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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

#Brasil

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Forte terremoto atinge Japão; moradores de Fukushima são orientados a fugir de tsunami

Posted: 21 Nov 2016 03:36 PM PST

TÓQUIO (Reuters) - Um forte terremoto atingiu o norte do Japão na terça-feira (horário local), informou a Agência Meteorológica do Japão, gerando um tsunami que atingiu a costa do Pacífico no norte do país.

O terremoto, sentido em Tóquio, teve magnitude preliminar de 7,3, foi centralizado na costa de Fukushima, a uma profundidade de cerca de 10 km, e ocorreu às 5h59, segundo a agência.

Um tsunami de até 1 metro foi observado na zona de Fukushima, disse a emissora pública NHK. A região é a mesma que foi devastada por um tsunami após um terremoto em 2011.

Um alerta de tsunami de até 3 metros foi emitido.

Uma mulher sofreu cortes na cabeça ao ser atingida por pratos que caíram, informou a agência de notícias Kyodo, citando funcionários do corpo de bombeiros.

A Tokyo Electric Power, conhecida como Tepco, disse em seu site que nenhum dano do terremoto foi confirmado em qualquer uma de suas usinas, embora tenha havido apagões em algumas áreas. A central nuclear de Fukushima Daiichi, da Tepco, causou o pior desastre nuclear do Japão quando foi varrida pelo tsunami de 2011.

A Tohoku Electric Power afirmou que não houve danos à sua usina nuclear Onagawa, enquanto a agência de notícias Kyodo informou que não havia irregularidades na usina nuclear Tokai Daini, em Ibaraki.

Os terremotos são comuns no Japão, uma das áreas mais sísmicas do mundo. O Japão é responsável por cerca de 20 por cento dos terremotos de magnitude 6 ou mais.

O terremoto de 11 de março de 2011 foi de magnitude 9, o mais forte já registrado no Japão. O enorme tsunami que veio a seguir causou a pior crise nuclear do mundo desde Chernobyl, 25 anos antes.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos inicialmente colocou o terremoto de terça-feira em uma magnitude de 7,3, e depois o rebaixou para 6,9.

(Por Yuka Obayashi e William Mallard, reportagem adicional de Chris Gallagher, Jon Herskovitz e Aaron Sheldrick)

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765)) REUTERS TR

Cabral diz que Pezão o 'apresentou' a secretário preso na Calicute

Posted: 21 Nov 2016 03:02 PM PST

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral citou Pezão em depoimento Fábio Motta/27.06.2013/Estadão Conteúdo

Em depoimento à Polícia Federal no dia 17 de novembro, quando foi preso na Operação Calicute, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) afirmou que seu sucessor, o também peemedebista Fernando Pezão, que foi secretário e vice-governador na gestão Cabral, foi quem lhe apresentou Hudson Braga, apontado pela Procuradoria da República como um dos operadores de propina em esquema de corrupção milionário do qual Cabral teria sido o líder em seus dois mandatos (2007 a 2014).

Ainda segundo Cabral, que negou à PF ter se beneficiado de irregularidades e acusou os empresários que o delataram de estarem mentindo, Pezão foi o responsável por escolher Hudson para o cargo de subsecretário de Obras. Posteriormente, Hugo veio a ocupar o cargo de secretário de Obras na gestão de Cabral no lugar de Pezão.

Pezão ocupou a Secretaria Estadual de Obras de 2007 até 2011 - primeiro mandato de Cabral -, quando, então, assumiu o cargo de Coordenador de Infraestrutura e Hudson assumiu a secretaria. Neste período em que foi secretário, Pezão foi o responsável, segundo Cabral, por iniciar a licitação de reforma do Maracanã para a Copa do Mundo/2014 - as obras de reforma do estádio são alvo da Polícia Federal.

Para investigadores da Calicute, a versão de Cabral citando Pezão pode ser uma estratégia para tirar o caso da competência da Justiça Federal de primeira instância, no Rio e em Curitiba, e deslocar os autos para o Superior Tribunal de Justiça, Corte que detém atribuição para eventualmente processar governador.

As investigações da Procuradoria da República no Rio, com base nas delações de seis executivos da Carioca Engenharia e da Andrade Gutierrez, apontam que foi exatamente no período em que ocupou a subsecretaria que Hudson teria cobrado a chamada "taxa de oxigênio" dos empresários.

Hudson Braga teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, e atualmente está no complexo penitenciário de Bangu, mesmo local onde Cabral está detido. "O mesmo teria participado ativamente do esquema delituoso, por meio do qual teria amealhado indevidamente grande quantia de dinheiro", assinalou o juiz ao decretar a prisão de Hudson.

O próprio advogado do ex-governador, durante o interrogatório, o questionou especificamente sobre a obra do Maracanã, na qual, segundo as investigações, teria havido a cobrança de 5% de propina para Cabral e seus aliados.

"Dada a palavra ao advogado do indiciado (Cabral), este perguntou ao declarante sobre quem seria o secretário de Obras responsável pela licitação de reforma do Maracanã, tendo este respondido que se iniciou na gestão de Luiz Fernando Pezão, como secretário de Obras, tendo sido concluída na gestão de Hudson Braga, tendo a obra sido acompanhada pela EMOP (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio)", segue o depoimento de Sérgio Cabral.

O ex-governador ainda ressaltou que Pezão teria participado de suas reuniões com empresários. Ao ser questionado sobre os encontros com os executivos da Andrade Gutierrez Alberto Quintaes, Rogério Nora de Sá e Clovis Primo, o peemedebista afirmou que "não sabe precisar o número de vezes" que teria se encontrado com eles, "mas que sempre atendia executivos das diversas construtoras, quando era procurado ou até quando os convocava para eventual controle de obras, sendo que nessas reuniões sempre havia o titular da pasta, no mínimo, e nestes casos em geral o secretário de Obras", afirmou.

O ex-governador disse ainda que "nunca recebeu individualmente" nenhum executivo nestes encontros, que ocorriam no Palácio Guanabara e Palácio das Laranjeiras durante sua gestão.

Ainda em relação a Hudson, além da suposta cobrança de propina que teria operacionalizado, as investigações apontaram que ele teve uma evolução patrimonial incompatível e que teria utilizado seus familiares para lavar dinheiro. "As investigações sugerem que as atividades empresariais desse investigado, que envolvem seus familiares ('laranjas'), afiguram-se incompatíveis com seu padrão socioeconômico anterior à constituição das sociedades, bem como apresentam acréscimo patrimonial suspeito, o que pode se relacionar com atos de lavagem de dinheiro", apontou o juiz Marcelo Bretas ao decretar a prisão de Hudson.

Procurado pela reportagem, o governo do Rio informou que não iria comentar o caso.

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Dezoito conselheiros faltam na primeira reunião com Temer

Posted: 21 Nov 2016 03:01 PM PST

Segundo o Planalto, alguns conselheiros tiveram problemas de saúde ou problemas particulares Beto Barata/21.11.2016/PR

Apesar de o presidente Michel Temer minimizar a ausência de conselheiros na primeira reunião de seu governo do 45º Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, 18 conselheiros, sendo nove novos integrantes do grupo, não puderam comparecer ao evento da manhã desta segunda-feira (21), no Palácio do Planalto.

Entre os novos nomes escolhidos por Temer que se ausentaram neste encontro estão, por exemplo, o ex-jogador de futebol Raí e a economista Monica de Bolle.

"Mas um registro que quero fazer é que apenas um ou dois não puderam comparecer, todos os indicados compareceram, e os que não puderam fazê-lo é porque estão em viagem pelo exterior. Foi uma coisa, portanto, importantíssima para o governo e para o Brasil que todos os convidados aqui estivessem", disse Temer em sua fala de encerramento dos trabalhos na parte da manhã.

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Segundo o Planalto, além de justificarem a ausência com motivos de viagens, alguns conselheiros tiveram problemas de saúde ou problemas particulares e continuam no grupo. Na reunião, a secretária-executiva do Conselhão, Patrícia Audi, informou que a próxima reunião do colegiado será em 7 de março.

Entre os novatos que também não estiveram presentes estão ainda: o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira; o empresário Joel Malucelli (Grupo JMalucelli); a economista Marina Grossi; o professor Francisco Carlos Teixeira da Silva; a bióloga e acadêmica Andréia Cristina Brito Pinto; a empresária Anielle Falcão Guedes; e o professor Armando Manuel Castelar Pinheiro.

Já entre os ausentes que já faziam parte do Conselhão na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff estão nomes como: o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson de Andrade; o presidente do conselho de administração do grupo Cosan, Rubens Ometto; o presidente do Grupo Ultra, Pedro Wongtschowski; o presidente da CCR, Renato Alves Vale; o presidente da NET, José Antonio Guaraldi Félix; Josué Gomes da Silva (Coteminas). Também se ausentaram o presidente da UGT, Ricardo Patah; a empresária Elizabeth Barbosa de Carvalhaes, da Associação Brasileira da Indústria de Paineis (Abipa); e a economista Tania Bacelar de Araújo.

Delcídio diz ser "surreal" afirmar que Lula não sabia de corrupção na Petrobras

Posted: 21 Nov 2016 02:52 PM PST

Delcídio do Amaral afirmou que Lula era próximo de empresários que tinham negócios com a Petrobras Wilton Júnior/09.05.2016/Estadão Conteúdo

O ex-senador Delcídio do Amaral disse nesta segunda-feira (21), em depoimento à Justiça ser "surreal" a afirmação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia do esquema de corrupção na Petrobras e afirmou que Lula era próximo de empresários que tinham negócios com a estatal.

Em depoimento no processo em que Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido um triplex da OAS e de ter tido despesas de armanazenamento pagas pela empreiteira, Delcídio disse que, ao contrário de outras estatais, o que acontece na Petrobras é sempre acompanhado pelos presidentes da República e isso ocorria com Lula.

"O presidente não entrava nos detalhes, mas ele tinha conhecimento absoluto de todos os interesses que rodeavam a gestão da Petrobras, as diretorias e dos partidos que apoiavam os diretores", disse Delcídio no depoimento, cuja gravação foi disponibilizada nos autos do processo.

— Diz 'ah, eu não sei'. A classe política e a torcida do Flamengo inteira sabiam disso daí. Toda a classe política sabia. Então é uma coisa até surreal esse tipo de afirmação.

A audiência foi marcada por uma série de contestações dos advogados de Lula, que questionaram as perguntas do Ministério Público e o fato de os procuradores perguntarem, e Delcídio responder, sobre um sítio em Atibaia, que poderia pertencer ao ex-presidente, mas não é citado neste processo específico.

O juiz Sérgio Moro, que cuida dos processos da Lava Jato em primeira instância, indeferiu a maioria dos questionamentos da defesa e chegou a afirmar que os advogados de Lula estavam buscando tumultuar o processo.

Sobre o sítio em Atibaia, Delcídio afirmou nunca ter visitado o local, mas que pessoas que o frequentavam afirmavam que o imóvel pertence a Lula e que soube pelo pecuarista José Carlos Bumlai que a OAS realizou obras no local.

— Onde é que eu tive informações sobre essas obras no sítio? Através do José Carlos Bumlai.

O ex-senador firmou acordo de delação premiada com os procuradores da Lava Jato e teve o mandato cassado depois de ser preso sob acusação de obstruir a Lava Jato, o que ele admitiu no depoimento desta segunda.

— Numa das conversas que eu tive com o doutor José Carlos Bumlai ele me relatou sobre as reformas nesse sítio, que estava aliviado, porque tinha contratado arquiteto, engenheiro, assim por diante, mas aí sobreveio uma orientação de que ele saísse do processo porque a OAS faria essa obra do sítio e dentro do prazo estabelecido, dentro do prazo desejado.

Segundo Delcídio, Lula tinha relação próxima com o ex-presidente da OAS José Aldemario Pinheiro Filho, conhecido como Leo Pinheiro.

— O Léo era uma pessoa que conversava sistematicamente com o presidente Lula.

Sobre o apartamento triplex em Guarujá, litoral de São Paulo, Delcídio declarou não ter informações sobre este assunto.

— Essa questão desse prédio, desse edifício, eu nunca tive nenhuma informação.

Além de Delcídio, também foram ouvidas outras três testemunhas de acusação contra o ex-presidente.

Outro lado

Em nota, a defesa de Lula disse que nenhuma das testemunhas ouvidas nesta segunda apresentou qualquer prova de que o ex-presidente tenha cometido irregularidades na Petrobras ou de que seja o proprietário do triplex. Sobre Delcídio, os advogados do ex-presidente acusaram o ex-parlamentar de ter uma "obsessão" de incriminar Lula.

— Essa obsessão por incriminar o ex-presidente, mesmo sabendo de sua inocência, foi hoje mais uma vez comprovada. Delcídio foi incapaz de apontar um fato ou conversa concreta em relação a Lula. [...] Mais uma vez ficou claro que as acusações que o MPF fez contra Lula são frívolas, sem materialidade e fazem parte de um processo de lawfare, que é o uso de procedimento jurídico para fins de perseguição política.

Além de expulsão de Clarissa Garotinho, PR suspende outros dois parlamentares

Posted: 21 Nov 2016 01:30 PM PST

Clarissa Garotinho foi expulsa do partido por ter votado contra a PEC do teto de gastos Reprodução/Facebook

A Executiva Nacional do PR decidiu nessa segunda-feira (21) pela suspensão de dois deputados federais por votarem contra a PEC 241/2016, que cria um teto para os gastos públicos. Silas Freire (PI) foi suspenso por 9 meses, enquanto Zenaide Maia (RN) foi suspensa por 12 meses. Os parlamentares não devem perder suas participação em comissões do Congresso, mas não podem, durante o período de suspensão, assumir a liderança do partido na Câmara.

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Como adiantou o jornal "O Estado de S. Paulo", a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, foi expulsa da legenda pela mesma razão.

Não existe nenhuma previsão de suspensão ou expulsão de Anthony Garotinho, que foi preso na semana passada no Rio de Janeiro. De acordo com a assessoria do PR, não há no momento qualquer representação contra o ex-governador. É preciso que algum membro filiado ao partido requeira que o afastamento de Garotinho seja discutido pela Executiva Nacional do partido para que o assunto entre em pauta.

Terremoto de magnitude 7,3 atinge Japão; há alerta de tsunami

Posted: 21 Nov 2016 01:25 PM PST

TÓQUIO (Reuters) - Um terremoto de magnitude preliminar 7,3 aconteceu na costa do Japão no início da terça-feira (horário local), a cerca de 67 km a nordeste de Iwaki, disse o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

O USGS relatou que o terremoto ocorreu a 10 km de profundidade.

A Agência Meteorológica do Japão emitiu alerta de tsunami para grande parte da costa do Pacífico do país.

(Por William Mallard)

Moro decreta prisão preventiva de 'operador' de Sérgio Cabral

Posted: 21 Nov 2016 01:20 PM PST

Wilson Carlos foi secretário de Administração da Gestão de Sérgio Cabral, considerado o "operador administrativo do ex-governo" José Cruz/04.08.2016/Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta segunda-feira (21) a prisão preventiva de Wilson Carlos, apontado como operador administrativo do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). Wilson Carlos foi preso em caráter temporário na quinta-feira (17) na Operação Calicute, etapa da Lava Jato.

A decisão do magistrado acolhe pedido da Procuradoria da República que havia pedido a conversão da temporária em preventiva, que coloca Wilson Carlos em custódia por tempo indeterminado.

Wilson Carlos foi secretário de Administração da Gestão de Sérgio Cabral. Segundo delatores da Lava Jato, ele "era o operador administrativo do ex-governador, sendo responsável pela organização da forma de pagamento e da cobrança das propinas ajustadas pelas empreiteiras com Sérgio Cabral".

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Na decisão, Moro afirmou que "os indícios cumpridamente analisados nesta decisão somam-se ao teor dos depoimentos prestados pelos quatro colaboradores, incluindo um ex-diretor da Petrobras e três altos executivos da Andrade Gutierrez, analisados na decisão de 10 de novembro de 2016, segundo os quais teria havido pagamento de propinas pela Andrade Gutierrez a Sérgio Cabral, a Carlos Miranda e a Wilson Carlos, em vários contratos e obras públicas, inclusive no contrato da empreiteira com a Petrobras para as obras de terraplanagem no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro)".

"Defiro o requerido pelo Ministério Público Federal, para, presentes os pressupostos da prisão preventiva, boa prova de materialidade e de autoria, e igualmente os fundamentos, risco à ordem pública, à aplicação da lei penal e à instrução ou à investigação, decretar, com base nos artigos. 311 e 312 do Código de Processo Penal, a prisão preventiva de Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho", ordenou Moro.

Conselheiro volta atrás e Comissão de Ética abre processo contra Geddel

Posted: 21 Nov 2016 01:05 PM PST

Processo contra Geddel foi aberto "por unanimidade" Pedro Ladeira/05.10.2016/Folhapress

O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Mauro Menezes, disse na tarde desta segunda-feira (21) que o conselheiro José Saraiva, que havia pedido vista no processo que investigará o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), mudou de ideia e que o processo foi aberto "por unanimidade".

Segundo Menezes, o conselheiro disse que não queria atrapalhar o processo e "em um gesto de boa vontade" acatou a abertura. Com o pedido de vista suspenso, o último conselheiro também votou pela abertura do processo. Menezes disse que recebeu uma ligação de Geddel durante a reunião do colegiado e confirmou que o ministro pediu celeridade no caso.

— O ministro Geddel mostrou boa vontade para responder com máxima rapidez à comissão.

Conselheiro que adiou votação contra Geddel foi indicado pelo próprio ministro

Segundo o presidente do colegiado, Geddel já foi informado da decisão e deve ser notificado "agora mesmo". "O ministro terá dez dias para se manifestar perante a comissão", disse Menezes, afirmando que disse a Geddel que ele terá todas as condições para ser ouvido e negou pressão por parte do ministro.

 

Saraiva foi indicado pelo próprio Geddel para o cargo e tomou posse em setembro deste ano, já na gestão de Michel Temer, mas sua nomeação foi assinada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que estava no exercício da Presidência, após pedido do ministro Geddel, que é seu amigo.

Questionado se poderia haver algum tipo de suspeição na conduta de Saraiva, Menezes afirmou que tem "confiança que conselheiros agem com absoluta autonomia". Ele mencionou ainda que o relator do caso será designado até a terça-feira.

Temer mantém Geddel no governo

Incriminado na Lava Jato, Geddel corre risco de cair nas mãos de Moro

Dilma: empreiteiro agiu politicamente no processo sobre contas da chapa de 2014

Posted: 21 Nov 2016 12:50 PM PST

Executivo da empreiteira afirmou que repassou à campanha de Dilma Rousseff em 2014 o valor de R$ 1 milhão que seria fruto de propina Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A ex-presidente Dilmar Rousseff (PT) afirmou nesta segunda-feira 21, que o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo se comportou como um agente político no processo de julgamento das contas da chapa que a reelegeu em 2014. Em entrevista ao portal Brasil 247, a petista disse que sua defesa tem indicações que Azevedo "é tucano" e fazia parte de uma "armação" para separar as contas dela das do então candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB), no processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Nós temos indicações que ele é um tucano, não temos como ter certeza, estou falando uma coisa (...) pela convicção que ele causou e deu dados, ele queria primeiro criminalizar minha campanha e a segunda questão, ele fazia parte de toda armação para separar minha conta do Temer", disse Dilma.

Em um primeiro depoimento, o executivo da empreiteira afirmou que repassou à campanha de Dilma Rousseff em 2014 o valor de R$ 1 milhão que seria fruto de propina. Após denúncia apresentada pela defesa da ex-presidente de que a quantidade teria sido repassada através de um cheque para o vice Michel Temer, Otávio Azevedo mudou sua versão e negou que tenha pago propina à campanha.

Na entrevista, Dilma classificou como "estranho" o depoimento do executivo. "No meu caso é propina, no do Temer não é propina?", questionou. "Eu acho que ele se comportou como um agente político utilizando essa investigação como arma política". A ex-presidente criticou ainda o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, que é responsável por colocar o processo em julgamento. No sábado, Mendes disse em São Paulo que o impeachment o deixou com um "duplo sentimento" de felicidade e frustração, pelo Brasil ter superado uma "grade situação de desordem institucional" e porque demorou para identificar essas "mazelas".

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A petista afirmou que está avaliando pedir a suspeição de Mendes para participar do julgamento de sua chapa no TSE por causa das declarações do ministro. "Ele perdeu todas as condições de me julgar, não pode ter essas manifestações", falou Dilma. "O que ele já me julgou fora dos autos não tem explicações, (ele) tem se expressado de uma forma que não é compatível com as atitudes de um juiz."

Dilma declarou ainda que o País não teria uma boa saída se Temer fosse cassado no TSE, resultado que a partir de 2017 colocaria o Congresso para eleger um presidente. "Eu não defendo o golpe dentro do golpe, eu não defendo a política do quanto pior, melhor, feita pelo senhor Aécio Neves", afirmou. Ela disse que a única forma de resolver a situação é com eleições diretas - o que só seria possível nas eleições presidenciais de 2018.

Ministro Geddel

A ex-presidente afirmou na entrevista que as denúncias contra o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que teria pressionado o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para liberar a construção de um edifício em Salvador, demonstram a desvalorização do governo Temer com a Cultura. "Se ocorre em qualquer governo, ele teria de ser afastado", disse.

Jucá minimiza denúncias de Calero e diz que caso Geddel não atrapalha PEC do teto

Posted: 21 Nov 2016 12:18 PM PST

Calero se demitiu do cargo de Ministro da Cultura na última sexta-feira (18) Reprodução/ Facebook

O presidente do PMDB e líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou as denúncias feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra o titular da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. De acordo com o peemedebista, a situação será esclarecida com brevidade e a questão não afeta em nada as votações em curso no Congresso.

— O ministro Geddel presta um grande serviço ao governo e ao País. Interessa ao ministro Geddel e ao governo que esse assunto seja esclarecido. Esse é um caso pontual que não irá atrapalhar de forma nenhuma o funcionamento do governo. 

Jucá disse que falou na tarde desta segunda-feira (21) com Geddel e o ministro-chefe da Secretaria de Governo externou o desejo de que o processo que pode ser aberto contra ele na Comissão de Ética da República seja tratado com rapidez. Hoje, o conselheiro José Saraiva pediu vista do processo na Comissão, adiando a decisão do colegiado sobre prosseguir ou não com uma investigação contra o ministro.

O conselheiro em questão foi indicado pelo próprio ministro-chefe da Secretaria de Governo. Segundo, Jucá, entretanto, Geddel trabalharia para que o pedido de vista seja retirado e que o processo seja julgado antes de dezembro.

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Votações

Nas próximas semanas, matérias importantes para o governo, como a PEC do teto e a reabertura da repatriação, serão votadas no Congresso. Para Jucá, o caso Geddel não irá atrapalhar as votações.

— Não causa fragilidade. A base está votando unida, o governo está firme no seu objetivo. Não vamos sair do foco.

Braço direito de Temer, Jucá afirmou ainda que o caso Geddel é específico e qualquer situação semelhante será tratada de forma pontual, "sem tirar o governo do rumo".

O peemedebista também minimizou a atuação da oposição, que vai protocolar nessa tarde uma ação na Procuradoria-Geral da República, pedindo investigação sobre o caso Geddel.

— A oposição está tentando criar um fato político, é natural.

Calero se demitiu na última sexta-feira e explicou a decisão pela pressão que sofreu do titular da Secretaria de Governo para liberar um empreendimento imobiliário de luxo em Salvador no qual Geddel tinha comprado um apartamento. Geddel nega as acusações.

Banco Central bloqueia R$ 10 milhões de mulher de Cabral

Posted: 21 Nov 2016 11:58 AM PST

Sérgio Cabral foi preso no Rio de Janeiro na última quinta-feira Fábio Motta/Estadão Conteúdo/17.11.2016

O Banco Central encontrou R$ 10 milhões em apenas uma das contas bancárias pessoais da advogada e mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), Adriana de Lourdes Ancelmo. Nas contas pessoais de seu marido — preso preventivamente desde a quinta-feira (17), por ordem das justiças federal no Paraná e no Rio — por sua vez, foram encontrados apenas R$ 454,26.

Os dados são do bloqueio do Bacenjud, sistema informatizado do Banco Central que atende ao Judiciário, em resposta à determinação do juiz Sérgio Moro que decretou o bloqueio de R$ 10 milhões de Cabral, sua mulher e mais 10 investigados na mesma decisão que determinou a prisão do ex-governador.

É a primeira vez, desde o começo da Lava Jato, que o valor encontrado em apenas uma das contas bancárias de um investigado atinge o valor integral do bloqueio determinado por Moro.

O valor foi encontrado em uma conta de Adriana no Itaú Unibanco. Além desta, ela possui ainda uma conta no Santander e uma no Bradesco, ambas com saldo zero. Já nas contas de seu escritório de advocacia, Ancelmo Advogados, foi encontrado pelo Banco Central R$ 1 milhão. Levantamento da Receita Federal na Operação Catilinária aponta que a receita do escritório de Adriana teve um salto de 457% entre o início e o fim dos dois mandatos de Cabral à frente do governo do Rio, entre 2007 e 2014. Neste período, o lucro declarado do escritório, segundo apontou a Receita Federal, foi de R$ 23,2 milhões.

O ex-governador, por sua vez, tinha apenas R$ 428,82 em uma conta no Bradesco e R$ 25,44 em uma conta no Citibank. Já na conta de sua empresa Objetiva Gestão e Comunicação Estratégica Eireli, criada pelo peemedebista após ele deixar o governo do Rio, o Banco Central não encontrou nenhum centavo.

Sérgio Cabral chega ao complexo de Bangu

Cariocas comemoram a prisão do ex-governador Sérgio Cabral nas ruas

Em relação à SCF Comunicação, que também possui Cabral como sócio, o CNPJ não constava no sistema de informações financeiras.

A força-tarefa da Lava Jato no Paraná aponta que o ex-governador teria recebido entre 2007 e 2011 R$ 2,7 milhões de propina da obra do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), da Petrobras. Já as investigações da Procuradoria da República no Rio de Janeiro apontam que Cabral seria o líder de uma organização criminosa que teria cobrado 5% de propinas de grandes empreiteiras nas obras do governo estadual durante sua gestão.

Somente a Andrade Gutierrez e a Carioca Engenharia, empresas que colaboraram com as investigações, teriam pago o equivalente a R$ 40,2 milhões em propinas para Cabral entre 2007 e 2014.

A reportagem entrou em contato com o escritório de Adriana Ancelmo, mas ela não foi localizada para comentar o caso.

PR expulsa Clarissa Garotinho, filha do ex-governador Anthony Garotinho

Posted: 21 Nov 2016 11:48 AM PST

Clarissa foi expulsa do PR por ter votado contra a PEC do teto de gastos Reprodução/Facebook

O PR (Partido da República) decidiu expulsar a deputada federal Clarissa Garotinho (RJ), filha do ex-governador preso na semana passada, Anthony Garotinho.

Clarissa era alvo de processo de expulsão do PR por ter votado contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que cria um teto para os gastos públicos, contrariando decisão do partido de fechar questão para que todos os seus parlamentares votassem a favor da medida.

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Em comunicado assinado pelo presidente da sigla, Antonio Carlos Rodrigues, o ex-senador informou que a Comissão Nacional Executiva se reuniu no dia 17 deste mês e deliberou pela expulsão da deputada.

— Notificamos Vossa Excelência que a partir desta data será promovido seu desligamento do quadro de filiados ao Partido da República. 

A expulsão coincide com a tentativa do partido de se distanciar do episódio envolvendo a prisão de Garotinho, acusado de compra de votos. Na quarta-feira (16), a sigla divulgou um comunicado dizendo que não comentaria a prisão do ex-governador na "Operação Chequinho." Garotinho foi líder da bancada do PR até 2014.

Conselheiro que adiou votação contra Geddel foi indicado pelo próprio ministro

Posted: 21 Nov 2016 11:43 AM PST

Temer afirma que pretende manter ministro baiano na equipe do governo Pedro Ladeira/05.10.2016/Folhapress

O conselheiro José Saraiva, que "pediu vista" do processo que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República poderia ter aberto, nesta segunda-feira (21), contra o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, foi indicado pelo próprio ministro. Saraiva tomou posse em setembro deste ano, já na gestão de Michel Temer, mas a sua nomeação foi assinada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estava no exercício da Presidência, após pedido do ministro Geddel, que é seu amigo.

Até agora, Temer tem dito a amigos que pretende manter o ministro baiano na equipe. A descoberta de que o conselheiro responsável pelo pedido de vista na Comissão de Ética foi indicado por Geddel, porém, está sendo considerado "um complicador nesse caso". A interlocutores com quem conversou nos últimos dias, Temer lembrou que Geddel o ajudou durante o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. O baiano sempre foi adepto do estilo "bateu, levou", atuando como uma espécie de "escudo" de Temer, conhecido por ser mais conciliador.

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Cinco dos sete conselheiros da Comissão de Ética Publica votaram por "abrir processo ético" contra Geddel por causa da denúncia feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, que acusou de tê-lo pressionado para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador.

Apesar de já ter maioria dos votos (cinco dos sete votos), a comissão deixou a decisão para a próxima reunião, dia 14 de dezembro, para que Saraiva possa ter tempo de apreciar com mais tempo o caso, conforme explicou o presidente da Comissão, Mauro Menezes. Até lá, os conselheiros podem, inclusive, mudar de voto o que não é esperado. O outro conselheiro que não votou foi Marcelo Figueiredo, que acompanhou a posição de Saraiva, e decidiu deixar para dar seu voto também em 14 de dezembro, quando o caso voltar a ser discutido pela comissão.

Saraiva também foi nomeado na gestão Temer, só que nos primeiros dias da gestão interina do peemedebista. Menezes, em entrevista na manhã desta segunda-feira, disse haver "materialidade para a abertura do processo", embora reconheça que "cabe ao colegiado decidir". Além de Menezes, votaram a favor da abertura do processo contra Geddel os conselheiros Américo Lacombe, Suzana Camargo, Luiz Navarro e Marcelo Alencar.

Justiça nega liberdade a Sérgio Cabral; autor do pedido não é advogado do ex-governador do Rio

Posted: 21 Nov 2016 11:43 AM PST

Cabral teve cabelo cortado após ser transferido para presídio Reprodução

O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) teve um pedido de liberdade negado nesta segunda-feira (21) pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Cabral está preso desde a última quinta-feira (17) no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio.

O pedido é de autoria de um advogado que não está entre os constituídos pelo réu para sua defesa na ação penal. Ele argumenta, entre outras alegações, que a prisão constituiria condenação antecipada do acusado. E também sustentou a falta de justa causa para a prisão.

O desembargador federal Abel Gomes destacou que o advogado não juntou documentação que sirva para instruir o pedido, além de não ter apresentado um relato concatenado e substancial, para demonstrar a suposta falta de justa causa para a prisão preventiva: "No mais, além de não devidamente instruído o presente processo e o aditamento, as demais questões são teses abstratas que não encontram correspondência nas questões fáticas ligadas à competência e ao tempo de prisão".

A defesa constituída pelo ex-governador também entrou na tarde desta segunda com pedido de liberdade.

O peemedebista é suspeito de receber propina em troca da concessão de obras públicas, como a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano. A apuração inicial estima um prejuízo de mais de R$ 220 milhões.

Cabral foi preso em caráter preventivo na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato que investiga o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado.

Preso na manhã de quinta pela PF (Polícia Federal), Cabral chegou no início da noite do mesmo dia ao Complexo de Gericinó. Após dar entrada no complexo prisional, o ex-governador foi levado à unidade de Bangu 8 onde a cela com seus ex-secretários e ex-assessores. Estão com Cabral José Orlando Rabelo, Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, Hudson Braga, Luiz Paulo Reis e Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves, todos alvos da Operação Calicute, deflagrada na quinta em parceria com a Lava Jato.

A mulher do ex-governador, a advogada Adriana Ancelmo, foi conduzida coercitivamente, pela Polícia Federal, para prestar depoimento. O escritório dela, Ancelo Advogados, chegou a ter um salto de 457% no redimento das finanças. Entre o início e o fim das duas gestões de Cabral no Estado, entre 2007 e 2014, a receita do escritório chegou chegou a R$ 73,1 milhões.

A receita do escritório Ancelmo Advogados, da mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, chegou a R$ 73,1 milhões - um salto de 457% -, entre o início e o fim das duas gestões do peemedebista no Estado, entre 2007 e 2014. O lucro declarado foi de R$ 23,2 milhões. Os dados constam de relatório da Receita Federal na Operação Calicute.

 

 

Dólar segue exterior, cai 1% e volta à casa de R$3,35

Posted: 21 Nov 2016 11:02 AM PST

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em baixa de 1 por cento nesta segunda-feira, quarto pregão consecutivo de perdas e voltando ao patamar de 3,35 reais, acompanhando o movimento da moeda norte-americana sobre outras divisas no exterior, mas com os investidores atentos aos desdobramentos políticos brasileiros.

O movimento de queda aconteceu mesmo após o Banco Central ter reduzido sua atuação no mercado de câmbio.

O dólar recuou 1,03 por cento, a 3,3520 reais na venda, acumulando desvalorização de 2,58 por cento desde o dia 16 passado. Na mínima do dia, a moeda norte-americana bateu em 3,3407 reais.

O dólar futuro cedia cerca de 1 por cento neste final de tarde.

Temer mantém Geddel no governo

Posted: 21 Nov 2016 10:54 AM PST

Governo Temer mantém Geddel no governo Valter Campanato/06.09.2016/Agência Brasil

O governo Temer anunciou nesta segunda-feira (21) por meio do porta-voz Alexandre Parola que o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, continua no cargo. 

Geddel foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de corrupção e tentativa de tráfico de influência por supostamente tê-lo pressionado a levantar o veto imposto pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) à construção de um condomínio residencial em uma área tombada de Salvador, na Bahia,, cujos imóveis estão avaliados em R$ 4,5 milhões cada.

Temer está 'muito preocupado' com denúncias contra Geddel, diz Moreira Franco

O ministro da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Executivo com o Congresso, negou durante o final de semana as acusações. Ele confirmou ter falado com Calero sobre o imóvel em Salvador, mas nega ter feito pressão. 

Comissão de Ética Pública da Presidência

Antes do anúncio do porta-voz, ainda nesta segunda (21), cinco dos sete membros da Comissão de Ética Pública da Presidência da República declararam apoio à abertura de um processo contra o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Apesar da maioria, o processo não foi aberto imediatamente porque um dos conselheiros pediu vista - o que adiará a decisão para o dia 14 de dezembro.

 

‘Tenho medo de morrer na própria aldeia’: como ‘cacique-modelo’ da Amazônia se tornou alvo de índios madeireiros

Posted: 21 Nov 2016 10:04 AM PST

Desmate na região saltou de 85 hectares em 2013 para 496 em 2015 BBC Brasil

Almir Suruí na Terra Indígena Sete de Setembro, entre Rondônia e Mato Grosso: alerta de "megainvasão" de madeireiros ilegais e garimpeiros

No último dia 24 de outubro, Agamenon Suruí, de 54 anos, deixou sua casa na aldeia Lapetenha, em Rondônia, para resolver assuntos de trabalho em Cacoal, a 40 km dali.

Enquanto percorria um trecho de terra na garupa da moto pilotada pelo filho Pilatos, de 25 anos, ambos perceberam que eram seguidos por um carro com três pessoas.

O veículo ultrapassou e bloqueou a moto. Um homem desceu. Com o dedo no rosto de Agamenon, avisou que ele e o irmão deveriam "tomar mais cuidado".

O irmão em questão é Almir Narayamoga Suruí, de 42 anos, chefe dos paiter-suruís e um dos principais líderes indígenas do Brasil.

O episódio na estrada é sinal do agravamento dos conflitos na TI (Terra Indígena) Sete de Setembro, localizada entre Rondônia e Mato Grosso e que nos últimos anos foi considerada a grande promessa de uso da tecnologia para proteger a floresta na Amazônia.

"Tenho medo de morrer. É um risco que corro a todo o momento. As pessoas acham que me matando vão poder explorar madeira numa boa. Sou alvo não só pelos madeireiros e garimpeiros, mas também pelos índios madeireiros", afirmou Almir à BBC Brasil.

Ele é um dos chefes indígenas mais viajados do País — já rodou por países distantes como Turquia e Indonésia, acumulou prêmios e distinções enquanto faz lobby por parcerias internacionais para preservar os recursos naturais na reserva dos paiter-suruís.

Almir em ato contra barragens na Amazônia em Paris em 2011 e em encontro com príncipe Charles da Inglaterra em 2009 no Reino Unido: chefe se tornou referência internacional em projetos de desenvolvimento sustentável na Amazônia

Nesse trabalho, costurou acordos com grandes empresas daqui e de fora, ONGs ambientalistas e políticos em Brasília.

Ganhou fama em 2008, quando fez um acordo com o Google para monitorar o desmate na terra indígena - índios ganharam celulares para registrar extração ilegal de madeira, capturar fotos e vídeos geolocalizados e fazer upload no Google Earth.

Em 2012, os paiter-suruís se tornaram a primeira nação indígena do mundo a fechar contratos nos quais eles faturam ao evitar desmatamentos em seu território - houve acordos com Natura e Fifa, que renderam ao menos R$ 1,2 milhão.

Nos últimos anos, contudo, discordâncias sobre o uso dos recursos reacenderam divisões históricas entre os suruís e situação saiu de controle na Sete de Setembro - uma área de 2,4 mil km² (ou duas vezes a cidade do Rio de Janeiro) e 1,3 mil índios espalhados por 25 aldeias.

O desmate ilegal dentro da TI Sete de Setembro saltou de 85 hectares em 2013 para 496 hectares (cerca de 500 campos de futebol) em 2015, segundo a ONG Idesam (Instituto de Conservação e de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia).

Descontrole

A terra dos suruís (ou paiter, como se intitulam) fica em um dos principais focos do chamado "arco do desmatamento", região em que a fronteira agrícola avança em direção à floresta e responde pelos maiores índices de desmatamento da Amazônia.

Segundo Almir, hoje 15 das 25 aldeias da terra indígena estão envolvidas em exploração ilegal de recursos naturais. Cinco se opõem à presença de madeireiros e cinco estão divididas, afirma.

Garimpo (à esq.) e extração de madeira ilegais na reserva dos suruís; para Procuradoria, há risco de "descaracterização total" da área

"A floresta não precisa ser intocável, mas deve ser usada com planejamento e critério. Somos contra a forma como a madeira está sendo retirada", diz o líder dos paiter-suruís.

Índios contrários ao desmatamento estimam que 300 caminhões lotados com toras de madeira deixem a Sete de Setembro todos os meses - avaliação endossada pelo Ministério Público Federal, que acompanha o conflito na região.

As árvores mais procuradas hoje são cerejeira, cedro, ipê, caixeta, garapa e castanheira. O ipê é considerado o novo mogno, muito explorado nas décadas de 1980 e 1990 e hoje praticamente extinto na floresta.

"A situação é frágil e delicada. Madeireiros assediam índios com coisas que o Estado não consegue suprir, como saúde e educação, e com outras que o Estado nem supriria, como dinheiro para carros e motos. Algumas lideranças se acostumaram com essa renda, o que torna o problema histórico", afirma o procurador da República Henrique Heck.

Histórico

De fato, a relação dos suruís com a exploração ilegal de madeira não é nova.

Contatada pela primeira vez em 1969, essa tribo amazônica chegou a perder 90% da população para a tuberculose e o sarampo antes mesmo do nascimento de Almir, em 1974.

A terra indígena foi homologada em 1983, mas sofreu impacto, nos anos seguintes, de projetos de colonização e também invasões de pequenos agricultores.

Os suruís passaram então a ser conhecidos pela venda de madeira a extratores ilegais - situação que motivou divisões internas e desagregação social.

Almir com conterrâneos suruís; até 1969, povo ainda vestia tangas, caçava com arco e flecha e conhecia pouco do Brasil moderno

Aos 15 anos, ainda com pouco conhecimento de português, Almir aceitou convite da Universidade Católica de Goiás para estudar Biologia Aplicada. Formou-se em 1992 e foi eleito chefe dos Gameb (marimbondos pretos), um dos quatro clãs paiter-suruís.

Casou-se, teve filhos (três, hoje com 22, 21 e 19 anos) e passou a planejar programas de agricultura sustentável em sua aldeia.

"Mas líderes tribais mais velhos - a maioria com menos de 40 anos, como efeito das pragas devastadoras dos anos 1970 - tinham outros planos", afirma, em referência aos interesses dos índios madeireiros, o jornalista americano Steve Zwick, que trabalha em uma biografia de Almir.

Ao final dos anos 1990 Almir Suruí já era um líder indígena conhecido em Rondônia. Gradativamente, começou a trabalhar em um plano para uso das terras suruís nos 50 anos seguintes.

Acordo

O acordo com o Google trouxe novas perspectivas para a tribo, e em 2009 Almir costurou um pacto entre os quatro clãs para encerrar o histórico ciclo histórico de exploração ilegal de madeira dentro do território.

Em 2012, a redução acumulada de desmatamento somava 511 hectares, o que permitiu as parcerias de venda de créditos de carbono.

Almir Suruí em encontro em 2012 com Rebeca Moore, então gerente do Google Earth; parcerias internacionais não conseguiram evitar agravamento da situação em reserva

Foi o primeiro projeto em área indígena a explorar o chamado Redd (Redução de Emissões por Desmatamento), instrumento de compensação financeira pela manutenção de florestas tropicais e redução do gás carbônico responsável pelo aquecimento global.

A promessa de solução, contudo, começou a incentivar velhas (e novas) divisões. Alguns líderes suruís reclamaram da gestão, por Almir, do chamado Fundo Paiter, criado para administrar o dinheiro desses projetos. Apontavam demora na liberação, centralização de decisões e ausência de benefícios para as comunidades.

O chefe suruí nega as acusações. "O dinheiro foi repassado corretamente para as associações (dos clãs suruís) de acordo com os projetos, conforme foram apresentados para nós. Nossa prestação de contas é clara e transparente", afirma.

Em julho deste ano, a pedido do Ministério Público Federal, que atendeu a reclamações dos setores insatisfeitos, a Justiça chegou a bloquear a movimentação do fundo (que ainda tinha R$ 500 mil em caixa). Os recursos acabaram liberados após uma reunião entre os clãs.

Agravamento

A indisposição com o projeto levou parte dos suruís a retomar a exploração ilegal de madeira, ouro e diamante, bem como o arrendamento de terras para fazendeiros.

Segundo relatos coletados pela reportagem, índios madeireiros esperavam obter mais renda ao interromper o ciclo de desmatamento, o que não ocorreu.

Nos pontos vermelhos em destaque, avanço do desmatamento na TI Sete de Setembro; 300 caminhões de madeira deixam área todos os meses, dizem índios

Resultado, segundo Almir: além de madeireiros e fazendeiros, há também garimpo na terra indígena. Com apoio dos índios, aliciados com armas e pagamentos mensais de até R$ 5 mil, os grupos estariam atuando em ao menos 20 pontos da área.

A suposta omissão dos órgãos públicos agrava a situação, afirma o líder. "Já fizemos várias denúncias e nada acontece. Dizem que não podem prender índio e os índios sabem disso."

Em razão desse quadro, a Procuradoria entrou na Justiça na semana passada contra Funai (Fundação Nacional do Índio), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e os Estados de Rondônia e Mato Grosso.

A ação pede que os órgãos e governos sejam obrigados a realizar uma série de ações de fiscalização e apoio a atividades sustentáveis pelos índios, como coleta de castanhas.

Diz ainda que a "criminalidade recrudesceu" dentro da terra indígena em razão da "fiscalização acanhada dos órgãos públicos".

Aponta que "muitos indígenas foram cooptados pelas madeireiras" e que a "sensação de impunidade prepondera" no local, o que faz aumentar a adesão de índios à atividade ilegal.

"Se a situação continuar assim, há possibilidade de descaracterização total do território em médio prazo", afirma Henrique Heck.

A reportagem entrou em contato com os governos de Rondônia e Mato Grosso para comentários sobre a ação da Procuradoria, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Em nota, a Funai disse ter conhecimento do cenário na Sete de Setembro e que tem feito fiscalizações na região. Reconheceu, contudo, que o "grande desafio" hoje é integrar esferas de poder e complementar monitoramento com políticas de sustentabilidade para índios e cidades do entorno.

"Sem alternativas de renda no entorno para as populações não indígenas, a pressão sobre as terras indígenas cresce cada vez mais, ameaçando os recursos naturais e a segurança dessas comunidades", informou o órgão.

Líder indígena se diz sitiado em sua própria região: 'Se é explorar madeira o que o meu povo quer, tudo bem.'

Medo

Enquanto isso, hoje o "cacique tecnológico" Almir Suruí está praticamente sitiado em sua própria região - mora com a família em Cacoal, cidade de 78 mil habitantes a 480 km de Porto Velho, vizinha da terra indígena Sete de Setembro.

Vive escoltado pelos irmãos, nunca viaja sozinho e evita ir ao supermercado ou sacar dinheiro sem estar acompanhado.

"Não gostamos que o Almir vá a nenhum lugar sozinho, nem dentro da nossa própria terra, porque há uma parte grande do nosso povo contra o trabalho dele. A gente também vive com medo de branco matar o Almir. Branco madeireiro, fazendeiro, garimpeiro. É muita preocupação", diz o irmão Mopiri Suruí, de 56 anos.

Almir chegou a contar com proteção de agentes da Força Nacional de Segurança entre 2012 e 2013, mas desistiu. "Era uma proteção e não uma solução. A solução é acabar com a exploração ilegal."

Com 98 quilos distribuídos em 1,68 m, fã de Raul Seixas e tubaína, torcedor do Flamengo, apreciador de camionetes e membro de 23 grupos do WhatsApp, ele diz ter desenvolvido gastrite ao conviver com ameaças de morte.

E às vezes ameaça desistir de tudo e se dedicar somente à família. "Se é explorar madeira o que o meu povo quer, tudo bem."

Por força da deterioração da situação na terra indígena que um dia foi modelo de recuperação sustentável, organizações internacionais articulam uma campanha, com abaixo-assinado e pedido de doações online, em que alertam para uma "situação de emergência" na terra dos paiter-suruís.

"Minha maior preocupação é que assassinem o meu filho. É muito difícil para mim como mãe. Ele vem trabalhando, defendendo a floresta para trabalhar de forma sustentável, mas nosso próprio povo prefere o dinheiro fácil da madeira e do garimpo. Meu medo é porque sei que há pessoas contra ele e o trabalho dele. Só Deus para me aliviar. Só Deus", diz Weytanb, 88 anos, mãe de Almir.

'Minha maior preocupação é que assassinem o meu filho', afirma Weytanb Suruí, 88 anos

Mansueto diz que ajuste fiscal em andamento será processo duro, mas gradual

Posted: 21 Nov 2016 09:07 AM PST

Secretário afirma que ajuste fiscal será um processo duro, mas gradual Marcos Santos/USP Images

O ajuste fiscal já está em andamento no País. O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministro da Fazenda, Mansueto de Almeida, afirmou nesta segunda-feira (21) que será um processo duro, mas gradual.

— Se o Brasil fizer o ajuste fiscal em três, quatro anos será espetacular. Mas a gente foi conservador. Estamos dando dez anos. Saúde e educação não vão ser prejudicados de jeito nenhum. 

Mansueto defendeu a aprovação da PEC do Teto dos Gastos, em tramitação no Senado, e a Reforma da Previdência como forma de mudar a trajetória da dívida pública brasileira.

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— A trajetória da dívida é muito sensível ao crescimento da economia e ao deflator do PIB. Como é que vai se comportar, isso ninguém sabe. Vários bancos têm estimativas diferentes, está muito difícil prever o futuro. Mas é claro que com a PEC dos Gastos a gente está 'sustentabilizando' a dívida pública brasileira. Mas será necessária a Reforma da Previdência. Ela já está pronta. 

Segundo ele, o País não aguenta mais arcar com a aposentadoria de pessoas em idade tão jovem. A dívida brasileira já está muito alta, e o País precisa cortar despesa através de um ajuste gradual, que passa pela PEC dos Gastos, acredita.

Mansueto lembrou que a última vez em que o Brasil teve queda no PIB por dois anos consecutivos foi na década de 30.

— O que ocorre no Brasil hoje é anormal. Como tem uma causa, isso pode ser consertado. 

Sérgio Cabral tenta habeas corpus para deixar Bangu

Posted: 21 Nov 2016 08:58 AM PST

Cabral foi preso durante a Operação Calicute, acusado de chefiar uma organização criminosa Fábio Motta/27.06.2013/Estadão Conteúdo

A defesa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso desde a última quinta-feira no complexo de Bangu, na zona oeste do Rio, entrou na tarde desta segunda-feira (21) com pedido de liberdade.

O pedido foi distribuído ao desembargador Abel Gomes, da 1ª Turma Especializada, e ainda não foi julgado.

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Cabral foi preso na Operação Calicute, da Polícia Federal, acusado de chefiar uma organização criminosa que, segundo o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, "saqueou" o Estado durante sete anos (2007-2014), período em que esteve à frente do governo.

Os crimes são pertencimento a organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, cartel e fraude em licitação e somam pelo menos 50 anos de prisão.

 

Comunidade jurídica se mobiliza contra perdão ao caixa 2

Posted: 21 Nov 2016 08:41 AM PST

Deltan Dallagnol é procurador do MPF no Paraná e coordenador da força-tarefa da Lava Jato. Projeto pode enfraquecer a Operação Guga Matos/27.08.2016/JC Imagem/Folhapress

A APMP (Associação Paulista do Ministério Público) integra um manifesto que defende punição à prática de caixa 2. Nesta segunda-feira (21), o presidente da entidade, Felipe Locke Cavalcanti, ao lado de outras autoridades, vai explicar o posicionamento contrário aos projetos de lei apresentados na tentativa de anistiar a prática de Caixa 2.

Também participam da declaração o presidente do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo), José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro; o jurista Miguel Reale Júnior; o presidente da Ajufesp (Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul), Fernando Mendes; e o líder do Movimento Vem pra Rua, Rogério Chequer.

O encontro acontece nesta tarde na sede da IASP, no centro de São Paulo, e tem como objetivo demonstrar à opinião pública a posição contrária da comunidade jurídica às tentativas do Congresso Nacional de inserir na pauta dos parlamentares projetos de Lei que anistiem os praticantes de Caixa 2 no País.

Eles entendem que se trata de uma tentativa clara de enfraquecimento da Operação Lava Jato.

O manifesto é assinado pelas seguintes entidades:

Associação dos Juízes Federais do Brasil
Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul
Associação Paulista do Ministério Público
Colégio de Presidentes dos Institutos dos Advogados do Brasil
Instituto dos Advogados da Bahia
Instituto dos Advogados do Ceará
Instituto dos Advogados do Distrito Federal
Instituto dos Advogados de Minas Gerais
Instituto dos Advogados do Paraná
Instituto dos Advogados de Pernambuco
Instituto dos Advogados do Piauí
Instituto dos Advogados de Santa Catarina
Instituto dos Advogados de São Paulo
Ministério Público Democrático
Vem pra rua

Serviço
Local:
IASP - Rua Líbero Badaró, 377,  26º andar, Centro, SP
Horário: 15h
Data: 21/11 (segunda-feira)