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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

#Brasil

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Unicamp 2017: inscrições para vestibular terminam hoje

Posted: 31 Aug 2016 08:00 PM PDT

A primeira fase do vestibular está marcada para 20 de novembro Unicamp

As inscrições para o vestibular 2017 da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) terminam nesta quinta-feira (1º). Os candidatos tem até as 23h59 de hoje para efetivar as inscrições, exclusivamente pela internet no site da Comvest (Comissão Permanente de Vestibulares).

A primeira fase do vestibular da Unicamp está marcada para o dia 20 de novembro e a segunda fase, nos dias 15, 16 e 17 de janeiro de 2017. A primeira lista dos aprovados será divulgada em 13 de fevereiro.

O valor da taxa de inscrição para o vestibular é de R$ 160 e poderá ser paga até 2 de setembro. A universidade já encerrou o período para os pedidos de isenção da taxa, que foi até o dia 23 de maio.

Mega-Sena acumula e próximo sorteio tem prêmio estimado em R$ 10 milhões

Posted: 31 Aug 2016 05:48 PM PDT

O concurso da Mega-Sena realizado nesta quinta-feira (31) não teve ganhadores e o prêmio ficou acumulado para o próximo sorteio, no sábado (3), conforme informou a Caixa Econômica Federal.

Os números sorteados foram 13, 17, 29, 45, 49 e 50. A estimativa de prêmios para o próximo concurso é de R$ 10.000.000,00.

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Temer embarca para China acompanhado de Meirelles e Renan

Posted: 31 Aug 2016 05:23 PM PDT

Temer se reuniu com ministros após tomar posse nesta tarde Andre Violatti/Futura Press/Estadão Conteúdo

O presidente Michel Temer embarcou na noite desta quarta-feira (31) rumo a China, onde participa do encontro do G-20 e de outros compromissos, como reuniões bilaterais. Estão no avião presidencial os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e das Relações Exteriores, José Serra, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, além de alguns parlamentares.

O avião presidencial — um Airbus A319 — possui uma suíte para Temer, além de uma espécie de ala vip, com cadeiras e mesas de escritório para reuniões. A primeira-dama, Marcela Temer, não acompanha o marido em sua primeira viagem como presidente efetivado.

Há pouco, durante reunião ministerial, Temer afirmou que não estava viajando para a China "a passeio" e que a comitiva brasileira quer mostrar ao mundo que é um governo legítimo.

"A partir de hoje divulguem que nós estamos viajando exata e precisamente para revelar aos olhos do mundo que temos estabilidade política e segurança jurídica", disse. Temer disse ainda que o principal objetivo da viagem é atrair recursos para o Brasil.

Senado aprova impeachment, sela saída definitiva de Dilma e encerra mais de 13 anos do governo do PT

A viagem tem previsão de três paradas: na Ilha do Sal, Cabo Verde; em Praga, capital da República Tcheca; e em Astana, capital do Cazaquistão. O tempo de viagem estimado é em torno de 28 horas.

Temer deve chegar no dia 2 de setembro, a tempo de participar de um seminário de empresários em Xangai. Há ainda diversos encontros bilaterais pré-agendados. Para o dia 3 de setembro, por exemplo, já estão previstos encontros com os primeiros ministros da Espanha e Itália, com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita.

Há também a previsão de uma conversa com o diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Roberto Azevêdo. A agenda principal na China, o encontro dos líderes do G-20 em Hangzhou, está marcada para os dias 4 e 5 de setembro.

Pela 1ª vez na história, Brasil tem três presidentes em um só dia

Posted: 31 Aug 2016 05:22 PM PDT

Uma conjunção de fatores propiciou um inedistimo histórico nesta quarta-feira: pela primeira vez, o Brasil teve três presidentes em um único dia.

O inusitado ocorreu por uma sucessão de desdobramentos que tiveram início por volta das 11h com a votação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado Federal.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o afastamento definitivo da petista foi aprovado pela maioria dos senadores. Dilma já estava afastada do cargo desde o dia 12 de maio, quando o Senado aprovou a abertura do processo.

Em seguida, foi feita a comunicação oficial ao presidente interino Temer. Às 17h, ele foi empossado como presidente no plenário do Senado.

Mas Temer já estava com a viagem marcada para esta quarta-feira para a China, onde participará da reunião do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo.

Por causa disso, com a saída do peemedebista do país, o cargo passou a ser ocupado pelo atual presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Maia, que está à frente da casa desde julho em um mandato-tampão após a renúncia do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve comandar o país até o retorno de Temer, na próxima terça-feira.

"Nunca houve algo do tipo (um dia com três presidentes) na história. É a típica jabuticaba brasileira", afirmou por telefone à BBC Brasil o historiador brasileiro José Murilo de Carvalho.

Impeachment

Ao fim de um processo que durou cerca de nove meses, Dilma Rousseff teve o mandato cassado no Senado por 61 votos contra 20. Ela, no entanto, manteve o direito a exercer função pública, conforme votação ocorrida em separado após a aprovação do impeachment.

Depois do anúncio de que havia sido destituída definitivamente do cargo, Dilma fez um rápido pronunciamento à imprensa afirmando que o impeachment foi o "segundo golpe" que sofreu na vida e que o governo de Temer enfrentará uma oposição "enérgica e determinada".

Segundo a petista, a decisão de destitui-la não teve "qualquer justificativa constitucional".

"O golpe não foi apenas contra mim. Isso foi apenas o começo. Vai atingir indistintamente qualquer organização progressista e democrática. O golpe é contra o povo, é contra a nação, é misógino, é homofóbico, é racista", disse.

Ela também prometeu que "não desistirá" e que continuará sua jornada "contra o retrocesso, a agenda conservadora e pelo reestabelecimento pleno da democracia".

Na televisão, Michel Temer fala em unir País

Posted: 31 Aug 2016 04:46 PM PDT

Temer fez primeiro pronunciamento oficial Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Em seu primeiro pronunciamento oficial na TV, o presidente Michel Temer salientou, na noite desta quarta-feira (31), sua disposição em unir o País, destacou seu esforço em controlar os gastos públicos e reforçou o seu apoio à reforma previdenciária e das relações de trabalho.

"É hora de unir o País e colocar os interesses nacionais acima dos interesses de grupos", disse. "Destaco os alicerces de nosso governo: eficiência administrativa, retomada do crescimento, geração de emprego, segurança jurídica, ampliação dos programas sociais e a pacificação do País."

Temer disse que a reforma da Previdência é necessária para garantir o pagamento dos beneficiados. "Sem reforma, em poucos anos o governo não terá como pagar os aposentados."

O presidente salientou que recebeu o Pais com 12 milhões de desempregados e um alto déficit nas contas. Sobre as relações trabalhistas, Temer afirmou: "A livre negociação é uma avanço nessas situações."

O presidente ressaltou que, desde que assumiu interinamente a Presidência, tem tentado controlar as contas do governo. "Uma de nossas primeiras providências foi impor limites para os gastos púbicos. Encaminhamos ao Congresso Nacional uma proposta de Emenda Constitucional com teto para as despesas públicas [...] Reduzimos o número de ministérios, demos fim a milhares de cargos de confiança."

Temer destacou ainda seu apoio a programas sociais iniciados durante a gestão petista. "Aumentamos o valor do Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida foi revitalizado."

O presidente classificou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff como uma "decisão transparente e democrática do Congresso Nacional". Em sua conclusão, ele afirmou: "Meu único interesse é entregar ao meu sucessor um País reconciliado, pacificado, em ritmo de crescimento."

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Supremo derruba regra de classificação indicativa na TV

Posted: 31 Aug 2016 04:16 PM PDT

Emissoras terão de informar a classificação indicativa dos programas, mas poderão transmiti-los em qualquer horário Getty Images

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira (31) julgar inconstitucional a regra que obriga as emissoras de televisão a veicular seus programas de acordo com o horário estabelecido pela classificação indicativa. Segundo a maioria dos ministros, a imposição prévia de horário para exibição das atrações é ilegal por tratar-se de censura prévia à programação das TVs.

Com a decisão da Suprema Corte, as emissoras continuam sendo obrigadas a exibir caracteres sobre classificação dos programas, mas apenas de forma informativa, podendo veicular os programas no horário que entenderem.

A classificação indicativa está prevista na Constituição e foi regulamentada no ECA (Estatuto da Criança e Adolescente). No STF, foi questionado o artigo 254 do estatuto, que prevê multa para as emissoras que transmitirem "espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso de sua classificação".

Obrigação

A questão começou a ser julgada no STF por meio de uma ação impetrada pelo PTB em 2011, na qual a legenda questionou o pagamento de multa para as emissoras que transmitirem "espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso de sua classificação".

O julgamento foi retomado hoje, com voto do ministro Teori Zavascki.  O ministro entendeu que as regras de classificação indicativa têm efeito de recomendação sobre o conteúdo dos programas, mas não pode ser tratado como obrigação para as emissoras. Para Teori, o modo de veiculação atual é ineficiente.

— O modo como se veicula a indicação, no meu entender, é absolutamente ineficiente nos programas de televisão. Isso certamente reclama medidas no sentido de aperfeiçoar o sistema. Normalmente, a indicação vem no início do programa, mas no decorrer não há nenhuma indicação.

PTB

Os ministros Marco Aurélio e Celso de Mello também acompanharam a manifestação de Zavascki.

Anteriormente, haviam votado o relator, ministro Dias Toffoli, e três ministros que votaram em 2011: Ayres Britto (aposentado), Luiz Fux e Cármen Lúcia. Para Toffoli, as emissoras não são obrigadas a seguir os horários e só podem ser punidas administrativamente se não indicarem no início da exibição a faixa etária a qual é destinada.

A ação do PTB teve apoio da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Organizações da sociedade civil defensoras dos direitos humanos são a favor da manutenção da classificação indicativa.

Governos esquerdistas da América Latina condenam afastamento de Dilma

Posted: 31 Aug 2016 03:14 PM PDT

Por Diego Oré

CARACAS (Reuters) - Governos esquerdistas da América Latina condenaram o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, nesta quarta-feira, e o classificaram como um golpe de Estado, mas a Venezuela foi além e suspendeu suas relações com o Brasil e retirou "definitivamente" seu embaixador do país.

As manifestações contrárias à decisão do Senado de declarar Dilma culpada de crime de responsabilidade por violar leis orçamentárias também vieram de Bolívia, Cuba, Equador e Nicarágua, países próximos à primeira mulher presidente do Brasil.

"O governo da Venezuela, em defesa da legalidade internacional e solidária com o povo do Brasil, decidiu retirar definitivamente seu embaixador na República Federativa do Brasil, e congelar as relações políticas e diplomáticas com o governo surgido desse golpe parlamentar", disse o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela em comunicado.

"Oligarquias políticas e empresariais recorreram a artimanhas antijurídicas sob o formato de crime sem responsabilidade para chegar ao poder pela única via que lhes é possível: a fraude e a imoralidade", acrescentou.

Durante o processo de impeachment que polarizou o país, Dilma negou veementemente as acusações e denunciou o processo como um golpe de Estado.

Por 61 votos a favor e 20 contra, o Senado pôs fim a 13 anos de governo do PT, e colocando Michel Temer no comando do país até o fim de 2018. [nL1N1BC1YC]

A voz contrária na região foi da Argentina, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, que disse que "respeita o processo" de impeachment e "reafirma a sua vontade de continuar no caminho de uma integração real e efetiva".

Desde que Temer assumiu interinamente, em maio, a Venezuela afastou-se do Brasil, depois de um relacionamento forte na última década, quando governaram Hugo Chávez e Luiz Inácio Lula da Silva.

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"GOLPE DE ESTADO"

Bolívia, Cuba, Equador e Nicarágua também condenaram o impeachment de Dilma, chamando-o de "golpe".

"O Governo da República de Cuba rejeita fortemente o golpe de Estado parlamentar-judicial que foi consumado contra a presidente Dilma Rousseff", disse o governo cubano em uma declaração oficial lida na televisão estatal.

O Brasil, aliado político próximo de Cuba, é também um dos seus principais parceiros comerciais na região e fonte de crédito da ilha caribenha.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, convocou seu embaixador no Brasil e escreveu em sua conta no Twitter: "Condenamos o golpe parlamentar contra a democracia brasileira. Acompanhamos Dilma, Lula e seu povo neste momento difícil #FuerzaDilma".

O Equador, por sua vez, pediu consultas ao seu encarregado de negócios no Brasil e disse que os "acontecimentos lamentáveis representam um sério risco para a estabilidade da nossa região".

"Nunca corroboraremos com essas práticas, que nos lembram os momentos mais sombrios da nossa América. Toda a nossa solidariedade com a companheira Dilma, com Lula, e todo o povo brasileiro. Até a vitória sempre!", escreveu o presidente equatoriano, Rafael Correa, em sua conta no Twitter.

(Reportagem adicional de Nelson Acosta, em Havana, Alexandra Valencia em Quito, Daniel Ramos em La Paz e Ivan Castro em Manágua)

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765)) REUTERS TR RBS

O que acontece com Dilma após o impeachment?

Posted: 31 Aug 2016 02:46 PM PDT

Impeachment de Dilma foi aprovado por 61 dos 81 senadores Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Dilma Rousseff foi afastada definitivamente da Presidência, mas não foi punida, nesta quarta-feira (31), com a perda dos direitos políticos e, assim, em teoria, pode ocupar cargos políticos e funções na administração pública.

O impeachment foi aprovado por 61 dos 81 senadores, encerrando um processo que começou há nove meses, em dezembro do ano passado. Era necessário o voto de pelo menos 54 senadores (dois terços do total) para a destituição.

A BBC Brasil preparou uma lista de perguntas e respostas sobre o futuro da petista, que já estava afastada desde maio.

1. O que acontece com Dilma?

Com a aprovação do impeachment, Dilma deixa de ser presidente, cargo para o qual foi reeleita em 2014 para um mandato de quatro anos.

Ela também terá de sair do Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente da República em Brasília. A petista deve retornar a Porto Alegre, onde tem residência particular, neste fim de semana.

2. Quais direitos ela preserva ou perde?

"Dilma continua detentora de seus direitos políticos e, assim, pode se candidatar a qualquer cargo em qualquer momento", diz o professor de direito Constitucional da Faculdade Mackenzie Flávio de Leão Bastos Pereira.

"E, com o status de ex-presidente, ela tem direito a seguranças, já que se considera que um ex-presidente pode possuir desafetos entre a população. Também tem direito a salário para seus assessores, por alguém que ocupou esse cargo deter informações importantes."

Mais especificamente, Dilma tem direito a quatro seguranças, dois veículos oficiais (com dois motoristas) e dois assessores pessoais. Os seis servidores públicos são pagos pela União.

Destituída do cargo, Dilma perde o direito a usar os aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), além da remuneração mensal bruta de R$ 30.934, cartão alimentação e plano de saúde da Presidência da República. A família da petista também deixa de contar com segurança pessoal.

Não há aposentadoria para ex-presidentes. O benefício, criado em 1969, foi revogado com a promulgação da Constituição de 1988.

3. Dilma pode recorrer da decisão do impeachment?

Sim. E já indicou que recorrerá da decisão no STF (Supremo Tribunal Federal), segundo o ex-ministro da Justiça e advogado de Dilma Rousseff no processo de impeachment, José Eduardo Cardozo.

"Vamos entrar com duas ações: uma nesta noite (de quarta) ou amanhã de manhã questionando alguns aspectos como a mudança do libelo, o senador (do PSDB Antonio) Anastasia ampliou as acusações para poder justificar retoricamente o golpe. Também vamos discutir que há dispositivos na lei que disciplina o processo de impeachment que não foram atendidos", disse Cardozo à BBC Brasil.

Ele disse ainda que "dentro de dois ou quatro dias, vamos entrar com outro mandado de segurança (para) discutir a falta da justa causa do processo, ou seja, que não há motivo".

Impeachment foi aprovado nove meses após abertura do processo Reuters

Mas é pouco provável que a Corte julgue o mérito da ação, pois, segundo a Constituição, cabe aos senadores o voto de minerva sobre o afastamento.

Ao mesmo tempo, gerou dúvida jurídica o fato de o Senado ter cassado a ex-presidente, mas ao mesmo tempo mantido seus direitos políticos.

O professor de direito constitucional na PUC-SP Pedro Serrano vê uma "incompatibilidade entre as decisões". "Se foi considerado que não houve gravidade para a pena máxima, não houve gravidade para crimes de responsabilidade. Portanto, fica claro que ela foi cassada por um motivo juridicamente inválido."

O professor Flávio de Leão esclarece que, desde o impeachment de Fernando Collor, a lei estabelece que há a possibilidade de que seja feita uma apreciação separada como ocorreu no caso de Dilma.

4. Dilma pode ocupar cargos e ser julgada por outros crimes?

Em tese, a decisão do Senado permite à ex-presidente ocupar cargos públicos, já que ela não foi considerada inelegível. Mas há um debate jurídico quanto a se sua condenação pelo Senado faz com que ela se enquadre na Lei da Ficha Limpa, algo que a impediria de concorrer a eleições.

Dilma foi alvo de impeachment por ter cometido "crime de responsabilidade fiscal". Segundo os autores do pedido de impedimento, a presidente atrasou repasses a bancos públicos para aliviar momentaneamente as contas públicas - as chamadas "pedaladas fiscais" ─ e emitiu decretos de crédito suplementar "ilegais".

Mas, apesar de já ter perdido o cargo, a petista continuará sendo investigada por obstrução de Justiça. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também é alvo do mesmo inquérito, cuja abertura foi autorizada pelo STF em meados deste mês, assim como dois ex-ministros de Dilma, Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo.

Eles são suspeitos de agir para atrapalhar as investigações da Lava Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras.

Mas Dilma não é ré no processo que corre em sigilo.

Destituída do cargo, contudo, a petista perde a prerrogativa de foro privilegiado (direito de ser julgada no STF) - casos contra ela seriam analisados em primeira instância, com base nos procedimentos recentes da corte.

Dilma foi considerada culpada por crime de responsabilidade fiscal Mario Tama - Getty

5. O que Dilma deve fazer depois do impeachment?

Segundo relatos de assessores à imprensa, mesmo após o impeachment, Dilma deve continuar viajando pelo Brasil fazendo sua defesa. No ano que vem, contudo, ela pode viajar ao exterior.

Dilma já teria recebido o convite para estudar em duas instituições estrangeiras - uma nos Estados Unidos e outra na França, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo.

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Após consumação do impeachment, Cristina Kirchner sai em defesa de Dilma

Posted: 31 Aug 2016 02:36 PM PDT

Ex-presidente Cristina Kirchner apoiou Dilma nas redes sociais José Cruz/ Agência Brasil

A ex-presidente Cristina Kirchner recorreu ao Twitter para defender Dilma Rousseff após o julgamento no Senado. Minutos depois da posse de Michel Temer, a argentina escreveu três mensagens: "Consumou-se no Brasil o golpe institucional: nova forma de violar a soberania popular", "América do Sul, outra vez laboratório da direita mais extrema" e "Nosso coração com o povo brasileiro, Dilma, Lula e os companheiros do PT".

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Embora tenha sempre demonstrado sintonia com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou em Buenos Aires da campanha do candidato kirchnerista, Daniel Scioli, na última eleição presidencial, Cristina não manteve a mesma proximidade com Dilma nos cinco anos em que coincidiram no poder. A ex-presidente brasileira recebeu Scioli em Brasília durante a campanha, mas assessores ressaltavam uma distância de estilo entre as duas.

Na segunda-feira (29), Lula mandou uma carta a Cristina em que falava de uma "gravíssima situação" no Brasil. A líder argentina divulgou o documento em seu site e opinou que Lula seria o "verdadeiro alvo" do julgamento que ela classificou como golpe. Ela acrescentou que o processo brasileiro seria parte de uma estratégia contra governos nacionais e populares.

Acusada de enriquecimento ilícito, falsificação, fraude financeira, Cristina costuma se colocar como vítima de uma conspiração do Judiciário e dos EUA. Nos últimos meses, ela citou as denúncias contra Lula e Dilma como "exemplos de perseguição" similares ao seu.

Em primeira fala após a posse, Temer pede que aliados rebatam acusação de 'golpismo'

Posted: 31 Aug 2016 02:26 PM PDT

Temer faz primeira reunião ministerial após a posse Estadão Conteúdo

Em sua primeira fala pública após tomar posse, o presidente Michel Temer interino pediu a seus ministros que rebatam a acusação de "golpismo" feita contra ele pelos apoiadores da ex-presidente Dilma Rousseff.

"Golpista? Golpista é você que é contra a Constituição", disse Temer simulando uma resposta a quem o chamasse dessa forma. "Golpista é quem propõe a ruptura constitucional."

O presidente ressaltou que até então procurou ser discreto. "Mas agora não vamos levar ofensa para casa. É preciso firmeza", disse, acrescentando que a firmeza poderia vir aliada à elegância. "Isso aqui não é brincadeira. E nem ação entre amigos ou ação contra inimigos."

O pronunciamento foi feito durante reunião ministerial aberta à imprensa.

Temer ainda criticou aliados do governo que se manifestaram no Congresso contra a inabilitação de Dilma sem antes conversar com o Executivo. "Se é governo, tem que ser governo. Quando não concorda com a nossa posição, que venha conversar conosco. O que não dá é que aliados nossos se manifestem lá sem conversar conosco."

Combate ao desemprego

O presidente ainda afirmou que ele e sua equipe de ministros terão dois anos e quatro meses para "colocar o Brasil nos trilhos". "E colocar o Brasil nos trilhos significa colocá-lo em todas as áreas."

O presidente enfatizou que a primeira preocupação do novo governo deve ser combater o desemprego. "Não será fácil, não estou dizendo que será tranquila, porque temos quase 12 milhões de desempregados", disse, acrescentando que o desemprego provaca "amargor" na população. "No instante que nós começarmos a geral empregos, isso vai tirando o amargor. Eu espero que os senhores se dediquem com afinco."

Temer pediu a seus ministros que conversem com as bancadas de seus partidos para que sejam aprovadas as medidas consideradas necessárias pelo governo. "Os senhores todos aqui representam vários partidos políticos. Então é importante que os senhores tenham um trabalho muito intenso. É importante que preguem nos partidos sobre as reformas urgentes que o brasil precisa." A primeira delas, segundo Temer, é reforma do teto constitucional de gastos públicos até o final do ano.

Temer ainda ressaltou a urgência da reforma trabalhista, chamada por ele de "adequação nas relações patrão-empregado" e da reforma da Previdência.

Ele disse que pediu ao departamento de comunicação da Presidência que faça publicidade da necessidade da reforma previdenciária. "Essas coisas divulgadas na TV, no rádio, nas revistas e jornais vão esclarecendo a população. Não queremos fazer as coisas de cima para baixo, queremos a compreensão."

Após a reunião com os ministros, o presidente embarcaria para a China, onde ocorrerá reunião do G-20. "Se indagados a respeito da viagem, divulguem que estamos viajando para revelar aos olhos do mundo que temos estabilidade política e jurídica", disse Temer à sua equipe. "Não estamos indo a passeio." 

Às 20h, um pronunciamento gravado do presidente à Nação deve ir ao ar.

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Veja a agenda dos candidatos à prefeitura de Salvador para esta quinta-feira (1º)

Posted: 31 Aug 2016 02:11 PM PDT

Agendas estão seguindo a ordem alfabética dos candidatos registrados no TRE Montagem R7 BA

Todos os dias o R7 BA vai divulgar a agenda dos sete candidatos à prefeitura de Salvador. Serão postados os compromissos do dia posterior dos políticos em uma única nota, seguindo a ordem alfabética dos candidatos registrados no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Veja as agendas:

ACM Neto (coligação "Orgulho de Salvador")

Às 9h, está agendada uma entrevista à imprensa. Ás 10h30, o candidato cumpre agenda administrativa, até as 12h, quando fará uma caminhada no bairro da Boca do Rio, com ponto de encontro no shopping gaivota, no Imbuí. Às 15h, está programada a gravação do programa eleitoral e ás 17h uma caminhada em Nova Constituinte, com ponto de encontro no cruzamento da rua do Congo com a rua Santo Inácio. Às19h30, participa de lançamento da candidatura de um vereador, no Espaço Zen, no Rio Vermelho e ás 20h30 outro lançamento de candidatura de vereador, na Associação Atlética da Bahia, na Barra.

Alice Portugal (coligação "Sim para Salvador!")

Haverá a gravação de programa eleitoral, entre 08h e 12h. Mais tarde, uma caminhada em Cosme de Farias, com concentração na praça Cosme de Farias até largo dos Paranhos, entre 15h e 17h. Depois, a candidata concede entrevista a rádio Itapoan FM, de 18h até 19h. No fim do dia, participa do lançamento da candidatura do Prof. Rui, na Rua da Mouraria, em Nazaré, de 19h às 20h.

Claudio Silva (coligação "Salvador merece mais")

Às 7h30 participa de entrevista na Rádio Excelsior. De lá o candidato segue para entrevista na Band News. A manhã termina com reunião com equipe de campanha. Pela tarde tem encontro com lideranças comunitárias, grava programa eleitoral e tem entrevista na TV Band. Pela noite participa do Projeto Encontro com os Prefeituráveis na UNIFACS.

Célia Sacramento (PPL)

Uma reunião com a candidata a vice prefeita, Rivanda Mendonça, e a comunidade na Sociedade Unificada dos Professores está marcado para as 9h. Depois, ás 10h, haverá uma reunião com lideranças comunitárias de Valéria. De tarde, a candidata fará diversas reuniões: com moradores da Fonte da Pedra Furada, às 14h30; com moradores na Baixa do Camurujipe, às 16h; e com professores universitários, às 19h.

Da Luz (PRTB)

O candidato Da Luz pela manhã se reúne com os vereadores do PRTB e a tarde concede entrevista num site local

Fábio Nogueira (coligação "Agora é com a gente")

A agenda do candidato começa com uma panfletagem no campus de São Lázaro da UFBA (Universidade Federal da Bahia),  a partir das 9h. Depois, a panfletagem no Alto das Pombas, às 11h, com o candidato Clelio Araújo. Às 14h30, haverá uma  panfletagem no Iguatemi  com Hilton Coelho. Mais tarde, panfletagem no bairro do Calabar das 15h às 17h com Clélio Araújo. Por fim, lançamento do livro de Walter Altino, no Ceao, às 18h. 

Pastor Sargento Isidório (coligação "Agora é a vez do povo")

Às 10h, o candidato concede entrevista para o jornal A Tarde. Depois, participa de caravana em bairros, com concentração às 14h30 no Posto Br na estrada de Fazenda Coutos, visita ao bairro de fazenda coutos ás 15h e visita ao bairro de Periperi as 16h30.

Candidatos em São Paulo se manifestam após impeachment

Posted: 31 Aug 2016 01:13 PM PDT

Dilma Rousseff sofreu impeachment por 61 a 20 votos dos senadores brasileiros Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Três dos cinco candidatos à eleição municipal na capital paulista que lideram as intenções de voto se manifestaram até o momento sobre a votação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado: Fernando Haddad (PT), Luiza Erundina (PSOL) e João Doria (PSDB). A senadora Marta Suplicy (PMDB), que votou a favor da condenação de Dilma, e o deputado federal Celso Russomanno (PRB) ainda não falaram publicamente.

O candidato à reeleição pelo mesmo partido de Dilma, Fernando Haddad, afirmou minutos antes da votação do Senado que o afastamento é um "remédio amargo demais" para uma presidente que não cometeu crime de responsabilidade. Em entrevista à rádio CBN, Haddad disse que não vê razões para o impeachment. 

— Não consigo verificar em dois ou três decretos razão suficiente para afastar um presidente eleito, que pode errar ou acertar, mas tem seu mandato para corrigir eventuais equívocos. 

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Haddad disse ainda que a decisão do Senado abre um precedente para chefes do Executivo sofrerem o mesmo ataque no futuro. Ele classificou o afastamento de Dilma de um "golpe institucional".

— Eu sempre falei que a palavra golpe, sozinha, não ajuda o cidadão a entender o fenômeno. 

Luiza Erundina (PSOL) divulgou uma nota afirmando que houve a consolidação de um golpe de Estado.

— Um julgamento em que a sentença estava dada antes do início.

Para Erundina, a partir de agora um "pacote neoliberal" que beneficia uma elite política e econômica do País será colocado em prática.

— A democracia precisa ser defendida com mais e mais afinco. Os golpistas não merecem trégua. 

João Doria (PSDB) fez uma transmissão ao vivo no Facebook após o resultado no Senado e voltou a falar que Dilma sai "pela porta dos fundos" pela má gestão administrativa.

— O Senado Federal dá neste momento uma demonstração de espírito democrático votando sim pelo impeachment.

Ele classificou a decisão de uma vitória da democracia.

Dólar fecha em queda sobre o real, após volatilidade, com impeachment e cena política

Posted: 31 Aug 2016 01:03 PM PDT

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em leve queda nesta quarta-feira ao fim de uma sessão volátil após o Senado aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff mas manter seus direitos políticos, gerando críticas de parlamentares da base e alimentando preocupações no mercado com a governabilidade sob o mandato do presidente Michel Temer.

O dólar recuou 0,34 por cento, a 3,2293 reais na venda, após chegar a 3,2162 reais na mínima e 3,2572 reais na máxima do dia. No mês, a moeda norte-americana marcou desvalorização de 0,42 por cento.

O dólar futuro recuava cerca de 0,10 por cento nesta tarde.

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(Por Bruno Federowski)

Manifestantes articulam protesto de 'péssimas-vindas' a Temer em Brasília

Posted: 31 Aug 2016 01:02 PM PDT

Evento em protesto contra Temer já tem mais de mil pessoas confirmadas Adriano Machado/ Reuters

Logo após a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, manifestantes já articulam em uma rede social o protesto intitulado "Péssimas-vindas a Temer — Não vai ter sossego!", marcado para 19h na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O novo presidente do País, Michel Temer, toma posse agora no Congresso e comandará sua primeira reunião ministerial no fim da tarde no Palácio do Planalto.

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Até o momento, mais de mil pessoas confirmaram presença no protesto e cerca de 760 demonstraram "interesse" em participar. Mais de 12 mil perfis no Facebook foram convidados para a manifestação, idealizada pela página do Coletivo Poético Assum Preto.

Os acessos ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto continuam fechados para a população. Já o gramado central da Esplanada dos Ministérios está separado por um muro. O lado sul está reservado para manifestantes favoráveis ao impeachment e o lado norte para os movimentos contra a saída de Dilma.

EUA dizem que fortes relações com Brasil continuarão após impeachment de Dilma

Posted: 31 Aug 2016 01:02 PM PDT

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos confiam que as fortes relações bilaterais com o Brasil continuarão, disse um porta-voz do Departamento de Estado nesta quarta-feira, após o Senado brasileiro ter aprovado a cassação do mandato de Dilma Rousseff.

O porta-voz John Kirby também disse a jornalistas que as instituições democráticas do Brasil agiram dentro da estrutura constitucional do país.

(Por Arshad Mohammed)

Após impeachment, Venezuela congela relações diplomáticas com Brasil

Posted: 31 Aug 2016 01:00 PM PDT

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela emitiu um comunicado oficial em que informa que está congelando as relações diplomáticas com o Brasil nesta quarta-feira (31).

"O governo da República Bolivariana da Venezuela [...] decidiu retirar definitivamente seu embaixador da República Federativa do Brasil e congelar as relações políticas e diplomáticas com o governo surgido deste golpe parlamentar", informa o Ministério.

A extensa nota "condena categoricamente o golpe de Estado parlamentar consumado no Brasil contra a presidente Dilma Rousseff mediante a qual perigosamente substitui-se ilegitimamente a vontade popular de 54 milhões de brasileiros, violentando a Constituição e alterando a democracia nesse país irmão".

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Os governos do Equador e da Bolívia, por sua vez, convocaram seus embaixadores no país. O ato é considerado o mais grave na diplomacia internacional.

"Estamos convocando o nosso embaixador no Brasil para assumir as medidas que neste momento são aconselhadas. Condenamos o golpe parlamentar contra a democracia brasileira. Estamos ao lado de Dilma, Lula e seu povo nesta hora difícil", escreveu o presidente da Bolívia, Evo Morales, em seu Twitter.

Pela mesma rede social, o mandatário do Equador, Rafael Correa, anunciou a mesma medida.

"Destituíram Dilma. Uma apologia ao abuso e à traição.

Retiraremos nosso encarregado da embaixada. Jamais vamos coonestar com essas práticas, que nos lembram das horas mais obscuras de nossa América. Toda nossa solidariedade com a companheira Dilma, com Lula e com todo o povo brasileiro. Até a vitória sempre", postou o líder equatoriano.

Quem também emitiu nota foi a bancada progressista do Parlamento do Mercosul. No comunicado, os parlamentares de vários países expressaram "seu total repúdio ao Golpe de Estado concretizado contra a companheira presidente Dilma Rousseff por parte de setores oligárquicos, conservadores e reacionários do Brasil".

Presidentes de DEM e PSDB cobram PMDB após manutenção de direitos de Dilma

Posted: 31 Aug 2016 12:59 PM PDT

Por Eduardo Simões

SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - Os presidentes do DEM, senador José Agripino Maia (RN), e do PSDB, senador Aécio Neves (MG), cobraram nesta quarta-feira compromisso do PMDB com a base aliada do presidente Michel Temer após o Senado decidir manter a presidente cassada Dilma Rousseff habilitada para exercer cargos públicos.

A manutenção da habilitação de Dilma em votação separada da que resultou na cassação do mandato da petista, com votos de senadores do PMDB, provocou incômodo e desconforto entre parlamentares do DEM e do PSDB, partidos que apoiam Temer, embora o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), tenha negado abalos na base.

"Há necessidade urgente de o presidente Temer interferir diretamente, fazer uma reunião com os partidos e exigir uma coisa que nós exigimos. Não dá para um partido se comportar com lealdade aos princípios do governo e do país e a outra parte da base fazer o que bem quer", disse Agripino a jornalistas.

"Ou todos trabalham unidos em torno do interesse do país e seguem a orientação do governo ou esse barco não vai aportar em porto seguro", acrescentou.

Aécio, candidato derrotado por Dilma em 2014, se disse surpreso coma decisão de manutenção da habilitação de Dilma, especialmente pelo fato de, segundo ele, "importantes líderes do PMDB", terem votado pela manutenção dos direitos da petista.

"É preciso --e fica aqui esse alerta do presidente nacional do PSDB-- que o partido do hoje presidente Michel Temer diga com clareza até onde vai o seu compromisso com o próprio governo e com essa nova agenda", disse o tucano.

"Gerou um desconforto enorme em líderes importantes do PSDB essa movimentação de última hora do PMDB. Vamos avaliar o que ocorreu. É preciso que o presidente Michel assuma a liderança de todo esse processo", afirmou.

Apesar do incômodo gerado pela decisão de manter os direitos políticos da presidente cassada, o líder do governo no Senado, que foi candidato a vice de Aécio em 2014, disse que o caso não terá impactos na união da base de sustentação a Temer.

"Não abala em nada", disse Aloysio Nunes à Reuters por telefone. "O objetivo principal que era o impeachment foi atingido", acrescentou o líder que, no entanto, avaliou a decisão do Senado de manter Dilma habilitada para o exercício de cargos públicos como equivocada.

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(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello em Brasília)

Temer toma posse como presidente da República de forma definitiva

Posted: 31 Aug 2016 12:53 PM PDT

Por Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello

(Reuters) - Michel Temer tomou posse nesta quarta-feira como novo presidente da República em sessão solene no Congresso Nacional, em substituição a Dilma Rousseff, que teve seu mandato cassado pelo Senado no julgamento do impeachment.

Reeleito vice-presidente na chapa encabeçada por Dilma em 2014, Temer vinha exercendo interinamente a Presidência desde o afastamento provisório de Dilma em maio. Agora segue na Presidência até o final do mandato original da petista, em 31 de dezembro de 2018.

Temer toma posse e PMDB reassume poder de forma indireta 

Posted: 31 Aug 2016 12:49 PM PDT

Temer toma posse ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

O peemedebista Michel Temer tomou posse no plenário Senado Federal na tarde desta quarta-feira (31) após a decisão do Senado de afastar definitivamente a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Com isso, o seu partido assume pela segunda vez na história do País o cargo mais alto da admnistração pública de forma indireta. A primeira vez foi em 1985, quando o vice José Sarney assumiu a presidência após a morte de Tancredo Neves.

Temer chegou pela chapelaria do Congresso onde foi recebido pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros e do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski. A sessão foi rápida e semelhante à que deu posse a Itamar Franco (na época do PRN), que assumiu após o impeachment de Fernando Collor.

A diferença é que Itamar tomou posse no plenário da Câmara. Já Temer tomou posse no plenário do Senado. Assim como Itamar, Temer fez um juramento à Constituição e foi declarado empossado pelo presidente do Congresso. O mandato efetivo de Temer terá no máximo dois anos e meio, até 2018, quando ele pode disputar a reeleição.

Ainda nesta quarta-feira, Temer deve fazer uma reunião ministerial para anunciar medidas econômicas. À noite, embarca para a China ao lado de ministros e parlamentares para o encontro do G20.

Após afastamento definitivo, Dilma conserva os direitos políticos

Impeachment da presidente Dilma Rousseff lidera assuntos no Twitter brasileiro

Temer tem uma dívida comigo, diz Janaína Paschoal

Posted: 31 Aug 2016 12:03 PM PDT

Janaína Pascoal afirmou que Temer precisará ser "o maior presidente de todos os tempos" Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo

Após o fim da sessão que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, a jurista Janaína Paschoal, uma das autoras do processo, enviou uma recado para o novo presidente, Michel Temer.

— Ele tem uma dívida comigo. Ele me deve ser o maior presidente de todos os tempos. 

Janaína mandou o recado pelo telefone de um assessor parlamentar do Senado para o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, um dos braços direito de Temer. Ela disse não saber ao certo com quem estava falando no início.

A jurista comemorou o resultado do processo.

— Eu sempre tive convicção de que o afastamento era justo, mas apenas hoje, durante a votação, é que percebi a magnitude do processo. 

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Janaína concordou com a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de separar as votações sobre a presidente. Durante a sessão, ele optou por fazer duas votações, uma que determinava o afastamento de Dilma do cargo de presidente e outra para decidir se suspendia as funções políticas da petista e seu direito de elegibilidade por oito anos.

— Acredito que foi uma decisão justa, respaldada pelo que foi feito no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor. 

Por outro lado, a jurista chamou de "compaixão" a decisão dos senadores de rejeitarem a perda das funções públicas de Dilma Rousseff.

— Acho que ali no final, houve um ato de compaixão dos senadores. Houve um apelo, alguns falaram sobre seu salário de aposentadoria, sobre o impedimento de ser até mesmo professora.

Tietagem

A jurista foi uma das últimas a deixar o plenário do Senado. Todos os senadores já haviam saído quando restaram apenas ela e o colega de processo, o jurista Miguel Reale Jr. Janaína foi muito assediada por funcionários do Senado e chegou a tirar fotos com seguranças, equipe de notas taquigráficas, assessores parlamentares e outros membros da secretaria da Mesa Diretora do Senado Federal.