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domingo, 11 de setembro de 2016

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#Neymusico: Neymar anuncia início da carreira musical

Posted: 11 Sep 2016 10:00 AM PDT

O jogador do Barcelona Neymar Jr. fez um anúncio (difícil de acreditar, até!) surpreendente na manhã deste domingo: o atacante vai dar início à sua carreira musical na próxima quarta-feira (14). De acordo com o atacante, sua primeira canção será divulgada em primeira mão em sua página no Facebook.

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Não demorou muito para que a #Neymusico chegasse aos assuntos mais comentados do Twitter.

Em sua conta no Instagram, Neymar costuma compartilhar vídeos em que aparece cantando sozinho e ao lado de amigos famosos.

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Confira algumas reações dos internautas ao anúncio do jogador:

(Da redação)


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Felipe Fraga vence a Corrida do Milhão da Stock Car

Posted: 11 Sep 2016 09:37 AM PDT

 


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As musas da Corrida do Milhão da Stock Car

Posted: 11 Sep 2016 09:21 AM PDT

 


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Match de araque: criminosos descobrem o Tinder; conheça os golpes

Posted: 11 Sep 2016 09:13 AM PDT

Brasileiros, o mundo inteiro sabe, adoram uma rede social. Em número de usuários, o Brasil ocupa o segundo lugar no Facebook, no Twitter e no Instagram, atrás apenas dos Estados Unidos. No Tinder não é diferente. Para quem acaba de desembarcar de Marte: trata-se de um aplicativo destinado a reunir pares de almas solitárias ou nem tanto, para fins que variam de uma noite de sexo a romance e casamento, a depender da intenção dos envolvidos. A seu dispor, os usuários têm um cardápio de candidatos montado de acordo com os filtros que cada um define (profissão, características físicas e tudo o mais que se leva em conta na hora de escolher um amor ou alguém para dividir a conta do bar). Se acontecer de A gostar de B e B gostar de A, o aplicativo detecta a coincidência de gostos e… match! — o resto é por conta de A e B.

O Brasil registra 7 milhões de matches por dia só no Tinder, sem contar os outros apps do gênero, como Happn, Badoo, Skout e Grindr, esse último voltado ao público gay. Mas não são apenas os brasileiros ávidos por contato humano que descobriram o potencial desses aplicativos. Os criminosos também. Os golpes aplicados por meio do Tinder e congêneres são diversos, vitimam tanto mulheres quanto homens e estão se disseminando rapidamente. Só a divisão de crimes eletrônicos do Departamento de Investigações Criminais de São Paulo registra cinco deles por mês. Aqui, os mais comuns.

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O DOM-JUAN

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O personagem é velho como o mundo. De maneiras gentis e fala encantadora, ele se aproxima de mulheres solitárias, diz coisas doces, faz mil promessas e arrebata-lhes o coração, para então bater-lhes a carteira. No ramo do estelionato, o golpe do conquistador não só continua fazendo sucesso como acabou beneficiado pela tecnologia. João Luiz Melo de Souza, por exemplo, um moreno musculoso e semicalvo nascido no Ceará, usou o Tinder para enganar mais de quarenta mulheres em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília. Em geral, suas vítimas eram recém-separadas na faixa dos 35 aos 50 anos. Delas, Souza, de 49 anos, levou 1 milhão de reais, segundo cálculos da polícia.

O dom-juan cearense, como o apelidaram os policiais, foi preso em agosto. Ele se apresentava no Tinder como um coronel do Exército lotado na Agência Brasileira de Inteligência (diante de suas vítimas, o disfarce ajudava a justificar as ausências frequentes e a resistência a dar detalhes sobre o seu trabalho). "Era um cavalheiro. Dizia que sonhava comigo grávida e vestida de branco. Falava o que toda mulher quer ouvir", conta Sirleide (nome fictício), professora carioca de 39 anos. "Ele já chegou sabendo das minhas preferências e gostos. Fiquei apaixonada", disse. O relacionamento com o golpista durou um mês, tempo suficiente para que Souza levasse dela 4 000 reais, a pretexto de saldar contas urgentes (o salário na Abin "estava atrasado").

Para evitar que suas histórias provocassem suspeitas, o dom-juan tinha um truque na manga: mantinha dezenove perfis falsos no Facebook — todos "amigos" de seu personagem. À menor desconfiança de uma das vítimas, um desses amigos casualmente postava mensagens fazendo referência aos "problemas financeiros" de Souza ou à recente paixão que acendeu nele a vontade de se casar e ter filhos. No mesmo mês em que o cearense foi detido, a polícia, dessa vez em Santos, no litoral paulista, prendeu dois outros homens pelo mesmo motivo: aplicação de golpes contra usuárias do Tinder.

Os dom-juans do Tinder nem sempre falam português. A servidora pública Carolina, de 41 anos, conheceu em julho um homem que se identificava como Michael Kalvin, engenheiro civil de Cardiff, na Grã-Bretanha. Após longas conversas, ele afirmou que desejava encontrá-la e, para isso, mandaria o equivalente a 27 000 dólares para custear sua viagem ao País de Gales. Comparsas de Kalvin ligaram para ela identificando-se como funcionários da alfândega e dizendo que ela teria de fazer um depósito de 1 780 dólares para liberar um pacote que havia chegado da Inglaterra (e que supostamente traria o dinheiro da viagem). Carolina só não pagou a falsa taxa porque encontrou o perfil de Kalvin em um site que expõe criminosos virtuais. Mas nem todas têm a mesma sorte. A Polícia Civil de São Paulo tenta rastrear um estrangeiro que levou 57 000 reais de uma mulher de 56 anos a quem prometeu enviar 900 000 dólares de uma suposta herança. A vítima chegou a receber um cofre — cheio de notas falsas.

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O ASSALTANTE

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O estelionato não é o único crime que se beneficiou de aplicativos como o Tinder. Os assaltantes que atacam suas vítimas em casa depois de marcar um encontro amoroso com elas também saíram ganhando. O jornalista Fernando (o nome é fictício), de 26 anos, foi vítima de um deles. Após um dia de bate-papo e algumas fotos trocadas pelo Grindr, ele concordou em receber em seu apartamento, no centro de São Paulo, um jovem que se apresentava como "Caio", publicitário. Em 29 de junho, "Caio" chegou no horário combinado, subiu ao apartamento e — primeira conclusão de Fernando — parecia bem diferente do que era nas fotos. Passados alguns minutos, ele pediu para ir ao banheiro e, ao voltar, sacou um revólver e anunciou o assalto. "Disse que eu era um babaca, que me mataria e que havia um comparsa dele esperando lá embaixo", conta Fernando.

Em quinze minutos, "Caio" encheu uma mala de academia com três notebooks, um iPhone, um tablet, dois perfumes e deixou o prédio. Fernando chegou a ir à polícia para entregar o número do celular, fotos e a descrição do criminoso, mas foi avisado pelo delegado de que casos dessa natureza dificilmente são resolvidos. E qual a culpa do Grindr nisso? "Bem, se eu tivesse visto esse rapaz num bar, sem os truques que ele usou para alterar as fotos que me mandou, nunca o teria levado para o meu apartamento. Não fazia o meu tipo", diz Fernando.

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Petrúcio dos Santos bate recorde e leva ouro nos 100 metros rasos

Posted: 11 Sep 2016 08:10 AM PDT

O atleta brasileiro Petrúcio Ferreira dos Santos, que perdeu a mão esquerda em um acidente com uma máquina de moer capim quando tinha dois anos, garantiu neste domingo a medalha de ouro nos 100 metros rasos, da categoria T47 do atletismo, nas Paralimpíada Rio 2016.

Petrúcio também quebrou o recorde mundial da prova, com tempo de 10s57. A melhor marca era de 10s67 e havia sido vencida por ele mesmo no sábado (10) – o recorde não era batido há duas décadas. Na mesma prova, o alagoano Yohansson Nascimento chegou na terceira posição e, assim, ficou com o bronze, sua quarta medalha nos Jogos Paralímpicos.

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Já a prata foi para o polonês Michal Derus, com os mesmos 10s79 de Nascimento. As colocações dos dois foi definida no photo finish, com o qual se constatou que o tronco de Derus estava um pouco mais à frente na hora da chegada.

(Da redação)


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Cármen Lúcia, nova presidente do STF: entre rosas e espinhos

Posted: 11 Sep 2016 06:36 AM PDT

A partir desta segunda-feira caberá à ministra Cármen Lúcia definir os assuntos que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai votar, conduzir as sessões e dar o voto de minerva se houver empate no plenário. Será dela também a tarefa de substituir o presidente da República em caso de impossibilidade dos presidentes da Câmara e do Senado. A mineira Cármen Lúcia Antunes Rocha, de 62 anos, assumirá o comando da mais alta corte do país no lugar de Ricardo Lewandowski. Com isso, o Supremo ganhará uma titular rigorosa e tão diligente quanto seu antecessor. Um levantamento do projeto Supremo em Números, da Escola de Direito da FGV no Rio, mostrou que ela é, entre os magistrados do STF, a segunda que mais rejeita liminares, a quarta em recusa de recursos e novamente a quarta quando a questão é celeridade na hora de decidir sobre os pedidos de liminar (Lewan­dowski é o primeiro). O levantamento estudou 367 873 processos que passaram pela corte entre 2011 e 2015. Outro dado, este do próprio STF, reforça a agilidade da ministra: dos 662 casos que estão prontos para ser julgados no tribunal, 180 — mais de um quarto — têm a nova presidente como relatora.

Formada em direito na PUC-MG, Cármen Lúcia fez mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais e tem como principais áreas de atuação o direito administrativo e o constitucional. Antes de se tornar ministra do Supremo, foi advogada e procuradora do Estado de Minas Gerais, no governo de Itamar Franco. Entre 2012 e 2013, presidiu o TSE. Não se espera dela que dedique muita atenção à defesa dos interesses corporativos dos colegas, a exemplo de Lewandowski, que, em meio a outras coisas, se empenhou em defender o aumento salarial da categoria. "Ela pertence a uma geração que se formou como procuradora através de concurso e sempre teve como diretrizes o bom uso do recurso público e a moralidade dos servidores perante a sociedade", diz o jurista Carlos Ari Sundfeld. A ministra já classificou de "penduricalhos" os complementos salariais dos servidores, por exemplo.

Cármen Lúcia vem de uma família de sete irmãos e foi interna em colégio de freiras até a idade de prestar vestibular. Nunca se casou e, segundo uma prima, a economista Silvana Antunes, sempre anunciou que não o faria. "Ouvi várias vezes de sua boca que não se casaria. 'Vou me dedicar à profissão', dizia." Na intimidade, cultiva uma vaidade sóbria. Os fios de cabelo prateados e invariavelmente soltos ­jamais viram tintura. Prefere saltos baixos, meias-calças finas e vestidos brancos, cinza e pretos — mas já apareceu no plenário com um modelo pink. Em 2007, foi a primeira mulher a entrar de calça comprida no plenário do STF, o que era proibido até 2000.

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Imagens da semana (05 a 09 de Setembro)

Posted: 11 Sep 2016 05:50 AM PDT

 


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Caso Bel Pesce reaviva críticas aos ’empreendedores de palco’

Posted: 11 Sep 2016 04:54 AM PDT

Após o fracasso da operação de financiamento coletivo para criar uma hamburgueria, a palestrante Bel Pesce – sócia na empreitada do blogueiro Zé Soares e de Leo Young, vencedor do reality show MasterChef – foi questionada publicamente sobre seu currículo. Em seguida, ela corrigiu informações sobre sua formação e experiência profissional. Esse recuo fez com que seus críticos acusassem a paulistana de ser apenas mais uma representante do chamado “empreendedorismo de palco” – e o caso fez recrudescer as críticas a esse universo de oradores profissionais.

O termo empreendedorismo de palco é usado pejorativamente para se referir a palestrantes que são bons de apresentação, emocionam e cativam o público, mas que em muitos casos não teriam conteúdo a agregar além de frases de efeito e ideias vazias. Afinal, dá para saber se a palestra deles vai ensinar ou é apenas autoajuda? Dizer se a experiência e o currículo que alguém apresenta são suficientes para garantir uma boa palestra é um julgamento muito pessoal e abstrato. Mas há pistas.

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Fundador da Lemon esclarece papel de Bel Pesce na empresa

No caso Bel Pesce, os pontos de maior controvérsia em seu currículo, e que deram argumentos aos detratores, foram o número de diplomas e o papel que teve em algumas das empresas em que trabalhou. Antes da polêmica, sua página pessoal dizia que ela possui cinco formações pelo renomado Massachusetts Institute of Technology (MIT). Agora, sabe-se que são dois diplomas do tipo majors, que podem ser comparados a uma graduação, e três minors, uma formação mais curta.

Sem citar nomes, Bob Wollheim, autor do livro Nasce um Empreendedor, diz que uma saída para identificar um empreendedor de palco é analisar se o palestrante apresenta dados de desempenho que justifiquem o sucesso que diz ter, como aumento de faturamento, vendas ou investidores. Além do aspecto motivacional, é preciso que o conteúdo seja aplicável. Não basta ter uma boa ideia, se ela não vier acompanhada de uma boa gestão. “O WhatsApp não foi o primeiro messenger, o Facebook não foi a primeira rede social”, compara.

Sua página pessoal citava também passagens por empresas como Google e Microsoft, além de ser ela uma das fundadoras de uma empresa posteriormente vendida por mais de 50 milhões de dólares, a Lemon. O período nas duas gigantes de tecnologia foram estágios. Na Lemon, ela de fato podia ser considerada fundadora, como esclareceu Wences Casares, criador da empresa, mas só agora ficou claro que ela entrou na equipe quando o projeto já havia sido iniciado.

Procurada pelo site de VEJA, a empreendedora informou, por meio de sua assessoria, que o que ela tinha a falar sobre o assunto estava em um texto postado no site Medium. Na nota, Bel Pesce pede desculpas aos leitores que possam ter se sentido desrespeitados por não saber dos detalhes de sua carreira e deu mais informações sobre si.

Críticas e controvérsias

Assim como Bel Pesce, Luiz Marins, um veterano das palestras motivacionais voltadas a empreendedores, também já teve seu currículo questionado. Em 2001, a revista EXAME, do Grupo Abril, que edita VEJA, fez uma reportagem mostrando divergências em relação a itens da sua formação como um Phd na Austrália, que na verdade era um curso diferente daquele que equivale a um doutorado. E outro na renomada London School of Economics – que se tratava de um curso introdutório à economia feito também no país da Oceania, mas em uma instituição parceira da escola londrina. Ele dizia ter filiais da sua empresa no exterior, a Anthropos, que na verdade eram representações comerciais sem funcionários.

Os paralelos entre Marins e Pesce não se restringem à controvérsia sobre o currículo. Suas palestras são recheadas por raciocínios como “o perigo não é você pensar grande, mas pensar pequeno” e “sem entusiasmo, o sucesso é impossível”. Procurado pela reportagem, Marins disse que não poderia responder ao pedido de entrevista.

O pouco tempo de experiência ou eventuais fracassos de empreendimentos criados não são aspectos necessariamente negativos. Afinal, o palestrante pode se embasar em experiências de terceiros, ou mesmo em seus próprios erros, para ensinar o caminho das pedras à plateia. “Tem gente que tem uma capacidade analítica impressionante”, diz Wollheim .

Durante o caso Bel Pesce, um dos nomes citados nas redes sociais pelos críticos do chamado empreendedorismo de palco foi o de Cris Franklin. Em sua página no Facebook, ela tem 1,7 milhão de seguidores – e um currículo que informa, de maneira lacônica, que ela é “empreendedora digital há mais de onze anos, especialista em vendas pela internet e criação de negócios digitais“. Sabe-se, por seus vídeos, que ela começou a empreender – não fica claro em quais atividades – quando cursava a faculdade de farmácia. E sabe-se também que seu pensamento empresarial inclui mantras como “a gente tem que acreditar que é possível – porque é” e “é preciso desenvolver o ‘mindset’ para fazer as coisas acontecerem”.

Ao site de VEJA, ela disse, por email, que recebe bem as críticas. “A minha vida toda sempre ralei muito até estabelecer um método que funcionasse redondinho”, afirma. “A faculdade dá muito conhecimento teórico, e nós queremos complementar muitas vezes o conhecimento desse aluno com conhecimento prático. Seu te contar quantas vidas que vi mudarem, dá horas de conversa.”

Tentativa e erro

O ambiente relativamente novo dos negócios na internet, campo de atuação de palestrantes como Cris Franklin, abre espaço para uma lógica mais parecida com tentativa e erro em vez de um planejamento prévio, mais tradicional. Marcelo Aidar,  coordenador adjunto do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV (FGVCenn), diz que o sucesso de empresas que tomaram caminhos não convencionais, como a Apple, pode explicar a opção pelo método mais intuitivo. Ele se aplica, no entanto, a casos específicos.

“Não tinha como o Steve Jobs fazer uma pesquisa de mercado para saber se o tablet daria certo”, compara. Mas é o sonho de fortuna e realização que move muitos dos espectadores de palestrantes motivacionais – sejam eles empreendedores de palco ou não.


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‘O Roubo da Taça’: entre a comédia e o documentário

Posted: 11 Sep 2016 04:00 AM PDT

Em 1983, o roubo da taça Jules Rimet da sede da CBF comoveu e moveu a população em busca do prêmio dado ao Brasil na Copa de 1970, quando conquistou o tricampeonato mundial de futebol. O furor foi tanto que uniu líderes do regime militar e sua oposição militante, afinal, sabe-se bem que o esporte ainda possui o poder de abafar questões políticas. Nas lacunas dos fatos conhecidos, Caíto Ortiz desenvolve o longa O Roubo da Taça, uma coprodução com a Netflix, em cartaz nos cinemas brasileiros.

Nos primeiros minutos do filme, a fictícia Dolores, interpretada por Taís Araújo, pincela a grave situação política e econômica do Brasil nos anos 1980, em meio a inflação e censura. A moça vive com Peralta (Paulo Tiefenthaler), um agente de seguros ao melhor estilo malandro, que deve 1 milhão de cruzeiros ao agiota Bispo (Hamilton Vaz Pereira), um Don Corleone carioca. Para quitar tal dívida, o homem tem a ideia de roubar a réplica em ouro da Taça Jules Rimet, exposta na sede da CBF, para derreter e fazer algum dinheiro.

Junto a Borracha, Peralta consegue furtar com facilidade a peça. No entanto, o noticiário do dia seguinte informa que a taça, na verdade, é a original, que, por algum motivo, não estava no cofre. Ambos percorrem alucinados os ourives do Rio de Janeiro em busca de um comprador para a Jules Rimet, antes que sejam descobertos. Curiosamente, ela acaba nas mãos de um argentino, o único disposto a fechar negócio.

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Apesar dos muitos plot twists do enredo, Ortiz afirma que limou na tela diversas reviravoltas do caso na vida real. “Quando roubaram a taça, os culpados foram presos por uma parte da polícia que os extorquiu, pegou o dinheiro da venda da peça, o carro que um tinha comprado, e os soltou de novo. Essa passagem parecia mentira demais e achamos melhor deixar de fora”, diz ele a VEJA.

O Roubo da Taça parte da importância atribuída ao crime pelo povo brasileiro, mas as personagens não parecem lá tão preocupadas. A exceção de Albino, ourives interpretado por Mr. Catra, a indignação de um povo fanático por futebol frente ao sumiço da Jules Rimet passa despercebida. O filme se preocupa mais em retratar o Rio de Janeiro de 1983 e suas personagens caricatas – por sinal, muito bem construídas.

A produção é tecnicamente impecável, sua boa fotografia e tomadas sólidas renderam ao longa o Kikito de Direção de Arte no Festival de Cinema de Gramado. No entanto, faltou a O Roubo da Taça o dinamismo da comédia – enfaticamente apontada pelo diretor como o gênero do filme.

A personagem de Taís Araújo, Dolores, é talvez a mais curiosa de todo o elenco, mesmo não tendo existido na vida real. Ao mesmo tempo em que atua como voz da razão e narradora do filme, ela também representa a sensualidade do Rio de Janeiro dos anos 1980. “Nós estávamos retratando uma época, quando a hiper-sexualização da mulher era realmente um absurdo”, diz a atriz. Apesar disso, ela afirma não ter se sentido objetificada em nenhum momento. “Mesmo naquela cena com o personagem do Geraldinho, eu não me senti mal. Era o objetivo. Queríamos algo asqueroso”, diz ela, lembrando do momento em que o personagem lambe sua lágrima.

O que de fato aconteceu a Taça Jules Rimet permanece um mistério, mas a produção de Ortiz promete dar um fim bem humorado à peça. Entre piadinhas sobre futebol e críticas à sociedade, aparentemente despretensiosas, O Roubo da Taça cumpre, ao menos, sua promessa inicial.


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Paralimpíadas: As medalhas do Brasil no terceiro dia dos jogos

Posted: 10 Sep 2016 05:53 PM PDT

O terceiro dia dos Jogos Paralímpicos da Rio-2016 foi agitado para o Brasil. No total, os atletas brasileiros conquistaram dois ouros, três pratas e três bronzes. O país permanece na quinta posição do quadro geral, com 19 medalhas no total.

Claudiney Batista abriu a participação do Brasil no pódio neste sábado, com um ouro no lançamento de disco. O atleta quebrou o recorde mundial da categoria na classe F56, para cadeirantes e lesões similares. Batista alcançou a marca de 45,33 metros. O recorde anterior era 44,63m. Sem o membro inferior de uma das pernas, ele já havia ganhado a medalha de prata em lançamento de dardo, na Paralimpíada de Londres, em 2012.

A segunda medalha de ouro do dia – e a quinta na Paralimpíada — veio com Shirlene Coelho, de 35 anos. Ela ficou com o primeiro lugar na prova do lançamento de dardo, na categoria F37, e alcançou o bicampeonato paralímpico. A brasileira também conseguiu o ouro na mesma prova em Londres-2012 e a prata em Pequim-2008, quando fez a sua estreia nos jogos.

No Rio-2016, Shirlene Coelho foi a primeira mulher a conduzir a bandeira brasileira em cerimônias de abertura de Jogos Paralímpicos. Ela nasceu prematuramente e tem hemiplegia, o que afeta o movimento de sua musculatura do lado esquerdo.

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Judô – Os judocas brasileiros conquistaram três medalhas neste sábado. Quem abriu a contagem foi Alana Maldonado, com a prata na categoria até 70 kg. Antônio Tenório também ficou em segundo na prova de até 100 kg.

Quem encerrou o dia da modalidade foi Wilians Araújo, que arrematou outra prata. Ele levou um ippon do usbeque Adiljan Tuledibaev em apenas dois segundos de luta. O duelo foi realizado na Arena Carioca 3, no Parque Olímpico. Com o resultado, o judô brasileiro termina a sua participação nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016 com quatro medalhas, todas de prata.

Natação – Entrando nas águas do Estádio Aquático na tarde deste sábado, Daniel Dias foi muito bem e conquistou o terceiro lugar do pódio nos 50 m borboleta da categoria S5, com o tempo de 35s62. Esta foi a terceira medalha de Dias no Rio de Janeiro. Ele havia conquistado ouro dos 200m livre S5 e foi prata com a equipe do Brasil no revezamento 4x50m livre 20 pontos.

Para completar o dia nas piscinas, o jovem Matheus Rheine disputou a final dos 400m livres da categoria S11 e ficou com a medalha de bronze, fechando com o tempo de 4min41s05.

Atletismo – Rodrigo Parreira da Silva, de 22 anos, ganhou a medalha de bronze na prova dos 100 metros (categoria T36). Ele cruzou a linha de chegada com o tempo de 12s54. O atleta tem paralisia cerebral.

 

(Com Estadão Conteúdo e Gazeta Press)


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Na volta de Neymar, Barcelona perde para o modesto Alavés

Posted: 10 Sep 2016 05:03 PM PDT

Na primeira partida de Neymar pelo Barcelona na temporada 2016/2017, o time poupou Lionel Messi e Luis Suárez – que só entraram no segundo tempo – e acabou dando um verdadeiro vexame diante de sua torcida no estádio Camp Nou, neste sábado. A equipe catalã foi derrotada pelo modesto Alavés por 2 a 1, em partida válida pela terceira rodada do Campeonato Espanhol.

A derrota ainda fez com que o Barcelona estacionasse nos seis pontos, em quarto lugar, deixando o Real Madrid despontar na liderança isolada do torneio, com 100% de aproveitamento. Já o Alavés, que acaba de subir da segunda divisão espanhola, foi a cinco pontos, em sétimo lugar, e comemorou muito a segunda vitória na história sobre o time da Catalunha – a primeira aconteceu em 2001.

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De olho na estreia da Liga dos Campeões da Europa na próxima semana, o técnico Luis Enrique deixou Messi e Suárez no banco de reservas contra o time que acabou de ser promovido. Antes da bola rolar, Neymar e Rafinha foram homenageados pela medalha de ouro conquistada nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 com a seleção brasileira.

O favoritismo do Barcelona foi traduzido em superioridade em campo, mas o time não conseguiu abrir o placar após muita pressão nos 20 minutos iniciais. Com o passar do tempo, o Alavés se organizou e surpreendeu ao abrir o placar aos 38. Kiko fez boa jogada pela direita, passou pela marcação e cruzou para a área. O brasileiro Deyverson se antecipou aos marcadores e completou para as redes.

Após o susto e o intervalo da partida, os donos da casa partiram para cima e conseguiram empatar logo no primeiro minuto do segundo tempo. Neymar cobrou escanteio na medida para Mathieu testar para o fundo do gol. Mesmo com o empate, o Alavés não se intimidou e balançou as redes aos seis minutos, com Ibai Gómez, mas a arbitragem anulou o gol. O resultado incomodava o Barcelona e Luis Enrique promoveu a entrada de Messi no lugar de Denis Suárez, aos 14. Iniesta entrou logo depois, na vaga de Arda Turan.

No entanto, as mudanças não surtiram efeito e o Alavés conseguiu marcar o segundo gol aos 18 minutos. Mascherano se atrapalhou na tentativa de afastar a bola e entregou para Ibai Gómez, que passou por Vidal e mandou no cantinho esquerdo para selar o 2 a 1.

O Barcelona entra em campo nesta terça-feira, pela Liga dos Campeões, contra o Celtic, em casa, antes de dar sequência no Campeonato Espanhol contra o Leganés. Já o Alavés jogará somente no próximo dia 19, uma segunda-feira, contra o Valencia, pelo torneio nacional.

(Com Estadão Conteúdo)


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Brasil rouba a cena em documentário dos Rolling Stones

Posted: 10 Sep 2016 04:26 PM PDT

Os fãs vão amar o documentário The Rolling Stones Olé! Olé! Olé!, de Paul Dugdale, que registra a recente passagem da banda pela América Latina, no começo do ano, culminando com o show inédito em Havana. O filme faz parte da programação do Festival de Toronto e foi exibido para a imprensa na tarde deste sábado.

O longa-metragem mostra bastante as apresentações eletrizantes da banda, concentrando-se em alguns dos maiores clássicos, como (I Can't Get No) Satisfaction e Sympathy For the Devil, enquanto intercala imagens de Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood e Charlie Watts interagindo no palco com as dos fãs enlouquecidos.

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Os shows também são pontuados pelas dificuldades nos preparativos para o concerto histórico em Havana, que dependia de aprovação do governo cubano e ainda foi atrapalhado pela visita do presidente Barack Obama, que restabeleceu relações diplomáticas dos Estados Unidos com a ilha. O filme tenta dar uma dimensão política à relação dos Rolling Stones com a América Latina, por exemplo, dizendo que era proibido tocar música estrangeira na Argentina durante a ditadura militar, o que explicaria o fanatismo despertado pela banda no país.

Porém, a melhor parte mesmo de The Rolling Stones Olé! Olé! Olé! são os momentos fora dos shows. Na Argentina, Mick Jagger passeia pelo cemitério deserto enquanto Keith Richards mostra sua suíte luxuosa. Também aparecem os "rolingos", um grupo de fãs para quem os Rolling Stones são um estilo de vida. No México, um grupo de mariachis toca os clássicos da banda.

O Brasil abre o documentário, com a cena de um morador de uma favela subindo na laje para tocar Rolling Stones, e tem alguns dos melhores momentos. Ronnie Wood pinta com seu amigo brasileiro, o artista Ivald Granato, morto em julho. E Mick Jagger e Keith Richards lembram-se de escrever Honky Tonk Women num sítio nos arredores de São Paulo, na década de 1960, para em seguida tocar uma bela versão acústica da canção.


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Entrevista: ‘Me sinto enferrujado’, diz Mel Gibson

Posted: 10 Sep 2016 02:46 PM PDT

Nos anos 1980, havia poucos astros tão grandes quanto Mel Gibson, protagonista de séries como Mad Max e Máquina Mortífera. Na década de 1990, ele lançou-se como diretor de sucesso, ganhando o Oscar por Coração Valente. Mas no século XXI as coisas degringolaram.

Ele se divorciou da mãe de seus sete filhos, Robyn Gibson, e foi acusado de violência doméstica por sua segunda mulher, Oksana Grigorieva, com quem tem uma filha. Também enfrentou problemas com álcool e foi acusado de racista, sexista e antissemita. A partir daí, suas participações em filmes tornaram-se esparsas.

Dois anos depois de sua última aparição, em Os Mercenários 3, ele está em cartaz no Brasil com Herança de Sangue, de Jean-François Richet, interpretando Link, um alcoólatra em recuperação que precisa proteger a filha Lydia (Erin Moriarty), que se meteu com um pessoal da pesada. Em 2017, estreia no Brasil seu novo longa como diretor, Até o Último Homem, com Andrew Garfield.

Aos 60 anos de idade, com uma barba grande quase inteiramente branca, mas os mesmos olhos azuis inquietos de sempre, ele conversou em frases breves com o site da VEJA:

Você ficou meio afastado nos últimos anos. Por que decidiu voltar agora? Era uma história legal. Era um personagem que eu me achava capaz de fazer. Fiz muita pesquisa. Sou pai. Então tudo se encaixava. Gosto da esperteza do roteiro, da estrutura e do tom.

Fez laboratório num estúdio de tatuagem para interpretar um tatuador? Sim! O cara me deixou fazer uma tatuagem nele. Não sou muito bom, seria algo como uma carinha feliz (risos).

Tem tatuagem? Não. Não é para mim. Mas meus filhos têm, alguns deles têm. Os meninos.

Ficou nervoso nessa sua volta? Sim e não. É bom manter uma certa preocupação, uma dúvida se vai conseguir fazer, se vai valer o dinheiro investido.

Mas depois de tanto tempo sem atuar, duvidou de si mesmo? Ah, sim. Você se pergunta se ainda pode fazer. Me sinto enferrujado (imita barulho de engrenagens enferrujadas).

Preparar-se fisicamente aos 60 anos de idade fica mais difícil? Sim. É necessário fazer exercícios e manter-se em forma, mas também é bem mais fácil de se machucar. Hoje em dia, só de me abaixar sinto dor. Sabe como é, as coisas mudam.

Tem um bocado de ação no filme. Gostou de fazer? Sim, é diferente, vem do nada, e é feito de um jeito mais tradicional, sem tantos efeitos visuais.

Gosta dos filmes de ação sendo feitos hoje em dia? Sim, alguns são bons. Não vejo tanta coisa.

Algo que tenha gostado? Talvez Mad MaxAh, esse eu vi, mas foi ano passado! (risos) Eu gosto, é bem legal. É incrível o que fazem com efeitos especiais, explosões.

Em Herança de Sangue, como em muitos outros de seus filmes, seu personagem é o herói que se sacrifica. Isso é uma coincidência? Acho que é o ato de heroísmo máximo. Se há um motivo para morrer, como uma guerra justificada ou seu sacrifício pessoal por alguém que ama, é algo que levanta seu espírito. E as origens desse herói que se sacrifica são os mitos, as religiões, são coisas antigas, desde os maias. São as histórias que contavam nas cavernas e inspiram as pessoas. E é por isso que contamos histórias, para inspirar as pessoas.

Qual a coisa mais heroica que já fez? Quem, eu? Almocei ao lado de um dublê uma vez (risos). Nunca fiz nada.

Seu personagem no filme sacrifica tudo por sua filha. Você tem muitos filhos. Ser pai é o trabalho mais duro?Não, ser mãe é o trabalho mais difícil. Porque os filhos dependem mais da mãe. Claro que o pai precisa estar presente, mas ser mãe é mais duro. Quando vejo o que a mãe faz… Eu sou só o ajudante. É incrível o que ela faz.

Roland Emmerich disse, sem hesitação, que você é o maior astro do cinema com quem já trabalhou. Por que não temos te visto tanto quanto antigamente? Não sei… Eu tirei uma "folga" (diz, ironicamente, dando uma risadinha).

E esta folga terminou? Acho que sim. Eu foco mais em histórias e na direção.

Que tipo de histórias te atraem? Varia. Mas gosto muito de coisas históricas. Aprecio ouvir histórias que realmente aconteceram. Porque a verdade é mais estranha que a ficção.

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O que é essencial para um ator dramático? Ser capaz de respirar e ter imaginação. Claro que há outros instrumentos que você pode usar, como a voz. E cada um tem seus pontos fortes, é preciso encontrar o seu. Para isso, é necessário ter autoconsciência.

Você está voltando à direção. Como foi a experiência? Independente. Por menos dinheiro. Mas é o jeito de fazer, a não ser que seja um filme de super-herói, que ganha um monte de dinheiro e tempo. Hoje as pessoas não querem arriscar. Nas sessões-teste, alguns espectadores disseram que parecia um filme de antigamente. Foi estranho de ouvir isso. Me deu medo, mas é bom ao mesmo tempo.

Por que se interessou pela história de Até o Último HomemMeu Deus, você conhece a história? É incrível! É uma história real sobre um homem que se recusou a tocar em armas e a matar por motivos religiosos, durante a Segunda Guerra. Ele não aceitava tirar a vida de outra pessoa. Mas ele queria servir seu país como médico. Foi perseguido no treinamento, chamado de covarde. E foi mandado para o pior lugar, Okinawa. Em dez semanas, morreram 300 mil pessoas. Ele nunca tocou numa arma, mas se arrastava para salvar pessoas. Foi o primeiro a ganhar uma medalha de honra tendo se recusado a lutar. É uma história fantástica. É inspiradora. É um filme de guerra, mas uma declaração anti-bélica.

Acha que ficou melhor como ator, com a experiência? Deveria. Mas nem sempre acontece. Alguns ficam piores com o tempo (risos). Não sei como é para mim. Eu tento evoluir, mas é muito difícil escapar de si mesmo. Às vezes você tende a pegar atalhos, a ficar na sua zona de conforto. É muito fácil fazer o que te deixa cômodo.

Seu personagem tem muitos problemas, está se tratando para alcoolismo, por exemplo. Era algo que queria explorar no cinema? Sim. Eu conheço caras assim. Gente de gangues de motoqueiros que se reformou, ficou sóbria e hoje ajuda outras pessoas. São pessoas boas, com um passado sombrio.

Muita gente te defende, como Jodie Foster e Robert Downey Jr. Acha que algum dia a indústria do cinema americana vai recebê-lo de volta e tudo vai voltar a ser como antes? Hum, não sei… Vamos ver. Se eu fizer um filme que dê dinheiro, é possível. É simples assim.

Só se trata de dinheiro? Acho que sim.

Você conhece a música My Way. É essa sua filosofia de vida? Não, nunca faço coisas do meu jeito. Quando eu faço as coisas do meu jeito, me meto em encrenca séria! (risos) Verdade! Preciso fazer de outra maneira.


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Antônio Tenório fica com a prata no judô até 100kg

Posted: 10 Sep 2016 02:36 PM PDT

Não foi desta vez que Antônio Tenório conquistou seu quinto ouro paraolímpico. No início da noite deste sábado, o judoca acabou derrotado por ippon diante do sul-coreano Gwanggeun Choi e ficou com a medalha de prata no judô da classe B1 (para pessoas com perda total da visão) até 100kg nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro.

O brasileiro, que passou à final após uma vitória heroica sobre o uzbeque Shirin Sharipov no último segundo de combate, conquistou sua sexta medalha paraolímpica: ele foi ouro em Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008, e bronze em Londres 2012.

O início da luta pelo ouro foi travado, sem grandes ações das duas partes. No final do primeiro minuto, Tenório sofreu uma punição e saiu em desvantagem. A 3 minutos e 30 do final do duelo, o brasileiro tentou uma técnica de sacrifício, mas sofreu o contra-ataque e o coreano conseguiu um ippon para conquistar o ouro.

Ainda neste sábado, o Brasil terá uma nova final no judô. Na categoria acima de 100kg, Wilians Silva de Araújo buscará o ouro contra o uzbeque Adiljan Tuledibaev.

(Com Gazeta Press)


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Daniel Dias e Rodrigo Parreira conquistam bronze na Paralimpíada

Posted: 10 Sep 2016 02:33 PM PDT

O Brasil conquistou a 15ª medalha nos Jogos Paralímpicos de 2016 com seu maior vencedor. Entrando nas águas do Estádio Aquático na tarde deste sábado, Daniel Dias foi muito bem e conquistou o terceiro lugar do pódio nos 50 m borboleta da categoria S5, com o tempo de 35s62.

Saltando da raia três, o maior medalhista brasileiro da história dos Jogos sofreu dura concorrência dos adversários e viu o norte-americano Roy Perkins ser o melhor da noite, conquistando ouro com 35s04. O chinês Shiwei Hei, um dos favoritos para a prova, ficar com a prata, nadando em 35s25.

Esta foi a terceira medalha de Daniel Dias no Rio de Janeiro. Ele havia conquistado ouro dos 200m livre S5 e foi prata com a equipe do Brasil no revezamento 4x50m livre 20 pontos.

Rodrigo Parreira da Silva também conquistou um bronze nos 100 metros T36, classe do atletismo para esportistas com paralisia cerebral. Mais da metade do total de medalhas do Brasil veio do atletismo – foram oito, no total.

(Com Gazeta Press)

 


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Miami declara guerra ao aluguel temporário – inclusive ao Airbnb

Posted: 10 Sep 2016 02:21 PM PDT

Um milhão e meio de dólares. Este é o valor total somado de multas aplicadas a sites como o Airbnb, Booking.com e Homeaway pelas autoridades de Miami Beach. O aluguel de propriedades por um período menor que seis meses e um dia é proibido em boa parte da ilha, localizada ao lado da área central de Miami e repleta de praias belíssimas. Os proprietários que anunciam nos sites também foram punidos – alguns deles receberam multas de 20 000 dólares. Durante a fiscalização da polícia, usuários chegaram a ser desalojados dos lugares alugados pelos sites.

A justificativa da administração local é que o aluguel de curto prazo incentiva a vinda de turistas problemáticos. Festas barulhentas, com dezenas de pessoas e com o uso de drogas são comuns nestas propriedades alugadas, dizem as autoridades, e atrapalham a vida de quem mora em Miami Beach. Desde março, a fiscalização e o valor das multas aplicadas a proprietários e aos próprios sites têm aumentado.

Quem aluga os apartamentos durante a alta temporada reclama, alegando que as autoridades estão atuando sob influência do lobby de grandes hotéis. Além disso, argumentam eles, vetar o aluguel de temporada fará com que o turismo em Miami caia fortemente. Miami não é a única cidade que está comprando briga com o Airbnb e sites similares. As autoridades de Nova York, Barcelona, Paris, Amsterdã e Berlim já interferiram na atuação das empresas.

 


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Alana Maldonado é prata no judô paralímpico até 70kg

Posted: 10 Sep 2016 01:03 PM PDT

Diante de um público entusiasmado que lotou a Arena Carioca 3, a brasileira Alana Maldonado conquistou neste sábado a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016 na categoria até 70 kg. Na final, ela foi imobilizada pela mexicana Lenia Fabiola Alvarez. É a sétima prata do Brasil nos Jogos e a 13ª medalha conquistada.

Ao perder a luta, Alana Maldonado chorou bastante no tatame. A torcida, de pé, começou a gritar seu nome e as lágrimas pela derrota foram substituídas por outras de emoção. A judoca saiu da área de luta acenando para a torcida e agradecendo o apoio.

Alana Maldonado, de apenas 21 anos, chegou a uma final paralímpica logo em sua primeira participação nos Jogos. Este ano, ela já havia conquistado ouro no Torneio Open disputado na Alemanha. No ano passado, fora prata nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá.

A judoca foi diagnosticada com a doença de Stargardt, que provoca perda de visão progressiva, quando tinha 14 anos. Ela praticava judô desde a infância – começou aos 4 anos -, e em 2014 decidiu partir para o judô paralímpico. Agora, conquistou sua primeira medalha em Paralímpiadas e entrou para a história do esporte.

(Com Estadão Conteúdo)


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Emma Stone é melhor atriz no Festival de Veneza; veja os prêmios

Posted: 10 Sep 2016 12:57 PM PDT

Emma Stone levou o prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza por sua atuação em La La Land – Cantando Estações. Dirigido pelo americano Damien Chazelle, o filme conta a história de um pianista de jazz que se apaixona por uma aspirante a atriz em Los Angeles. Além de Emma, a comédia romântica e musical é estrelada por astros como Ryan Gosgling e J. K. Simmons. A primeira exibição do filme aconteceu durante o festival na Itália e sua estreia oficial será no dia 2 de dezembro, nos Estados Unidos. O musical chegará nos cinemas brasileiros a partir do dia 12 de janeiro do ano que vem.

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O Festival de Veneza é o mais antigo festival de cinema do mundo. O diretor britânico Sam Mendes, conhecido por filmes de James Bond como Skyfall e Spectre, liderou o júri nesta edição – a 73ª. A premiação de Veneza é considerada também um termômetro para o Oscar. O Festival começou no dia 31 de agosto e foi finalizado ontem, com a entrega de todos os prêmios. Veja abaixo a lista dos vencedores:

Leão de Ouro: The Woman Who Left, de Lav Diaz (Filipinas)

Leão de Prata (Melhor Diretor): Paradise, de Andre Konchalovsky (Rússia, Alemanha) e The Untamed, de Amat Escalante (México)

Grande prêmio do júri: Nocturnal Animals, de Tom Ford (Estados Unidos)

Prêmio especial do júri: The Bad Batch, de Ana Lily Amirpour (Estados Unidos)

Melhor ator: Oscar Martinez , por The Distinguished Citizen (Argentina, Espanha)

Melhor atriz: Emma Stone, por La La Land (Estados Unidos)

Melhor roteiro: Noah Oppenheim, por Jackie (Estados Unidos)

Mostra paralela Orizzonti

Melhor filme: Liberami, de Federica di Giacomo (Itália)

Melhor diretor: Fien Troch, por Home (Bélgica)

Melhor curta-metragem: La Voz Perdida, de Marcelo Mantinessi (Paraguai)

 


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Ex bom é ex músico: Taylor Swift canta Calvin Harris em desfile

Posted: 10 Sep 2016 12:52 PM PDT

Desde julho, Taylor Swift tem se mantido discreta e distante das redes sociais, apenas com publicações pontuais. Este fim de semana, contudo, a moça cedeu ao vício do Instagram com diversos posts. Entre eles, um vídeo em que ela aparece animada, cantarolando This Is What You Came For, canção do DJ Calvin Harris, com voz de Rihanna e composição da própria Taylor.

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O vídeo, que já conta com 5 milhões de visualizações, embala o desfile de Gigi Hadid, amiga de Taylor, para a grife Tommy Hilfiger. A rápida passagem da modelo pela passarela seria o motivo pelo qual a cantora fez o post, contudo, a música traz significados que vão além.

Taylor e Calvin protagonizaram uma briga pública pela canção. Inicialmente, a moça assinou a produção com um pseudônimo. Mas, quando o romance com o DJ terminou, a informação da verdadeira autoria vazou, o que deixou Harris bastante frustrado. Ele chegou a espinafrar Taylor no Twitter: "Eu imagino que você esteja feliz com seu novo relacionamento e você deveria focar nisso ao invés de tentar derrubar o seu ex com alguma coisa desse tipo."

O "novo relacionamento", de Taylor com Tom Hiddleston, aliás, chegou ao fim esta semana. Pouco depois, Calvin Harris comentou em entrevista à revista GQ que se arrependeu das discussões com a loira via internet. Seria então o vídeo de Taylor uma mensagem de paz ao ex? Fica a dúvida para ser refletida no tempo livre deste fim de semana.

Instagram Photo


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Filme ‘Snowden’ pouco acrescenta ao documentário ‘Citizenfour’

Posted: 10 Sep 2016 12:06 PM PDT

Oliver Stone é um cineasta que não teme defender uma opinião. Todo o mundo saiu de JFK – A Pergunta que Não Quer Calar (1991) crente de que foi mesmo uma conspiração que matou o presidente americano. Seu novo filme, Snowden, que teve sua sessão de gala na noite da sexta-feira (9) no Festival de Toronto, é menos contundente em seu ponto de vista, o que não quer dizer que seja melhor como filme. Mas é o melhor Oliver Stone em algum tempo.

Snowden, claro, é uma cinebiografia de Edward Snowden (vivido por Joseph Gordon-Levitt), o funcionário da Agência de Segurança Nacional que vazou documentos confidenciais para expor o nível de vigilância praticado pelo governo americano, que espiona redes sociais, procuras na internet, telefonemas e e-mails. Com seu passaporte anulado pelo Departamento de Estado, Snowden, impedido de viajar para a América Latina, acabou se exilando na Rússia, depois de entregar em Hong Kong o que tinha aos repórteres Glenn Greenwald e Ewen MacAskill, do jornal inglês The Guardian, e ser entrevistado por Laura Poitras, que fez o documentário Citizenfour, vencedor do Oscar no ano passado.

Stone viajou nove vezes à Rússia para encontrá-lo, uma delas acompanhado de Gordon-Levitt. O filme mostra a tensão desse contato entre Greenwald (interpretado por Zachary Quinto), MacAskill (Tom Wilkinson) e Poitras (Melissa Leo) com Snowden, que podia ser interrompido a qualquer momento pela CIA ou qualquer outra agência do governo americano. Mas, ao torná-lo central à história, também torna inevitável a já provável comparação com o belo documentário de Poitras. E a verdade é que Snowden, o longa de ficção, tem pouco a acrescentar.

O filme começa estabelecendo Edward Snowden como um patriota conservador impedido de seguir carreira militar por conta de uma fratura na perna. Ele então se inscreve na Agência Central de Inteligência (CIA). "Não sabia de muita coisa sobre ele, mas o que me surpreendeu mais foi seu patriotismo", disse o ator Joseph Gordon-Levitt em entrevista coletiva na manhã do sábado.

"Seu pai era da Guarda Costeira, seu avô, do FBI. Ele se alistou no Exército no período mais perigoso da Guerra do Iraque. Para mim, existem dois tipos de patriotismo: aquele que aceita tudo o que o governo diz, sem questionamento, e aquele que quer seu país fazendo a coisa certa e, por isso, questiona as ações do governo."

Snowden, para ele e para o filme, teria passado do primeiro tipo de patriotismo para o segundo. O longa também mostra o relacionamento do ex-funcionário da CIA com a namorada Lindsay. Apesar dos esforços da atriz Shailene Woodley, Lindsay passa a maior parte do tempo reclamando porque Edward trabalha demais e não pode contar nada para ela. O filme também poderia explorar melhor a relação com o seu recrutador para a CIA (Rhys Ifans) e com um de seus professores (Nicolas Cage), mas as interpretações engessadas não deixam muito espaço além da caricatura. Já Gordon-Levitt está bem, conseguindo imitar perfeitamente o timbre de voz e o tom de Edward Snowden, o que, na verdade, até distrai um pouco no começo.

Na entrevista coletiva na manhã do sábado, os atores contaram que começaram a tomar providências para se proteger da invasão de privacidade depois de fazer o filme, como tapar a câmera do computador com uma fita adesiva. "A privacidade é um privilégio", disse Shailene Woodley. "As pessoas falam das redes sociais, mas nelas o usuário tem certa consciência da perda da sua privacidade. O problema é o resto. É preciso estar consciente sobre as formas como sua privacidade pode ser ameaçada, não para ficar paranoico, mas para ter algum poder." Para Oliver Stone, o grande feito de Snowden foi avisar sobre as questões de privacidade. "Essas informações e esse poder podem estar nas mãos de um bom líder ou de um mau líder", afirmou. "O que está acontecendo agora é chocante, porque não são apenas os drones atacando pessoas a milhares de quilômetros a distância, graças aos sistemas de vigilância, mas também a guerra cibernética. Está fora de controle. Não sabemos nem quem está fazendo o quê para quem", completou o cineasta.

Quanto ao futuro do próprio Snowden, Stone não é muito otimista. "Ele disse que voltaria aos Estados Unidos se tivesse direito a um julgamento justo. Porque, na verdade, a lei proíbe até que ele testemunhe em seu próprio julgamento. Espero que o filme ajude de alguma maneira, e que o presidente Barack Obama tenha uma luz", disse. "Mas só dá para ter esperança."


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