USAComment.com
Zicutake USA Comment | Busque Artigos



quarta-feira, 27 de julho de 2016

#Brasil

#Brasil


Eleição de Trump pode "enterrar de vez o estado de proteção social" no Brasil, diz especialista

Posted: 27 Jul 2016 08:11 PM PDT

Candidatura do republicano Donald Trump à presidência do país vem ganhando cada vez mais musculatura REUTERS

Com o medo gerado por atentados nos Estados Unidos e no mundo, somada à alta desconfiança em relação a Hillary Clinton, a candidatura polêmica de Donald Trump vem ganhando cada vez mais musculatura. O que mais gera medo e desconfiança é a dúvida sobre quais seriam efeitos no Brasil de uma eventual vitória do homem que prega a deportação em massa, a volta da tortura e a discriminação dos muçulmanos nos EUA.

Pró-reitor acadêmico e professor de Relações Internacionais da Faculdade Belas Artes, Sidney Leite acredita que a principal consequência da chegada do milionário ao poder no norte do continente deve ser o desestímulo às políticas de inclusão social no resto do mundo. O especialista lembra que, apesar de os Estados Unidos terem "perdido força" nos últimos anos, sua cultura ainda exerce influência no mundo inteiro — e uma posição contrária à estabilidade social do presidente do país deve incentivar outros líderes a tomarem posições semelhantes.

— O discurso dele é muito perigoso, de achar que o mercado vai resolver as demandas da sociedade. Uma eleição do Trump dá legitimidade para essas ações, para que os governos justifiquem cortes nas áreas sociais em busca de balanços positivos. Ele pode enterrar de vez o estado de proteção social no Brasil e no mundo.

Economia

Professor de relações internacionais da FGV-SP, Oliver Stuenkel acredita que a chegada do milionário ao poder no norte do continente pode dar um "susto" nos mercados e fazer com que o dólar se desvalorize em um primeiro momento — o que tornaria produtos importados e viagens internacionais mais baratas para o brasileiro. No entanto, ele afirma que a moeda deverá se valorizar novamente com o tempo, já que, diferente do Brexit, uma eventual presidência de Trump seria um fenômeno temporário.

Hillary Clinton contra a tirania do medo

Hillary investe em minorias e Trump na economia. Conheça as diferenças entre os candidatos

Também pesa nessa conta o fato de que quem manda na política monetária norte-americana — e, consequentemente, influencia na flutuação do dólar no Brasil — é o Banco Central do país, que é independente do governo.

Já o professor de Relações Internacionais da PUC-SP e coordenador do Observatório Político dos Estados Unidos, Geraldo Zahran, acredita que uma eventual eleição de Trump — a qual ele não acredita ser possível — não traria "nenhum tipo de novidade" para a vida dos brasileiros que têm negócios no país, embora "alguns imigrantes ilegais podem eventualmente vir a sofrer algum tipo de perseguição e deportação".

Vitória de Trump nos Estados Unidos seria "uma indicação muito preocupante de um tipo de conservadorismo preconceituoso", segundo especialista REUTERS/Brian Snyder

— Empresas brasileiras nos EUA são todas de ponta com funcionários altamente qualificados, então a participação delas no mercado norte-americano não vai sofrer impacto nenhum.

Diplomacia

Para Zahran, a reação do governo brasileiro à uma eventual presidência de Trump vai depender de quem estiver no comando do país em novembro: Dilma Rousseff ou Michel Temer. Segundo ele, o aumento da retórica contra a imigração ilegal — que já vem sendo usado pelo candidato republicano desde o início das primárias — vai ser "muito combativa" na América Latina de maneira geral, o que deverá colocar o governo brasileiro em uma situação delicada.

Trump prega união dos republicanos e parte para o ataque contra Hillary

— Boa parte do governo interino compartilha com alguns valores conservadores que vem sendo promovidos pelo Trump. Vamos estar em uma posição complicada, porque a maioria dos nossos vizinhos vão se colocar contra essa postura.

Para o professor da PUC-SP, a vitória de Trump nos Estados Unidos seria "uma indicação muito preocupante de um tipo de conservadorismo preconceituoso", o que teria como consequência o fortalecimento da retórica contra os direitos das mulheres e da intolerância contra homossexuais e outras minorias no mundo inteiro — inclusive no Brasil.

Novidade

O professor de relações internacionais da FGV-SP, Oliver Stuenkel, acredita que é "muito difícil" para qualquer país se preparar para um governo Trump nos Estados Unidos, já que se trata de um candidato novo, que nunca ocupou cargos políticos. Por conta disso, "não dá para saber se a estratégia dele vai ser a mesma usada na campanha" — marcada pela "superficialidade" e "propostas contraditórias" — e nem qual será a resposta do governo brasileiro às suas medidas.

— O que vamos ver (do governo brasileiro) é uma postura de cautela, de aguardar o que virá. Acho que a eleição dele afetaria majoritariamente a reputação do país para o mundo, como foi o caso da reeleição do Bush, quando houve uma queda brutal na popularidade dos Estados Unidos no mundo.

Na opinião do especialista, uma eventual eleição de Trump "pode fortalecer populistas" em outros lugares — inclusive na América Latina — mas ele afirma não acreditar que a chegada do milionário à presidência teria um forte impacto no Brasil, onde "o contexto da sociedade é muito distinto".

* Por Luis Felipe Segura

Paulo Bernardo recebeu 'vantagens de caráter partidário ou pessoal', diz PF

Posted: 27 Jul 2016 05:27 PM PDT

PF sustenta que enquadrou Paulo Bernardo e mais 17 "por integrarem organização criminosa voltada para a obtenção de vantagem econômica para fins pessoais ou partidário" Reuters

A PF (Polícia Federal) afirma que o ex-ministro Paulo Bernardo obteve "vantagens" relacionadas ao contrato de empréstimos consignados firmado em sua gestão, em 2010. A PF indiciou criminalmente Paulo Bernardo por "integrar organização criminosa" e por corrupção passiva na Operação Custo Brasil.

"Independentemente se a vantagem for de caráter partidário ou pessoal, Paulo Bernardo obteve vantagens relacionadas ao contrato", diz um trecho do relatório encaminhado à Justiça Federal, agora sob análise da Procuradoria da República em São Paulo.

No inquérito da Custo Brasil a PF indiciou 22 suspeitos de envolvimento no esquema Consist, empresa de software contratada pela Associação Brasileira de Bancos Comerciais e pelo Sindicato das Entidades de Previdência Privada para administrar consignados de milhões de servidores públicos — as entidades firmaram Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério do Planejamento.

O relatório diz que as propinas "superam R$ 102 milhões" apenas no âmbito do esquema Consist. A PF indica "risco à ordem econômica" por causa da fraude com empréstimos consignados — a empresa teria cobrado dos servidores uma taxa de administração em valor quatro vezes maior que o de mercado.

Procuradoria pede ao STF urgência no caso envolvendo Gleisi e Paulo Bernardo

A Custo Brasil prendeu Paulo Bernardo em 23 de junho, mas seis dias depois ele foi solto por ordem do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

O relatório da PF aborda versão da defesa do ex-ministro e de outros investigados de que o governo não sofreu prejuízo por ter havido apenas "relações entre empresas privadas, não havendo ganho de patrimônio pessoal".

— Há evidências suficientes de que houve vantagens decorrentes da contratação da Consist. [...] Vantagens para agentes políticos do PT com influência no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

A PF diz que propinas tiveram origem "em decorrência da contratação da Consist".

Também foi indiciado o advogado Guilherme Gonçalves, estabelecido em Curitiba. A investigação aponta suposto repasse de R$ 7,1 milhões da Consist para o escritório de Gonçalves que teria sido usado como trânsito para destinação do montante a Paulo Bernardo.

O escritório atua em demandas de cunho eleitoral para o PT e para a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), mulher de Paulo Bernardo.

Gleisi é alvo de denúncia da Procuradoria-Geral da República perante o Supremo Tribunal Federal por sua campanha em 2010 supostamente ter sido abastecida com R$ 1 milhão do esquema de propinas instalado na Petrobras, segundo a Operação Lava Jato.

"Guilherme Gonçalves só foi contratado pela Consist por ser advogado de Paulo Bernardo", sustenta o relatório da Custo Brasil.

— Os serviços prestados por Guilherme Gonçalves à Consist não correspondem aos valores por ele recebidos.

A PF sustenta que enquadrou Paulo Bernardo e mais 17 "por integrarem organização criminosa voltada para a obtenção de vantagem econômica para fins pessoais ou partidário decorrentes da Celebração e Manutenção do Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério do Planejamento e ABBC/SINAPP, mediante o pagamento indevido de agentes públicos e políticos".

Entre os 17 que acompanham Paulo Bernardo neste trecho do relatório estão os ex-tesoureiros do PT João Vaccari Neto e Paulo Adalberto Alves Ferreira, os irmãos lobistas Milton Pascovitch e José Adolfo Pascovitch, e o advogado Alexandre Romano, o Chambinho - todos indiciados também por corrupção passiva "por terem recebido para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, mas em razão dela, vantagem indevida".

Juiz volta atrás e desbloqueia bens do PT, mas mantém decisão para Paulo Bernardo e Vaccari

A PF destaca que a propina no âmbito dos consignados foi oferecida a Paulo Bernardo "mediante a intermediação de Alexandre Romano e Guilherme Gonçalves para que o Acordo de Cooperação Técnica fosse celebrado".

O advogado Guilherme Gonçalves nega a prática de ilícitos. Quando a Operação Pixuleco — que antecedeu a Custo Brasil — foi deflagrada, em agosto de 2015, e ele foi alvo de buscas da PF em Curitiba, Gonçalves rechaçou as suspeitas contra ele lançadas. O advogado afirmou que trabalhava para o PT em demandas de caráter eleitoral.

A defesa de Paulo Bernardo, em nota emitida nesta terça-feira (26) afirmou: "O ex-ministro Paulo Bernardo reitera que não participou ou teve qualquer ingerência na celebração ou manutenção do acordo de cooperação técnica celebrado autonomamente entre a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e as associações de Bancos e Previdência (ABBC e SINAPP). Também reitera que não recebeu qualquer quantia da Consist, direta ou indiretamente."

Leia mais notícias de Brasil e Política

Acompanhe todo o conteúdo da Rede Record no R7 Play

Turquia dispensa militares e fecha meios de comunicação

Posted: 27 Jul 2016 04:11 PM PDT

ANCARA/ISTAMBUL (Reuters) - A Turquia dispensou quase 1.700 pessoas do quadro militar e fechou mais de 130 meios de comunicação, disseram fontes oficiais nesta quarta-feira, em meio a uma crescente repressão que provoca alarme entre seus os aliados da Otan, depois da tentativa frustrada de golpe no país neste mês.

Um total de 1.684 pessoas do quadro militar foi desonrosamente dispensado, afirmou uma autoridade de governo, citando o papel delas no golpe frustrado de 15 e 16 de julho, quando uma facção dos militares tentou derrubar o governo.

O presidente Tayyip Erdogan acusou o clérigo muçulmano Fethullah Gulen, que mora dos Estados Unidos, de planejar a tentativa de golpe, e autoridades já suspenderam, dispensaram ou colocaram sob investigação mais de 60 mil soldados, policiais, professores, juízes e outros suspeitos de terem ligação com o movimento de Gulen.

Gulen nega envolvimento na tentativa de golpe.

Entre os militares que tiveram a dispensa anunciada nesta quarta-feira, 149 eram generais e almirantes, segundo a autoridade do governo. Isso representaria aproximadamente 40 por cento de todos os generais e almirantes turcos, de acordo com informações militares.

Mais ainda, o governo disse no jornal oficial que três agências de notícias, 16 canais de TV, 45 jornais, 15 revistas e 29 editoras receberam ordens para fechar.

Essas medidas, que se dão após o fechamento de outros meios de comunicação suspeitos de terem ligação com Gulen, vão alimentar ainda mais as preocupações entre grupos de defesa de direitos e governos ocidentais sobre a escala do expurgo realizado por Erdogan após o golpe.

Os EUA afirmaram nesta quarta-feira que entendiam a necessidade da Turquia de responsabilizar os autores da tentativa de golpe, mas disseram que a prisão de mais jornalistas era parte de uma "tendência preocupante".

Mais cedo nesta quarta, a Turquia ordenou a detenção de mais 47 jornalistas como parte da repressão aos simpatizantes de Gulen.

No entanto, a lista de nomes inclui pessoas reconhecidamente de esquerda que não compartilham a visão religiosa de Gulen, aumentando as preocupações de que a repressão possa estar atingindo pessoas de forma indiscriminada simplesmente porque eles são críticos de Erdogan e do governo.

(Reportagem de Tulay Karadeniz, Gulsen Solaker em Ancara, e Humeyra Pamuk e Can Sezer em Istambul)

Presidentes da Ajufe e da Ajufesp fazem visita à TV Record

Posted: 27 Jul 2016 02:34 PM PDT

Zacarias Pagnanelli, Nino Toldo, Frederico Azevedo, Fernando Mendes, Luiz Cláudio Costa, Roberto Veloso, Alessandro Diaféria e Paulo Domingues Eduardo Enomoto/R7

Os presidentes da Ajufe (Associação de Juízes Federais do Brasil) e da Ajufesp (Associação de Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul), Roberto Veloso e Fernando Mendes, respectivamente, fizeram uma visita institucional à Rede Record nesta quarta-feira (27), acompanhados dos juízes federais Frederico Azevedo, Diretor Tesoureiro da AJUFE, e Alessandro Diaféria, Diretor de Comunicações da AJUFESP, e dos desembargadores federais Paulo Domingues, Diretor de Assuntos Legislativos da AJUFESP, ex-presidente da AJUFE (biênio 2002/2004), e Nino Toldo, ex-presidente da AJUFE (biênio 2012-2014). Os magistrados informaram que amanhã (28) haverá um ato contra o projeto de lei de abuso de autoridade (PLS 280/16) em Curitiba, e na segunda-feira (1º), em São Paulo, onde acontecerá também o ato contra os cortes orçamentários.

Com sede e foro em Brasília (DF), a Ajufe tem por finalidade congregar todos os magistrados federais de primeiro e segundo graus, bem como os ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do STF (Supremo Tribunal Federal), representando-os com exclusividade em âmbito nacional, judicial ou extrajudicialmente.

Roberto Veloso, a jornalista e apresentadora Débora Santilli, Fernando Mendes e Frederico Azevedo Beatriz Quintas

Após a visita recepcionada pelo presidente da Rede Record, Luiz Cláudio Costa e pelo diretor nacional institucional, Zacarias Pagnanelli, Roberto Veloso, gravou o Cartão de Visita na Record News e falou sobre a luta pelo fim do foro privilegiado, cumprimento de pena logo após a condenação em segundo grau e a falta de segurança que ainda atinge muitos juízes.

— Mais de 100 juízes no Brasil são ameaçados de morte. Essa semana mesmo, tivemos um caso em um Estado do Norte em que nosso colega teve de sair da cidade escoltado. A Ajufe está trabalhando primeiramente no aspecto legislativo para que a avaliação da proteção ao juiz seja feita pelo tribunal, em segundo lugar, trabalhamos para que o juiz tenha mecanismos, ou seja, a própria Justiça possa fornecer agentes de segurança, a aquisição de carros blindados e paulatinamente armamentos para os agentes, além da proteção da polícia federal tanto do ponto de vista institucional, quanto pessoal — declarou Veloso.

Trump pede que Rússia ache e-mails de Hillary e provoca protestos

Posted: 27 Jul 2016 02:20 PM PDT

Por Steve Holland e Emily Stephenson

MIAMI/WASHINGTON (Reuters) - O republicano Donald Trump convidou os russos nesta quarta-feira para descobrir dezenas de milhares de e-mails "desaparecidos" de Hillary Clinton quando ela chefiava o Departamento de Estado norte-americano, levando os seus adversários políticos a acusá-lo de perigosamente pedir a uma potência externa para espionar os EUA.

"Rússia, se você está ouvindo, eu espero que você seja capaz de achar os 30 mil e-mails que estão desaparecidos", disse o candidato republicano a jornalistas.

Hillary, a democrata que enfrentará Trump nas eleições presidenciais de 8 de novembro, respondeu com um comunicado de campanha que alega que ele estava criando uma possível ameaça à segurança nacional ao encorajar a espionagem russa para tentar influenciar a votação.

Jason Miller, porta-voz de Trump, tentou mais tarde conter a onda de protestos, dizendo que Trump não pediu à Rússia para acessar os e-mails de Hillary.

Trump estava se referindo ao sistema privado de e-mails que Hillary continuou usando enquanto ocupou o cargo de secretária de Estado de 2009 a 2013. Ela entregou milhares de e-mails em 2015 para autoridades norte-americanas investigando o sistema, mas não divulgou cerca de 30 mil mensagens que, segundo a democrata, eram pessoais e sem relação com trabalho.

Uma investigação do FBI sobre o tema não encontrou bases para uma acusação criminal, mas James Comey, diretor do órgão, afirmou neste mês que havia evidências de que Hillary havia sido "extremamente descuidada" ao lidar com informações confidenciais.

Ao focar na crise sobre os e-mails de Hillary, Trump tirou a atenção da Convenção Nacional Democrata na Filadélfia, onde na quinta-feira Hillary aceitará a nomeação do partido para disputar a Casa Branca.

Falando na mesma entrevista, Trump rejeitou as sugestões de que a divulgação pelo Wikileaks de e-mails constrangedores do Partido Democrata foi planejada pela Rússia para interferir nas eleições norte-americanas.

A presidente do Partido Democrata, Debbie Wasserman Schultz, renunciou no domingo depois de que os e-mails vazados mostraram lideranças partidárias favorecendo Hillary na disputa com o senador Bernie Sanders pela nomeação do partido.

Especialistas em segurança digital e autoridades norte-americanas disseram que havia evidências de que a Rússia planejara a divulgação de e-mails sensíveis do partido para influenciar as eleições presidenciais.

"É tão implausível, é tão ridículo", declarou Trump sobre tal teoria nesta quarta. Ele sugeriu que a China ou alguma outra parte poderiam estar envolvidas.

A Rússia rejeitou as sugestões de que estaria envolvida.

Justiça manda bicheiro Carlinhos Cachoeira e outros alvos da Operação Saqueador de volta à prisão

Posted: 27 Jul 2016 02:13 PM PDT

Presos na Operação Saqueador estavam cumprindo prisão domiciliar Fernando Frazão/30.06.2016/Agência Brasil

A Justiça do Rio decidiu na tarde desta quarta-feira (27) mandar de volta à prisão o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos o Carlinhos Cachoeira, os empresários Adir Assad, Marcelo Abbud e Fernando Cavendish, dono da Delta, e Cláudio Abreu, funcionário da Delta. Os cinco foram presos na Operação Saqueador, que investiga supostos desvios de recursos de obras públicas, mas estavam cumprindo prisão domiciliar.

O julgamento do mérito do habeas corpus foi feito pela 1ª Turma Especializada do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), formada pelos desembargadores federais André Fontes, Abel Gomes e Paulo Espírito Santo. Os acusados podem recorrer da decisão que confirmou a prisão preventiva no STJ (Superior Tribunal de Justiça). A posição do TRF-2 foi por unanimidade.

"O País não suporta mais a corrupção, a violência e desvio de conduta das autoridades. Não suporta mais a impunidade. Tem que dar um basta", afirmou Espírito Santo, que também é presidente do TRF-2.

O desembargador Abel Gomes, relator do caso, foi favorável à manutenção da prisão preventiva.

— É medida necessária para reafirmar preventivamente a ordem pública, amenizar a sensação de impunidade e reafirmar a credibilidade da Justiça.

Desembargador que concedeu prisão domiciliar a Cachoeira se declara suspeito e vai deixar caso

A procuradora regional da República, Monica de Ré, defendeu no julgamento que a permanência dos acusados em liberdade representa risco de voltarem a praticar os crimes. A procuradora reivindicou ainda que os recursos "saqueados dos cofres públicos" deveriam ser devolvidos para "suprir o déficit do Estado do Rio de Janeiro".

— Permitir que [Cachoeira] fique em casa, com liberdade de articulação, é crença na redenção do ser humano, cuja vida é marcada por fatos ilícitos. Em casa, com tornozeleira, podem continuar a praticar delitos e a ação penal pode ser comprometida com a soltura deles.

O advogado Miguel Pereira, que representa Assad e Abbud, argumentou que não há fato novo que justifique a prisão de seus clientes. Pereira apontou que as investigações são referentes a fatos que teriam ocorrido entre 2007 e 2012.

— Não houve reiteração de fatos e, diante disso, não se pode antecipar uma pena que não existe.

Antônio Sérgio Pitombo, advogado de Cavendish, também defendeu que não há fato novo e apresentou como argumento adicional que o empresário é pai de duas meninas de seis anos que são dependentes dele, uma vez que a mãe delas morreu em um acidente.

— Não estou falando apenas do paciente, mas também de mais duas meninas. Se o pai é responsável único pelas crianças a prisão deve ser domiciliar.

A procuradora defendeu que Cavendish não pode ser único responsável pelas filhas e citou como que no espaço de um ano ele teria feito 15 viagens ao exterior, sendo que as menores o acompanharam apenas em uma.

O argumento de que não há fato novo também foi utilizado pela defesa de Abreu. Entre outros pontos, o advogado Cleber Lopes, representante de Cachoeira, disse que a prisão não é necessária uma vez que o seu cliente tem prestado esclarecimentos desde a época do inquérito policial, de 2012. Para ele, é necessário demonstrar o motivo que aponte porque as medidas cautelares não são suficientes.

Prisão domiciliar

Após serem presos na Operação Saqueador, os acusados deixaram o presídio Bangu 8, no Rio, no último dia 11 e cumprem prisão domiciliar. Eles foram beneficiados por decisão liminar do ministro Nefi Cordeiro, do STJ. No entanto, a medida, que era provisória, perde o efeito com o julgamento do mérito do habeas corpus.

O primeiro relator do habeas corpus no TRF-2, Ivan Athié, concedeu liminar para converter a prisão preventiva dos cinco acusados em prisão domiciliar. O Ministério Público Federal recorreu então da decisão e arguiu a suspeição do desembargador alegando que o então advogado de Cavendish, Técio Lins e Silva, tinha defendido o desembargador em ação penal no STF. Foi alegada uma suposta amizade entre Athié e o Técio Lins e Silva. Athié pediu para deixar o caso, embora tenha ressaltado não ter nenhuma ligação íntima com o advogado.

Leia mais notícias de Brasil e Política

O desembargador federal Paulo Espirito Santo resolveu manter a determinação do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal que decretou a prisão preventiva. O relator do caso, Abel Gomes confirmou a decisão de Espírito Santo.

Ainda hoje a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro será comunicada da decisão e deverá expedir a ordem de prisão dos cinco réus. O cumprimento da medida pode ocorrer ainda hoje.

Operação Saqueador

A Polícia Federal e o MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro deflagraram no dia 30 de junho a Operação Saqueador, que investiga supostos desvios de R$ 370 milhões em obras públicas atribuídas à Construtora Delta, que era controlada por Cavendish. Além do empresário, foram denunciadas mais 22 pessoas que estariam envolvidas no esquema de lavagem envolvendo verbas públicas federais.

O MPF investigou a atividade da empreiteira Delta e constatou que, entre 2007 a 2012, a empresa teve 96,3% do seu faturamento oriundo de verbas públicas, chegando ao montante de quase R$ 11 bilhões. Desse total, mais de R$ 370 milhões foram lavados, por meio de pagamento ilícito a 18 empresas de fachada, criadas pelos chamados "operadores" do esquema.

Cachoeira, Assad e Abbud eram os responsáveis por criar as empresas fantasmas que lavavam os recursos públicos, por meio de contratos fictícios, que eram sacados em espécie, para o pagamento de propina a agentes públicos, de forma a impedir o rastreamento das verbas. A empresa fez sem licitação, por exemplo, o Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Acompanhe todo o conteúdo da Rede Record no R7 Play

Cunha diz que churrasco foi para agradecer funcionários que serviram sua família

Posted: 27 Jul 2016 01:07 PM PDT

Permanência de Cunha na residência oficial incomoda a cúpula da Câmara Fabio Rodrigues Pozzebom/30.03.2016/Agência Brasil

O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usou seu espaço no Twitter para dizer que o churrasco promovido hoje na residência oficial da Câmara foi em oferecimento aos funcionários que serviram a sua família.

— Quero reconhecer a dedicação de todos e agradecer a atenção dispensada a mim e a minha família nesse tempo que residi na residência oficial.

Cunha disse que realizou o almoço para os funcionários da casa e da presidência, além da equipe de segurança que o acompanhou nos últimos tempos. Embora esteja afastado das atividades parlamentares, o peemedebista se mudará nos próximos dias para um apartamento funcional localizado na Asa Sul, bairro do Plano Piloto de Brasília.

O parlamentar ainda não deixou a residência oficial porque aguarda a instalação de aparelhos de ar-condicionado no imóvel da Câmara. Se não desocupar a mansão no Lago Sul até o dia 6, poderá pagar multa diária equivalente a 1/30 do valor do auxílio-moradia concedido aos parlamentares, que hoje é de R$ 4.253,00.

O peemedebista vai ocupar o apartamento faltando poucas semanas para o plenário da Câmara votar o pedido de cassação de seu mandato. A Mesa Diretora autorizou o uso de um apartamento funcional para que a residência oficial fosse liberada o quanto antes para o novo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A permanência de Cunha na residência oficial vem incomodando a cúpula da Câmara. Sem o espaço, Maia tem feito reuniões em seu gabinete ou nos apartamentos cedidos pelos colegas. A residência da Câmara não serve apenas de moradia do presidente, mas de espaço de encontros políticos e recepções oficiais.

Autoridades turcas demitem militares e fecham veículos de mídia, diz CNN

Posted: 27 Jul 2016 01:07 PM PDT

ANCARA (Reuters) - Autoridades turcas anunciaram nesta quarta-feira a demissão de mais de 1.600 militares e o fechamento de mais de 130 meios de comunicação, informou a CNN Turca, em um agravamento da repressão após uma tentativa fracassada de golpe neste mês.

Um total de 1.684 militares foi dispensado, disse a emissora. Além disso, três agências de notícias, 16 canais de televisão e 45 jornais diários, entre outros, receberam ordens para fechar, acrescentou.

As decisões devem aumentar ainda mais a preocupação entre grupos de direitos e aliados ocidentais da Turquia sobre o alcance do expurgo do presidente Tayyip Erdogan, depois do fracasso de uma tentativa de golpe militar em 15 e 16 de julho.

(Reportagem de Tulay Karadeniz e Gulsen Solaker)

Cunha faz churrasco de confraternização na residência oficial

Posted: 27 Jul 2016 01:05 PM PDT

Cunha e a esposa Cláudia Cruz receberam os servidores nos jardins da residência, que fica no Lago Sul, bairro nobre de Brasília ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

A dez dias do fim do prazo de permanência na residência oficial da Câmara, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) promoveu na tarde desta quarta-feira (27) um churrasco de despedida para funcionários da Casa.

Entre os convidados estão servidores do departamento de Polícia, responsável por acompanhar o peemedebistas nestes últimos meses. O convite de Cunha foi repassado na véspera para os servidores.

— A Bernadete acabou de ligar na sala da COE convidando todos os agentes para um churrasco de confraternização que o ex-presidente Eduardo Cunha e sua esposa oferecerão para todos aqueles que com ele trabalharam, amanhã, a partir das 13h30 na residência oficial. Ele deseja a presença de todos.

Cunha e a esposa Cláudia Cruz receberam os servidores nos jardins da residência, que fica no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. A festa, embalada por uma cantora, contou também com a distribuição de bebidas alcoólicas.

Ao perceberem a movimentação de fotógrafos e jornalistas nas redondezas da residência, os convidados deixaram os jardins e foram fazer a confraternização dentro do imóvel.

O prazo final para Cunha deixar a residência expira no próximo dia 6, quando se completam 30 dias de sua renúncia ao comando da Casa. Ele deverá se mudar para um apartamento funcional.

No início de agosto, logo após o fim do recesso do Legislativo, há a previsão de que seu processo de cassação seja lido em plenário. A votação será aberta e para que ele perca o mandato é necessário ao menos 257 votos dos presentes.

Democratas irão contrastar abordagens de Hillary e Trump em convenção

Posted: 27 Jul 2016 12:51 PM PDT

Por Amanda Becker e Luciana Lopez

FILADÉLFIA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irá ressaltar o discernimento e a tenacidade de Hillary Clinton nesta quarta-feira, com o intuito de fortalecer a campanha da primeira mulher de um grande partido a disputar a presidência do país, e na esperança de deixar a Casa Branca para uma colega do Partido Democrata e deter o candidato republicano Donald Trump.

Hillary foi indicada formalmente como candidata presidencial da legenda na convenção democrata na Filadélfia na terça-feira. Ela irá aceitar a nomeação na quinta-feira, último dia da reunião, e se tornar a porta-estandarte democrata contra Trump na eleição de 8 de novembro.

Os eventos da convenção democrata nesta quarta-feira vão se concentrar na segurança nacional, para tentar contrastar as habilidades da ex-secretária de Estado de 68 anos com a "abordagem instável, inadequada e perigosa" de Trump, disse o gerente de campanha de Hillary, John Podesta.

Em uma atitude nada ortodoxa, Trump apelou nesta quarta-feira para que a Rússia revele e divulgue milhares de e-mails que Hillary não entregou às autoridades norte-americanas durante a investigação sobre o uso de um sistema de e-mails particular entre 2009 e 2013, quando era a diplomata mais graduada dos EUA. Hillary vem dizendo que as mensagens eletrônicas que não entregou eram pessoais.

Trump, empresário de 70 anos de Nova York sem experiência em cargos eletivos, vem acusando Hillary de não ser confiável e pintando os EUA como um lugar onde as ameaças de segurança abundam e a lei e a ordem estão desmoronando. Ele já propôs medidas polêmicas, como proibir temporariamente a entrada de muçulmanos na nação e construir um muro na fronteira com o México para frear os imigrantes ilegais.

A campanha de Hillary retrata Trump, um ex-apresentador de reality show, como temperamentalmente inepto para a Casa Branca.

"Espero que minha manchete (do discurso) seja que o presidente dos Estados Unidos está profundamente otimista com o futuro da América e 100 por cento convencido de que Hillary Clinton pode ser uma grande presidente", afirmou Obama em uma entrevista à rede de televisão NBC News transmitida nesta quarta-feira antes de seu discurso noturno.

O discurso de Obama vai se concentrar mais "sobre como a secretária Hillary Clinton tem o discernimento, a tenacidade e o intelecto para sucedê-lo no Salão Oval", disse o porta-voz da Casa Branca Eric Schultz.

A convenção procurou arrefecer a amargura persistente de alguns apoiadores radicais de Bernie Sanders, rival da ex-primeira-dama nas primárias democratas, e deixar para trás as demonstrações turbulentas de discórdia que marcaram o primeiro dia da reunião na segunda-feira.o

Em um gesto de unidade partidária, Sanders apresentou o nome de Hillary na noite de terça-feira, tornando-a a primeira mulher postulante à presidência de um grande partido norte-americano.

TSE envia ao STF novos indícios de irregularidade na campanha de Dilma em 2014

Posted: 27 Jul 2016 11:08 AM PDT

Empresa DCO Informática está envolvida nos novos detalhes da investigação Roberto Stuckert Filho/27.06.2016/PR

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) encontrou novos indícios de irregularidades nas contas de uma empresa que prestou serviço para a campanha de reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff em 2014. O presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, enviou as informações para compor a ação que trata da prestação de contas da petista no STF (Supremo Tribunal Federal).

Os novos detalhes envolvem a empresa DCO Informática, contratada para disparar mensagens para celulares via WhatsApp durante a campanha. A empresa tem sede na cidade mineira de Uberlândia e recebeu R$ 4,8 milhões pelo serviço, em quatro repasses feitos ao longo de uma semana em outubro de 2014. Segundo o relatório da Secretaria Municipal de Finanças de Uberlândia feito a pedido de Mendes, não foi possível ter acesso ao local. 

— O estabelecimento não possui identificação na fachada, aparentemente também funciona como residência e não tivemos acesso ao interior do mesmo.

Além disso, a empresa possui apenas um servidor, um notebook e três funcionários que trabalham sem carteira assinada.

Um dos funcionários da DCO relatou que a campanha de Dilma contratou a empresa por R$ 0,06 a R$ 0,16 para cada disparo, e que o preço variava de acordo com o porte e solicitação. Ele também disse que a empresa desenvolveu o programa para fazer os disparos de mensagens e subcontratou a 2K Comunicações para fazer os relatórios das atividades.

Em fevereiro, Mendes já havia pedido que órgãos de controle fiscalizassem a DCO e outras seis empresas por suspeitas de irregularidades. Os indícios foram apontados pelo PSDB, que alegou possível ilegalidade na contratação e pagamento efetuado às empresas supostamente sem capacidade operacional para prestar os serviços à campanha petista.

Leia mais notícias sobre Brasil e Política

Inquérito

O TSE aprovou em 2014 as contas da campanha de Dilma, mas Mendes, relator da prestação feita pela presidente afastada, determinou que as investigações sobre supostas irregularidades continuassem. Em outubro do ano passado, a Polícia Federal instaurou um inquérito sobre o assunto com base numa determinação do ministro.

O presidente da Corte utiliza informações reveladas pelas investigações da Operação Lava Jato para dizer que a campanha foi supostamente financiada com recursos da Petrobras. Por ser uma empresa de capital misto (recursos públicos e privados) a petroleira é vedada de financiar campanhas eleitorais.

O inquérito da PF, no entanto, aguarda uma decisão do STF para saber se o caso deve ser conduzido pela primeira instância ou pela própria Suprema Corte, já que envolve autoridade com foro privilegiado. O caso no Supremo está sob a relatoria do ministro Edson Fachin, para quem as novas informações sobre a DCO foram enviadas.

A campanha de Dilma nega qualquer irregularidade em nota assinada por Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma. 

— Todas as contribuições e despesas da campanha de 2014 foram apresentadas ao TSE, que após rigorosa sindicância, aprovou as contas por unanimidade". 

Privatização de empresas de energia não prejudicará população, diz ministro

Posted: 27 Jul 2016 10:39 AM PDT

Acionistas da Eletrobras reprovaram a prorrogação das concessões de seis empresas de distribuição do grupo Gustavo Lima/11.02.2015/Câmara dos Deputados

Após a decisão dos acionistas da Eletrobras de reprovar a prorrogação das concessões de seis empresas de distribuição do grupo, que ficam nas regiões Norte e Nordeste, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse hoje (27) que a pasta já está comunicando alguns governos estaduais que a Eletrobras continuará "tocando a concessão de forma precária".

Após a decisão dos acionistas da Eletrobras de reprovar a prorrogação das concessões de seis empresas de distribuição do grupo, que ficam nas regiões Norte e Nordeste, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta quarta-feira (27) que a pasta já está comunicando alguns governos estaduais que a Eletrobras continuará "tocando a concessão de forma precária". 

Com a decisão da Eletrobras na semana passada, as distribuidoras Cepisa (Companhia Energética do Piauí), Ceal (Companhia Energética de Alagoas), Eletroacre (Companhia de Eletricidade do Acre), Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia), Boa Vista Energia e Amazonas Distribuidora de Energia deverão ser privatizadas até 31 de dezembro de 2017. O ministro afirmou que pretendem agir de forma que a população não seja afetada. 

— A determinação do presidente [interino Michel Temer] e a nossa maior preocupação é que a população desses seis estados não tenham nenhum tipo de prejuízo no fornecimento de energia. Isso não vai acontecer. 

Segundo o ministro, a gestão das seis distribuidoras continuará sendo feita pela Eletrobras até o final do ano que vem.

Leia mais notícias sobre Brasil e Política

— Agora com a particularidade, separando a questão da inadimplência das antigas distribuidoras, isso vai possibilitar ela [Eletrobras] acessar alguns fundos e recursos para que a gente possa nesse período de aproximadamente um ano e meio, até final de 2107, fazer os investimentos necessários para poder tocar a operação de distribuição. 

Segundo a decisão, tomada em assembleia geral extraordinária de acionistas, até a transferência para o novo controlador, as distribuidoras devem receber diretamente da União Federal ou através de tarifa todos os recursos e remuneração necessários para operar, manter e fazer investimentos que forem relacionados aos serviços públicos, sem qualquer aporte de recursos pela Eletrobras.

Fernando Coelho Filho não descartou a venda de novos ativos da Eletrobras.

— A empresa hoje tem uma necessidade de caixa muito grande. São mais de 170 SPEs [sociedades de propósito específico] e a expectativa é de que nessa reestruturação da empresa serão necessários recursos e alguns desses ativos terão de ser desmobilizados. Tem outras concessões que estão vencendo que deverão ir a leilão e isso vai gerar mais receita para a Eletrobras. Evidentemente, a pressão que está sendo feita sobre o Tesouro tem que ser a menor possível porque o Tesouro hoje também não está em condições de arcar com todos os desafios que a Eletrobras tem.

No mês passado, escalado para falar em nome do Núcleo de Infraestrutura do governo federal, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse que o setor poderá ser beneficiado com a venda das chamadas sociedades de propósito específico (SPE) da Eletrobras. Segundo Araújo, há um potencial de cerca de R$ 20 bilhões apenas com as SPEs da Eletrobras.

Aécio discute propostas de reforma política com Temer

Posted: 27 Jul 2016 10:18 AM PDT

Aécio Neves afirma que centrará os esforços em alguns temas principais, com apoio do presidente Divulgação

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi recebido nesta quarta-feira (27) pelo presidente em exercício Michel Temer e, segundo ele, conseguiu o apoio para dar agilidade as suas propostas de reforma política.

— Vim dar ciência ao presidente e vamos centrar esforços no fim das coligações proporcionais, que precisa ser enfrentado, e no restabelecimento da cláusula de barreira.

Aécio lembrou que já conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para entregar uma emenda constitucional elaborada pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), da qual, segundo ele, é coautor. O texto prevê uma adoção gradual da cláusula: 2% em 2018 distribuídos em 14 Estados e 3% em 2022.

Segundo Aécio, Temer se mostrou sensível ao tema.

— Ele disse que terá todo o empenho e marcamos uma nova conversa. Ele sabe que é um tema do Congresso, mas tem toda disposição em participar das discussões e envolver o seu partido.

A intenção do senador é, na semana que vem, logo após o fim do recesso, criar uma comissão especial para iniciar os debates e que os dois temas possam ser apreciados ainda este ano.

— São dois temas que me parecem hoje aqueles mais próximos de alcançar maioria (no Congresso). Vamos centrar nossos esforços nesses temas, com apoio do presidente.

Aécio disse ainda que caso essas duas reformas sejam aprovadas, elas possibilitarão uma facilidade maior para outros temas, como a questão das reformas da Previdência e trabalhista.

O senador lembrou ainda que, na época das discussões da reforma política, ele se manifestou contrário ao fim do financiamento de empresas para candidatos.

— Eu temo muito e manifestei essa posição sobre a proibição definitiva de financiamento por pessoas jurídicas. Nos defendíamos que fossem restringidos, que houvesse um teto.

Além disso, Aécio completou que a eleição municipal será uma grande experiência para todos. 

— Vamos todos enfrentá-las com as regras que estão aí.

São Paulo

O senador minimizou o anúncio da chapa do ex-tucano Andrea Matarazzo como vice de Marta Suplicy, nesta qaurta-feira no PDMB, e disse que os candidatos do PSDB são aqueles consagrados nas convenções do partido.

— Em São Paulo nosso candidato é o João Dória e a partir de agora os adversários do PSDB não estão dentro do partido, vamos disputar para dar a São Paulo uma administração eficiente, ética, ousada, que olhe para o futuro. Nosso principal adversário em São Paulo é o PT, como continuará sendo.

Segundo Aécio, antes da convenção do partido era natural que existissem outras opções.

— Outras alternativas existiam dentro do partido e é natural que nossas lideranças locais tivessem suas preferências, mas agora não há mais isso.

Papa diz que ataques recentes mostram que mundo está em guerra; religião não deve ser culpada

Posted: 27 Jul 2016 10:15 AM PDT

A BORDO DO AVIÃO PAPAL (Reuters) - O papa Francisco disse nesta quarta-feira que a série de ataques recentes, incluindo o assassinato de um padre na França, é prova de que o "mundo está em guerra".

O papa disse, no entanto, em conversa com repórteres a bordo do avião rumo à Polônia, que não está falando sobre a guerra religiosa, mas sobre uma dominação de interesses pessoais e econômicos.

    "A palavra que está sendo repetida geralmente é insegurança, mas a palavra real é guerra", disse em comentários a repórteres, enquanto seguia para uma visita de cinco dias na Polônia.

    "Vamos reconhecer isto. O mundo está em estado de guerra em partes e pedaços", disse, acrescentando que ataques podem ser vistos como outra guerra mundial, mencionando a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.

    "Agora há esta (guerra). Talvez não seja orgânica, mas é organizada e é uma guerra", disse. "Não devemos ter medo de falar esta verdade. O mundo está em guerra, porque perdeu a paz."

    Cerca de 15 minutos depois, após agradecer a jornalistas individualmente, Francisco pegou o microfone novamente e disse que queria "esclarecer" que não se referia a uma guerra religiosa.

    "Não uma guerra de religião. Há uma guerra de interesses. Há uma guerra por dinheiro. Há uma guerra por recursos naturais. Há uma guerra pela dominação de povos. Isto é a guerra", disse

    O pontífice chamou Jacques Hamel, o padre forçado por militantes islâmicos na terça-feira a se ajoelhar e que teve a garganta cortada, de "um padre sagrado", mas disse que ele é somente uma de muitas vítimas inocentes.

(Reportagem de  Philip Pullella)

Erundina promete auditoria na dívida em SP e revisão na concessão de transporte

Posted: 27 Jul 2016 09:19 AM PDT

Luiza Erundina pretende criar passe livre no transporte para toda a cidade durante seu mandato se for eleita como prefeita Luis Macedo/06.07.2016/Câmara dos Deputados

A deputada federal e candidata à Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina (PSOL), afirmou nesta quarta-feira (27) que irá rever a proposta de concessão do sistema de transporte coletivo urbano em São Paulo à iniciativa privada, a qual deve movimentar R$ 140 bilhões em 20 anos, com possibilidade renovação pelo mesmo período.

Em sabatina realizada pelo UOL, o jornal Folha de S.Paulo e o SBT, a ex-prefeita paulistana entre 1989 e 1992 disse discordar tanto do período de concessão, quanto de algumas regras, como a criação de centro de operações pelas próprias empresas privadas fiscalizarem o sistema.

— Essa licitação não pode perseverar, pois destoa da forma como são feitas concessões. Como é possível as empresas fiscalizarem a si mesmas? Na Inglaterra, por exemplo, o prazo é de cinco anos, e a cada ano 20% do sistema é licitado de novo. Isso (previsto para São Paulo) é inadmissível, ilógico e fora da modernidade.

Ainda sobre transporte, Erundina lembrou do projeto de se criar o passe livre para toda a cidade durante seu mandato como prefeita e admitiu adotar, caso volte ao cargo, tarifa zero para os finais de semana nos ônibus.

— Acesso com gratuidade no final de semana é alternativa, mas as regras ainda precisam ser estudadas.

Erundina disse que, caso seja eleita, não fará concessões nem privatizações do autódromo de Interlagos e dos complexos do Anhembi e do Pacaembu, como defende seu adversário tucano, João Doria.

Leia mais notícias sobre Brasil e Política

— É bom perguntar se ele já pensou em privatizar a cadeira dele. Ele vai privatizar tudo, pois é empresário. Mas a prefeitura não é qualquer empresa, nem mesmo a dele.

Entre outros projetos polêmicos, Erundina defendeu os adotados durante a gestão de Fernando Haddad (PT), como a redução de velocidade nas marginais, as ciclovias e ainda os corredores exclusivos para ônibus.

— Queremos construir cidade das pessoas e não dos automóveis, criar alternativas de mobilidade para quem, de fato, tem o direito ao espaço. 

Apesar de ser contestada durante a sabatina, Erundina disse que a dívida da capital paulista é de R$ 46 bilhões e não em torno de R$ 30 bilhões como Haddad afirmou na última terça-feira (26) durante entrevista semelhante. Apesar da discordância sobre o valor, que foi de R$ 74 bilhões antes de ser renegociado por Haddad, Erundina disse que fará uma auditoria na dívida assim que assumir o cargo caso seja eleita.

A candidata defendeu ainda o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) progressivo, ou seja, cobrar mais dos que são mais ricos, "um tributo direto sobre propriedade", segundo ela, mas afirmou que a proposta ainda está em avaliação. Outra forma de arrecadação, de acordo com a ex-prefeita, é a cobrança da dívida ativa do município, estimada em R$ 66 bilhões, principalmente dos mais ricos.

— Não se tem coragem de cobrar grandes devedores, pois há conivência do poder público. 

Erundina diz que aceitará petistas na sua gestão caso seja prefeita de SP

Posted: 27 Jul 2016 08:24 AM PDT

Luiz Erundina é candidata a prefeitura de São Paulo pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) Luis Macedo/04.12.2013/Câmara dos Deputados

A deputada federal e candidata à prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina (PSOL), fez nesta quarta-feira  (27) uma série de críticas ao PT — partido que ajudou a fundar e pelo qual foi a primeira mulher a governar a capital paulista, entre 1989 e 1993 — mas disse que terá membros da sua ex-legenda em seu governo, caso seja eleita. As afirmações da candidata foCandidaram feitas em sabatina realizada pelo UOL, Folha de S.Paulo e SBT.

— Quero ter petistas comigo, pois muitos continuam votando (em mim) e são amigos meus. Quero tê-los no governo (...), pois eu vou precisar e a cidade vai precisar de petistas que têm muito a contribuir. 

A candidata lembrou que está à frente nas pesquisas do prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT) e fez várias críticas às concessões políticas feitas pelo PT durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente afastada Dilma Rousseff.

— Dilma não teve competência política para exercer o poder que tem como presidente da República. Não dialogava com movimentos e, no poder, quem não gosta de dialogar é complicado. Lamentavelmente, Dilma e Lula não fizeram aliança com o povo e ficaram reféns do Congresso.

Sobre o desfecho do processo de impeachment de Dilma, que deve ser julgado em agosto pelo Senado, Erundina disse que, com a correlação de forças no Congresso, não vê chance alguma de a presidente afastada escapar de uma cassação. 

— Mas, se ela ganhar terá dificuldade de governar com o desgaste que vem sofrendo há anos. Por isso, é melhor eleição para resolver no voto popular.

Leia mais notícias sobre Brasil e Política

Erundina, no entanto, afirmou ser contrária, como é o PSOL, ao impeachment da presidente, por não haver crime de responsabilidade.

— Eu e o PSOL entendemos que não houve crime de responsabilidade contra a presidente. Isso é golpe, ruim para democracia e cria instabilidade institucional.

A ex-prefeita de São Paulo classificou o presidente interino Michel Temer (PMDB) como "golpista" e considerou como seu "único desvio" em campanhas eleitorais o fato de tê-lo como candidato à vice-prefeito, em 2004, na disputada à Prefeitura de São Paulo, ainda pelo PSB.

— Tenho muitos defeitos, inclusive na política, mas ninguém pode me acusar de incoerência. Único caso de desvio foi o da campanha de 2004, por outro partido, o PSB, que naquela ocasião firmou aliança com o PMDB, partido que tinha Temer na cabeça de chave e aceitou ser vice. Um presidente que articulou um golpe. 

A candidata do PSOL lembrou que governou São Paulo por quatro anos sem ter maioria na Câmara Municipal e admitiu que, caso seja eleita, dificilmente o cenário será diferente a partir de 2017. Por isso, buscará apoio na sociedade e nos movimentos populares para pressionar a Câmara a aprovar projetos defendidos por ela.

— Preço para ter maioria seria ter feito concessões éticas e eu não fiz. O que me salvou foi a aliança com a sociedade civil organizada. Agora vamos conversar com outras forças políticas e fazer uma aliança com o povo.

Erundina disse ainda que não está no PSOL para ser candidata à Prefeitura e que até avaliava não disputar mais qualquer eleição apesar de trabalhar para fundar um novo partido, batizado de Raiz. A candidata admitiu ser pouco conhecida entre os eleitores jovens, já que governou São Paulo há 27 anos.

— Essa é questão que temos de orientar como estratégica de campanha para chegar aos jovens e dialogar com eles.

Maioria dos brasileiros é contra privatização da Petrobras, Correios e Caixa

Posted: 27 Jul 2016 08:13 AM PDT

Maioria dos brasileiros refuta ideia de privatizar os bancos públicos Jacques Lepine/25.abr.2013/AE

A maior parte dos brasileiros é contrária à privatização de empresas e ativos estatais com o objetivo de melhorar a situação econômica do País.

Levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira (27) mostra que seis em cada dez brasileiros criticam a possibilidade de o governo federal se desfazer de companhias estatais, como os Correios, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras.

São 60,6% contrários, 33,5% favoráveis e 5,9% de participantes que não souberam ou não quiseram responder.

O Paraná Pesquisas ouviu 2.020 pessoas de 158 cidades de 24 Estados e do Distrito Federal. O levantamento foi feito entre os dias 20 e 23 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 2%, e o nível de confiança atinge 95%.

Em relação à Petrobras especificamente, 63,3% dos entrevistados disseram ser contra a privatização, enquanto 31,1% consideram a venda uma boa saída e 5,6% não opinaram. Quanto aos Correios, 62,4% são contra a privatização, 32,3% se consideram a favor e 5,3% não opinaram.

Leia mais notícias de Economia

O Paraná Pesquisas também questionou as situações dos dois principais bancos estatais, o Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Para 67,5%, privatizar um ou o outro é uma proposta ruim. Outros 26,8% julgam que seria uma boa ideia repassar as instituições financeiras à iniciativa privada e 5,7% não opinaram.

Câmara tem pauta econômica como prioridade, afirma Rodrigo Maia

Posted: 27 Jul 2016 07:37 AM PDT

Antes da eleição municipal, a meta de Rodrigo Maia é aprovar o Projeto de Lei Complementar da Renegociação da Dívida dos Estados José Cruz/20.07.2016/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a afirmar que a prioridade da Casa este ano é a agenda econômica do governo Michel Temer. A declaração foi feita após o parlamentar ter se reunido por cerca de 45 minutos com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta quarta-feira (27).

De acordo com Maia, ele trabalhará com "objetivos". Antes da eleição municipal, a meta do presidente é aprovar o PLC (Projeto de Lei Complementar) da Renegociação da Dívida dos Estados, que espera colocar em votação no já início da próxima semana. Segundo Maia, há interesse de aprovar a matéria inclusive entre a oposição.

— Todos os Estados têm interesse porque a situação da maioria dos Estados é muito ruim.

Leia mais notícias sobre Brasil e Política

Questionado se não haverá dificuldade em atingir o quórum mínimo para esta e outras votações devido ao período de campanha, o presidente da Câmara disse que o trabalho da Câmara não pode parar. 

— O processo eleitoral não pode e não deve atrasar a responsabilidade do Executivo e do Legislativo para recuperar o País.

Além disso, Maia também acredita que será possível voltar das eleições com a sensação de dever cumprido. 

— Com o objetivo do PLC da renegociação atingido vamos poder voltar para nossos Estados para as eleições com o dever cumprido.

Em seguida, na segunda semana após o recesso, daqui a 15 dias, o parlamentar espera ter a pauta liberada de medidas provisórias para votar o projeto que muda regras de exploração do pré-sal. Ainda em agosto, ele também espera que a PEC do foro privilegiado já tenha sido votada na Comissão de Constituição e Justiça e possa ser votada no plenário da Casa.

Outra medida destacada por Maia é o PEC (Projeto de Emenda Constitucional) dos gastos públicos, que, segundo ele, tem um cronograma "factível" e ficará para depois da eleição. Para Maia, a Câmara "tem toda a condição" de votar o parecer na comissão especial em outubro e chegar até novembro em condições de votar essa matéria no plenário.

Não há possibilidade de mudança na lei da repatriação, diz Meirelles 

Posted: 27 Jul 2016 07:13 AM PDT

Henrique Meirelles diz não haver possibilidade de haver alteração na Lei da Repatriação EBC

Após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na manhã desta quarta-feira (27) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que não há possibilidade de mudança e nem mesmo de discussão de mudança na Lei da Repatriação. Segundo o ministro, é importante que as regras atuais sejam mantidas e quaisquer dúvidas que os contribuintes tenham sobre a regularização desses recursos serão respondidas pela Receita Federal.

— Chegamos à conclusão de que a Lei da Repatriação é um assunto que não deve e não tem condição de ser discutido. É preciso enfatizar a estabilidade das regras.

O Congresso Nacional quer propor mudanças na lei, mas Meirelles deixou claro que até mesmo a discussão sobre a possibilidade de alteração na lei nesse momento "é negativa" e também negou que essa discussão possa ocorrer no futuro. 

Leia mais notícias sobre Brasil e Política

— A lei está aí para ficar. Os contribuintes devem ter segurança para fazer suas declarações. 

Questionado pelos jornalistas novamente, Meirelles evitou dar uma projeção para a arrecadação este ano com a repatriação. Estimativas da Fazenda até agora apontam para um recolhimento de R$ 8 bilhões até o momento, mas o ministro evitou falar qualquer número. Segundo ele, o fluxo deve aumentar até outubro, repondendo numa referência ao prazo final para adesão ao programa que vai até 31 daquele mês.

O ministro da Fazenda também relatou que, durante a reunião, Maia detalhou suas previsões para o andamento de votações importantes para o governo, como a da proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria um limitador para o crescimento dos gastos.

— Concordamos que a votação da PEC do teto dos gastos é essencial para o ajuste fiscal e para o retorno da confiança dos agentes econômicos, sejam consumidores ou empresários. A volta do investimento e da renda é uma prioridade para o governo. 

Melhora na economia do País não se deve a Temer, afirma Dilma em entrevista

Posted: 27 Jul 2016 06:37 AM PDT

Wilson Dias/30.05.2016/Agência Brasil

A presidente da República afastada, Dilma Rousseff, disse que os fundamentos da economia não mudam em dois meses e que, se há melhora na atividade, isso não é resultado do governo do presidente interino, Michel Temer. Ela comentou sobre isso em entrevista à Rádio Educadora, de Uberlândia (MG) nesta quarta-feira (27). 

— Todos os fundamentos da economia foram dados no meu governo. Em dois meses ninguém recupera nada. 

Dilma apontou que, após o referendo que aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), no fim do mês passado, o ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, divulgou um comunicado afirmando que os fundamentos da economia brasileira são sólidos, citando o volume de reservas internacionais e o forte ingresso de investimento estrangeiro.

— O Brasil tem US$ 376 bilhões em reservas e isso não foi feito em dois meses, foi feito no governo do Lula e no meu. Graças a isso o mundo pode tossir que a gente não pega uma pneumonia.

Segundo Dilma, outros aspectos também estão melhorando, como a tendência de queda da inflação e o início da recuperação da indústria. De acordo com ela, o problema é que durante seu governo havia uma tentativa sistemática da grande imprensa de criar um mau humor sobre a economia brasileira. 

Leia mais notícias sobre Brasil e Política

— Pela mídia, todos os dias o mundo ia cair na nossa cabeça. Quando isso para de acontecer, diminui o mau humor, o mal estar. É isso que está acontecendo agora. 

Jogos Olímpicos

Dilma também reafirmou que não vai participar da abertura oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Segundo ela, toda a preparação para a competição foi feita nos governos dela e de Lula.

— Eu tive uma participação absolutamente direta, mas agora quem vai para o palanque oficial é uma pessoa que não trabalhou. Eu não vou participar na condição de espectadora de um ato em que eu fui protagonista. Por isso eu prefiro não ir e não criar nenhum constrangimento. 

A presidente afastada lembrou que o Brasil tem experiência em receber megaeventos, como a Copa do Mundo e a Jornada Mundial da Juventude, e tem capacitação na área de segurança, inclusive para enfrentar ameaças de terrorismo.

— O País está preparado para os jogos. O governo interino não mandou embora as pessoas responsáveis no meu governo pela área de segurança da Olimpíada, então espero que eles não tenham comprometido esse processo.

Ela também comentou sobre as críticas que algumas delegações estrangeiras têm feito em relação às acomodações no Rio. De acordo com Dilma, a Vila dos Atletas, que é responsabilidade da prefeitura carioca, "é a única infraestrutura que tem problemas".

— Tanto a Vila Olímpica, na Barra, quanto a Vila de Deodoro estão em perfeitas condições de infraestrutura, segurança e energia.