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sábado, 29 de outubro de 2016

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Emily Blunt, de ‘A Garota no Trem’: ‘Gosto de espiar os outros’

Posted: 29 Oct 2016 10:14 AM PDT

A Garota no Trem, da jornalista inglesa Paula Hawkins, foi um dos grandes sucessos editoriais do ano passado, com mais de 6 milhões de cópias vendidas só nos Estados Unidos, outras 100.000 no Brasil, e traduções em cerca de 40 países. Os direitos para a adaptação cinematográfica foram comprados antes mesmo da publicação do romance, mas pode-se dizer que a produção, agora em cartaz no país, foi feita a toque de caixa.

Dirigido por Tate Taylor (Vidas Cruzadas e James Brown), o filme transferiu a ação da Inglaterra para os Estados Unidos. Rachel (Emily Blunt) costuma fazer de trem o trajeto entre o subúrbio de Nova York e Manhattan, aproveitando para espiar a vida das pessoas que moram nas belas casas no caminho, inclusive a sua própria, agora ocupada pelo ex, Tom (Justin Theroux), pela sua atual mulher, Anna (Rebecca Ferguson), e por Evie, o bebê do dois. Por ali, também moram Megan (Haley Bennett) e seu marido, Scott (Luke Evans), que Rachel imagina como o casal perfeito. Um dia, ela vê Megan na varanda, com outro homem (Edgar Ramírez). Pouco depois, Megan desaparece, e Rachel acaba se envolvendo na investigação. O problema é que Rachel não é uma testemunha – ou narradora – confiável. Desde que se separou de Tom, a quem ainda atormenta com ligações e visitas inesperadas, afundou-se na bebida.

Como o romance, o longa-metragem segue um pouco a linha de Garota Exemplar, livro de Gillian Flynn levado ao cinema por David Fincher. Os dois têm mistérios e viradas na trama, além de protagonistas femininas pouco "simpáticas", quase uma exigência quando se trata de Hollywood, como bem observou Emily Blunt na seguinte entrevista ao site de VEJA.


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Cristiano Ronaldo desencanta e Real Madrid goleia Alavés

Posted: 29 Oct 2016 10:08 AM PDT

 

 

 

Cristiano Ronaldo, finalmente, desencantou. O atacante português marcou três gols na vitória do Real Madrid por 4 a 1 contra o Alavés, em partida realizada na casa do rival, em Vitória (País Basco). Ronaldo, que se deu ao luxo de perder um pênalti, só havia marcado quatro gols durante o campeonato. Com o resultado, a equipe merengue subiu para 24 pontos na competição – cinco a mais que o arquirival Barcelona, que ainda não jogou neste final de semana – e se manteve na primeira colocação.

O Alavés abriu o placar logo aos sete minutos, com um gol de Deyverson. Pouco tempo depois, o brasileiro seria protagonista da maior polêmica da partida. Durante uma cobrança de falta do atacante Bale, a bola bateu na cabeça de Deyverson. O juiz entendeu que ele havia desviado com o braço e marcou pênalti para o Real Madrid. Coube a Cristiano Ronaldo se encarregar do pênalti e empatar a partida. A virada veio também pelos pés do português, que aproveitou uma bola roubada por Benzema. Na segunda etapa, Morata, por cobertura, e Ronaldo fecharam o placar para o Real.


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A vida dos presos da Lava Jato no complexo penal de Curitiba

Posted: 29 Oct 2016 09:47 AM PDT

VEJA desta semana mostra detalhes da rotina dos "clientes especiais" do Complexo Médico-Penal do Paraná, na região metropolitana de Curitiba. Inventado por um carcereiro, o apelido diz respeito aos onze presos da Operação Lava Jato detidos ali. A vida em Pinhais, como em qualquer cadeia, é dura, mas o complexo é limpo e sóbrio. O ex-todo-poderoso-ministro José Dirceu, o ex-presidente da Câmara André Vargas e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto são considerados os mais adaptados ao cárcere. Debilitado por um câncer, o amigo íntimo do ex-presidente Lula José Carlos Bumlai recebe cuidados especiais, enquanto o ex-assessor de Antonio Palocci, Branislav Kontic, passa por tratamento psiquiátrico depois de tentar suicídio na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

 

Corredor do Pavilhão 6, onde os presos da Lava-Jato convivem com condenados que precisam isolar-se dos presos comuns, como ex-policiais

Corredor do Pavilhão 6, onde os presos da Lava-Jato convivem com condenados que precisam isolar-se dos presos comuns, como ex-policiais (Jefferson Coppola/)

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Mariah Carey, a casta diva

Posted: 29 Oct 2016 07:55 AM PDT

Na semana passada, foi anunciado o rompimento do noivado da cantora Mariah Carey com o multimilionário australiano James Packer. Um dos motivos do fim do romance teria sido o velho hábito da intérprete de Honey em gastar os tubos com roupas e joias – caro até demais para Packer, que tem fortuna avaliada em 3,4 bilhões de dólares. A outra razão estaria na intimidade excessiva entre a cantora e seu coreógrafo, Bryan Tanaka. Para esta alegação, Mariah tem uma resposta na ponta da língua: sendo a moça de família que é, ela não faz sexo antes do casamento. E isso incluiu até Packer, que só desfrutaria de relações íntimas com a cantora após a cerimônia que selaria o amor eterno entre a dupla.

Os mandamentos de Mimi (seu apelido), por mais estapafúrdios que possam parecer, são severamente respeitados. Testemunhas dos pombinhos juram que, embora eles tivessem passados momentos juntos, dormiam em quartos separados nas mansões e iates em que estiveram juntos. A virtude de Mariah também foi atestada pelo seu ex-marido, o rapper Nick Cannon. Ele declarou em entrevistas que só teve intimidade sexual com a cantora após o casamento.

Bryan Tanaka, pivô da separação, tem no currículo trabalhos com Beyoncé, Rihanna e até a brasileira Wanessa. Adepto do estilo marombado de praia do Rio de Janeiro – não dispensa nem um açaí em lojas natureba – ele tem uma verdadeira obsessão por Mariah Carey. Seu perfil no Instagram é repleto de fotos sua ao lado da cantora, sendo que em uma delas dá uvas na boca da musa.

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O dançarino Bryan Tanaka

O dançarino Bryan Tanaka (Reprodução/Instagram)

 


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Multas ficam até 244% mais caras na terça-feira

Posted: 29 Oct 2016 07:33 AM PDT

Punições mais severas a motoristas infratores começam a ser aplicadas na próxima terça-feira em todo o Brasil. As multas sofreram reajustes que variam de 52% a 244%. Alguns dos maiores penalizados serão aqueles que forem flagrados usando aparelhos celulares ou dirigindo sob efeito de álcool. As alterações são as maiores desde a criação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em 1997.

A multa por falar ou usar aplicativos de celular mais do que triplica: passa de 85,13 reais para 293,47, reclassificada de média para gravíssima. A expectativa é de mudança do hábito cada vez mais comum, comprovado pelo aumento de 43,3% nos registros do Detran-SP nos últimos cinco anos. “Com certeza vai ajudar, porque o bolso é o que mais pesa na tomada de decisão do motorista”, acredita Paulo Bacaltchuck, consultor e professor de Engenharia de Tráfego da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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Para quem se recusar a fazer o teste do bafômetro a penalização aumenta de 1.915,40 reais para 2.934,70. Também é criada uma infração específica para a recusa do exame — que, na avaliação de Mauricio Januzzi Santos, presidente da Comissão de Direito Viário da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), abrirá brecha para ainda mais contestações judiciais. “É inconstitucional desde a alteração anterior, porque vai contra o princípio de presunção de inocência.”

Já para Bacaltchuck, a maior rigidez contra o álcool alinha a legislação brasileira com as de vários países desenvolvidos, que nem ao menos permitem a negativa ao exame. “Tem de ter tolerância zero mesmo. O álcool é uma das causas determinantes de acidentes, como o excesso de velocidade”, defende o professor.

Outra mudança é no tempo mínimo de suspensão do direito de dirigir, quando o condutor atinge 20 pontos na CNH, que aumenta de um para seis meses. Além disso, haverá mais rigidez com aqueles que usarem irregularmente vagas destinadas a idosos ou deficientes físicos em estacionamentos, até privados. A multa passa de grave a gravíssima, de 127,69 reais para 293,47.

Embora os reajustes venham em período de crise econômica, o argumento do governo foi o período de 19 anos sem aumento das multas. A Lei 13.281/2016 foi sancionada por Dilma Rousseff em maio deste ano, dias antes de seu afastamento da Presidência. Alguns itens previstos, como um sistema eletrônico para substituir notificações pelos Correios, ainda devem demorar a ser implementados.

(Com Estadão Conteúdo)


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Disputa está aberta em ao menos 11 capitais

Posted: 29 Oct 2016 07:30 AM PDT

786 urnas eletrônicas tiveram que ser substituídas

Das dezoito capitais que terão votação no segundo turno neste domingo (30), em no mínimo onze delas a disputa deve ser definida com uma margem pequena de votos, segundo apontam pesquisas divulgadas pelo Ibope até sexta-feira (28). O instituto realizou pelo menos um levantamento em cada uma das cidades.

Em cinco das capitais – Aracaju, Belém, Belo Horizonte, São Luís e Curitiba – as pesquisas mais recentes indicam situação de empate técnico entre os dois candidatos. Em outras sete, a diferença entre os adversários supera a margem de erro, mas ainda mostra disputa acirrada, com vantagens de até dez pontos porcentuais. É o caso de Campo Grande, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Vitória e Florianópolis.

No outro extremo, candidatos aparecem com ampla vantagem em relação aos adversários em seis cidades. No Rio de Janeiro, por exemplo, Marcelo Crivella (PRB), desponta com 61% das intenções de votos válidos – quando são excluídos os brancos, nulos e indecisos -, tendo 22 pontos porcentuais de diferença para Marcelo Freixo (PSOL), que aparece com 39%.

Em Recife, a vantagem é do atual prefeito e candidato à reeleição, Geraldo Júlio (PSB), que tem 60% das intenções de voto válido, contra 40% do petista João Paulo. Situações semelhantes ocorrem em Porto Velho, Maceió, Goiânia, Macapá e Cuiabá.

Novas pesquisas

Em Campo Grande, a diferença de Marquinhos Trad (PSD), que era de 26 pontos porcentuais no levantamento divulgado no dia 14, caiu para dez pontos na pesquisa publicada nesta sexta (28). Ele aparece com 55% das intenções de voto, ante 45% da sua adversária na disputa, a tucana Rose Modesto.

O mesmo ocorreu em Florianópolis, em que Ângela Amin (PP) conseguiu se aproximar de Gean Loureiro (PMDB) e também ficar a dez pontos porcentuais (55% a 45%) na pesquisa divulgada sexta (28). Antes, a vantagem do peemedebista era de 34 pontos.

O levantamento é semelhante ao cenário da disputa em Porto Alegre, onde o Ibope mostrou nesta sexta (28) vantagem de Nelson Marchezan (PSDB), com 56% das intenções de voto, 12 a mais do que Sebastião Melo (PMDB), que tem 44%. A distância chegou a ser de 16 pontos.

Equilíbrio. Para o cientista político José Paulo Martins Júnior, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), esse equilíbrio de forças é uma sinalização positiva dentro do sistema democrático. “Se tem segundo turno, a tendência é que existam dois grupos fortes com potencial eleitoral equivalente”, diz.

Para Humberto Dantas, cientista político do Insper, não é possível generalizar o cenário político das capitais, pois a realidade de cada uma deve ser levada em consideração. “A gente tem visto eleições com características muito diferentes. No Rio de Janeiro, os polos da esquerda e da direita foram para o segundo turno. Mas, ao mesmo tempo, é estranho que, em Porto Alegre, a eleição tenha começado com a liderança de dois candidatos da esquerda e ela tenha ficado fora da disputa agora”, afirma.

Dantas cita Recife e Fortaleza como capitais em que a situação é mais similar, uma vez que ambas têm seus atuais prefeitos na disputa do segundo turno.

Para ele, a quantidade significativa de votos brancos e nulos do primeiro turno pode se repetir no domingo, assim como o chamado “voto útil”. “No Rio, com a esquerda e a direita mais definidas, o eleitor do centro pode ficar sem opção, e aí muitas pessoas não iriam à urna pelo voto, mas pelo veto.”

(com agência Estado)


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Morre Erasto de Vasconcelos, referência da música de Recife

Posted: 29 Oct 2016 06:54 AM PDT

Morreu na última quinta-feira, em decorrência de uma parada cardíaca, o instrumentista e compositor Erasto Vasconcelos. O músico de 69 anos se encontrava em internado há dois meses no Hospital Miguel Arraes, em Olinda, por causa de um infarto ocorrido no mês de agosto.

Erasto era irmão de Naná Vasconcelos, referência da percussão brasileira, que havia morrido em março deste ano. Sua importância, no entanto, vai além do simples fato de ser irmão de um dos principais nomes da música pernambucana. Vasconcelos começou a carreira nos anos 60, acompanhando movimentos como a tropicália e o clube da esquina. Tocou ao lado de grandes nomes como Gilberto Gil, Lô Borges e Alceu Valença. Erasto também trilhou um caminho de respeito no showbiz internacional (mais especificamente no mercado do jazz) ao participar de discos de Hermeto Paschoal e Marcio Montarroyos (Stone Alliance) e Eye on You, do baterista Ronald Shannon Jackson. Vasconcelos também possui uma conexão importante com os artistas pernambucanos surgidos nos anos 90, a partir do movimento manguebit. Jornal de Palmeira (2005), seu único disco, foi produzido por Fabio Trummer, guitarrista da banda Eddie, e contou com a participação de nomes como Jorge du Peixe, Pupillo e Dengue (da Nação Zumbi) e da cantora Karina Buhr.

Vasconcelos ainda era escritor: em 1970 lançou Dez cantigas de roda, um maracatu, um afoxé, mas cuidado existe uma cobra, composto de escritos e desenhos de sua autoria. O livro foi relançado em 2015. Erasto Vasconcelos foi enterrado na tarde de ontem no cemitério de Guadalupe, em Olinda.


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Crivella crivellou

Posted: 29 Oct 2016 05:57 AM PDT

Passada uma semana, a Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda não sabe como explicar. Como VEJA revelou na semana passada, o senador Marcelo Crivella, candidato à prefeitura do Rio pelo PRB, foi preso há 26 anos e, durante todo esse tempo, guardou a documentação do caso em sua casa. Guardou até os negativos das fotos tiradas na delegacia em 18 de janeiro de 1990. A Polícia Civil, até agora, não faz ideia de como o material deixou os arquivos policiais, o que é proibido por lei.

Também não sabe explicar outro mistério perturbador: como os registros reapareceram há seis meses em um sistema oficial de buscas? A família do delegado João Kleper Fontenelle, que morreu em 2012, reagiu indignada à explicação de Crivella de que ganhara tudo — o inquérito e as fotos — de presente do próprio delegado. "Pôr a culpa em alguém que já morreu e não pode se defender é muita falta de escrúpulos", afirmou a filha de Fontenelle, Flávia, que cogita processar o bispo licenciado.

Líder das pesquisas às vésperas da eleição, Crivella tentou conter os danos com uma tática que desafia o bom-senso: mudou por completo a versão do que dissera em conversa gravada com VEJA. De tão inusitado, o método merece um verbo em homenagem ao criador: Crivella crivellou. Em um vídeo, disse: "Vou esclarecer. Nunca fui preso". Tentou pulverizar, numa única frase, uma fila de evidências: 1) o registro de ocorrência 023/1990, em que foi autuado por invasão de domicílio; 2) a fiança de 450 cruzados novos (hoje 320 reais) que pagou para sair da cadeia; e 3) sua própria voz dizendo, no áudio postado no site de VEJA: "Fiquei preso na carceragem da 9ª DP lotaaaaaaada de gente".

No mesmo vídeo, crivellou uma segunda vez. Disse que sua única intenção na ida ao local da discórdia era "consertar um muro que ameaçava desabar". No inquérito que o próprio Crivella cedeu a VEJA, pessoas que estavam no terreno afirmam que ele chegou com pé de cabra e homens armados para expulsá-las. Na entrevista à revista, o bispo ainda disse: "Fiquei revoltado" e "arrebentei aquela cerca". É natural que um candidato queira desviar-se de um noticiário desfavorável, sobretudo às vésperas da eleição. É difícil compreender, no entanto, as razões que o levam a desmentir a si próprio. Talvez por isso Crivella tenha cancelado as entrevistas de que participaria na semana passada. Talvez temesse crivellar de novo.

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Especial SPFW: modelos e bastidores

Posted: 29 Oct 2016 05:03 AM PDT

O ex-tucano por trás da campanha que pode desbancar o PSDB em BH

Posted: 29 Oct 2016 05:00 AM PDT

Independemente do resultado de domingo (30), a campanha de Alexandre Kalil (PHS) à Prefeitura de Belo Horizonte se tornará um 'case' de estudo para os cientistas políticos. Como um candidato de um partido nanico conseguiu ultrapassar o afilhado de Aécio Neves, principal cacique de Minas Gerais, nas pesquisas de intenção de voto na reta final da eleição? Um rapaz de apenas 30 anos é parte dessa resposta.

O vereador eleito de Belo Horizonte Gabriel Azevedo (PHS)

O vereador eleito de Belo Horizonte e fã de ‘selfies’ Gabriel Azevedo (PHS)

Filiado ao PSDB de 2005 a 2013, o professor de direito Gabriel Azevedo é coordenador da campanha do ex-cartola do Atlético-MG. Apesar da idade, seu currículo é de veterano. Já esteve ao lado de Aécio em três eleições, Marcio Lacerda (PSB, atual prefeito de BH) por duas vezes, Itamar Franco (PPS) e Antonio Anastasia (PSDB). No governo deste, foi subsecretário de políticas para a juventude.

Nessas oportunidades, trabalhou lado a lado com Andrea Neves, irmã do senador tucano e cabeça de todas as campanhas dele.

"Realmente convivi com a Andrea, uma pessoa de inteligência privilegiada. Observando-a, deu para aprender muita coisa que eu utilizo na campanha atual", conta Azevedo à reportagem de VEJA. "A capacidade de definir uma estratégia, mobilizar a equipe, criar um discurso, caprichar nos programas de TV. Isso ela me ensinou bem", explica.

A ruptura com os tucanos se deu após a aproximação do PSDB em Minas com o PMDB. "Eu não mudei de lado. Sempre estive contra o PMDB. Quem mudou de lado foi quem se aliou a eles."

Agora, ele está no campo oposto de Aécio e Andrea, que apoiam a candidatura do deputado estadual João Leite (PSDB), rival de Kalil. Sobre o assunto, Azevedo é diplomático: "No final do primeiro turno eu estive com ela, somos amigos. Reforçamos a ideia de que o respeito seria mantido entre nós. As eleições passam, e as boas relações têm que ser mantidas".

 

Gabriel Azevedo e Antonio Anastasia (PSDB), ex-governador de Minas, nos bastidores do programa 'Roda Viva'

Azevedo e Antonio Anastasia (PSDB), ex-governador de Minas, nos bastidores do programa ‘Roda Viva’

Aproximação

Azevedo e Kalil se conheceram em 2008, quando este havia acabado de assumir a presidência do Clube Atlético Mineiro. Com apenas 22 anos, Gabriel foi convidado a assumir um cargo na comunicação do time.

Partiu do jovem a ideia de criar uma conta no Twitter para o cartola, em 2009. "Sempre defendi que ele deveria ter uma relação direta com a torcida", conta Azevedo. Hoje, o perfil tem mais de um milhão de seguidores —o que deu uma mão no primeiro turno, quando a campanha tinha apenas 20 segundos de propaganda na TV.

O jovem diz que o diferencial de sua comunicação é ter uma "estrutura leve" em tempos de crise e restrições da lei eleitoral. "Tem vídeo que a gente gravou na sala da casa do candidato. Não tem estúdio, não tem teleprompter. O Kalil tem um discurso muito pronto", afirma.

Devo, não nego

A reta final de campanha tem exigido bastante sangue frio de Kalil, de estilo estourado. Desde que as pesquisas começaram a mostrá-lo na dianteira na intenção de votos, o nível dos debates e propagandas políticas em Belo Horizonte caiu vertiginosamente.

O primeiro debate após o resultado teve acusações mútuas e gritaria, o que provocou críticas até das mediadoras. Num desses bate-bocas, Kalil acabou cometendo um ato falho: quando João Leite levantou a acusação de que o ex-cartola não pagara direitos previdenciários de ex-funcionários de sua empreiteira, ele rebateu dizendo "eu roubo, mas não peço propina".

"Nós ficamos assustados naquele debate", diz Azevedo. "Desde o início, o João Leite prometeu uma campanha de alto nível. No primeiro turno, chegava nos debates e beijava o Kalil, chamava-o 'meu presidente'. E, de repente, veio com os dois pés na porta."

A campanha do candidato do PHS não nega a existência de processos trabalhistas ou o fato de que Kalil devia R$ 100 mil em IPTU no início da campanha —Azevedo diz que a multa foi acertada recentemente.

Mas justifica: "Durante os seis anos em que ele foi presidente do Galo, o Kalil esqueceu da vida pessoal dele. A vida dele era o Galo. O clube saiu de um faturamento de 20 e poucos milhões para R$ 300 milhões. Ele colocou o time no andar de cima do futebol brasileiro. O carinho dele ao se dedicar a uma missão é de soldado: ele dá a vida por aquilo."

"Não é só ele que está em situação complicada no país. Outros empresários meteram os pés pelas mãos e estão em Curitiba. Dever, deve sim, mas envolvido em Lava Jato não está não."

Nem direita, nem esquerda

Kalil tem ambiguidades inegáveis. Quer passar a imagem de um bom gestor com uma empresa que não está bem das pernas. É um candidato antipolítico, mas financiou campanhas no passado. Mas esses não foram obstáculos para seu crescimento, avalia Azevedo.

"Mesmo tendo, obviamente, relações com o mundo político, ele topou o desafio de ser um candidato independente. Essa foi a diferença. Não tem cacique, não tem padrinho na propaganda dele", afirma.

O "self-made man" político, na visão do jovem, é um fenômeno que vai crescer cada vez mais. "A política tradicional, no sentido partidário, não atrai mais ninguém. Quando se fala em candidato independente, estamos dizendo 'menos partido e mais resolução da vida das pessoas'".

E, para Azevedo, Kalil consegue ser independente também de ideologias. "Em BH, o que existe é gente querendo rua sem buraco, hospital que funcione, mais segurança. Numa eleição municipal, eu não acredito que esquerda e direita estejam no topo da preocupação do cidadão", avalia ele que, em seu comitê de campanha para vereador, tinha frases do conservador premiê britânico Winston Churchill nas paredes.

"Sinceramente, acho que o Kalil não está na direita ou esquerda. Como é difícil hoje, qualquer pessoa que é múltipla nas opiniões ser enquadrada de um modo tão simples", define.


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Leandro Hassum: ‘O politicamente correto é uma babaquice’

Posted: 29 Oct 2016 04:51 AM PDT

Leandro HassumLeandro Hassum mostra seu emagrecimento em montagem no InstagramLeandro Hassum tira selfie e exibe a sua boa forma físicaLeandro Hassum participa do Mais VocêLeandro Hassum fala sobre a relação com o pai a Marília GabrielaClaudia Leitte, Thiaguinho e Leandro Hassum no FaustãoLeandro Hassum e Alexandre Nero no Domingão do FaustãoLeandro Hassum surfa em praia em Natal, Rio Grande do NorteLeandro Hassum e a mulher, Karina Hassum, passam fim de semana em Natal (RN)O humorista Leandro Hassum e sua mulher, KarinaO humorista Leandro HassumProtagonista de O Candidato Honesto, Leandro HassumLeandro Hassum interpreta João Ernesto Praxedes em O Cadidato HonestoOs atores Leandro Hassum e Júlia Rabello em cena do filme Vestido Pra CasarO ator Leandro Hassum em cena do filme Vestido Pra CasarLeandro Hassum usa regata sexy para torcer para o Brasil na Copa do Mundo 2014.Leandro Hassum no filme Até que a sorte nos separe 2Leandro Hassum e Anderson Silva no filme Até que a sorte nos separe 2Pedrão (Marcius Melhem) e Jorginho (Leandro Hassum) em cena de Os Caras de PauO comediante Leandro Hassum

Um dos maiores nomes da comédia nacional atual, com uma infinidade de séries, filmes e peças de teatro no currículo, Leandro Hassum não se esquiva quando o assunto são as mudanças pelas quais o humor passou nos últimos anos e a cobrança pelo politicamente correto. "Acho tudo isso uma hipocrisia, uma babaquice. As pessoas tinham que se preocupar com coisas mais sérias, como a violência contra a mulher, os homossexuais ou por questão racial", diz. "O racismo é muito sério, a homofobia é uma questão muito séria, mas às vezes, uma piada que não tem nada a ver com isso se transforma em uma questão por causa da intolerância, pelo fato de as pessoas estarem sempre prontas para brigar."

Ao site de VEJA, o ator deu seu palpite sobre o poder da comédia e falou dos convites que recebeu após ter emagrecido, além de seus próximos projetos, incluindo uma série para a Globo em que vai contracenar com a filha, Pietra, na estreia da jovem na televisão. A primeira parte da entrevista, sobre a relação com o pai, preso por tráfico internacional de drogas, e a cirurgia bariátrica feita por ele em 2014, pode ser conferida neste link.

 

De onde surgiu a ideia para a série que você vai fazer com a sua filha, Pietra? É baseado no meu espetáculo de stand-up, o Lente de Aumento, que está em cartaz há quase nove anos. Em um segmento, eu falo sobre a relação com a minha filha quando ela estava na pré-adolescência. No programa, que vai se chamar A Cara do Pai, a Mel Maia vai fazer a Pietra aos 10 anos. O Leandro da série vai ser separado da mulher, então, a cada vez que ele encontrar a filha, aos fins de semana, vai ver uma evolução na menina, que aconteceu durante a semana. Como é um programa baseado na minha relação com a Pietra e ela está estudando teatro (no Tablado, no Rio), a gente achou legal que ela fizesse uma participação. É um personagem menor, ela vai fazer uma vizinha adolescente em que a minha filha se inspira, vira a ídola da Pietra da ficção. A gente começa a gravar no dia 7 de novembro e vão ser dezesseis episódios. Quatro deles vão ser exibidos em dezembro, como especial de Natal aos domingos, na hora do almoço. Os outros doze serão para uma primeira temporada, mas a gente ainda não tem data para exibição.

Partiu da Pietra a iniciativa de virar atriz? Eu nunca forcei nada. Quando fui para Los Angeles, dois anos atrás, para fazer um curso de direção de cinema, ela ia ficar comigo lá e minha mulher ia ficar aqui no Brasil resolvendo coisas. Eu disse que ela não ia ficar de bobeira e perguntei se ela queria fazer um curso de cinema. Ela disse que ia fazer de onda, mas se apaixonou, começou a gostar, se dedicou e se encontrou. Ela leva jeito, está curtindo demais. Apesar de eu ter falado para ela fazer, jamais rolou uma insistência.

Como você e sua mulher encararam essa decisão dela? Nós temos uma cabeça muito parecida, somos casados há dezenove anos, lidamos com a Pietra de uma forma muito franca. A gente encoraja, fala: "Vai lá, filha, vai fazer, vai curtir, mas saiba que a gente está aqui, também, se você amanhã achar que não é isso, fica à vontade". Minha mulher já me viu passando por várias fases, minha filha também, não há ilusão com essa carreira. Essa profissão é como outra qualquer, de altos e baixos. Não tem o glamour que todo mundo pensa, isso é 2% da carreira, o resto é ralação. Eu tenho que passar isso para ela, não é nada fácil.

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Vai fazer um humor diferente na série, por ter essa pegada mais família, mais emotiva? Na verdade, eu sempre fiz humor para a família. Meus filmes são os blockbusters que são justamente porque eu consegui preencher uma lacuna de fazer a comédia que a família toda curte. Não é um humor de nicho, politizado, nonsense. A criança curte, a vovó curte, o pai curte, a tia curte, o adolescente curte. Isso é ser popular. Meu grande padrinho e mestre no humor, o Chico Anysio, dizia que existem apenas dois tipos de humor, o engraçado e o sem graça. Eu sempre busco fazer um humor engraçado. Eu não fico pensando: "Ah, agora vou fazer um humor diferente!". Eu tenho uma identidade como comediante. A diferença nesse trabalho é que vou falar de uma coisa de pai e filha, uma temática nova para mim, sobre pais separados, relação com o pai e com a mãe distante. Isso traz a identificação com o público.

Por que a comédia é o gênero nacional de maior destaque? Através da comédia, a gente consegue tocar em temas mais delicados. O humor tem esse poder e não fui eu que descobri isso, os grandes comediantes e dramaturgos faziam suas peças em praças públicas falando sobre os reinos, seus governantes, mostrando para o espectador os problemas que aconteciam na corte de uma forma mais lúdica. No Até que a Sorte nos Separe 3, há assuntos como a crise financeira do Brasil, tem cena minha com uma presidenta, a gente fala de impeachment. Não só as minhas comédias, mas as da Ingrid Guimarães, que falam sobre essa mulher atual, guerreira, que trazem esse feminismo bacana, as do Paulo Gustavo, quando ele fala sobre uma mãe que é parecida com as nossas, se aproximam do público. Eu ainda acho que preenchi uma lacuna, com todo o respeito e sem querer me achar, porque as pessoas estavam carentes dos filmes dos Trapalhões, que eram comédias para a família toda rir. A criança ria, mas o pai também se divertia com a malícia que o Renato Aragão mostrava.

Como escolhe os seus projetos? Eu ganhei um público que é a família e decidi que não vou trair esses espectadores. Se for um projeto que me deixa feliz, eu vou fazer. Agora que emagreci, recebi alguns convites para viver personagens mais sérios, com uma pegada mais… masculina, não é galã, não gosto de usar essa palavra, mas mais másculo.

Que tipo de projetos recebeu depois de emagrecer? Acabei de filmar Dona Flor e Seus Dois Maridos, em que faço um personagem mais sério. Eu serei o Teodoro, com quem a Dona Flor (Juliana Paes) se casa após a morte de seu primeiro marido, Vadinho (Marcelo Faria), que volta como espírito. Ela trai o novo marido com esse espírito. Tem humor, mas é uma coisa mais séria. Eu gosto muito de experimentar, isso me desafia. Mas não tenho a busca de colegas que dizem que estão cansados de fazer comédia e querem fazer drama. Eu quero fazer projetos que me deem prazer e, por muito tempo, tenho encontrado isso no humor. Se algum dia surgir outro projeto diferente, eu vou fazer se achar que vou me divertir com ele. As pessoas me perguntam se eu não quero fazer novela, mas eu não tenho vontade louca disso.

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Alguns humoristas vêm sendo criticados por ser politicamente incorretos. Qual sua visão sobre isso? Acho tudo isso uma hipocrisia, uma babaquice. As pessoas tinham que se preocupar com coisas mais sérias, como a violência contra a mulher, os homossexuais, por causa de raça. Isso tinha que ser mais preocupante do que a piada, o humor. As pessoas estão muito à flor da pele, o mundo precisa de mais amor e mais graça. Outro dia, um cara chamou uma menina de cabelo azul de Smurf e alguém já veio dizer que era racismo. O racismo é uma questão muito séria, a homofobia é uma questão muito séria, mas às vezes, uma piada que não tem nada a ver com isso se transforma em uma questão por causa da intolerância, pelo fato de as pessoas estarem sempre prontas para brigar. A gente tem que se preocupar quando estão falando sério. Se não gosta, assista a outra pessoa, não ria das minhas piadas.

Você se posiciona nas redes sociais quando o assunto é política? Não. Eu luto pelo Brasil, mas não confio em nenhum dos lados. A gente está mal representado. Tinha que começar tudo do zero, apagar tudo, porque eu não vejo ninguém brigando pelo país, só brigando pelo seu partido, pelo seu lado, pelas suas propostas. Eu só quero que o Brasil saia dessa.

O que acha das leis de incentivo à cultura? Continua uma boa portaria, mas tem que melhorar. A gente conquistou muito – no governo passado, o cinema teve uma movimentada. Mas eu fico pensando como vai ser a partir de 2017, porque muita coisa que está sendo rodada neste ano é com os recursos que haviam sido liberados em 2015. A gente teve um ano muito triste para o audiovisual em 2016, baixo investimento e tudo mais. O Ministério da Cultura foi extinto e depois de muita briga voltou. Mas até que ponto isso não é só para inglês ver? A gente não sabe se o Ministério vai ter poder, vai ter voz. Eu até entendo, financeiramente, mas existe um desenvolvimento do nosso cinema, das nossas artes, do nosso teatro, que dependem desses incentivos. Isso não pode ficar tão de lado. Espero que melhore.

Quais são seus próximos projetos? Eu rodei neste ano três longas, um sobre a vida do Wilson Simonal, em que faço o Carlos Imperial, o Dona Flor e Seus Dois Maridos e outro chamado Não se Aceitam Devoluções, remake de Não Aceitamos Devoluções, o filme em espanhol mais visto nos Estados Unidos. No ano que vem eu começo já rodando mais dois longas, Pra Chorar de Rir e O Amor Dá Trabalho. Provavelmente, no final do ano vou começar O Candidato Honesto 2, porque a gente quer lançar no ano das eleições presidenciais.

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Posse de Mariano Rajoy põe fim a limbo político na Espanha

Posted: 29 Oct 2016 04:44 AM PDT

Após dez meses de vácuo político na Espanha, o primeiro-ministro interino Mariano Rajoy finalmente deve tomar posse para seu segundo mandato neste sábado. A vitória do candidato do PP (Partido Popular) é resultado de alianças feitas com os partidos Ciudadanos e Coalición Canaria (CC), e da abstenção de onze deputados do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), dando a Rajoy a maioria relativa necessária para vencer.

Um dos principais desafios de Rajoy será obter apoio de um parlamento que seu partido não controla como antes. Com o Congresso fragmentado, espera-se que o próximo governo tenha um perfil mais técnico, e que assuma uma posição centrista, com maior capacidade de diálogo do que seu governo anterior. Se por um lado o fato do partido de centro-direita de Rajoy não ter uma oposição coesa pode gerar um cenário incerto, por outro uma oposição enfraquecida pode proporcionar maior estabilidade para o futuro da Espanha.

Depois de uma reunião do comitê federal que decidiu pela abstenção na votação parlamentar para a nomeação de Rajoy para um segundo mandato, o PSOE sai do impasse político com sua imagem prejudicada: ao ter permitido que um candidato de direita assuma o governo, os socialistas deixam de ser vistos como uma alternativa ao PP. "O PSOE pode ficar muito debilitado por não se garantir como alternativa àquele que tem sido seu principal rival político desde o início da democracia na Espanha", diz Nacho Corredor, consultor político espanhol.

Com a oposição enfraquecida, Rajoy deve dialogar, mas não deve fazer grandes concessões aos demais partidos em seu próximo mandato. "Não há muita margem para negociações 'duras' com o governo, porque a capacidade do poder Executivo nos sistemas parlamentários, como é o caso do espanhol, de condicionar a agenda do poder Legislativo é muito grande", diz José Fernández-Albertos, cientista político espanhol do Centro de Ciências Humanas e Sociais do Conselho Superior de Investigações Científicas. "E, sobretudo, porque Rajoy pode, em caso sério de impasse, dissolver as câmaras e convocar eleições parlamentares, que muito certamente o beneficiaria".

No caso de novas eleições parlamentares, a oposição ficaria ainda mais fragilizada, enquanto o PP poderia sair fortalecido – já que foi o partido que mais obteve votos na última eleição geral. Rajoy afirmou, porém, que está aberto ao diálogo: "Garanto que trabalharei desde o primeiro dia para que esse governo seja capaz, estável e duradouro, e tenho consciência de que isso só poderá ser feito com diálogos e acordos".

Além de garantir a governabilidade, os principais desafios para o próximo governo são: cumprir os compromissos orçamentários estabelecidos com a União Europeia, manter a recuperação econômica, lidar com as questões separatistas dentro do território espanhol e, finalmente, reformar o sistema de pensões.

A fragmentação política que levou a um impasse durante mais de 300 dias na Espanha é reflexo da transformação pela qual passou o sistema político do país: entre 1975 e 2015, o PP e o PSOE alternaram-se no poder, em um esquema bipartidário. Após a chegada de dois novos partidos expressivos ao cenário político, Ciudadanos e Podemos, as peças do jogo político precisaram se reorganizar. "As forças políticas estão demonstrando certa incapacidade para se adaptar. Boa parte dos políticos espanhóis continua tratando um cenário no qual existem quatro partidos como se só existissem dois", diz Antón Losada, cientista político da Universidade de Santiago de Compostela.

 


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IMPERDÍVEL: Pelos trilhos certos vai ‘A Garota no Trem’

Posted: 29 Oct 2016 02:15 AM PDT

Da janela do trem,  Rachel Watson observa a vida perfeita de Jess e Jason. Depois de perder seu marido e emprego, a felicidade da mulher repousa no vislumbre diário da rotina do casal que nem conhece. O pacífico primeiro plano, no entanto, esconde detalhes sombrios, pouco a pouco revelados depois do desaparecimento de Megan Hipwell — a Jess, ou a babá da filha de Tom, ex de Rachel, atual de Anna.

A partir de então, a vida das três mulheres se cruza, e todas narram o thriller A Garota no Trem, baseado na obra homônima de Paula Hawkins. A atriz Emily Blunt vive a alcoólatra Rachel e dá show ao interpretar a explosão de sentimentos embriagados da personagem. Apesar da mudança do cenário, de Londres para Nova York – um tanto quanto desnecessária, visto o carregado sotaque britânico de Blunt – o filme é bastante fiel ao livro, e adiciona o dinamismo que faltava ao texto de Hawkins.

Na linha domestic thriller, personificada por Garota Exemplar – sucesso de 2014 estrelado por Ben Affleck e Rosamund Pike – A Garota no Trem trabalha com dose certa de drama, suspense e um “quê” de tragédia.


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IMPERDÍVEL: Livro de contos mostra o gênio de Katherine Mansfield

Posted: 29 Oct 2016 02:00 AM PDT

15_contos_katherine_mansfie(Tradução de Mônica Maia, Record, 272 páginas, 39,90 reais) Katherine Mansfield (1888-1923) viveu apenas 34 anos, mas foi o suficiente para deixar uma obra de impacto capaz de sacudir escritoras como a inglesa Virginia Wolf, que disse sentir inveja dela, e a brasileira Clarice Lispector, que uma vez contou ter encontrado a si mesma nas linhas da neozelandesa — “Sou eu”, teria dito ao devorar páginas da escritora em uma livraria. O talento de Katherine Mansfield é tão grande que atraiu tradutores como Érico Veríssimo e Ana Cristina César, que tiveram de lidar com as dificuldades de verter para o português assonâncias bem talhadas no inglês. 15 Contos Escolhidos de Katherine Mansfield, coletânea com textos publicados entre 1915 e 1922 que a Record põe agora nas lojas, ajuda a entender a força da escritora. Ali, entre textos como Êxtase (já traduzido como Felicidade no Brasil), As Filhas do Falecido CoronelUma Xícara de CháMansfield usa da sua influência do russo Tchekhov para contar a história de personagens comuns como donas de casa, empregadas, crianças, balconistas e cantoras decadentes que em algum momento terão uma epifania e arrastarão o leitor em sua sinuosa desventura emocional ou social. Clique aqui para ler um trecho.

 

 

 


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IMPERDÍVEL: Ritz de Paris é lar de Chanel e de nazistas em livro

Posted: 29 Oct 2016 01:45 AM PDT

placevendomeg2"Quando estiver em Paris, a única razão para não se hospedar no Ritz é se você não puder pagar", teria dito, certa vez, o escritor Ernest Hermingway, um fã declarado do palacete localizado em Paris. Símbolo do luxo nos anos 1940 (e depois), o local era frequentado por políticos, entre eles Winston Churchill, intelectuais como Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Marcel Proust, e celebridades do cinema, caso de Marlene Dietrich e Ingrid Bergman. A estilista Coco Chanel é outro nome que frequentou o hotel – e chegou a morar ali com um amante alemão durante a II Guerra. É durante o conflito, quando os nazistas invadem Paris, que começa a narrativa do livro O Hotel na Place Vendôme (Tradução de André Gordirro, Intríseca, 288 páginas, 49,90 reais), de Tilar J. Mazzeo, autora dos livros O Segredo do Chanel Nº 5 e A Viúva Clicquot (ambos editados no Brasil pela Rocco). Em sua nova trama, a escritora faz uma interessante biografia do hotel, cenário de festas históricas e intrigas políticas, além de ponto de criação de artistas célebres — dizem que foi ali, no bar do Ritz, que Cole Porter finalizou a canção Begin the Beguine.


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IMPERDÍVEL: Irreverente, série ‘Chewing Gum’ entra para a Netflix

Posted: 29 Oct 2016 01:30 AM PDT

Tracey Gordon (Michaela Coel) é uma cristã londrina de 24 anos que, criada pela mãe, bastante religiosa, nunca teve uma experiência sexual. Reprimida e com conhecimentos sobre sexo bastante limitados, a jovem tenta perder a virgindade com o noivo, Ronald (John McMillan), que pretende se manter casto até o casamento. Na tentativa de seduzir o rapaz, Tracey conta com a ajuda de sua melhor amiga, Candice (Danielle Walters), que é bem mais "vivida" quando o assunto é sexo, e de sua avó, Esther (Maggie Steed).

Esse é o enredo da série britânica Chewing Gum, cuja primeira temporada, com seis episódios, será disponibilizada na Netflix em 31 de outubro. A história é levemente inspirada na vida da protagonista, Michaela Coel, e no monólogo Chewing Gum Dreams, que a atriz apresentou no teatro entre 2012 e 2014. Engraçado, desbocado e irreverente, o seriado já foi renovado para a segunda temporada.


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IMPERDÍVEL: James Franco tenta salvar Kennedy na série ‘11.22.63’

Posted: 29 Oct 2016 01:15 AM PDT

Produzida e exibida pelo serviço de streaming Hulu nos Estados Unidos, a minissérie 11.22.63 chega ao Brasil pelo canal pago AMC, no dia 1º de novembro, às 22h30. Baseado no livro de mesmo nome de Stephen King, o seriado tem oito episódios e conta com J.J. Abrams na produção executiva.

Na história, Jake Epping (James Franco) é um escritor e professor de inglês divorciado que aceita a missão de viajar no tempo através de um portal em seu restaurante favorito para tentar impedir o assassinato do ex-presidente americano John F. Kennedy, que aconteceu em 22 de novembro de 1963 (daí o título da minissérie).

Quem lhe dá a missão é o dono do restaurante, Al Templeton (Chris Cooper), que estava, ele mesmo, cuidando da tarefa, até descobrir que estava com câncer e à beira da morte. O amigo explica a Epping que a viagem no tempo tem algumas regras – como o fato de a pessoa voltar sempre na mesma data, 21 de outubro de 1960, às 11h58.

Obcecado com a morte de Kennedy, Al passou 35 anos pesquisando e estudando os acontecimentos que levaram ao assassinato do ex-presidente e desenvolveu algumas teorias que diferem do que a história costuma contar. A ideia dele é que o professor de inglês continue seu trabalho, inclusive matando Lee Harvey Oswald, apontado como o assassino de JFK, caso ele seja realmente culpado.


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IMPERDÍVEL: ‘Trolls’ é um desenho para cantar junto

Posted: 29 Oct 2016 01:00 AM PDT

Entre o engraçado e o freak, os bonecos trolls foram sucesso nos anos 1980 e 90, com seu visual pelado e cabelos coloridos eternamente arrepiados. Os brinquedos serviram de inspiração para a nova animação da Dreamworks, Trolls, em cartaz no Brasil. Com Anna Kendrick e Justin Timberlake na versão original em inglês, o desenho é um delicioso musical, repleto de hits que o público conhece — principalmente os adultos, que cairão em uma dupla sensação de nostalgia, entre trilha sonora e brinquedos da infância.

Apesar do poder de ativar a memória afetiva dos mais velhos, Trolls é um filme voltado para o público infantil. Seu roteiro se mantém dentro da clássica historinha com uma moral no final. Detalhe que não estraga o longa como um todo.

Trolls conta a história da vila dos trolls (óbvio), pequenos seres irritantemente alegres, que adoram cantar, dançar, se abraçar, e festejar, e usam seus poderosos cabelos coloridos para fazer as mais diversas peripécias. Depois de escaparem dos terríveis berguens, que gostam de comê-los para se sentirem felizes, os gnominhos vivem escondidos na floresta. Tudo vai bem, até o dia em que a princesa Poppy (Anna Kendrick) resolve dar uma mega festa, que os revela para a chef de cozinha dos vilões. Todos os amigos da monarca são levados para o castelo e ela pede ajuda para o outsider da vila, Tronco (Justin Timberlake), o troll cinza, que não canta, para salvar todos.

O desenho possui um visual bem vibrante e encantador. O cenário e os personagens são feitos em computação gráfica com diferentes texturas de tecido. O 3D não é exagerado, poucas coisas são atiradas em direção à plateia (ufa!).

Além de Timberlake, outros artistas pop estão no elenco original do filme, como Gwen Stefani e o duo Icona Pop. A trilha do filme também é produzida pelo protagonista e por Max Martin, que já trabalhou com praticamente todos os artistas pop da atualidade, como Katy Perry, Britney Spears e Taylor Swift. O trabalho da equipe musical foi bem realizado. São justamente as canções da animação que conquistam a plateia. Todo o roteiro é costurado com a ajuda de faixas originais e outras muito conhecidas, como Hello, de Lionel Richie, Total Eclipse of the Heart, de Bonnie Tyler, True Colors, de Cyndi Lauper, e September, de Earth, Wind & Fire.

Por causa da coletânea de clássicos, a versão legendada da animação oferece um resultado mais saboroso. O filme dublado também diverte, mas as letras das músicas são traduzidas. Como a melodia de praticamente todas é de fácil reconhecimento, fica difícil não querer acompanhar os personagens, mas cantando os versos originais.

Apenas três canções são apresentadas em inglês na versão nacional: o clássico folk The Sound of Silence, do Simon e Garfunkel (graças ao status de meme do primeiro verso “Hello darkness my old friend”); They Don’t Know, da Ariana Grande; e Can’t Stop the Feeling!, do próprio Justin Timberlake, feita exclusivamente para o filme e que se tornou hit mundial neste ano. Abaixo, o site de VEJA preparou uma playlist especial para aqueles que querem um esquenta para o filme — ou continuar a cantar depois do cinema.


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Freixo ataca e Crivella se esquiva no último debate

Posted: 28 Oct 2016 09:28 PM PDT

O debate da Globo desta sexta-feira frustrou aqueles que esperavam uma guerra explícita entre Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (Psol). Ao contrário do último encontro na Rede TV!, quando os ânimos estavam exaltados, desta vez o senador não respondeu as perguntas agressivamente, o que acabou tirando a tensão nos estúdios da emissora. O que se viu foi um duelo repleto de ironias e deboches entre os adversários

Freixo começou o debate perguntando sobre o tema mulher: “Você recentemente disse que as mulheres têm que obedecer mais aos homens porque, afinal de contas, são pedaço desse homem”, afirmou. “Quando eu falei da mulher ser um pedaço do homem, isso é uma parte da Bíblia. Não fala que é nem da cabeça, nem dos pés, é exatamente para ser igual, este é o princípio, servo igual, parceira. Assim que eu levo meu relacionamento com a minha mulher”, respondeu o Crivella. Freixo rebateu: “Ter uma ideia dessa em pleno século 21 que a mulher tem que ser submissa é grave. O preconceito alimenta a violência”.

Em outra oportunidade de questionar, o candidato do Psol levantou a acusação de que correligionários de Crivella fizeram ameaças à viúva do pedreiro desaparecido Amarildo de Souza. Segundo denúncia feita por Elizabete da Silva, ela teria sido coagida a gravar um depoimento contra Marcelo Freixo, que organizou eventos para arrecadar dinheiro para a família. “Vale qualquer coisa para ser prefeito, Crivella?”, disse Freixo, acrescentando: “Esse assunto é sério e você não deveria fazer brincadeira com isso. Eu sempre ajudei aquela família enquanto você estava ao lado do então governador Sérgio Cabral”. Na resposta, o senador afirmou ser “difícil a gente conter a militância depois de Freixo ter feito tantas ameaças e acusações infundadas”.

A todo momento Freixo tentou ligar Crivella a aliados controversos como o ex-governador Anthony Garotinho e o ex-secretário de Eduardo Paes, Rodrigo Bethlem. Mas o foco principal do candidato do Psol era ressaltar a existência de um projeto de poder da Igreja Universal. “O Freixo só fala isso no seu programa de televisão, quero esclarecer que igreja não tem projeto político nenhum, absolutamente”, devolveu Crivella.

O psolista, então, subiu o tom. “É evidente que há um projeto de poder. Os integrantes do seu partido, o PRB, são quase todos bispos da igreja. Quando você foi ministro da Pesca, não faltou peixe da sua igreja no ministério. Muitos dos seus assessores eram bispos”, afirmou. O candidato do PRB, que passou a campanha tentando desvincular a sua imagem da Universal, respondeu: “Meu Deus do céu, o Freixo não desiste. É uma obsessão. Há três semanas que ele fala disso. Você em casa não está preocupado com a minha religião. Você está preocupado com saneamento, transporte”. Depois de uma série de questionamentos feitos por Freixo, Crivella lançou mão de mais uma ironia. “O Freixo quer ser meu biógrafo”, disse.

O candidato Marcelo Crivella (PRB) antes do debate realizado pela Rede GloboO candidato Marcelo Freixo (PSOL) antes do debate realizado pela Rede GloboOs candidatos Marcelo Freixo (PSOL) e Marcelo Crivella (PRB) durante o debate realizado pela Rede GloboOs candidatos Marcelo Freixo (PSOL) e Marcelo Crivella (PRB) durante o debate realizado pela Rede GloboO candidato Marcelo Crivella (PRB) antes do debate realizado pela Rede GloboO candidato Marcelo Freixo (PSOL) antes do debate realizado pela Rede GloboOs candidatos Marcelo Freixo (PSOL) e Marcelo Crivella (PRB) antes do debate realizado pela Rede GloboOs candidatos Marcelo Freixo (PSOL) e Marcelo Crivella (PRB) se cumprimentam antes do debate realizado pela Rede Globo
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Mais uma noite de ataques no debate em Belo Horizonte

Posted: 28 Oct 2016 08:44 PM PDT

O início do debate desta sexta-feira em Belo Horizonte quase convenceu de que seria diferente. João Leite (PSDB) perguntou sobre propostas para a saúde. Alexandre Kalil (PHS) questionou o adversário sobre políticas de urbanização. Mas durou pouco. Já na terceira rodada de perguntas, começaram os ataques e o nível do debate caiu mais uma vez, como havia acontecido nos encontros de RedeTV, Record e Diários Associados no segundo turno.

O candidato tucano insistiu na estratégia de enfatizar as pendências jurídicas de Kalil, como sua multa de IPTU e processos trabalhistas movidos por ex-funcionários de sua empresa de engenharia. “Vou fazer um cerco em cima de sonegador rico que não paga IPTU em Belo Horizonte. Hoje, os documentos trazem que Kalil deve 1,2 milhão de reais à prefeitura. Com isso, dá pra eu colocar 12 mil crianças se alimentando por um ano em Belo Horizonte”, afirmou Leite.

Kalil, por sua vez, insistiu na associação que assombra o candidato tucano desde sua primeira campanha para prefeito, em 2000: a de que Leite “defende bandido”. Como deputado estadual, o candidato do PSDB foi presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de Minas Gerais e por esse fato recebeu a pecha.

O ex-cartola do Atlético-MG levou uma lista de nomes que, segundo ele, seriam de estupradores que foram liberados da cadeia após a atuação de Leite. “Quem solta presos é o juiz da cara criminal. Vai estudar, Kalil”, respondeu o tucano.

Até o casamento de João Leite virou assunto para briga entre os candidatos. Kalil afirmou que o ex-goleiro do Atlético lhe pediu dinheiro emprestado na época em que queria se casar. Segundo João Leite, isso aconteceu porque seus salários no clube, presidido pelo candidato do PHS de 2008 a 2014, estavam atrasados.

Um único tópico levou os candidatos a se posicionarem no debate: as ocupações urbanas da cidade, que abrigam milhares de famílias em BH e região metropolitana e são alvos constantes de processos judiciais.

Kalil garantiu que não vai retirar essa população dos terrenos hoje irregularmente ocupados: “Você que está aí numa ocupação, fica tranquilo, ninguém vai te tirar daí”.

Já o tucano afirmou que esteve presente em todas as reintegrações de posse feitas durante seus mandatos como deputado estadual e que buscará acordos entre moradores e a Justiça. “Essa é uma cidade de marcos legais, não dá para afrontar a Justiça de Belo Horizonte.”

De acordo com a última pesquisa Ibope, o candidato do PHS tem 39% das intenções de voto, contra 36% do tucano.


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