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domingo, 27 de novembro de 2016

#Brasil

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Calero diz que gravou Temer em conversa "protocolar"

Posted: 27 Nov 2016 04:43 PM PST

Michel Temer e Marcelo Calero CHARLES SHOLL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, disse ao programa Fantástico, da TV Globo, que gravou "apenas uma única conversa protocolar" entre ele e o presidente Michel Temer, em relação ao caso que envolve o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.

"É um absurdo dizer que não fui leal", afirmou Calero, sobre as acusações que sofreu após a divulgação de que fez gravações. "Eu jamais entraria no gabinete presidencial com uma ferramenta sorrateira dessa natureza. Até por sugestão de alguns amigos que tenho da Polícia Federal, para me proteger e dar o mínimo de lastro probatório, fiz algumas gravações telefônicas", disse. "Servidor público tem que ser Leal. Não é a mesma coisa que ser cúmplice."

A conversa, afirmou Calero, foi gravada durante uma chamada telefônica, na qual ele teria apresentado seu pedido de demissão. O ex-ministro disse que ele e o presidente tiveram três conversas sobre o embargo à obra do empreendimento La Vue, em Salvador - empreendimento em construção no qual Geddel é dono de um apartamento.

"Na primeira ocasião, me senti respaldado. (...) O curioso é que na segunda vez, um dia depois, o presidente me determina que criasse uma manobra, um artifício - uma chicana, como se diz no termo jurídico - para encaminhar o caso", disse o ex-ministro da Cultura. "Me choca que interesses particulares se possam prevalecer dentro do governo", afirmou.

Temer teria citado uma certa "estranheza" sobre a decisão do Instituto do Patromônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), relatou Calero. Geddel pressionou o ex-titular da Cultura a aprovar no Iphan a obra do prédio.

Sobre gravações envolvendo Geddel e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, Marcelo Calero disse que "não podia confirmar se houve gravações".

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Protesto em São Paulo pede impeachment de Temer e 'Diretas Já'

Posted: 27 Nov 2016 02:15 PM PST

Protesto na Rua da Consolação na tarde deste domingo (27) Roberto Sungi/27.11.2016/Futura Press/Estadão Conteúdo

A Frente Povo Sem Medo levou milhares de pessoas à Avenida Paulista na tarde deste domingo para se manifestar contra a PEC do Teto, pedir o impeachment do presidente Michel Temer e eleições diretas. "Não dá para o senhor Michel Temer continuar no comando do Brasil, sentado naquela cadeira lá no Planalto. Temer não tem mais condições. Vai embora Temer. Renuncie", cobrou o coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos.

O ato começou com uma homenagem ao líder da revolução cubana Fidel Castro, morto neste sábado aos 90 anos.

Em todos discursos, os oradores lembraram as declarações do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero que, à Polícia Federal, disse ter sido pressionado por Temer para intervir junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para liberar a construção do edifício La Vue, em Salvador, embargado por estar em área de patrimônio histórico, onde o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima tem um apartamento.

Além de Boulos, participaram do ato o senador Linbergh Farias (PT-RJ), o presidente da CUT (Central única dos Trabalhadores) Vagner Freitas, o vereador eleito Eduardo Suplicy (PT), os deputados Ivan Valente e Luiza Erundina (PSOL) e a presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Carina Vitral. "Está na hora de fazer greve para tirar este governo. A nossa bandeira é 'Diretas Já'. Este Congresso não tem legitimidade (para eleger um presidente)", disse Freitas.

Organizadores e a Polícia Militar não divulgaram estimativas de público.

Pode haver incremento nas relações comerciais do Brasil com o Líbano, diz Temer

Posted: 27 Nov 2016 01:14 PM PST

Michel Temer durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto Beto Barata/PR

O presidente Michel Temer afirmou que o Brasil e Líbano tem um vinculo cultural muito forte de várias décadas e que pode haver incremento nas relações comerciais entre os dois países. Temer destacou sua raiz familiar, já que é filho de imigrantes libaneses. Ele fez o discurso de abertura da 1ª Conferência Latino-Americana do Potencial da Diáspora Libanesa, evento que visa intensificar os vínculos do Líbano e seus emigrantes em todo o mundo.

A cerimônia ocorreu no Palácio dos Bandeirantes e contou também com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. "Alckmin tem suprema educação e capacidade de acolher todos que vieram ao Brasil", disse o presidente.

Michel Temer destacou que em sua cidade natal, Tietê, no interior de São Paulo, seu pai o orientava a ouvir o hino do Líbano numa vitrola, o que ele apreciava. "Meu pai dizia: tenha sentimento pelo Líbano, mas adore o Brasil, onde se faz a América", lembrou, referindo-se ao grande potencial de progresso econômico e social do País onde nasceu.

O presidente também apontou que pode ter ocorrido uma grande coincidência nos destinos atuais do Brasil e do Líbano, pois ambos os países são comandados por pessoas cujo primeiro nome é Michel. No Líbano, o presidente é Michel Aoun, eleito recentemente.

Oposição diz que base aliada de Temer articulou anistia ao caixa 2

Posted: 27 Nov 2016 11:18 AM PST

Discurso do presidente Michel Temer Beto Barata/PR

A oposição reagiu hoje às declarações do presidente Michel Temer de que não haverá apoio por parte do governo a qualquer iniciativa para aprovar eventual anistia a caixa 2 de campanhas eleitorais na votação do pacote anticorrupção. "As duas recentes tentativas de aprovação de anistia ao caixa 2 são de responsabilidade exclusiva da base de apoio a Temer", acusou o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA).

Em nota, o petista afirma que, às vésperas de sair o acordo de delação premiada da empreiteira Odebrecht, a base governista intensificou o movimento para aprovar a medida e que, diante do desgaste, tentou compartilhar a aprovação da proposta com o PT.

"Sob cerco cruzado em decorrência do avanço das investigações sobre corrupção, em particular no Supremo Tribunal Federal, Michel Temer anuncia que pode vetar proposta de anistia ao caixa 2. O que ele não diz é que nas duas tentativas de aprovar a matéria o PT se negou a assinar a emenda proposta por parlamentares da sua base. E, por isso, parte da sua base não sustentou a defesa da anistia e sua maioria não conseguiu, sequer, levar a proposta à votação. O fato é que a articulação para aprovação da anistia ao caixa 2 foi de parlamentares da base de Temer", destaca a mensagem.

Florence declarou que a bancada não vai apresentar nenhuma proposta que signifique anistia ao caixa 2 e que não assinará nenhuma emenda do gênero. Ele disse que é inverídico a informação de que parlamentares do PT que não assinaram nota contrária à votação da anistia a caixa 2 sejam favoráveis à proposta.

Geddel

A líder da minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), chamou de "espetáculo lamentável" a entrevista coletiva de Temer, onde deu sua versão sobre o episódio envolvendo os ex-ministros Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Marcelo Calero (Cultura). A deputada avisou que a partir de amanhã (28), a oposição vai tomar "medidas concretas para enfrentar esse governo que se autoaniquila a cada dia". Os oposicionistas afirmam que o presidente da República cometeu crime de responsabilidade por ter atendido a "interesses privados" do ex-ministro.

Geddel pediu demissão do cargo após Calero dizer à Polícia Federal que o presidente interveio em favor dos interesses privados do peemedebista. Segundo Calero, Temer pediu para que ele resolvesse o impasse na liberação do empreendimento imobiliário em Salvador (BA), onde Geddel comprou um apartamento.

Com Maia em Brasília, manifestantes protestam em frente à sua casa no Rio

Posted: 27 Nov 2016 10:50 AM PST

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Marcelo Camargo/16.11.2016/Agência Brasil

Um pequeno grupo de manifestantes protestou em frente ao condomínio onde mora o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo. Eles gritaram palavras de ordem contra a emenda que prevê anistia ao caixa 2 e em apoio ao pacote das dez medidas contra a corrupção. Alguns vestiam camisetas com a foto do juiz Sergio Moro.

Maia, no entanto, estava em Brasília, onde deu entrevista coletiva ao lado do presidente Michel Temer (PMDB) e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), em que foi anunciado um acordo para barrar a anistia. Temer disse ser "impossível não vetar uma matéria como a anistia ao caixa 2". Maia disse que o debate "nunca aconteceu".

O ato foi convocado pelos movimentos "Foro do Brasil", "Nas Ruas" e "Vem pra rua". Eram cerca de 30 pessoas. Eles divulgaram o ato do próximo domingo, contra a anistia ao caixa 2 e de endosso ao pacote anticorrupção. O ato irá acontecer em todo o País, em pelo menos 50 cidades, segundo o "Vem Pra rua".

“Sou brasileiro também”: Marcha dos Imigrantes reivindica dignidade e direitos para todos

Posted: 27 Nov 2016 09:43 AM PST

Uma mistura de cores e bandeiras tomou conta da Avenida Paulista na manhã deste domingo (27). A 10ª Marcha dos Imigrantes, promovida pelo Cami(Centro de Apoio e Pastoral do Migrante), levou homens e mulheres dos quatro cantos do mundo à principal via da cidade de São Paulo. Segundo dados da PF (Polícia Federal), 117.745 estrangeiros deram entrada no Brasil só em 2015. A estimativa é de 1.189.947 pessoas de outros países vivendo permanentemente no país. 

Reivindicando o fim do Estatuto do Estrangeiro — instituído em 1980 durante o regime militar — e a aprovação de uma nova lei de imigração que garanta os direitos dos imigrantes, eles marcharam do vão livre do Masp até ao metrô Brigadeiro, ao som de músicas de todo mundo e interpretações artísticas.

Roque Patussi, coordenador do Cami, afirma que o principal objetivo da marcha, que já acontece há dez anos, é celebrar o dia Mundial dos Imigrantes, além de "dar visibilidade a quem somos".  

Eduardo Enomoto/R7

Este ano, a marcha também se posicionou contra a PEC 55. "Ela impacta diretamente os imigrantes", explica Patussi. E complementa. "Quando se estancam os investimentos, os imigrantes serão os primeiros a serem excluídos das escolas e do sistema de saúde. Consequentemente, o preconceito aumenta."

Para o coordenador do Cami, "ainda não entendemos qual é o processo do governo na questão dos imigrantes. Desde que entrou o novo governo, a Polícia Federal desacelerou os agendamentos para renovação e solicitações de novos registros. Se antes fazíamos entre 500 e 600 agendamentos por dia, hoje fazemos um ou dois. Fora as vezes em que ficamos 4 ou 5 dias sem conseguir nenhum agendamento", opina.

Pattusi também reclama das taxas que os imigrantes têm que pagar para conseguir os documentos, que teriam ficado mais caras no atual governo. Com isso, muitos estrangeiros preferem ficar sem documentos, o que dificulta a obtenção de empregos formais. "Sem os documentos, eles ficam vulneráveis, correndo o risco de serem multados. O valor máximo da multa é de R$800, mas imagine isso para uma família de cinco pessoas."

O coordenador afirma ainda que muitos imigrantes estão com medo das políticas que poderão ser adotadas pelo governo nos próximos meses. "Normalmente, quando a imigração para de dar documentos, significa que vem algo pior pela frente. Em outros países, como temos visto, é a deportação em massa."

Dominic Ndubuilo chegou ao Brasil em julho de 2016, fugindo dos ataques do grupo extremista Boko Haram na Nigéria. Ele conta que os militantes jihadistas invadiram a vila em que ele morava e realizaram atentados com bombas, o que fez ele sair do país. "A minha primeira escolha foi o Brasil. Eu vejo o Brasil como a Nigéria". Apesar disso, ele relata ter dificuldades para encontrar emprego. Formado em administração e gestão ambiental, ele ainda tem dificuldades para falar o português, o que dificulta sua contratação pelas empresas brasileiras.

O nigeriano Dominic Ndubuilo, há cinco meses no Brasil Eduardo Enomoto/R7

O trio Forhad Hossain, Mustakahed Jaygirdar e Gulam Sharia veio de Bangladesh para o Brasil fugindo da perseguição política. Eles relatam que, após as eleições de 2013 no país, os protestos contra o presidente ficaram comuns nas ruas do país. As manifestações, porém, geraram perseguições e prisões em massa aos opositores do regime. O trio afirma ainda que o resultado das urnas foi manipulado.

"O partido no poder tortura a oposição, as pessoas desaparecem", afirma Forhad. Opositor ao governo, ele conta que ficou com medo depois que o líder do movimento do qual fazia parte foi preso e desapareceu. "Aconteciam explosões em outras cidades, e o governo dizia que nós estávamos envolvidos", ele comenta.

Apesar da distância — Bangladesh está geograficamente localizado na Ásia  —, Forhad afirma que a cultura de seu país é semelhante à do Brasil. "Eu não quero ser reconhecido como imigrante. Sou brasileiro também. Eu amo esse país."

Já Mustakahed diz que escolheu o Brasil depois de pesquisar na internet e descobrir que o país "acolhia muitos imigrantes". No entanto, ele relata ter dificuldades de fazer a vida por aqui, principalmente pelas dificuldades em conseguir empréstimos em bancos, devido à falta da documentação adequada. "Somos um povo muito empreendedor. Quero fazer negócios e trazer minha família. Nós estamos salvos aqui, mas meu filho e minha esposa ainda estão lá", ele relata.

Palash Chandra também veio de Bangladesh. Mo entanto, ele não sofreu perseguição política, mas sim religiosa. No país, cerca de 93% da população é muçulmana, e apenas 4%, hindu. Com isso, a minoria sofre em algumas localidades — como é o caso de Palash, cuja família teve a casa incendiada.

Boliviano, Luis Jacinto Cayre veio para o Brasil há 15 anos à procura de trabalho. Atualmente, ele auxilia na coordenação do Cami e quer mostrar para os brasileiros que os imigrantes são importantes para o País. "Todo mundo no Brasil é imigrante. Quem veio do interior, de outras cidades, também é imigrante", comenta.

O boliviano Luis Jacinto Cayre Eduardo Enomoto/R7

Já o chileno Patrício Urzua está no Brasil há 38 anos. Ele veio para o país durante o regime militar, com o objetivo de estudar computação, mas acabou ficando para trabalhar. Sua reivindicação principal é o direito ao voto para os imigrantes. "Nós lutamos para ter voz e voto. Moro aqui há décadas e não posso votar porque a lei do estrangeiro não permite, a menos que você se naturalize, o que é um processo burocrático."

O casal de bolivianos Julieta Aleixo e Mario Jimachi veio ao Brasil em 2006, também em busca de trabalho. Atualmente eles são empregados de uma fábrica de costura no Brás e reclamam dos salários baixos e da discriminação que sofrem no emprego. "Há muita discriminação. Nossos filhos não podem estudar livremente sem serem incomodados. Tenho cinco filhos e todos nasceram no Brasil", conta Julieta.

Mario complementa. "Trabalho para a gente tem, mas eles pagam muito pouco. Precisamos de mais respeito, para que os brasileiros vejam que também somos humanos."

Este ano a Marcha contou também com um bloco só de mulheres, organizado pela Frente de Mulheres Imigrantes e Refugiadas, que veio levando ritmo e alegria para a manifestação, ao som de tambores e flautas.

*Com a colaboração de Luis Felipe Segura, estagiário do R7

Inverno castiga iraquianos que fogem do Estado Islâmico em Mosul

Posted: 27 Nov 2016 09:36 AM PST

Por Ulf Laessing

ACAMPAMENTO HASSAN SHAM, Iraque (Reuters) - Passando por dezenas de pessoas, o professor iraquiano Umar Salah carrega quatro sacos contendo 15 cobertores e panelas cheias de comida pelo portão de um acampamento superlotado de civis que fugiram do Estado Islâmico em Mosul.

Soldados só abrem o portão, ocasionalmente, para permitir que civis tragam suprimentos a familiares, enquanto as autoridades tentam para acomodar cerca de 1.000 pessoas que buscam diariamente fugir da guerra, desde que as forças iraquianas lançaram uma campanha para expulsar os militantes.

Tropas do governo iraquiano apoiadas pelos EUA e forças de segurança curdas iniciaram a maior batalha no Iraque desde a invasão liderada pelos EUA, em 2003, com o objetivo de expulsar os combatentes do Estado Islâmico de Mosul, o último e maior bastião do grupo militante no país.

A Organização das Nações Unidas (ONU) pede a doadores que financiem kits de inverno para 1,2 milhão de pessoas, preparando-se para um possível cenário no qual grande parte da população pode ainda deixar a cidade. Até agora, 72 mil pessoas já fugiram, e o inverno trouxe temperaturas congelantes.

As autoridades curdas pedem aos civis refugiados que permaneçam nos acampamentos, mesmo com familiares fora, de modo que os homens possam ser controlados por ligações com o Estado Islâmico. Parentes se amontoam do lado de fora, levando cobertores e travesseiros.

"Meus parentes têm gelo em sua barraca à noite", disse Salah, enquanto esperava seus primos e seus cinco filhos para entregar-lhes as malas. "Eles não recebem cobertores suficientes, então eu os trouxe da minha casa."

Salah saiu de Mosul para a cidade curda de Erbil, a 60 km ao leste da cidade, quando o Estado Islâmico varreu a área, em junho de 2014. O resto de sua família fugiu há duas semanas.

Os homens deslocados têm de entregar seus cartões de identificação no dia em que chegam.

"Quero ficar com minha família em Erbil, mas eles nos mantêm aqui", disse um jovem, que deu seu nome apenas como Hisham, prostrado diante de uma barraca onde velava sua esposa e bebê. "Esperei por três semanas."

Esperando uma estadia mais longa, enquanto a guerra se arrasta, muitas famílias levam fogões e utensílios de cozinha ao acampamento. Com soldados dispensando a maioria das pessoas que buscam abrigo no acampamento, dezenas jogam suas malas sobre a cerca.

Os pais matriculavam os filhos nas escolas instaladas nos acampamentos, para muitos, a primeira oportunidade para a escolaridade regular em anos.

"As crianças perderam dois anos, pois as escolas foram fechadas pelo Daesh (Estado Islâmico) ou ensinaram apenas a lei islâmica", disse um professor, que se identificou como Ali.

Aplicativo ajuda a evitar acidentes com crianças esquecidas em carros

Posted: 27 Nov 2016 09:25 AM PST

Aplicativo foi criado no Rio Grande do Sul (RS) Marri Nogueira/Agência Senado

Um aplicativo desenvolvido no Rio Grande do Sul ajuda a evitar acidentes como o que causou a morte de um bebê de cinco meses, quarta-feira (23), esquecido no carro pelo pai durante a rotina de trabalho, em Araçatuba, interior de São Paulo.

Os sócios Érico Montejo e Larissa Moraes desenvolveram um sistema gratuito que avisa pelo celular quando a criança não é deixada na escola, creche ou onde deveria estar rotineiramente. O serviço, registrado com o nome de "Bebê Alerta", está disponível para celulares com tecnologia Android ou iOS.

Montejo é empresário da área de comunicação e Larissa, consultora empresarial. "O aplicativo nasceu da nossa preocupação em defender as crianças de fatalidades, ajudando os pais a reduzir o esquecimento dos filhos nos carros. Na vida atribulada de hoje, é algo que pode acontecer com qualquer pessoa", disse Larissa.

O sistema registra a rotina da criança e emite alerta quando ela é quebrada. Se o filho não é deixado na escola no horário previsto, por exemplo, a mensagem indaga se os pais têm conhecimento da falta à aula. Isso também acontece quando a criança sai das aulas antes do horário ou permanece na escola mais tempo que o previsto. Segundo Larissa, o controle também evita casos, que ocorrem com certa frequência, de pais que se esquecem de buscar o filho após o período letivo.

Lançado no início deste ano, o serviço já recebeu adesão de escolas de Estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, de forma gratuita. "Se a escola quiser inserir logotipo ou publicidade, aí é cobrada uma mensalidade", disse a consultora empresarial. Na escola, além do celular, o controle pode ser feito por tablet, notebook ou computador, permitindo a inserção de outros serviços, como a agenda escolar e informações para os pais.

Larissa e Montejo pretendem ampliar o leque de utilidades do sistema. "Estamos preparando a segunda fase do projeto, em que os pais poderão usar o sistema de check-in e chek-out em outras atividades do dia a dia", disse Larissa. O funcionamento e formas de acessar o serviço estão disponíveis no site www.bebealerta.com.br.

Rosberg conquista o título mundial de Fórmula 1 pela Mercedes

Posted: 27 Nov 2016 08:44 AM PST

Por Alan Baldwin

ABU DHABI (Reuters) - O alemão Nico Rosberg ganhou neste domingo seu primeiro título mundial de Fórmula 1, depois de terminar em segundo lugar em um GP de Abu Dhabi tenso, no qual seu companheiro de equipe na Mercedes, Lewis Hamilton, venceu.

Depois de muito suspense, Hamilton conquistou sua décima vitória da temporada e a quarta consecutiva, mas não foi o suficiente para mudar o resultado do campeonato.

Hamilton, que precisava manter Rosberg fora do pódio para ser campeão, tentou empurrá-lo para os demais pilotos.

Em meio a preocupações dos chefes da equipe, o britânico diminuiu deliberadamente o ritmo nas últimas voltas, produzindo um final emocionante, com os quatro primeiros pilotos separados por apenas 1,6 segundo.

Rosberg manteve a segunda posição para se tornar o terceiro campeão mundial de seu país, após Michael Schumacher e Sebastian Vettel.

Filho do finlandês Keke Rosberg, vencedor do título de 1982, o alemão é o segundo filho de um campeão do mundo que consegue imitar seu pai, como o britânico Damon Hill.

Temer considera pedir à GSI que grave todas as suas reuniões

Posted: 27 Nov 2016 07:42 AM PST

O presidente Michel Temer considera solicitar ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional) que passe a gravar todas as audiências públicas em que ele esteja presente, e disponibilizar os áudios para acesso público. Ele anunciou a possível medida em coletiva de imprensa na tarde deste domingo (27) junto aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros.

Esta é a solução pensada por Temer em resposta à atitude do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que afirmou à Polícia Federal (PF) ter gravado conversas com o próprio presidente, o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima — que também pediu demissão esta semana.

Em depoimento à polícia, Calero afirmou que Geddel e Temer o pressionaram em nome de interesses particulares, pedindo para que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), vinculado à pasta da Cultura, liberasse o embargo da obra de um prédio, em Salvador, onde Geddel possui um imóvel.

"Aproveitando essa gravação clandestina, ilógica, talvez façamos desse limão uma limonada institucional, fazendo com que todas as audiências públicas do presidente da república sejam todas gravadas", disse Temer.

Temer ainda criticou Calero, afirmando que gravar o presidente da República é "desarrazoado", "indigno" e "gravíssimo".

— Eu jamais teria coragem.

A coletiva de imprensa foi convocada para anunciar um acordo entre Executivo e Legislativo contra a anistia ao caixa dois em campanhas eleitorais. A iniciativa visa dar uma mensagem de compromisso com o combate à corrupção num momento em que o próprio presidente da República enfrenta questionamentos éticos.

 

Temer nega ter patrocinado interesses privados de Geddel

Posted: 27 Nov 2016 06:46 AM PST

Renan, Temer e Maia durante coletiva na tarde de hoje Beto Barata/PR

Durante entrevista coletiva na tarde deste domingo (27), o presidente Michel Temer criticou duramente o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, que alega ter gravado o mandatário durante um encontro entre os dois em Brasília para tratar sobre a liberação de um empreendimento imobiliário na Bahia. Temer também negou que tenha "patrocinado" os interesses particulares do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.

— Acho que gravar clandestinamente é desarrazoado, ou diria mesmo indigno. Um ministro gravar um presidente da República é gravíssimo. Se ele gravou, espero que essa gravação venha à luz. Eu sou cuidadoso nas palavras. Jamais diria algo inadequado.

Em depoimento à Polícia Federal, Calero afirmou ter recebido pressão de vários ministros para convencer o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) a voltar atrás na decisão de barrar um empreendimento localizado em uma área tombada de Salvador, onde Geddel adquiriu um apartamento. Na versão do ex-ministro da Cultura, Geddel o pressionou e disse que, se fosse preciso, falaria até mesmo com Temer. Calero acrescentou ainda à PF que tanto o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha quanto Temer insistiram para que ele levasse o processo sobre o prédio à AGU (Advocacia-Geral da União).

Na coletiva, Temer disse que "não estava patrocinando nenhum interesse privado", mas "arbitrando um conflito adminstrativo" entre dois órgãos do governo. Ele afirmou ainda que só soube do apartamento de Geddel quando a polêmica veio à tona, na quinta-feira.

— Havia um conflito de órgãos da administração entre o Iphan da Bahia [que liberou a obra] e o Iphan nacional [que barrou]. (..) A coisa que mais fiz na vida foi arbitrar conflitos, era arbitragem permanente. (...) A lei diz que, quando há conflito de órgãos, pode se ouvir a Advocacia-Geral da União, que fará uma avaliação daquele conflito. Isso vem sendo feito e foi feito em muitíssimas oportunidades. Quando ele [Calero] dizia que não quer despachar nem a favor [da liberação da obra] nem contra, então mande para a AGU.

A coletiva de imprensa foi convocada para anunciar um acordo entre Executivo e Legislativo contra a anistia ao caixa dois em campanhas eleitorais. A iniciativa visa dar uma mensagem de compromisso com o combate à corrupção num momento em que o próprio presidente da República enfrenta questionamentos éticos.

Ao ser indagado se demorou muito para decidir pela saída do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, Temer negou.

— Não acho que a saída de Geddel demorou, talvez se tivesse saído antes poderia ser melhor. A demora não foi útil, mas não causa prejuízos de monta. (...) Cheguei à Presidência por um dever constitucional. E não vou mudar meu estilo. Não venham me exigir que tome atitudes autoritárias, sei como elvar as coisas, seiq eu as coisas se resolvem com naturalidade,, com o tempo elas se resolvem

Temer também saiu em defesa de Eliseu Padilha.

— O que Padilha fez foi o que eu disse, que é a recomendação da AGU. Não há necessidade de falar de demissão de Padilha.

Temer afirmou que procura para o lugar de Geddel alguém "com lisura absoluta de conduta e com boa interlocução no Congresso" para assumir a articulação política do governo.

Temer diz que Executivo e Congresso fizeram acordo para impedir anistia ao caixa 2

Posted: 27 Nov 2016 06:41 AM PST

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer anunciou neste domingo no Palácio do Planalto que os Poderes Executivo e Legislativo fizeram um ajustamento institucional com vistas a impedir a tramitação no Congresso de qualquer proposta que vise uma anistia ao crime de caixa 2 eleitoral.

Ao lado dos presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Temer disse que informou preventivamente que seria impossível um presidente da República sancionar qualquer matéria de anistia ao caixa 2, depois que a votação de projeto anticorrupção na Câmara foi adiada na semana passada em meio a uma polêmica sobre eventual anistia.

Maia e Renan afirmaram que não há espaço para a tramitação de um projeto dessa natureza no Congresso, e o presidente do Senado acrescentou que há outras prioridades, como votar medidas econômicas.

Segundo Renan, até o final do ano serão concluídas as votações da LDO e da Lei Orçamentária de 2017.

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(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

Temer diz que fechou acordo com Congresso para barrar anistia ao caixa 2 

Posted: 27 Nov 2016 06:27 AM PST

Michel Temer se reuniu hoje com o presidente do Senado Renan Calheiros (ao fundo) e o presidente da Câmara Rodrigo Maia Beto Barata/27.11.2016/PR

O presidente Michel Temer afirmou neste domingo (27) que os poderes Executivo e Legislativo fizeram um "acordo institucional" para impedir que a proposta de anistia a crimes eleitorais, como o caixa dois, seja levada à votação no Congresso.

A Câmara dos Deputados deve votar na terça-feira (29) o pacote de dez medidas contra a corrupção. A votação foi adiada na última quinta-feira (24) após a polêmica em torno das articulações de parlamentares para incluir uma emenda que anistiaria crimes eleitorais.

A declaração de Temer foi feita durante uma inédita entrevista coletiva em Brasília conjunta entre os poderes Executivo e Legislativo, ao lado do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

— Seria impossível o presidente da República sancionar uma matéria desta natureza. Mas conversamos eu, o presidente Rodrigo e o presidente Renan e acordamos todos que não há a menor condição, pelo menos patrocinado pelo presidente da Câmara ou do Senado, de levar adiante essa proposta.

Segundo o presidente, o Planalto não incentivou conversas a respeito da anistia. Ele ressaltou que, como afirmara anteriormente, a matéria seria vetada caso chegasse à Presidência. Sua decisão foi justificada ainda pela "voz das ruas"

— No tocante à questão da anistia para os chamados crimes eleitorais, como o caixa dois, há uma unanimidade dos dirigentes do Executivo e do Legislativo, mas ao mesmo tempo conversamos muito nesses dias e verificamos que era preciso atender ao que se chama "voz das ruas", que é uma disposição do poder constitucional que diz que o poder não é nosso, é do povo.

O caixa dois é a prática de usar em campanhas eleitorais verbas não declaradas à Justiça Eleitoral, independentemente de sua origem ser lícita ou lícita. A Operação Lava Jato, contudo, revelou que empreiteiras desviavam recursos de obras públicas para pagamento de caixa dois e propina a políticos dentro e fora do Brasil. Uma anistia ao crime foi durante criticada ao longo da semana, inclusive pelo juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância pelas decisões da Lava Jato.

Na quinta-feira (24), Maia declarou que "não tem anistia para um crime que não existe. O que estamos tratando na proposta é a tipificação. De forma nenhuma a gente pode anistiar um crime que não existia".

Na coletiva de hoje, ele afirmou que houve "uma confusão de comunicação nesse debate, que é exatamente a questão da anistia".

— Nas discussões com os líderes nossa intenção nunca foi anistiar crimes, já que o projeto trata da tipificação de um crime, nós não podíamos anistiar esses crimes.

Segundo Maia, criou-se um ambiente "que parecia que nós queríamos anistiar corrupção passiva, peculato, mas esse debate nunca aconteceu".

— Na sexta circulou a informação que o presidente iria vetar [a proposta], mas era uma antecipação a um veto de uma emenda que não existe. Essa emenda nunca existiu efetivamente, porque essa emenda nunca foi assinada, então ela não existe do ponto de vista de trâmite regimental.

O presidente do Senado também tratou do assunto.

— Nós aqui estamos fazendo um acordo, um ajuste institucional, na expressão do presidente, no sentido de que não haverá apreciação de anistia a crime eleitoral, caixa dois ou qualquer crime eleitoral.

Federação inglesa de futebol investiga denúncia de abuso sexual em clubes

Posted: 27 Nov 2016 05:19 AM PST

SÃO PAULO (Reuters) - A Associação Inglesa de Futebol (FA) lançou uma revisão interna para examinar denúncias de crianças sendo abusadas sexualmente em clubes de futebol profissional.

O órgão dirigente do futebol inglês disse no domingo que nomeou Kate Gallafent QC como principal consultora independente para supervisionar sua investigação depois que ex-jogadores de futebol disseram à mídia britânica na sexta-feira que foram abusados ​​sexualmente quando crianças em clubes ingleses.

A polícia britânica já está investigando diversas acusações de atividade pedófila em equipes de jovens, que as vítimas afirmam não terem sido denunciadas há décadas.

Depois de acusações neste mês do ex-jogador do Crewe Alexandra Andy Woodward dizendo que foi molestado como garoto pelo observador de talentos e condenado pedófilo Barry Bennell, outros ex-jogadores da juventude também tornaram públicas outras acusações.

O Crewe está investigando as alegações, da mesma forma que o Manchester City apura se Bennell tinha qualquer associação com o clube.

Bennell não tem feito nenhum comentário público sobre as acusações.

Contra caixa 2, grupos antipetistas já ensaiam 'Fora, Temer'

Posted: 27 Nov 2016 04:40 AM PST

Pacote anticorrupção deve ser votado na terça-feira (29) BBC Brasil/Agência Câmara

Menos de três meses após o impeachment de Dilma Rousseff, grupos responsáveis pelas manifestações de rua ameaçam agora pedir a saída de Michel Temer caso ele sancione um eventual projeto de anistia ao caixa 2. Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Nas Ruas acusam o Planalto de condescendência com parlamentares que tentam descaracterizar o pacote anticorrupção em discussão na Câmara.

Os grupos se reunirão em um protesto pela primeira vez desde a destituição da petista no próximo dia 4, na Avenida Paulista, e o tema principal é o combate a uma eventual anistia.

O desgaste de Temer foi ampliado após as denúncias feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, que levaram à queda de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo. Principal articulador político do presidente, Geddel foi acusado de pressionar o colega para liberar a construção de uma obra em Salvador embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

"A nossa palavra de ordem vai depender de como Temer agir. Se passar na Câmara a anistia e ela for sancionada, vamos então pedir o 'Fora, Temer'", disse Carla Zambelli, líder dos Nas Ruas e uma das porta-vozes do Convergência, que reúne 40 movimentos em diferentes Estados.

Após a repercussão negativa da articulação na Câmara, aliados de Temer passaram a divulgar que o presidente vetará qualquer proposta de anistia que chegue ao Palácio do Planalto. Até então, o presidente vinha dizendo que respeita decisões do Congresso e chegou a sinalizar, em entrevista, que sancionaria o texto.

O Vem Pra Rua lançou nas redes sociais a hashtag #vetatemer e se aproximou do PSOL, partido de esquerda que combateu o impeachment de Dilma. "Vamos apoiar fortemente ações como a do deputado Ivan Valente, do PSOL, que está pressionando para que a votação seja nominal. Estamos abertos para conversar com qualquer partido alinhado com a nossa causa. Por isso vamos parabenizá-lo", disse Rogério Chequer, porta-voz do grupo.

Reduto de políticos tucanos e da antiga oposição, o Vem Pra Rua tem sido enfático. "Não vi o Temer se posicionar contra isso (anistia ao caixa 2). Gostaria de ouvir. Estamos de olho no Temer e no (deputado) André Moura (PSC-SE, líder do governo na Câmara). Estamos juntando evidências", afirmou Chequer.

Segundo o ativista, o presidente terá uma dura decisão nas mãos. "Temer vai ter que escolher se é à favor dos políticos corruptos ou se está ao lado da sociedade".

Além do veto, porém, para não arcar com o ônus o presidente precisará articular sua base para que a decisão não seja derrubada na Câmara posteriormente.

Autores do pedido de impeachment de Dilma, a advogada Janaina Paschoal e o jurista Miguel Reale engrossam a pressão sobre Temer. "Afirmo de maneira categórica que se esse projeto de anistia tiver andamento no Congresso e for sancionado pelo presidente, isso será uma situação inequívoca de quebra de decoro", disse Janaina. Na semana passada, a advogada usou o Twitter para cobrar a demissão de Geddel.

Reale, por sua vez, avalia que ainda não há fato concreto para que se peça o impeachment de Temer, mas vê condescendência com a articulação pela anistia ao caixa 2. "Há um imenso desgaste. O problema não é só sancionar (a anistia ao caixa 2), mas dar sinal verde para as tratativas. As notícias indicam que ele não vetaria. Até agora, Temer não negou isso", disse Reale.

Os juristas e os grupos de rua também estão afinados na crítica aos partidos que apoiaram o impeachment, em especial o PSDB. "Alguns líderes do partido estão mudos. Vários membros estão indicados como envolvidos", disse Reale.

"A posição do PSDB é lamentável. Será que querem assumir a Presidência em 2018 depois disso?", questionou Chequer, ampliando as críticas.

Movimentos sociais e partidos da oposição organizam série de atos por impeachment

Posted: 27 Nov 2016 04:33 AM PST

Queda do ex-ministro Geddel Vieira Lima e suposta interferência de Temer reacendeu pedidos por impeachment Pedro Ladeira/24.05.2016/Folhapress

Apagada desde a derrota histórica do PT nas eleições municipais de outubro, a bandeira do "Fora, Temer" se reacendeu na esquerda com as acusações feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra Geddel Vieira Lima, que deixou a Secretaria de Governo, e o presidente Michel Temer.

Grupos como as frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular, a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), além de movimentos de moradia, organizam uma série de manifestações pedindo o impeachment de Temer. Setores do PT e aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçam as articulações.

A primeira manifestação está marcada para este domingo (27), na Avenida Paulista, convocada pela Frente Povo Sem Medo.

Inicialmente, o ato tinha como pauta o repúdio à PEC do Teto e contaria com as participações de Lula, do ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica e do cantor Chico Buarque, mas eles desistiram. Agora, a pauta é o "Fora, Temer".

"Com os últimos acontecimentos, ganha força a pauta da derrubada do governo. Entendemos que este governo perdeu a condição de continuar", disse Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e coordenador da Frente Povo Sem Medo.

A Frente Brasil Popular, que havia desistido de participar, agora está revendo sua posição. Representantes da frente vão se reunir com o senador Lindbergh Farias no domingo de manhã. "Vamos avaliar a conjuntura e traçar uma estratégia com relação à possibilidade de impeachment de Temer", disse Raimundo Bonfim, um dos coordenadores do grupo.

No dia 29, a UNE e a UBES pretendem reunir 25 mil estudantes nas ruas de Brasília. "A pauta central é a PEC do Teto, mas, sem dúvida, o 'Fora, Temer' renasceu", disse Marianna Dias de Souza, da UNE.

Militantes sequestram seis paquistaneses ligados a empresa polonesa

Posted: 27 Nov 2016 04:33 AM PST

Por Saud e Mehsud

DERA ISMAIL KHAN, Paquistão (Reuters) - Seis paquistaneses trabalhando para uma empresa polonesa de pesquisa em petróleo e gás foram sequestrados no noroeste do Paquistão, disseram fontes militares à Reuters, anos depois de um engenheiro da mesma companhia ter sido decapitado por militantes paquistaneses.

Os seis funcionários da Geofizyka Krakow foram pegos em seus veículos no sábado à tarde, na estrada próxima ao vilarejo de Drazinda, a cerca de 80 quilômetros da cidade de Dera Ismail Khan, segundo duas autoridades de forças de segurança na área.

Um dos oficiais, que falou sob a condição de anonimato por não estar autorizado a falar com a imprensa, forneceu à Reuters os nomes e números de identidade nacional dos trabalhadores.

A Geofizyka Krakow, subsidiária da empresa estatal polonesa PGNiG, não foi imediatamente encontrada para comentar o ocorrido. Em seu site, a unidade local da PGNiG afirmou ter entrado em falência em agosto de 2016.

"Eles são sub-contratados fornecendo trabalho para a Geofizyka Krakow, companhia que está agora em falência. Eles não são poloneses", disse um porta-voz da PGNiG. Ele não quis dar mais detalhes.

Uma porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Polônia postou no Twitter que não haviam cidadãos poloneses no grupo e que a Embaixada polonesa em Islamabad, capital do Paquistão, está monitorando a situação.

Nenhum grupo militante reivindicou a responsabilidade pelos sequestros. No passado, militantes da linha dura do grupo islâmico paquistanês Taliban sequestrou pessoas na região para resgate ou para barganhar a liberação de prisioneiros.

A área onde os trabalhadores foram sequestrados é perto de Waziristão do Sul, parte das Áreas Tribais Federalmente Administradas (FATA), área sem lei que faz fronteira com o Afeganistão.

A Geofizyka Krakow possui um longo histórico de trabalhos com pesquisa sísmica no Paquistão.

Em 2008, um engenheiro polonês trabalhando para a empresa foi sequestrado pelo Taliban paquistanês próximo à cidade de Attock, e decapitado muitos meses depois.

De modo geral, a segurança no Paquistão tem melhorado nos últimos anos, mas muitas das áreas a noroeste que fazem fronteira com o Afeganistão continuam voláteis e perigosas, especialmente para estrangeiros e aqueles trabalhando para empresas estrangeiras.

As regiões de fronteira, profundamente conservadoras e de difícil acesso devido ao terreno acidentado, têm sido santuários para os combatentes da al Qaeda, o Taliban e outros grupos militantes.

A maioria dos grupos militantes que promovem ataques dentro do Paquistão está tentando derrubar o governo para estabelecer uma teocracia islâmica e impor uma interpretação mais estrita da religião do que a praticada na maior parte do país.

Militantes sequestram seis paquistaneses ligados a empresa polonesa

Posted: 27 Nov 2016 04:32 AM PST

Por Saud e Mehsud

DERA ISMAIL KHAN, Paquistão (Reuters) - Seis paquistaneses trabalhando para uma empresa polonesa de pesquisa em petróleo e gás foram sequestrados no noroeste do Paquistão, disseram fontes militares à Reuters, anos depois de um engenheiro da mesma companhia ter sido decapitado por militantes paquistaneses.

Os seis funcionários da Geofizyka Krakow foram pegos em seus veículos no sábado à tarde, na estrada próxima ao vilarejo de Drazinda, a cerca de 80 quilômetros da cidade de Dera Ismail Khan, segundo duas autoridades de forças de segurança na área.

Um dos oficiais, que falou sob a condição de anonimato por não estar autorizado a falar com a imprensa, forneceu à Reuters os nomes e números de identidade nacional dos trabalhadores.

A Geofizyka Krakow, subsidiária da empresa estatal polonesa PGNiG, não foi imediatamente encontrada para comentar o ocorrido. Em seu site, a unidade local da PGNiG afirmou ter entrado em falência em agosto de 2016.

"Eles são sub-contratados fornecendo trabalho para a Geofizyka Krakow, companhia que está agora em falência. Eles não são poloneses", disse um porta-voz da PGNiG. Ele não quis dar mais detalhes.

Uma porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Polônia postou no Twitter que não haviam cidadãos poloneses no grupo e que a Embaixada polonesa em Islamabad, capital do Paquistão, está monitorando a situação.

Nenhum grupo militante reivindicou a responsabilidade pelos sequestros. No passado, militantes da linha dura do grupo islâmico paquistanês Taliban sequestrou pessoas na região para resgate ou para barganhar a liberação de prisioneiros.

A área onde os trabalhadores foram sequestrados é perto de Waziristão do Sul, parte das Áreas Tribais Federalmente Administradas (FATA), área sem lei que faz fronteira com o Afeganistão.

A Geofizyka Krakow possui um longo histórico de trabalhos com pesquisa sísmica no Paquistão.

Em 2008, um engenheiro polonês trabalhando para a empresa foi sequestrado pelo Taliban paquistanês próximo à cidade de Attock, e decapitado muitos meses depois.

De modo geral, a segurança no Paquistão tem melhorado nos últimos anos, mas muitas das áreas a noroeste que fazem fronteira com o Afeganistão continuam voláteis e perigosas, especialmente para estrangeiros e aqueles trabalhando para empresas estrangeiras.

As regiões de fronteira, profundamente conservadoras e de difícil acesso devido ao terreno acidentado, têm sido santuários para os combatentes da al Qaeda, o Taliban e outros grupos militantes.

A maioria dos grupos militantes que promovem ataques dentro do Paquistão está tentando derrubar o governo para estabelecer uma teocracia islâmica e impor uma interpretação mais estrita da religião do que a praticada na maior parte do país.

Temer avalia afastar automaticamente auxiliares sob suspeita

Posted: 27 Nov 2016 03:16 AM PST

Após uma semana de fritura e envolvimento de Temer em escândalo, Geddel Vieira Lima pediu demissão de ministério Pedro Ladeira/05.10.2016/Folhapress

O presidente Michel Temer decidiu mudar de estratégia para evitar que novos escândalos envolvendo auxiliares ampliem a crise política no governo. A ideia é que todo ministro sob investigação na Comissão de Ética da Presidência peça afastamento do cargo até a conclusão do processo.

A alternativa chegou a ser proposta por Temer ao então ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, três dias antes de sua demissão. Geddel não concordou e acabou caindo após puxar a crise para o Palácio do Planalto.

Batizado de saída "a la Hargreaves", numa referência a Henrique Hargreaves, então ministro da Casa Civil do governo Itamar Franco (1992-1994), o modelo está sendo planejado sob medida para blindar Temer e criar uma espécie de rede de proteção em torno do Planalto. Na administração de Itamar, que tomou posse após o impeachment de Fernando Collor (PTC-AL), hoje senador, Hargreaves foi acusado de desvio de verbas públicas. Pediu exoneração do cargo enquanto transcorriam as investigações contra ele e voltou à chefia da Casa Civil três meses depois, quando ficou provado que as denúncias eram infundadas.

Temer quer seguir esse exemplo como código de conduta de sua gestão. Em conversas reservadas, ele tem dito que está "cansado de apanhar" e vem pagando "um preço muito alto" por erros e irregularidades cometidas por ministros.

Na tentativa de mostrar que não é conivente com falcatruas, o presidente conhecido por nunca demitir ninguém já avisou que considera "adequado" o afastamento de um auxiliar no período das investigações na Comissão de Ética. O colegiado não tem poder de punir, mas apenas de recomendar ao chefe do Executivo penas que vão da advertência à exoneração.

No Planalto, a avaliação é de que a demissão de Geddel ameniza, mas não acaba com a crise. A preocupação, agora, é com as votações no Congresso e com os reflexos da turbulência política na economia, além da gravação que o ex-ministro Marcelo Calero realizou com o presidente, ainda não divulgada.

Odebrecht

Outro ponto é que a ameaça das delações de executivos da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Lava Jato, também ronda o Planalto. É por isso que a saída de Geddel não tira a crise de cena.

Mesmo assim, no diagnóstico de interlocutores do presidente, foi um gesto necessário — embora atrasado — para salvar o governo, alvejado após o depoimento do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal.

O diplomata disse que Temer tentou fazer com que ele "interferisse indevidamente" para que a decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), barrando a construção do prédio La Vue, em Salvador, fosse submetida à Advocacia Geral da União (AGU).

Comunicação

A crise também está fazendo o governo reavaliar a sua política de comunicação. Há divergências entre o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, sobre o novo modelo a ser adotado. A percepção dos próprios aliados é a de que Temer vem perdendo a batalha da comunicação por não dar respostas imediatas à agenda negativa e muito menos conseguir criar uma marca de governo.

Na tentativa de mostrar que não compactua com irregularidades, o presidente disse que vetará a proposta de anistia para caixa 2 eleitoral, caso seja aprovada pelo Congresso. A intenção só foi manifestada após o tema ser rechaçado pela sociedade e virar alvo de uma campanha contrária nas redes sociais.

Em almoço no Palácio da Alvorada, na sexta-feira, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador Aécio Neves (MG), Temer ouviu que o PSDB foi o primeiro a defendê-lo nessa temporada de acusações. Nos bastidores, houve quem lembrasse que a oposição, apesar de minoritária, tem conseguido fazer mais barulho no Congresso do que os próprios aliados do governo.

Adriana Ancelmo, a verdadeira "Riqueza" de Sérgio Cabral

Posted: 27 Nov 2016 03:06 AM PST

Adriana Ancelmo era chamada de "Riqueza" pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Ele era "Meu Anjo" para a mulher Wilton Junior/14.07.2008/Estadão Conteúdo

A "Riqueza" na vida do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) também atendia pelo nome de Adriana Ancelmo. Na intimidade, esse era o apelido da ex-primeira dama do Estado, de 46 anos — que costumava devolver o gracejo com um singelo "Meu Anjo".

No último dia 22, depois de alguns dias de separação, "Riqueza" visitou "Meu Anjo". Ele está no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio, para onde foi levado, preso, pela Polícia Federal.

No flagrante fotográfico da visita ao sistema prisional, Adriana usa óculos escuros, uma camiseta clara (acompanhada por uma malha preta e fina sobre os ombros) e brincos vistosos. É possível imaginar que aquele par tenha sobrevivido à devassa policial no apartamento em que ela morava com o marido, no Leblon.

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Lá, foram encontrados outros 22 pares de brincos, três colares, sete anéis, uma pulseira, sete relógios e um pingente. Peças caras (ouro, esmeralda, rubi...), compradas em joalherias como H.Stern e Cartier.

Em seu conjunto, a foto não transmite sinais de sofrimento. Ao contrário, o que se vê ali é discrição, poder e, claro, a própria "Riqueza".

Nascida em São Paulo, Adriana mudou com a família para o Rio quando tinha 5 anos. De classe média, estudou em colégios públicos e se formou em direito pela PUC. No período em que Cabral foi presidente da Assembleia Legislativa, em 2001, ela já atuava como procuradora assistente da Casa.

As lendas ao redor do namoro, alimentadas pelo próprio casal, dão conta de que eles se conheceram em um dos elevadores da Alerj - e que foi Adriana quem deu o primeiro passo, apresentando-se para o político ascendente, que presidiu a Assembleia de 1995 a 2002. Na época, ela vivia com o advogado Sérgio Coelho, seu sócio no escritório Coelho, Ancelmo & Dourado.

O casamento de Adriana e Cabral ocorreria em 2004, três anos depois do primeiro encontro. Foi descrito como "um festão para 900 convidados, no mítico Copacabana Palace", por um jornal local. O casal teve dois filhos.

Adriana não foi uma primeira dama vocacionada. No começo, claro, envolveu-se em projetos sociais, organizou jantares beneficentes e cumpriu o papel de "bela, recatada e do lar". Mas, tirando um ou outro momento em que ciceroneou estrelas internacionais do calibre de Madonna e Carla Bruni, Adriana não demonstrou paciência para cumprir o protocolo.

Não à toa, preferiu concentrar-se na advocacia. No começo, ainda no pequeno escritório que mantinha com o ex-marido e, mais tarde, na estrutura mais agigantada da Ancelmo Advogados. Nos dois escritórios, manteve em sua carta de clientes uma série de concessionárias do serviço público estaduais. Durante o período em que Cabral foi governador esse conflito de interesses foi levantado pelo jornal O Estado de S. Paulo, mas sempre rechaçado pelo casal.

Embora o quadro do Romero Britto, apreendido pela PF durante a Operação Calicute, que levou o "Meu Anjo" para Bangu, passe uma mensagem de "novo riquismo", Adriana não era uma socialite típica. Quase não era vista em colunas sociais - salvo um ou outro clique na saída do Gero (restaurante caríssimo do Rio).

Quem a transformou em uma personagem mais midiática foi o ex-governador Anthony Garotinho (PR). Em sua vendeta contra Cabral, Garotinho usava o próprio blog para divulgar fotos da vida "nababesca" do casal.

Na publicação, imagens de Adriana em Paris, exibindo o seu sapato Christian Louboutin, um dos mais caros do mundo (hoje custa R$ 3.380) ou pulando com o marido em um show do U2, em Nice, no sul francês.

Garotinho foi "furado", porém, no caso do anel de ouro, o tal presente de Cabral para a mulher, comprado na famosa joalheria Van Cleef & Arpels, na Place du Casino, em Mônaco, por R$ 800 mil. O mimo teria sido devidamente bancado pelo amigo Fernando Cavendish, cuja construtora cresceu significativamente com obras que ganhou no governo fluminense.

Assim, quando a Operação Lava Jato escancarou o fato de que parte da propina recebida por Cabral seria usada em compras pela primeira-dama, o efeito entre os cariocas não foi aquele "Jura? Não acredito!"

Agora, "Riqueza" é suspeita de lavagem de dinheiro e de ser beneficiária do esquema criminoso, que seria chefiado por "Meu Anjo". Não se sabe o que os dois conversaram em Bangu. Talvez tenham apenas aceitado as novas circunstâncias como coisas da vida.