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sábado, 27 de agosto de 2016

#Brasil

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Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 5,1 milhões na próxima quarta-feira

Posted: 27 Aug 2016 08:27 PM PDT

Mega-Sena pode pagar R$ 5,1 milhões na próxima quarta Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Ninguém acertou os seis números da Mega-Sena deste sábado (27), que prometia prêmio de  R$ 2,5 milhões. Com isso, o prêmio acumulou e deve pagar R$ 5.100.000 no próximo concurso, que acontece na quarta-feira (31).

As dezenas sorteadas foram: 0818 - 212235 - 37

Quarenta apostas acertaram a quina e levaram para casa R$ 37.468,65. Outras 3.146 apostas acertaram quatro números e ganharam R$ 680,56.

O sorteio deste sábado aconteceu no Caminhão da Sorte da Caixa, que está estacionado em Ipu (CE).

Sortudo do Rio acerta Mega-Sena sozinho e leva R$ 58 milhões

Para concorrer ao prêmio, basta ir a uma casa lotérica e marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Outra opção é o Bolão Caixa, que permite ao apostador fazer apostas em grupo. Basta preencher o campo próprio no volante ou solicitar ao atendente da lotérica. Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas.
Neste caso, poderá ser cobrada uma Tarifa de Serviço adicional de até 35% do valor da cota. Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 10. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 4. É possível realizar um bolão de no mínimo 2 e no máximo 100 cotas.

Conheça o risco silencioso de se morrer no banho

Posted: 27 Aug 2016 08:20 PM PDT

A intoxicação acidental geralmente acontece por conta da inalação de monóxido de carbono Reprodução da Rede Record

 Um casal de namorados, estudantes do curso de Química da UFRJ, foi encontrado morto, em uma casa, na cidade de Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, na última terça-feira (23). Segundo o laudo do IML (Instituto Médico Legal), Maira Nuldeman, de 23 anos, e Rafael de Paula Campos, de 20 anos, morreram por conta de uma intoxicação por gás. Os dois estavam nus e abraçados dentro do box.

A inalação de gases perigosos leva à morte em poucos minutos e não dá chance de defesa às vítimas. Uma ventilação adequada do ambiente e cuidados com a instalação e manutenção dos aparelhos à gás, como aquecedores, e fogões com botijão de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo, são fundamentais para evitar mortes.

Casal de namorados é encontrado morto dentro de box na região serrana do Rio

A Asmirg-BR, associação Brasileira de Revendedores de GLP, fez um alerta ao Ministério Público Federal para que sejam adotadas medidas extras de orientação para os consumidores e usuários de locais onde existem botijões e aparelhos à gás. "Deveria ter uma indicação mais clara e direta sobre o risco de morte ao inalar. Além de uma orientação sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar uma intoxicação acidental", disse Alexandre Borjaili.

A intoxicação acidental geralmente acontece por conta da inalação de monóxido de carbono, que ao atingir a corrente sanguínea leva a um quadro de letargia, sonolência e vertigem. "É uma situação sem aviso-prévio. A vítima, muitas vezes, não tem tempo de reação. Não consegue nem sair do banheiro ou do ambiente onde está o gás. É um risco silencioso e fatal", diz Paulo Tanus Átem, especialista em sistemas de gás natural e diretor da PI ATEM Consultoria e Assessoria Técnica.

Para evitar este tipo de acidente é preciso tomar muito cuidado com a instalação dos aparelhos e seguir à risca as orientações do fabricantes. "As adaptações devem ser evitadas", diz Átem. Outro ponto importante é a atenção aos pré-requisitos exigidos para o ambiente onde o aparelho será instalado. "Deve ter dois pontos de ventilação. Um superior e outro inferior, geralmente, uma fresta na parte de baixo da porta", diz.

Em setembro do ano passado, uma família inteira morreu por intoxicação acidental quando uma das filhas estava usando o chuveiro à gás. A tragédia aconteceu em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana.

Reforma em casa

A ventilação deve ser permanente, se for uma janela basculante, é necessária a instalação de uma trava para que ela nunca fique totalmente fechada. 

Em apartamentos deve se evitar reformas grandes de reduzem a segurança. "As construtoras, geralmente, entregam as unidades com a área de serviço aberta e com muita ventilação. Ao longo do tempo, para evitar insetos, barulho e chuva, o proprietário vai fechando a área de serviço e isto atrapalha a ventilação de todo o apartamento", diz Átem.

O monóxido de carbônico e tóxico e asfixiante, com menos de 100 ppm (partes por milhão) no ambiente já existe o risco de morte.

Professor de direito esquenta debate no durante julgamento do impeachment pelo Senado

Posted: 27 Aug 2016 06:47 PM PDT

Lewandowski durante julgamento do Impeachment no Senado Edilson Rodrigues/Agência Senado

O professor de Direito Ricardo Lodi afirmou, na noite deste sábado (27), que não é qualquer violação à lei de orçamento que pode virar crime de responsabilidade. O Senado encerrou o terceiro dia de julgamento do impeachment após cerca de 12 horas de sessão.

Ele foi ouvido apenas como informante no julgamento do impeachment, por ter atuado como perito e advogado de Dilma Rousseff. Lodi disse que a "analogia entre atrasos e operações de crédito foi uma construção criada depois dos fatos serem supostamente praticados". O depoente encerra a fase de testemunhas do julgamento.

— A mudança que houve sobre a questão da compatibilidade entre os decretos de crédito suplementar e a meta fiscal foi a criação de direito novo, não por alteração da letra da lei, mas por alteração da interpretação. A Constituição e a lei de impeachment falam de atentado à Constituição. A partir do acórdão do TCU, de outubro de 2015, é que essa interpretação é alterada com fator retroativo, para atingir a fatos já praticados.

Ele avaliou a decisão do TCU como uma "inovação no direito orçamentário", que só poderia ser aplicada em casos futuros.

Apenas 12 senadores se inscreveram para falar. A acusação protestou contra a oitiva de Lodi. O senador Ricardo Ferraço (PSDB) disse que, como o professor advoga para Dilma Rousseff e se expressa nas redes sociais com parcialidade em relação ao processo, seu depoimento é "patético".

— Mais do que um advogado, estamos aqui diante de um militante.

Antes disso, o advogado de defesa, José Eduardo Cardozo, já havia se antecipado e assumido que a testemunha era "suspeita", solicitando que Lodi fosse transformado em um mero colaborador no processo. Na prática, o depoimento do informante não produz provas e o convidado não tem compromisso de fazer a verdade.

Lewandowski se indispôs com o assistente da advogada de acusação Janaína Paschoal, João Berchmans, que relembrou uma decisão do presidente determinando que o momento da contradita ocorreria antes o depoimento.

— Eu quero arguir o impedimento frontal, radical, de Lodi depor seja a título de testemunha, seja a título de informante.

Lewandowski interrompeu a argumentação do advogado e Berchmans pediu para manter a palavra porque estava no "exercício da advocacia". "Não, vossa excelência não vai interromper o presidente, não é? Por favor", rebateu o ministro, exaltado.

"Não tive, não tenho e jamais teria a intenção de interromper vossa excelência", respondeu Berchmans, que voltou a dizer que a presença de Lodi era prejudicial para a acusação. Ele acusou que o depoimento representa um "drible" no processo, porque Lodi teria conflito de interesse, além de ter atuado no processo. Cardozo reconheceu o impedimento do convidado e afirmou que ele poderia ser ouvido por informante, desde que o presidente admitisse. 

Lewandowski voltou a dizer que a matéria estava preclusa e manteve a sua decisão. Ele avaliou que a presença do professor seria importante para esclarecimentos do processo.

— O juiz pode, como todos sabem, convocar qualquer pessoa para esclarecê-lo (...) Informante não está sujeito a suspeição, porque o juízo pode chamar qualquer tipo de pessoa. No processo penal busca-se a verdade real, não a verdade formal, e isso é o que queremos aqui.

O presidente disse que, mesmo que a defesa desistisse do depoimento, ele manteria a oitiva de Lodi.

Veja a agenda dos candidatos à prefeitura de Salvador para este domingo (28)

Posted: 27 Aug 2016 02:30 PM PDT

Agendas estão seguindo a ordem alfabética dos candidatos registrados no TRE Montagem R7 BA

Todos os dias o R7 BA vai divulgar a agenda dos sete candidatos à prefeitura de Salvador. Serão postados os compromissos do dia posterior dos políticos em uma única nota, seguindo a ordem alfabética dos candidatos registrados no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Veja as agendas:

ACM Neto (coligação "Orgulho de Salvador")

O candidato vai passar o dia reunido com a equipe de campanha.

Alice Portugal (coligação "Sim para Salvador!")

No domingo, a candidata visita condomínios em Cajazeiras, no conjunto Fazenda Grande 8 B, ás 8h da manhã. Em seguida, Alice viaja para Brasília.

Claudio Silva (coligação "Salvador merece mais")

Pela manhã, Cláudio Silva participa de caminhadas com lideranças comunitárias em diversos pontos da cidade. À tarde, grava programa eleitoral.

Célia Sacramento (PPL)

Às 8h, a candidata participa de um café da manhã e roda de conversa no Colégio Educandário Sodré na rua do Matadouro, em Cajazeiras VI. Ás 10h, ela participa do lançamento da campanha do candidato a vereador Érico Araújo, na Chapada do Rio Vermelho.

Da Luz (PRTB)

O candidato participa de um culto religioso pela manhã e à tarde irá visitar o bairro de Itapoan e São Cristovão.

Fábio Nogueira (coligação "Agora é com a gente")

Pela manhã, Fabio nogueira grava videolclipe no Nordeste de Amaralina, com o candidato a vereador Eudes Oliveira. Depois, faz panfletagem na feira do Nordeste de Amaralina. Durante a tarde, a visita será aos bairros de Cajazeiras II e Fazenda Grande II, com o candidato Ivo Carvalho.

Pastor Sargento Isidório (coligação "Agora é a vez do povo")

Candidato não enviou agenda.

Trump indica amplo sistema de fiscalização de imigrantes nos EUA

Posted: 27 Aug 2016 02:21 PM PDT

DES MOINES (Reuters) - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado que buscaria desenvolver um sistema de fiscalização para garantir que imigrantes ilegais que permaneçam nos Estados Unidos depois do vencimento de seus vistos sejam removidos do país.

Pressionado por ter mandado mensagens conflitantes sobre a principal questão de sua campanha, a imigração ilegal, Trump usou um discurso em Des Moines para disponibilizar novos detalhes sobre seus planos. 

"Eu vou construir uma grande muralha na fronteira, instituir uma verificação eletrônica em todo o país, impedir que imigrantes ilegais acessem benefícios, e desenvolver um sistema de entrada e saída para acompanhar aqueles que permaneçam no país após o vencimento de seus vistos e para que eles sejam rapidamente removidos", afirmou Trump.

"Se não fiscalizarmos as datas de vencimento dos vistos, então temos uma fronteira aberta --é simples assim."

(Reportagem de Steve Holland) 

Turquia intensifica ofensiva na Síria; aviões bombardeiam milícias curdas

Posted: 27 Aug 2016 02:06 PM PDT

KARKAMIS, TURQUIA (Reuters) - Os rebeldes apoiados pela Turquia combateram neste sábado forças apoiadas por curdos no norte sírio, em um dia em que Ankara intensificou sua ofensiva na Síria, lançando ataques aéreos contra milícias curdas e integrantes do Estado Islâmico.

O governo turco, que está lutando contra a insurgência curda no país, tem dito que a campanha na Síria iniciada esta semana pretende atacar tanto Estado Islâmico como forças curdas.

As forças de segurança turcas disseram que dois F-16s bombardearam uma área controlada pela milícia curda YPG. As fontes disseram que aviões atacaram ainda seis alvos de Estado Islâmico.

A Turquia iniciou a ofensiva na Síria na quarta-feira, apoiando rebeldes aliados com forças especiais, tanques e aviões de guerra, visando evitar que forças curdas aumentem seu domínio no norte do país vizinho.

Ainda neste sábado, um soldado turco foi morto e três outros ficaram feridos em um ataque de morteiro a um tanque nas proximidades de Jarablus, no norte da Síria, afirmaram fontes militares.

As fontes dizem que o morteiro foi disparado a partir de um território dominado pela milícia curda YPG.

(Por Umit Bektas)

Terceiro dia de julgamento do impeachment tem menos embates

Posted: 27 Aug 2016 02:06 PM PDT

Clima do terceiro dia do julgamento do impeachment está diferente das suas sessões anteriores Roberto Stuckert Filho/18.08.2016/PR

O clima do terceiro dia do julgamento do impeachment está diferente das duas sessões anteriores, com menos embates entre os senadores e questionamentos mais técnicos do que políticos. O depoimento do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa durou cerca de sete horas. 

O ministro repetiu o argumento de que Dilma não cometeu crime de responsabilidade e que a condenação do TCU (Tribunal de Contas da União) teve efeito retroativo. Dos 33 senadores inscritos para o interrogatório, 32 já fizeram perguntas. A última inscrita é a líder do Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).

Depois dela, será a vez dos advogados da defesa, o ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardoso, e da acusação, a jurista Janaína Paschoal, questionarem a testemunha. Cada um possui seis minutos para fazer perguntas. Depois de Barbosa, os senadores ouvem o depoimento do informante Ricardo Lodi.

Atrito

O único e breve embate que aconteceu foi com o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), mas que foi brevemente resolvido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. A senadora pediu a palavra "pela ordem" durante a fala do senador tucano e os ânimos se exaltaram.

Bem humorado, Lewandowski, pediu mais paciência aos senadores durante a sessão de impeachment e brincou dizendo que na parte da manhã os parlamentares parecem mais animados.

— A experiência tem demonstrado que de manhã os senhores têm um pouco mais de energia e ela vai caindo ao longo do dia. Então vamos ter paciência.

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Dilma recebeu Collor por mais de duas horas no Alvorada ontem

Posted: 27 Aug 2016 01:15 PM PDT

A presidente afastada Dilma Rousseff recebeu ontem à tarde, por mais de duas horas, uma visita do senador e ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL), no Palácio da Alvorada. A conversa foi reservada e, segundo pessoas próxima a Dilma, o senador que a solicitou. Apesar disso, a abertura de Dilma faz parte de uma estratégia na reta final do impeachment para tentar reverter votos a seu favor.

Collor, que sofreu um processo de impeachment, não anunciou claramente o seu voto durante a sessão que decidiu pelo prosseguimento do processo de afastamento de Dilma Rousseff. Por outro lado, o senador não poupou críticas ao governo petista. Na ocasião, Collor comparou o processo de Dilma com o seu, em 1992, e defendeu que a chefe do executivo é a responsável por improbidades administrativas e deve responder por crime de responsabilidade.

A conversa com Collor, segundo um interlocutor de Dilma, aconteceu no mesmo momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desembarcou ontem em Brasília para também tentar conquistar votos contra o impeachment, estava com o senador Edison Lobão (PMDB-MA). Lobão foi ministro de Minas e Energia nos governos de Lula e Dilma. Ele já votou contra a presidente afastada, mas agora diz estar indeciso.

O PT tenta ainda tenta atrair os senadores João Alberto (PMDB-MA) - que havia se posicionado a favor de Dilma, mas na última sessão foi contra - e Roberto Rocha (PSB-MA). A ordem da cúpula petista é atender às reivindicações de todos nas disputas municipais, mesmo que para isso seja necessário mudar parceiros nas alianças.

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Familiar de militante que atacou Charlie Hebdo é suspeito de ter ligação com terror

Posted: 27 Aug 2016 12:15 PM PDT

PARIS (Reuters) - Um parente de um dos militantes que atacou o jornal satírico Charlie Hebdo em Paris em janeiro de 2015 está sendo formalmente investigado por ligações com organizações terroristas, e continua sob custódia, afirmou uma fonte do sistema judicial neste sábado.

A fonte diz que Mourad Hamyd era suspeito de ter viajado à Síria para se juntar ao Estado Islâmico.

Hamyd, que é francês e cunhado do atirador Cherif Kouachi, foi detido na Bulgária no mês passado depois que um tribunal de Paris emitiu um mandado para sua prisão.

Hamyd foi interrogado pela polícia francesa após os ataques ao Charlie Hebdo, nos quais Cherif Kouachi e seu irmão Said atiraram e mataram 12 pessoas antes de serem mortos pela polícia, mas não foi considerado envolvido na ação.

(Reportagem de Chine Labbe)

Cingapura confirma o primeiro caso de Zika vírus transmitido localmente

Posted: 27 Aug 2016 12:01 PM PDT

CINGAPURA (Reuters) - Cingapura confirmou seu primeiro caso de Zika vírus transmitido localmente, informou o Ministério da Saúde do país.

O vírus tem ligações com casos de microcefalia, um raro defeito congênito, em países como o Brasil, segundo o ministério.

A vítima, uma mulher malaia de 47 anos que trabalha na cidade Estado, foi diagnosticada com o vírus, mas estava "bem e se recuperando".

Como ela não viajou recentemente para países afetados por epidemias do Zika, é provável que ela tenha sido infectada com o vírus em Cingapura, afirmou o ministério em nota.

Três outros casos foram identificados em testes preliminares feitos com amostras de urina, e outros exames ainda serão conduzidos. 

O Zika foi detectado no Brasil no ano passado e desde então se espalhou pelo continente americano. O vírus representa um risco a mulheres gestantes por poder causar sérios defeitos de formação. No Brasil, 1.600 casos de microcefalia foram atribuídos ao vírus.

O governo de Cingapura, um dos maiores centros financeiros do mundo, assim como um dos mais movimentos hubs de viagem, diz esperar mais casos do vírus transmitidos por mosquitos que causaram pânico e apreensão principalmente na América Latina e no Caribe.

(Por Marius Zaharia)

Empreiteira pagou propina no governo Serra, durante obras do Rodoanel

Posted: 27 Aug 2016 10:55 AM PDT

José Serra, ex-governador de SP, teve o nome citado em denúncia Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo – 20.6.2015

O ex-presidente e sócio da construtora OAS, Léo Pinheiro, revelou que a empresa pagou propina "em dinheiro vivo", em 2007, durante o governo do tucano José Serra. A denúncia consta da delação entregue pelo empreiteiro à Procuradoria-Geral da República. 

A negociação para o pagamento de propina teria acontecido por conta dos contratos para a construção do trecho 5 do Rodoanel, complexo viário que liga todo o entorno da capital, com o objetivo de reduzir o tráfego de caminhões nas marginais e nas avenidas da cidade.

Na época, Serra era o governador e a transação para o recebimento da propina teve como intermediária a empresa Legend Engenheiros Associados, cujo proprietário é o lobista e doleiro Adir Assad, preso na décima fase da Operação Lava Jato, e ligado a casos de desvios de dinheiro em obras no Estado de São Paulo, durante os governos do PSDB. Confira o trecho da delação do empreiteiro Léo Pinheiro citando o tucano José Serra:

"A OAS foi ganhadora do lote cinco do Rodoanel Sul, que fazia parte de um cartel de empresas (...) A partir de 2004, foram realizadas as reuniões para acertar a licitação na Andrade Gutierrez, pois Dario Leite, executivo da Andrade, era próximo de Dario Lopes Reis, então secretário de Transportes. (...) Na licitação com contrato assinado em 2007 havia um convite de 5% de vantagens indevidas para Dario Lopes Reis e Mario Rodrigues (então diretor de engenharia da Secretaria de Transportes). Tais valores eram ajustados por Dario Leite, executivo da Andrade, e comunicados às demais empresas consorciadas (...) No ano de 2007, por determinação do então governador José Serra, no sentido de que houvesse renegociação em todos os contratos do estado, houve uma negociação no contrato do Rodoanel Sul com desconto no valor do contrato de menos 4% e a globalização do valor do contrato. Em razão dessa renegociação, os valores de vantagens indevidas também foram repactuados para 0,75%. Parte dos pagamentos dos valores indevidos foi feita por meio da empresa Legend Engenheiros Associados, de Adir Assad, na SPE Rodoanel Sul 5, e parte em dinheiro vivo."

Segundo reportagem publicada na revista Veja, que circula neste final de semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ordenou o arquivamento de processos que comprometeriam José Serra, atual ministro das Relações Exteriores. De acordo com Veja, Léo Pinheiro denunciou Serra por ter recebido propina de 3% da OAS.

Senadores governistas desistem de estratégia para acelerar julgamento e questionam ex-ministro Nelson Barbosa

Posted: 27 Aug 2016 09:34 AM PDT

Senadores da base optaram por fazer perguntas a Nelson Barbosa Pedro França/Agência Senado

Os senadores da base do governo interino Michel Temer e favoráveis ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff desistiram da estratégia anunciada ontem (26) de que não fariam perguntas às testemunhas de defesa para acelerar o julgamento. Vários senadores da base se inscreveram para fazer perguntas ao ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Até o intervalo para o almoço, 14 senadores haviam feito pergutas a Barbosa e ainda há 14 senadores inscritos. 

Além dele, irá prestar depoimento hoje, mas como informante, o professor de direito da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), Ricardo Lodi Ribeiro.

O próprio senador Aécio Neves (PSDB-MG), que anunciou o acordo nesta sexta (26), se inscreveu para sabatinar o ex-ministro da gestão petista. Aécio Neves (PSDB-MG) questionou Barbosa se medidas de ajuste fiscal deixaram de ser tomadas por motivos eleitorais.

O ex-ministro Nelson Barbosa negou que isso tenha acontecido, e ao longo do seu depoimento reiterou o que já havia dito durante o processo na Câmara e no Senado: de que todos os decretos foram feitos dentro da lei e de que não houve 'pedaladas'. Barbosa disse que a edição de decretos de créditos suplementares segue o mesmo esquema há mais de dez anos.

Sobre a crise econômica que atingiu o país, o ex-ministro disse que a causa foi uma série de fatores externos e internos. Como exemplo ele citou a correção dos vários preços subsidiados. "O preço de commodities, queda do preço do petróleo, correção de preços administrados, cortes de gastos, paralisação política do Congresso com as pautas-bomba, a Lava Jato", justificou.

Ainda segundo Barbosa, se não tivesse ocorrido a queda brusca de receita, por causa da falta de crescimento, a crise "não teria acontecido".

Testemunhas

Além de Barbosa também será ouvido hoje, na condição de informante, o professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Ricardo Lodi Ribeiro. O pedido para alterar a condição do depoimento de Lodi Ribeirro foi feito pelo advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, pelo fato do professor ter atuado como assistente de perícia no processo.

Depois que Lodi Ribeiro responder às perguntas dos senadores, o ministro Ricardo Lewandowski, que preside o julgamento do impeachment no Senado, encerra a fase de oitiva de testemunhas.  A expectativa dos parlamentares é encerrar os trabalhos ainda neste sábado, até o fim da tarde.

O julgamento será retomado às 9h de segunda-feira (29) com a presidenta afastada Dilma Rousseff. Além de apresentar pessoalmente sua defesa aos 81 senadores, a petista também responderá perguntas de parlamentares.

Militantes da direita alemã escalam Portão de Brandenburgo para protestar contra imigração

Posted: 27 Aug 2016 08:43 AM PDT

BERLIM (Reuters) - Os membros da extrema direita "Movimento Identitário" escalaram o Portão de Brandemburgo, em Berlim, no sábado e estenderam uma bandeira para protestar contra a "islamização" da Alemanha devido à imigração em massa.

Mais de um milhão de pessoas, muitas delas muçulmanas, chegaram à Alemanha no ano passado a partir do Oriente Médio, África e em outros lugares. O instituto alemão de pesquisa sobre o trabalho IAB diz que cerca de 16.000 pessoas ainda estão chegando por mês.

Cerca de 15 manifestantes passaram cerca de 50 minutos no topo do Portão de Brandemburgo, a poucos passos do Parlamento alemão, disse um porta-voz da polícia de Berlim.

Eles penduraram uma faixa pedindo "fronteiras seguras - futuro seguro" e agitaram bandeiras que ostentam o logotipo preto e amarelo do Movimento Identitário.

Folhetos do movimento afirmavam que os alemães estão "se tornando uma minoria", devido à imigração e pediam que as pessoas tomassem medidas contra "islamização".

Uma pesquisa deste mês mostra que pouco mais da metade dos alemães pensa que política de imigração da chanceler Angela Merkel foi ruim.

O apoio a grupos anti-imigrantes aumentou e a alternativa de direita para a Alemanha deve conseguir um bom resultado nas eleições regionais em Berlim e no estado oriental de Mecklenburg-Vorpommern, em setembro.

O Movimento Identitário está sendo monitorado pela agência de inteligência interna da Alemanha. Um porta-voz da agência disse que neste mês houve indicações de atividades do grupo que são "contra a ordem livre e democrática".

(Reportagem por Reuters TV)

Dilma levará cerca de 30 pessoas para defesa no plenário, incluindo Lula, ''Bessias" e ministro dos passeios de moto

Posted: 27 Aug 2016 08:36 AM PDT

Dilma Rousseff deve levar 33 pessoas para acompanhá-la na segunda Roberto Stuckert Filho/18.08.2016/PR

A presidente afastada Dilma Rousseff prepara há dias a sua defesa, que será lida no Plenário do Senado na manhã de segunda-feira (29) às 9h. Para acompanhá-la no parlamento, Dilma escalou ex-ministros e assessores, além do ex-presidente Lula e do presidente do seu partido, Rui Falcão. 

Dos 33 nomes que devem acompanhar a presidente afastada estão alguns personagens curiosos, como Jorge Messias, ex-subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência. O nome de Messias ficou nacionalmente conhecido quando vazaram áudios de conversas entre a cúpulo do PT e aliados. Messias foi identificado nas interceptações telefônicas autorizadas pelo juiz Sergio Moro como "bessias". "Seguinte, eu tô mandando o 'Bessias' junto com o papel pra gente ter ele e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?", disse Dilma a Lula, num dia antes da posse do ex-presidente.

Dilma afirma pagar preço por dar andamento às investigações da Lava Jato

A conversa entre Lula e Dilma fez com que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedisse, em maio deste ano, a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente e a presidente afastada, sob a acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O vazamento do áudio também inflamou o julgamento do impeachment no Congresso, que já tramitava mas ainda não tinha muito apoio.

Outro personagem curioso que irá acompanhar a presidente é Carlos Gabas, que foi ministro da Previdência e da Aviação Civil. Era Gabas quem levava a presidente Dilma Rousseff a dar voltas em Brasília na garupa de sua moto, em uma das raras escapadas da presidente dos compromissos oficiais. 

Veja quem deve acompanhar Dilma nesta segunda-feira (29):

Aldo Rebelo – ex-ministro da Defesa

Aloizio Mercadante – ex-ministro da Educação

Antonio Carlos Rodrigues – ex-ministro dos Transportes

Carlos Gabas – ex-ministro da Previdência e da Aviação Civil

Carlos Lupi – presidente do PDT e ex-ministro do Trabalho

Daisy Barretta – assessora especial de Dilma Rousseff

Eleonora Menicucci – ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres

Eugênio Aragão – ex-ministro da Justiça

Giles Azevedo – ex-assessor especial da Presidência

Izabella Teixeira – ex-ministra do Meio Ambiente

Luiz Inácio Lula da Silva – ex-presidente da República

Jaques Wagner – ex-ministro da Casa Civil e do Gabinete da Presidência

Jorge Messias – ex-subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência

José Eduardo Cardozo – ex-ministro da AGU e da Justiça

Juca Ferreira – ex-ministro da Cultura

Luciana Santos – presidente do PC do B

Maria de Fátima Carneiro de Mendonça – mulher do ex-ministro Jaques Wagner

Maurício Muniz – ex-ministro da Secretaria Nacional dos Portos

Miguel Rossetto – ex-ministro do Trabalho

Miriam Belchior – ex-presidente da Caixa

Nelson Barbosa – ex-ministro da Fazenda e do Planejamento

Nilma Lino Gomes – ex-secretária de Igualdade Racial

Olímpio Antônio Brasil da Cruz – assessor de imprensa de Dilma Rousseff

Patrus Ananias – ex-ministro do Desenvolvimento Agrário

Paula Zagotta – assessora especial de Dilma Rousseff

Renato Rabelo – ex-presidente do PC do B

Ricardo Berzoini – ex-ministro da Secretaria de Governo

Roberto Stuckert Filho – fotógrafo oficial de Dilma Rousseff

Rui Falcão – presidente do PT

Sandra Brandão – ex-assessora especial da Presidência

Tereza Campello – ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Tiago Falqueiro – assessor especial de Dilma Rousseff

Wagner Caetano – ex-chefe do Gabinete de Crise do Planalto

Seis 'sem-mandato' que pavimentaram o processo de impeachment

Posted: 27 Aug 2016 07:31 AM PDT

À esquerda Janaína Paschoal e Rogério Chequer, Sérgio Moro ao centro e Julio Marcelo de Oliveira e Kim Kataguiri à direita BBC Brasil

Mariana Schreiber

Da BBC Brasil em Brasília

Dificilmente, o processo de impeachment teria sido aprovado na Câmara dos Deputados eencaminhado para o Senado não fosse a atuação de algumas figuras de fora do mundo político. São pessoas, digamos, comuns que se tornaram protagonistas da crise política.

Confira abaixo o papel articuladores "sem mandato" nessa batalha jurídico-política.

Julio Marcelo Oliveira, procurador do TCU
O procurador do Ministério Público Julio Marcelo Oliveira, ouvido na quinta-feira como informante da acusação no processo de impeachment que corre no Senado, teve papel determinante na investigação das chamadas "pedaladas fiscais" - atrasos nos repasses da União para bancos que pagavam programas federais.

A suposta irregularidade dessas operações está no cerne da argumentação do pedido de impeachment apresentado pelos juristas Hélio Pereira Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Conceição Paschoal. Eles incluíram no pedido um parecer de Oliveira indicando que as pedaladas fiscais tiveram continuidade em 2015.

O procurador - que atua no Tribunal de Contas da União (TCU) - foi quem solicitou a abertura de uma inspeção ainda em 2014 para investigar se o Tesouro Nacional estava atrasando os repasses para bancos públicos com objetivo de melhorar artificialmente as contas públicas.

O procurador compartilha com frequência em seu Facebook posts públicos em apoio ao juiz Sergio Moro e à operação Lava Jato.

Janaina Paschoal, advogada e professora da USP

Janaina Paschoal é advogada da acusação no processo de impeachment que está a ponto de se concluir no Senado Federal. Foi a denúncia dela, em parceria com os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, que foi aceita para dar início ao processo.

Dos três, Paschoal é a que ganhou maior evidência devido às suas falas acaloradas contra o governo Dilma e seu partido. Na sexta-feira, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, barrou perguntas de Paschoal - que é advogada de acusação no processo do Senado - ao professor de direito Geraldo Prado, que estava sendo ouvido como testemuinha da defesa.

A advogada queria saber do professor se ele achava que existia democracia na Venezuela e se considerava correto o julgamento do Mensalão. Lewandowski objetou, alegando que testemunhas não podem ser pressionadas sobre suas preferências ideológicas.

Muitos temem que ela possa criar constrangimentos quando estiver diante de Dilma Rousseff, na audiência a que a presidente afastada está marcada para comparecer, na segunda-feira.

Até agora, o discurso mais polêmico foi proferido na Faculdade de Direito da USP, onde Janaina leciona, quando ela bradou que o "Brasil não é a República da Cobra". A crítica era uma referência ao discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que ele se autoproclamou "jararaca".

Juiz Sergio Moro

Formalmente, o processo de impeachement em curso no Senado não acusa a presidente de crimes relacionados ao esquema de corrupção da Petrobras.

No entanto, é evidente que os desdobramentos da operação Lava Jato estão no cerne do desgaste político da presidente. Na sexta-feira, o ex-presidente Lula acusou de "factóide" o seu indiciamento pela Polícia Federal na apuração sobre o tríplex do Guarujá, apenas dois antes da ida de Dilma ao Senado.

Os métodos de Moro, como uso intenso do instrumento da delação premiada e da condução coercitiva (quando o investigado é obrigado a comparecer para depor), têm sido criticados por diversos juristas. Também gerou muita polêmica sua decisão de divulgar, em março, áudios privados envolvendo Lula e Dilma.

Por outro lado, seus apoiadores consideram que sem sua determinação na condução da Lava Jato jamais teria se conseguido descobrir os meandros do esquema de corrupção dentro da estatal.

As manifestações populares antigoverno de março alçaram Moro à condição de ídolo maior dos movimentos de oposição a Dilma.

Kim Kataguiri

O ativista, de 20 anos, é considerado um dos expoentes da direita brasileira e é um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo criado em 2014 para lutar contra o PT e divulgar ideias liberais.

Neto de imigrantes japoneses, ele foi um dos organizadores de muitas das grandes manifestações pró-impeachment.

Kataguiri era estudante universitário, mas abandonou o curso de economia na Universidade Federal do ABC há dois anos.

Ele diz que começou a se interessar mais fortemente por política aos 17 anos, quando gravou vídeos para contestar um professor que defendia o Bolsa-Família. A partir disso, passou a fazer mais vídeos sobre economia, livre mercado, ideias liberais e críticas à esquerda. E ganhou popularidade nas redes sociais.

Kataguiri foi escolhido pela revista Time, em outubro de 2015, como um dos jovens mais influentes do ano.

Uma de suas declarações polêmicas foi dada em entrevista de abril ao jornal Estado de S. Paulo, quando disse que "as escolas públicas são verdadeiros centros de recrutamento de traficantes".

Rogerio Chequer

O engenheiro e empresário Rogério Chequer, de 47 anos, é o líder do movimento Vem Pra Rua, que é uma das principais vozes contra o governo de Dilma Rousseff.

A organização também foi uma das responsáveis por promover as grandes manifestações de março de 2015.

Chequer afirma que o grupo é suprapartidário, defende a diminuição do peso do Estado e "luta contra a grave situação econômica, política e social pela qual passamos".

Sócio da empresa de representações SOAP, Chequer acusa a gestão Dilma de promover ações que "resultaram em retrocesso em todas as áreas".

"Na econômica, passamos de crescimento pífio para depressão. Em termos financeiros, houve aumento de juros, de impostos e inflação. É um fracasso completo."

Marcello Reis

O administrador de empresas Marcello Reis, de 40 anos, é o fundador do grupo Revoltados Online, que surgiu como uma comunidade no Facebook.

Entre as principais bandeiras defendidas por Reis estão o combate à corrupção e o impeachment de Dilma.

Descrevendo-se como apartidário, o paulistano disse que perdeu o emprego na agência em que trabalhava por conta de seu ativismo.

O grupo de Reis chegou a defender, no passado, a intervenção militar, mas depois mudou de discurso, dizendo "ter estudado e encontrado outros caminhos democráticos para derrubar o PT".

Em um do protestos antigoverno ocorridos em março deste ano na Avenida Paulista, ele apareceu ao lado de Alexandre Frota, enquanto o ator cantava Satisfaction, dos Rolling Stones, no alto do carro do Revoltados Online.

Em clima de divisão, Senado retoma processo contra Dilma

Posted: 27 Aug 2016 07:08 AM PDT

Mariana Schreiber

Da BBC Brasil em Brasília

Prédio do Congresso, onde os senadores estão divididos e a segurança foi reforçada para evitar atritos BBC Brasil

A etapa final do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff avançou para seu terceiro dia neste sábado, com início do interrogatório dos últimos dois depoentes apontados pela defesa. 

Vão depor Nelson Barbosa (ex-ministro da Fazenda e do Planejamento), como testemunha, e Ricardo Lodi (presidente da Sociedade Brasileira de Direito Tributário), como ouvinte.

Os primeiros dois dias foram marcados por um clima tenso. O presidente do Senado, Renan Calheiros, chegou a comparar a Casa a um "hospício".

Confira abaixo os principais destaques do julgamento até agora e o que está por vir.

Filho de 'clã político' e sob investigação: a cara do Senado que votará o impeachment Seis 'sem-mandato' que pavimentaram o processo de impeachment "Infinita burrice"

O presidente do Senado, Renan Calheiros, tomou a palavra no fim da manhã de sexta-feira, supostamente para tentar acalmar os ânimos dos senadores, a pedido do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que comanda a sessão. No entanto, seu discurso duro acabou botando mais lenha na fogueira.

Ele começou pedindo desculpas à sociedade e a Lewandowski pelo baixo nível dos debates. Em seguida disse que o Senado parecia um "hospício" e depois criticou a estratégia dos aliados de Dilma de apresentarem sucessivas questões de ordem questionando o processo.

Renan Calheiros tentou acalmar ânimos dos senadores mas acabou botando mais lenha na fogueira

Para os parlamentares apoiadores do impeachment, os aliados da petista atuam para atrasar o desfecho do julgamento.

"Essa sessão é sobretudo uma demonstração de que a burrice é infinita", disse Calheiros.

O presidente do Senado também atacou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que ontem havia dito que metade do Senado não tinha moral para julgar Dilma. Ele a repreendeu pela fala e lembrou a recente prisão de seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, acusado de envolvimento em esquema de corrupção.

"Que baixaria", reagiu o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

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A discussão quase virou empurra-empurra entre senadores. Lewandowski, que havia cogitado suspender o almoço devido ao atraso na oitiva das testemunhas de defesa, decidiu dar intervalo de quase duas horas para que a tensão baixasse.

No fim do dia, Calheiros disse que estava arrependido da discussão e que ambos os lados "se excederam".

O presidente do Senado afirmou mais uma vez que ainda não sabe se votará no julgamento final de Dilma. Nas fases anteriores, ele preferiu não se manifestar.

Plateia "fla-flu"

Calheiros disse que Lula quer assistir ao depoimento de Dilma na segunda-feira do plenário do Senado. Ele deve vir acompanhado de um grupo de 20 a 30 aliados, como ex-ministros dos governos petistas e assessores.

Para garantir "direitos iguais", o presidente do Senado disse que a acusação terá direito a convidar também o mesmo número de apoiadores.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) contou à BBC Brasil que os nomes ainda estão sendo definidos, mas é possível que sejam chamados os líderes dos protestos que levaram multidões às ruas neste ano e no anterior pedindo a queda de Dilma.

Senadora Gleisi Hoffmann e os senadores Renan Calheiros (de costas) e Lindbergh Farias

Apesar da forte rivalidade que existe entre esses grupos, o tucano espera que não haja um clima de "fla-flu" na sessão.

"Acho que o depoimento (de Dilma) vai ser muito mais civilizado que hoje", afirmou também Calheiros.

Testemunhas "parciais"

Assim como no primeiro dia, novas testemunhas passaram à condição de informantes, devido a questionamentos sobre sua imparcialidade. Dessa vez foi a vez de a defesa sofrer "baixas".

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Nesta sexta-feira, estava previsto o início da oitiva de seis testemunhas convocadas por Dilma. No entanto, a ex-secretária do Ministério do Planejamento Esther Dweck foi dispensada após senadores favoráveis ao impeachment questionarem o fato de ela ter sido nomeada pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para trabalhar na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa.

Além disso, a própria defesa também solicitou a troca de "status" de testemunha para informante do economista Luiz Gonzaga Belluzzo e do presidente da Sociedade Brasileira de Direito Tributário, Ricardo Lodi, antecipando-se aos questionamentos que seriam feitos pelos senadores favoráveis ao impeachment.

Segundo eles, Belluzzo não poderia ser testemunha porque não participou das operações fiscais em questionamento. Dessa forma, ele apenas poderia dar sua opinião como especialista. Já Lodi foi assistente de perícia indicado pela defesa em fase anterior do processo e por isso não teria imparcialidade para ser testemunha.

O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, ouvido pelos senadores em defesa de Dilma

Uma testemunha de acusação, o procurador junto ao TCU (Tribunal de Contas de União) Júlio Marcelo de Oliveira, também foi interrogada como ouvinte. Ele não foi considerado imparcial porque apoiou protestos a favor da rejeição das contas do governo Dilma pelo TCU no ano passado.

Na prática, porém, essas mudanças não devem ter efeitos relevantes. Ao contrário da testemunha, o informante não presta compromisso de dizer a verdade e não pode ser processado por mentir. Dessa forma, do ponto de vista técnico, seu depoimento é considerado "menos qualificado". Ainda assim, pode ser usado como prova, a depender da avaliação do juiz do caso.

No caso do impeachment, os próprios senadores são os juízes e é improvável que esse fator - ser testemunha ou ouvinte - influencie sues votos.

"Ignorar" depoentes

Assim como no primeiro dia, senadores aliados de Dilma apresentaram uma série de questões de ordem questionando o processo, o que novamente atrasou o andamento do julgamento.

Em reação, os parlamentares a favor do impeachmemt decidiram "ignorar" os depoentes convocados pela defesa, fazendo poucas perguntas.

"Não vamos perguntar, a não ser que haja alguma provocação. Num tribunal do juri, a tese que está ganhando evita fazer perguntas, até pra não levantar a bola pra outra parte cortar", disse à BBC Brasil o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

A maioria dos senadores nem acompanhou a fala dos depoentes de defesa. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chegou a apresentar questão de ordem para que Lewandowski exigisse a presença deles, mas o presidente do STF disse que os senadores podiam acompanhar a sessão de seus gabinetes.

"Os juízes que vão julgar a presidenta não estão ouvindo as testemunhas", criticou o petista.

Lewandowski tem buscado arrefecer os ânimos dos senadores

Falaram nesta sexta-feira três depoentes convocados pela defesa - Luiz Gonzaga Belluzzo (economista professor da Unicamp), Geraldo Prado (jurista professor da UFRJ) e Luiz Cláudio Costa (ex-secretário executivo do Ministério da Educação).

Eles chamaram o impeachment de Dilma de "injustiça" e "um atentado à democracia".

Polêmica sobre parecer do TCU

Senadores aliados de Dilma repercutiram na sexta o depoimento do auditor do TCU Antônio Carlos Costa D'Ávila Carvalho Júnior, testemunha de acusação que falou na noite de quinta-feira.

Ao responder questionamento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ele reconheceu que auxiliou o procurador junto ao TCU Júlio Marcelo de Oliveira a produzir uma representação sobre a continuidade em 2015 das "pedaladas fiscais" - atrasos nos repasses dos governos a bancos públicos para cobrir benefícios de programas públicos e juros subsidiados.

Esse documento serviu de base para a denúncia que pede o impeachment da presidente, apresentada pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaina Paschoal.

"Formalmente a representação foi apresentada pelo doutor Júlio e cabia a ele decidir se faria ou não, mas, sim, conversei com ele antes da representação, passei a ele alguns conceitos, porque envolvia questões de apuração de resultado fiscal e, em função do que estava colocado nos jornais, ele queria obter maiores informações em relação a isso, auxiliei, sim, na redação de alguns trechos da representação", disse.

A defesa de Dilma estuda recorrer juridicamente para anular o parecer. O argumento é que um auditor do TCU, que portanto estaria responsável por analisar a representação, não poderia orientar a acusação apresentada pelo Ministério Público.

"O próprio auditor recebeu a denúncia, deu parecer favorável ao prosseguimento, e orientou a decisão do tribunal. É uma armação. É muito grave o que estamos vendo. Criaram um crime. As pedaladas não existem", disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Julgamento do impeachment entra no 3º dia; ex-ministro Nelson Barbosa disse que não houve crime

Posted: 27 Aug 2016 06:55 AM PDT

O ex-ministro Nelson Barbosa disse que não houve irregularidades Marcelo Camargo/AgBr

Começou o terceiro dia de julgamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. O economista Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma Rousseff, é o primeiro a depor, 21 senadores estão inscritos para falar. As perguntas e repostas têm duração prevista de três minutos, conforme determinação do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski.

O senador Paulo Paim (PT-RS) questionou o ministro sobre o destino dos recursos dos créditos complementares. Barbosa relembrou que as medidas foram legais e seguiram os pedidos feitos por quadros técnicos das áreas envolvidas. "Um processo que é o mesmo há 16 anos, dentro da legalidade, as áreas fazem a solicitação que é analisada por setores técnicos e, só então, sobre para a assinatura da presidente", disse o ex-ministro.

Em seguida, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), falando pela oposição, criticou a estratégia dos aliados de Dilma de esvaziar a acusação de crime de responsabilidade. 

Mortos por terremoto na Itália chegam a 284

Posted: 27 Aug 2016 05:35 AM PDT

ASCOLI PICENO, Itália (Reuters) - O número de mortos no terremoto que destruiu partes da região central da Itália chegou a 284 neste sábado, no momento em que o país se prepara para o primeiro dos funerais coletivos das vítimas.

Outros dois corpos foram encontrados durante a madrugada na cidade mais atingida, Amatrice, que foi completamente destruída durante o terremoto, com pelo menos 224 vítimas, entre moradores e turistas. Apesar de equipes de resgate continuarem as buscas nos escombros, há pouca esperança de encontrar mais pessoas ainda vivas.

O presidente italiano Sergio Matarella visitou Amatrice neste sábado para ver pessoalmente a dimensão dos estragos, antes de ir ao funeral de 40 vítimas na cidade vizinha de Ascoli Piceno.

O velório está sendo feito em um centro esportivo da cidade. "Meus pensamentos estão com eles porque há pessoas que perderam tudo: casas, família, e todos os sacrifícios de uma vida inteira", disse Luciana Cavicchiuni. "Essas coisas não deviam acontecer".

Tremores secundários continuam a acontecer na região, o mais forte deles chegando a 4.2. O Instituto Geológico Italiano afirma que 1.332 tremores secundários foram sentidos na Itália desde quarta-feira, quando o terremoto principal, de magnitude 6.2 atingiu a região central do país.