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sábado, 9 de julho de 2016

#Brasil

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Ninguém acertou! Mega-Sena acumula prêmio de R$ 18 milhões para próxima quarta

Posted: 09 Jul 2016 05:30 PM PDT

Reprodução Fotos Públicas

A Caixa Econômica Federal sorteou neste sábado (9) as dezenas do concurso 1.835 da Mega-Sena. Ninguém acertou os seis números, e o prêmio acumulou em R$ 18 milhões para a próxima quarta-feira (13).

Os números sorteados foram: 8 – 28 – 36 – 47 – 50 – 58.

Segundo a Caixa, 41 apostadores acertaram cinco números e faturaram R$ 49.808,69 cada.

Outros 3.133 jogadores acertaram a quadra e faturaram R$ 931,17.

Os prêmios da Mega-Sena prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao tesouro nacional para aplicação no FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior).

O valor dos prêmios da Mega-Sena corresponde a 45,3 % do total arrecadado com as apostas. Os acertadores das seis dezenas dividem 35% do total da premiação. Quem acerta cinco dezenas entra no rateio de 19% da premiação. Não havendo acertador, o valor acumula para o concurso seguinte.

A chance de acertar os seis números jogando apenas um bilhete é de uma em 50 milhões. A probalidade de acertar a quina é de uma em 154 mil.  No entanto, é mais fácil acertar a quadra. A chance é de uma em 2.332, segundos os cálculos dos técnicos da Caixa Econômica Federal.

Os prêmios com valor de até R$ 1.903 são pagos nas casas lotéricas ou agências da Caixa. Os sorteios acontecem aos sábados e às quartas-feiras. O valor da aposta mínima, de seis de dezenas, é R$ 3,50.

"Nordexit?" — como o Brexit animou movimentos separatistas no Brasil

Posted: 09 Jul 2016 02:18 PM PDT

Nas redes sociais, movimento que quer a independência do Nordeste passou a ser chamado de 'Nordexit' BBC Brasil

Líderes de movimentos separatistas brasileiros veem no resultado do plebiscito no qual os britânicos votaram pela saída do Reino Unido da União Europeia um bom momento para conquistar novos adeptos.

Eles não são necessariamente novos ─ a maioria surgiu nas décadas de 80 e 90, como O Sul é meu País e o Grupo de Estudos para o Nordeste Independente (Gesni), fundamentados em um histórico de revoluções como a Praieira (1850), e as guerras do Contestado (1912) e dos Farrapos (1845), entre outras.

Há movimentos mais recentes, que afirmam ter "ares mais modernos", inspirados nas demandas da Catalunha e da Escócia ─ caso do Movimento São Paulo Livre, criado logo após as eleições presidenciais de 2014.

Na origem, grande parte desses grupos baseava seus discursos em um tripé que geralmente envolvia falta de representatividade no Congresso, contribuição fiscal versus o retorno recebido do governo federal e diferenças culturais.

Hoje, incorporaram como justificativas temas atuais, como a crise política e a fragilidade da economia brasileira.

Influência do 'Brexit'

Além dos fatores internos, o contexto internacional também é usado pelos grupos, que falam em um "fracasso da globalização" ─ corroborado, na visão de vários deles, pela decisão britânica de deixar a União Europeia.

Grupo São Paulo Livre quer realizar plebiscito "Sampadeus" outubro BBC Brasil

Para esses movimentos, há a imposição de uma cultura e de economia central em detrimento dos movimentos locais.

"Quando a Inglaterra saiu da União Europeia, começamos a ver que outras coisas impensáveis poderiam acontecer, como São Paulo sair do Brasil. Sei que temos diferença com a Inglaterra, que é um país independente que sai de uma estrutura multinacional, e que São Paulo ainda é um Estado preso dentro de uma federação", diz Flavio Rebello, presidente do movimento que quer a separação paulista.

— Mas dá para fazer um paralelo interessante: o que aconteceu é a vitória do poder local sobre um poder maior tido como distante e burocrático. Nesse sentido, o paralelo com o SP Livre é total.

O grupo dele, ao lado de outros separatistas como o Sul é o Meu País, está mobilizando esforços para a realização de um plebiscito no dia 2 de outubro para avaliar o apoio popular para a separação.

Em São Paulo, a votação está sendo chamada de "Sampadeus". A divulgação é feita através pela internet e com distribuição de panfletos.

O Movimento São Paulo Livre já tem até as cédulas da moeda do novo país; o "Ouro" teria personalidades paulistanas, como Mario de Andrade

"O Brexit não é um movimento separatista, mas mostra que não é possível matar a cultura local. O Brasil sempre buscou a união na marra. Se o Brasil calcasse sua identidade pela diversidade do povo, mas não: pegou todas as culturas e transformou todos em brasileiros", justifica Celso Deucher, diretor de mobilização estratégica do Sul é o Meu País, quer a emancipação dos três Estados do Sul.

— Somos diferentes, queremos fazer nossas próprias leis com nossos costumes, hábitos e tradições.

Apesar de reforçar as diferenças culturais, ele afirma que o movimento respeita todas as culturas e minorias.

— A separação precisa ser democrática, as pessoas precisam ir lá votar no nosso plebiscito nem que seja para dizer que não querem. Nosso movimento é pacífico, e não há segregação. Temos negros, homossexuais, mulheres, estrangeiros, muita gente fazendo parte.

'Nordexit'?

Autor do livro Nordeste Independente e representante do grupo que quer a separação da região do restante do País, Jaques Ribemboim vem discutindo o tema há mais de 20 anos e acredita que não houve momento melhor para propagar as ideias.

Professor universitário e com pós-doutorado em Sistemas Produtivos Locais na Universidade Pierre Mendes, na França, ele acredita que, além dos fatores externos e internos, a juventude atual está mais aberta a discutir mudanças, o que favoreceria os movimentos separatistas.

"É um momento oportuno para conquistar novos adeptos. Separatismo dentro do Brasil é um tabu, se tornou algo impensável. Eu lhe asseguro que hoje temos mais chance de sucesso do que no passado", aposta.

— O jovem aprendeu a rever conceitos, é mais liberal na recepção de novas ideias. É capaz de dialogar sobre prós e contras sem aversão inicial à ideia. Ou seja: separatismo entre jovens não tem o mesmo estigma de tabu que tinha no passado, e nossas ideias terão uma ampla aceitação.

Ele também reforça o papel do Brexit para agregar mais simpatizantes à discussão.

— É claro que um movimento separatista tende a ter mais sucesso e maior adesão em períodos de crise. De certo que a crise econômica e politica e a descrença nos nossos representantes no governo de forma geral e algumas movimentações aqui e ali no exterior estimulam de alguma forma o desejo separatista, e mostram que ele é algo possível.

Falta de apoio

O movimento "O Sul é o Meu País" foi criado em 1992 BBC Brasil

Ainda que os líderes desses grupos acreditem na possibilidade de uma insurgência separatista, esses movimentos ainda são inconstitucionais no Brasil.

Logo no primeiro artigo da Constituição está definido que a República Federativa do Brasil é "formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal".

O professor de antropologia social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ruben George Oliven, autor do livro A Parte e o Todo, sobre a diversidade cultural do Brasil, afirma que há muitos obstáculos para que os grupos separatistas tenham sucesso.

Para ele, embora esses movimentos estejam animados com o que está acontecendo na Europa, a ideia não é viável.

— Legalmente não se pode separar o Brasil, portanto do ponto de vista jurídico é crime. Na atual conjuntura jurídica não existe possibilidade de um plebiscito sobre isso. Em segundo lugar, não há um partido político sequer que abrace essa causa, de qualquer tendência ideológica, muito menos grupos econômicos interessados nisso, nem empresários nem sindicatos, porque todos teriam muito a perder.

Oliven cita plebiscitos que ocorreram em outras partes do mundo para justificar outro elemento que, segundo ele, pesa contrário ao separatismo no Brasil: o sentimento de "pertencimento" que os brasileiros, em geral, têm com o país.

— Mesmo que houvesse um plebiscito, duvido que alguma região majoritariamente faria a opção pela separação.

O professor cita o caso da província de Québec, no Canadá, que embora tenha "um forte sentimento de cultura própria", decidiu em plebiscitos permanecer no país.

— As pessoas pesam coisas diferentes: como vai ficar minha aposentadoria, sistema de saúde, enfim. Uma coisa é você se sentir muito diferente, outra é não querer mais ser brasileiro.

Alvo da Boca Livre 'frauda cofres públicos' há 20 anos, diz Procuradoria

Posted: 09 Jul 2016 02:01 PM PDT

Agentes fazem coleta de documentos na sede da Bellini Cultural 28.06.2016/RAFAEL ARBEX/ESTADÃO CONTEÚDO

Em manifestação contrária ao pedido de liberdade da defesa dos filhos do empresário Antonio Carlos Bellini, da Bellini Cultural, Felipe Amorim e Bruno Amorim, investigados na Operação Boca Livre, a Procuradoria da República afirma que ficou comprovada 'a inexistência da realização de atividade lícita por parte dos investigados'. A família é suspeita de fraudes na Lei Rouanet.

"O genitor dos requerentes, e também investigado, Antonio Carlos Bellini, frauda os cofres públicos por conta desse esquema criminoso há mais de 20 anos, tendo sido tal conduta perpetuada por seus filhos, os requerentes Bruno e Felipe", aponta a manifestação subscrita pela procuradora Thaméa Danelon.

Apesar da manifestação da Procuradoria, de 7 de julho, o desembargador Nino Toldo, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região concedeu liminar em habeas corpus e mandou soltar Felipe Amorim e Bruno Amorim. O TRF3 também mandou soltar Antônio Carlos Bellini. O Tribunal determinou fiança de 100 salários mínimos para Antonio Carlos e 50 mínimos para cada filho Felipe e Bruno.

A Boca Livre investiga desvios de mais de R$ 180 milhões na Lei Rouanet. Felipe Amorim é suspeito de ter bancado o próprio casamento, uma festa de luxo em Jurerê Internacional, com verbas da legislação.

Para a procuradora, 'restou comprovado a inexistência da realização de atividade lícita por parte dos investigados, motivo pelo qual está ausente um dos requisitos da liberdade provisória'.

"Embora os requerentes não estejam sendo investigados por supostos crimes violentos (tais como latrocínio, homicídio dentre outros) deve­-se ter em mente a gravidade dos crimes que são praticados contra a administração pública, tais como peculato e os crimes de corrupção ativa e passiva, crimes cuja materialidade já está devidamente demonstrada neste IPL, embora em relação a autoria não haja prova cabal, apenas indicativos", afirmou Thaméa Danelon.

FHC passa bem após realizar operação para implantar marca-passo

Posted: 09 Jul 2016 11:21 AM PDT

FHC deve deixar o hospital ainda neste sábado Leonardo Benassatto/Futura Press/Folhapress

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de 85 anos, passou na manhã deste sábado (9) por uma cirurgia para implantar um marca-passo (aparelho utilizado para corrigir o ritmo do batimento cardíaco). A operação foi bem sucedida e ele passa bem, conforme informou sua assessoria de imprensa.

A cirurgia para o implante do marca-passo ocorreu, conforme divulgado pela Agência Brasil, às 9 horas, no Hospital do Coração, na capital paulista.

FHC foi para o quarto às 10h30, onde ficará até receber alta. A expectativa é de que ele deixe o hospital ainda neste sábado.

A decisão de colocar um marca-passo foi tomada após um exame de rotina, realizado na sexta-feira (8), identificar pequenas alterações no ritmo do batimento cardíaco, que estava lento. O ex-presidente não tem histórico de problemas cardíacos ou doenças crônicas.

A inclusão do marca-passo foi, segundo pessoas próximas ao tucano, apenas uma "precaução".

Waldir Maranhão anula criação de CPI da UNE

Posted: 09 Jul 2016 11:18 AM PDT

Waldir Maranhão (PP-MA) acatou argumentos de deputados do PT e do PCdoB REUTERS/Adriano Machado - 9.5.2016

O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou nesta sexta-feira (8) a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar suposta irregularidade em uso de dinheiro público pela UNE (União Nacional dos Estudantes).

A CPI foi criada no dia 4 de maio pelo ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pouco antes do seu afastamento, atendendo a um requerimento de autoria do deputado Marco Feliciano (PSC-SP). No requerimento, Feliciano citou reportagens que apontam supostas irregularidades em convênios entre o governo federal e a entidade entre os anos de 2011 e 2014.

Entre os objetos de investigação presentes no requerimento estava o recebimento de R$ 44,6 milhões pela entidade. O montante foi repassado para a UNE como indenização por sua sede, na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, ter sido queimada pela Ditadura Militar em 1964 e o terreno ter sido entregue a terceiros.

Para anular o requerimento, Waldir Maranhão atendeu a uma questão de ordem formulada pelos deputados Orlando Silva (PCdoB-SP) e Erika Kokay (PT-DF) que argumentaram não haver fato determinado que justificasse a criação de uma CPI.

"Com efeito, o destino que pessoas privadas conferem aos bens ou recursos que recebam do Poder Público a título de indenização por danos sofridos não podem ser objeto de inquirição por parte deste mesmo Poder Público, de modo que o interesse público não se revela presente", disse o presidente interino na decisão.

STF

Na quinta-feira (7), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, já havia negado o pedido de um grupo de parlamentares do PSDB, PTB e PSC para garantir a instalação da CPI. Na decisão, o ministro entendeu que a questão deve ser resolvida politicamente pela Câmara.

"Não cabe qualquer intervenção deste tribunal para acelerar os trabalhos parlamentares, visto que se trata de matéria submetida a critérios de ordenação dos trabalhos parlamentares, os quais, a toda a evidência, não se submetem ao crivo jurisdicional."

Prédio de Cavendish é alvo de protesto no Leblon

Posted: 09 Jul 2016 10:23 AM PDT

Prédio fica no bairro com o m² mais caro do Brasil ALESSANDRO BUZAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Um grupo de pessoas colocou, neste sábado (9) cartazes em protesto na frente do prédio onde vive o ex-dono da construtora Delta Fernando Cavendish, preso na Operação Saqueador da Polícia Federal, no começo do mês. 

Ele e o bicheiro Carlinhos Cachoeira permanecem no complexo de Bangu, no Rio. Os dois haviam sido beneficiados por um habeas corpus e deveriam ser soltos assim que o Estado do Rio providenciasse tornozeleiras eletrônicas. Eles cumpririam prisão em regime domiciliar.

Porém, uma decisão da Justiça Federal no Espírito Santo revogou o habeas corpus, na última quarta-feira (9). 

Cavendish foi preso no dia 2 de julho, após chegar de um voo da Europa. Ele e outras 21 pessoas são acusados em um processo que apura o desvio de R$ 370 milhões dos cofres públicos.

O prédio dele, no Rio, fica na avenida Delfim Moreira, o metro quadrado mais caro do País. 

Ex-presidente FHC faz implante de marca-passo em São Paulo

Posted: 09 Jul 2016 10:08 AM PDT

Ex-presidente deverá receber alta ainda hoje Nelson Antoine/Framephoto/Estadão Conteúdo – 12.4.2016

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de 85 anos, fez neste sábado (9) uma operação para implante de marca-passo, aparelho usado para corrigir o ritmo cardíaco.

Segundo a assessoria de imprensa do ex-presidente, a operação foi bem sucedida e Fernando Henrique Cardoso passa bem.

A cirurgia para o implante foi realizada às 9h no Hospital do Coração, na capital paulista. O ex-presidente foi levado ao quarto às 10h30, onde deve permanecer até receber alta médica. A previsão é que ele deixe o hospital ainda hoje.

Milhares vão às ruas nos EUA em protestos contra a violência policial

Posted: 09 Jul 2016 08:25 AM PDT

Por Curtis Skinner

SAN FRANCISCO (Reuters) - Milhares de pessoas foram às ruas de diversas cidades dos Estados Unidos na sexta-feira para denunciar o assassinato a tiros de dois homens negros por policiais durante a semana.

Os protestos ocorreram um dia depois de um homem armado matar cinco policiais que monitoravam manifestações semelhantes em Dallas, no Texas.

Os manifestantes encheram as ruas de Nova York, Atlanta e Filadélfia. Eventos em San Francisco e Phoenix também atraíram grandes multidões.

Seis pessoas ficaram feridas e três foram presas em Phoenix, onde tropas de choque da polícia usaram spray de pimenta contra os manifestantes, alguns dos quais que jogavam pedras nos policiais, segundo um comunicado do Departamento de Polícia de Phoenix.

Vídeos publicados online mostraram manifestantes se reunindo também em Baton Rouge, no Estado da Louisiana, onde Alton Sterling, de 37 anos, foi morto a tiros pela polícia na terça-feira pela manhã.

A maior manifestação parece ter ocorrido em Atlanta, onde milhares de pessoas marcharam em passeata, cantando e exigindo justiça, mostraram vídeos publicados nas redes sociais. O prefeito de Atlanta, Kasim Reed, tuitou que o protesto foi em grande parte pacífico, embora 10 pessoas tenham sido presas.

A sexta-feira foi o segundo dia de protestos contra o uso da força pela polícia, após as mortes a tiros de Sterling e de Philando Castile, de 32 anos, nos arredores de St. Paul, no Estado de Minnesota.

Castile foi morto pela polícia durante uma abordagem de trânsito na quarta-feira. Minutos depois, a namorada dele publicou filmagens do episódio na Internet.

As manifestações na quinta-feira vinham sendo em sua maior parte pacíficas, até tiros serem disparados em um protesto que se dispersava, em Dallas.

As autoridades disseram que Micah Johnson, um militar veterano do Afeganistão de 25 anos que afirmou querer "matar pessoas brancas", lançou um ataque com tiros de longa distância que mataram cinco policiais e feriram outras nove pessoas.

O atirador foi morto pela polícia com um robô carregado de explosivos, após ele ter sido encurralado em um estacionamento.

(Reportagem adicional de Bryn Stole em Baton Rouge, Louisiana, e Brendan O'Brien em Milwaukee)

Apesar de desgaste, Otan se compromete a financiar forças do Afeganistão até 2020

Posted: 09 Jul 2016 08:09 AM PDT

VARSÓVIA (Reuters) - Aliados da Otan concordaram neste sábado em ajudar a financiar as forças de segurança do Afeganistão em cerca de 1 bilhão de dólares anuais, pelos próximos três anos, apesar do desgaste na opinião pública nos países ocidentais sobre o envolvimento no antigo conflito.

Os aliados, presentes em uma reunião de cúpula de dois dias na capital da Polônia, Varsóvia, também pressionaram os líderes afegãos a intensificarem o combate à corrupção, conduzirem reformas eleitorais e protegerem os direitos humanos, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

A Otan está presente no Afeganistão desde 2003 e tem investido dezenas de bilhões de dólares para tentar estabilizar o país.

O agravamento do estado de segurança e um ressurgimento do Taliban forçou os aliados da Otan a mudar seus planos de reduzir drasticamente o número de soldados que mantém no Afeganistão, embora haja pouco ímpeto dos países ocidentais em prolongar seu envolvimento no país.

"Uma das grandes conquistas dessa reunião é que vamos disponibilizar agora 1 bilhão de dólares em compromissos que não são dos EUA", disse Stoltenberg em uma coletiva de imprensa no segundo dia da cúpula em Varsóvia.

(Por Yeganeh Torbati e Robin Emmott)

Justiça bloqueia contas de esposa do deputado Eli Corrêa Filho por caso Rodoanel

Posted: 09 Jul 2016 04:35 AM PDT

Mulher de Correia Filho (foto) está envolvida em caso de superfaturamento Divulgação/Democratas

O juiz Felipe Estevão de Melo Gonçalves, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Guarulhos, na Grande São Paulo, determinou o bloqueio de R$ 31,5 milhões das contas bancárias da mulher do deputado federal Eli Corrêa Filho (DEM) e de uma empresa da família dela por não terem devolvido o dinheiro depositado em juízo pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) em um processo de desapropriação de terreno para a construção do Trecho Norte do Rodoanel. A decisão atende a pedido feito à Justiça pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado).

Em 25 abril deste ano, a Justiça determinou que a Empreendimentos Imobiliários Quadra de Ás Ltda, empresa dona da área, que tem Francislene Assis de Almeida Corrêa (esposa do deputado) entre seus sócios, devolvesse os R$ 30 milhões que foram sacados em 2014, após decisão de um outro juiz de Guarulhos.

O valor corresponde a 80% dos R$ 37 milhões avaliados no terreno de quase 150 mil metros quadrados por uma perícia judicial e é questionado judicialmente pelo governo, que ofereceu R$ 4,8 milhões. O caso é um dos alvos do Ministério Público Estadual em inquérito que investiga suspeita de superfaturamento nas desapropriações do Rodoanel Norte, que pode resultar em prejuízo de R$ 1,3 bilhão.

O advogado Benedito Trama, que defende a Quadra de Ás no processo, entrou com recurso no início de maio pedindo o efeito suspensivo da medida, mas o pleito foi indeferido no dia 23 daquele mês. O juiz aceitou apenas o pedido para que a intimação para que a mulher do deputado devolva o dinheiro fosse feita pessoalmente, em respeito a uma súmula do Tribunal de Justiça, sob pena de multa diária de R$ 20 mil por descumprimento da decisão.

Sumiço

Depois de quatro tentativas, entre os dias 2 e 8 de junho, o oficial de Justiça informou ao juiz que não conseguiu localizar Francislene em três endereços diferentes em Guarulhos. Ele relata ter ido aos locais informados no processo como sendo a residência dela, a sede da Quadra de Ás e o escritório da família "Assis de Almeida", onde um funcionário disse que a mulher do deputado havia viajado para Brasília e voltaria na semana seguinte.

Para o magistrado Felipe Estevão de Melo Gonçalves, a situação "sugere possível tentativa de ocultação, paralelamente ao flagrante desrespeito dos requeridos ao seu dever de manter endereço atualizado nos autos". O juiz destaca que a devolução dos R$ 30 milhões deveria ter ocorrido em agosto de 2015, quando o primeiro recurso do governo contra o valor da desapropriação definido pela perícia foi deferido, e que a própria defesa de Francislene havia pedido mais tempo (120 dias) para fazer o depósito, "indicando claramente a intenção de cumprir a ordem judicial".

A nova decisão, anexada ontem ao processo, determina o bloqueio online até o limite de R$ 31,5 milhões (valor sacado em 2014 por Francislene com correção) pelo sistema do Banco Central e a intimação da mulher do deputado Eli Corrêa Filho por carta nos endereços informados por ela nos autos. Atualmente, ela e o parlamentar moram em São Paulo.

Defesa

O advogado Benedito Trama disse ontem que vai recorrer do bloqueio das contas bancárias e já entrou com recurso especial no Tribunal pedindo efeito suspensivo da decisão que determinou a devolução dos R$ 30 milhões. Ele afirma que parte do dinheiro já foi gasta por Francislene e outros sócios da empresa Quadra de Ás e vai propor um acordo com o governo na Justiça para que o valor seja "descontado" dos cerca de R$ 60 milhões que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), autarquia paulista responsável pelas desapropriações do Rodoanel, deve pagar a Francislene para desapropriar uma outra área da família em Guarulhos. Pela outra área, o DER ofereceu R$ 9 milhões.

"O Estado deve o dobro para ela em uma outra área que eles precisam entrar para continuar a obra. Vamos propor essa compensação até a sentença final do processo, até porque parte desse dinheiro ela já usou", disse Trama. "Não há superfaturamento. O DER chegou a oferecer muito mais pelo metro quadrado em terrenos vizinhos. Eles querem é não pagar nada para virar precatório." O deputado Eli Corrêa Filho não foi localizado ontem no gabinete em Brasília nem pelo celular. 

PT negocia apoio a candidato do DEM para presidência da Câmara

Posted: 09 Jul 2016 04:23 AM PDT

Rodrigo Maia (foto) é um dos nomes cogitados para a disputa Agência Brasil

Na tentativa de quebrar a hegemonia do grupo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a ala majoritária do PT negocia o apoio ao candidato do DEM, Rodrigo Maia (RJ), para a sucessão à presidência da Câmara. Acompanhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se reuniu nos últimos dias com o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), a articulação política já divide o PT.

A ideia é que a nova oposição - PT, PCdoB e PDT - se una a antigos adversários, como DEM, PSDB e PPS, para enfrentar o Centrão, bloco que abriga cerca de 270 deputados e foi fundamental para aprovar o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A negociação também envolve o PSB.

Para dirigentes da corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), grupo de Lula, somente com essa estratégia será possível se contrapor ao presidente em exercício, Michel Temer. Nos bastidores, o comentário é que Maia seria o único nome capaz de enfrentar o candidato do Centrão, que deve ser Rogério Rosso (PSD-DF), ligado a Cunha.

A bancada do PT, porém, rachou. Integrantes da tendência Mensagem ao Partido - segunda maior força no espectro ideológico do partido - e de outras correntes mais à esquerda não aceitam apoiar um nome do DEM. Argumentam que Maia votou a favor da deposição de Dilma e sempre fez oposição a Lula.

Esse grupo defende a candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PI), que foi ministro da Saúde de Dilma e ficou contra o impeachment. Há também os que têm simpatia por Fernando Giacobo (PR-PR). "A nossa preferência é por um candidato que tenha votado contra o impeachment, mas isso não é condicionante. Vamos apresentar uma agenda de pauta social e queremos um candidato com potencial de ir para o segundo turno", disse o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA).

Articulações

Não é apenas no PT que a articulação a favor de Rodrigo Maia causa polêmica. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), pré-candidata à Prefeitura do Rio e adversária de Maia, é contra o acordo. Já o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), está conversando com o candidato do DEM. Ao mesmo tempo, Aécio emitiu sinais para o Planalto ao dizer que o PSDB pode não lançar concorrente a mandato-tampão na Câmara, desde que o governo apoie os tucanos para a presidência da Casa, em 2017.

A proposta não foi vista com bons olhos no Planalto. Ministros do PMDB alegam que o partido não pode correr riscos - lembram que a gestão Cunha provou ao PT o quanto um presidente da Câmara pode desestabilizar o governo.

Waldir Maranhão fechou acordo com Rodrigo Maia. O presidente interino da Câmara demitiu o secretário-geral da Mesa Diretora, Silvio Avelino, porque não gostou de ver publicada no Diário da Câmara a decisão do colégio de líderes que antecipou de quinta-feira para terça a eleição de seu sucessor.

Para o lugar de Avelino, Maranhão nomeou Wagner Soares Padilha, que foi assessor da liderança do DEM. O secretário adjunto será Lourimar Rabelo, que é próximo de deputados do PT, como José Guimarães (CE).

Governo

O Planalto vê com preocupação o movimento para dividir a base aliada. Em conversas reservadas, ministros dizem que o governo não deixará Maia ir para "o lado de lá". Embora o discurso oficial seja o de que o Planalto não vai interferir na disputa da Câmara, nos bastidores há muitas negociações de cargos em andamento.

"Diante desse quadro, não faz sentido lançarmos uma candidatura apenas para marcar posição", afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que defende o aval a Maia. "Não vamos eleger o líder do governo Michel Temer. O que está em discussão aqui é quem defende a política feita à luz do dia e quem prega os métodos de Eduardo Cunha."

Para o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), não é hora de definir os candidatos à sucessão de Cunha por ideologia partidária. "Nós queremos que o nome represente o conjunto da Casa", comentou.

Maia disse ao Estado que só formalizará sua candidatura depois de costurar o apoio dos partidos de esquerda. "Eu posso ser o nome que vai unificar a Câmara", observou ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Planalto age para emplacar ‘perfil confiável’ na Câmara

Posted: 09 Jul 2016 03:54 AM PDT

Waldir Maranhão (foto) quer apoio para permanecer até 2017 REUTERS/Adriano Machado - 9.5.2016

Apesar do discurso oficial de que não vai se envolver na disputa pelo comando da Câmara, o governo Michel Temer age para emplacar um nome da confiança da gestão interina. A avaliação no Planalto é que Temer não pode "correr riscos" neste processo, pois um parlamentar hostil ao Executivo no cargo pode comprometer a aprovação de projetos fundamentais para a recuperação da economia.

A eleição do deputado que assumirá um mandato-tampão na presidência da Câmara - até fevereiro de 2017 - deve ocorrer na próxima semana.

O Palácio do Planalto avalia que precisa de um "perfil confiável" no cargo porque depende de estabilidade política para aprovar projetos como o teto para aumento de gastos públicos. Além disso, o novo presidente da Câmara terá a responsabilidade de analisar pedidos de impeachment contra Temer, já protocolados na Casa, e será o primeiro na linha de sucessão da Presidência da República, caso Dilma Rousseff seja afastada definitivamente pelo Senado.

Temer está empenhado em unificar a base aliada em busca de um nome de consenso para suceder ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou anteontem.

'Efeito Severino'

O receio também é o de repetir o "efeito Severino". Em 2005, a desarticulação da base do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou à eleição do deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), que acabou sendo obrigado a renunciar ao cargo e ao mandato após denúncias de corrupção.

O Planalto também não quer ver repetido o ambiente que Dilma enfrentou com Eduardo Cunha no comando da Câmara. Além de manobrar contra o governo em votações, Cunha autorizou o processo de impeachment da petista.

Nos últimos dias, Temer recebeu pelo menos cinco dos 15 postulantes na tentativa de conseguir viabilizar um nome de consenso para a sucessão de Cunha. O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, também participou das articulações, designado por Temer.

Geddel procurou os candidatos pedindo acordo. "Se não houver a unificação de uma candidatura da base, corremos o risco da eleição de um novo Severino", disse o ministro. O presidente em exercício já conversou pessoalmente com Fernando Giacobo (PR-PR), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Rogério Rosso (PSD-DF), Beto Mansur (PRB-SP) e Heráclito Fortes (PSB-PI).

Anteontem, Temer se encontrou com o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que foi pedir apoio para ficar no cargo até fevereiro de 2017. Maranhão ofereceu apoio ao governo para votar as propostas de interesse do Planalto. Segundo um interlocutor de Temer, a conversa não prosperou.

Temer tem dito que "não importa o nome" do presidente da Câmara, mas que a base tenha 2/3 de votos, o suficiente para aprovar medidas consideradas fundamentais, inclusive as que dependem de mudança na Constituição, como a reforma da Previdência. Apesar disso, ele já demonstrou maior simpatia por Rogério Rosso (PSD-DF), que representa o Centrão.

A indicação de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tem sido cortejado pelo PT, também poderá receber o apoio do Planalto. O governo sabe que, no caso de Rodrigo Maia ser o candidato de consenso, terá de fazer muitos acenos a ele, que ficou contrariado por ter sido preterido na escolha do líder do governo na Câmara.

O entendimento do Planalto é que o PMDB não deveria postular o cargo porque continuará comandando a presidência do Senado no próximo ano. Um assessor palaciano avalia que o partido não pode repetir o erro do PT, "que não aceitou repartir forças". Outro auxiliar destacou que, nesta eleição, há uma peculiaridade que dificulta as negociações: o mandato-tampão.