Ninguém quer saber se você é de esquerda ou de direita, isso perdeu a graça. Eles querem eficiência. Se o governo for eficiente eles se dão por satisfeitos." Leia mais notícias sobre Brasil e Política Ele afirmou que pode haver atrito de ideias, mas não de pessoas. — Nos últimos tempos lamentavelmente o atrito não tem sido de ideias, de pensamentos, mas físico, de depredação. Temos de partir para a pacificação do País. Temer afirmou que, na história do Brasil, a cada 25, 30 anos existe uma crise institucional, mas que seu governo quer romper esse padrão. — Eu sou muito claro em dizer que há conflitos. Passamos por um momento traumático que foi o impedimento do governo anterior, então naturalmente temos vozes do impedimento que ainda se manifestam com muito vigor. O presidente reclamou dos movimentos que tentam taxar seu governo como destruidor dos investimentos em saúde e educação e admitiu que tem sofrido muita pressão desde que se mudou para o Palácio do Planalto. — Mas isso não me impressiona, faz parte da vida. Falando aos investidores presentes no evento, ele pediu ajuda para mostrar ao mundo que o Brasil está no caminho certo. — Embora muitas vezes haja preocupação com o que está acontecendo no País, gostaria de deixar uma mensagem de esperança e otimismo. Não recuaremos nem nos deixaremos distrair do que é essencial para recuperar a economia e empregos. Penso que agora o Brasil tem um rumo certo e, se vocês apoiarem, em menos tempo do que se espera teremos a saída da recessão, com crescimento, pleno emprego e tranquilidade no País. Ele insistiu que o investidor precisa saber que há tranquilidade e segurança jurídica no Brasil. — Muitas vezes as pessoas querem legislar demais e isso significa criar instabilidade. Em matéria de tributação isso é um horror. |
Ibovespa cai 4% com receios políticos e cautela ante acordo da Odebrecht Posted: 01 Dec 2016 12:02 PM PST SÃO PAULO (Reuters) - O mercado acionário brasileiro encerrou o primeiro pregão de dezembro com a maior queda em 10 meses, em meio à cautela com o cenário político doméstico e receios com notícias sobre acordo de leniência da Odebrecht. [nE6N171025] Com base em dados preliminares, o Ibovespa caiu 4,08 por cento, a 59.379 pontos. A perda foi a maior desde 2 de fevereiro (-4,87 por cento). O giro financeiro somava 11,1 bilhões de reais. None (Por Flavia Bohone) |
Odebrecht assina acordo de leniência de R$ 6,7 bilhões com a Lava Jato Posted: 01 Dec 2016 11:13 AM PST ![]() Com o acordo, a Odebrecht admite irregularidades em contratos e, em troca, poderá continuar sendo contratada pelo poder público Marivaldo Oliveira/Codigo19/Folhapress A Odebrecht começou a assinar nesta quinta-feira (1º), o acordo de leniência com procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato, que inclui também os Estados Unidos e a Suíça. O acordo prevê multa de R$ 6,7 bilhões com prazo de pagamento de 20 anos. Com a leniência, espécie de delação premiada de empresas, a companhia admite irregularidades em contratos com o governo e, em troca, poderá continuar sendo contratada pelo poder público. Parte dos executivos da empresa está em Brasília para começar a assinar os acordos de delação premiada. Até há alguns dias, o último entrave na mesa para o acordo estava relacionado ao valor que seria pago pela empresa aos Estados Unidos, como multa da leniência negociada entre as autoridades americanas, o Brasil e a Suíça. Governo não está preocupado com delação da Odebrecht, afirma AGU Os EUA pressionavam por um valor maior, o que gerou um impasse na reta final das negociações. Como o dinheiro será repartido entre os três países a exigência de montante maior pelos americanos gerou um entrave na negociação. Delações No caso das delações, as tratativas foram encerradas e restam apenas as formalidades de assinatura do acordo. Apesar de a fase de negociação estar praticamente concluída, o material ainda não será enviado ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal). Antes de encaminhar as delações para homologação, os procuradores precisam concluir a validação de depoimentos dos delatores, o que pode se estender até as vésperas do recesso do Judiciário, que terá início em 20 de dezembro. A expectativa é de que após a assinatura dos acordos de delação e leniência a Odebrecht divulgue um comunicado à sociedade sobre a situação do grupo. |
Renan vira réu no Supremo pela 1ª vez e será julgado pelo crime de peculato Posted: 01 Dec 2016 11:07 AM PST Renan é alvo de mais 11 investigações no Supremo Pedro Ladeira/Folhapress A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votou por tonar réu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por crime de peculato, nesta quinta-feira (1º). Por 8 votos a 3, os ministros acolheram a denúncia oferecida pela PGR contra o presidente do Senado. Peculato é um crime de desvio de dinheiro público por funcionário que tem a seu cargo a administração de verbas públicas. No caso, que tramita desde 2007, o peemedebista é acusado de receber propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, teve despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa. Mesmo réu, Renan pode permanecer na presidência do Senado Renan apresentou ao Conselho de Ética do Senado recibos de venda de gados em Alagoas para comprovar um ganho de R$ 1,9 milhão, mas os documentos são considerados notas frias pelos investigadores e, por conta disso, Renan foi denunciado ao Supremo. Na época, o peemedebista renunciou à presidência do Senado em uma manobra para não perder o mandato. A investigação começou em 2007, mas a denúncia só foi oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República) em 2013. O caso estava sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, mas passou para as mãos do ministro Edson Fachin em junho de 2015. No último ano, imbróglios envolvendo mudança de advogados de Renan e um aditamento feito pela PGR atrasaram ainda mais a liberação do caso para julgamento. Renan passa agora a responder a uma ação penal. Além da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, votaram pelo recebimento da denúncia por peculato os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio e Celso de Mello. Já os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes votaram pela rejeição total da denúncia. Outros casos Renan é alvo de mais 11 investigações no Supremo. O último inquérito contra o peemedebista foi aberto no dia 18 deste mês, quando o ministro Dias Toffoli autorizou a realização de diligências solicitadas pela PGR em um desdobramento das investigações sobre o caso Mônica Veloso. Os investigadores querem mais informações sobre uma movimentação financeira de R$ 5,7 milhões de Renan, considerada incompatível com a renda do parlamentar. Além disso, ele é alvo de oito inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato, um dentro da Operação Zelotes e outro por desvios nas obras da usina de Belo Monte. O senador tem afirmado estar "tranquilo e confiante na Justiça brasileira" e que ele é o "maior interessado nesse julgamento". Seu defensor, Aristides Junqueira, afirmou nesta quinta que o STF não conseguiria provar que Renan praticou crime de peculato. |
Identificação de vítimas em acidente da Chapecoense é concluída; corpos são esperados na 6ª-feira Posted: 01 Dec 2016 09:46 AM PST Por Brad Haynes CHAPECÓ (Reuters) - Todos os corpos dos brasileiros mortos na queda do avião que levava o time da Chapecoense para a Colômbia foram identificados e estão sendo preparados para serem transportados de volta ao Brasil em uma aeronave militar, disse nesta quinta-feira o diretor de Comunicação do clube catarinense, Andrei Copetti. Os caixões chegarão a Chapecó por volta do meio-dia de sexta-feira, segundo Copetti, e serão levados diretamente para o estádio do clube, a Arena Condá, onde será realizado um velório coletivo com a presença esperada do presidente Michel Temer. A queda da aeronave em uma região montanhosa da Colômbia na noite de segunda-feira deixou 71 mortos, incluindo quase todos os jogadores da Chapecoense, a comissão técnica, dirigentes e jornalistas, no pior acidente da história do futebol brasileiro. Somente seis pessoas sobreviveram, incluindo três jogadores. Especialistas brasileiros viajaram à Colômbia para se juntar às autoridades locais e revisar as caixas-pretas do avião da companhia Lamia, que foram encontradas no local do acidente, próximo à cidade de La Unión. [nL1N1DV2KJ] Uma das principais hipóteses das investigações é que o avião British Aerospace Avro RJ85 ficou sem combustível e a tripulação tentou aterrissar, mas caiu a 17 quilômetros da pista. A aeronave não explodiu nem se incendiou e no lugar do impacto não foram encontrados resíduos de combustível. Em Chapecó, trabalhadores ergueram nesta quinta-feira estruturas temporárias no gramado do estádio para receber os caixões de 51 vítimas --jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas com laços diretos com o clube-- que serão veladas na Arena Condá. Cerca de 100.000 torcedores, cerca de metade da população da cidade-- são esperados. O técnico da seleção brasileira, Tite, e o presidente da Fifa, Gianni Infantino, estão entre os esperados para a homenagem. Na noite de quarta-feira, quando seria realizada a partida de ida da final da Copa Sul-Americana entre Chapecoense e Atlético Nacional, dezenas de milhares de torcedores das duas equipes lotaram seus respectivos estádios para homenagear as vítimas da tragédia. "Os brasileiros não esqueceremos a forma como os colombianos sentiram como seu o terrível desastre que interrompeu o sonho da equipe da Chapecoense, uma espécie de conto de fadas com final de tragédia", disse o chanceler brasileiro, José Serra, à multidão durante a cerimônia em Medellín, em um discurso emocionado. A emissora de TV Fox Sports Brasil, que perdeu seis jornalistas que estavam a bordo do avião, transmitiu 90 minutos de tela preta em silêncio durante o período em que exibiria a partida de quarta à noite. |
Relator aceita denúncia de desvio de verba pública por Renan Calheiros Posted: 01 Dec 2016 09:36 AM PST Ministro Luiz Fachin é relator da ação penal contra Renan Reprodução/TV Justiça STF começa a analisar ação penal que pode tornar Calheiros réu Pedro Ladeira/Folhapress O ministro do STF Luiz Edson Fachin acatou em seu relatório a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por desvio de recursos públicos na ação que julga irregularidades no pagamento de pensão de filha com a jornalista Monica Veloso. O relator, no entanto, considerou prescritos os crimes de falsificação de documentos e falsidade ideológica. Os demais ministros do Supremo ainda não votaram, e podem acatar ou rejeitar o relatório formando maioria e definindo o julgamento. Caso o plenário aceite uma das denúncias, Renan vira réu em uma ação penal na Suprema Corte. A presidente do STF, Cármen Lúcia, suspendeu a sessão para um intervalo às 16h. Os trabalhos devem ser retomados em meia hora. Na ação julgada hoje pela Suprema Corte, Calheiros é acusado de prestar informações falsas (falsidade ideológica), usar documentos falsos e desviar verbas públicas (peculato) no pagamento de pensão da filha que teve fora do casamento com a jornalista Monica Veloso. Ainda que se torne réu, Renan foi poupado pelo Supremo de ter de deixar a presidência do Senado novamente antes do encerramento do seu mandato. A Corte formou maioria, há menos de um mês, pela proibição de réus fazerem parte da linha sucessória da presidência da República. Se o julgamento tivesse sido concluído, Renan teria de deixar a cadeira de presidente do Senado caso se tornasse réu nesta quinta. Mas um pedido de vista do ministro Dias Toffoli interrompeu o julgamento sobre a linha sucessória, que não será finalizado antes que o peemedebista encerre seu período à frente do Senado, em fevereiro de 2017. O julgamento ocorre em meio a uma verdadeira batalha entre o Poder Judiciário e o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL). No caso, que tramita desde 2007, Renan é acusado de receber propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, teve despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa. Renan apresentou ao Conselho de Ética do Senado recibos de venda de gados em Alagoas para comprovar um ganho de R$ 1,9 milhão, mas os documentos são considerados notas frias pelos investigadores e, por conta disso, Renan foi denunciado ao Supremo. Na época, o peemedebista renunciou à presidência do Senado em uma manobra para não perder o mandato. A investigação começou em 2007, mas a denúncia só foi oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2013. O caso estava sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, mas passou para as mãos do ministro Luiz Edson Fachin em junho de 2015. No último ano, imbróglios envolvendo mudança de advogados de Renan e um aditamento feito pela PGR atrasaram ainda mais a liberação do caso para julgamento. Se o Supremo receber a denúncia nesta quinta, Renan passa a responder a uma ação penal. Renan Calheiros nega irregularidades no pagamento das pensões. Data A definição da data para o julgamento da denúncia de Renan foi vista no STF como a "pior possível", já que o plenário analisa o caso em meio às discussões no Congresso de medidas que estabelecem o crime de abuso de autoridade a integrantes do Judiciário. Juízes e promotores veem nesse tipo de projeto uma "retaliação" às investigações em curso contra parlamentares. Nesta quarta-feira (30), Renan tentou colocar em votação no plenário do Senado o pacote de medidas aprovado na Câmara na madrugada, que gerou duras críticas de juízes e procuradores da Lava Jato. A inclusão do julgamento da denúncia de Renan na pauta do STF foi feita pela presidente da Corte, Cármen Lúcia, após o relator, ministro Edson Fachin, liberar o caso para o plenário. Outras investigações Renan é alvo de mais 11 investigações no Supremo. O último inquérito contra o peemedebista foi aberto no dia 18 de novembro, quando o ministro Dias Toffoli autorizou a realização de diligências solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em um desdobramento das investigações sobre o caso Mônica Veloso. Os investigadores querem mais informações sobre uma movimentação financeira de R$ 5,7 milhões de Renan, considerada incompatível com a renda do parlamentar. Além disso, ele é alvo de oito inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato, um dentro da Operação Zelotes e outro por desvios nas obras da usina de Belo Monte. Logo depois de a presidente do STF agendar a data do julgamento, a assessoria do peemedebista divulgou nota à imprensa, afirmando que o senador está "tranquilo e confiante na Justiça brasileira" e que ele é o "maior interessado nesse julgamento". |
Gilmar Mendes rebate Moro e defende atualização da Lei de Abuso de Autoridade Posted: 01 Dec 2016 09:17 AM PST Debate no Senado colocou Mendes, Moro e Renan frente a frente Antonio Cruz/Agência Brasil O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes defendeu nesta quinta-feira (1°) a atualização da Lei de Abuso de Autoridade (Lei 4.898/1965), ao participar de discussão sobre o tema no plenário do Senado. Mendes disse que o projeto que altera a lei, em debate na Casa, precisa ser aprimorado e que o objetivo não é criminalizar a atividade de juízes e promotores. — Estou absolutamente convencido da necessidade dessa lei. E quanto mais operações [de investigação] nós tivermos, mais nós necessitamos de limites. [...] O propósito, obviamente, não é criminalizar a atividade do juiz, do promotor, do integrante de CPI no âmbito do Congresso Nacional. Além de Mendes, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, e o juiz federal titular da 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Sílvio Luís Ferreira da Rocha, participaram da discussão. O Projeto de Lei nº 280/2016, que atualiza a lei, é de autoria do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O ministro rebateu a declaração de Sérgio Moro de que este não é o momento adequado para fazer modificações na Lei de Abuso de Autoridade. Moro falou antes de Gilmar Mendes e disse que alterar a lei agora, durante investigações importantes em curso, como a Lava Jato, pode ser interpretado pela sociedade como uma forma de obstruir esses trabalhos. — Não compartilho da ideia de que este não é o momento para aprovar a lei. Qual seria o momento? Qual seria o momento adequado para discutir esse tema de um projeto que já tramita no Congresso há mais de sete anos? Como fazer esse tipo de escolha do momento? [...] A Lava Jato não precisa de licença especial para fazer suas investigações. Os instrumentos que aí estão são mais do que suficientes, como qualquer outra operação. No Senado, Moro critica "emendas da meia-noite" da Câmara O juiz federal Sílvio Luís Ferreira da Rocha considera a discussão do projeto oportuna e relevante do ponto de vista da defesa dos direitos fundamentais no país. Rocha também defendeu aperfeiçoamentos no texto e apresentou sugestões. — Independentemente da motivação que possa existir por trás desse projeto, eu o considero muito importante exatamente para consolidar um sistema adequado de proteção aos direitos fundamentais contra o exercício abusivo do poder. O presidente do Senado, Renan Calheiros, apresentou o projeto por considerar que a legislação sobre abuso de autoridade vigente está defasada e, por isso, precisa ser aprimorada. A expectativa é votar a matéria no plenário do Senado ainda este ano. O texto prevê punição para servidores públicos e membros do Judiciário e do Ministério Público, no caso de determinadas prisões "fora das hipóteses legais", como, por exemplo, quando presos são submetidos ao uso de algemas quando não há resistência à prisão e quando são feitas escutas sem autorização judicial, atingindo terceiros não incluídos no processo judicial ou inquérito. |
Volkswagen Truck & Bus vai investir 420 milhões de euros no Brasil Posted: 01 Dec 2016 08:50 AM PST FRANKFURT (Reuters) - A unidade de caminhões e ônibus do grupo Volkswagen vai investir 420 milhões de euros em novos produtos e modernização de produção no Brasil nos próximos cinco anos, anunciou a companhia nesta quinta-feira. Os investimentos vão incidir sobre a fábrica da companhia em Rezende (RJ) e no desenvolvimento de serviços de conectividade. "Estou confiante de que a economia brasileira está atingindo o fundo e vai se recuperar nos próximos anos", disse o presidente da divisão Volkswagen Truck & Bus, Andreas Renschler, em comunicado. (Por Maria Sheahan) |
Temer mostra alívio com derrubada de urgência para pacote anticorrupção no Senado Posted: 01 Dec 2016 07:44 AM PST Por Lisandra Paraguassu BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer mostrou alívio com a derrubada do pedido de urgência do pacote anticorrupção pelo Senado, na noite de quarta-feira, e chegou a dizer a senadores que, não "jogaram em seu colo" a proposta, para vetá-la ou sancioná-la, deixando-o em uma situação difícil, contaram à Reuters fontes presentes ao encontro. Apesar de um pedido expresso do presidente ao líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), para que a Casa não tivesse pressa em analisar o pacote desfigurado pela Câmara, em um movimento articulado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), líderes apresentaram um requerimento de urgência para tentar incluir o texto ontem mesmo na pauta, de surpresa. O requerimento foi derrotado pelo plenário por 44 votos a 14, em uma reação rápida de diversos senadores. Mesmo mostrando irritação ao ser criticado por ter posto o requerimento em pauta – inicialmente sem citar nem mesmo do que se tratava e tentando fazer a votação simbólica – o presidente do Senado depois afirmou que seria bom o projeto ser analisado inicialmente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Senadores que se opõem ao projeto como veio da Câmara se articulam para apresentar um substitutivo ao texto. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) já havia afirmado na quarta-feira que o Senado iria retomar o projeto original, com "algumas correções". Com isso, o texto terá que voltar para a Câmara. "Não tem problema, não podemos ter pressa nisso. Algumas propostas podem ser até boas, mas são inoportunas", disse uma das fontes. |
Senadores independentes vão apresentar texto alternativo à Lei de Abuso de Autoridade Posted: 01 Dec 2016 07:04 AM PST Senadores independentes vão apresentar substitutivo à Lei de Abuso de Autoridade Geraldo Magela/28.04.2016/Agência Senado Um grupo de senadores independentes vai apresentar nesta quinta (1°) uma emenda substitutiva ao projeto da lei de Abuso de Autoridade, de autoria do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB –AL). O objetivo do novo texto, segundo os senadores é, ao mesmo tempo, harmonizar o "justo interesse de punição de excessos por parte de autoridades contra os cidadãos, sem impor restrições ao processo de investigação e responsabilização de altas autoridades". O novo texto inclui penas alternativas para crimes de abuso de autoridade e é mais clara quanto aos crimes para evitar que textos vagos abram brechas para punir juízes que estejam julgando pessoas poderosas. Uma emenda é proposição apresentada como acessória de outra, para alterar a forma ou conteúdo da principal, podendo ser supressiva, aglutinativa, substitutiva, modificativa ou aditiva. O projeto da Lei de Abuso de Autoridade (PLS 280/2016) vem sendo duramente criticado juízes, promotores e procuradores. Uma sessão temática no plenário do Senado irá discutir o texto nesta quinta. O juiz Sérgio Moro, titular de primeira instância responsável pelo julgamento da Lava Jato foi convidado a participar da discussão e a propor mudanças ao texto. O grupo de senadores que assinam o substitutivo é composto por: Randolfe Rodrigues (REDE – AP), Elmano Ferrer (PTB – PI), Lasier Martins (PDT – RS), Cristovam Buarque (PPS- DF), João Capiberibe (PSB – AP) e Álvaro Dias (PV – PR). Projeto de mudança na lei abuso de autoridade é "intimidação", diz Dallagnol Para Moro,em documento apresentado aos senadores é "imprescindível evitar que seja criminalizada, na prática, interpretação da lei avaliação dos fatos provas pela autoridade judicial, pela autoridade do Ministério Público pela autoridade policial". Ele recomenda inserir no texto um item que veta a criminalização da "divergência na interpretação da legislação penal e na avaliação de fatos e provas". |
No Senado, Moro critica "emendas da meia-noite" da Câmara Posted: 01 Dec 2016 06:46 AM PST Moro sugere mudança na Lei de Abuso de Autoridade Geraldo Magela/Agência Senado O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato em primeira instância, propôs nesta quinta-feira (1º) uma alteração na Lei de Abuso de Autoridade discutida no Senado. Na sua fala, o juiz falou também da projeto aprovado na Câmara dos Deputados, que modificou o projeto das 10 medidas contra a corrupção, criticando a aprovação no meio da madrugada. Moro chamou as mudanças de "emendas da meia-noite". — Não quero censurar a Câmara, mas esse tipo de provisão que foi colocado no pacote das 10 medidas que foi modificado, essa provisão de crime de responsabilidade para juízes e promotores, teria que ter um debate maior por parte do Parlamento. Essas emendas da meia-noite que não permitem acompanhamento da sociedade e debate mais aprofundado de tema tão sensível. Gilmar Mendes rebate Moro sobre Lei de Abuso de Autoridade Leia mais notícias de Brasil e Política Moro disse ainda que tem várias críticas ao texto aprovado da Câmara. — A sugestão é que projeto que foi aprovado na Câmara tenho severas críticas. Concordo que juiz não deve opinar sobre casos pendentes ou acumular cargos, mas tornar isso crime? Tem que se tomar todo um cuidado para evitar a criminalização do exercio da jurisdição, do Ministério Público e da polícia. Punição a juiz? Para o juiz, é preciso incluir no texto da lei um artigo que garanta que um magistrado não seja penalizado em caso de divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas. Moro justificou a inclusão da salvaguarda lembrando um argumento usado por Rui Barbosa ao defender um juiz que havia sido condenado por abuso de autoridade por uma interpretação da lei. — [Se o projeto não for modificado] estaremos ignorando a herança de um dos nossos fundadores, Rui Barbosa, e vamos tolher o poder da magistratura. Uma norma de salvaguarda, o pai fundador da República nos ensinou isso no Século XIX, não configura a divergência na aplicação da lei penal ou na avaliação de fatos e provas. O texto exato sugerido pelo juiz para ser incluído na lei é o seguinte: "Não configura crime previsto nesta lei a divergência na interpretação da lei penal ou processual penal ou na avaliação de fatos e provas." Outros pontos da lei Moro comentou outros pontos da lei, incluindo aquele sob os quais não há dúvida. — Não há dúvida sobre alguns pontos, como o artigo 19, que diz que configura crime de abuso de autoridade constranger um preso com inuito de obter vantagem sexual. Não há dúvida sobre isso, mas em relação a outros pontos há. O juiz citou divergências na intepretação de uso de algemas e as divergências que ocorrem com frequência entre o Ministério Público e os juízes. — Ninguém discorda que algemas só podem ser usadas em casos necessários. Mas a quem cabe fazer essa avaliação, ao juiz, ao senador, ou ao policial que vai fazer a remoção? O que a lei faz é que se ele comete um erro de avaliação, fica sujeito a uma ação penal por crime de abuso de autoridade. Se for manter uma norma dessa é preciso que se diga que o policial não seja penalizado se ele cometer um erro de interpretação. Outro ponto, qualquer ação penal tem que ter justa causa, que é o substrato probatório para formular uma acusação. Não há duvida. Quando o Ministério Público oferece uma denúncia o juiz verá se tem justa causa. Se ele ele rejeitar significa que o promotor cometeu abuso de autoridade? Ou apenas há uma divergência entre promotor e juiz? Se criminalizarmos o promotor não vai ter um impacto no trabalho dele, e na atuação desse membro do ministério público? É importante ter uma salvaguarda. Mau momento Para o magistrado da Lava Jato, as discussões que acontecem no Congresso e que segundo juízes, promotores e procuradores limita o trabalho da Justiça, não deveriam ocorrer no momento em qua operações tão importantes, com foco em políticos, estão em curso. — Talvez não seja o melhor momento para apreciação de uma nova lei de abuso de autoridade já que há operações importantes, não só a Lava Jato, uma nova lei poderia ser interpretada como tendo um exemplo prático de tolher investigações. Faço essa sugestão com extrema humildade, não me cabe dizer o que cabe ao Senado deliberar. Mas o Senado pode passar uma mensagem errada à sociedade, que anseia no momento um enfrentamento mais efetivo desse tipo de ilegalidade, mas como todos os preceitos do direito garantidos. Sessão temática Moro foi convidado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, a participar de uma sessão temática para a discussão do PLS (Projeto de Lei do Senado) 280/2016. O encontro temático deve contou ainda com a presença do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e do juiz Sílvio da Rocha. O relator da PLS é o senador Roberto Requião (PMDB-PR). Ele disse que não cederá às críticas de algumas categorias que serão atingidas e que são contrárias ao projeto por considerá-lo uma ameaça à Operação Lava Jato. Nesta quarta-feira (30), Calheiros foi derrotado por 44 a 14 ao colocar em votação requerimento de urgência para votação do PLC 80/2016, que aborda as medidas do projeto sobre corrupção aprovado pela Câmara dos Deputados. Se a manobra contasse com apoio da maioria dos presentes, a proposta entraria em discussão logo em seguida. |
Mudança no pacote anticorrupção pela Câmara vira assunto no Financial Times Posted: 01 Dec 2016 06:00 AM PST O FT cita as reações negativas ao que foi feito no Congresso, como a do procurador-geral da República Reprodução/ Financial Times A tensão no Brasil entre o Legislativo, o governo de Michel Temer e a Operação Lava Jato ganhou as páginas do jornal britânico Financial Times nesta quinta-feira, dia 1º. Uma reportagem sobre o assunto relata que os promotores do caso de corrupção da estatal Petrobras ameaçaram se demitir se o presidente sancionar o projeto polêmico para evitar corrupção — numa manobra que, como cita a publicação, é destinada a acabar com as investigações, de acordo com os promotores. "A Câmara dos Deputados aprovou o projeto na quarta-feira, enquanto o País estava de luto pela perda da equipe de futebol Chapecoense em um acidente aéreo. A lei proposta permitiria que os promotores e juízes fossem processados por supostos abusos de poder contra réus em seus casos", diz o jornal. O periódico traz a fala do procurador Carlos dos Santos Lima, membro da força-tarefa da Lava Jato, de que se o projeto foi sancionado e não houver proteção aos promotores em relação àqueles que estão sendo acusados, haverá demissão coletiva. O FT informa que o projeto foi visto por analistas como uma tentativa dos congressistas de se protegerem da investigação na Petrobras, na qual dezenas de políticos são acusados de conspirar com funcionários da empresa e contratados para se enriquecerem, e também destinar dinheiro a seus partidos com o pagamento de subornos e propinas. "Depois de quase dois anos e meio de investigações, Brasília está se preparando para o que se espera que seja um enorme acordo de pacto entre promotores e ex-funcionários de uma das maiores empreiteiras da Petrobras, a Odebrecht." Mídia internacional destaca tragédia do Chapecoense A publicação lembra que os promotores ainda negociam um acordo de delação com executivos da Odebrecht, que deve envolver "um grande número de políticos" que receberam financiamento secreto da empresa. O Financial Times explica também que, numa nova tentativa de acelerar a aprovação da legislação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quis dar urgência ao caso na Casa ontem, mas foi derrotado. O periódico detalha que o projeto de lei foi baseado em uma petição dos promotores assinada por 2 milhões de pessoas e que sugeriu 10 iniciativas para ajudar a reprimir a corrupção no Brasil. A questão é que os parlamentares negaram alguns itens e inseriram outros seus, inclusive o de que os promotores e juízes devam ser julgados se eles avaliassem ter havido abuso de poder. O FT cita as reações negativas ao que foi feito no Congresso, como a do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. |
Moro e senadores debatem abuso de autoridade. Assista Posted: 01 Dec 2016 05:58 AM PST
|
Veja as repostas para as principais dúvidas que envolvem o acidente do avião da Chapecoense Posted: 01 Dec 2016 05:16 AM PST Nesta quinta-feira (1º), as autoridades colombianas já possuem as principais respostas para esclarecer o que aconteceu com o avião da Chapecoense que caiu na última terça-feira (29), quando chegava em Medellín, na Colômbia, para jogo contra o Atlético Nacional, pela final da Copa Sul-Americana. Conheça os sobreviventes da queda da aeronave da Lamia Confira abaixo as dúvidas e respostas sobre o acidente: Qual a causa do acidente? Falta de combustível, de acordo com as autoridades colombianas. Por que o piloto demorou para relatar a gravidade da situação? Ao se aproximar do aeroporto de Medellín, o piloto hesitou em relatar a necessidade de urgência do pouso. Possivelmente tenha tido receio de alguma punição por ter infringido regras internacionais de voo sobre o abastecimento das aeronaves. A multa seria de aproximadamente US$ 25 mil (R$ 86 mil), além disso, o piloto poderia ter a licença cassada por negligência. Qual a regra sobre a quantidade necessária de combustível? O avião precisa ter, no mínimo, uma quantidade extra de reserva para aguentar 30 minutos além do tempo previsto de voo e ainda mais 5 minutos ou 5% da distância. O que aconteceu quando acabou o combustível? De acordo com a Secretaria Nacional de Segurança Aérea da Colômbia, o avião da delegação da Chapecoense estava sem combustível no momento do choque. "Como o aeronave não tinha combustível, os motores se apagaram e houve pane elétrica, como foi relatado pelo piloto para a torre de controle", afirmou Freddy Bonilla, secretário de segurança aérea da Colômbia. Por que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) vetou o voo que partiria do Brasil? O Código Brasileiro de Aeronáutica e a Convenção de Chicago determinam que o transporte só pode ser realizado por empresas do país de origem (Brasil) ou destino (Colômbia). As caixas-pretas já foram localizadas? A Aeronáutica Civil da Colômbia encontrou as duas caixas-pretas do avião, de voz e de dados. A Voice Data Recorder registra as conversas na cabine da aeronave e ajudam a entender o que aconteceu momentos antes. Já a Flight Data Recorder guarda as ocorrências técnicas do avião. O modelo do avião já registrou algum acidente? De acordo com o site airsafe.com, a série RJ produzida pela BAe Systems registrou sete quedas. A mais recente aconteceu em 10 de outubro de 2006, na Noruega. Três pessoas morreram naquela ocasião. Houve falha técnica? Essa é uma das possibilidades discutidas. O piloto teria relatado "falhas técnicas graves" à torre de controle do aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. A capacidade de combustível da aeronave era suficiente para o voo? Especialistas apontaram que o modelo padrão da aeronave não tinha originalmente autonomia suficiente para fazer o trajeto entre os aeroportos de Santa Cruz de La Sierra e Medellín mesmo em linha reta. O fabricante, no entanto, informa que há aviões deste modelo com tanques auxiliares. A velocidade da aeronave antes da queda era suficiente para dar sustentação? Sim. De acordo com o último registro do voo, o avião estava reduzindo sua velocidade depois de começar procedimentos de aproximação e pouso. Por que a aeronave fez uma trajetória em círculos ao se aproximar do aeroporto? O procedimento é considerado o mais seguro para aterrissagem. Um fator que pode ter contribuído é o voo da Aerolinea VivaColômbia, que vinha da ilha de San Andrés, que havia pedido autorização para pouso de emergência por vazamento de combustível, no mesmo local, minutos antes da chegada da aeronave boliviana. Houve derramamento de combustível pela aeronave antes da queda? A investigação inicial apontou que os corpos e destroços não tinham sinal de combustível — o que inclusive pode reforçar a tese de pane seca. As autoridades investigam se o piloto teria jogado fora parte do combustível para evitar uma explosão no momento do impacto no chão. As condições climáticas podem ter contribuído para o acidente? O tempo ruim é frequentemente apontado por investigadores aeronáuticos como uma das principais causas para acidentes aéreos. Chovia no momento do acidente na região de Antioquia, estado colombiano cuja capital é Medellín. Como será a investigação do acidente? Quem ficará responsável pelas investigações? Haverá apoio internacional? As autoridades colombianas pediram apoio de investigadores britânicos, já que o avião foi fabricado pela British Aerospace. |
Identificação de vítimas de acidente da Chapecoense é concluída; corpos são esperados na 6ª-feira Posted: 01 Dec 2016 05:11 AM PST Por Brad Haynes CHAPECÓ (Reuters) - Todos os corpos dos brasileiros mortos na queda do acidente que levava o time da Chapecoense para a Colômbia foram identificados e estão sendo preparados para serem transportados de volta ao Brasil em uma aeronave militar, disse nesta quinta-feira o diretor de Comunicação do clube catarinense, Andrei Copetti. Os caixões chegarão a Chapecó por volta do meio-dia de sexta-feira, segundo Copetti, e serão levados diretamente para o estádio do clube, a Arena Condá, onde será realizado um velório coletivo com a presença esperada do presidente Michel Temer. A queda da aeronave em uma região montanhosa da Colômbia na noite de segunda-feira deixou 71 mortos, incluindo quase todos os jogadores da Chapecoense, a comissão técnica, dirigentes e jornalistas, no pior acidente da história do futebol brasileiro. Somente seis pessoas sobreviveram, incluindo três jogadores. Especialistas brasileiros viajaram à Colômbia para se juntar às autoridades locais e revisar as caixas-pretas do avião da companhia Lamia, que foram encontradas no local do acidente, próximo à cidade de La Unión. [nL1N1DV2KJ] Uma das principais hipóteses das investigações é que o avião British Aerospace Avro RJ85 ficou sem combustível e a tripulação tentou aterrissar, mas caiu a 17 quilômetros da pista. A aeronave não explodiu nem se incendiou e no lugar do impacto não foram encontrados resíduos de combustível. |
Identificação de vítimas de acidente da Chapecoense é concluída; corpos são esperado na 6ª-feira Posted: 01 Dec 2016 05:09 AM PST Por Brad Haynes CHAPECÓ (Reuters) - Todos os corpos dos brasileiros mortos na queda do acidente que levava o time da Chapecoense para a Colômbia foram identificados e estão sendo preparados para serem transportados de volta ao Brasil em uma aeronave militar, disse nesta quinta-feira o diretor de Comunicação do clube catarinense, Andrei Copetti. Os caixões chegarão a Chapecó por volta do meio-dia de sexta-feira, segundo Copetti, e serão levados diretamente para o estádio do clube, a Arena Condá, onde será realizado um velório coletivo com a presença esperada do presidente Michel Temer. A queda da aeronave em uma região montanhosa da Colômbia na noite de segunda-feira deixou 71 mortos, incluindo quase todos os jogadores da Chapecoense, a comissão técnica, dirigentes e jornalistas, no pior acidente da história do futebol brasileiro. Somente seis pessoas sobreviveram, incluindo três jogadores. Especialistas brasileiros viajaram à Colômbia para se juntar às autoridades locais e revisar as caixas-pretas do avião da companhia Lamia, que foram encontradas no local do acidente, próximo à cidade de La Unión. [nL1N1DV2KJ] Uma das principais hipóteses das investigações é que o avião British Aerospace Avro RJ85 ficou sem combustível e a tripulação tentou aterrissar, mas caiu a 17 quilômetros da pista. A aeronave não explodiu nem se incendiou e no lugar do impacto não foram encontrados resíduos de combustível. |
You are subscribed to email updates from R7 - Brasil. To stop receiving these emails, you may unsubscribe now. | Email delivery powered by Google |
Google Inc., 1600 Amphitheatre Parkway, Mountain View, CA 94043, United States |