USAComment.com
Zicutake USA Comment | Busque Artigos


domingo, 3 de julho de 2016

#Brasil

#Brasil


Janot alerta para a 'agressividade' do suposto operador de Eduardo Cunha

Posted: 03 Jul 2016 02:29 PM PDT

Rodrigo Janot destacou "agressividade" em relatório Agência Brasil

No documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), em que pediu a prisão do lobista Lúcio Bolonha Funaro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dedicou espaço para a "agressividade" do suposto operador do presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Funaro foi detido em São Paulo na sexta-feira (1), na Operação Sépsis, desdobramento da Lava Jato.

O operador de Eduardo Cunha foi citado na delação premiada do ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas Nelson Mello. O executivo afirmou aos procuradores que pagou R$ 30 milhões a dois lobistas com trânsito no Congresso para efetuar repasses a senadores do PMDB. Lúcio Funaro e Milton Lyra seriam os responsáveis por distribuir o dinheiro para os senadores.

Nelson Mello afirmou que "Lúcio Funaro continuou a procurá-lo recentemente, mesmo após seu desligamento da empresa". "Não bastasse isso, procurou-o em sua casa e por meio de seu telefone residencial, apesar de o colaborador nunca ter fornecido tais dados. Também chama a atenção a agressividade de Funaro no trato com o colaborador, manifestada por termos como 'você não sabe com quem está se metendo' e 'está querendo me f...?'", anotou Janot no pedido de prisão do suposto operador de Cunha.

"Posteriormente ao acordo, Nelson Mello peticionou ao Ministério Público informando ter sido procurado, no mês de março de 2016, por Funaro e por Eduardo Cunha. Tais fatos mostram o longo alcance, inclusive temporal, e a contemporaneidade dos esquemas de Funaro", disse o procurador.

No documento, Janot destacou o que chamou de "histórico de Funaro". Segundo Janot, nenhuma medida cautelar, diferente da prisão "seria eficiente e útil para estancar suas atividades ilícitas".

"Trata-se de pessoa que tem o crime como modus vivendi e já foi beneficiado com a colaboração premiada, um dos maiores incentivos que a Justiça pode conceder a um criminoso, a fim de que abandone as práticas ilícitas. No entanto, prosseguiu delinquindo, mesmo após receber o beneficio", anotou.

"Cuida-se de verdadeira traição ao voto de confiança dado a ele pela Justiça brasileira", relatou Janot, referindo-se à delação premiada de Funaro no processo do Mensalão.

— Pessoas que vivem de práticas reiteradas e habituais de crimes graves, sem qualquer freio inibitório, colocam em risco, concretamente, a ordem pública.

O procurador citou, no pedido, o empresário Milton Schahin. Funaro e o executivo teriam brigado por causa da construção da Pequena Usina Hidrelétrica (PCH) de Apertadinho. A Cebel, de Funaro, havia contratado os serviços da Schahin Engenharia. Em 9 de janeiro de 2008, a barragem da hidrelétrica se rompeu "causando diversos danos ambientais e sociais". O acidente iniciou-se uma guerra declarada entre a Cebel e a Schahin Engenharia.

Janot afirma que "a ousadia de Funaro é conhecida no meio em que circula e ficaram ainda mais evidentes no episódio narrado acima em que ameaçou de morte um idoso de mais de 80 anos (Milton Schahin) em razão de disputa econômica".

"Ora, se Funaro é capaz de ameaçar de morte um ancião em razão de disputas comerciais, não há dúvidas de que não se rogará a prejudicar a investigação sobre os fatos que o incriminam", afirmou Janot.

— A prisão preventiva, em relação a Lúcio Bolonha Funaro, é medida que se impõe. De fato, não é de se imaginar que Funaro, cujos antecedentes criminais começam em 1996, somam mais de dez ocorrências entre inquéritos e processos, passam por um descumprimento de acordo de colaboração premiada e chegam aos dias de hoje (como prova o depoimento de Nelson Mello), interromperá espontaneamente a carreira delitiva.

Manifestação de simpatizantes de Bolsonaro causa tumulto no Rio e em São Paulo

Posted: 03 Jul 2016 01:29 PM PDT

A polícia teve que separar os manifestantes na av. Paulista Nelson Antoine/Estadão Conteúdo

Manifestações organizadas por simpatizantes do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) causou tumulto na tarde de hoje (3) na Avenida Paulista, região central de São Paulo, e também no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, o grupo de cerca de 50 pessoas trocou insultos e provocações com transeuntes que frequentavam a via, que fica fechada para carros aos domingos. A Polícia Militar teve de intervir para evitar agressões.

Os manifestantes, que carregavam bandeiras do Brasil e do estado de São Paulo, tiveram de seguir escoltados por um cordão policial para evitar novas confusões. Alguns usavam camisetas com a foto do deputado e cartazes em que diziam que Bolsonaro é a favor da punição de estupradores.

Após percorrer parte da Paulista, o grupo desceu a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, no sentido centro.

No Rio, o ato reuniu pouco mais de cem pessoas, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio, também pela manhã. O parlamentar será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de incitação ao estupro e injúria. Também sofre processo no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar.

O convite para manifestação postado no Facebook fala em "repúdio à ação recebida pelo STF por suposto crime de 'Incitação ao estupro', movido pela Dep. Maria do Rosário e outros(as)".

No dia 21 de junho, por quatro votos a um, os ministros da Primeira Turma do STF acolheram denúncia da vice-procuradora geral da República Ela Wiecko e abriram ação penal contra Bolsonaro por ele ter declarado, em 2014, que "não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT/RS) porque ela não mereceria".

Bolsonaro compareceu ao ato de apoio, ocorrido entre 11h e 14h. O parlamentar discursou em cima de uma van, cantou o hino nacional e, ao final, pulou sobre a plateia no melhor estilo "astro pop". O deputado foi carregado por manifestantes vestidos com camisas com sua foto e a inscrição "Bolsomito". Outros atos em apoio a ele estavam previstos para este domingo em São Paulo e Brasília.

Tortura

Bolsonaro também responde processo no Conselho de Ética da Câmara, acusado de apologia ao crime de tortura. O deputado foi alvo de uma representação do PV por ter homenageado o coronel Carlos Brilhante Ustra em seu voto durante a sessão aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, em abril.

O militar lembrado pelo parlamentar foi chefe comandante do Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) de São Paulo no período de 1970 a 1974. Em 2008, tornou-se o primeiro militar a ser reconhecido, pela Justiça, como torturador durante a ditadura.

Em sua defesa, o deputado alegou que possui imunidade parlamentar para expressar sua opinião.

Pela segunda vez, uma viatura de polícia capota durante escolta da tocha olímpica 

Posted: 03 Jul 2016 11:36 AM PDT

Viatura caiu na lagoa depois de capotar durante a escolta da tocha Reprodução/Repórter Macieó - 28/5/16

Uma viatura da Polícia Militar que escoltava a tocha olímpica nas proximidades de Prudentópolis, região central no Paraná, neste domingo (3), capotou depois de ser fechada por outro veículo. Três policiais ficaram feridos.

O motorista da viatura perdeu o controle e caiu num barranco na margem da estrada. Os policiais feridos foram encaminhados ao Hospital São Vicente em Guarapuava, na mesma região. Um deles teve um corte na cabeça e teve que ser submentido a um exame de ressonância no hospital. Outros dois PMs tiveram ferimentos leves. O acidente aconteceu na BR-277.

A viatura é do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e é usada pelo grupo anti-bomba da polícia paranaense.

É a segunda vez que um carro da polícia capota enquanto escoltava a tocha olímpica. O primeiro acidente aconteceu em Sergipe, no dia 28 de maio, por volta das 11h30. O motorista perdeu o controle ao desviar de um animal que atravessava a pista, capotou  e a viatura caiu em um lago, no povoado de Pioneira.

Relembre o primeiro acidente : Viatura da polícia militar capota quando acompanhava comitiva da Tocha Olímpica

Estudante de Letras é assassinado no campus da UFRJ

Posted: 03 Jul 2016 11:21 AM PDT

O corpo de Diego foi encontrado nas margens da Baía de Guanabara Reprodução/Internet

O corpo do estudante Diego Vieira Machado, de 30 anos, foi encontrado na noite deste sábado numa das vias do campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão, na zona norte. Diego, que estudava Letras e morava no alojamento da instituição, tinha marcas de espancamento.

O corpo estava às margens da Baía de Guanabara e foi achado por volta das 18h. Ele estava sem roupas e sem documentos. Policiais da Delegacia de Homicídio da capital fizeram a perícia no local.

A família do jovem é do Pará e foi avisada pela reitoria da UFRJ, que lamentou a morte do jovem em nota oficial. "A reitoria se junta aos amigos e familiares do estudante neste momento de dor e informa que acompanhará de perto as investigações sobre o caso junto às autoridades policiais", diz o texto.

Nas redes sociais, alunos da UFRJ iniciaram uma campanha por justiça. No perfil UFRJ Livre, os estudantes cobraram mais segurança no campus. "Nosso movimento, junto com toda a comunidade acadêmica, está de luto e indignado com este episódio lamentável e, independentemente do real motivo do crime, exige o imediato esclarecimento do caso e a consequente prisão do responsável ou dos envolvidos. Também exigimos que haja mais segurança no campus, com iluminação e patrulhamento."

Hamilton é vaiado após vitória dramática no GP da Áustria de F1

Posted: 03 Jul 2016 09:18 AM PDT

SPIELBERG, Áustria (Reuters) - Lewis Hamilton foi vaiado no pódio após uma colisão na última volta com seu companheiro de equipe, Nico Rosberg, ter rendido ao tricampeão da Fórmula 1 uma dramática vitória pela primeira vez no Grande Prêmio da Áustria, neste domingo.

Líder do campeonato, Rosberg, que estava à frente e com Hamilton em sua cola, conseguiu conduzir seu carro danificado até a linha de chegada, ficando na quarta colocação. A vantagem do alemão sobre o britânico no campeonato caiu para 11 pontos, com nove de 21 corridas disputadas.

"Eu estou decepcionado, é inacreditável", disse o piloto alemão, que acusou Hamilton de causar propositalmente o acidente que quebrou sua asa do bico do carro.

Hamilton rebateu. "Eu estava na parte de fora, não fui eu quem bateu", disse o britânico, que agora acumula três vitórias na temporada, por meio do rádio com a equipe.

Os fiscais de prova pareceram concordar com Hamilton e abriram uma apuração sobre as ações de Rosberg.

O alemão foi chamado a responder às acusações de causar colisão e de não parar mesmo com o carro seriamente danificado. O chefe da Mercedes, Toto Wolff, descreveu a batida como "burra", sem apontar qual de seus pilotos seria o culpado.

A equipe revelou que Rosberg havia sofrido problemas em seu sistema de freios, que entrou em "modo passivo" no fim da penúltima volta, com Hamilton se aproximando.

O público, pequeno em comparação com os dois anos anteriores, com fileiras inteiras de assentos vazios nas arquibancadas, demonstrou seu descontentamento com assovios e vaias enquanto Hamilton era entrevistado no pódio.

"Isso não é problema meu, é problema deles", disse um Hamilton surpreso ao ser questionado sobre o barulho.

O jovem alemão Max Verstappen terminou em segundo na casa de sua equipe Red Bull. A Ferrari de Kimi Raikkonen cruzou em terceiro, após seu companheiro de equipe, Sebastian Vettel, ter batido, em seu aniversário de 29 anos, depois da explosão de um pneu traseiro.

A vitória de Hamilton, que largou na pole position, foi a 250ª de um piloto britânico na Fórmula 1 desde que o campeonato começou a ser disputado, em 1950, e a 46ª de sua carreira.

(Por Alan Baldwin)

Lula ajudou empresa envolvida na Lava Jato a fechar contrato de R$ 1 bi na África, diz mensagem

Posted: 03 Jul 2016 08:31 AM PDT

"Com ajuda do Brahma", OAS conseguiu obra. Brahma seria apelido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo as investigações Heinrich Aikawa/11.06.2016/Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou em favor da OAS, investigada na Operação Lava Jato, para a empreiteira conquistar um contrato no valor de R$ 1 bilhão para a construção de uma estrada na Guiné Equatorial.

A informação é do jornal Folha de S.Paulo deste domingo (3), com base em uma mensagem de texto enviada por um executivo da OAS a Léo Pinheiro, sócio da empreiteira.

Disparada em 31 de janeiro de 2013, a mensagem de texto do então diretor de Relações Institucionais da OAS em Brasília, Jorge Fortes, para Pinheiro dizia que o contrato havia sido fechado "com a ajuda do Brahma".

Esse era o apelido que o ex-presidente tinha e era usado por Léo Pinheiro, conforme investigações dos procuradores da Lava Jato.

A obra em questão, segundo a Folha de S.Paulo, é uma rodovia de 51 km de extensão entre Malabo, capital da Guiné Equatorial, até Luba. Ambas as cidades ficam no litoral e abrigam os principais portos do país, que é governado pelo ditador Teodoro Obiang. A construção da estrada foi bancada pelo governo e foi contratada por US$ 320 milhões — o equivalente a R$ 1,034 bilhão.

Leia mais notícias de Brasil e Política

A mensagem entre os dirigentes da OAS tinha como objetivo, segundo o jornal, convencer a presidente Dilma Rousseff a colocar a pedra fundamental da estrada. Um ministro, cujo nome não foi citado, faria a intermediação entre os executivos da empreiteira e a petista, agora afastada da Presidência da República. Dilma esteve na Guiné Equatorial em 2013, mas não há relatos de que ela tenho participado da inauguração da rodovia. 

O suposto lobby de Lula para empreiteiras brasilerias na África é alvo de uma investigação paralela à Lava Jato pelo MPF (Ministério Público Federal) em Brasília. Lula teria recebido benefícios da empreiteira OAS, como a reforma do sítio em Atibaia (SP) e de um apartamento em Guarujá (SP).

O Instituto Lula, que normalmente faz a defesa do ex-presidente, não se manifestou sobre a citação. Em nota à Folha de S.Paulo, disse: "Não comentamos vazamentos ilegais de mensagens de autoria de outras pessoas". O advogado que defende Léo Pinheiro, Edward Carvalho, não se pronunciou.

Pelo menos 6 morrem após avião russo em missão de combate a fogo cair na Sibéria

Posted: 03 Jul 2016 07:22 AM PDT

MOSCOU (Reuters) - Pelo menos seis pessoas morreram após um avião russo em uma missão de combate a fogo ter caído na Sibéria, noticiaram agências de notícias russas neste domingo.

Equipes de resgate encontraram o avião de carga Ilyushin Il-76 nas primeiras horas de domingo na região russa de Irkutsk, de acordo com um comunicado no site do Ministério de Situações de Emergência.

Uma foto que acompanha a declaração mostrou o avião em pedaços em meio a uma densa floresta.

A agência de notícias RIA disse que seis corpos foram encontrados na cena do acidente. Acredita-se que havia 10 pessoas a bordo do avião, que estão desaparecidas desde sexta-feira, de modo que o número de mortos pode subir.

A operação de busca e salvamento que foi lançada envolveu equipes terrestres e aéreas.

A Rússia tem sido criticado por seu fraco histórico de segurança aérea, e acidentes de avião são frequentes.

O avião Il-76 foi usado pela força aérea russa durante a campanha militar da Rússia na Síria.

(Por Alexander Winning)

Dois atentados deixam pelo menos 130 pessoas mortas em Bagdá

Posted: 03 Jul 2016 07:06 AM PDT

Explosão aconteceu na madrugada de sábado para domingo Khalid al Mousily/03.7.2016/Reuters

Pelo menos 130 pessoas foram mortas e 200 ficaram feridas em dois atentados que atingiram Bagdá, capital do Iraque, em torno da meia-noite de sábado (2). Quase todas as fatalidades ocorreu em uma explosão que atingiu uma movimentada área comercial em meio à celebração do Ramadã, afirmaram a polícia e fontes médicas neste domingo (3). O Estado Islâmico assumiu os dois atentados.

O ataque é o mais mortal desde que as forças iraquianas apoiadas pelos Estados Unidos tiveram uma grande vitória no mês passado, quando desalojaram o Estado Islâmico do seu reduto em Fallujah, a uma hora de carro da capital.

O primeiro-ministro Haider al-Abadi tinha ordenado a ofensiva depois de uma série de atentados mortais em Bagdá, afirmando que Fallujah servia como plataforma de lançamento para as investidas. No entanto, os bombardeios continuaram.

Um comboio que transportou Abadi para o local dos atentados foi atingido por pedras e garrafas por moradores, irritados com o que perceberam como falsas promessas de melhoria na segurança.

Um caminhão frigorífico cheio de explosivos explodiu em Karrada, no centro de Bagdá, matando 91 pessoas e ferindo pelo menos 200. O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque em um comunicado distribuído online por apoiadores do grupo sunita extremista, que disse que a explosão foi um atentado suicida.

Karrada estava cheia no momento do ataque, já que os iraquianos comem fora tarde durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã, que termina na próxima semana.

A contagem de mortos subiu durante o dia, conforme equipes de resgate retiravam mais corpos dos escombros e vítimas não resistiam aos ferimentos.

Em um segundo ataque, um dispositivo explosivo na estrada também explodiu em torno da meia-noite em um mercado em al-Shaab, um distrito xiita popular do norte da capital, deixando cinco mortos, informaram a polícia e fontes médicas.

Brasil tem cerca de 5.000 obras paradas

Posted: 03 Jul 2016 05:45 AM PDT

Milhares de obras públicas estão paradas e causam desemprego Guilherme Rosa/PR

De Norte a Sul do Brasil, milhares de empreendimentos iniciados com o dinheiro público estão parados, sem perspectiva de retomada. Um levantamento feito pelo 'Estado' mostra que há, pelo menos, 5.000 obras paralisadas no País inteiro, num total de investimentos de mais de R$ 15 bilhões.

Os projetos estão espalhados por vários setores e incluem restauração e pavimentação de rodovias, expansão de ferrovias, escolas, construção de prédios públicos e saneamento básico.

O trabalho foi elaborado com base em informações dos TCEs (tribunais de contas dos Estados), programas online de acompanhamento de obras e levantamento dos Ministérios de Cidades, Integração Nacional e Transportes a pedido da reportagem.

Leia mais notícias de Economia

Embora seja alarmante, o resultado pode ser considerado conservador: de todos os TCEs consultados, dez tinham acompanhamento dos projetos (municipais e estaduais), como o tribunal do Paraná, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.

Os prejuízos causados pela paralisação de obras são incalculáveis, afirmam especialistas. Além do transtorno para a população, que não contará com os benefícios dos projetos, a situação representa um grande prejuízo para os cofres públicos, com o inevitável aumento dos custos numa retomada da obra. Outro reflexo está estampado no crescente avanço do desemprego no País.

Importante indutor de emprego e renda, o setor da construção já demitiu mais de 700 mil pessoas com carteira assinada de novembro de 2014 para cá.

"A situação piorou muito no último ano. As obras que não pararam estão com ritmo bastante lento", afirma o presidente da CBIC (Confederação Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins.

Com o País afundado numa das piores crises da história, falta dinheiro para quase tudo, especialmente para a continuidade dos investimentos. O problema é que a deterioração das contas do governo federal tem um efeito cascata nas finanças de Estados e municípios, que hoje não têm dinheiro nem para pagar os funcionários públicos.

Com as contas no vermelho, a medida mais fácil — e mais perversa — é cortar investimentos. "Boa parte das obras dos governos estaduais e municipais é feita com recursos de convênios do governo federal. Eles não têm recursos para tocar os projetos", afirma Martins.

O enfraquecimento da economia brasileira, no entanto, é apenas um dos motivos da paralisia generalizada de obras Brasil afora. Há questões crônicas como projetos malfeitos, burocracia, entraves ambientais e falta de planejamento. Na pressa para começar a construção, muitas obras começam sem ter um projeto executivo adequado — medida que atrasa os empreendimentos e dá margem à corrupção.

"A falta de planejamento é muito presente nas obras públicas", afirma o auditor Alfredo Montezuma, do Núcleo de Engenharia do TCE de Pernambuco. Ele afirma que o Estado tem hoje 514 obras paradas, no valor de R$ 3,7 bilhões. Outros 913 projetos, cujos contratos somam R$ 3,08 bilhões, estão em fase de análise e têm indícios de paralisação.

Ex-tesoureiro de Dilma faz defesa prévia na Lava Jato

Posted: 03 Jul 2016 05:41 AM PDT

Edinho Silva é investigado por ameaçar empresários por doações Secom

Investigado por supostamente ameaçar empresários que tinham contratos com o governo federal em troca de doações para a campanha de Dilma Rousseff à reeleição, o ex-ministro da Comunicação Social da petista Edinho Silva decidiu se antecipar à Operação Lava Jato.

A estratégia de sua defesa é diferenciar a função de Edinho, que foi tesoureiro da campanha em 2014, da atuação de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, na arrecadação de fundos para o partido.

A defesa do ex-ministro vai propor à força-tarefa da Lava Jato um depoimento espontâneo. O objetivo é evitar medidas duras como buscas e apreensões, quebras de sigilo, condução coercitiva e até prisão.

"Nosso objetivo é mostrar que não tem nenhuma relação nem com Vaccari nem com as condutas que ele praticou. Independentemente de fazer qualquer julgamento sobre as condutas de Vaccari, vamos mostrar que não era a mesma coisa e que eles não atuavam em conjunto", disse a advogada de Edinho, Maíra Beuchamp Salomi. Vaccari, detido desde abril do ano passado, foi condenado a 24 anos de prisão em dois processos da Lava Jato.

Na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou um agravo regimental da defesa e manteve a decisão de remeter o caso de Edinho para a o juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Segundo a advogada, a expectativa é de que os autos cheguem ao Paraná ainda nesta semana.

"Nossa ideia é nos colocarmos à disposição, já marcar um depoimento perante a força-tarefa para oferecer elementos que possam sanar quaisquer dúvidas sobre os fatos que estão sendo apurados. A ideia é afastar qualquer elemento que leve as autoridades a entenderem ser necessária uma medida cautelar contra ele", disse a advogada de Edinho.

Segundo Maíra, a estratégia de demarcar diferenças em relação a Vaccari é uma forma de contrapor a acusação. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se baseou nas delações do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) e de Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, além de material apreendido com os empreiteiros Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro, da OAS, para levantar suspeitas de que Edinho ameaçava empresários em troca de doações para Dilma - reproduzindo na campanha o método supostamente usado por Vaccari no PT.

"Em verdade, o pedido de pagamento para auxílio financeiro ao PT, notadamente para o custeio oficial e não oficial (caixa 2) das campanhas eleitorais, muitas vezes mediante ameaças de cessação das facilidades proporcionadas ao núcleo econômico pelos núcleos político e administrativo da organização criminosa, revelam-se como medida habitual, institucionalizada e centralizada, em parte, na pessoa de Edson Antônio Edinho da Silva", argumentou o procurador-geral.

Segundo Janot, os indícios "apontam, no mínimo, para a prática de crime de corrupção passiva qualificada".

A defesa de Edinho rejeita as acusações e afirma que o ex-ministro mantinha relações com empreiteiros e outros potenciais doadores eleitorais por contingência do cargo de tesoureiro. No agravo rejeitado pelo STF, o ex-ministro cita trecho da delação de Pessoa na qual o empreiteiro afirma que "em momento algum" se sentiu "ameaçado ou achacado" por Edinho.

O depoimento espontâneo do ex-ministro acontece no momento em que Vaccari e outros petistas presos pela Lava Jato demonstram insatisfação e cobram providências do PT. Conforme o Estado revelou, o ex-tesoureiro quer que o partido assuma a culpa pelos desvios na Petrobrás. Os primeiros rumores sobre a estratégia de defesa de Edinho causaram apreensão na direção do PT, que tenta acalmar Vaccari e teme uma reação negativa do ex-tesoureiro.

Pelo menos 82 pessoas morrem em bombardeios em Bagdá

Posted: 03 Jul 2016 05:12 AM PDT

Por Ahmed Rasheed

BAGDÁ (Reuters) - Pelo menos 82 pessoas foram mortas e 200 foram feridas em dois atentados que atingiram Bagdá em torno da meia-noite de sábado, com quase todas as fatalidades ocorrendo em uma explosão que atingiu uma movimentada área comercial em meio à celebração do Ramadã, afirmaram a polícia e fontes médicas neste domingo.

Um caminhão frigorífico cheio de explosivos explodiu em Karrada, no centro de Bagdá, matando 80 pessoas e ferindo pelo menos 200. O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque em um comunicado distribuído online por apoiadores do grupo sunita extremista, que disse que a explosão foi um atentado suicida.

Karrada estava cheia no momento do ataque, já que os iraquianos comem fora tarde durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã, que termina na próxima semana. A polícia disse que o número de vítimas poderá aumentar, já que mais corpos podem estar sob os escombros de prédios devastados.

O bombardeio é o mais mortal no país desde que as forças iraquianas no mês passado desalojaram militantes do Estado Islâmico de Falluja, seu reduto a oeste da capital, que servia como plataforma para o lançamento de ataques do tipo.

Um dispositivo explosivo na estrada também explodiu em torno da meia-noite em um mercado em al-Shaab, um distrito xiita popular do norte da capital, deixando pelo menos dois mortos, informaram a polícia e fontes médicas.

Justiça libera R$ 4,5 bi para fundos de Dantas

Posted: 03 Jul 2016 05:06 AM PDT

Fundo de Daniel Dantas terá R$ 4,5 bilhões de volta, decide Justiça brasileira Antonio Cruz/ABr

Uma fortuna estimada em cerca de R$ 4,5 bilhões voltará aos fundos do Opportunity, a empresa de gestão de Daniel Dantas e Dório Ferman. O dinheiro estava bloqueado há cerca de sete anos em contas nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil para servir de garantia à Operação Satiagraha, em que a Polícia Federal acusava os executivos por crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.

A operação foi totalmente desmantelada e anulada pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado. Mas foi só na semana passada que o último prazo venceu. Agora, como os recursos judiciais não são mais permitidos, o dinheiro foi liberado ao Opportunity.

O fim da operação policial frustrou quem acreditava que havia provas concretas de crimes relevantes imputados a um dos bilionários mais polêmicos do País — que, embora fosse chamado insistentemente de banqueiro, nunca teve um banco.

Leia mais notícias de Brasil e Política

Ainda que tenha vencido uma batalha judicial, em que os tribunais superiores anularam a forma de obtenção de provas fundamentais para o processo, o financista Daniel Dantas não considera esse um final feliz, como percebem pessoas próximas a ele. Aos 60 e poucos anos, ele ainda tenta recuperar a imagem que já teve um dia.

Daniel Dantas era o gênio das finanças, o destemido, o briguento. Estampava as capas de jornais e revistas com manobras ousadas, controvertidas. Entrou em disputas com boa parte dos sócios nas empresas compradas com seus fundos. Em geral, as brigas aconteciam porque usava de sua engenhosidade para ser controlador dos investimentos em que se embrenhava com uma participação mínima.

Alguns deles questionaram seus métodos e travaram brigas históricas, como a com a Telecom Itália, que rende até hoje na Justiça italiana, com acusações de espionagem com uso da empresa Kroll e pagamentos de propinas. Outra briga foi com os fundos de pensão que eram seus sócios na Brasil Telecom, empresa que surgiu da privatização da Tele Centro Sul.

Prisão

Ao longo dos anos, ele ficou bilionário. Depois de deixar o banco Icatu, onde trabalhava, em 1994, criou o Opportunity, uma gestora de recursos, com US$ 70 milhões, que 14 anos depois chegou a R$ 18 bilhões, quando a Satiagraha foi deflagrada. No dia 8 de julho de 2008, Dantas foi preso.

Um dia depois foi libertado após julgamento do ministro Gilmar Mendes, do STF. O juiz Fausto de Sanctis emitiu nova ordem de prisão. O tribunal confirmou, mas Mendes o soltou de novo.

De lá para cá, Dantas foi sumindo aos poucos do noticiário e da vida pública, à medida que a Satiagraha evoluía. Mesmo quando as notícias passaram a seu favor, quando os tribunais superiores foram anulando provas usadas para sustentar a operação, Dantas manteve uma vida sem holofotes, como conta um amigo baiano. Dantas é baiano. "Ele não vai nem a casamentos", diz o amigo.

No ano passado, Dantas fez uma aparição em um seminário de jornalismo promovido pela revista Piauí e pela GloboNews. Não contou grandes novidades sobre sua visão dos tempos de Satiagraha, nem sobre o que andava fazendo. Agora, procurado pelo Estado para falar sobre o fim definitivo da Satiagraha, não quis dar entrevista.

Alvos da Lava Jato no PMDB ficam com 2/3 das doações

Posted: 03 Jul 2016 04:47 AM PDT

Roraima, Estado do ex-ministro e senador Romero Jucá (PMDB-RR), foi o que mais recebeu recursos no cálculo por pessoa Reuters

Os redutos dos peemedebistas que são alvos da Operação Lava Jato receberam, nas eleições de 2010 e 2014, um volume de doações desproporcional ao tamanho de seu eleitorado. As campanhas mais ricas do PMDB, em termos relativos, não foram as dos Estados maiores, mas as dos comandados por "caciques" locais.

Os 12 Estados de alvos da Lava Jato concentram apenas um terço dos eleitores do País, mas eles receberam R$ 2 de cada R$ 3 (66%) doados a campanhas majoritárias do PMDB nas duas últimas eleições para governador e senador.

Nesses mesmos locais, candidatos, comitês e diretórios do PT e do PSDB receberam, respectivamente, apenas 25% e 22% do total doado para as campanhas estaduais — o que mostra que as prioridades eleitorais de petistas e tucanos foram muito diferentes das do PMDB.

Leia mais notícias de Brasil e Política

Parte significativa do dinheiro arrecadado pelos três partidos veio de empreiteiras investigadas na Lava Jato. Há indícios de que doações eleitorais tenham sido feitas para "lavar" propinas resultantes de desvios de recursos públicos.

No caso do PMDB, o ex-senador Sergio Machado afirmou, em proposta de delação premiada, que propinas destinadas a José Sarney e Romero Jucá eram, por vezes, disfarçadas como doações oficiais de campanha aos diretórios do partido no Maranhão e em Roraima, respectivamente.

No ranking dos valores per capita, o primeiro colocado, disparado, é justamente o Estado de Jucá. Na média das duas eleições, o PMDB de Roraima recebeu cerca de R$ 96 por eleitor - mais que o quádruplo do segundo colocado, Tocantins, e nove vezes o valor registrado no Rio de Janeiro. Em 2010 e 2014, o PMDB roraimense recebeu cerca de R$ 47,6 milhões. Em números absolutos, foi o sexto maior volume arrecadado pelo partido nos Estados, apesar de Roraima ser o menor colégio eleitoral do País.

Não há como mapear os doadores de Jucá e do PMDB em 2010. Na época, vigoravam as chamadas doações ocultas - para ocultar o vínculo entre financiador e financiado, o dinheiro não era transferido diretamente de um para outro, mas transitava antes pela conta de um intermediário (comitê ou partido). Em 2014, aparecem entre os principais doadores as empreiteiras Queiroz Galvão, UTC e Odebrecht, o banco BTG-Pactual e o frigorífico JBS - todos também alvos da Lava Jato.

Outro destaque no ranking do financiamento eleitoral do PMDB é o Maranhão, terra de José Sarney, de sua herdeira política, a ex-governadora Roseana Sarney, e do aliado Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energia. Na média de 2010 e 2014, o PMDB maranhense foi o terceiro que mais arrecadou no ranking dos Estados, apesar de ser o 13º em número de eleitores.

Em 2014, quando Lobão concorreu ao governo, recebeu doações de empreiteiras como a Andrade Gutierrez e a Queiroz Galvão. Seus principais financiadores, porém, vieram do setor de energia.

No total, o PMDB movimentou pouco mais de R$ 1 bilhão nas campanhas de candidatos ao governo e ao Senado nas duas últimas eleições nacionais, mais do que os tucanos (R$ 863 milhões) e petistas (R$ 665 milhões).

As análises do Estadão Dados consideraram todas as doações feitas a diretórios estaduais e aos candidatos ao governo e ao Senado, bem como a seus respectivos comitês. Quando o dinheiro transitou por mais de uma conta, um dos registros foi desconsiderado, para evitar dupla contagem. Os valores de 2010 foram atualizados pela inflação até o final de 2014, para permitir a comparação dos dados de ambas disputas.