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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

#Brasil

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Além do cargo, quais direitos Dilma pode perder com o impeachment? Entenda

Posted: 29 Aug 2016 08:10 PM PDT

A presidente afastada Dilma Rousseff Pedro Ladeira/29.08.2016/Folhapress

Caso seja condenada no processo de impeachment, Dilma Rousseff deixará definitivamente a Presidência. Ela deve retornar a Porto Alegre, cidade onde vivia antes de integrar o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de, posteriormente, chegar à Presidência.

Mas, além do cargo, que direitos Dilma de fato perde? O artigo 52 da Constituição prevê a chamada inabilitação para o exercício de função pública por oito anos. Entenda o que isso significa:

O que significa inabilitação do presidente deposto para o exercício de função pública?

A inabilitação do presidente deposto para o exercício de função pública significa que ele não pode exercer cargos públicos. Isso inclui algumas situações difíceis de ocorrer com uma pessoa que exerceu o cargo mais alto do País, como, por exemplo, a participação em concursos públicos, a atuação como mesário em eleições ou o exercício da atividade de jurado em um Tribunal do Júri. A legislação, no entanto, não é clara sobre situações cuja probabilidade parece maior para um ex-presidente, como, por exemplo, o exercício de um cargo de confiança de uma outra pessoa eleita. Caso Lula volte à presidência em 2018, Dilma poderia ser ministra da Casa Civil? A questão provavelmente seria levada à Justiça, que teria de decidir sobre o caso.

Caso Dilma seja condenada, ela ficará automaticamente inabilitada?

Isso vai depender da forma como o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, que preside o julgamento do impeachment, formular a questão final à qual os senadores terão de responder. Em princípio, a questão seria a seguinte: "Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de crédito sem a autorização do Congresso Nacional que lhe são imputados e deve ser condenada à perda de seu cargo, ficando em consequência inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?" Neste caso, a chamada inabilitação seria automática. O ex-ministro José Eduardo Cardozo, no entanto, deve pedir a Lewandowski que separe as questões, abrindo a possibilidade para que os senadores que votarem pela perda do cargo possam admitir que Dilma mantenha seus direitos políticos.

Como aconteceu no caso do impeachmente do ex-presidente Fernando Collor Mello?

O caso de Collor é bastante peculiar, pois ele renunciou à Presidência um dia antes da votação final de seu impeachment, ocorrido em 30 de dezembro de 1992. Em seu julgamento, portanto, não estava em questão a perda do cargo, mas apenas a inabilitação. No ano seguinte, em 1993, Collor chegou a entrar com uma ação STF, o Mandado de Segurança 21.689-1, para tentar reaver seus direitos políticos. Em um julgamento apertado (5 a 4), o STF negou o recurso.

Caso sofra o impeachment, Dilma perderá os direitos de um ex-presidente?

Não. Todo ex-presidente tem direito a quatro seguranças pessoais e a dois carros com os respectivos motoristas. Os serviços são tidos como uma forma de garantir que, durante o exercício do cargo, o mandatário não tema futuras represálias. O impeachment não implica na perda desses direitos.

Impeachment: acusação e defesa se enfrentam, e Dilma pode cair nesta terça

Posted: 29 Aug 2016 07:54 PM PDT

Dilma Rousseff se defende no Senado Pedro Ladeira/29.08.2016/Folhapress

Após três meses, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, aberto pelo Senado em 12 de maio, deve chegar a seu término entre o final desta terça-feira (30) e início de quarta-feira (31).

O dia começa com a discussão entre acusação e a defesa. Inicialmente, a acusação terá uma hora e meia para iniciar a chamada fase de debate. Em seguida, a defesa terá tempo igual. Cada parte terá ainda o direito a mais uma hora de réplica e tréplica.

Nessa fase, senadores poderão se pronunciar.

Após o debate o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, que preside o julgamento, deve um resumo do que foi exposto pela acusação e pela defesa.

Antes da votação final, quatro senadores – dois favoráveis ao impeachment e dois contrários – farão o encaminhamento, ou seja, recomendarão a seus pares como votar. Em seguida, deve ter início a votação. Para que Dilma seja afastada são necessário 54 votos.

Dia tranquilo

Apesar da intensa movimentação no Congresso, o quarto dia do julgamento do impeachment, nesta segunda-feira (29), foi o que teve mais debates e menos bate-boca. Foram quase cinquenta minutos de discurso de Dilma seguidos de questionamentos dos senadores e respostas de Dilma.

Nas últimas quinta (25) e sexta-feira (26), as sessões do julgamento tiveram que ser interrompidas algumas vezes em função de discussões acaloradas entre senadores.

A sessão desta segunda-feira (29) era também a mais aguardada, já que Dilma havia confirmado que faria a sua própria defesa pela primeira vez durante os quase nove meses de tramitação do processo no Congresso.

Em discurso no Congresso Nacional e ao responder perguntas de senadores, a presidente afastada voltou a dizer que está sofrendo um golpe. A presidente disse ainda que este é o segundo julgamento injusto a que é submetida.

— Cassar meu mandado é como me condenar a uma pena de morte política. Essa é a segunda vez que me vejo em um julgamento injusto. Na primeira vez, fui condenada por um tribunal de exceção (...) Hoje, quatro décadas depois, não há prisão ilegal, não há tortura. Meus julgadores chegaram aqui pelo mesmo voto popular que me conduziu à Presidência e, por isso, têm meu respeito. Continuo de cabeça erguida olhando nos olhos dos meus julgadores.

Enquanto Dilma discursava, havia um pequeno protesto popular, contra o impeachment, do lado de fora do Congresso.

Apesar de ter agradado apoiadores, a fala de Dilma não deve ser suficiente para reverter votos. Até os mais ferrenhos defensores da presidente falavam a interlocutores que não acreditavam na reversão, mas que lutariam até o fim e que deixariam a sua versão na história do País.

Ao ouvir a fala da presidente, deputados e senadores contrários ao impeachment aplaudiram e ensaiaram gritos, mas foram repreendidos pelo presidente do julgamento, ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal.

A sessão desta segunda foi aberta às 9h38. Ao entrar no plenário, Dilma sentou-se no extremo da mesa, à esquerda de o presidente do julgamento e do STF, Ricardo Lewandowski. Ela começou a discursar às 9h53 e concluiu às 10h39, cerca de 50 minutos depois. Após o discurso, que inicialmente estava previsto para durar meia hora, a presidente começou a ser interrogada pelos senadores.

A presença de Dilma no julgamento marca a fase final do processo, iniciado em dezembro do ano passado, quando o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou uma denúncia apresentada pelo advogado Hélio Bicudo, pela professora Janaína Paschoal e pelo jurista Miguel Reale Jr.

A decisão final, pela condenação ou absolvição da petista, deve ocorrer entre terça e quarta-feira (31), após debate entre acusação e defesa e novas manifestações dos senadores. São necessários 54 votos entre os 81 senadores para o afastamento definitivo da petista.

Para a sessão desta segunda-feira, Dilma convidou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 18 ex-ministros, dirigentes do PT e intelectuais, entre eles o cantor, compositor e escritor Chico Buarque. Os convidados ficaram na galeria do Senado, acima do plenário.

Discurso de Dilma rebate acusações, mas tem pouca chance de reverter votos

Posted: 29 Aug 2016 04:36 PM PDT

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente afastada Dilma Rousseff fez um discurso nesta segunda-feira bem avaliado até mesmo entre quem não a apoia, mas os argumentos da petista têm poucas chances de reverter o placar de condenação que se desenha para o julgamento final do impeachment no Senado, segundo avaliação de parlamentares.

Dilma rebateu no Senado acusações de que cometeu crime de responsabilidade e fez um apelo para que não seja injustiçada.

Para os novos governistas, integrantes da base do governo interino de Michel Temer, no entanto, caso do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), a fala da presidente foi "burocrática" e "enfadonha", sem chance de reversão de votos na Casa.

Mas na avaliação de outro adversário de Dilma, o depoimento da presidente, embora tenha ficado "dentro do script", chegou a ser respeitoso e não trouxe grandes incômodos a integrantes da base de Temer.

"Ela está cumprindo o papel dela. Além do mais, isso fica registrado na história. Ela quis dar a versão dela", afirmou.

Esse mesmo parlamentar, que não quis ser identificado, assim como um aliado da presidente, avalia que não há chance de mudanças significativas na correlação de forças no Senado.

Outros defensores de Dilma, porém, alimentam a esperança de que o discurso, como instrumento político, tenha ajudado a sensibilizar senadores indecisos -seja pelos argumentos descritos como "límpidos" e "sólidos" para afirmar que não houve crime de responsabilidade, seja pelo tom emocionado que Dilma adotou.

"Foi um discurso histórico, muito eficiente, fez uma defesa clara. Ela veio em busca de justiça", disse o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC).

Enquanto o lado governista calcula que terá entre 58 e 60 votos, o grupo de aliados de Dilma envolvidos nas negociações por votos nutre a expectativa de reunir mais oito senadores além dos 21 que já contabilizam.

O impeachment só é efetivado se essa for a vontade de dois terços dos senadores, o equivalente a 54 parlamentares. Por isso mesmo, a batalha da presidente é conseguir ao menos 28 votos, impossibilitando um placar que resulte na sua condenação.

A matemática de aliados de Dilma leva em conta ainda a possibilidade de, uma vez alcançados os 28 votos, esse número pular para 32 ou 33.

O fenômeno seria explicado por senadores que não prometem seus votos, mas podem acompanhar os contrários ao impeachment, caso a estratégia de Dilma tenha sucesso.

Do outro lado da rua, no Palácio do Planalto, a orientação era que ninguém do entorno de Temer desse entrevista ou comentasse o assunto, para evitar "dar palanque" à petista.

No início da noite, no entanto, a Presidência da República divulgou nota para rebater o que classificou de "falsas acusações de retirada de direitos sociais e previdenciários" surgidas durante o julgamento do impeachment de Dilma.

A nota nega que o governo de Temer esteja discutindo a adoção de idade mínima de 70 ou 75 anos para os aposentados e afirma ainda que as propostas do governo respeitarão direitos e garantias constitucionais. [E6N1A4073]

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(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu)

Governo nega discutir idade mínima de 70 ou 75 anos para aposentadoria

Posted: 29 Aug 2016 03:17 PM PDT

BRASÍLIA (Reuters) - O governo do presidente interino Michel Temer negou por meio de nota nesta segunda-feira que esteja discutindo a adoção de idade mínima de 70 ou 75 anos para os aposentados e afirmou que as propostas do governo respeitarão direitos e garantias constitucionais.

A nota, divulgada pela Presidência da República para rebater o que classificou de "falsas acusações de retirada de direitos sociais e previdenciários" surgidas durante o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, afirma também que o governo não cogita privatizar o petróleo da camada do pré-sal, nem revogar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

'Isso aqui é um tribunal de exceção', acusa Lindbergh Farias

Posted: 29 Aug 2016 03:06 PM PDT

Lindbergh Farias afirmou que burguesia brasileira nunca teve compromisso com a democracia Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o 27º parlamentar a questionar a presidente afastada Dilma Rousseff, exibiu uma foto da petista durante sua prisão na ditadura militar, reafirmou que o processo de impeachment "é um golpe" e que o Senado "é um tribunal de exceção".

De acordo com o senador, o processo de impeachment é um golpe de classes.

— Acuso a elite e burguesia brasileira que nunca tiveram compromisso com a democracia. Acuso o PSDB de não ter aceitado o resultado das eleições. 

Lindbergh citou a atuação da Polícia Federal e do Ministério Publico no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso e disse que somente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu autonomia à Polícia Federal. "Só com Lula e Dilma o Ministério Público teve autonomia", afirmou.

Ele criticou o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o presidente em exercício Michel Temer, dizendo que eles eram os autores do golpe e lembrou a sessão no impeachment da Câmara de 17 de abril. "Foi assembleia geral de bandidos", acusou.

Dilma afirmou que o processo de impeachment é um golpe motivado pela incapacidade da oposição de implementar, por meio das urnas uma pauta "ultraliberal, ultraconservadora e ultrarreacionária". "É uma tentativa de desmontar o projeto que saiu vitorioso nas urnas", disse Dilma, ressaltando que "é isto que está por trás do golpe".

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A petista disse ainda que o deputado afastado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é o protagonista do golpe e que os demais são coadjuvantes, que "emprestaram nome e credibilidade para o mais vergonhoso processo de impeachment, que tinha por base evitar o julgamento do senhor presidente da Câmara, em curso no Conselho de Ética".

— A chantagem que levou ao processo de impeachment tinha objetivo de livrar Cunha.

Dilma questionou por que o processo de Cunha tem sido adiado.

— Como condenam uma pessoa inocente por três decretos e um Plano Safra e adiam o julgamento (de Cunha)?

Ela também provocou Cunha ao dizer que não tem contas no exterior, imóveis no exterior e nem usufruiu de benesses do poder.

Ela ainda voltou a citar a gravação em que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) diz ao ex-presidente da Transpetro Sergio Machado que é preciso "estancar a sangria" da Operação Lava Jato.

Manifestações

Integrantes de grupos que apoiam a presidente afastada começaram a chegar na Esplanada dos Ministérios no início da noite. Eles iniciaram a caminhada por volta das 17h30, partindo do acampamento montado no estacionamento do ginásio Nilson Nelson. A estimativa é de que 800 pessoas participem da caminhada.

Esta é a segunda manifestação organizada pelo grupo nesta segunda-feira. Pela manhã, cerca de 350 pessoas acompanharam em frente do Congresso Nacional o depoimento feito pela presidente afastada no Senado.

Do lado destinado a grupos pró-impeachment, o movimento era bastante reduzido até o início da noite. A expectativa de organizadores é de que manifestantes comecem a chegar depois das 19

Padilha reitera previsão de 61 votos a favor do impeachment

Posted: 29 Aug 2016 02:47 PM PDT

Padilha defende que haja 61 votos a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff José Cruz/24.05.2016/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou fazer comentários sobre o discurso de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, no plenário do Senado, mas reiterou o placar que havia defendido antes, de 61 vMiniotos a favor do impeachment.

— Eu sempre disse que eu era pessimista no placar de 61 (votos pelo afastamento definitivo de Dilma).

Em outra ocasião, Padilha falou que, de forma otimista, o governo poderia conseguir até 63 votos.

A declaração do ministro demonstra a avaliação do Planalto de que a defesa de Dilma não trouxe nenhum impacto político sobre os senadores e que não foi capaz de virar nenhum voto. O Planalto classificou ainda a fala de Dilma como "fraca, politicamente" e "repetitiva", "incapaz de angariar votos a seu favor".

Apesar de ter passado a manhã ao lado do presidente interino Michel Temer, no Palácio do Jaburu, Padilha afirmou que os dois não assistiram a fala da presidente afastada na TV, justificando que, na verdade, estavam discutindo sobre o orçamento de 2017, que será encaminhado ao Congresso no dia 31 de agosto.

Só que o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, só chegou ao Jaburu bem depois de o discurso de Dilma ter se encerrado. Também esteve no Jaburu, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Aroldo Cedraz.

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Questionado se o Planalto não ia responder às críticas de Dilma ao governo, Padilha respondeu: "o que o governo vai responder?" Perguntado ainda se achava que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), iria votar a favor do impeachment, Padilha desconversou: "ele que fale".

Renan Calheiros teve um embate, na sexta-feira, em plenário, com os senadores oposicionistas ao responder à senadora petista Gleisi Hoffmann (PR), que disse que muitos dos parlamentares ali não tinham moral para julgar Dilma.

A dura resposta de Renan e as insinuações em relação à Gleisi e à ajuda que teria dado a ela e seu marido, no Supremo Tribunal Federal, foram entendidas no Planalto como uma possibilidade de votar com o governo.

Nesta tarde, Temer estava em despachos internos em seu gabinete e também recebeu em cerimônia os atletas medalhistas da Olimpíada. O presidente em exercício tenta dar uma demonstração de que está "tocando o governo", como se estivesse alheio à sessão do Congresso.

Veja a agenda dos candidatos à prefeitura de Salvador para esta terça-feira (30)

Posted: 29 Aug 2016 02:35 PM PDT

Agendas estão seguindo a ordem alfabética dos candidatos registrados no TRE Montagem R7 BA

Todos os dias o R7 BA vai divulgar a agenda dos sete candidatos à prefeitura de Salvador. Serão postados os compromissos do dia posterior dos políticos em uma única nota, seguindo a ordem alfabética dos candidatos registrados no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Veja as agendas:

ACM Neto (coligação "Orgulho de Salvador")

A agenda do candidato vai começar às 9h30, com entrevista em uma emissora de Rádio.  Logo em seguida, ele participará de uma caminhada no Engenho Velho da Federação, por volta das 10h, e outra na localidade de Tancredo Neves, às 11h.
À tarde, por volta das 16h, ACM Neto participará da gravação de Programa Eleitoral. Por volta das 18h50, ele concederá entrevista em emissora de TV e depois participará do lançamento de candidatura de um vereador no Largo 2 de Julho, às 19h30.

Alice Portugal (coligação "Sim para Salvador!")
A candidata concede entrevista para a Rádio Cruzeiro entre 06h45 e 07h45. Depois, segue para panfletagem e bandeiraço na Lapa, previsto para às 14h. Depois, a panfletagem e o bandeiraço serão no Pelourinho, entre 18h e 19h. Depois disso, Alice Portugal participa do evento Mulher com a Palavra, no TCA (Teatro Castro Alves), com Zélia Duncan, até as 21h.

Claudio Silva (coligação "Salvador merece mais")
O candidato passará as primeiras horas da manhã em reunião com a assessoria da campanha. Às 10h, ele participa de entrevista na rádio Cruzeiro FM. Às 11h se reunirá com os vereadores da coligação. A tarde, às 14h30, tem reunião com a Associação dos Lojistas de Shopping, para falar sobre estacionamento. Às 16h grava programa eleitoral e às 18h tem encontro marcado com líderes religiosos, em Amaralina.

Célia Sacramento (PPL)

Pela manhã, Célia Sacramento irá fazer uma entrevista na Rádio Cruzeiro, marcada pra as 8h15. Entre 9 e 12h, a candidata participa de audiência pública do Plano Municipal do Livro, Leitura e Bibliotecas. Por volta de14h, haverá uma entrevista com estudantes de jornalismo. Ás 19h, um encontro com líderes comunitários na cidade baixa de Salvador.

Da Luz (PRTB)
O candidato estará reunido com sua equipe de campanha pela manhã e durante à tarde gravará programa eleitoral.

Fábio Nogueira (coligação "Agora é com a gente")
A agenda do candidato começa com uma participação na Eleição do DCE da UFBA, às 9hs, na Federação. Mais tarde, está marcada uma entrevista aos alunos da UNIFACS, na sede do PSOL, a partir das 11hs. Pela tarde, está agendado uma reunião com taxistas, às 14hs, em frente ao Salvador Shopping, e uma entrevista a um site de grande circulação,  às 17hs. Pela noite, haverá um debate sobre Mobilidade Ativa  e Arborização Urbana, no Gueto Scare, Candeal, às 18h30.

Pastor Sargento Isidório (coligação "Agora é a vez do povo")
Às 8h, o candidato faz acolhimento aos vitimados das drogas e seus familiares na fundação Dr Jesus. Ás 10h, participa de reunião da mesa diretora da Alba (Assembleia Legislativa).  Às 11h30, concede entrevista para o site de notícias Bocão News. Às 14h30, faz atividades de plenário e atendimento ao público na Alba. Por fim, às 19h, haverá uma reunião com a coordenação da campanha.

Não haveria impeachment se senadores conhecessem antes defesa de Dilma, diz Lula

Posted: 29 Aug 2016 02:35 PM PDT

Lula afirmou que Dilma Rousseff apresentou uma boa defesa durante o julgamento do impeachment no Senado André Violatti/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (29) que, se os senadores tivessem lido antes o discurso da presidente afastada, Dilma Rousseff, não haveria impeachment. Para Lula, sua sucessora teve uma atuação "firme e centrada" ao se defender no plenário do Senado.

Em conversa na galeria do Senado, de onde acompanhou desde cedo a sessão de julgamento, Lula considerou o impeachment praticamente irreversível. Em público, porém, o ex-presidente não entregou os pontos.

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— O jogo vai terminar com uma vitória nossa. Não é sempre que a gente consegue trazer o Chico (Buarque) ao Senado. 

Questionado se estava se referindo ao julgamento final do impeachment ou a seu futuro político, Lula respondeu: "Vamos esperar isso aqui terminar".

O ex-presidente classificou o depoimento de Dilma como "forte e preciso" e defendeu que a presidente afastada falou o que tinha para falar. 

Após decisão do STF, Erundina e Freixo são convidados para debates na TV

Posted: 29 Aug 2016 01:48 PM PDT

Candidatos poderão participar do debate eleitoral da próxima sexta-feira (2) Montagem/ R7

A deputada federal Luiza Erundina, candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, participará na sexta-feira (2) do debate promovido pela Rede TV.

A decisão da emissora de convidá-la foi tomada após a maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) liberar a participação de partidos pequenos em debates políticos em rádio e televisão, desde que convidados pelas emissoras de rádio e televisão.

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A decisão foi tomada, segundo o canal, com base na "representatividade expressiva" da deputada, que aparece com cerca de 9% nas pesquisas de intenção de voto. Os demais postulantes ficarão fora.

No Rio de Janeiro, o deputado estadual Marcelo Freixo, também do PSOL, participará do debate entre os candidatos à prefeitura da capital. As emissoras são obrigadas a chamar os candidatos com, no mínimo, dez deputados na Câmara. O debate começará às 22h15.

Gene Wilder, astro de ‘A Fantástica Fábrica de Chocolate’ e ‘Banzé do Oeste’, morre aos 83 anos

Posted: 29 Aug 2016 01:46 PM PDT

Por Piya Sinha-Roy

LOS ANGELES (Reuters) - Gene Wilder, cujos cabelos cacheados e os sobressaltados olhos azuis deram um ar inquieto e duradouro a papéis em "A Fantástica Fábrica de Chocolate" e "Banzé do Oeste", morreu nesta segunda-feira aos 83 anos, disse a sua família.

Wilder, cujos melhores trabalhos se deram em colaborações com o diretor e escritor Mel Brooks e com o ator Richard Pryor, morreu na sua casa em Stamford, em Connecticut, de complicações do mal de Alzheimer, declarou um comunicado da família.

Jordan Walker-Pearlman, sobrinho do ator, afirmou que Wilder havia optado por manter o Alzheimer em segredo para que as crianças que o conheciam como Willy Wonka não vinculassem o personagem lúdico com uma doença de adultos.

A histeria dificilmente contida de Wilder o fez uma escolha regular do diretor e escritor Mel Brooks, que o escalou para "Banzé do Oeste", "O Jovem Frankstein" e "Primavera para Hitler" nas décadas de 1960 e 70.

Além das colaborações clássicas com Brooks, Wilder fez uma parceria memorável com o comediante Richard Pryor nos sucessos "O Expresso de Chicago" e "Loucos de Dar Nó".

Wilder passou a lutar pela conscientização sobre o câncer de ovário e em prol do tratamento da doença depois que a sua mulher, a comediante Gilda Radner, de "Saturday Night Live", com quem ele casou em 1984, morreu de câncer em 1989.

Ele ajudou a fundar o Centro de Identificação de Câncer de Ovário Gilda Radner em Los Angeles e foi um dos fundadores do Clube da Gilda, um grupo de apoio que tem seções em todo o país.

Brooks falou sobre a morte de Wilder no Twitter: "Gene Wilder, um dos verdadeiramente grandes talentos do nosso tempo. Ele abençoou todos os filmes que fizemos com sua magia e ele me abençoou com a sua amizade."

Dilma leva marmita com minissuspiros ao Senado

Posted: 29 Aug 2016 01:41 PM PDT

A presidente afastada Dilma Rousseff levou para o Senado uma marmita com seus famosos minissuspiros, adoçados com stevia, para a sobremesa do almoço. A guloseima tem pouquíssimas calorias e faz parte da manutenção da dieta Ravenna, que a petista segue desde o ano passado.

A refeição principal, no intervalo do julgamento, também foi light. Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sala de recepção da presidência do Senado, Dilma se serviu de carne de caçarola com legumes e salada. Tomou coca zero. O docinho só veio depois, com café preto. Para arrematar, um pedaço de queijo Babybel.

"Um pote com 78 minissuspiros equivale a uma banana, minha filha", disse a petista a uma amiga, recentemente, ao dizer por que tinha obtido essa alforria na Ravenna. No almoço, Dilma foi alertada por aliados de que, nesta segunda etapa do interrogatório, enfrentaria "pegadinhas" dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Magno Malta (PR-ES), entre outros. Ela disse que não deixaria perguntas sem respostas nem cairia em "cascas de banana". Estava satisfeita com a repercussão de seu pronunciamento, no qual chamou o processo de impeachment de "golpe".

Veja a íntegra do discurso de defesa de Dilma no Senado

Aliados elogiam discurso de Dilma, mas não acreditam em virada de votos

O senador Hélio José (PMDB-DF), que votou a favor da deposição de Dilma, apareceu na sala, junto com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-DF). Nenhum dos dois, porém, ficou muito tempo.

Além de Lula e de ex-ministros, dirigentes do PT, da CUT, do MST e do MTST também estavam presentes ao almoço, que não contou com Chico Buarque. O cantor saiu rapidamente, a convite dos ex-ministros Jaques Wagner e Carlos Gabas, e voltou depois de uma hora.

Para Planalto, fala de Dilma não muda placar

Posted: 29 Aug 2016 01:32 PM PDT

Governo interino está avaliando se irá ou não responder às acusações de Dilma a Temer e à sua administração durante seu discurso DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Na avaliação de interlocutores do presidente em exercício Michel Temer, o discurso da presidente afastada Dilma Rousseff na manhã desta segunda-feira (29), no Senado "foi fraco politicamente", "não passou a emoção que prometeu" e "não muda nada no placar". O governo continua contabilizando pelo menos 59 votos pela cassação do mandato de Dilma.

O presidente interino Michel Temer acompanhou o discurso da petista no Palácio do Jaburu, acompanhado do ministro da Casa Civil Eliseu Padilha. Ainda cedo, chegaram à residência oficial de Temer os ministros da Secretaria Geral, Geddel Vieira Lima, o interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, e o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Aroldo Cedraz.

O governo está avaliando ainda, no entanto, se irá ou não responder às acusações de Dilma a Temer e à sua administração durante seu discurso.

A ideia inicial é não rechaçar para não polemizar com a presidente afastada e "não criar marola". Mas, se optar por fazê-lo, a resposta não virá por Temer, mas por algum ministro ou auxiliar direto do presidente interino. 

— O presidente Temer não vai bater boca com ela. 

Auxiliares do presidente em exercício avaliam que a fala de Dilma não teve novidades, segundo o assessor do Palácio do Planalto. 

— Foi mais do mesmo e mostrou que ela não conseguiu mudar nada.

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Para eles, após o discurso a presidente afastada voltou a mostrar nas respostas aos congressistas a sua "crônica incapacidade de verbalizar e construir suas ideias". Por fim, todos se dizem convencidos de que os votos computados anteriormente estão "totalmente preservados".

Acredita-se que Dilma foi dura com os parlamentares e chegou até mesmo a responsabilizá-los por ter inviabilizado seu governo, com a colocação de pautas-bomba em votação, mas não fez o mea-culpa que alguns esperavam para tentar sensibilizar os senadores.

Para vários auxiliares de Temer, a presidente afastada queria mesmo era fazer um discurso "para a história" e para ficar registrado nos "inúmeros documentários que estão sendo feitos" sobre a vida dela.

Sessão

Uma preocupação ainda presente é com o tempo que irá durar a sessão no Senado e quando a votação final do impeachment será realizada. Temer tem pressa no finalização dos trabalhos porque quer viajar para China o quanto antes, para participar da reunião do G-20.

No último domingo (28), o presidente interino, recebeu o senador Roberto Rocha (PSB-MA), que não quer declarar seu voto, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Na conversa com Temer, Renan teria dito que a sua previsão é de que o processo pode ser concluído até a terça-feira (30). O governo pondera, porém, que este prazo não é certeiro, dada a quantidade de senadores inscritos para falar.

População idosa vai triplicar entre 2010 e 2050, aponta publicação do IBGE

Posted: 29 Aug 2016 01:25 PM PDT

Publicação lançada nesta segunda-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que, em 40 anos, a população idosa vai triplicar no Brasil e passará de 19,6 milhões (10% da população brasileira), em 2010, para 66,5 milhões de pessoas, em 2050 (29,3%).

As estimativas são de que a "virada" no perfil da população acontecerá em 2030, quando o número absoluto e o porcentual de brasileiros com 60 anos ou mais de idade vão ultrapassar o de crianças de 0 a 14 anos. Daqui a 14 anos, os idosos chegarão a 41,5 milhões (18% da população) e as crianças serão 39,2 milhões, ou 17,6%, segundo estimativas do IBGE.

Dividido em nove capítulos, o livro "Brasil, uma visão geográfica e ambiental do século XXI", traz, no capítulo 2, uma análise dos efeitos de fenômenos como o aumento da expectativa de vida do brasileiro e a redução da taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) que, combinados, mudaram o perfil etário da população.

O aumento do número de idosos associado à redução das crianças implica em mudanças profundas em políticas públicas de saúde, assistência social e previdência, entre outras, destaca o capítulo escrito pelo demógrafo Celso Simões. A mudança nas regras de concessão de aposentadoria tem sido um dos principais pontos de discussão do governo do presidente em exercício Michel Temer. A tese do governo é de que, se não for adiada a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros, o sistema previdenciário entrará em colapso e não haverá recursos para honrar os benefícios no médio prazo.

O principal argumento do governo é o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que passou de 62,5 anos em 1980 para 70,4 anos em 2000 e 75,2 anos em 2014.

"Os dados sobre o aumento da esperança de vida ao nascer e os impactos da forte redução da fecundidade (...) apontam claramente para um processo de envelhecimento populacional no País, o que vai exigir novas prioridades na área das políticas públicas. Como exemplo dessas prioridades, destaca-se, dentro de um plano, a formação urgente de recursos humanos para o atendimento geriátrico e gerontológico, além de providências a serem adotadas com relação à previdência social, que deverá se adequar a essa nova configuração demográfica, além de melhorias urgentes nas redes de atendimento hospitalar, ajustando-as a esta nova configuração populacional que tende a um crescimento cada vez mais intenso", diz o texto.

"A não adequação da estrutura de saúde e econômica a essa nova realidade, por certo, trará efeitos negativos sobre a qualidade de vida da população brasileira que está vivenciando o processo de transição, onde, em curto e médio prazos, os idosos serão a grande maioria, com necessidades altamente diferenciadas em relação à situação anterior", afirma o estudo.

A redução do número de filhos por mulher se acentuou de forma rápida nos anos 1980. A taxa de fecundidade passou de 6,16 filhos por mulher em 1940 para 4,35 em 1980, 2,39 em 2000 e 1,7 em 2014.

"Trata-se de um rápido e espetacular declínio, num espaço de tempo bastante reduzido (34 anos), quando comparado à experiência vivenciada pelos países desenvolvidos, cujo processo teve uma duração superior a um século para atingir patamares similares", destaca a publicação do IBGE.

A atual taxa de fecundidade está, desde 2010, abaixo do nível de reposição populacional, de 2,1 filhos por mulher. Outros estudos do IBGE apontam que, se for mantido o ritmo de queda, o País terá aumento de população até 2030, quando a tendência será de estabilização e, por volta de 2040, o número absoluto de brasileiros poderá diminuir. O número de crianças será cada vez menor e de idosos, crescente.

Dilma: se contingencio, acabo com programa fiscal; se não contingencio, é crime

Posted: 29 Aug 2016 12:56 PM PDT

Senadora Lúcia Vânia reconheceu os avanços do governo de Dilma Rousseff, mas afirmou que presidente afastada não respeitou os limites na gestão financeira Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A presidente afastada da República, Dilma Rousseff, demonstrou que a solução para a crise fiscal brasileira não é simples. Respondendo a uma pergunta da senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), ela mostrou sua indignação com as cobranças dos parlamentares.

— Se eu contingenciou, acabo com o programa fiscal; se não contingencio, é crime. 

Em sua fala, a senadora reconheceu as conquistas do governo Dilma, mas disse que a petista não hesitou em atropelar os limites da legalidade na gestão financeira e do Orçamento.

— A maquiagem das contas públicas resultou em aumento acentuado do endividamento público, causou perda de credibilidade do País, perda do grau de investimento, crise fiscal e da economia sem precedentes. 

A senadora disse ainda que a sociedade sofre as consequências da crise.

— Fala-se que a recessão é consequência do cenário externo, da crise política, da Lava Jato. Eu não tenho dúvida de que esses elementos contribuíram, mas a ocultação de dívida de R$ 150 bilhões acumulada, em cenário adverso, foi responsável pelo desequilíbrio das contas públicas.

Em sua resposta, Dilma disse que, em momentos de crise fiscal profunda, não se pode tentar fazer ajuste fiscal de curto prazo, com cortes de gastos.

— Isso acentua o caráter pró-cíclico da queda do investimento. O que tem de se fazer é um ajuste de longo prazo, com reformas fiscais, e não tentar colocar um fator de queda maior ainda da arrecadação.

Dilma disse que é preciso fazer política anti-cíclica e que foi assim que conseguiu registrar uma taxa de desemprego mínima no seu governo. "Tenho muito orgulho disso".

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A presidente relatou as discussões em torno das chamadas "pedalas fiscais" e disse que o governo pretendia quitá-las de forma parcelada, mas o risco jurídico disso era grande, então elas foram quitadas à vista em dezembro último.

— Ficou acertado como se pagaria para o ano de 2015 para frente. Elas (as dívidas com os bancos) vencem de seis em seis meses, o banco apresenta o pagamento e o governo tem cinco dias para quitar.

Segundo ela, chegou-se a cogitar um pagamento diário desses repasses, "o que é inviável e insustentável".

Dilma ressaltou que a meta de resultado primário é financeira, desde a implementação da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e disse achar surpreendente que aqueles que defenderam a LRF agora abandonem esse critério de meta financeira.

Meta fiscal

A presidente afastada afirmou ainda que a meta de um déficit primário de R$ 170,5 bilhões este ano, estimada pela equipe do presidente interino Michel Temer, é superestimada. Segundo ela, na verdade o déficit seria de R$ 126 bilhões.

— Eles disseram isso (o déficit de R$ 170 bilhões) por um motivo muito simples. Caso se criminalize (questões de mudança orçamentária), a reação vai ser um afrouxamento do gasto, e aí sim explodem a dívida e a meta. A reação a situação de criminalizar isso e aquilo é que a meta de 170 bilhões é superestimada.

Segundo ela, esse incentivo a metas superestimadas é péssimo para a recuperação da economia.

— Na crise você tem de fazer duas coisas: se esforçar para ter orçamento e meta fiscal compatível e saber onde gastar. Essa postura de 'liberou geral' leva a gastos absolutamente insustentáveis. 

Respondendo a uma pergunta do senador Magno Malta (PR-ES), Dilma disse que não tinha bola de cristal para antecipar a realidade e que não mentiu no processo eleitoral de 2014.

— Não se trata de uma relação de verdade ou mentira, é uma estimativa. Não se pode querer que só nós antecipássemos o tamanho crise que vinha pela frente. 

Dilma voltou a criticar o processo de impeachment baseado na edição de três decretos de crédito suplementar.

— Até então, nem o Congresso nem o TCU disseram que não podia fazer o que nós fizemos.  

Segundo ela, quando no meio do ano passado foi visto que não se conseguiria cumprir a meta, o governo diminuiu o esforço fiscal.

— Ninguém tinha controle da queda da arrecadação. ... Se não souber enfrentar a crise e buscar saída para ela, só vai aprofundar cada vez mais. 

Todos os 11 senadores do PSDB estão inscritos para fazer perguntas a Dilma

Posted: 29 Aug 2016 12:36 PM PDT

Bancada do PSDB é a que conta com mais senadores para realizarem perguntas à presidente afastada Dilma Rousseff André Dusek/ Estadão Conteúdo

Adversários históricos nas urnas, todos os senadores do PSDB se inscreveram para fazer perguntas à presidente afastada Dilma Rousseff durante o julgamento do impeachment nesta segunda-feira (29).

A bancada tucana tem 11 senadores, entre eles o presidente da legenda, Aécio Neves (MG), que foi derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014.

O PT também escalou toda a sua bancada de dez senadores para fazer questionamentos à presidente afastada. A ideia é que eles usem esse momento para fazer um contraponto aos ataques dos tucanos e de outros adversários.

Em sua pergunta, Aécio voltou a adotar o discurso de que Dilma mentiu durante a campanha para se eleger.

— Não poderia imaginar que, depois de nos despedirmos do último debate (eleitoral de 2014), nos encontraríamos nessas condições.

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Nomes como Aloysio Nunes, Antonio Anastasia também já questionaram a presidente nesta segunda-feira.

O PMDB, partido do presidente interino, Michel Temer, optou por não confrontar Dilma diretamente. Dos 16 senadores, apenas seis se inscreveram para sabatiná-la. As perguntas, no entanto, serão feitas por nomes aliados de Dilma, como a senadora Kátia Abreu (TO), ou figuras que não fazem parte do primeiro escalão da legenda, como o senador Waldemir Moka (MS).

Senadores de outros 12 partidos também estão na lista de inscritos, que já conta com 49 senadores. Até às 15h45, 16 parlamentares já haviam feito perguntas. Cada um tem cinco minutos para formular as questões e a presidente afastada pode usar o tempo que quiser para respondê-las.

Líder no número de inscritos, o PSDB não descarta a possibilidade de abrir mão de algumas perguntas, caso avalie que o julgamento está se estendendo demais ou que o momento está beneficiando Dilma.

Chico Buarque rouba a cena e é tietado na sessão de defesa de Dilma Rousseff

Posted: 29 Aug 2016 12:18 PM PDT

Chico Buarque chegou de óculos escuros à galeria do Congresso ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO
Chico Buarque rouba a cena e é tietado por senadores na sessão Mariana Londres/R7

O cantor, compositor e escritor Chico Buarque tentou ser discreto, mas a sua presença no dia da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff no julgamento do Congresso roubou os holofotes.

Buarque chegou junto com os convidados da ré: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-ministros, intelectuais e dirigentes do partido.

Todos sentaram na galeria, a parte superior do plenário do Senado onde normalmente ficam jornalistas credenciados. Chico Buarque chegou de óculos escuros, mas logo tirou para acompanhar a sessão. Durante a fala de Dilma e durante os questionamentos dos senadores, Chico e Lula conversaram várias vezes.

Julgar e condenar, sem crime de responsabilidade, é rotundo golpe, diz Dilma

Simpático, o cantor posou para fotógrafos ao lado de Lula. Após o fim da fala da presidente afastada, um grupo de senadores subiu à galeria para tietá-lo. Roberto Requião (PMDB-PR), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) cumprimentaram, agradeceram a presença de Chico e tiraram fotos.

Questionada pela reportagem, a senadora Gleisi admitiu a tietagem e chegou a pedir uma foto tirada por um fotógrafo do Supremo que fazia a cobertura.

— Eu sou muito fã e a presença dele hoje é muito importante. Infelizmente nos encontramos nessas circunstâncias.

Ao sair para o intervalo do almoço, Chico limitou-se a dizer ao R7 que estava feliz de acompanhar a sessão e honrado com o convite.
No intervalo da sessão, Lula, Dilma e Chico Buarque almoçaram no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que cedeu um espaço para a ré. Na entrada, a presidente afastada também ficou por um tempo no gabinete, onde tomou chá antes de seguir para os cinquenta minutos do seu discurso.

Chico Buarque se limitou a dizer que estava honrado no Congresso Mariana Londres/R7

A sessão de defesa de Dilma, o quarto dia do julgamento do impeachment, foi interrompida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski às 13h, após quase três horas. Até o intervalo, dez senadores haviam feito perguntas à Dilma, após ela ter discursado por cinquenta minutos

No retorno do intervalo de almoço, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) – que foi derrotado por Dilma no segundo turno da eleição de 2014 – foi o primeiro a questioná-la. Ao todo, 49 senadores se inscreveram para formular perguntas à petista.

Cada senador tem até cinco minutos para fazer sua pergunta. Dilma, no entanto, não tem limite de tempo para responder. Ela tem ainda o direito a ficar calada.

Para afastar de forma definitiva são necessários 54 votos favoráveis ao impeachment. A votação deve acontecer nesta terça-feira (30). Depois dos questionamentos à Dilma, ainda haverá debate entre acusação e defesa e encaminhamento (discursos de senadores). Na fase de discursos, cada senador pode falar por até dez minutos. A votação, em si, é rápida, nominal e feita por meio do painel eletrônico. 

Contribuição de Cunha ao País foi a mais danosa possível, diz Dilma

Posted: 29 Aug 2016 12:16 PM PDT

Dilma Rousseff afirmou que participação política do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi a "mais danosa possível" André Dusek/ Estadão Conteúdo

A presidente afastada, Dilma Rousseff, voltou nesta segunda-feira (29) a deixar clara a antipatia pelo deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que no fim de 2015, como presidente da Câmara, aceitou a abertura do processo de impeachment contra ela.

Respondendo a uma pergunta da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), Dilma disse que a contribuição de Cunha ao País "foi a mais danosa possível".

— A contribuição de Cunha foi a mais danosa possível porque já vinha sendo bem danosa quando tentamos aprovar, ainda em 2014, a Lei dos Portos, com todas as dificuldades possíveis, pois ele não queria a aprovação sem contemplar alguns interesses estranhos. 

De acordo com ela, quando Cunha foi eleito presidente da Casa, em fevereiro de 2015, o processo de desestabilização parlamentar do governo teve início de forma acelerada.

— Muito se tem dito pela imprensa e também por integrantes do sistema Judiciário que Cunha tinha relação não muito republicana quando se tratava aprovação de projetos. 

Dilma disse que no segundo mandato enviou diversos projetos que implicavam em melhoria da execução dos gastos.

— Somados, tivemos um corte fiscal de R$ 130 bilhões, mas faltou aumento de impostos porque não há nos últimos tempos nenhum país no mundo, nem na Europa, que saiu da crise sem aumento de imposto ou de dívida. Cunha promoveu um grande rombo na nossa capacidade de superação da crise. 

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A presidente afastada afirmou ainda que desde fevereiro de 2016 até poucos dias antes do afastamento pelo Senado, a Câmara não aprovou nenhuma medida.

— Se isso não é um dos maiores boicotes que se tem notícia na história do Brasil, eu não sei o que é.

Constituição

Dilma recorreu à Constituição Federal para tentar convencer os senadores de que não praticou crime de responsabilidade fiscal. Ela leu o artigo que trata da vedação à abertura de créditos suplementares e salientou que a medida não pode ser feita sem previsão legislativa.

— O decreto de contingenciamento estabelece limite e impede que créditos virem (nova) despesa.

A petista disse ainda que o governo perseguiu diversas formas de combater a pobreza. Dilma refutou acusações que violação à lei no âmbito da subvenção ao plano Safra.

 Não só através da valorização do salário mínimo, do Bolsa Família, mas com poderosa agricultura familiar. Agricultura tem papel expressivo no Brasil, e nossa contribuição foi o apoio do governo federal.  

Porto de Mariel

A presidente afastada destacou ainda a postura amigável e o apoio conquistado pelo Brasil entre diferentes países de continentes como África e Ásia, que permitiu ao País alcançar, por exemplo, a presidência da Organização Mundial do Comércio (OMC).

— Não temos posição disruptiva, conflitiva.

Nesse contexto, a petista defendeu o financiamento ao Porto de Mariel, em Cuba.

— Porto de Mariel é disputado por todos aqueles que querem investir em Cuba, não só os americanos. Não podemos ter visão fundamentalista e ideológica de algo que é importante, que é ajudar o povo cubano. 

A presidente afastada disse também, em resposta ao senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que o governo brasileiro não tem controle sobre a política monetária dos Estados Unidos. Colaboraram Idiana Tomazelli e Júlia Lindner

Senadora do PSB diz que golpe não é contra Dilma, mas sim contra democracia

Posted: 29 Aug 2016 12:05 PM PDT

Senadora afirmou que o conteúdo jurídico da acusação é insustentável e frágil José Cruz/ Agência Brasil

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou nesta segunda-feira (29) que, embora não tenha feito parte da base aliada de Dilma Rousseff durante o segundo mandato da petista, considera que o processo de impeachment é, na verdade, um golpe.

Para a senadora baiana, 13ª inscrita a falar durante o julgamento de Dilma no Senado, há um rigoroso cumprimento das formalidades do processo, mas o conteúdo jurídico da acusação é insustentável e frágil.

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— É por isso que o golpe não é contra a senhora (presidente afastada, Dilma Rousseff), mas sim contra a democracia. É resultado de trama, conspiração, unida a um alto grau de traição de seus aliados. 

Para Lídice, usa-se a crise econômica como pretexto para impor um novo programa de governo ao povo, "por meio do qual os direitos são suprimidos e o patrimônio, entregue". Ao fim de sua fala, a senadora perguntou a Dilma que influência tiveram na crise "as ações protagonizadas pelo senhor Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara), até hoje não cassado, com a aprovação de pautas-bomba".

Também questionou quais devem ser os efeitos das medidas econômicas propostas pelo governo interino de Michel Temer.

— Me parece que a ponte para o futuro é menos para o futuro e mais para chegar rapidamente e ilegitimamente ao governo. 

Fica claro que Dilma sempre teve o comando da política econômica, diz Caiado

Posted: 29 Aug 2016 11:51 AM PDT

Caiado afirmou que Dilma "usurpou" função do Congresso ao assinar decretos de crédito suplementar sem autorização dos parlamentares André Dusek/ Estadão Conteúdo

Ao questionar a presidente afastada Dilma Rousseff, o senador Ronaldo Caiado, (DEM-GO), afirmou que "está claro" que ela sempre teve "o controle da política econômica".

Ele voltou a dizer que Dilma "usurpou" função do Congresso ao assinar decretos de crédito suplementar sem autorização dos parlamentares. Caiado foi o 12º senador a questionar a presidente.

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Uma das principais lideranças que fazem oposição à Dilma no Senado, Caiado afirmou que apenas os bancos estatais não foram pagos mensalmente.

— Os privados foram pagos. Por que a preferência aos privados em detrimento aos oficiais?

Caiado sugeriu que o governo tinha informações sobre a crise que se avizinhava e questionou se não houve estelionato eleitoral em prometer o que "não se poderia cumprir".

— Todo o mercado já sabia. 

Aliados elogiam discurso de Dilma, mas não acreditam em virada de votos

Posted: 29 Aug 2016 11:34 AM PDT

Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) afirmou que Dilma está falando para os parlamentares que ainda estão indecisos ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

Aliados da presidente afastada Dilma Rousseff avaliam que ela fez um discurso contundente e está indo bem ao responder às perguntas dos senadores, mas não demonstram o mesmo otimismo quando questionados se vão conseguir reverter votos e barrar o impeachment.

Reservadamente, um senador petista afirmou que esse momento é importante para o registro histórico, mas dificilmente mudaria o placar da votação final.

Outros parlamentares evitaram fazer avaliações. Para o senador José Pimentel (PT-CE), não é possível ter certeza sobre os resultados do julgamento do Senado. 

— Eu aprendi na vida que decisão judicial e apuração você só tem certeza no momento. Eu sou daqueles que acredita sempre na democracia e espero que o Senado não venha enterrá-la. 

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A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou que a fala de Dilma foi direcionada aos senadores indecisos, para convencê-los a votar contra o impeachment.

— Ela dirigiu o seu pronunciamento a esses senadores, com quem já vem conversando. 

Já a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou que não seria o pronunciamento da presidente que iria mudar os votos, mas sim as articulações que foram feitas nas últimas semanas que poderiam reverter votos.

Dilma precisa de 28 votos para barrar o impeachment e voltar ao poder. Na última votação, que a tornou ré no processo, ela obteve apenas 21. Aliados do presidente em exercício, Michel Temer, calculam que cerca de 60 dos 81 senadores vão votar pelo afastamento definitivo da petista.