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terça-feira, 13 de setembro de 2016

#Brasil

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Mega-Sena promete prêmio de R$ 22 milhões hoje

Posted: 13 Sep 2016 08:15 PM PDT

Mega pode pagar R$ 22 mi nesta quarta Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Depois que ninguém acertou todas as dezenas do último sorteio, a Mega-Sena acumulou e deverá pagar um prêmio de R$ 22 milhões nesta quarta-feira (14), de acordo com estimativas da Caixa Econômica Federal. Os números do concurso 1.856 serão sorteados a partir das 20h25 (horário de Brasília).

No último sorteio, ninguém acertou as seis dezenas — os números sorteados foram 06, 10, 15, 24, 38 e 39. Cinquenta e cinco apostadores, porém, fizeram cinco números e levaram R$ 33,8 mil cada. Outras 4.074 pessoas acertaram quatro dezenas e faturaram R$ 652,22 cada.

Para apostar, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

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Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.

Neste caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota.

Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

"Crise levou todos os partidos para vala comum", diz Haddad

Posted: 13 Sep 2016 08:10 PM PDT

Haddad aposta que números de pesquisas ainda possam ter reviravolta Nelson Antoine/Framephoto/Estadão Conteúdo

Quando Fernando Haddad (PT) disputou a primeira eleição de sua vida, em 2012, o Brasil passava por um momento de relativa tranquilidade política. Hoje, na disputa à reeleição para a Prefeitura de São Paulo, ele tem pela frente o desafio de contornar um cenário de desgaste, tanto da administração municipal, envolvida em polêmicas que incluem fechamento de avenidas e multas de trânsito, quanto do próprio partido, cuja imagem se degradou nos últimos dois anos.

Em uma antessala do seu gabinete na prefeitura, Haddad recebeu, no último dia 5, a reportagem do R7 para uma entrevista em que falou sobre assuntos que envolvem a disputa para gerir pelos próximos quatro anos uma das maiores cidades do mundo.

O prefeito diz que gostaria de ter investido mais em obras de combate a enchentes e em habitação, mas que foi prejudicado pelo corte de verbas federais na crise. Crise essa que, segundo o petista, atingiu em cheio os gestores do Sul e do Sudeste.

Mesmo assim, ele avalia que a gestão atual teve melhor desempenho do que da ex-petista Marta Suplicy, hoje adversária. "Nós investimos 70% mais do que a administração do PT 12 anos atrás", diz.

Sobre o cenário político nacional, que pode ser decisivo para Haddad nestas eleições, ele afirma que todos os partidos políticos perderam nos últimos anos, mas que "talvez o PT tenha perdido mais" apesar de ser "muito difícil isolar essa variável das demais".

Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

R7: Como está sua rotina, uma vez que não se afastou da prefeitura para a campanha?

Fernando Haddad: Estou [dormindo menos]. Vida de prefeito já tem uma jornada... Mas está mais sobrecarregado, em função de que hoje café da manhã, almoço e noite acabaram ocupados com agenda de candidato e final de semana também. Mas sobra algum espaço para descansar.

R7: Em 2012, o senhor se elegeu como um novo homem para São Paulo. O que de fato foi renovado na cidade nestes quatro anos?

Haddad: Tem coisas mais estruturais, que são o legado mais importante e que menos visibilidade têm. Mas é o que vai equacionar o problema da cidade para o futuro: a renegociação da dívida, que caiu em menos da metade do que eu herdei; e o Plano Diretor Estratégico, elogiado até por uma figura como Major Olímpio, por exemplo. Até ele conseguiu compreender o que está em jogo. De fato, é um plano ousado, até 2030.

O pacote de obras, nós batemos recorde de investimento na cidade. Em relação à nossa última administração [PT], se comparar com a Marta [Suplicy], o investimento subiu de R$ 10 [bilhões] para R$ 17 bilhões em quatro anos. Nós investimos 70% mais do que a administração do PT 12 anos atrás, isso já em valores corrigidos. Investimos em todas as áreas: mobilidade, habitação, saúde, educação, que consomem 80% do investimento.

R7: Tem alguma área que, se houvesse mais recursos, gostaria de ter investido mais?

Haddad: Tem duas áreas que a suspensão do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] afetou. Nós poderíamos ter feito mais obras de combate a enchentes. Se bem que eu bati recorde também nisso. Nosso investimento em combate a enchentes foi o maior da série histórica, mas teria ido muito além. E habitação, nós estamos com 35 mil unidades, entre entregues e em obras. Eu tenho 20 mil em carteira aguardando há dois anos a Caixa Econômica liberar o Minha Casa Minha Vida por conta da situação do País.

R7: O senhor apareceu nas primeiras pesquisas eleitorais com 9% das intenções de voto. Qual sua estratégia para reverter esse número e, eventualmente, ir para o segundo turno?

Haddad: É que esse número é de quando não tinha nem começado a campanha. Nós vamos aguardar a evolução para saber se as pessoas estão reconhecendo o que foi feito. Quando você constrói três hospitais simultaneamente e entrega um, as pessoas têm que ver que o prefeito se preocupou com a saúde. Quando você tem 33 hospitais dia em funcionamento, 14 CEUs [Centros Educacionais Unificados] sendo construídos, 15 UPAs [Unidades de Pronto Atendimento], três já entregues, 400 creches, a velocidade do ônibus, o tempo que as pessoas ganharam, passe livre para estudante... Quando você vai mostrando isso, as pessoas começam a lembrar. Mas é uma campanha curta, o desafio é grande. O papel da campanha é ser didático, de mostrar como a cidade mudou.

R7: Se não houvesse todo esse problema nacional, se a presidente Dilma tivesse um País, digamos, sem crise, a sua situação eleitoral hoje em São Paulo seria outra?

Haddad: A campanha só começou, muita coisa vai acontecer ainda. Já tem gente dando esse retrato como o fim do filme. Vamos aguardar. Agora, o fato é que os gestores públicos, de uma maneira geral, do Sul e do Sudeste foram muito afetados pela crise. O Nordeste sofre menos, ainda se consegue preservar.

R7: A imagem do PT neste momento político prejudica a sua campanha?

Haddad: Pode até ser, mas é muito difícil isolar essa variável das demais. Em segundo lugar, eu não vejo nenhum partido que tenha se saído bem na crise. Todos ficaram em uma situação delicada perante o eleitor. A classe política em geral perdeu, talvez o PT tenha perdido mais. Até porque não se conseguiu discernir quem estava do lado do quê. Foi todo mundo para a vala comum. E não é verdade, essa vala comum é fictícia. Tem muita gente boa em todos os partidos, que pensam diferente.

R7: O senhor já pensou ou pensa em mudar de partido no futuro?

Haddad: Não.

R7: Nos últimos anos a prefeitura passou por muitas polêmicas: redução da velocidade, faixas de ônibus, ciclovias, fechamento da Paulista... As críticas foram intensificadas na sua gestão?

Haddad: O clima geral do País acabou contribuindo para uma partidarização indevida de temas que deveriam estar acima dos partidos. Mas elas gerariam polêmica em qualquer ambiente, porque são coisas novas e que geraram polêmica mesmo no mundo desenvolvido. Ainda mais em um País com uma camada da população pouco antenada.

Toda mudança cultural exige fôlego. Lembra do Carnaval de rua? Em 2013, foi muita crítica, em 2014, muita crítica. Em 2015, já melhorou e em 2016, já quase pacificou. Nós também aprendemos. Não é só que a população aceitou, tem o lado da população que vai se habituado, mas tem o lado da administração que vai se aperfeiçoando. A gente não sabia organizar Carnaval de rua. Cometemos erros, mas esses erros não poderiam significar voltar atrás.

R7: Uber e ciclovias, por exemplo, são questões que, caso reeleito, já estão superadas ou precisam ser mais discutidas com a sociedade?

Haddad: Não existe programa público que termine. É uma ilusão isso. Ter coisa por fazer é normal, tem que ter menos. Você tem que ter avançado alguma coisa. Ter ciclovia é bom, mas daqui a pouco vai faltar bicicletário, vai faltar iluminação pública na ciclovia... Toda hora vai ter uma demanda, graças a Deus.

R7: O senhor tem falado muito que a sua gestão não se comunicou da forma como talvez deveria com a sociedade e que houve redução de verbas publicitárias para não cortar gastos em áreas prioritárias. O senhor não considera que faltou um debate mais intenso quanto aos temas polêmicos, por exemplo, no caso da redução de velocidade?

Haddad: Nós somos signatários de um acordo com a Organização Mundial da Saúde. A recomendação mais forte é a fixação de um limite mais baixo de velocidade máxima. Eu acho que o problema [críticas] aconteceria de qualquer jeito. Agora, com uma coisa nós não contávamos, que todos os meios de comunicação fossem se colocar contra a medida. A gente imaginou que fosse ter uma pluralidade de opiniões e isso não aconteceu. Isso dificulta muito.

R7: Então, não voltaria atrás sobre a redução de velocidade?

Haddad: Vida em primeiro lugar. E 9.000 feridos a menos não é pouca coisa. Eu li hoje uma reportagem dando conta que boa parte dos atletas paraolímpicos são vítimas de acidentes de trânsito. Isso é que deveria estar sendo observado. A multa vai cair naturalmente. Você vai ver como vai ajustar. As pessoas vão mudar o comportamento e não vão ser multadas. É um efeito momentâneo e natural. É muito difícil sem o apoio da imprensa especializada, que faltou nesse caso, que as pessoas entendam que a velocidade máxima menor acarreta uma velocidade média menor. As pessoas não conseguem compreender isso. Muita gente já constata isso, que o trânsito de São Paulo é muito melhor do que era, mas nem todo mundo dá o braço a torcer.

R7: Já existe algum dado que indique que o número de multas por excesso de velocidade deva cair?

Haddad: No último mês, o número de multas já voltou para a média histórica. Eu não tenho dúvida que vai cair. Tem uma forma muito fácil de não ser multado, que é respeitar.

R7: Se o senhor for reeleito, vai ser um mandato de continuidade ou tem algo novo que o senhor pretende colocar em prática?

Haddad: Tem algumas coisas novas importantes. Eleição direta para subprefeitos. Tem o nosso programa de segurança, que é a troca das luminárias da cidade por LED com o videomonitoramento inteligente em um convênio com a Universidade de São Paulo. Isso vai ter um impacto muito grande na vida da cidade, vai melhorar muito.

R7: Qual seria o prazo para a troca das lâmpadas? O senhor teme que caso não reeleito isso fique para trás?

Haddad: Já trocamos 15%. Até 2018, 2019 deve estar tudo trocado. Sinceramente, lâmpada LED, é fácil falar agora, mas ninguém tinha trocado. Eu duvido que alguém possa ser contra isso. É econômica, ilumina o dobro da outra. Permite determinadas atuações da prefeitura em relação à segurança muito interessantes.

R7: Quanto ao Uber, o senhor teme que possa haver um retrocesso ao que foi conquistado?

Haddad: Eu não sei. Porque a fala dos meus adversários é errática. Por exemplo, o [João] Doria, uma hora vai vender, outra hora vai conceder o Pacaembu. Uma hora vai abrir a Paulista [aos domingos] para os carros, aí volta atrás... O [Celso] Russomanno, primeiro vai proibir o Uber, depois vai regulamentar... É muito difícil você dialogar com pessoas que não têm opinião própria. Eles estão navegando de acordo com o vento... A Marta, que me apoiou contra a inspeção veicular, agora quer voltar com a inspeção veicular.

Essa proposta do Doria, do "rede hora errada" [em alusão ao programa criado por ele: Rede Hora Certa], que é atender as pessoas de madrugada, eu fico com dificuldade até de entender de onde sai uma ideia dessas, você acordar alguém 1h da manhã para fazer um ultrassom. Amplie os hospitais dia, o modelo está pronto, é só expandir, muito mais inteligente. Eu confesso que não consigo sequer debater com essas ideias de tão fora de lugar.

A Marta está dizendo que vai concluir minhas obras. O que ela mais fala é que vai concluir o que eu estou fazendo. "Vou concluir os 14 CEUs, vou concluir os dois hospitais, vou concluir as UPAs". Ótimo.

R7: O senhor sente algum desconforto em criticar a Marta Suplicy, por ela ter sido prefeita e ter saído da prefeitura bem avaliada?

Haddad: Eu não critico pessoas. Eu discuto ideias. Acho que a aliança dela com o Kassab para trazer de volta a Controlar é um erro. Vai tirar dinheiro da saúde e educação para pagar por algo que não deu certo? Eu estou com dificuldade de entender a plataforma dos outros candidatos.

Candidatos petistas no ABCD escondem símbolos do partido nas campanhas

Posted: 13 Sep 2016 08:02 PM PDT

Marcos , filho do Lula, mudou o estilo de se vestir na campanha Reprodução internet

O uso dos símbolos que caracterizam o PT (Partido dos Trabalhadores), como as cores vermelha e branca e a estrela, está ficando em segundo plano na campanha de vários candidatos a vereador na região do ABCD, berço da legenda no início dos anos 1980, nas Eleições 2016.

Até o filho do ex-presidente Lula, Marcos Lula da Silva, que concorre para vereador em São Bernardo do Campo, adotou um visual mais neutro.

O filho do Lula, que já é vereador na cidade, escolheu o amarelo como cor predominante no material de campanha e é visto nas ruas usando camisas sociais de tons variados.

Até na foto oficial da campanha, o filho do ex-presidente petista preferiu o azul claro para a camisa social, cor e estilo com forte identificação com os tucanos do PSDB.

Diferentemente da campanha de 2012, quanto Marcos Lula da Silva fazia campanhas na rua com a camiseta vermelha do partido estampando uma estrela em destaque.

"O eleitor brasileiro vota na figura do candidato, é uma escolha pessoal, o partido não é um fator preponderante. O PT tem símbolos gráficos fortes que antigamente eram puxadores de votos, pois identificam a ideologia do partido. Com o desgaste da imagem do partido é natural que alguns candidatos não se sintam confortáveis com essa identificação", disse Paulo Silvino Ribeiro, cientista político e professor da professor da FESPSP. 

Além do filho do Lula, outros candidatos estão evitando símbolos do PT. A estrela, por exemplo, aparece estilizada, com outras cores ou em tamanho encolhido no material de campanha.

Nos panfletos da candidata Lilian Cabrera, de Diadema, a estrela petista está dentro de uma rosa. Em Santo André, o candidato Aylton optou por uma estrela estilizada e multicolorida, que pouco lembra a versão original dos petistas. Também em Santo André, Fabrício França, do PT, concorre com uma campanha nas cores verde e branco. 

Em São Bernardo do Campo, o candidato José Cloves, colega do Marcos Lula, fez coro com as camisas sociais e diminuiu o espaço da estrela no material de campanha.

"Eu até entendo que os candidatos do partido usem outras cores, mas acho que é um erro. O eleitor sabe quem é do PT. O número 13 é o PT, que é um partido grande e com uma história de luta importante para o País. Não é porque houveram erros no partido que tudo deve ser condenado. É o mesmo que dizer que a Igreja Católica toda deveria acabar porque tem um ou outro padre pedófilo. É preciso separar as coisas. Este é o momento do petista ir com mais garra ainda defender as cores do partido, principalmente os nossos candidatos. Na cidade de Diadema, por exemplo, eu vejo muito candidatos usando o vermelho e a estrela com orgulho", disse o deputado federal Vicentinho, um dos fundadores do PT.

Outro lado

De acordo com o coordenador do GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral) do PT, Rodrigo Funchal, os candidatos da legenda são livres para decidir as cores e símbolos das campanhas para vereador.

"Em relação às cores não há nenhuma resolução quanto a isso. Mais importante que a forma é o conteúdo programático defendido por nossos candidatos e candidatas: A defesa da democracia, da classe trabalhadora com nenhum direito a menos", disse Funchal.

Os símbolos do PT estão sumindo das campanhas dos candidatos a vereador na região do ABCD Reprodução internet

Participação do PT nas eleições para vereador cai quase que pela metade no berço do partido

Posted: 13 Sep 2016 08:01 PM PDT

Criado na década de 1980, no ABC, o PT encolheu no próprio berço Montagem R7

A participação percentual do PT encolheu quase à metade nas Eleições 2016 do ABCD, na Grande São Paulo, região considerada "berço" da legenda. Levantamento do R7 com base em dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostrou um recuo expressivo na relação do número de candidatos petistas e o total de concorrentes nas eleições de 2012 e de 2016.

Na comparação entre o número de candidatos que disputaram as eleições para vereador em Santo André, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo e Diadema, o percentual de candidatos petistas caiu de 7,96%, em 2012, para 4,93%, em 2016, em relação ao total de candidatos.

Candidato do PT ficaria fora do 2º turno no "berço do partido"

Nas eleições de 2012, as quatro cidades do ABCD tinham 1.909 candidatos a vereador, sendo 152 petistas (7,96%). Este ano, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o desgaste na imagem do partido, o PT tem 104 candidatos de um total de 2.108 interessados em uma cadeira de vereador na região onde o partido foi fundado no início da década de 1980.

Em números absolutos, o impacto foi menor: as candidaturas de petistas caíram 30% — eram 152 candidatos a vereador na região em 2012 e, no pleito deste ano, são 104. No entanto, vale lembrar que, nesse período de quatro anos, o total de candidatos, considerando todos os partidos, subiu mais de 10%, de 1.909 para 2.108.

Em todas as cidades do ABCD, o PT perdeu forças e está disputando as eleições para as câmaras de vereadores com um número menor de candidatos.

Em 2012, Santo André teve 546 candidatos a vereador, sendo 41 deles do PT (7,5% do total). Quatro anos depois, a cidade tem 562 candidatos, sendo 19 petistas (3,38% do total).

Em São Bernardo do Campo, o PT tinha 51 dos 635 candidatos a vereador em 2012 (8,03%). Agora, são 720 candidatos na disputa para a câmara, com 42 petistas (5,83%).

São Caetano do Sul foi a cidade onde os petistas mais perderam representatividade na disputa eleitoral da Câmara dos Vereadores. De um total de 304 candidatos em 2012, o PT tinha 26 (8,55%). Em 2016, a disputa tem 350 candidatos e apenas 11 são petistas (3,14%). 

Para Diadema, a cidade mais pobre da região, com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) 0,757, o PT teve a menor perda de representatividade nas eleições para vereador. Em 2012, foram registradas 424 candidaturas, sendo 34 de petistas (8,01%). Para 2016, são 476 candidatos, com 32 do PT (6,72% do total).

Segundo o deputado federal Vicentinho, um dos líderes e fundadores do PT na região do ABC, a falta de recursos financeiros e a crise econômica fez muitos militantes petistas desistirem de concorrer este ano. "Também houve uma migração de candidatos que sempre foram do PT, mas desta vez optaram por outras legendas de esquerda", disse. 

Outro lado 

O coordenador do GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral) do PT, Rodrigo Funchal, emitiu uma nota para o R7 comentando a diminuição no número de candidatos a vereador pelo PT nas cidades do ABCD. Confira um trecho da nota.

"De fato houve uma diminuição do número de candidatos e candidatas pelo PT. Vários fatores contribuíram para isso, entre eles o principal é a instabilidade democrática provocada pelo golpe, a narrativa da grande mídia transformando a crise mundial do capitalismo numa crise brasileira e com ela fabricando e potencializando a crise política que culminou com o afastamento da Presidenta Dilma com algumas dezenas de votos de senadores se sobrepondo a 54 milhões de votos. Se até os votos para presidente perderam o valor por que acreditar que para vereador seria diferente".

Serviço de apoio a distância atende 5 mil ameaças de suicídio por mês

Posted: 13 Sep 2016 05:48 PM PDT

Pessoas de todas as idades, credos e posições são aconselhadas Thinkstock

O dia 10 de setembro, Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, serviu mais uma vez para alertar a sociedade sobre este problema que é muitas vezes tratado como um tabu, mas que precisa de cuidados constantes. Desde 2014, a campanha Setembro Amarelo identifica locais públicos e particulares com a cor amarela, com o objetivo de alertar a população sobre a realidade do suicídio e suas formas de prevenção.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada 45 minutos um brasileiro põe o fim à própria vida. A entidade informa ainda que o Brasil é o oitavo país em número de suicídios no mundo, registrando em 2012 mais de 11,8 mil casos.

Com o objetivo de evitar tais ocorrências trágicas, um trabalho de apoio à distância, chamado Pastor Online, atende cerca de 5 mil homens e mulheres que buscam o serviço e relatam a intenção de cometer suicídio, mensalmente.
 
Mantido pela Igreja Universal do Reino de Deus desde 2013, o Pastor Online funciona por chat eletrônico e contabiliza uma média de 45 mil atendimentos todos os meses. São pessoas de todas as idades, credos, posições sociais em busca de aconselhamento para os mais variados tipos de problemas, explica pastor Stanley Vaz, responsável pelo serviço. 

— 11% delas dizem não ter mais motivos para viver e, depois de aconselhadas, têm as esperanças reavivadas.

Um dos que atendem no serviço é o bispo Roberto Mauzer. Um de seus princípios é o de que as pessoas precisam ignorar as palavras negativas.
 
— Lembro-me de uma jovem senhora que estava desesperada com sua vida. Ao procurar o Pastor Online ela dizia: 'estou com um copo de veneno aqui na minha frente para tomar'. Depois de desabafar e aceitar os conselhos, a mulher desistiu de atentar contra a própria vida.

Para o bispo Mauzer, a força para convencer alguém a desistir do suicídio está na fé, na certeza de que Deus é poderoso para mudar qualquer situação.

— Uma palavra pode mudar tudo! Quando uma pessoa dominada pelo desespero entra em contato com o Pastor Online, ela ouve uma palavra de fé. Logo, esses pensamentos de dúvida e desespero são combatidos.  Daí acontece o milagre da mudança de pensamento, mudança de ideia, de comportamento.

Especialistas alertam que a questão é de saúde pública. Hoje, 32 brasileiros se matam todos os dias, número maior do que as pessoas que morrem em decorrência da Aids e de vários tipos de câncer. E para cada caso registrado, há ao menos outras vinte tentativas.
 
Combate
 
A meta da OMS é diminuir em 10% até 2020 a mortalidade mundial por suicídio, que chega a 800 mil pessoas todos os anos – o que significa que a cada 40 segundos no mundo uma pessoa tira a própria vida.
 
Ainda de acordo com a OMS, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos, se as pessoas buscassem ajuda de quem está à sua volta. Porém, de acordo com especialistas, o diagnóstico é difícil.
 
O responsável pelo Pastor Online, o pastor Stanley, reitera que o serviço ajuda no combate ao suicídio utilizando a fé. 

— Aqui no Pastor Online apresentamos à pessoa uma alternativa. A qualidade de vida que terá quando ela entregar sua vida a Deus.  Baseamos nossos atendimentos no que diz a Bíblia: 'Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

Ele acrescenta que depois que é apresentada essa proposta Divina, "de que pela fé ela pode ter qualidade de vida na Terra, a maioria é demovida do pensamento negativo consequência de uma coleção de fracassos e decepções".
 
Casos recentes
 

No Rio de Janeiro, um homem tirou a própria vida depois de matar dois filhos e a mulher. De acordo com notícias publicadas na imprensa, o crime ocorreu na manhã do último dia 29 de agosto, num condomínio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Foi encontrada uma carta em que o autor da tragédia relatava não ter mais condições de sustentar a família.

Por que os policiais se matam: pesquisa traz números e relatos de suicídios de PMs
 
Na mesma manhã, em São Paulo, um motoboy de 41 anos pulou do 17º andar do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, com o filho de 4 anos no colo.  Minutos antes cometer o suicídio, o homem teria ligado para uma amiga dizendo o que faria.

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Senado aprova projeto que endurece punições para tráfico de pessoas

Posted: 13 Sep 2016 05:45 PM PDT

Projeto prevê estruturação de rede de atendimento às vítimas e de enfrentamento ao problema Reuters

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (13) projeto de lei que prevê medidas de prevenção e combate ao tráfico de pessoas, bem como ações de proteção às vítimas desse tipo de crime. Após acordo entre governo e oposição, os senadores decidiram rejeitar o substitutivo aprovado na Câmara e retomar integralmente o projeto original do Senado.

Pelo texto, fica tipificado o tráfico de pessoas, sujeito a pena de quatro a oito anos, além de multa.

O projeto prevê, entre outras coisas, a estruturação de uma rede de atendimento às vítimas e de enfrentamento ao problema, envolvendo todas as esferas de governo e organizações da sociedade civil, além do fortalecimento das ações nas regiões de fronteira, consideradas mais vulneráveis.

O texto também propõe o estímulo à produção de dados sobre tráfico de pessoas por meio do incentivo a pesquisas e coleta de informações sobre o tema. E também o incentivo à formação e capacitação de profissionais que lidam com o enfrentamento desse crime e com o atendimento às vítimas.

A matéria trata ainda da ampliação da colaboração internacional dos órgãos de inteligência brasileiros e do intercâmbio de informações, inclusive judiciais, com organismos policiais e judiciários de outros países.

A proposta também prevê a possibilidade de apreensão e sequestro de bens que sejam provenientes da prática de tráfico de pessoas e isenta as vítimas de punição sobre a prática de crimes que tenham eventualmente cometido em razão desta condição.

Também está previsto o agravamento da pena dos criminosos caso sejam funcionários públicos ou se valham de relação de parentesco com as vítimas, ou se a pessoa traficada for criança ou adolescente ou ainda se ela for retirada do território nacional. O texto segue agora para sanção presidencial.

Renegociação com países africanos

Na mesma sessão, que ocorreu em regime de esforço concentrado, os senadores aprovaram projeto de resolução que concede autorização para a renegociação da dívida de países africanos com o Brasil.

Serão beneficiados o Congo-Kinshasa (US$ 4,7 milhões), a Zâmbia (US$ 113 milhões), a Tanzânia (US$ 237 milhões) e a Costa do Marfim (US$ 1,2 milhão). O texto segue para promulgação.

Resultado da votação pela cassação foi o que mais abalou Cunha, dizem aliados

Posted: 13 Sep 2016 04:35 PM PDT

Ao contrário da imagem altiva que tentou passar ao deixar o plenário da Câmara após sua cassação, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não escondeu de aliados o abatimento. O pior, segundo aliados, não foi a aprovação da perda do mandato em si, que já era esperada, mas o placar do resultado: 450 a 10, além das nove abstenções.

Fontes revelaram que Cunha mal conseguiu dormir à noite, de tão abalado emocionalmente com o resultado. Ainda assim, manteve o tom beligerante e com os poucos com quem conversou, continuou disparando contra os que o abandonaram. "Ele virou um cachorro molhado na chuva, prestes a se chacoalhar", comentou um aliado.

Horas após a sessão que interrompeu sua carreira política, Cunha ligou para o vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), para agradecer. Marun foi o único a defender o ex-presidente da Câmara no plenário. "Já havia uma perspectiva de cassação, mas o placar foi muito ruim, me abalou também", afirmou Marun.

Presidente da Câmara diz não estar preocupado com revelações prometidas por Cunha

Durante a sessão, Cunha foi chamado de "bandido", "psicopata", "golpista" e "mafioso", principalmente pelos deputados da nova oposição. "Deve abalar, né? Mas ele se manteve firme", disse Marun. Em alguns momentos, o peemedebista embargou a voz e se emocionou ao apelar para os colegas, mas retomou o tom de enfrentamento, principalmente no final, quando acusou o governo Michel Temer de se associar ao PT para eleger Rodrigo Maia (DEM-RJ) e encampar a agenda da sua cassação.

Marun diz esperar que Cunha baixe o tom e saiu em defesa do Palácio do Planalto. "Não cabia ao governo enterrá-lo nem salvá-lo. O governo não interferiu", observou.

Com a cassação, fontes acreditam que o peemedebista partirá para a delação premiada. Marun aposta que Cunha não tem o que delatar. "Delação é coisa de bandido. Só defendi ele porque entendo que ele não é bandido. Ele não tem o que delatar", declarou.

Perdas

A perda do mandato já foi publicada no Diário Oficial, o que permitiu a exoneração dos funcionários do gabinete do peemedebista. Cunha já perdeu o direito a segurança da Polícia Legislativa, uso do carro oficial da Câmara e terá de deixar o apartamento funcional em Brasília nos próximos 30 dias. Os custos da mudança para o Rio de Janeiro terão de ser arcados pelo ex-deputado.

Técnicos da Casa ainda têm dúvidas se como parlamentar cassado, Cunha terá direito ao plano de saúde e a previdência privada dos ex-parlamentares.

Sob a batuta de Cunha! Marco Feliciano, Paulinho da Força e mais oito votaram contra a cassação

Mulher do deputado federal Eli Corrêa acumula patrimônio de R$ 42 milhões

Posted: 13 Sep 2016 03:17 PM PDT

Francislene é suspeita de ter sido beneficiada em desapropriação de terreno para construção do Trecho Norte do Rodoanel Reprodução

Investigada sob suspeita de ter sido beneficiada na desapropriação de um terreno para a construção do Trecho Norte do Rodoanel, a dentista e empresária Francislene Assis de Almeida Corrêa, mulher do deputado federal Eli Corrêa Filho (DEM), acumula um patrimônio de aproximadamente R$ 42 milhões.

É o que revela levantamento feito pela reportagem sobre os bens registrados em nome de Francislene e das duas empresas das quais ela é sócia.

Em seu nome, a dentista tem sete apartamentos (um deles duplex), uma loja, dois salões comerciais, um prédio residencial e sete terrenos. Todos estão localizados em Guarulhos, cidade da Grande São Paulo onde Francislene e o marido deputado federal atuam.

Os registros de todos esses 18 imóveis em nome de Francislene apontam que eles valem R$ 11,3 milhões. 

Além dos R$ 11,3 milhões em nome de pessoa física, Francislene também é sócia das pessoas jurídicas Fran Empreendimentos Imobiliários e da Empreendimentos Imobiliários Quadra de Ás. Juntas, as duas empresas da dentista acumulam mais 17 imóveis também em Guarulhos.

Somente a Fran Empreendimentos investiu, nos últimos anos, R$ 11,5 milhões na compra de dez terrenos na Vila dos Camargo; R$ 5 milhões em outra área no Bairro Bom Sucesso; e mais R$ 45 milhões na aquisição de um prédio de 21 mil metros quadrados, na região central de Guarulhos.

Nesses negócios imobiliários, a Fran Empreendimentos aportou metade dos R$ 61,5 milhões gastos em parceria com outras empresas, ou seja, investiu R$ 30 milhões.

A outra empresa da dentista Francislene, a Empreendimentos Imobiliários Quadra de Ás, tem cinco imóveis — quatro terrenos e um prédio residencial.

Se somadas, as áreas dos quatro terrenos da Quadra de Ás medem cerca de um milhão de metros quadrados. Apesar de gigantescas, as propriedades foram compradas, em 2001, por R$ 390 mil — o que equivalia a US$ 150 mil à época.

Um quinto das áreas desses quatro terrenos colocou Francislene e a Quadra de Ás no centro de um processo judicial quando a área foi desapropriada para a construção de um trecho do Rodoanel Norte.

Francislene e Eli Corrêa em passeio pela Disney World Reprodução

Os cerca de 200 mil metros das quatro áreas da Quadra de Ás foram desapropriados por R$ 37 milhões. Em abril deste ano, a Justiça mandou que a empresa de Francislene devolvesse aos cofres públicos R$ 30 milhões, sacados em 2014 e referentes a 80% do valor das áreas.

Na disputa pelos terrenos, o governo paulista ofereceu R$ 4,8 milhões à Quadra de Ás. Para o Ministério Público Estadual, a avaliação inicial de R$ 37 milhões foi feita de maneira fraudulenta para beneficiar a empresa de Francislene.

Como não cumpriu a ordem de devolver os R$ 30 milhões já recebidos pelas áreas desapropriadas para o Rodoanel Norte, Francislene teve R$ 31,5 milhões de suas contas bancárias bloqueados por ordem do juiz Felipe Estevão de Melo Gonçalves, da 1.ª Vara da Fazenda Pública de Guarulhos.

Para os advogados de defesa de Francislene, que já teve pedidos de reversão da ordem de bloqueio dos R$ 31,5 milhões das contas negados pela Justiça, a melhor solução para a questão judicial seria um acordo.

Pela proposta dos responsáveis pelos interesses da dentista, o DER (Departamento de Estradas de Rodagens), autarquia responsável pelas obras do Rodoanel, deveria descontar os R$ 31,5 milhões de outros R$ 60 milhões que a mulher do deputado federal Eli Corrêa teria para receber por outra desapropriação em Guarulhos. Pela nova área, o governo de São Paulo quer pagar R$ 9 milhões.

Assista ao vídeo do Jornal da Record:

Ex-presidente da OAS diz que passou R$ 2,5 milhões ao PMDB para abafar CPMI

Posted: 13 Sep 2016 03:13 PM PDT

Léo Pinheiro foi condenado a 16 anos de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, confessou nesta terça-feira (13), ao juiz federal Sérgio Moro ter pago R$ 2,5 milhões em propinas para o PMDB para abafar a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), aberta em 2014 para apurar o esquema de corrupção na Petrobras. Segundo o empreiteiro, R$ 1 milhão foi doado oficial para o PMDB nacional e o restante via caixa-2.

— A OAS pagou R$ 350 mil de doação à paróquia de Brasília e pagou R$ 2,5 milhões, sendo R$ 1 milhão doação ao PMDB nacional e R$ 1 5 milhão através de caixa-2

A afirmação de Léo Pinheiro foi dada em sua segunda declaração ao juiz Moro, em processo em que é réu, em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro.

Os R$ 350 mil foram acertados com o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e o ex-senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) — vice e presidente, respectivamente, da comissão. O ex-senador Gim Argello foi preso 28ª etapa da Lava Jato, Operação Vitória de Pirro. Rêgo, atual ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) é investigado em Brasília.

É a primeira vez que Léo Pinheiro — que perdeu no último mês sua negociação de delação premiada com o Ministério Público Federal — confessa crimes no esquema de cartel e corrupção na Petrobras. Ele, no entanto, disse ter se sentido extorquido pelos parlamentares e pelo governo da presidente cassada Dilma Rousseff.

No depoimento, o ex-presidente da OAS afirmou que o ex-ministro de Relações Institucionais Ricardo Berzoini participou de reunião na casa do ex-senador Gim Argello em que foi tratado da blindagem ao governo e às empreiteiras nas investigações da CPMI.

No processo, a Lava Jato aponta que um grupo de sete empreiteiras teria acertado pagamento de R$ 5 milhões para abafar a CPMI. OAS, UTC e Andrade Gutierrez acertaram e pagaram valores via doações oficiais para os partidos da coligação de Argello nas eleições de 2014 - formada por DEM, PR, PMN , PRTB e PTB. O Ministério Público Federal não acusa nenhum dos partidos da coligação de irregularidades pois, segundo os investigadores, não há provas de que eles tinham conhecimento de que o pagamento era decorrente dos crimes de Argello.

Naquele ano, as duas comissões encerraram os trabalhos sem convocar nenhum executivo das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.

Volta atrás

Léo Pinheiro ficou em silêncio durante seu primeiro interrogatório como réu, antes dele perder sua delação. Frente a frente com o juiz federal Sérgio Moro, o empreiteiro disse, na ocasião, que "por orientação dos advogados" não responderia a nenhuma pergunta.

Eles se pronunciaram após o juiz Sérgio Moro, no dia 6 de setembro, publicar o pedido da defesa de Léo Pinheiro. "Requer novo interrogatório do acusado, 'a fim de que colabore com os esclarecimentos dos fatos do presente processo'." O juiz da Lava Jato considerou que não caberia o novo depoimento, pois como réu o ex-presidente da OAS já foi interrogado em juízo, "embora tenha preferido ficar em silêncio".

"Não obstante, a bem da ampla defesa e considerando que é possível que ele esclareça aspectos relevantes do caso penal, resolvo deferir o requerido", escreveu Moro, ao determinar essa terça para o novo interrogatório.

Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato, teve a negociação de sua delação premiada suspensa pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A interrupção foi provocada pela divulgação de citações ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. O ministro teria sido citado por Leó Pinheiro, o que é negado pelo procurador-geral.

Na noite desta segunda-feira (12), o Ministério Público Federal informou ao juiz Sérgio Moro considerar "desnecessário o interrogatório do acusado José Aldemário Pinheiro para fins de colaboração com os fatos do presente processo".

— Mormente porque ao juízo da acusação os fatos denunciados estão robustamente corroborados pelas provas coligidas até o momento.

Os procuradores da Lava Jato consideraram, no entanto, que o "interrogatório é um meio de defesa do acusado" e que, por isso, o não veem "óbice na sua realização".

Defesa

A reportagem entrou em contato com as assessoria de Vital do Rêgo e de Marco Maia, mas ainda não obteve retorno.

O ex-ministro Ricardo Berzoini afirma que Léo Pinheiro cometeu uma imprecisão em seu relato ao citar a presença de Vital do Rêgo, que não estava no encontro.

— Nunca estive com Vital d Rêgo junto com o Gim Argello para tratar de qualquer assunto fora do Congresso. Era uma conversa que o Gim me convidou para ter com ele sobre a pauta no Senado na semana seguinte.

Ainda segundo o ex-ministro, Argelloo teria convidado para o encontro na resdência do senador em Brasília, sem nem mencionar o empreiteiro.

— Não tinha menor ideia que o Léo poderia aparecer. Conversamos [ele e Gim Argello] por mais de uma hora e quando estava para sair apareceu o Léo Pinheiro, com o qual não tenho nenhuma intimidade, e conhecia apenas de vista.

Berzoini diz ainda que não houve nenhum tipo de pedido ao empreiteiro.

— O que houve foi uma conversa do tipo, 'está começando a comissão parlamentar e é importante que seja uma investigação séria não uma disputa política eleitoral'.

'Espero que ventos de delatores não se transformem em tempestade', diz Cunha

Posted: 13 Sep 2016 03:05 PM PDT

Cunha afirmou que as investigações da Lava Jato não tiveram as mesmas consequências sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros Adriano Machado/12.09.2016/Reuters

Cassado na última segunda (12), pelo plenário da Câmara, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) divulgou nota rebatendo os comentários do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Em três parágrafos, Cunha reclama que matérias relevantes oriundas da Câmara não foram apreciadas pelo Senado e repete que as investigações da Operação Lava Jato não tiveram as mesmas consequências sobre Renan. Ao final, Cunha alfineta o colega de partido.

— Com todo desejo de sucesso ao presidente do Senado no comando da Casa, e acreditando na sua inocência, espero que os ventos que nele chegam através de mais de uma dezena de delatores e inquéritos no STF, incluindo Sérgio Machado, não se transformem em tempestade. E que ele consiga manter o cálice afastado dele. 

Mais cedo, Renan tentou se distanciar da imagem de Cunha. "Afasta de mim esse cálice", brincou o senador, evitando comentar afirmações de Cunha, que disse ontem na Câmara que as denúncias dos parlamentares teriam um tratamento diferenciado das dele no Supremo Tribunal Federal.

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Na sessão de cassação, Cunha reclamou que virou alvo prioritário das investigações. O ex-deputado é réu em dois processos no STF e é alvo de investigação em outras sete frentes. Já o senador não é réu, mas é investigado em 12 inquéritos no STF.

— Eu não quero de forma nenhuma falar sobre isso (cassação de Cunha), mas quem planta vento, colhe tempestade, isso é uma lei da natureza. 

Nesta terça, Cunha disse que, durante o período em que presidiu a Câmara, não houve matérias de caráter relevante provenientes do Senado que não foram apreciadas pelos deputados, ao contrário do Senado, que não colocou em votação o projeto de terceirização, a redução da maioridade penal, a PEC da Reforma Política, entre outros projetos encampados por Cunha e aprovados pela Casa.

— Esperamos que o Senado aprecie essas matérias. 

Cunha lembrou que a ação penal 982 - que envolve delações referentes às negociações de sondas da Petrobras - só atingiu a ele.

— Os mesmos delatores, nas suas delações, acusam como beneficiários das supostas vantagens indevidas montando a US$ 6 milhões os senadores Renan Calheiros, Jader Barbalho, Delcídio Amaral e Silas Rondeau. Entretanto, a ação penal que deveria ser indivisível, segundo o Código Penal, foi aberta apenas contra mim. 

Presidente do TRE-SP participa do programa Cartão de Visita

Posted: 13 Sep 2016 02:57 PM PDT

Mário Devienne Ferraz, Luiz Cláudio Costa e Zacarias Pagnanelli Karina Lajusticia

Mário Devienne Ferraz, presidente do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo), foi entrevistado no programa Cartão de Visita da última semana. O desembargador falou sobre como a tecnologia pode ajudar o eleitor a denunciar irregularidades nas eleições.

A denúncia online é um mecanismo que o eleitor pode ter acesso pelo site do TRE para informar, entre outras coisas, uma propaganda irregular ou uma compra de voto. A denúncia é encaminhada ao Ministério Público Eleitoral.

Além da denúncia feita pelo site do TRE, há a alternativa de fazer denúncias pelo aplicativo "Pardal", que o eleitor pode baixar no celular. Ao identificar um problema, o cidadão pode tirar uma foto e, por meio do app, enviar as evidências para a Justiça Eleitoral, que fará a análise da denúncia.

Durante a entrevista, Devienne Ferraz falou também sobre voto nulo e voto em branco. E para quem ainda acha que esses votos farão a diferença nas urnas, ele explicou: "Na eleição são apenas computados os votos válidos, aqueles que são atribuídos a algum candidato ou à legenda. De modo que é um mito dizer que, se tiver mais de 50% de votos nulos, a eleição será anulada. Isso só ocorre se houver fraude na eleição".

O presidente da Record, Luiz Cláudio Costa, cumprimentou o presidente do TRE, que conheceu as dependências da emissora acompanhado pelo diretor nacional institucional, Zacarias Pagnanelli.

Juristas apresentam pedido de impeachment de Gilmar Mendes

Posted: 13 Sep 2016 02:33 PM PDT

Ministro é acusado de "comportamento partidário" no documento redigido pelos juristas Nelson Jr./24.11.2015/SCO/STF

Um grupo de juristas e representantes da sociedade civil apresentaram nesta terça-feira (13) no Senado um pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Os autores são os juristas Celso Antônio Bandeira de Mello, Fábio Konder Comparato, Sérgio Sérvulo da Cunha e Álvaro Augusto Ribeiro da Costa; a ativista de direitos humanos Eny Raymundo Moreira; e o ex-deputado e ex-presidente do PSB, Roberto Amaral.

No pedido, o grupo acusa o ministro de adotar "comportamento partidário", mostrando-se leniente com relação a casos de interesse do PSDB e "extremamente rigoroso" no julgamento de casos de interesse do PT e de seus filiados, "nomeadamente o ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, não escondendo sua simpatia por aqueles e sua ojeriza por estes".

Para os autores, o ministro tem ofendido a Constituição, a Lei Orgânica da Magistratura e o Código de Ética da Magistratura ao não atuar com imparcialidade e conceder frequentes entrevistas nas quais antecipa seus votos e discute o mérito de questões sob julgamento do STF. Além disso, o documento feito pelos juristas acusa Mendes de atuar de maneira desrespeitosa também durante julgamentos e utilizar o cargo a favor dos interesses do grupo político que defende. 

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— O partidarismo do ministro denunciado chegou a extremos constrangedores quando do julgamento, pelo STF, da ADI 4.650-DF, interposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil para arguir a inconstitucionalidade das disposições legais que permitiam, nas eleições para cargos públicos, o financiamento por empresas privadas. Com a votação, a ADI praticamente decidida, o ministro requereu vistas dos autos [com o único objetivo, como ficou patente, de impedir a conclusão do julgamento] e com ele permaneceu durante longos 18 meses, frustrando a ação do STF. 

O pedido de impeachment cita outros exemplos de situações em que o ministro teria faltado com o decoro e agido partidariamente, como quando fez "graves acusações à Procuradoria-Geral da República e aos procuradores de um modo geral" em razão de vazamentos de delações premiadas. E ainda quando criticou a Lei da Ficha Limpa, acusando seus autores de "bêbados".

Na opinião dos autores, o ministro tenta atuar como legislador ao sugerir e reclamar mudanças na legislação eleitoral, na condição de presidente do Tribunal Superior Eleitoral, criticando leis que "lhe cumpre aplicar".

Testemunhas

A peça arrola como testemunhas o escritor Fernando Morais, a historiadora Isabel Lustosa, o jornalista e escritor José Carlos de Assis, o ex-deputado Aldo Arantes e o historiador e professor universitário Lincoln Penna e designa o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcelo Lavenere, como advogado para acompanhar o processo no Senado Federal.

Como em outros casos, o pedido de impeachment segue para apreciação inicial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele pode acatar, dando prosseguimento para que o Senado avalie a admissibilidade ou determinar o arquivamento da peça. Renan já recebeu pedido de impedimento de outros ministros do STF e do procurador-geral da República, e determinou o arquivamento de todos.

Lula reúne bancadas do PT para definir oposição a Temer

Posted: 13 Sep 2016 02:29 PM PDT

Lula pretende dar nova voz de comando ao PT André Dusek/17.03.2016/Estadão Conteúdo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer transformar o mote "Nenhum direito a menos" na principal bandeira da oposição que o PT fará ao governo de Michel Temer. Com esta ideia, Lula reunirá na noite desta terça-feira (13), em Brasília, as bancadas do PT na Câmara e no Senado para organizar como será o combate do partido no Congresso.

Um dia depois da cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deu a largada ao processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, Lula age para reunificar a seara petista.

"O PT tem de reaprender a fazer oposição", disse ele, na segunda-feira, após participar da cerimônia de posse da ministra Carmen Lúcia na presidência do STF (Supremo Tribunal Federal).

— Nós vamos ter de brigar porque é inaceitável você tentar resolver o problema da crise mexendo nos direitos dos trabalhadores.

Alvo da Operação Lava Jato, Lula dará nova voz de comando ao PT no momento em que o partido enfrenta a sua maior crise, com a perda da Presidência da República e enfrentando muitas dificuldades nas campanhas para as prefeituras. Diante de tantos problemas, uma ala da legenda quer mudar a direção do PT, antecipando a eleição direta, com voto dos filiados, marcada para novembro de 2017. Os novos rumos do PT, agora na oposição, serão discutidos em reunião do Diretório Nacional do partido, marcada para as próximas quinta e sextas-feiras em São Paulo, com a presença de Lula.

Na reunião de hoje em Brasília, uma espécie de prévia do encontro em São Paulo, o ex-presidente e parlamentares petistas devem discutir as estratégias para se contrapor ao governo Temer. Além de reforçarem o discurso de que Dilma foi vítima de um golpe, a intenção dos petistas é marcar de agora em diante que as três reformas propostas pelo peemedebista — PEC do Teto dos Gastos e reformas Previdenciária e Trabalhista — tratam-se de retirada de direitos do cidadão e dos trabalhadores. Também vão questionar as mudanças em programas sociais vitrines da era petista feitas pelo atual governo, como o Pronatec e Minha Casa, Minha Vida.

Para tanto, os petistas querem atuar em duas frentes. A primeira é fortalecer a atuação em meios de comunicação, como redes sociais e rádios comunitárias — para defender o legado do partido e protestar contra a agenda de Temer — dias atrás houve um encontro em São Paulo com a presença de Lula e parlamentares da bancada para discutir o uso das mídias digitais.

A segunda é ter uma atuação no Congresso combativa às reformas de Temer. As bancadas do PT da Câmara e do Senado começaram a fazer mudanças no corpo técnico das lideranças. Nessa ação, querem ter uma atuação com foco em gastos do governo Temer — vão ressuscitar o uso do Siafi, sistema de acompanhamento de despesas públicas e o acompanhamento mais atento no DOU (Diário Oficial da União).

Nesse trabalho, ex-ministros de Dilma e Lula também têm participado dessas discussões da nova cara do PT, como Gilberto Carvalho e Tereza Campello. "Vamos voltar a fazer oposição como antigamente", definiu um assessor da liderança do PT no Senado, relembrando a combativa atuação do partido durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Veja a agenda dos candidatos à prefeitura de Salvador para esta quarta-feira (14)

Posted: 13 Sep 2016 02:06 PM PDT

Agendas estão seguindo a ordem alfabética dos candidatos registrados no TRE Montagem R7 BA

Todos os dias o R7 BA vai divulgar a agenda dos sete candidatos à prefeitura de Salvador. Serão postados os compromissos do dia posterior dos políticos em uma única nota, seguindo a ordem alfabética dos candidatos registrados no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Veja as agendas:

ACM Neto (coligação "Orgulho de Salvador")

Ás 10h, o candidato fará uma carreata nos bairros Comércio, Nilo Peçanha e Barros Reis, com ponto de encontro na avenida Contorno, sentido comércio. No fim da tarde, ás 17h15, haverá uma caminhada no Alto da Saldanha, com ponto de encontro na entrada do Bairro, próximo à Ladeira da Cruz da Redenção; depois a caminhada será no Nordeste de Amaralina, ás 18h, com ponto de encontro no fim de linha. Pela noite, está agendado um Lançamento de Candidatura de Vereador, ás 19h45, no Fiesta Bahia Hotel.

Alice Portugal (coligação "Sim para Salvador!")

A candidata concede uma entrevista ao jornal A Tarde ás 09h30. Ás 14h, a entrevista será ao site Bahia Notícias. Pela noite, está agendado, ás 18h, um encontro de Alice em defesa do SUS e, ás 19h, debate na Unifacs.

Célia Sacramento (PPL)

Durante a manhã, ás 7h20, a candidata concede entrevista para um site e depois segue para agenda administrativa, ás 9h30. Às 11h30, a entrevista será para uma rádio. Ás 13h30 haverá a gravação do programa eleitoral e ás 16h há visita aos bairros do subúrbio ferroviário.

Claudio Silva (coligação "Salvador merece mais")

O candidato participará de caminhada na Rótula da Feirinha (Cajazeiras 8) durante a manhã, quando também visitará o Mercado Municipal da região. No começo da tarde, Cláudio Silva gravará programa eleitoral e, às 17h, ele visitará a Casa do Olodum e o Centro Digital de Memória Olodum (CDMO).

Da Luz (PRTB)

Pela manhã o candidato concede uma entrevista à TV Record no Programa Balanço Geral de Raimundo Varela em seguida estará dando uma entrevista à Radio Educadora FM, no Programa Multicultura e depois concede outra entrevista no TVE Revista . A tarde estará ao vivo no Facebook às 13hs, respondendo as perguntas do povo de Salvador, em seguida dará uma entrevista a um Jornal do taxistas. À noite,às 20h30, o candidato estará ao vivo no facebook, em sua rede social, respondendo as perguntas dos eleitores.

Fábio Nogueira (coligação "Agora é com a gente")

O candidato concede entrevista à rádio Sociedade da Bahia, no programa Balanço Geral, apresentado por Raimundo Varela, entre 8h e 9h. Depois, segue para panfletagem na praça da Piedade, das 9h30 às 12h. Pela tarde, a panfletagem será junto com uma caminhada, do Largo do Tamarineiro ao final de linha do Pau Miúdo, das 13h às 15h30,  com o candidato  a vereador Eduardo  Leite. Em seguida, mais uma panfletagem, dessa vez no bairro do Calabar, na entrada da Centenário, ás 16h30, seguido de panfletagem no campus do Canela da UFBA, às 18h.

Pastor Sargento Isidório (coligação "Agora é a vez do povo")

O candidato não informou as atividades agendadas para a quarta-feira (14)

Ex-presidente de empreiteira complica governo Dilma na Lava Jato

Posted: 13 Sep 2016 01:23 PM PDT

Ricardo Berzoini foi citado pelo ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro Elza Fiúza/22.10.2015/Agência Brasil

O ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, disse ao juiz federal Sérgio Moro nesta terça-feira (13) que o Ricardo Berzoini, ex-ministro das Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff, participou de reunião que combinou a blindagem ao governo e às empreiteiras nas investigações da CPI da Petrobras em 2014.

A reunião foi feita na casa do ex-senador Gim Argello (PTB-DF), preso em abril deste ano na 28ª fase da Operação Lava Jato. O empreiteiro Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de cadeia por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, teria pago propina no esquema de desvio de dinheiro em contratos de obras públicas na Petrobras e em outras empresas estatais.

— Fui convocado para um encontro na casa do senador Gim Argello e lá chegando estavam presentes o senador Vital do Rego e para minha surpresa estava presente o ministro das Relações Institucionais do governo Dilma, o ministro Ricardo Berzoini. Eu fique surpreso, eu não conhecia pessoalmente. 

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Essa foi a primeira vez que Pinheiro admitiu crimes no esquema de cartel e corrupção na Petrobras. O empreiteiro é suspeito de pagar propina de R$ 350 mil ao ex-senador Gim Argello por meio de uma doação a uma igreja.

Ao juiz Sérgio Moro, Léo Pinheiro agradeceu à nova oportunidade de colaborar com as investigações — o empreiteiro teve sua delação premiada com o Ministério Público Federal suspensa pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

— Eu queria agradecer o senhor e ao Ministério Público a oportunidade para eu esclarecer, para falar a verdade, mesmo que esses fatos me incriminem. Eu cometi crimes e para o bem da Justiça do nosso País, para o bem da sociedade, estou aqui para falar a verdade, para falar tudo o que sei.

“Temos que pagar pelos nossos erros”, diz deputado que assume vaga de Cunha

Posted: 13 Sep 2016 12:27 PM PDT

Deputado Marquinho Mendes votou a favor da cassação do mandato do ex-deputado Eduardo Cunha Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O deputado Marquinho Mendes (PMDB-RJ), que assumiu a vaga do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta terça-feira (13) que votou favoravelmente ao afastamento do peemedebista "sem nenhum constrangimento".

— Participei ontem dessa votação histórica em que a vontade popular prevaleceu e o deputado Eduardo Cunha foi afastado do cargo. Com a vacância, eu assumi, a partir de agora, a titularidade do cargo de deputado federal. Agora, estou aqui de forma diferente, em vez de suplente como titular.

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Segundo ele, não houve recomendação ou pressão da bancada para votar contra ou a favor da cassação de Cunha. O mandato do ex-presidente da Câmara foi cassado no fim da noite da última segunda-feira (12) por 450 votos a favor, dez contra e nove abstenções. Com o resultado, Cunha fica inelegível por oito anos.

— O Eduardo é do nosso partido, mas a minha votação ontem não foi pelo fato de eu ter a possibilidade de assumir a titularidade, mas, sim, pela minha consciência. Eu acho que cometeu erro tem que se pagar pelo erro cometido. Mesmo sendo do partido, eu votei favoravelmente à sua saída. Temos que pagar pelos nossos erros e foi isso que aconteceu ontem: a vontade popular, através de deputados, prevaleceu. Desejo toda a sorte para o deputado Eduardo Cunha, agora fora da política. E que, no futuro, se ele quiser voltar à vida pública, que possa voltar de uma maneira diferente do que foi atualmente. 

Os deputados aprovaram o parecer do Conselho de Ética da Casa que pediu a cassação do mandato de Cunha por ele ter mentido durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras sobre ter contas secretas na Suíça que teriam recebido dinheiro do esquema de pagamento de propina envolvendo a Petrobras e investigado na Operação Lava Jato.

Lava Jato faz primeira denúncia por cartel de empreiteiras na Petrobras

Posted: 13 Sep 2016 12:10 PM PDT

Oito pessoas ligadas à Iesa Óleo e Gás e Queiroz Galvão foram denunciadas na Operação Lava Jato Reprodução/Iesa Óleo e Gás

A força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato denunciou nesta terça-feira (13) oito pessoas ligadas às empreiteiras Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás pelos crimes de cartel e fraude em licitação. É a primeira denúncia envolvendo integrantes do cartel de empresas que fraudava licitações na estatal.

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Na ação, o Ministério Público Federal pede ressarcimento pelos desvios no valor de R$ 105 milhões e US$ 12 milhões para os denunciados ligados à Queiroz Galvão e de R$ 47 milhões, além de US$ 2 milhões, no caso dos envolvidos da Iesa.

De acordo com a denúncia, ex-executivos das empresas fraudaram licitações da Petrobras entre 2006 e 2014. Segundo os procuradores, as apurações mostraram que houve oferecimento e pagamento de propina para ex-diretores da Petrobras que se comprometeram a manter o funcionamento do cartel.

A Agência Brasil entrou em contato com as empresas e aguarda retorno.

“Quem planta ventos, colhe tempestade", diz Renan sobre cassação de Cunha

Posted: 13 Sep 2016 11:56 AM PDT

Renan Calheiros: "Quem planta ventos, colhe tempestade" Jane de Araújo/13.09.2016/Agência Senado

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou evitar o assunto "Eduardo Cunha" na entrevista coletiva após a reunião de líderes nesta terça-feira (13) em Brasília, mas, diante da insistência dos jornalistas, disse que a cassação do ex-presidente da Câmara se deveu à atuação do peemedebista à frente da Casa.

— [A cassação] é resultado de uma lei da natureza. Quem planta ventos, colhe tempestade.

Renan destacou ainda a decisão de incluir na pauta do plenário, já hoje, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que estabelece a cláusula de barreira para a representação partidária no Poder Legislativo.

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Pela PEC, um partido terá que ter pelo menos 2% dos votos válidos em 2018 e 3% a partir de 2022 para obter cadeiras no parlamento.

Referindo-se à proposta como uma "reforma política", Renan disse que ela traz pontos "absolutamente necessários para a governabilidade do país".

— Do jeito como as coisas são hoje, com cerca de 30 partidos, é quase impossível pra qualquer governo construir uma base consistente, duradoura, baseada em propostas. Esse sistema está esvaído, precisamos reduzir o número de partidos.

Renan acredita que a proposta poderá ser aprovada após o processo eleitoral, em novembro, e que encontrará no presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), alguém também disposto a dar continuidade efetiva à sua tramitação.

Reforma da Previdência

Renan disse ainda que considera relevante para o governo definir um modelo de reforma para a Previdência Social.

No entanto, o presidente do Senado observa que essa reforma deve ter resultados concretos e não retirar direitos.

— Tem que ter uma regra de transição, tem que respeitar os direitos adquiridos e as expectativas de direito. O buraco na Previdência também é consequência da recessão e do desemprego, se o país estivesse crescendo 3% ou 4% a situação não seria tão grave.

Ele admite que a reforma é "necessária" e que o Senado se debruçará sobre ela, mas também entende que não se deve encará-la como "a saída para todos os problemas econômicos e previdenciários do país".

Ele ressaltou que se a reforma não respeitar direitos ou expectativas de direitos, não estabelecendo uma regra de transição, poderá ser anulada pelo Supremo Tribunal Federal.

Renan falou ainda aos repórteres sobre a pauta do Plenário nesta terça-feira, que incluirá o projeto que trata do enfrentamento ao tráfico de pessoas (SCD 2/2015); a ampliação do número de municípios que faz parte da Região integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride - PLC 102/2015 - complementar) e a proposta que trata da securitização das dívidas dos Estados (PLS 204/2016).

Rodrigo Maia diz que cassação de Cunha era o “que tinha que ser feito”

Posted: 13 Sep 2016 11:54 AM PDT

Cunha afirmou que o governo Temer teve responsabilidade na cassação de seu mandato Luis Macedo/22.08.2016/Câmara dos Deputados

Um dia após a cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (13) que o resultado era "o que tinha que ser feito".

— Não é um momento feliz nem é um momento de comemoração, mas era o momento necessário. E assim foi feito.

Mais cedo, Maia minimizou a promessa de Cunha de escrever um livro relatando todos os diálogos que teve durante o processo de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. Perguntado se a intenção do deputado cassado o preocupa, Maia respondeu apenas que "é normal, acontece, a vida é assim".

Após ter seu mandato cassado pela Câmara, o ex-deputado responsabilizou o governo do presidente Michel Temer pelo resultado da votação. O peemedebista negou que tenha a intenção de fazer delação premiada, mas prometeu escrever um livro sobre o impeachment de Dilma Rousseff.

Para Cunha, o governo Temer teve responsabilidade na cassação de seu mandato por ter apoiado a eleição de Rodrigo Maia à presidência da Casa, com ajuda do PT.

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Livro

Eduardo Cunha informou que pretende escrever alguns diálogos no livro que quer lançar. 

— Vou contar tudo o que aconteceu, diálogo com todos os personagens que participaram de diálogos comigo. Eles serão tornados públicos, na sua integralidade. Todo mundo que conversou comigo, todos, todos. 

Apesar da promessa de escrever um livro de memórias, o peemedebista negou que se tratem de ameaças.

— Não sou pessoa de fazer qualquer tipo de ameaça, velada ou não. Não faço ameaça. O livro não é ameaça. Quero contar os fatos, contribuir para a história. A sociedade merece conhecer todos os detalhes. Até porque uns ficam falando que é golpe e hoje vão querer perpetuar esse discurso de golpe com a minha cassação. Não tenho nada a revelar sobre ninguém. O dia que o tiver, eu o farei.

O mandato do ex-presidente da Câmara foi cassado no fim da noite da última segunda-feira (12) por 450 votos a favor, dez contra e nove abstenções. Com o resultado, Cunha fica inelegível por oito anos.

Não tinha alternativa, diz líder do governo sobre abstenção na cassação de Cunha

Posted: 13 Sep 2016 11:25 AM PDT

Cunha foi cassado na última segunda-feira (12) por 450 votos a 10 EBC

O líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura (PSC-SE) afirmou nesta terça-feira (13) que não tinha outra escolha a não ser se abster na votação do pedido de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na noite dessa segunda-feira (12).

— Não tinha outra alternativa.

O peemedebista fluminense teve o mandato cassado por 450 votos favoráveis, 10 contrários e outras nove abstenções. Faltas e abstenções contaram a favor de Cunha.

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Moura era aliado de primeira hora de Cunha, tendo atuado como interlocutor do deputado agora cassado com o governo Dilma Rousseff quando o peemedebista era presidente da Câmara. Ele chegou ao posto de líder do governo Michel Temer na Câmara por articulação de Cunha.

Para não passar a mensagem de que o governo Temer estava se envolvendo na votação de Cunha, Moura se recolheu. Passou praticamente toda a sessão em seu gabinete e só veio ao plenário na hora da votação. Logo em seguida, deixou o local.