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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

#Brasil

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SUS amplia tratamento para portadores de HIV e Aids

Posted: 28 Sep 2016 07:18 AM PDT

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou os novos remédios Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (28) em coletiva de imprensa a distribuição do antirretroviral dolutegravir, que não estava na lista dos medicamentos para HIV e Aids distribuídos atualmente pela pasta. Cerca de 100 mil pacientes devem iniciar o tratamento contra a doença a partir de 2017 usando o novo medicamento

Além de pacientes que irão iniciar tratamento, o novo medicamento também será distribuído para pacientes em tratamento mas que apresentam resistência aos retrovirais já distribuídos. 

Para o ministro Ricardo Barros, a compra do medicamento é um avanço no tratamento.

— Estamos anunciando o melhor tratamento do mundo, trocando o protocolo de atendimento e ainda assim vamos economizar recursos. 

De acordo com o ministério, houve um desconto de 70,5% na compra do dolutegravir, e com isso não houve impacto orçamentário na aquisição. Os preços caíram de US$ 5,10 para US$ 1,50, declarou a pasta.

Hoje, os 483 mil pacientes em tratamento com Aids e HIV usam os remédios tenofovir, lamivudina, e efavirenz. 

O número de pessoas infectadas pelo vírus da Aids voltou a subir no Brasil em 2015, de acordo com UNAids - programa da ONU (Organização das Nações Unidas) para combater a doença. Já no resto do mundo os avanços foram mais modestos. Dados publicados pela entidade revelam que em 2015 foram registrados 44 mil novos casos da doença. Em 2010 foram registrados 43 mil novos casos de Aids no Brasil.

Operação da PF mira desembargadores por venda de decisões judiciais no Ceará

Posted: 28 Sep 2016 06:28 AM PDT

Agentes federais fazem operação contra desembargadores no Ceará Tânia Rêgo/24.05.2016/Agência Brasil

Uma operação da PF (Polícia Federal) nesta quarta-feira (28) mira desembargadores e advogados pela venda de decisões judiciais do TJ-CE (Tribunal de Justiça do Ceará).

A 2ª fase da Operação Expresso 150 cumpre 19 mandados de busca e apreensão e 24 de condução coercitiva (depoimento obrigatório) expedidos pelo STJ (Supremo Tribunal de Justiça).

Entre os investigados estão dois desembargadores da ativa, um desembargador aposentado e 14 advogados do Estado. Cerca de 110 agentes federais cumprem os mandados de busca nas casas dos suspeitos, escritórios de advocacia e em dois gabinetes de desembargadores do TJ-CE.

As ordens de busca e condução dos investigados foram determinadas pelo ministro Herman Benjamin, que acatou parte da representação proposta pela Polícia Federal, contra os indícios de conluio entre advogados e desembargadores.

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Esses acordos tinham por objetivo liberar criminosos por meio da de liminares em habeas corpus, que eram protocolados especialmente durante os plantões judiciais.

A primeira etapa da operação, em junho do ano passado, indicou os núcleos criminosos do grupo. Segundo a PF, nesta fase, foi possível coletar "fartas evidências sobre as negociatas das decisões".

A Justiça também determinou o bloqueio das contas de um desembargador aposentado e de um advogado envolvido no esquema.

Pelo menos 300 pessoas foram beneficiadas com o esquema, como a inclusão de funcionários públicos aos quadros do Estado. Segundo a PF, o caso ocorreu para o cargo de soldado da PM do Estado do Ceará, entre 2011 e 2012, sem que os candidatos fossem devidamente aprovadas no concurso público.

Os crimes investigados são: associação criminosa, corrupção passiva, tráfico de influência, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Todos os investigados vão prestar depoimento e, depois, serão liberados.

Acionistas da SABMiller aprovam oferta de aquisição da empresa pela AB InBev

Posted: 28 Sep 2016 04:56 AM PDT

LONDRES (Reuters) - Acionistas da SABMiller aprovaram nesta terça-feira a oferta de aquisição da empresa feita pela Anheuser-Busch InBev por mais de 100 bilhões de dólares, abrindo caminho para reforçar o posto de liderança do grupo que controla a brasileira Ambev entre os fabricantes globais de cerveja.

O acordo de 79 bilhões de libras passou com folga pela assembleia de acionistas da SABMiller, segunda maior fabricante de cerveja do mundo. A operação precisava de maioria em número de acionistas e de pelo menos 75 por cento no valor das ações. A votação garantiu 95,5 por cento de apoio no segundo critério.

Os dois maiores acionistas da SABMiller, a fabricante de cigarros Altria e a família colombiana Santo Domingo, que controlam em conjunto cerca de 40 por cento da SAB Miller, já tinham se comprometido em apoiar a transação.

A compra da SABMiller deve ser concluída em 10 de outubro, quase um ano depois que a AB InBev contatou pela primeira vez a rival mais próxima sobre uma oferta de aquisição.

As ações da nova empresa começarão a ser negociadas em 11 de outubro em Bruxelas, seguidas por listagens na bolsa de Johanesburgo e Cidade do México, além de negociação de ADS em Nova York.

Pouco depois disso, a empresa vai começar um processo de venda das marcas europeias da SABMiller, avaliadas em 7 bilhões de euros.

Mais cedo, o presidente-executivo da AB InBev, o brasileiro Carlos Brito, que vai conduzir a companhia combinada, fez comentários sobre os motivos por trás da operação, incluindo a criação de uma cervejaria global com ativos nos mercados latino-americanos e africanos. Ele afirmou que o nome Anheuser-Busch InBev será mantido.

Depois de vender participações da SABMiller em parcerias na China e Estados Unidos e negócios na Europa, a companhia combinada terá uma participação de 27 por cento no mercado mundial de cerveja, segundo a empresa de pesquisa Euromonitor International, com grandes porções dos mercados latino-americano e africano. No Brasil, maior mercado latino-americano, a Ambev já detém participação de cerca de 70 por cento.

A operação prevê um pagamento de 3 bilhões de dólares pela AB InBev à SABMiller se autoridades ou seus próprios acionistas não aprovarem a aquisição.

(Por Martinne Geller em Londres e Philip Blenkinsop em Bruxelas)

Acionistas da SABMiller aprovam oferta de aquisição da empresa pela AB InBev

Posted: 28 Sep 2016 04:35 AM PDT

LONDRES (Reuters) - Acionistas da SABMiller aprovaram nesta terça-feira a oferta de aquisição da empresa feita pela Anheuser-Busch InBev por mais de 100 bilhões de dólares, abrindo caminho para reforçar o posto de liderança do grupo que controla a brasileira Ambev entre os fabricantes globais de cerveja.

O acordo de 79 bilhões de libras passou com folga pela assembleia de acionistas da SABMiller, segunda maior fabricante de cerveja do mundo. A operação precisava de maioria em número de acionistas e de pelo menos 75 por cento no valor das ações. A votação garantiu 95,5 por cento de apoio no segundo critério.

Os dois maiores acionistas da SABMiller, a fabricante de cigarros Altria e a família colombiana Santo Domingo, que controlam em conjunto cerca de 40 por cento da SAB Miller, já tinham se comprometido em apoiar a transação.

A compra da SABMiller deve ser concluída em 10 de outubro, quase um ano depois que a AB InBev contatou pela primeira vez a rival mais próxima sobre uma oferta de aquisição.

As ações da nova empresa começarão a ser negociadas em 11 de outubro em Bruxelas, seguidas por listagens na bolsa de Johanesburgo e Cidade do México, além de negociação de ADS em Nova York.

Pouco depois disso, a empresa vai começar um processo de venda das marcas europeias da SABMiller, avaliadas em 7 bilhões de euros.

Mais cedo, o presidente-executivo da AB InBev, o brasileiro Carlos Brito, que vai conduzir a companhia combinada, fez comentários sobre os motivos por trás da operação, incluindo a criação de uma cervejaria global com ativos nos mercados latino-americanos e africanos. Ele afirmou que o nome Anheuser-Busch InBev será mantido.

Depois de vender participações da SABMiller em parcerias na China e Estados Unidos e negócios na Europa, a companhia combinada terá uma participação de 27 por cento no mercado mundial de cerveja, segundo a empresa de pesquisa Euromonitor International, com grandes porções dos mercados latino-americano e africano. No Brasil, maior mercado latino-americano, a Ambev já detém participação de cerca de 70 por cento.

A operação prevê um pagamento de 3 bilhões de dólares pela AB InBev à SABMiller se autoridades ou seus próprios acionistas não aprovarem a aquisição.

(Por Martinne Geller em Londres e Philip Blenkinsop em Bruxelas)

Greve dos bancários já dura 23 dias, a maior desde 2004

Posted: 28 Sep 2016 04:33 AM PDT

Paralisação da categoria começou no dia 6 de setembro Rovena Rosa/Agência Brasil

A greve dos bancários, que entrou nesta quarta-feira (28) em seu 23º dia, já é a terceira mais longa desde 2004, quando a paralisação chegou a 30 dias. Em 2013, a segunda maior do período, a greve teve 24 dias. Na terça-feira (27), após reunião com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), o Comando Nacional dos Bancários disse que os representantes dos bancos sinalizaram com um novo modelo de acordo, que passará a ter validade de dois anos, em vez de um, como ocorreu nos últimos anos.

"O acordo de dois anos pode ser uma boa alternativa, desde que traga ganho para os bancários", disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. Em nota, a Fenaban disse que a negociação continuará hoje. Segundo os bancários, uma reunião está marcada para as 15h.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.

Atualmente, os bancários recebem um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4. 043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.

A proposta dos bancos, apresentada no último dia 9, foi de um reajuste de 7% para os salários e benefícios, somado a um abono de R$ 3.300 a ser pago em até dez dias após a assinatura do acordo. O reajuste seria aplicado também no PLR.

"A proposta apresentada traduz o esforço dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de atender às demandas por correção salarial e outros itens da Convenção Coletiva, com um modelo ajustado à atual conjuntura econômica", disse em nota, na noite de ontem, a Fenaban.

Um balanço feito no fim de terça-feira pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informa que 913 locais de trabalho, sendo dez centros administrativos e 903 agências fecharam nesta terça-feira na base do sindicato, com mais de 32 mil trabalhadores aderindo à greve.

Confiança da indústria do Brasil volta a subir em setembro, diz FGV

Posted: 28 Sep 2016 04:32 AM PDT

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Brasil voltou a subir em setembro após uma pausa no mês anterior, com melhora tanto das expectativas quanto da avaliação da situação atual, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

Com alta de 2,1 pontos, o ICI subiu para 88,2 pontos em setembro, depois de ter apresentado queda em agosto, e foi ao maior nível desde julho de 2014 (88,8).

No mês, o Índice de Expectativas (IE) avançou 2,5 pontos e chegou a 89,8 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,5 ponto, para 86,7 pontos.

"O setor continua desapontado com a lentidão da recuperação da demanda interna, mas começa a apresentar maior otimismo no horizonte de seis meses", avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE, em nota.

A FGV informou ainda que houve alta de 0,9 ponto percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada, para 74,7 por cento em setembro sobre o mês anterior.

Em julho, a produção industrial brasileira surpreendeu e avançou 0,1 por cento sobre o mês anterior, no quinto resultado positivo seguido, ainda que tenha sido o mais fraco desse período.

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(Por Camila Moreira)

Autores de bombardeios contra civis em Aleppo irão enfrentar julgamento de Deus, diz papa

Posted: 28 Sep 2016 04:00 AM PDT

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco pediu para que cessem os bombardeios sobre civis na cidade síria de Aleppo, alertando nesta quarta-feira que os autores dos ataques irão enfrentar o julgamento de Deus.

Falando a dezenas de milhares de pessoas na Praça São Pedro, Francisco definiu Aleppo como "esta cidade já martirizada, onde todos estão morrendo --crianças, pessoas velhas, pessoas doentes, pessoas jovens".

Ele não deu nome aos autores dos bombardeios, mas grupos monitores dizem que o governo da Síria e a Rússia intensificaram ataques aéreos em áreas rebeldes da cidade desde o fim de um cessar-fogo na semana passada.

"Renovo um apelo para todos se comprometerem com todas suas forças a proteger os civis", disse Francisco à multidão durante seu discurso semanal.

Estima-se que mais de 250 mil civis estejam sitiados na cidade de Aleppo.

(Reportagem de Philip Pullella)

Quanto custa o horário eleitoral no rádio e na TV a cada brasileiro?

Posted: 28 Sep 2016 03:51 AM PDT

O ciclo eleitoral de 2016 deve custar mais de R$ 576 milhões aos cofres públicos em abatimento de impostos BBC Brasil

O horário eleitoral obrigatório exibido por emissoras de rádio e televisão foi criado para dar voz aos mais diversos candidatos, independente de seu poder econômico. Mas essa propaganda não sai de graça: ela é paga pelos contribuintes e também pelas emissoras privadas.

Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, realizado no início do ano, o ciclo eleitoral de 2016 deve custar cerca de R$ 576 milhões aos cofres públicos em abatimento de impostos. Isso porque apesar das cerca de 320 empresas de TV e 10 mil emissoras de rádio do Brasil veicularem o horário político gratuitamente, elas têm direito por lei a uma compensação fiscal.

Segundo o fundador do Contas Abertas, Gil Castello Branco, o valor de R$ 576 milhões corresponde a uma previsão orçamentária da Receita Federal. Isso significa que cada cidadão deve pagar indiretamente cerca de R$ 2,80 para ver o horário eleitoral.

Mas, o valor exato será calculado somente após o fim das eleições.

Por lei, a dedução do imposto de renda corresponde a parte do valor que as emissoras receberiam caso comercializassem o espaço ocupado pela propaganda eleitoral. O restante do montante é custeado pelas próprias emissoras.

Segundo a Contas Abertas, a dedução fiscal corresponde a cerca de 80% do valor que seria obtido pelas emissoras com a venda do espaço, mas a Abert diz que essa porcentagem pode variar.

Castello Branco disse que, sem a dedução, a operação de muitas emissoras privadas poderia ser inviabilizada - especialmente durante a atual crise econômica.

"Isso se tonaria uma coisa antieconômica, as emissoras enfrentam as mesmas dificuldades do país", disse ele.

Além disso, segundo Cristiano Lobato Flores, diretor de assuntos legais e institucionais da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV), o mecanismo de ressarcimento é complicado e muitas emissoras pequenas não fazem o pedido de compensação fiscal.

"A maioria das emissoras é micro e pequena. Muitas rádios têm pouca estrutura e não fazem o processo para repor o valor comercializável (do espaço cedido para propaganda eleitoral)", disse.

Por outro lado, a exibição gratuita da propaganda eleitoral também pode ser entendida como uma compensação econômica ao fato das emissoras operarem em um sistema de concessão pública, segundo Luiz Peres Neto. Ele é professor pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo, da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

Segundo ele, as emissoras devem prestar uma contrapartida econômica "já que exploram o sistema radioelétrico", que é um bem público e escasso.

Mas para Flores, da Abert, "o fato de se tratar de uma concessão pública não desnatura a legitimidade do ressarcimento. Muito pelo contrário, pressupõe o seu equilíbrio econômico-financeiro, princípio básico dos contratos celebrados com a administração pública".

Porém, segundo Peres Neto, o processo ainda causa confusão no eleitor.

"Não há clareza, por parte do cidadão, que o horário eleitoral é pago por ele. Ele acha que só a emissora é prejudicada", disse Peres Neto.

E além da compensação fiscal às emissoras, é preciso levar em conta que os candidatos podem usar uma parte da verba do fundo partidário - que é dinheiro público - para produzir os programas que vão ao ar.

O valor geral do fundo partidário para 2016 é de R$ 819 milhões. Não é possível porém dizer quanto desse dinheiro vai para a produção de propaganda na atual fase do pleito.

Modelos de outros países

Nos Estados Unidos os candidatos podem comprar seus próprios comerciais na mídia

De acordo com Peres Neto, a propaganda eleitoral obrigatória no rádio e na TV aberta surgiu no Brasil como uma ideia de criar um modelo justo - para que nenhum candidato fosse silenciado em um país no qual muitos políticos ou famílias de políticos são proprietários de meios de comunicação.

Segundo a Abert, além disse existe o interesse público na veiculação das propagandas eleitorais e político-partidárias. Elas são um "facilitador à difusão dos projetos políticos e ideais que compõem o pluralismo político-partidário em nosso país".

Em 2016, a propaganda obrigatória no rádio e na TV ocorre em um período de 35 dias, nos quais são exibidos dois blocos diários de 10 minutos de propaganda para prefeito e 70 minutos de inserções de propaganda para prefeito e vereador distribuídas pela programação.

Além de aparecerem na propaganda obrigatória, muitos candidatos também ganham espaço na mídia como parte da cobertura noticiosa da campanha e com a promoção de debates.

Já nos Estados Unidos, onde a campanha eleitoral é em sua maior parte baseada em financiamento privado, os candidatos podem comprar livremente seus próprios comerciais na mídia.

Mas, para que o sistema funcione, há nos Estados Unidos um sistema eficiente de acesso a dados, no qual é possível saber quem está financiando cada candidato.

Na Grã-Bretanha, os políticos não podem comprar comerciais na TV, mas seus partidos podem veicular uma quantidade limitada de propaganda gratuita. Grande parte da discussão eleitoral ocorre em programas jornalísticos que promovem entrevistas e debates entre representantes de partidos ou seus assessores.

De acordo com Peres Neto, na Espanha, onde o financiamento das campanhas é majoritariamente público, não há um horário específico de exibição de propaganda eleitoral obrigatória. Ela ocorre por meio de inserções distribuídas pela programação.

"Não há um modelo perfeito. Os modelos se baseiam nas tradições políticas, mas eles precisam ser justos para que um candidato não tenha vantagens", disse o pesquisador.

Nos Estados Unidos, apesar da existência de muitos candidatos menores, apenas os candidato dos partidos Republicano e Democrata acabam disputando os cargos mais importantes. Isso porque esses partidos têm estruturas mais consolidadas de arrecadação de recursos e representação política em relação a agremiações políticas menores.

Dinheiro bem gasto?

O tempo de exposição na TV e no rádio costuma ter grande peso na estratégia eleitoral da maioria dos candidatos.

No Brasil, cada partido tem direito a um tempo de propaganda obrigatória proporcional à representação de seu partido na Câmara dos Deputados.

Esse tempo de exposição na TV e no rádio costuma ter grande peso na estratégia eleitoral da maioria dos candidatos.

Mas será que o tempo de propaganda eleitoral obrigatória é bem aproveitado?

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil dizem que apesar do horário eleitoral ser importante, ele nem sempre cumpre sua função.

Segundo Peres Neto, a escolha do candidato por parte do eleitor no Brasil acontece geralmente de forma personalista. A propaganda obrigatória serviria mais para tornar o candidato conhecido do que para expor suas ideias e propostas.

"Em geral, o eleitor vota com a emoção. Vota em pessoas, não em ideias. Assim, os políticos trocam de partido e continuam com a mesma intenção de voto", disse.

"Por mais que o político minta, muitos eleitores acabam votando nele", disse.

Para Gil Castello Branco, do Contas Abertas, o grande número de partidos do Brasil acaba tornando o horário obrigatório ineficiente.

"Muitos candidatos têm um tempo ínfimo em que mal dá para dizerem seu nome e número. Outros usam uma forma anedótica para fazer isso, o que banaliza o processo eleitoral", disse.

Além disso, segundo ele, alguns dos chamados "candidatos nanicos" usam essa distorção para negociar apoio político e tempo de TV.

Castello Branco afirmou que também há imperfeições na propaganda dos candidatos a prefeito que gozam de mais tempo de TV.

"Cada um fala o que quer. Muitos transmitem ao eleitor uma imagem que não corresponde à situação real", disse.

Segundo ele, o tempo de propaganda eleitoral poderia ser usado, por exemplo, para tirar dúvidas sobre as eleições.

Em fase de teste

Mudanças na lei eleitoral ocorridas em 2015 mudaram algumas regras das eleições deste ano, sendo uma das principais o fim das doações de empresas para campanhas políticas.

No campo da propaganda obrigatória na TV e no rádio, houve uma redução de 45 para 35 dias da duração total da campanha. Já as inserções distribuídas pela programação subiram de 30 para 70 minutos diários.

No total, houve uma redução geral na duração da propaganda obrigatória de aproximadamente 10 horas - o que foi classificado como positivo pelas emissoras.

"Nunca foi pauta da Abert ir contra a prestação do serviço (de propaganda obrigatória). Nossa briga era que você não precisava de 45 dias. Não se prendia a atenção do eleitor", afirmou Flores.

Segundo ele, com o fim das doações de pessoas jurídicas, os partidos também teriam muita dificuldade para pagar pela produção das propagandas eleitorais mais longas.

"A carga horária era excessiva, a redução atendeu ao setor. O ressarcimento ainda não é o ideal mas o problema diminuiu".

Para Castello Branco, a duração menor e a mudança no financiamento das campanhas alteraram bastante o cenário e as estratégias dos candidatos, gerando vantagens e desvantagens.

Por causa disso, criou-se uma grande expectativa e o pleito de 2016 deve funcionar como um grande teste para as novas regras eleitorais.

Temer tenta abafar gafe de ministro com visita de executivos

Posted: 28 Sep 2016 03:49 AM PDT

Temer orientou executivos a atenderem a imprensa após reunião Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - 27.9.2016

O presidente Michel Temer pediu nesta terça-feira (27) a auxiliares que não estiquem a polêmica sobre gafes de sua equipe. Na tentativa de tirar o foco do episódio envolvendo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes - que antecipou nova etapa da Lava Jato, na véspera da prisão do ex-ministro Antonio Palocci -, o Planalto aproveitou uma agenda lotada de audiências com presidentes mundiais de grandes multinacionais. Após as reuniões com Temer, os executivos foram orientados a falar com a imprensa e o saguão do prédio foi transformado em palco de entrevistas, uma após a outra.

Foi assim que o presidente da Petrobras, Pedro Parente, apareceu otimista, dizendo ter levado a Temer o planejamento estratégico da empresa para o período de 2017 a 2021. Pelas estimativas de Parente, em cinco anos a estatal voltará a crescer. Além dele, o presidente global da Shell, Ben Van Beurden, fez questão de afirmar, após se reunir com Temer, que o Brasil é um "lugar seguro" para investimentos.

"Isso tem a ver com a segurança e a estabilidade das regras e das leis", disse o executivo. Ele não quis comentar os desdobramentos políticos após o impeachment de Dilma Rousseff. "O importante desses últimos acontecimentos é criar um clima propício para investimentos", afirmou. "Viemos falar com o presidente sobre a confiança que temos no País."

O presidente da Hyundai, William Lee, apresentou a Temer os investimentos em andamento da companhia coreana no Brasil. A montadora está investindo US$ 130 milhões na ampliação da fábrica de Piracicaba (SP) e vai gastar mais US$ 25 milhões na construção de um centro de pesquisa na mesma cidade. "A Hyundai tem um compromisso de longo prazo com o Brasil. Queremos crescer junto com o Brasil", discursou Lee.

Temer pede a empresários em Nova York que invistam no Brasil

O executivo ponderou que todos os países passam em algum momento por dificuldades econômicas, mas disse que a companhia aposta no retorno do crescimento da economia brasileira. "Vejo um potencial muito grande no Brasil e apostamos na qualidade do trabalhador brasileiro", completou.

O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB - partido de Moraes - também esteve com Temer, no Planalto. Aos jornalistas, Aécio disse que as críticas ao ministro partem do PT. "Vi um presidente absolutamente tranquilo, dizendo que esse assunto estava superado." Na prática, porém, Temer ficou muito irritado com Moraes.

A ordem no Planalto agora é dizer que o episódio já é "página virada". No entra e sai do gabinete presidencial estiveram também o presidente mundial da Fiat Chrysler Automobiles, Sergio Marchione, e o secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew.