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sábado, 24 de setembro de 2016

#Brasil

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Record Bahia realiza debate entre os candidatos à Prefeitura de Salvador neste domingo (25)

Posted: 24 Sep 2016 08:15 PM PDT

Candidatos ficarão frente a frente, a partir das 22h45, respondendo questionamentos e apresentando propostas Montagem R7 BA

A Record Bahia promove, neste domingo (25), o debate do primeiro turno entre os candidatos à Prefeitura de Salvador nas Eleições 2016. Todos os sete candidatos foram convidados a participarem do evento: ACM Neto (DEM), Alice Portugal (PSdoB), Célia Sacramento (PPL), Cláudio Silva (PP), Da Luz (PRTB), Fábio Nogueira (Psol) e Pastor Sargento Isidório (PDT).

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Os candidatos ficarão frente a frente, a partir das 22h45, respondendo questionamentos e apresentando propostas, na sede da Record Bahia, no bairro da Federação.

A jornalista Carla Cecato, âncora do telejornal nacional Fala Brasil, foi confirmada como mediadora do debate, que também será transmitido através do R7 Bahia (r7.com/bahia).

Insegurança às vésperas das eleições leva Força Nacional às ruas em mais de 370 municípios 

Posted: 24 Sep 2016 08:10 PM PDT

Tropas serão enviadas a dez Estados para apoio de segurança Tânia Rêgo/ABr

Com problemas de segurança em diversos municípios, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) autorizou o envio de agentes das Forças Armadas para ao menos dez Estados do País. A uma semana das eleições municipais, o reforço de policiamento já está confirmado em cerca de 370 municípios — e até 2 de outubro esse número pode ser maior. Em 2012, última eleição municipal, o reforço na área da segurança ocorreu em 395 municípios de 11 Estados.

Segundo o TSE, até 22 de setembro, já estava confirmado o envio de tropas para os seguintes locais: Acre (oito municípios), Alagoas (dois), Amazonas (17), Mato Grosso (nove), Mato Grosso do Sul (um), Pará (108), Piauí (142), Rio Grande do Norte (86), Tocantins (quatro) e Rio de Janeiro — o TSE não divulgou o número de municípios fluminenses que receberão reforço de segurança, mas indicou que haverá tropas na capital e na região metropolitana.

Consta nas decisões que os pedidos dos tribunais regionais foram acatados "diante da proximidade do pleito e da vasta quantidade de locais de votação com histórico de violência devido ao acirramento da disputa eleitoral e do baixo efetivo policial nas localidades". É o que ocorre em alguns municípios do Amazonas, por exemplo.

Em Maués (AM), um dos locais que receberá o reforço, o atual prefeito e candidato à reeleição, Carlos Góes (PT), solicitou apoio após o assassinato de seu segurança ocorrido no início de setembro. Além disso, UBSs (Unidades Básicas de Saúde) foram atacadas, assim como a sede do PT e o escritório jurídico que cuida da campanha à reeleição do prefeito.

No Rio Grande do Norte foi autorizado o envio de tropas federais para 86 municípios. Segundo a decisão, "a crise na segurança pública que está sendo vivenciada no local, com risco de comprometimento da normalidade das eleições e da integridade física dos eleitores" justifica o reforço na segurança. O Estado passou por uma série de ataques nos últimos meses. A onda de violência teve início depois que o governo começou a instalar bloqueadores de celular na Penitenciária de Parnamirim e os atentados foram feitos por integrantes do Sindicato RN, facção que controla a maioria das unidades prisionais. Houve ataques a bases da PM, ônibus foram incendiados, presos mortos. Segundo a SSP, foram mais de 100 ataques em mais de 35 cidades.

Em Santa Cruz do Piauí (PI), uma pessoa foi baleada durante um comício em 18 de setembro e deputados já denunciaram que a população tem sofrido ameaças e intimidações. De acordo com a Assembleia Legislativa do Piauí, o deputado Robert Rios (PDT) chegou a sugerir, em sessão do dia 20 de setembro, que o secretário de Segurança do Piauí "entre de licença durante o período eleitoral ou deixe de ficar em palanques ao lado de pessoas suspeitas". Segundo ele, o PCC (Primeiro Comando da Capital) "está mandando agentes para o Piauí para ameaçar adversários de determinados candidatos e usar dinheiro de assaltos na campanha".

Para conseguir o apoio de segurança da Força Nacional, o TSE autoriza pedidos feitos pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) de cada Estado para "garantir o livre exercício do voto, a normalidade da votação e da apuração dos resultados". Os pedidos devem ter uma justificativa que explique "o receio de perturbação dos trabalhos eleitorais".

Rio de Janeiro

A Baixada Fluminense vive um período de instabilidade em relação à segurança pública. Nos últimos nove meses, 14 pessoas envolvidas em campanhas eleitorais foram assassinadas na região. De acordo com a polícia, dois desses crimes teriam motivações políticas. Investigações da DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense) apontaram que, além dessas duas vítimas, seis foram alvo de crimes decorrentes de disputas entre milicianos, duas foram vítimas de grupos de extermínio e quatro das mortes foram ações de traficantes.

Ao menos 107 municípios de cinco Estados receberão apoio logísitico de tropas das Forças Armadas nas Eleições 2016 João Evangelista/Força Aérea

Apoio logístico

Além da presença das Forças Armadas para reforçar a segurança, outros 107 municípios de cinco Estados pediram apoio logístico durante as eleições — Acre, Amazonas e Roraima são os Estados com mais municípios atendidos.

Dessa forma, militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira atuarão no transporte de pessoas e materiais utilizados durante a votação e apuração em áreas de difícil acesso, como aldeias, seringais e comunidades. 

Na última eleição municipal, ocorrida em 2012, 76 municípios tiveram apoio logístico para o recebimento das urnas eleitorais e dos funcionários dos tribunais eleitorais. Esse tipo de ação das Forças Armadas ocorre desde 1994.

Vale tudo pelo voto! Ouça 7 jingles bizarros de candidatos a vereador nas Eleições 2016

Posted: 24 Sep 2016 06:00 PM PDT

Sem as doações de empresas para suas campanhas eleitorais, os candidatos que buscam uma cadeira de vereador pelo País abusam da criatividade na hora de criar seus jingles na tentativa de conquistar os votos da população.

Os estúdios consultados pelo R7 afirmam que a maioria dos pedidos para a eleição deste ano estão relacionados com paródias de sucessos do momento, caso dos hits que não "desgrudaram' da cabeça da população no último Carnaval, como é o caso da música "Metralhadora", da Banda Vingadora, e algumas canções do forrozeiro Wesley Safadão.

Dono de um dos maiores cachês do País, o forrozeiro foi escolhido para embalar a campanha do candidato Pacelli (PMDB), de Joinville (SC). A música "Tim Tim" foi remodelada e o verso "tim, tim, tim, tim, um brinde pra ela' é substituído por "digite sim, vamos com Pacelli".

Os funks do momento também estão em alta na campanha dos candidatos ao cargo de vereador. Vadinho do Lavajato (PPS), que disputa em Conselheiro Lafaiete (MG), escolheu o hit "Malandramente" para contar um pouco da sua trajetória em busca de votos pela cidade sem muitas alterações ao som original: "Malandramente, o Vadinho é inocente, veio pedir voto pra gente e ver o povo feliz. [...] Na hora de ganhar a parada, o Vadinho ligou para a sua casa e mandou um recadinho pra ti: dá um voto pra mim, dá um voto pra mim".

Quem também apostou na música "Malandramente" foi João do Sindicato (PSDB), que concorre ao posto de vereador na cidade de Tenente Laurentino Cruz (RN). No jingle, o candidato troca os primeiros versos da música original pelos dizeres "alô tenente" e com o mesmo ritmo pausado do funk conta os motivos para receber o voto da população local.

Conhecida como "a amiga do peito", Karina Gazano (PR), que concorre em Santos (SP), apostou na música "Baile de Favela", composta por Mc João. No jingle, ela se apresentar aos eleitores com a intenção de conquistar o voto da população: "Ela é preparada, jovem competente".

Clássicos

Bem-humorado e performático, o candidato do PR no município de Assis César Magrão (PR) fez uma paródia da música "My Girl", sucesso na voz da banda The Temptations. Ao reformular a canção, o candidato simplesmente substituiu as palavras que dão título ao hit pelo seu nome de urna: "Magrão".

Quem também deixou de lado os sucessos do momento e reviveu um clássico na disputa por uma cadeira no legislativo foi Thonga (PMDB), que concorre na cidade de Coité (BA). A adaptação da música Saint Seiya, cantada pela banda Angra na abertura do desenho Cavalheiros do Zodíaco, foi totalmente repaginada pelo candidato.

Diferentemente dos outros candidatos, ele mesmo optou por cantar o jingle inusitado. "Esse cidadão quer nos proteger, com ideias e força para lutar. Eu voto em Thonga, sim, eu voto nele para mudar. Com projetos de um coração sonhador vou revolucionar".

Autoral

Apesar da facilidade de trabalhar com hit que já está "grudado" na cabeça da população, há candidatos que apostam em letras e melodias autorais, como Ed Marte (PSOL), que busca por uma cadeira na Câmara Legislativa de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais.

No jingle, o socialista faz uma performance singular ao se julgar o candidato da "diversidade" para pedir o voto da população: "O Ed Marte é do bem. É diversidade. É de verdade, oh meu bem".

Briga pela prefeitura de BH fica entre dois ídolos do Atlético 

Posted: 24 Sep 2016 06:00 PM PDT

Divulgação
Alexandre Kalil Divulgação

A disputa para a Prefeitura de Belo Horizonte neste ano traz uma situação curiosa: dois dos candidatos com maior chance de vencer a corrida são símbolos de um dos maiores times da capital mineira, o Atlético.

Ambos estão isolados na frente das pesquisas e devem ir juntos para o segundo turno se os números continuarem estáveis, como nos últimos dois meses.

O ex-goleiro e ídolo entre 1976 e 1989, o deputado estadual João Leite (PSDB) lidera a corrida pelo cargo de prefeito sempre mantendo uma distância enre 10 a 12 pontos percentuais do adversário estreante, de acordo com os institutos Ibobe, Datafolha e Paraná Pesquisas.

O ex-atleta e candidato do PSDB, João Leite, conta com o apoio do senador Aécio Neves e tem os números ao seu favor também em um possível embate no segundo-turno.

O concorrente, que também já defendeu a seleção brasileira, está no sexto mandato na Assembleia de Minas e concorreu duas vezes à Prefeitura de BH, em 2000 e 2004, perdendo em ambas. 

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Já Alexandre Kalil, ex-presidente do Galo, alçado a categoria de ídolo graças ao título inédito na Libertadores, em 2013, estreia na política dando trabalho ao tucano e forçando uma possível disputa no segundo-turno.

De temperamento explosivo e língua afiada, o ex-cartola de futebol contou com o carisma que tem frente a torcida e uma linha de propaganda em que afirma que "não é político" e, como a categoria está em baixa junto à população, parece que o mote deu certo.

Kalil com apenas 20 segundos de propaganda na TV, apostou nas redes sociais como aliadas ao contato com o eleitor. É lá, que os internautas ficam a par do que o empresário pretende fazer em BH. E a polêmica postura de Kalil sobre "não construir nada, mas fazer funcionar o que já existe" é onde os adversários mais gostam de bater. 

Atrás na disputa

Com exceção dos candidatos Eros Biondini (Pros) e Luis Tibé (PT do B), o restante Reginaldo Lopes (PT), Délio Malheiros (PSD), Rodrigo Pacheco (PMDB), Vanessa Portugal (PSTU), Marcelo Álvaro Antônio (PR), Maria da Consolação (PSOL) e Sargento Rodrigues (PDT) não conseguiram ultrapassar a casa dos 5%. Revezando de posição a cada pesquisa, poucos aparecem com chance de mudar o cenário que se apresenta na capital mineira. 

Apostador do interior de Minas Gerais fatura sozinho R$ 57 milhões da Mega-Sena

Posted: 24 Sep 2016 05:40 PM PDT

Aposta ganhadora foi efetuada no município de Juiz de Fora Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Uma aposta única realizada no município de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerias, cravou todas as seis dezenas sorteadas pela Mega-Sena neste sábado (24). Com isso, o sortudo responsável pelo bilhete tem o direito de receber nada menos do que R$ 57.628.178,83.

Caso o ganhador decida aplicar todo o valor na poupança, receberá R$ 430,8 mil em rendimentos mensais, mais de R$ 15 mil por dia. Se preferir investir em bens, poderá comprar quatro iates de luxo ou 19 mansões de R$ 3 milhões cada.

Com a premiação principal, o próximo sorteio da loteria, marcado para acontece na próxima quarta-feira (28), promete pagar R$ 2,5 milhões. Nesta semana, a loteria realizou três sorteios em homenagem à semana da Primavera.

As seis dezenas sorteadas pelo concurso de número 1.860 da Mega-Sena, realizado no Caminhão da Sorte da Caixa, localizado em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), foram: 10 — 30 — 36 — 40 — 44 — 60.

Além do prêmio principal, o concurso premiou 109 apostadores que acertaram cinco dos números sorteados e levaram R$ 33.491,77 cada. Outras 11.392 apostas cravaram a quadra e têm o direito de receber R$ 457,79 cada.

Para concorrer ao prêmio de R$ 2,5 milhões da próxima quarta-feira, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Nesse caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Em caso de 2º turno, ACM Neto deve enfrentar Alice Portugal à prefeitura de Salvador

Posted: 24 Sep 2016 04:11 PM PDT

ACM Neto (DEM) e Alice Portugal (PCdoB) podem se enfrentar no segundo turno à prefeitura de Salvador Montagem R7 BA

O prefeito ACM Neto (DEM) lidera as pesquisas eleitorais para gerir a capital baiana pelos próximos quatro anos, mas vê a candidata do PCdoB, Alice Portugal, apoiada pelo governador Rui Costa (PT), crescer a poucos dias do peito eleitoral, o que pode levar a eleição de Salvador para o segundo turno.

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Em todas as pesquisas de intenção de voto para prefeitura, realizadas pelo Instituto Paraná e pelo Ibope, o democrata, que segue os passos do avô Antônio Carlos Magalhães, aparece como o favorito na corrida eleitoral. Desde o primeiro levantamento, Neto aparecia com 68% das intenções de voto e na última pesquisa divulgada, o candidato tinha 69% do eleitorado. ACM Neto é formado em Direito pela UFBa (Universidade Federal da Bahia), foi deputado federal por três legislaturas e chegou à Câmara dos Deputados em 2003, onde ocupou diversos cargos importantes em Brasília.


Já a possível adversária do Neto, Alice Portugal cresceu nas pesquisas de intenção de voto e conquistou o segundo lugar em todas os levantamentos. Em agosto, a candidata, que está entre as duas mulheres que disputam a eleição municipal deste ano, aparecia com 7,9 e 8%, e em setembro viu os números crescerem para 10 e 12%. Em 1996, Alice chegou a sair como vice-prefeita de Nelson Pelegrino, mas perdeu a disputa. Formada em Farmácia pela UFBa, a candidata  está no quarto mandato de deputada federal e já foi deputada estadual duas vezes.

Caso continue crescendo até o dia 2 de outubro, quando 1.948.154 eleitores irão às urnas para decidir quem vai governar a capital baiana, a deputada federal pode enfrentar o atual prefeito nas urnas no dia 30 de outubro para decidir quem via ocupar o Palácio Thomé de Souza.

ACM Neto lidera corrida eleitoral e pode se reeleger no primeiro turno em Salvador

Posted: 24 Sep 2016 03:02 PM PDT

Sete candidatos estão na corrida para as eleições municipais Reprodução/Facebook

O candidato a reeleição ACM Neto (DEM) é apontado como o favorito para administrar a capital baiana durante os próximos quatro anos e pode ganhar a eleição no primeiro turno. O democrata é seguido por  Alice Portugal (PCdoB) e Pastor Sargento Isidório (PDT). Atrás na disputa estão Célia Sacramento (PPL) e Fábio Nogueira (Psol) que aparecem empatados em quarto lugar, seguidos por Cláudio Silva (PP) e Da Luz (PRTB).

Nas pesquisas realizadas pelo Instituto Paraná, o candidato do DEM ampliou a vantagem de 68,8% para 69% das intenções de voto. A principal adversária do candidato, Alice Portugal, apresentou crescimento significativo de 7,9 para 10,5%. Em seguida aparece o Pastor Isidório, que ampliou a vantagem de 6,4% para 6,9%.

Célia Sacramento oscilou de 1,3% para 0,8%; já Fábio Nogueira era citado por 0,7% dos eleitores e agora está com 0,8%. Cláudio Silva saiu de 0,1 para 0,4 % e Da Luz aparecia com 0,5% e agora tem 0,2%.

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Nos levantamentos realizados pelo Ibope, o democrata manteve a predileção do eleitorado soteropolitano. Em agosto, Neto aparecia com 68% das intenções de voto. Já em setembro, ele amplia a vantagem de 68 para 69%. Alice aparecia em agosto com 8%, seguida de perto por Isidódio, que obteve 6% das intenções. Nas pesquisas realizadas em setembro, a candidata do PCdoB cresceu e saltou de 10% para 12%. No mesmo período, o candidato do PDT aumentou a intenção de votos para 7% e manteve o mesmo percentual no segundo levantamento realizado em setembro.

Em agosto, o candidato Fábio Nogueira aparecia com 1% e na primeira pesquisa de setembro não pontuou. Já no levantamento mais recente, o candidato do psol voltou a registrar 1%. Da Luz aparecia com 1%, subiu para 2% e agora não pontua. Os candidatos Célia Sacramento e Cláudio Silva não pontuaram nas três pesquisas do Ibope.

A disputa pelo Palácio Thomé de Souza deverá ser decidida no dia 2 de outubro, ainda no primeiro turno, quando 1.948.154 eleitores irão às urnas para decidir quem vai governar a capital baiana pelos próximos quatro anos.

Por unanimidade, Farc ratificam acordo de paz com governo da Colômbia

Posted: 24 Sep 2016 02:02 PM PDT

Governo de Juan Manuel Santos fechou o acordo com as Farc AP

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) aprovaram — por unanimidade — o acordo de paz assinado com o governo da Colômbia. A informação é da Agência Ansa.

"Informamos que os guerrilheiros-delegados deram respaldo unânime ao acordo de paz. A guerra acabou. Viva a Colômbia, viva a paz", disse Luciano Marín Arango, também chamado de Iván Márquez, que foi o líder da negociação com o governo de Juan Manuel Santos.

Os líderes estavam reunidos no 10ª Conferência Nacional que foi realizada, pela última vez, de maneira ilegal.

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O acordo de paz entre as Farc e a Colômbia coloca fim a um conflito de 52 anos, que é considerado um dos mais antigos e sangrentos da América do Sul.

Com a ratificação, está mantida para a segunda-feira (26) a cerimônia de assinatura do acordo entre ambas as partes.

Países na rota dos balcãs tentam evitar novo fluxo imigratório

Posted: 24 Sep 2016 12:25 PM PDT

VIENA (Reuters) - Países europeus na rota usada por mais de um milhão de imigrantes para chegar ao continente no ano passado concordaram neste sábado em se concentrar nas maneiras mais factíveis de se evitar outro fluxo imigratório do que nas grandes questões que dividem a União Europeia, disse a Áustria. 

Viena fez uma cúpula de nações junto à rota dos Balcãs, tentando pressionar membros da União Europeia a atuar mais rápido sobre a crise migratória que tem causado grandes divisões no bloco e abalado políticas nacionais em muitos países. 

"Estamos nos focando em onde podemos alcançar alguma coisa e implementá-la com mais força", disse o chanceler austríaco, Christian Kern, em coletiva de imprensa após a reunião.

A Áustria e seus vizinhos dos balcãs enfureceram Atenas ao apresentar conjuntamente restrições em suas fronteiras em fevereiro, medida que fechou essa rota, deixando milhares de pessoas em território grego e minando pedidos da Alemanha por uma ação coordenada da UE.

Tensões com Alemanha e Grécia se aliviaram desde então, parcialmente porque um acordo entre a UE e a Turquia desacelerou o fluxo de imigrantes para dentro da Grécia. Tanto a chanceler alemã, Angela Merkel, quanto seu colega grego foram à Áustria.

Trabalhar para implementar totalmente esse acordo, incluindo um impasse sobre a questão de exigência de vistos de viagem para turcos, foi um três tópicos das conversas, disse Kern.

(Por Francois Murphy, Shadia Nasralla e Alexandra Schwarz-Goerlich)

Mesmo sem Messi, Barcelona goleia Sporting por 5 a 0

Posted: 24 Sep 2016 11:04 AM PDT

BARCELONA (Reuters) - Luiz Suárez abriu o placar aos 29 minutos e Neymar marcou dois no fim da partida, na vitória do Barcelona sobre o Sporting Gijon por 5 a 0 neste sábado, em um jogo sem participação de Lionel Messi, afastado por conta de lesão.

O Barcelona, que empatou em 1 a 1 com o Atlético de Madri na quarta-feira, quando Messi sofreu uma lesão que o tirou de campo por três semanas, juntou-se ao Real Madri no topo da tabela, com 13 pontos. Mas o Real pode tomar novamente a dianteira quando jogar com o Las Palmas ainda neste sábado. 

Após início de jogo monótono, Arda Turan armou jogada para Suárez, que driblou o goleiro Iván Cuéllar e abriu o placar. Rafinha cabeceou após cruzamento de Sergio Roberto perto da trave e fez o segundo três minutos depois.

O capitão do Sporting, Alberto Lora, tomou um segundo cartão amarelo perto de 30 minutos do segundo tempo após uma entrada em Sergio Roberto e foi expulso.

Com apenas nove minutos para o fim, Paco Alcácer deu um chute cruzado e Neymar aproveitou o rebote para marcar.

Sergi Roberto fez sua segunda assistência na partida com um cruzamento para Turan, que marcou o quarto gol do Barça de cabeça a cinco minutos do fim. Dois minutos depois, Neymar fechou o placar com um chute de curta distância. 

O técnico Luis Enrique, que nesta semana frisou necessidade de usar todos os seus jogadores durante o concorrido calendário do clube nesta temporada, incluindo na partida de quarta-feira pela Liga dos Campeões contra o Borússia Moenchengladbach, fez cinco mudanças em relação à equipe que jogou contra o Atlético. 

Turan começou junto a Neymar e Suárez no ataque, ao passo que Javier Mascherano, Jordi Alba, Ivan Rakitic e Andrés Iniesta foram deixados no banco. 

(Por Adriana Garcia)

Saída do Reino Unido da União Europeia “cria alguma incerteza”, diz embaixador

Posted: 24 Sep 2016 10:44 AM PDT

Com saída da UE, relações do Reino Unido com o Brasil devem se estreitar Thinkstock

Exatos três meses após a apertada decisão da população do Reino Unido de deixar a União Europeia, começam a ficar claras as consequências do que ficou conhecido por ´Brexit' (Britain Exit). Uma delas é que o processo do 'divórcio' será longo, não deve terminar em menos de dois anos e deve trazer alguma incerteza já que não se sabe como ficarão as relações comerciais do Reino Unido com o bloco. Essa é a avaliação do embaixador do Reino Unido no Brasil, Alex Ellis, que recebeu o R7 para uma entrevista na residência oficial da Embaixada em Brasília. 

O prazo do processo de saída começa a contar assim que o Reino Unido acionar o artigo 50º do Tratado de Lisboa, o que segundo o embaixador não acontecerá neste ano. O artigo trata da saída voluntária de um Estado da União Europeia e desencadeará as negociações para estabelecer as condições para a saída. As negociações e a finalização do processo devem durar dois anos.

Nestes três meses desde o referendo, cujo resultado surpreendeu até ao embaixador, a avaliação do diplomata é que o Reino Unido mostrou que tem um sistema político eficiente, já que reagiu rapidamente à decisão de ruptura, e que um desastre econômico não aconteceu, apesar de algumas previsões iniciais.

Carismático, comunicativo e fluente em português, o embaixador falou ainda da pressão da crise dos refugiados na Europa, dos avanços das relações entre Brasil e Reino Unido e das surpreendentes conclusões de brasileiros que vão ao Reino Unido para estudar ou conhecer: "Ficam surpresos pelo nível de inovação do País, já que temos uma imagem de país conservador. E além disso se surpreendem porque somos muito mais calorosos do que vocês acham que somos".

Para Ellis, o símbolo do seu país é o cantor David Bowie, morto em janeiro deste ano: "Bowie tem uma excentricidade avant-garde [de vanguarda], e ao mesmo tempo consegue alcançar uma audiência em massa. Então há uma combinação entre tradição e inovação muito interessante [na cultura britânica]."

Leia abaixo a entrevista completa, concedida na varanda da residência oficial da Embaixada, com pontualidade britânica. A reportagem foi recebida com chá, uma tradição, às 17h.

R7- Como está sendo esse processo de saída da UE após um resultado, que para muitos foi surpreendente, e teve uma pequena diferença de votos? É possível fazer uma análise mais clara agora que se passaram três meses do referendo?

Para Alex Ellis, resultado do referendo mostrou resiliência britânica Divulgação

Alex Ellis - Foi uma surpresa o resultado. Foi uma campanha dura, o resultado foi mais ou menos 52% a 48%. É normal você ter uma divisão. Quando você tem voto é assim. Não é tanto uma questão da diferença de votos mas a como você reage as consequências de voto. Primeiramente teve uma consequência política, e o primeiro-ministro David Cameron se demitiu na manhã seguinte. Claro que a vontade do povo britânico mostrou que o mandato tinha que ser entregue, nas palavras dele, já que ele não era a pessoa adequada a dar o próximo passo. Depois, dentro de duas semanas houve um novo primeiro ministro, Theresa May. Então isso mostra que no curto prazo nosso sistema político é muito eficiente. Reage, responde às circunstâncias, então só levou duas semanas para ter uma transformação política.

Houve ainda uma primeira reação econômica em termos dos mercados com a desvalorização da moeda de mais ou menos 10%, 12%, e ao mesmo tempo uma reação de política monetária do Banco da Inglaterra com uma redução pequena da taxa de juros. Então realmente as previsões de desastre não aconteceram. Ou seja mostra a resiliência econômica também, além de política.

Quem não acompanha esse assunto de perto acha que o Reino Unido já deixou a União Europeia. Qual é a previsão do fim desse 'divórcio'?

Agora que se passaram esses três meses o processo de renegociação com a União Europeia vai demorar. Não vai passar num dia só. Há um entendimento da parte dos outros membros da UE (União Europeia) que será necessária uma boa preparação antes de começarem as negociações, entendo que vai demorar algum tempo.

As negociações, em princípio, duram dois anos. Isso nunca foi feito antes. Nunca um país saiu. Houve parte de um país, a Groenlândia, que saiu da União Europeia, mas nunca um país inteiro. Então isso é uma novidade, algo que nunca foi feito. O relógio começa a mexer quando entregamos oficialmente o pedido de sair. E isso ainda não foi feito. Quando exatamente vamos fazer isso ainda não sei, mas não será esse ano. Então vai demorar algum tempo.

E quais serão as consequências econômicas após o fim do 'divórcio'?

As consequências econômicas estão por vir. Isso cria alguma incerteza, porque não sabemos exatamente como será a relação com a União Europeia depois de sair, pois houve um ligeiro rebaixamento das previsões econômicas para o ano que vem, mas não é dramático.
E você tem um desejo claro de parte do governo britânico de focar ainda mais nas relações com o Brasil. O chanceler José Serra e o chanceler britânico Boris Johnson tiveram um breve encontro no início da semana em Nova Iorque e os dois falaram desse desejo de aproximar as relações.

Então a reação inicial [do Brexit] é de resiliência, no médio prazo é de pensar, refletir a avançar nas relações de países como o Brasil.

O Brexit pode ser votado novamente no parlamento?

Isso é outra questão. Como Cameron disse, a vontade do povo britânico é um mandato que tem que ser respeitado, então temos que respeitar. Vai ter sempre ter uma divisão na parte política, mas tem que haver respeito às urnas. A participação da população na votação foi alta, 73%, mais alto do que nas eleições gerais. Não temos voto obrigatório. Então temos que respeitar o resultado e pensar, refletir e avançar. Mas isso vai demorar algum tempo.

A crise dos refugiados está diretamente ligada a essa questão já que houve na campanha pelo Brexit uma discussão grande sobre isso. Você não concorda?

Não. Porque não é só uma questão de refugiados. Há a questão da migração e a questão dos refugiados. São questões diferentes. O nível de refugiados está aumentando rapidamente, mas não é tão grande. O nível de migração é muito maior. Foi um elemento entre vários de campanha [do referendo] sem dúvida nenhuma. A Theresa May [primeira-ministra] falou nas Nações Unidas na Assembleia Geral sobre isso. Sobre refugiados, o Reino Unido é o segundo maior doador do mundo de assistência humanitária. Até este momento são quase dois bilhões de dólares de ajuda monetária, o que é significativo. Também somos um grande doador para que em campos refugiados, no Líbano, Jordânia e Turquia, os refugiados possam educar os seus filhos, tenham saúde e emprego nos campos. Porque em parte, quem aproveita desses refugiados são criminosos que querem fazer um tipo de contrabando desses refugiados para países mais ricos. No fim você tem que tentar resolver a questão da Síria.

Na sua opinião, o Reino Unido e a Europa como um tudo estão agindo corretamente em relação aos conflitos em países da África e na Síria. A ação humanitária e militar nos locais em guerra estão sendo efetivos?

Nossa ação humanitária sim. A ação política depende muito do regime de Assad. Afinal quem vai decidir pelo fim da guerra na Síria são os sírios. Principalmente o regime de Assad.

Fica todo mundo de mãos atadas?

Atadas não vou dizer, mas o principal ator é o próprio regime. Então se você tem incidentes como ataques a um comboio de ajuda alimentar, não ajuda. A solução tem que ser política, afinal. E tem que ser uma transição para um governo que os próprios sírios respeitem. Então é uma solução difícil. Mas é bom lembrar que os refugiados não vêm só da Síria, há outros países como a Eritreia, que passam pela Líbia. Um país onde já houve alguns avanços, mas são obras de uma década, pelo menos, como está sendo no caso do Afeganistão. Mas somos um enorme doador e queremos avançar o debate sobre refugiados.

E sobre a migração?

Theresa May também falou sobre isso. Eu acho que qualquer país tem que ter uma sensação de controle. Houve um número pessoas que foram forçadas a sair das suas casas [refugiados], agora são 65 milhões, isso é a população do Reino Unido. Isso é um problema crescente. E você tem que ter política para refugiados, aceitar os refugiados. Nós recebemos 20 mil, com foco em crianças da Síria. E você tem que ter política para distinguir um refugiado de um migrante econômico. Migrante econômico é algo normal. Podemos citar o exemplo do meu país. A porcentagem de meu país que nasceu fora do Reino Unido é de cerca de 14%. E isso duplicou nos últimos vinte anos. E a porcentagem das pessoas em Londres, que são nascidas fora do Reino Unido é de 37%. É o mais alto do que qualquer cidade grande do mundo. É preciso ver que a migração acontece. Mas a sensação de não ter controle sobre as fronteiras é uma sensação perigosa.

Então novamente você acredita que isso possa ter afetado o resultado do Brexit, essa sensação de insegurança dos britânicos?

Não posso dizer que uma coisa causou outra. Isso é o seu papel. É evidente que Theresa May falou na necessidade de mostrar ao povo britânico que há a necessidade de termos sensação de controle das nossas fronteiras.

O senhor completou três anos aqui no Brasil, e deixará o posto na Embaixada no meio do ano que vem. Como avalia a sua atuação, conquistas?

É um pouco cedo para fazer balanço. Mas eu diria que até 1914 as relações entre os nossos países eram muito próximas em termos humanos e econômicos. O Reino Unido era o maior parceiro comercial do Brasil, em parte porque Reino Unido era a maior potência do mundo. E em termos humanos também. O meu bisavô nasceu aqui no Brasil, no Rio, meu trisavô teve uma grande empresa no Rio e em São Paulo. Então isso era bastante típico. Então era bastante normal este fluxo humano. Mas a partir da primeira Guerra Mundial e mais para a segundo guerra mundial o Brasil e o Reino Unido viraram um pouco as costas um para o outro. Houve uma transformação dessa relação nos últimos quinze, vinte anos. Porque o Brasil começou a se reimpor no mundo e o Reino Unido começou a se reintegrar com o Brasil. E isso nos últimos anos houve uma forte e rápida internacionalização do Brasil. De uma base muito baixa, muito pequena, para um País que não é muito internacional. Nós triplicamos o número de estudantes brasileiros para o Reino Unido. O fluxo comercial aumentou 70% em cinco anos e houve um forte aumento de pesquisa conjunta científica. E houve um aumento do investimento brasileiro no Reino Unido, que também tinha uma base muito baixa. Aumentou muito, pausou um pouco nos últimos dois anos por problemas internos do Brasil, mas não depreciou. O número de estudantes aumentou, em função do Ciência sem Fronteiras. E o investimento aumentou e o fluxo comercial não baixou. Tudo isso para dizer que não houve volta para trás.

Agora temos um novo contexto político, com o novo governo de Temer e o novo governo de Theresa May é um momento para recomeçar esse processo de reaproximação, quer em termos humanos, quer em termos econômicos também. E espero que as Olimpíadas e Paraolímpiadas possam contribuir para isso também.

Se o senhor fosse formular uma pergunta que os repórteres não te fazem e você acha que deveriam porque acha importante falar, qual seria?

Normalmente eu consigo dizer mesmo quando eles não perguntam... Mas uma coisa que surpreende quando eu vou para alguma cidade no Brasil falar com estudantes do Ciências sem Fronteiras e pergunto o que eles acham do País [Reino Unido]. E a primeira resposta, que não me surpreende, é 'It works', ou seja, tudo funciona.

Temos toda uma estrutura em volta da educação que funciona bem, serviços públicos que funcionam bem. Mas isso não é surpresa, porque é verdade.

E eles ficam surpresos pelo nível de inovação do País. Temos uma imagem de país conservador. Por causa da monarquia, castelos etc. Ser um país tão inovador surpreende um pouco. O símbolo para mim para o meu país é o David Bowie que tem uma excentricidade avant-garde, e ao mesmo tempo consegue alcançar uma audiência massiva. Então há uma combinação entre tradição e inovação muito interessante. E além disso é que somos muito mais calorosos do que vocês acham que somos.

Mas você não é um embaixador tradicional, é mais expansivo.

Não mas não sei bem o que isso quer dizer. Como é um embaixador tradicional? E acho que os estudantes brasileiros que vão para o Reino Unido acham que nós somos mais calorosos. Diferente em algumas coisas dos brasileiros, claro, respeitamos muito a privacidade, mas somos bastante calorosos. Mas como eu digo sempre 'come and see for yourself' [Venha e veja com os seus próprios olhos].
Para lembrar de uma pequena vantagem do voto pela saída da União Europeia, é que a nossa moeda está um pouco menos forte.

E nós brasileiros vamos poder viajar mais para o Reino Unido

Exatamente.

Mansueto critica partidarização do debate sobre reforma previdenciária

Posted: 24 Sep 2016 09:44 AM PDT

Reforma deve respeitar o direito adquirido, segundo o secretário Everton Amaro/Fiesp

Diante do acirramento das críticas às propostas de alteração na legislação previdenciária, o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, criticou a partidarização do debate em torno da Reforma da Previdência.

Ele usou hoje (24) a rede social para passar o recado de que não haverá mudanças para as pessoas que já estão aposentadas. Num texto postado no Facebook, disse que o medo do debate é sinal de fraqueza é desonestidade.

Na publicação, em sua página pessoal, o secretário diz que há algumas pessoas que insistem em "deturpar o debate", querendo discutir casos de pessoas que já se aposentaram. "Isso não está no debate", afirmou Mansueto, que preferiu não fazer uma referência direta a partido os grupos específicos.

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Segundo ele, a Reforma da Previdência deve sempre respeitar o direito adquirido. "Ou seja, não muda nada para pessoas já aposentadas", insistiu.

Na sua avaliação, a tentativa de confundir a opinião pública é ruim para a boa discussão de políticas públicas. "Não sei se algumas pessoas fazem isso por maldade ou por desconhecimento. Se for por desconhecimento, tudo bem", disse, acrescentando que quem vai decidir se haverá ou não Reforma da Previdência são os brasileiros. E fez uma alerta: "Mas se a decisão for não fazer reforma da previdência, todos devem ficar cientes que os próximos governos terão que aumentar a carga tributária."

Ele citou estudo feito por técnicos do Ministério da Previdência que mostra que, sem uma reforma nas regras de concessão dos benefícios, será preciso aumentar tributos em 10% do PIB - R$ 680 bilhões - até 2060 apenas para pagar as aposentadorias e pensões.

O secretário aproveitou para alfinetar o PT ao ressaltar que essas projeções foram feitas pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Os números estão no anexo do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017, PLDO 2017, encaminhado, em maio deste ano, pela administração anterior ao Congresso Nacional.

"O debate da reforma da previdência não deve ser partidarizado. Devemos como sociedade ter o amadurecimento de debater qualquer política pública e decidirmos o que deve ou não ser feito", afirmou.

Mansueto, que é um dos principais auxiliares do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou que a proposta é importante e necessária para o Brasil voltar a crescer de forma consistente. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria um teto do gasto e as mudanças nas regras das aposentadorias são os dois pilares da política econômica do ministro Meirelles.

O foco dessa política é o ajuste das contas públicas para barrar a trajetória de crescimento explosivo da dívida pública. Depois de reuniões no Palácio do Planalto, a estratégia do governo tem sido melhorar a comunicação em torno das propostas de reforma.

Ataque de militantes mata 12 pessoas em cidade do Iraque, dizem fontes

Posted: 24 Sep 2016 07:45 AM PDT

TIKRIT, Iraque (Reuters) - Doze pessoas foram mortas neste sábado quando militantes atacaram um posto da polícia ao norte de Tikrit e detonaram um carro-bomba na entrada da cidade, informaram fontes policiais e militares do Iraque. 

Ninguém reivindicou imediatamente responsabilidade pelo ataque, o primeiro do tipo desde que a cidade, a 150 quilômetros ao norte de Bagdá, foi retomada do controle do Estado Islâmico em abril de 2015. 

Um militante foi morto em um posto de controle após matar quatro policiais no ataque, de acordo com fontes da polícia e do Comando de Operações Salahuddin, responsável pela segurança da área.

Dois outros militantes continuaram a avançar para os limites da cidade e detonaram explosivos em seu veículo, matando oito pessoas e ferindo 23, disseram fontes. 

Uma fotografia não verificada compartilhada nas redes sociais mostrou duas colunas de fumaça no céu perto dos arcos do portão da cidade.

Após os ataques, a polícia aumentou a segurança em Tikrit, que já possuía algumas das medidas de segurança mais restritivas após a retomada por forças iraquianas no ano passado. Ainda não estava claro se outros agressores estavam a solta na região.

Militares, nesta semana, retomaram o distrito de Shirqat, 100 quilômetros ao norte de Tikrit, do controle do Estado Islâmico, em preparação para um avanço sobre a cidade de Mosul, mais ao norte, previsto ainda para este ano.

(Por Ghazwan Hassan)

Militantes nigerianos no Delta do Níger reivindicam 1° ataque contra hub de energia desde cessar-fogo

Posted: 24 Sep 2016 07:23 AM PDT

LAGOS (Reuters) - O grupo militante nigeriano Vingadores do Delta do Níger informou neste sábado ter realizado seu primeiro ataque no hub de energia do sul do país desde que declarou, em agosto, estar cessando hostilidades para negociar com o governo.

Os militantes, que disseram ter atacado a linha de exportação de petróleo Bonny, na noite de sexta-feira (horário local), haviam lançado ataques, nos meses anteriores, que chegaram a cortar em um terço a produção petrolífera, que foi de 2,1 milhões de barris de petróleo por dia no começo do ano.

Em um comunicado em seu website, o grupo informou que "derrubou as atividades de produção de petróleo" na linha de Bonny, através de sua "equipe de ataque". A Reuters não conseguiu imediatamente verificar os detalhes de forma independente.

Os Vingadores, que querem que uma parcela maior das riquezas de petróleo da Nigéria vá para o Delta do Niger, onde a maior parte da commodity é produzida, disseram que o ataque foi um "alerta" para o governo, o qual acusaram de intimidar jovens na região desde que o cessar-fogo começou.

"Embora nos tivesse sido prometido que as preocupações do Delta do Níger seriam atendidas quando a trégua fosse declarada, as atividades do governo e seus agentes não têm sido afirmativas o suficiente, não tem havido progresso", disse o grupo.

Tecnologia reduz efeito de greve nos bancos

Posted: 24 Sep 2016 07:15 AM PDT

Paralisação dos bancários começou no dia 6 de setembro Rovena Rosa/Agência Brasil

A greve dos bancários caminha para ser uma das mais extensas da história do sistema financeiro. Os bancos estão mais duros na negociação, prevendo que os lucros tendem a encolher pela primeira vez em décadas, reflexo da crise que elevou os calotes e exigiu aumentos nas provisões para devedores duvidosos. O impacto da paralisação nos resultados, porém, é cada vez menor, por causa da digitalização das transações, via computadores e do celulares.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) destacou, em nota ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o uso de canais alternativos às agências bancárias para fazer operações, especialmente os meios eletrônicos, têm sido eficazes para minimizar os efeitos da greve. Juntos, os chamados internet banking, pelo computador, e mobile banking, via celulares e tablets, respondem por mais da metade das transações bancárias (54%).

"O internet banking foi o canal responsável pelo maior número de transações em 2015, com 33% do total, o equivalente a 17,7 bilhões de operações bancárias. As contas com internet banking saltaram de 56 milhões, em 2014, para 62 milhões no ano passado", diz a Febraban.

Greve dos bancários completa duas semanas e fecha mais de 13 mil agências em todo o País

O executivo de um grande banco, que não quer ser identifico, confirma que a tecnologia alivia cada vez mais o impacto da greve. "Essa greve gerou menos impacto por conta da utilização de canais digitais, que está muito forte. Depósito em cheque basicamente acabou. Todo mundo hoje tem um smartphone e a utilização dos canais digitais tem crescido geometricamente em todos os bancos."

No ano passado, as transações bancárias pelo mobile banking cresceram 138% ante 2014, totalizando 11,2 bilhões de operações, segundo a Febraban. Conseguiu, com isso, ser o segundo canal mais usado, atrás apenas do internet banking. Em algumas instituições, conforme fontes, o mobile já galgou a liderança nos meios utilizados para transações bancárias.

Após cinco rodadas de negociações e sem consenso entre bancários e banqueiros, a paralisação completou 18 dias nesta sexta-feira (23). Na próxima segunda-feira (26), passará a ter a mesma duração da mobilização no ano passado, de 21 dias. Pode se tonar a mais longa dos últimos anos, superando a de 2013, quando os trabalhadores do sistema cruzaram os braços por 24 dias, segundo contabilizou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores).

O sindicato estima a participação de 60 mil trabalhadores. No total, 16 centros administrativos e 780 agências foram fechadas ontem. Apesar do eventual recorde, os bancos, conforme fontes, tendem a não oferecer um reajuste maior do que o concedido em 2015. No ano passado, a categoria reivindicou 16%, mas o reajuste ficou em 10%, com correção de 14% no vale-refeição e alimentação.

Neste ano, a diferença está ainda maior. Os bancos oferecem 7% (o que leva a 2,39% de perda salarial) e um abono de R$ 3,3 mil. Os bancários pedem o dobro, aumento de 14,78% (ganho real de 5%, considerando a inflação). A contraproposta, porém, foi rejeitada e nas duas últimas reuniões realizadas, nos dias 13 e 15 de setembro, não houve mudanças.

"Claramente, os bancos estão mais duros este ano e a diferença entre os pedidos é alta. O sindicato vai ter de ceder, mas a categoria vai testar ao máximo", avalia um analista que acompanha o setor bancário.

Do lado dos bancos, não há a expectativa de que o acordo salarial eleve os custos. Na avaliação de um executivo, ainda que o aumento fique acima do orçado pelas instituições, será possível compensar com corte de custos, o que inclui até corte de funcionários. Os bancos têm sido rigorosas no controle de gastos. O Bradesco revisou para baixo a sua projeção de despesas operacionais - de 4,5% a 8,5% passou para o intervalo de 4% a 8%. O Itaú Unibanco também refez seus cálculos. As despesas não decorrentes de juros da instituição devem crescer de 2,0% a 5,0% em 2016.

Reforma no ensino médio deve também mudar vestibulares

Posted: 24 Sep 2016 06:48 AM PDT

Reforma no ensino médio foi anunciada na quinta-feira Reprodução Fotos Públicas

O reflexo que a reforma do ensino médio pode ter sobre os vestibulares e o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) está causando discussão entre os especialistas. A expectativa é de que os processos seletivos acabarão sofrendo alguma mudança, mas ainda não está claro qual.

Para Zacarias Gama, coordenador de núcleo de gestão e avaliação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o Enem terá de ser repensado. "Vai ter de ser adaptado às áreas criadas pelo governo. E os vestibulares também. Do contrário, haverá uma onda de cursinhos com grande vigor", diz.

Francisco Soares, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), de fevereiro de 2014 a março deste ano, afirma que, quando o Enem se estabeleceu como o principal processo seletivo do ensino superior no País, acabou se criando um "padrão único" para a saída do ensino médio.

"Todo mundo estuda o que cai no Enem, o que é ruim, porque obriga todos os alunos a aprenderem determinadas coisas com as quais nem todos se relacionam. Agora, com as novas trilhas, a prova vai ter de refletir uma nova base comum, de boa qualidade."

Novo ensino médio enfrenta resistências; matérias obrigatórias ampliam polêmica

Já Vera Lucia da Costa Antunes, coordenadora pedagógica do Objetivo, acredita que não dever haver mudança. "O que os alunos vão aprender como base comum é o que o Enem já cobra e é também o que já aparece na primeira fase da Fuvest. Uma grande revisão no final do 3.º ano resolve. Já a etapa de especialização vai servir para a segunda fase."

Novo ensino médio enfrenta resistências; matérias obrigatórias ampliam polêmica

Posted: 24 Sep 2016 06:11 AM PDT

Medida Provisória causou polêmica e foi anunciada na quinta-feira Marcos Santos/USP Imagens

A Medida Provisória que reformula o ensino médio — publicada nesta sexta-feira (23) no Diário Oficial da União — já enfrenta resistências no Congresso, nos Estados e no Ministério Público. Além disso, apesar dos diversos esclarecimentos do MEC (Ministério da Educação), continuam as polêmicas sobre as disciplinas que serão obrigatórias. As dúvidas sobre implementação do modelo persistem, com alunos de escolas paulistas já falando até em ocupações, como as que aconteceram em 2015. O MEC ressaltou que o novo modelo, como foi informado anteontem, é opcional — ou seja, ninguém está obrigado a adotá-lo.

Ontem, a MP publicada manteve os trechos que tratam das disciplinas de Artes e Educação Física, sem citar nominalmente a obrigatoriedade dessas matérias no novo currículo — o que havia repercutido negativamente anteontem. O MEC garante, no entanto, que elas vão permanecer em caráter indispensável pelo menos até a definição da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que ocupará a primeira metade do ensino médio. A segunda metade poderá ser flexibilizada em cinco ênfases.

O secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli da Silva, alegou que o "mal entendido" em torno da dispensa das duas disciplinas foi porque a pasta distribuiu aos jornalistas versão preliminar da MP, e não a redação final, que ainda precisava de "ajustes técnicos". Em nota de esclarecimento, ele afirma que "não está decretado o fim de nenhum conteúdo, de nenhuma disciplina".

Reformular ensino médio por MP é 'pouco democrático', afirma Ministério Público

A secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, foi ontem na mesma linha e ressaltou que as mudanças ainda serão discutidas com secretários estaduais de Educação e professores. Estão previstos seminários para tratar do tema nos próximos dois meses. "O que nós teremos é uma nova Base Nacional Curricular Comum que será discutida e depois encaminhada ao Conselho Nacional de Educação, para aprovação no ano que vem." A secretária participou, no Rio, da terceira edição do Educação 360, encontro internacional promovido pelos jornais O Globo e Extra.

Mesmo que a MP seja aprovada no Congresso Nacional (o que deve ocorrer em um prazo máximo de 120 dias, sob pena de perder efeito), as escolas de todo o País ainda não serão obrigadas a se adequar ao modelo proposto. As redes são livres para oferecer todas as ênfases — Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática ou Ensino Técnico -, apenas algumas ou até mesmo nenhuma. Neste último caso, de acordo com a secretária executiva do MEC, a única exigência da pasta será o cumprimento da base nacional.

O Congresso deverá reunir um dos focos de resistência à reforma. A primeira reunião da comissão mista formada por deputados e senadores para debater a agora chamada MP 746 deve acontecer na semana após as eleições municipais. Ex-ministro da Educação, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) procurou a líder do governo no Congresso, senadora Rose Freitas (PMDB-ES), para pleitear a relatoria do tema.

Brasil terá novo currículo para todas as escolas

Professores pedem mais participação em currículo nacional e inclusão de política, sexualidade e gênero

Mas os partidos de oposição já anunciaram que farão obstrução a qualquer análise. A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) disse que o bloco vai trabalhar para que o governo retire o texto e retome o debate via projeto de lei. Já o relator do projeto que tramitou na comissão especial da Câmara e está aguardando votação no plenário desde o fim de 2014, o deputado Wilson Filho (PTB-PB), destacou que as MPs sempre estão sujeitas a modificação. Ele ressaltou que o tema estava esquecido no Congresso. "Há muito tempo todo mundo vem protelando. A MP não é o melhor caminho, mas coloca todo mundo para debater", disse.

O Ministério Público Federal também considerou "pouco democrático" o processo. Em nota sobre o tema, a procuradoria federal dos Direitos do Cidadão critica a decisão do governo e sustenta que as mudanças precisam de "segurança jurídica", sem descartar a "eventual adoção de medidas" judiciais.

Às críticas sobre a escolha da medida provisória como "atalho" para concretizar a reforma do ensino médio, o ministro da Educação, Mendonça Filho, tem respondido que as mudanças "não nasceram de forma impositiva", mas foram discutidas e avalizadas pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação, além de ter por base o conteúdo do projeto de lei que tramita no Congresso Nacional sobre o mesmo tema.

Polícia procura homem que matou 5 pessoas em shopping de Washington

Posted: 24 Sep 2016 06:08 AM PDT

(Reuters) - A polícia do Estado norte-americano de Washington realizava neste sábado uma caçada a um atirador que abriu fogo em um shopping, matando cinco pessoas.

Um homem entrou no Cascade Mall, em Burlington, Washington, a cerca de 105 km de Seattle, e começou a atirar por volta das 19h de sexta-feira, disse o porta-voz da patrulha do Estado de Washington, Mark Francis, no Twitter.

Quatro mulheres foram mortas no ataque na loja de departamento Macy´s do shopping, afirmou Francis ao New York Times. Um homem que foi levado para um hospital local com ferimentos graves morreu durante a noite, declarou Francis em um comunicado na manhã deste sábado.

Francis disse no Twitter que a polícia e equipes de resgate trabalharam cuidadosamente na área do shopping, liberando lojas e retirando alguns clientes que, segundo a imprensa local, se trancaram em provadores.

Autoridades locais procuraram durante toda a noite pelo atirador, que se acredita estar armado com um rifle, e alertaram os moradores a permanecer dentro de suas casas.

"Uma tragédia atingiu Washington nesta noite. Nossos corações estão em Burlington", disse o governador Jay Inslee no Twitter.

(Reportagem de Brendan O'Brien em Milwaukee e Jonathan Allen em Nova York)

Eike entrega ao MPF agenda de reunião com Mantega

Posted: 24 Sep 2016 06:06 AM PDT

Eike entregou documentos sobre o pedido de R$ 5 milhões para o PT que teria sido feito pelo ex-ministro Guido Mantega Luis Macedo/17.11.2015/Câmara dos Deputados

O empresário Eike Batista entregou documentos ao MPF (Ministério Público Federal) para comprovar o que disse em depoimento, em 20 de maio, sobre o pedido de R$ 5 milhões para o PT que teria sido feito pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e sobre o repasse para o marqueteiro do PT João Santana em conta secreta na Suíça. O depoimento do empresário baseou a 34ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Arquivo X, deflagrada anteontem e que prendeu temporariamente o ex-ministro. A prisão foi revogada na tarde do mesmo dia.

Ex-controlador da empresa de construção naval OSX, o empresário entregou documentos como a agenda oficial com o ex-ministro, em Brasília, o registro de voo, contratos falsos firmados com empresas de Santana e os comprovantes de transferência de uma conta sua no exterior para a conta do casal João Santana e Mônica Moura em nome da offshore Shell Bill Finance — de US$ 2,3 milhões, em 2013.

Além da agenda com o registro do encontro oficial com Mantega no dia 1º de novembro de 2012, o empresário entregou o registro do voo usado por ele para se deslocar até Brasília.

Eike procurou o MPF depois de um delator da Lava Jato ter apontado propinas e fraudes na licitação das plataformas P-67 e P-70, vencidas pelo Consórcio Integra Offshore (formado pela Mendes Júnior e OSX Construção Naval) — negócios de US$ 922 milhões, assinado em 2012. O delator era Eduardo Musa, ex-gerente da Diretoria de Internacional da Petrobrás, área responsável pelo contrato, até 2009, e diretor da OSX na época do fato.

Em maio deste ano, outro ex-executivo da OSX confirmou aos investigadores da força-tarefa as fraudes, deu o caminho do dinheiro da propina e citou que Eike Batista sabia e discutiu o assunto.

Eike Batista sabia de pagamento de propinas em obras de plataformas da Petrobras

O empresário negou a propina, mas, no entanto, a versão não convenceu o juiz federal Sérgio Moro. Em seu despacho que autorizou a deflagração da 34ª fase da Lava Jato, Moro ressaltou que "Eike Batista negou que o depósito de USD 2.350.000,00 tivesse relação com o contrato obtido pelo Consórcio Integra, tratando-se de doação eleitoral".

"O problema é que a transferência de recurso foi feita por meio subreptício, através de contas secretas mantidas no exterior e com simulação de contratos de prestação de serviço, meio bem mais sofisticado do que o usual mesmo para uma doação eleitoral não contabilizada", observou Moro. "Além disso, seu interlocutor teria sido o então Ministro da Fazenda, a quem não cabe solicitar doações eleitorais ao partido do governo, ainda mais doações subreptícias."

O magistrado ressaltou ainda que o repasse foi feito a Santana em 16 de abril de 2013, "ano no qual não houve eleições". "E mesmo considerando a data da solicitação, 1º de dezembro de 2012, igualmente após as eleições municipais daquele ano."

A reportagem não conseguiu localizar ontem o advogado José Roberto Batochio, que defende Mantega. Anteontem, Batochio afirmou que seu cliente "jamais pediu propinas ou recursos para partido político". Ainda segundo o advogado, o ex-ministro disse a ele que "nunca conversou" com o empresário Eike Batista.

Veja fotos da operação da PF que prendeu Guido Mantega:

TCU propõe bloquear bens de Dilma por prejuízos com Pasadena

Posted: 24 Sep 2016 05:31 AM PDT

Dilma pode ser responsabilizada pelos prejuízos de Pasadena Roberto Stuckert Filho/06.09.2016/PR

Relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) pede que ex-integrantes do Conselho de Administração da Petrobrás, entre eles a ex-presidente Dilma Rousseff, sejam responsabilizados e tenham os bens bloqueados por perdas na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

É a primeira vez que o setor de auditoria da corte propõe tornar indisponível o patrimônio dos ex-conselheiros por prejuízos no negócio, investigado na Operação Lava Jato.

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A área técnica do tribunal analisa a culpa de Dilma e de outros ex-membros do colegiado também nas maiores obras da estatal.

O parecer obtido pelo Estado foi concluído no último dia 19 e é subscrito pelo chefe da Secretaria de Controle Externo da Administração Indireta do TCU no Rio de Janeiro (Secex Estatais) Luiz Sérgio Madeiro da Costa. Ele divergiu de auditora que avaliou a transação e, dias antes, havia reiterado entendimento do tribunal de isentar o conselho, aplicando sanções apenas a ex-dirigentes que tinham funções executivas. Desde 2014, ex-diretores da companhia têm os bens bloqueados.

Dilma era ministra da Casa Civil do governo Lula e presidente do Conselho de Administração em 2006, quando foi aprovada a aquisição dos primeiros 50% da refinaria. O secretário pede que os ex-conselheiros sejam considerados responsáveis solidários por perdas de ao menos US$ 266 milhões (R$ 858,3 milhões). O bloqueio, inicialmente por um ano, visa a cobrir eventual ressarcimento à estatal.

Além de Dilma, estão na lista o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), os empresários Cláudio Haddad e Fábio Barbosa, o general Gleuber Vieira e o ex-presidente da companhia José Sergio Gabrielli - como integrava também a Diretoria Executiva, este último já está com os bens bloqueados. O grupo participou da reunião que aprovou a compra em 2006.

A estatal pagou, inicialmente, US$ 359 milhões ao grupo belga Astra Oil, que, no ano anterior, havia desembolsado US$ 42 milhões por 100% dos ativos. Em março de 2014, o Estado revelou que a então presidente da República votou a favor do negócio. Ela disse que só deu seu aval porque se baseou em "resumo tecnicamente falho" que omitia cláusulas das quais, se tivesse conhecimento, não aprovaria.

Após um desacordo, a Astra acionou uma dessas cláusulas, que lhe assegurava o direito de vender sua fatia em Pasadena à estatal. Em 2012, a Petrobrás pagou US$ 820 milhões pelos 50% remanescentes à empresa belga. Em 2014, ao bloquear bens de ex-diretores, o TCU concluiu que a perda total pela compra foi de US$ 792 milhões (R$ 2,5 bilhões).

Em relatório anexado a um desses processos, que traz a análise sobre a maior parte das perdas (US$ 580 milhões ou R$ 1,8 bilhão), a auditora da Secex Estatais Maria Lúcia Samico defendeu responsabilizar não só os ex-diretores já implicados em 2014, mas outros cinco ex-funcionários da Petrobrás que negociaram com a Astra. No entanto, reiterou que o conselho não tem culpa pelos prejuízos, pois não detinha as informações necessárias para antever que o negócio seria nocivo. O parecer não discute as delações premiadas da Lava Jato, entre elas a do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, informando que Dilma conhecia em detalhes a compra.

'Dever de diligência'. O chefe da secretaria contestou as conclusões. Para ele, Dilma e os demais ex-integrantes do conselho descumpriram normativos da Petrobrás e a Lei das Sociedades por Ações ao não "acompanhar a gestão da Diretoria Executiva" por meio da "análise devida das bases do negócio" e ao não solicitar "esclarecimentos mais detalhados sobre a operação", antes de autorizá-la. Com isso, argumenta ele, violaram o "dever de diligência" para com a companhia.

Os pareceres foram enviados ao relator dos processos, ministro Vital do Rêgo, e ao procurador-geral do MP de Contas, Paulo Bugarin, que vão apresentar suas considerações. Depois, o caso será pautado para julgamento. Não há previsão.