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sábado, 19 de novembro de 2016

#Brasil

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Mega-Sena acumula e prêmio sobe para mais de R$ 13 milhões

Posted: 19 Nov 2016 03:41 PM PST

As dezenas sorteadas neste sábado foram 12, 16, 26, 40, 56 e 57 Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 1.878 da Mega-Sena sorteadas neste sábado (19), informou a CEF (Caixa Econômica Federal). Com isso, o prêmio que era de R$ 8,4 milhões acumulou para R$ 13,4 milhões no próximo sorteio, que ocorrerá na quarta-feira (23).

As dezenas sorteadas hoje foram 12, 16, 26, 40, 56 e 57.

Geddel Vieira telefona para Temer e nega pressão para liberar obra

"Claramente um caso de corrupção", diz Calero sobre pressão de Geddel

Como jogar

Para concorrer ao prêmio de R$ 8,4 milhões, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

"Claramente um caso de corrupção", diz Calero sobre pressão de Geddel

Posted: 19 Nov 2016 02:46 PM PST

Marcelo Calero pediu demissão do Ministério da Cultura e denunciou o ministro Geddel Vieira Lima por pressionar o Iphan Reprodução/ Facebook

Um dia após pedir demissão do Ministério da Cultura e denunciar o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) por pressionar o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para que autorizasse a construção de um edifício com altura acima do permitido em Salvador, o diplomata Marcelo Calero afirmou neste sábado (19), durante evento no Rio de Janeiro, que não deseja a ninguém "estar diante de uma pressão política, claramente um caso de corrupção" como ele afirma ter estado.

"Não me considero herói nem a pessoa mais honesta do mundo, não tenho história de superação para contar, sempre tive uma vida confortável, mas na conta, trabalhando para isso. Meu pai e minha mãe trabalharam muito, eu estudava e trabalhava e fui criado num ambiente onde os valores de retidão e honestidade sempre foram fundamentais. Não tenho iate, casa na praia nem joia cara, mas tenho reputação e nome. Perco o cargo, mas não perco a cabeça. Esse mundo (do poder em Brasília) é muito diferente, é rotina estar num nível de milhões, a gente vai até perdendo a noção de normalidade das coisas. Eu cheguei a contar para amigos o que estava acontecendo e perguntar: 'Isso é errado mesmo, como estou pensando, ou eu estou louco?'", contou Calero, que disse ter narrado ao presidente Michel Temer (PMDB) no último dia 17 a pressão que sofria.

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"Ele falou: 'Mas o presidente sou eu, não o Geddel'. Só que eu percebi que a pressão ia continuar, então preferi sair. Já inventaram várias versões, culparam até a vaquejada (pela saída do ministério), mas saio de cabeça erguida porque sei exatamente o que aconteceu", afirmou.

— Uma situação como essa, de um ministro ligar para outro ministro pedindo interferência em um órgão público para que uma decisão fosse tomada em seu benefício, não é normal e não pode ser vista assim. Não é normal

O diplomata, que vai voltar ao cargo no Itamaraty, afirmou não ter gravado as conversar com Geddel, mas não está preocupado em ter sua versão contestada pelo ex-colega.

— Não tenho nada a temer. Não tenho rabo preso, não sou metido em maracutaia, sou um cidadão de classe média, servidor público, diplomata de carreira, assalariado, não tenho nada a esconder. Nunca agi errado, nunca roubei. Sou um cidadão normal.

Oposição na Câmara vai pedir convocação de Geddel e Calero

Posted: 19 Nov 2016 11:10 AM PST

Geddel (esq.) nega que tenha pressionado Calero para liberação de obra de prédio de luxo em Salvador Valter Campanato/Agência Brasil; Reprodução Facebook

A oposição na Câmara dos Deputados vai pedir a convocação do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para que expliquem a pressão política que teria sido feita por Geddel para que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) liberasse a construção de um imóvel em Salvador (BA). A oposição quer uma acareação entre os dois para falar sobre o assunto.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, edição deste sábado (19), Calero disse que um dos principais motivos que o levaram a pedir demissão do cargo nessa sexta-feira (18), foi pressão feita por Geddel para que o Iphan aprovasse o projeto imobiliário La Vue Ladeira. Segundo o jornal, o empreendimento está previsto para ser construído nos arredores de uma área tombada da capital baiana, base eleitoral de Geddel.

"Vamos chamar os dois na Câmara. Calero, para deixar mais explícito os motivos que levaram a seu pedido de demissão. E Geddel, para que explique a acusação. Eles vão ter de dar explicações ao Poder Legislativo", afirmou a líder da minoria na Casa, deputada Jandira Feghali (PcdoB-RJ). Segundo ela, a convocação deve ser pedida nas comissões de Cultura ou de Fiscalização e Controle, ambas presididas por deputados do PT.

Geddel Vieira telefona para Temer e nega pressão para liberar obra

Comissão de ética discutirá caso Geddel na segunda-feira de manhã

Jandira disse que pedirá uma acareação entre os dois ministros na comissão. Ela afirmou, ainda, que entrará com pedido de afastamento de Geddel do governo até que a situação seja esclarecida. Para a deputada, a pressão que teria sido feita por Geddel mostra a face "improba" do governo Michel Temer. "A essa altura, a gente não sabe se ele (Calero) pediu demissão ou se foi demitido por ter se recusado a autorizar uma obra por Geddel, um cara importantíssimo no governo", afirmou.

O líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP), também reforçou que vai pedir a convocação de Geddel e disse que poderá representar contra o ministro da Secretaria de Governo na Comissão de Ética da Presidência da República. "O Geddel devia se demitir imediatamente. Isso que aconteceu é a lógica de um governo fisiológico, clientelista e mandonista. Ele tem que responder publicamente e prestar contas ao parlamento", afirmou.

Prédio que motivou denúncia de ex-ministro tem apartamento a partir de R$ 2,5 milhões

Conheça o prédio de luxo que motivou acusação contra Geddel:

Prédio que motivou denúncia de ex-ministro tem apartamento a partir de R$ 2,5 milhões

Posted: 19 Nov 2016 09:41 AM PST

Imagem que ilustra o projeto da piscina do empreendimento de luxo com unidades a partir de R$ 2,5 milhões Reprodução

No centro da polêmica que custou o cargo ao ex-ministro da Cultura Marcelo Calero está um empreendimento de alto padrão, em um bairro nobre de Salvador, com unidades vendidas a partir de R$ 2,5 milhões.

Não por acaso, o prédio de 30 andares recebeu o nome de La Vue — vista, em francês. No site do empreendimento, a promessa é de vista total para a Baía de Todos os Santos, o que será prejudicado com a decisão do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) de não permitir prédios maiores do que 13 andares na região.

Segundo Calero, sua saída do cargo foi decidida após ter sofrido pressão do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para liberar a obra, onde o ministro tem um apartamento. Geddel admite ter conversado com Calero sobre o assunto, mas nega a pressão.

O prédio tem 24 apartamentos, um por andar. São 23 unidades de 259 metros quadrados, com quatro suítes e uma cobertura "top house" de 450 metros quadrados. Todas as unidades têm quatro vagas de garagem, além de vagas para visitantes.

O empreendimento prevê ainda piscina com borda infinita e vista para o mar, espaço gourmet, academia, SPA, sauna, sala de jogos, brinquedoteca, quadra e parque infantil.

Segundo corretores, apesar dos problemas que envolvem o processo de licenciamento da obra, o prédio estaria em fase de construção e, inclusive, com apartamentos à venda. O prédio é construído pela empresa Cosbat Engenharia. Trata-se de um dos prédios mais nobres de toda a região e a demanda é muito grande, porque não há muitas opções de espaço disponível para construção de outros imóveis na área.

Conheça o prédio de luxo que motivou acusação contra Geddel:

Advogado alvo da Lava Jato é preso na Espanha

Posted: 19 Nov 2016 09:05 AM PST

Alvo da Operação Lava Jato, o advogado Rodrigo Tacla Duran foi preso em Madri no começo da noite de sexta-feira (18) por autoridades espanholas. Segundo a Polícia Federal (PF), ele é apontado como um dos operadores das offshores criadas pelo "departamento de propina da Odebrecht".

De acordo com a Polícia Federal, Duran movimentava recursos originários de operações fraudulentas entre empreiteiras e empresas com sedes no Brasil, envolvendo funcionários da Petrobras e executivos.

O advogado era considerado foragido da Justiça Brasileira e fazia parte da lista de procurados internacionais da Interpol (Polícia Internacional). Antes de seguir para a Espanha em voo comercial na terça-feira (15), ele estava nos Estados Unidos.

A PF, por meio de seu Oficialato de Ligação em Miami, recebeu informação das autoridades americanas sobre a viagem dele a Madri. De posse da informação, o Escritório Central da Interpol em Brasília acionou a representação da Polícia Federal na Espanha. Dessa forma, as autoridades espanholas foram acionadas para localizar e prender o foragido, informou a PF.

"Após as comunicações oficiais, deverá ser iniciado o processo para que seja trazido ao Brasil, a fim de que possa responder pelos crimes", disse a Polícia Federal.

Comissão de ética discutirá caso Geddel na segunda-feira de manhã

Posted: 19 Nov 2016 09:01 AM PST

Geddel Vieira Lima (esq.) foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressão para liberar obra Valter Campanato/Agência Brasil; Reprodução Facebook

O presidente da Comissão de Ética Publica da Presidência da República, Mauro Menezes, anunciou que decidiu levar ao colegiado, já "na manhã de segunda-feira", as denúncias publicadas pela imprensa do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero acusando o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, de ter lhe pressionado para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador, que estaria sendo impedido de ser tocado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão subordinado à Cultura, onde ele teria comprado um apartamento. "Li com atenção o que foi publicado e, como presidente da Comissão, decidi que vou submeter o assunto ao colegiado, na segunda-feira, que vai decidir se abrirá procedimento de investigação [contra o ministro] e quais providências a serem tomadas", declarou Mauro Menezes, ao explicar que "por coincidência" havia uma reunião marcada para esta segunda da comissão.

Mauro Menezes não quis, no entanto, fazer juízo de valor em relação à denúncia. "Não vou fazer qualificativo e nem dar declaração porque estaria me antecipando à posição da comissão", observou ele, após explicar que "antes disso, não há nenhum questionamento ao ministro". E emendou: "o que existe é a decisão minha de pautar o assunto, como prioridade, na segunda feira e o assunto será discutido logo na parte da manhã".

Na manhã em que a Comissão estiver analisando seu caso, Geddel estará ao lado do presidente Michel Temer participando da reunião do Conselhão, no Planalto.

Geddel Vieira telefona para Temer e nega pressão para liberar obra

Em carta a Temer, Calero diz que sai com 'tranquilidade' e por razões pessoais

O Código de Conduta da Alta Administração Federal, ao qual os ministros estão subordinados, trata da lei 12.813 que, em seu artigo 5 diz, no inciso II, que constitui conflito de interesse "exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio com pessoa física ou jurídica que tenha interesse em decisão do agente público ou de colegiado do qual este participe". O inciso IV da mesma lei diz que é conflito "atuar, ainda que informalmente, como procurador, consultor, assessor ou intermediário de interesses privados nos órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios", assim como "exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja incompatível com as atribuições do cargo ou emprego, considerando-se como tal, inclusive, a atividade desenvolvida em áreas ou matérias correlatas". Outro inciso fala ainda em "praticar ato em benefício de interesse de pessoa jurídica de que participe o agente público, seu cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, e que possa ser por ele beneficiada ou influir em seus atos de gestão".

A comissão de ética não tem poder de afastar ministro, mas pode sugerir ao presidente da República, a demissão da autoridade no cargo, depois de analisar o caso e ouvir os envolvidos em sua defesa. Pela regra, "a violação das normas estipuladas neste Código acarretará, conforme sua gravidade, as seguintes providências: advertência, aplicável às autoridades no exercício do cargo e censura ética, aplicável às autoridades que já tiverem deixado o cargo". No parágrafo único, no entanto, o código de ética diz que "as sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela CEP, que, conforme o caso, poderá encaminhar sugestão de demissão à autoridade hierarquicamente superior".

Geddel Vieira telefona para Temer e nega pressão para liberar obra

Posted: 19 Nov 2016 08:36 AM PST

Temer quer reunir-se com Geddel para ouvir sua versão sobre o fato Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, telefonou na manhã deste sábado (19) para o presidente Michel Temer, que se encontra em São Paulo, para se explicar. Ele negou haver pressionado o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, a liberar a construção de um edifício no centro histórico de Salvador onde teria um apartamento. Temer quer reunir-se com Geddel para ouvir sua versão sobre o fato. Calero demitiu-se nesta sexta-feira (18).

No momento, a tendência é que o Planalto não tome nenhuma atitude adicional no fim de semana. A interpretação nos bastidores é que há uma "guerra de versões". O presidente já conversou com Calero e vai ouvir Geddel. Auxiliares do presidente dizem que as acusações de Calero são muito graves e questionam se ele tem provas do que afirmou. Do contrário, observa um interlocutor de Temer, é possível que Geddel o processe. Dada a gravidade das acusações, o Conselho de Ética da Presidência será acionado.

Comissão de ética discutirá caso Geddel na segunda-feira de manhã

Na entrevista concedida à Folha, Calero afirma que foi pressionado por Geddel a impedir que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) nacional revisse uma autorização dada pelo Iphan da Bahia, liberando a construção de um prédio de apartamentos no centro histórico de Salvador. Por estar nas proximidades de uma área tombada, o empreendimento só poderia ter 13 andares. Mas o edifício teria perto de 30 andares.

Geddel teria dito a Calero que havia comprado um apartamento "num andar alto". O ex-ministro da Cultura revelou também que foi pressionado por integrantes do governo a enviar o caso à AGU (Advocacia Geral da União), que supostamente daria um parecer dizendo que o Iphan nacional não poderia rever a decisão do Iphan baiano.

Autoridades quenianas desviaram dinheiro da delegação da Olimpíada do Rio, diz relatório

Posted: 19 Nov 2016 08:15 AM PST

NAIRÓBI (Reuters) - Grandes somas de dinheiro com o objetivo de cobrir os custos da delegação do Quênia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram ilegalmente apropriadas por autoridades, de acordo com uma investigação do Ministério do Esporte queniano.

    O relatório, ao qual a Reuters teve acesso, informa que o dinheiro foi destinado para a compra de passagens aéreas para membros da delegação do Quênia, mas acabou tomado por autoridades do ministério que não foram identificadas.

    O relatório foi elaborado por uma equipe de investigadores liderada por Paul Ochieng, reitor da Universidade Strathmore, de Nairóbi.

    O texto diz ainda que o Comitê Olímpico do Quênia também desviou dinheiro e kits da fornecedora de material esportivo Nike, no valor de milhões de xelins.

    "Algumas autoridades do ministério desviaram 88.611.480 xelins (871 mil dólares), reservados para passagens aéreas. O comitê também desviou fundos do contrato e kits da Nike no total de 126 milhões de xelins por ano, que seriam destinados aos atletas desde 2013", diz o relatório.

   Autoridades do Ministério do Esporte não responderam aos telefonemas e mensagens de texto da Reuters. A Nike também não comentou.

PF vai apurar denúncia de oferta de propina de Garotinho a juiz eleitoral

Posted: 19 Nov 2016 06:29 AM PST

Garotinho foi preso na operação Chequinho na quarta-feira (16) Wilton Junior/Estadão Conteúdo

A Polícia Federal vai apurar a denúncia de que o ex-governador Anthony Garotinho e seu filho Wladimir Matheus ofereceram propinas de R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões para influenciar decisões do juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira, da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, que decretou a prisão preventiva do ex-governador na Operação Chequinho. O pedido de instauração de inquérito partiu da Procuradoria Regional Eleitoral. Ele pede a investigação da denúncia de que pai e filho teriam oferecido, "por intermédio de terceiros, 'quantias milionárias' a pessoas conhecidas pelo juiz" a fim de obter decisões favoráveis e evitar a prisão de ambos.

O procurador regional eleitoral Sidney Madruga encaminhou ofício à PF na noite de sexta-feira (18). Ele ressaltou a gravidade dos fatos apontados, "que configurariam caso explícito de corrupção".

"Os fatos serão apurados, em caráter urgente, pelo Ministério Público e Polícia Federal, pois a situação retratada pelo magistrado é extremamente grave", diz o procurador regional eleitoral Sidney Madruga. Segundo ele, as duas ofertas relatadas pelo juiz foram de entrega de propinas de R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões.

Garotinho a agentes da PF: "Me matar é uma decisão sua"

Garotinho resiste à transferência para Bangu; veja o vídeo

O procurador também expediu ofícios em caráter de urgência ao MP Estadual e para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ), em que pede que a promotoria em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, "tome as medidas necessárias para reprimir possíveis ilícitos criminais e eleitorais cometidos por pai e filho". A defesa de Garotinho não foi encontrada pelo Estado na manhã deste sábado (19).

Garotinho está internado no Hospital Quinta D'Or, depois de ter passado um noite em hospital penitenciário por decisão do juiz Glaucenir Oliveira. No início da madrugada deste sábado, foi transferido do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da capital, para um hospital particular da zona norte da cidade, onde será submetido a exames. A transferência foi determinada ontem (18) pela ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Luciana Lóssio.

Garotinho passa por exames e apresenta estado de saúde estável, segundo boletim médico

Ex-ministro da Cultura diz que foi pressionado por Geddel para liberar obra em Salvador

Posted: 19 Nov 2016 04:41 AM PST

Calero diz que saiu por pressão do ministro Geddel Reprodução/ Facebook

O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, deixou a pasta, porém, plantou uma semente de discórdia no atual governo ao denunciar que o ministro Geddel Vieira Melo (Secretaria de Governo) o procurou, pelo menos cinco vezes, por telefone ou pessoalmente, para pedir a liberação de um projeto imobilário nos arredores de Salvador, numa área tombada sob proteção do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), autarquia ligado ao ministério da Cultura.

Segundo Calero, o minstro Geddel tem interesses econômicos no condomínio La Vue Ladeira da Barra. Nas conversas, Geddel teria dito que é dono de um apartamento e que as obras só poderiam começar após a liberação do Iphan. A autorização para a obra foi cassada. 

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Em entrevista publicada neste sábado, na Folha, o ex-ministro da Cultura contou detalhes da pressão feita por Geddel para mudar o parecer técnico e favorecer seus interesses pessoais. "Quando cheguei no governo, a presidente do Iphan, Jurema Machado, me alertou que existia um empreendimento na Bahia que despertava interesses imobiliários. E me recomendou especial atenção a mobilizações políticas que pudessem ocorrer. A partir disso, eu de fato recebi ligações do ministro Geddel dizendo que aquele empreedimento empregava muitas pessoas e que o Iphan Bahia tinha dado uma licença de construção que tinha sido cassada pelo Iphan nacional. Ele disse que essa decisão era absurda porque não levou em conta pareceres técnicos do Iphan da Bahia e não tinha dado ao empreendedor o direito de ampla defesa", disse Calero. 

Comissão de ética discutirá caso Geddel na segunda-feira de manhã

Em outro trecho da entrevista, Calero diz que foi novamente procurado pelo Geddel, de forma "truculenta e assertiva" pedindo urgência na liberação. O ministro da Cultura disse que ficou atônito e até pensou que a ligação pudesse estar sendo gravada para comprometê-lo no futuro. "Sou um cidadão de classe média, servidor público, diplomata de carreira. O único bem relevante que tenho na minha vida é a minha reputação, minha honra". O ex-ministro da Cultura diz que pensou até em acionar o Ministério Publico e a Polícia Federal 

Segundo Calero, na insistência em ter o projeto liberado o ministro Geddel ameaçou pedir a cabeça da presidente do Iphan e "Se for o caso, eu falo até com o presidente de República", teria dito Geddel a Calero. 

Calero diz que foi pressionado diretamente por Geddel e por diversos interlocutores do ministro de Governo. A partir da decisão técnica do órgão de não liberar a construção de andares altos, que irritou Geddel, começou o processo de fritura de Calero no governo. 

— Quando a decisão foi encarta começou uma pressão inacreditável. Percebi que tinha contrariado de maneira muito contundente um  interesse máximo de um dos homens fortes dentro do governo e que ninguém iria me apoiar.

A pressão de Geddel para mudar o parecer do Iphan que proibia a construção de mais andares foi a gota d'água para o diplomata de carreira Marcelo Calero pedir demissão do comando do Ministério da Cultura.

Roberto Freire vai assumir o Ministério da Cultura

"Não desejo isso para ninguém", diz Cacciola sobre Bangu

Posted: 19 Nov 2016 01:32 AM PST

Cacciola, de camiseta branca, ficou preso três anos e 11 meses Marcos de Paula/25.08.2011/Estadão Conteúdo

Pioneiro entre presos de colarinho branco em Bangu 8, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola prefere esquecer o tempo em que esteve no novo endereço dos ex-governadores do Rio Sérgio Cabral e Anthony Garotinho. Há pouco mais de cinco anos, ele atravessou os portões do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, vestindo calça jeans e camiseta branca, após cumprir em regime fechado três anos e 11 meses de sua pena.


"É horrível. Não desejo isso para ninguém. Não quero falar sobre Bangu. Deletei isso da minha vida, por isso ainda estou aqui", disse em rápida conversa com o Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado, por telefone. O trauma é tamanho que Cacciola preferiu não descrever as condições em que viveu no presídio, uma realidade ainda mais chocante para quem, como ele, frequentava as altas rodas da sociedade carioca antes da explosão do caso Marka.


Na época da prisão, sua filha Rafaella Cacciola, relatou ao Estado que o pai estava em um galpão com beliches, com outros 32 presos. Todos dividiam o mesmo banheiro e uma única TV de 14 polegadas. A rotina de Cacciola era, segundo ela, tomar banho de sol pela manhã e ler à tarde. Em dia de visitas, a filha levava jornais. "Não tem muito o que fazer", contou. Segundo a reportagem, apesar de ser destinado a condenados com direito a prisão especial, Bangu 8 não tinha chuveiro de água quente nem cela individual.
 

Se agora está movimentada pela chegada dos ex-governadores - no tempo de Cacciola Bangu 8 era considerada a prisão mais VIP do Rio. O dono do Marka tinha entre seus companheiros deputados, milicianos, bicheiros e o ex-chefe da Polícia Civil. Sua passagem por Bangu rendeu histórias curiosas. Uma delas diz que Cacciola pedia jantares em restaurantes caros, com iguarias como lagosta, salmão e frutos do mar. Um cardápio bem diferente do básico do presídio: arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha, legumes, salada e refresco. Uma sindicância chegou a ser aberta para apurar a denúncia.


Indignação

Cacciola foi para a cadeia anos antes da prisão de políticos, empreiteiros e executivos de grandes corporações virar notícia nas páginas dos jornais brasileiros. Questionado sobre como vê o atual momento do País e prisões como as de Cabral e Garotinho, Cacciola se mostrou indignado. "Eles são um bando de corruptos que merecem ser presos. Tenho a mesma raiva e ódio do povo brasileiro em relação a esses políticos", disse.


Mesmo depois de ter tido sua pena extinta pela Justiça, em 2012, Cacciola parece se sentir injustiçado. "A minha prisão não tem nada a ver com a desses caras, que são um bando de ladrões. Fui o único banqueiro que foi preso no País. Os outros réus (do caso Marka) estão livres", disse. Em setembro deste ano, a juíza da 6.ª Vara Federal Criminal do Rio, Ana Paula Vieira de Carvalho, considerou que os crimes de cinco condenados pelo escândalo financeiro, dentre os quais o ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes, estavam prescritos. Todos foram liberados de cumprir suas penas de prisão.


Dono do Banco Marka, Cacciola foi condenado em 2005 a 13 anos de reclusão, por desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta. O caso estourou na crise cambial de 1999, quando a maxidesvalorização do real levou o Marka e o FonteCindam à falência. Ambos apostaram na estabilidade da moeda e em contratos de venda no mercado futuro valor que extrapolava seu patrimônio. Coube ao Banco Central cobrir o rombo para evitar uma quebra generalizada do sistema bancário. O socorro gerou um prejuízo bilionário aos cofres públicos. As investigações apontaram ligação entre os membros da autoridade monetária e os sócios dos bancos.


Após deixar Bangu, Cacciola morou em Porto Alegre (RS), chegou a trabalhar na ponte-aérea Rio-São Paulo e agora está no Rio "tentando salvar o pouco que restou" de seu patrimônio, contou sem dar detalhes. Segundo ele, até hoje seus bens estão bloqueados por uma ação popular e uma ação de improbidade que tramitam há 17 anos. Ele diz que não pensa em voltar para a Itália, país do qual tem cidadania e onde se refugiou antes de ser preso, em uma viagem ao principado de Mônaco. "A Itália está pior. Melhor ficar por aqui", disse bem-humorado.

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