USAComment.com
Zicutake USA Comment | Busque Artigos



sexta-feira, 24 de junho de 2016

#Brasil

#Brasil


Mega-Sena sorteia hoje prêmio de R$ 2,5 milhões

Posted: 24 Jun 2016 08:10 PM PDT

Mega-Sena pagou mais de R$ 27 milhões no último sorteio divulgação

A Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (25) o prêmio de R$ 2,5 milhões. O Caminhão da Sorte estará na festa de São João de Campina Grande (PB). As apostas para o concurso número 1.831 podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília).

Aplicado integralmente na poupança, o prêmio pode render cerca de R$ 16 mil por mês ao vencedor. Cada jogo de seis números custa R$ 3,50. Clientes Caixa com acesso ao internet banking também têm a opção de apostar online.

Na última quarta-feira (23), uma única aposta, do Rio de Janeiro (RJ), levou sozinha R$ 27,4 milhões. O resultado do jogo de hoje é divulgado após as 21h.

Leia mais notícias de Brasil

Dilma vai depor por escrito em processo contra Marcelo Odebrecht na Lava Jato

Posted: 24 Jun 2016 06:07 PM PDT

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) vai depor por escrito como testemunha do ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht em ação penal na Operação Lava Jato. O juiz federal Sérgio Moro havia questionado a petista se ela preferia ser ouvida em audiência ou que lhe fossem encaminhadas perguntas a serem respondidas por escrito. Dilma optou pelo depoimento escrito em petição anexada aos autos e assinada de próprio punho.

 

"Por ocasião da consulta formulada por Vossa Excelência no expediente em epígrafe, informo que exercerei previsão disposta no artigo 221, parágrafo primeiro, do Código de Processo Penal. Assim, fico à disposição para prestação do depoimento, por escrito, acerca dos questionamentos deferidos por Vossa Excelência", respondeu Dilma em petição endereçada a Moro.

 

Após a resposta da presidente afastada, o juiz da Lava Jato determinou aos advogados do empreiteiro: "Intime-se a defesa de Marcelo Odebrecht para que apresente por escrito os questionamentos a serem dirigidos à Exma. Sra. Presidente no prazo de cinco dias. Concomitantemente, intimem-se as demais defesas, Ministério Público Federal e assistente de acusação de que terão o prazo de cinco dias, independentemente de nova intimação, para formular, querendo, quesitos, após o término do prazo da defesa de Marcelo Odebrecht", decidiu Moro.

 

Os advogados de Odebrecht arrolaram Dilma nos autos da Operação Xepa, 26ª etapa da Lava Jato. Marcelo Bahia Odebrecht está preso desde 19 de junho de 2015. O empreiteiro já foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema de propinas montado na Petrobras.

Senado protocola pedido de inquérito para apurar vazamento de delação de Machado

Posted: 24 Jun 2016 05:12 PM PDT

sérgio machado EBC

O Senado protocolou na Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (23), um pedido de abertura de inquérito contra o vazamento do conteúdo do acordo de delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O pedido foi feito pela Mesa Diretora do Senado e elaborado pela Advocacia-Geral da Casa. A Mesa é composta por dois alvos da Operação Lava Jato que tiveram conversas gravadas por Machado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Após os áudios virem à tona, primeiramente pela Folha de S.Paulo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou no STF (Supremo Tribunal Federal) com um pedido de prisão preventiva para ambos, o que não foi aceito.

Na semana passada, Renan criticou o vazamento da delação e afirmou que iria procurar pessoalmente o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, para colocar o Senado à disposição para investigar os "crimes". Ele chegou a insinuar mais de uma vez que Janot poderia estar por trás do vazamento.

Após o episódio dos vazamentos, Janot negou a acusação e determinou que Daiello instaurasse um inquérito para apurar o vazamento das informações.

Ontem, também a pedido da Mesa, a Advocacia-Geral do Senado protocolou uma reclamação no STF para anular a busca feita em um apartamento funcional da instituição, ocupado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A Operação Custo Brasil, da PF, visava o marido da parlamentar, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo.

O Senado também pediu que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) abra uma investigação para apurar a atuação do juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal de São Paulo, que expediu o mandado. Os parlamentares consideram que, como Gleisi possui foro privilegiado, o juiz deveria ter pedido autorização do STF.

Senado pede ao CNJ investigação contra juiz da Operação Custo Brasil

Posted: 24 Jun 2016 03:37 PM PDT

Paulo Bernardo foi preso ontem e levado para São Paulo 26.06.2016/José Cruz/Agência Brasil

O Senado pediu que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abra uma investigação para apurar a atuação do juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal de São Paulo, responsável pela Operação Custo Brasil, deflagrada na quinta-feira (24). A representação aponta que o magistrado cometeu infração disciplinar ao autorizar busca e apreensão no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Só o STF (Supremo Tribunal Federal) tem competência para autorizar esse tipo de procedimento, já que a senadora tem foro privilegiado junto à Corte.

A Casa também entrou com uma ação no STF pedindo a anulação da busca e apreensão realizada no apartamento de Gleisi. A justificativa é "resguardar a autonomia do Senado" e garantir a imunidade da instituição.

Apesar das alegações do Senado, o alvo da operação na casa de Gleisi era o marido dela, Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento que foi levado preso na última quinta-feira (23) pela Polícia Federal. Para o Senado, no entanto, não há como separar, em um trabalho de busca e apreensão, o que é propriedade da senadora do que é do marido dela. O juiz alega que tudo o que for encontrado sobre a senadora nas investigações será remetido ao STF.

A investigação no CNJ será encaminhada pela corregedora nacional de Justiça, Nancy Andrighi. Caso ela considere a representação do Senado viável, submeterá a questão ao plenário do conselho e se, ao fim do processo, os conselheiros admitirem que Azevedo cometeu alguma infração, poderá aplicar punições que vão desde a advertência até a sua demissão.

Críticos da operação ainda apontam outro agravante. O juiz é orientando de doutorado da professora da USP Janaina Conceição Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment, que chegou a receber R$ 45 mil do PSDB para trabalhar no pedido. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), por exemplo, disse hoje que considera "muito estranha" a atuação do juiz, em declarações publicadas pelo jornal O Globo.

Procurador diz que busca no apartamento de Gleisi foi legal

O Ministério Público Federal, por outro lado, rechaçou nesta sexta-feira a ofensiva de políticos que se solidarizaram à senadora Gleisi Hoffmann e criticaram as buscas da Operação Custo Brasil no apartamento funcional da petista, em Brasília.

"O Ministério Público Federal, desde o primeiro momento, executou o pedido em conjunto com a Polícia Federal e de acordo com a Constituição e com a lei", declarou o procurador da República Rodrigo de Grandis, que integra a força-tarefa da Custo Brasil.

Grandis destacou que a investigação mira exclusivamente Paulo Bernardo.

— Ele não detém foro por função, ele não tem cargo político, portanto a medida (buscas) recaiu exclusivamente sobre ele e sobre documentos pertinentes a ele apenas.

O procurador anotou que a senadora é investigada no âmbito do Supremo Tribunal Federal em outro caso que, portanto,'escapa da competência do juízo de São Paulo'.

— Ou seja, se cumpriu de forma clara a Constituição e a lei.

A Custo Brasil prendeu 11 investigados nesta quinta (23) por suspeita de envolvimento com o caso Consist — empresa de software que teria montado uma fraude milionária com recursos de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, durante a gestão de Paulo Bernardo.

O ex-ministro teria recebido propinas no montante de R$ 7,1 milhão — parte de R$ 100 milhões supostamente desviados de servidores públicos que tomaram consignados e pagaram taxas quatro vezes superior à que deveriam recolher.

O juiz federal Paulo Bueno de Azevedo decretou a prisão de Paulo Bernardo e buscas em sua residência, no caso o apartamento em que ele reside com a senadora, em Brasília. O juiz não autorizou que a Polícia Federal relacionasse em autos documentos e bens de Gleisi, exatamente porque ela tem foro privilegiado perante o Supremo. Mas autorizou apreensão de materiais afetos ao marido dela.

Ao ser indagado sobre questionamentos do Senado, inclusive de políticos de oposição ao partido de Gleisi, o procurador Rodrigo de Grandis foi incisivo.

— O fato de Paulo Bernardo ser casado com uma senadora não pode conferir a ele uma extensão do foro que pertence a ela. Não existe uma imunidade. O Ministério Público Federal, desde o primeiro momento, e o juiz acatando pedido do Ministério Público Federal, foram extremamente cautelosos. Não houve nada que, de alguma maneira, caracterizasse alguma ilegalidade, inconstitucionalidade. Se a medida recaísse sobre a senadora isso sim poderia de alguma forma constituir usurpação de competência do Supremo, o que não aconteceu em nenhum momento.

De Grandis anotou que a autorização judicial era para cumprir buscas com relação a Paulo Bernardo, mas nenhuma diligência sobre a senadora foi executada.

— O Ministério Público Federal tem segurança, tem convicção de que a medida é legal e é constitucional, ou seja, não há na nossa perspectiva qualquer espaço para declarar nulidade dessa diligência.

O procurador disse que havia necessidade da prisão do ex-ministro, mesmo ele tendo endereço fixo. "Endereço fixo, residência certa, isso não é motivo para impedir qualquer tipo de prisão preventiva. A pedido do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, o juiz entendeu que havia necessidade de estabelecer a garantia da ordem pública para impedir que novos crimes fossem praticados e a garantia da aplicação da lei penal. São critérios legais, constitucionais, reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal, que foram bem fundamentados. Daí a perspectiva do Ministério Público Federal que as prisões (da Custo Brasil) sejam mantidas."

Ex-tesoureiro do PT investigado na Operação Custo Brasil se entrega em SP

Posted: 24 Jun 2016 03:04 PM PDT

Promotor Rodrigo Grandis atendeu a imprensa na tarde de hoje MARCO AMBROSIO/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira se entregou nesta sexta-feira (24) no começo da tarde à Justiça e foi encaminhado para prestar depoimento na 6ª Vara Federal Criminal. Um mandado de prisão havia sido expedido contra ele e mais dez acusados de participar de um esquema de desvio de verbas no Ministério do Planejamento investigado pela Operação Custo Brasil. Desses, oito foram presos na quinta-feira (23) pela Polícia Federal (PF).

Um dos que tiveram a prisão decretada era outro ex-tesoureiro PT, João Vaccari Neto, que já estava sob custódia em Curitiba. O advogado Guilherme de Salles Gonçalves está vindo de Portugal para se apresentar às autoridades. Gonçalves e Ferreira foram os únicos não encontrados durante a operação policial.

Os outros oito acusados chegaram a São Paulo ainda ontem e passaram a noite na carceragem da PF. Eles estão prestando depoimento na 6ª Vara Federal Criminal. Até o momento já foram ouvidos, além de Ferreira, Joaquim José Maranhão da Câmara, Daisson Silva Portanova, Dércio Guedes de Souza e Valter Correia da Costa, ex-secretário de municipal de Gestão de São Paulo.

O ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também está no local para prestar depoimento. Ele é acusado de ser uma das figuras centrais do esquema que desviou cerca de R$ 100 milhões entre 2010 e 2015. De acordo com as investigações, agentes públicos e políticos recebiam pagamentos ilegais a partir do contrato feito com a empresa Consist Softwear para gerir o crédito consignado — empréstimos com desconto em folha — para servidores públicos federais.

Os serviços da empresa eram custeados por uma cobrança de cerca de R$ 1 de cada um dos funcionários públicos que aderiram a essa modalidade de crédito. O inquérito aponta que desse montante, 70% era desviado para empresas de fachada.

A partir dos contratos falsos, os recursos chegavam aos destinatários finais, entre eles o ex-ministro. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, ele teve despesas pessoais e de campanhas eleitorais pagas pelo esquema de corrupção desmantelado pela Operação Custo Brasil. As investigações apontam que um escritório de advocacia ligado ao ex-ministro recebeu cerca de R$ 7 milhões. Desse total, a estimativa é que 80% custearam gastos de Paulo Bernardo.

PT

A Operação Custo Brasil foi desencadeada a partir da delação premiada do ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano. Segundo as investigações, Romano tinha um grupo de empresas em seu nome e de parentes próximos que eram usadas para ocultar a origem do dinheiro desviado do contrato com a Consist Softwear fazer pagamentos em benefício do PT. Em contrapartida, o ex-vereador ficaria com cerca de 20% dos valores movimentados pelas empresas de fachada.

Fora da UE, Reino Unido quer reforçar cooperação com Brasil, diz embaixador

Posted: 24 Jun 2016 02:54 PM PDT

Alex Ellis representa o Reino Unido no Brasil desde 2013 Divulgação

O embaixador britânico no Brasil, Alex Ellis, disse nesta sexta-feira (24) que agora, num contexto fora da União Europeia (UE), o Reino Unido quer reforçar a cooperação com o País e continuar o crescimento do comércio e dos investimentos entre as duas nações. Segundo ele, a Grã-Bretanha continuará aberta para estudantes, pesquisadores e "talentos" brasileiros.

Após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o embaixador relatou que o encontro também tratou da economia brasileira, mas teve o 'Brexit' como principal assunto. "O resultado do referendo foi um ato de democracia. O meu país tem uma democracia sólida e antiga", afirmou Ellis.

O embaixador destacou que as trocas comerciais e os investimentos entre os dois países têm crescido nos últimos anos.

— Queremos manter a colaboração com o Brasil e continuar investimentos em projetos 'verdes' e pesquisas sobre mudanças climáticas. Somos a quinta economia do mundo e o Brasil tem uma economia do mesmo tamanho.

Questionado por jornalistas a respeito dos brasileiros que hoje vivem no Reino Unido, Ellis disse que, por enquanto, nada muda para os imigrantes.

— Nós temos uma grande tradição de abertura. Recebemos Caetano Veloso e Gilberto Gil nos anos 60 e esperamos continuar recebendo os talentos brasileiros.

Ellis já havia conversado de manhã pelo telefone com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Segundo uma fonte, o tema principal foi sobre o novo desenho internacional que se forma a partir de agora com o Brexit, após o referendo realizado ontem no Reino Unido.

Amigo de Cunha é alvo de mandado de prisão da Operação Recomeço

Posted: 24 Jun 2016 02:43 PM PDT

O delegado da Polícia Federal, Tacio Muzzi, que conduz a Operação Recomeço Tomaz Silva/Agência Brasil

O empresário Ricardo Andrade Magro, amigo e ex-advogado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é um dos alvos de prisão da Operação Recomeço. Deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (24), a ação investiga desvios na aquisição de títulos mobiliários.

O amigo de Eduardo Cunha já havia aparecido na lista do Panama Papers. Ricardo Magro comandou uma rede de offshores pela firma panamenha Mossack Fonseca, especializada em abrir empresas de fachada em paraísos fiscais. O empresário, que também é dono da refinaria de Manguinhos, no Rio, teve relacionadas a seu nome seis empresas em paraísos fiscais.

Na Operação Recomeço, Ricardo Andrade Magro é suspeito de envolvimento no esquema de desvio de recursos dos fundos de pensão Petros, da Petrobras, e Postalis, dos Correios, na compra de debêntures do Grupo Galileo. Segundo o Ministério Público Federal, em dezembro de 2010, o Grupo Galileo emitiu debêntures no valor de R$ 100 milhões para captar recursos a fim de recuperar a recém-adquirida Universidade Gama Filho. O empresário e Márcio André Mendes Costa eram sócios do Galileo na época.

"As investigações encontraram fortes indícios de que o dinheiro captado foi ilegalmente desviado para outros fins, em especial para contas bancárias dos investigados, de terceiros e de pessoas jurídicas relacionadas aos investigados, o que levou à quebra definitiva da Gama Filho e da UniverCidade, também mantida pelo Grupo, e ao descredenciamento delas pelo Ministério da Educação em 2014, com danos a milhares de estudantes", diz o texto divulgado no site da Procuradoria.

O esquema também teria prejudicado os fundos de Pensão Postalis e Petros, que adquiriram em 2011 as debêntures do Grupo Galileo confiando na recuperação da Gama Filho.

A operação causou perdas aos segurados no valor de R$ 90 milhões e também foi apurada pela CPI dos Fundos de Pensão na Câmara dos Deputados, cujo relatório final, aprovado em abril de 2016, concluiu pela irregularidade da compra dos títulos mobiliários e apontou indícios de graves ilícitos penais.

Três foram presos

À frente da Operação Recomeço, o delegado Tacio Muzzi afirmou hoje, em entrevista coletiva, que três dos sete mandados de prisão pedidos na operação já foram cumpridos e que R$ 1,35 bilhão de recursos de 46 envolvidos no caso foram bloqueados.

Duas pessoas com mandado de prisão podem estar no exterior. Essas duas pessoas, além dos demais investigados que tiveram prisão decretada e que não foram encontrados, estão sendo procurados pela PF e, caso não se apresentem, poderão ser consideradas foragidas.

A investigação está concentrada em investimentos feitos pelos dois fundos na empresa Galileo Educacional, que teve falência decretada pela Justiça do Rio de Janeiro em maio passado. Questionado, o delegado afirmou que é prematuro dizer que houve desvio de recursos para políticos.

— Já foi mapeado o possível desvio em favor de pessoas do quadro pessoal da Galileo e pessoas jurídicas a ela vinculadas. É prematuro falar em desvio para políticos.

De acordo com o delegado e o procurador da república Paulo Gomes, os investigados presos deverão ser ouvidos no prazo de cinco dias da prisão temporária. A PF e o Ministério Público Federal (MPF), que atuam em conjunto no caso, também analisaram os documentos obtidos nas operações de busca e apreensão realizadas no Rio de Janeiro, em Brasília e em São Paulo. Segundo eles, não houve busca na sede dos fundos de pensão Postalis e Petros, considerados "vítimas" do suposto esquema de desvio de recursos do grupo Galileo.

A Operação Recomeço investiga a compra de R$ 100 milhões em debêntures emitidas pela Galileo para a recuperação da Gama Filho. Os recursos, entre eles os desembolsos feitos pelo Postalis e pelo Petros, deveriam ser aplicados na Gama Filho, porém isso não aconteceu. A Gama Filho era uma das controladas da Galileo.

O delegado e os procuradores não informaram os nomes dos presos, apenas que um deles foi um ex-diretor financeiro do fundo Postalis. Mais cedo, o Ministério Público Federal informou o pedido de prisão de Adilson Florêncio da Costa, que ocupava o cargo. Fontes do MPF e da PF confirmam a prisão de Costa, em Brasília, e também de Paulo César Prado Ferreira da Gama, um dos donos da universidade Gama Filho, e do advogado Roberto Roland Rodrigues da Silva.

Além deles, a 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro autorizou a prisão dos sócios do Grupo Galileu na época da compra das debêntures Márcio André Mendes Costa e Ricardo Andrade Magro, do então representante legal da Universidade Gama Filho Luiz Alfredo da Gama Botafogo Muniz, e do ex-diretor do Grupo Galileo Carlos Alberto Peregrino da Silva.

De acordo com o procurador Paulo Gomes, a prisão temporária dos envolvidos deve possibilitar a colheita de provas mais robustas e o rastreamento do paradeiro dos recursos, além de evitar que os investigados alterem sua situação patrimonial. O objetivo é fortalecer as provas para que então o MPF possa apresentar uma denúncia.

De acordo com Muzzi e Gomes, o foco da operação é não só comprovar os crimes, mas também recuperar os recursos desviados e devolvê-los aos fundos de pensão Petros e Postalis.

Além de Petros e Postalis, o Banco Mercantil também investiu R$ 3 milhões nas debêntures emitidas pela Galileo e também está envolvido na investigação, mas sua participação no esquema é considerada menor.

Justiça do Rio Grande do Sul autoriza Dilma a viajar em aeronaves da FAB

Posted: 24 Jun 2016 02:31 PM PDT

ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO

A Justiça Federal do Rio Grande do Sul autorizou a presidente afastada Dilma Rousseff a usar as aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) em viagens pelo País.

A decisão da juíza Daniela Cristina de Oliveira Pertile, da 6ª Vara Federal da capital gaúcha, estabelece uma condição: que os custos das viagens sejam ressarcidos por Dilma ou pelo PT. Antes da autorização, publicada na quinta-feira (23), o uso dessas aeronaves pela presidente afastada estava restrito ao trecho entre Porto Alegre e Brasília por recomendação da Casa Civil.

A decisão judicial foi tomada a partir de uma ação movida por Dilma contra a União. Ela sustentou que o afastamento da Presidência da República não implicava a limitação das garantias próprias do cargo.

Sob o governo do presidente interino Michel Temer, a presidente afastada foi restringida de usar as aeronaves da FAB, de estar acompanhada de assessores nessas viagens e de utilizar a nomenclatura do gabinete pessoal. A ação sustentou, ainda, a incompetência do Poder Executivo para rever ou limitar o ato do Senado Federal que determinou o afastamento de Dilma.

A União, em defesa, argumentou que o uso do transporte aéreo oficial é restrito a atividades de interesse público e que a utilização desses aviões sem agenda oficial caracterizaria desvio de finalidade.

A juíza Daniela entendeu que o uso das aeronaves da FAB por Dilma é necessário para garantir a segurança pessoal da presidente afastada, que não poderia utilizar aviões comerciais em suas viagens. A decisão também autoriza os assessores da presidente a utilizarem os aviões nos mesmos termos, mediante ressarcimento dos custos e manteve a estrutura do gabinete pessoal de Dilma.

A Advocacia-Geral da União informou que está analisando a autorização da juíza para decidir se recorre ou não ao colegiado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Enquanto isso, o governo disse que vai cumprir a decisão judicial.

Governo marca leilão da distribuidora Celg-D; valor mínimo fica em R$2,8 bi

Posted: 24 Jun 2016 01:47 PM PDT

SÃO PAULO (Reuters) - O edital de desestatização da distribuidora de energia goiana Celg-D, publicado nesta sexta-feira, estabeleceu um valor mínimo de 2,8 bilhões de reais para o leilão previsto para ocorrer em 19 de agosto, na BM&FBovespa, informou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um dos responsáveis pelo certame.

A Celg-D é controlada pela Eletrobras, que detém 50,93 por cento do seu capital social, e pelo governo de Goiás, que possui, via CelgPar, 49 por cento do capital da empresa.

O governo manteve o lance mínimo estabelecido anteriormente em cerca de 2,8 bilhões de reais pela Celg-D --que tem dívidas que, se assumidas pelo comprador, elevariam o montante do negócio para 5,2 bilhões de reais.

O valor mínimo, estabelecido ainda no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, foi considerado elevado pelos investidores, ainda que a Celg-D seja vista como um bom ativo.

Uma fonte próxima das negociações avaliou que a Celg-D deverá ser leiloada pelo preço mínimo, considerando o momento difícil da economia brasileira e o grande número de ativos de distribuição em oferta no país.

"Mas o importante é testar o mercado, porque não fazer (o leilão) seria muito ruim", afirmou a fonte, que pediu para não ser identificada.

Entre as empresas que demonstraram interesse estão Neoenergia , Energisa , CPFL, State Grid e Equatorial , segundo a fonte.

"São cinco empresas interessadas, e é uma quantidade interessante para um leilão de uma distribuidora. Não espero ágio não, até pelo momento que nós vivemos."

A Celg-D é responsável pelo atendimento de 237 municípios do Estado de Goiás, o que corresponde a mais de 98,7 por cento do território goiano, atendendo a 2,61 milhões de unidades consumidoras.

O edital foi publicado em momento em que o setor de distribuição do Brasil tem chamado a atenção de investidores-- na semana passada a CPFL comprou a gaúcha AES Sul e disse que pretende continuar em expansão no segmento; além disso, Enel e State Grid também falaram que têm interesse em aquisições de distribuidoras.

None

POR ETAPAS

O leilão de desestatização colocará à venda em lote único 94,8393 por cento do capital social da Celg-D, de propriedade da CELPar e da Eletrobras.

Poderão participar do leilão empresas e consórcios sem a obrigatoriedade de constituição de Sociedade de Propósito Específico, disse o BNDES.

Os interessados deverão apresentar suas propostas em envelopes fechados em 16 de agosto, na BM&FBovespa. Em 18 de agosto será divulgado o resultado da análise das declarações, documentos de representação e garantia de proposta. As propostas econômicas serão abertas em 19 de agosto, às 15h. Na ocasião, os interessados poderão apresentar lances de viva voz, até que se chegue ao valor final de venda.

O processo da desestatização será realizado em duas etapas, sendo a primeira delas a alienação das ações que representam o controle societário da companhia e a segunda a oferta de ações aos empregados e aposentados.

Na segunda etapa, os empregados e aposentados poderão adquirir 5,09 por cento do capital social da empresa, o que corresponde, exclusivamente, a 10 por cento das ações de propriedade da Eletrobras, pelo preço mínimo, com um desconto de 10 por cento.

Após três anos, caso a Celg-D não abra seu capital, os empregados poderão vender suas ações ao comprador pelo preço mínimo, ou seja, pelo valor de 18,69 real por ação, corrigido pelo IPCA.

O novo controlador terá como desafio cumprir as novas metas de desempenho operacional nos cinco anos subsequentes refletindo em melhora substancial do serviço prestado à população atendida, acrescentou o BNDES.

None

(Por Roberto Samora, com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro; edição Alberto Alerigi Jr. e Luciano Costa)

Teori contraria Janot e manda denúncia contra Lula para Justiça de Brasília

Posted: 24 Jun 2016 01:47 PM PDT

Teori Zavascki é o relator dos inquéritos da Lava Jato no STF Divulgação/STF

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu enviar para a Justiça de Brasília a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suposta participação na tentativa de impedir a colaboração premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Na peça, Teori sustenta que o caso não tem conexão direta com a Lava Jato e, por isso, não precisaria ser enviado para a 13ª Vara Federal de Curitiba. A decisão contraria um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que queria que o caso ficasse sob os cuidados do juiz Sérgio Moro.

"Tais fatos não possuem relação de pertinência imediata com as demais investigações relacionadas às fraudes no âmbito da Petrobras. Na verdade, dizem respeito à suposta prática de atos, pelos investigados, com a finalidade de impedir e de aviltar a colaboração premiada entre Nestor Cerveró e o Ministério Público", afirma Teori.

O ministro justifica a decisão apontando que além de os fatos terem ocorrido em Brasília, "há outros motivos que militam pela fixação da competência para processar e julgar esta causa na Seção Judiciária do Distrito Federal", como o fato de a delação de Cerveró tramitar no Supremo.

Na denúncia contra o ex-presidente Lula apresentada ao STF no início de maio, Janot afirma que o ex-presidente teve "papel central" na trama para tentar comprar o silêncio de Cerveró e tentar "embaraçar" as investigações da Operação Lava Jato.

O caso veio à tona com a prisão do então senador Delcídio Amaral, em novembro do ano passado. Em uma gravação feita pelo filho de Cerveró, Delcídio aparece oferecendo dinheiro e a possibilidade de uma fuga para fora do País para que o ex-diretor da Petrobras não contasse o que sabia ao Ministério Público.

Também foram denunciados o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai e seu filho, Maurício, o assessor do ex-senador Diego Ferreira e o ex-advogado de Cerveró, Edson Ribeiro.

Teori decidiu enviar o caso à primeira instância porque Delcídio perdeu o foro privilegiado após ter o mandato cassado pelo Senado. A decisão atendeu a um pedido da defesa de André Esteves.

Festas juninas levam Câmara a cancelar votações em plenário na próxima semana

Posted: 24 Jun 2016 01:16 PM PDT

Evento comemorativo da festa de São João em Barra do São Francisco, que fica a 350 km de Barreiras, à oeste da Bahia, na noite de quinta (23) 23.06.2016/ANDRé MUZELL/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO

Diante da baixa probabilidade de alcançar um quórum adequado para tocar as votações por conta das festas juninas que mobilizam os parlamentares do Norte e Nordeste em suas bases, a Câmara dos Deputados cancelou as sessões deliberativas na próxima semana, informou a Secretaria-Geral da Mesa.

Além de impedir a deliberação de matérias que aguardavam votação, o cancelamento da ordem do dia também pode influenciar nos trabalhos das comissões, já que sem a necessidade de marcarem presença, os parlamentares podem se ausentar também das votações nesses colegiados.

Esse é o caso, por exemplo, do projeto que retira a obrigatoriedade de a Petrobras participar de no mínimo 30% das explorações de campos do pré-sal.

A comissão especial que trata do tema está convocada para a terça-feira, ocasião em que deve ser formalizado um pedido de vistas do projeto, o que, em tese, seria um passo adiante na tramitação da proposta. Mas é necessário o quórum mínimo para o funcionamento da comissão.

Em comunicado divulgado à imprensa, a assessoria de imprensa da Presidência da Câmara afirmou que "apesar da excepcionalidade, serão realizadas durante toda a semana sessões não deliberativas de debates".

O comunicado sustenta ainda que "o funcionamento das comissões temáticas da Casa será normal" durante a semana.

PF e MPF investigam desvio de recursos nos fundos de pensão Petros e Postalis

Posted: 24 Jun 2016 12:50 PM PDT

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Ministério Público Federal e a Polícia Federal deflagraram operação nesta sexta-feira para investigar suspeita de desvio de recursos dos fundos de pensão Petros, da Petrobras , e Postalis, dos Correios, na aquisição de debêntures do Grupo Galileo, informou o MPF no Rio de Janeiro em comunicado.

A Justiça Federal autorizou a prisão de sete pessoas, incluindo o ex-diretor financeiro do Postalis Adilson Florêncio da Costa, além de busca e apreensão em endereços em Brasília, em São Paulo e Rio de Janeiro.

Também foi determinado o bloqueio de bens e ativos em valor superior a 1,35 bilhão de reais.

As investigações da PF e do MPF descobriram que os fundos de pensão Petros e Postalis foram prejudicados porque adquiriram em 2011 debêntures do Grupo Galileo emitidos com o objetivo de recuperação da recém-adquirida Universidade Gama Filho, o que acabou não acontecendo.

De acordo com as autoridades, dinheiro captado com a emissão de debêntures no valor de 100 milhões de reais teria sido ilegalmente desviado para outros fins, em especial para contas bancárias dos investigados. A operação causou perdas aos segurados dos fundos de pensão no valor de 90 milhões de reais, segundo os procuradores.

"As investigações apontam que os fundos de pensão teriam adquirido cerca de 100 milhões de reais em debêntures emitidas pela empresa a cargo da recuperação da universidade. Porém, quando a instituição de ensino 'quebrou', perderam quase todo o dinheiro aplicado, totalizando 90 milhões de reais", disse a PF em comunicado.

O desvio de recursos levou à quebra definitiva da Gama Filho e também da UniverCidade, outra instituição mantida pelo Grupo Galileo, e ao descredenciamento delas pelo Ministério da Educação em 2014, com danos a milhares de estudantes, segundo o MPF.

"A gravidade dos supostos crimes cometidos é potencializada por dois fatores sociais cruéis: o prejuízo em suas aposentadorias sofrido pelos segurados dos fundos de pensão afetados e o irreversível dano que milhares de alunos das universidades Gama Filho e UniverCidade tiveram que suportar em razão do conexo descredenciamento efetivado pelo MEC por conta da ruína dessas instituições de ensino", disse o procurador do MPF Márcio Barra Lima em comunicado.

Em nota, o Postalis disse que a atual direção do fundo "tem todo o interesse de que os fatos investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público sejam esclarecidos com celeridade".

Procurado, o Petros não tinha um posicionamento de imediato sobre a operação deflagrada pela MPF e a PF. Não foi possível contatar o grupo Galileo imediatamente.

None

DÉFICIT NO PETROS

Na quinta-feira, a Petrobras informou que o Petros fechou 2015 com um déficit de 22,6 bilhões de reais, mais de três vezes acima do limite de tolerância permitido, e que a estatal prepara um plano de equacionamento para o seu fundo de pensão. [nL1N19F2MI]

Sobre o déficit, a Petros informou na noite de quinta-feira que parte significativa do resultado de 2015 tem origem no tratamento de questões estruturais importantes para garantir a perenidade do PPSP (Plano Petros do Sistema Petrobras), como a atualização do modelo de composição familiar.

"O cenário econômico adverso também causou forte impacto na rentabilidade do plano, assim como as provisões da perda do investimento na Sete Brasil (empresa de sondas) e a alta da inflação", disse o Petros, por meio da assessoria de imprensa.

De acordo com as novas regras de solvência dos fundos de pensão, segundo o Petros, o valor a ser equacionado é de aproximadamente 16 bilhões de reais, que será dividido paritariamente entre patrocinadora e participantes num prazo de até 18 anos.

None

(Por Pedro Fonseca)

Brasil espera manter cooperação com Reino Unido e UE após referendo britânico

Posted: 24 Jun 2016 12:32 PM PDT

BRASÍLIA (Reuters) - A decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia foi recebida com "respeito" pelo governo brasileiro e confiança de que a mudança não irá "deter o processo de integração europeia nem o espírito de abertura ao mundo que caracterizam o Reino Unido", informou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores.

O texto lembra a parceria estratégica entre Brasil e UE, que completará 10 anos em 2017. "Continuaremos engajados, com prioridade inalterada, na negociação de um Acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia, que trará importantes benefícios para os dois lados", diz a nota.

Sobre a relação com o Reino Unido, o Itamaraty afirma que o Brasil espera a continuidade da cooperação entre os dois países "no amplo espectro de interesses comuns e a reforçar, em novos moldes, a relação comercial bilateral e a promoção de investimentos recíprocos".

Mais cedo, em entrevista à rádio Estadão, o presidente interino Michel Temer afirmou que o governo brasileiro não iria "dar palpites" no aspecto político da decisão do Reino Unido e seria preciso esperar para verificar o impacto econômico para o Brasil.

None

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

Ministério da Fazenda diz que o Brasil está preparado para atravessar com segurança período após 'Brexit'

Posted: 24 Jun 2016 12:31 PM PDT

Henrique Meirelles terá encontro com Embaixador do Reino Unido Marcelo Camargo/15.06.2016/Agência Brasil

O Ministério da Fazenda do Brasil disse nesta sexta-feira (24), por meio de nota, que o Brasil tem uma situação econômica sólida e segura, com fundamentos robustos, e portanto, está preparado para atravessar com segurança períodos de instabilidade externa, referindo-se às possíveis consequências da decisão dos britânicos de deixar a União Europeia.

A Fazenda enumerou os fundamentos que asseguram a segurança econômica do Brasil mesmo após o 'Brexit': o volume de reservas internacionais e o ingresso de investimento direto estrangeiro ao País, as condições de financiamento da dívida pública brasileira, o 'colchão' de liquidez do Tesouro Nacional, pelo fato da dívida brasileira ser financiada em reais, e as medidas de ajuste fiscal anunciadas nos útlimos meses. 

O ministério ressaltou ainda que a melhora de alguns indicadores já é um sinal de que as medidas econômicas estão surtindo efeito. 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem uma reunião nesta tarde, às 17h30, que estava previamente agendada com o Embaixador do Reino Unido no Brasil, Alex Ellis. O assunto certamente será tratado por eles. 

Em um plebiscito nesta quinta-feira (23),os britânicos decidiram deixar a União Europeia, por uma margem apertada: 51,9% a 48,1%.

Trata-se de uma decisão histórica, que muda a relação do país com seus vizinhos e com o mundo. O país pertenceu ao bloco desde a fundação de seu embrião, a Comunidade Econômica Europeia, há 43 anos. Com a decisão, o premiê britânico David Cameron anunciou sua renúncia na manhã desta sexta-feira (24).Cameron, que liderou a campanha pela permanência do país na UE, disse que a escolha do povo britânico precisa ser respeitada e que o "país precisa de uma nova liderança".

Temer pede cautela com economia após decisão do Reino Unido

Itamaraty diz que confia em integração europeia, mesmo após decisão do Reino Unido de deixar o bloco

Leia abaixo a íntegra da nota do Ministério da Fazenda: 

A situação do Brasil é de solidez e segurança porque os fundamentos são robustos.

O país tem expressivo volume de reservas internacionais e o ingresso de investimento direto estrangeiro tem sido suficiente para financiar as transações correntes.

As condições de financiamento da dívida pública brasileira permanecem sólidas neste momento de volatilidade nos mercados financeiros em função de eventos externos.

O Tesouro Nacional conta com amplo colchão de liquidez. A dívida pública federal é composta majoritariamente de títulos denominados em reais

Além disso, o governo anunciou medidas fiscais estruturantes de longo prazo.

A recente melhora nos indicadores de confiança e na percepção de risco do país reflete essas ações.

Nesse contexto, o Brasil está preparado para atravessar com segurança períodos de instabilidade externa.

CORREÇÃO-Aperto de crédito no Brasil ameaça produtores e exportações agrícolas

Posted: 24 Jun 2016 12:25 PM PDT

(Corrige informação no 15º parágrafo, com negativa do Macquarie)

Por Reese Ewing e Guillermo Parra-Bernal

SÃO PAULO (Reuters) - A pior crise de crédito do Brasil em duas décadas está forçando endividados produtores de grãos, açúcar e café a reduzirem investimentos, fazendo com que integrantes desses setores na nação líder em exportações agrícolas deixem de aproveitar uma recuperação nos preços globais.

Os bancos, atingidos por uma onda de calotes e falências desencadeada pela recessão mais dura do país em oito décadas, apertaram o crédito, trazendo crescimento dos empréstimos para uma mínima de 17 anos em abril.

Os produtores agrícolas, que se endividaram pesadamente nos últimos anos para financiar uma rápida expansão, estão entre os mais atingidos.

"Nós não vimos uma contração de crédito como esta na história recente", disse Alexandre Figliolino, que presta consultoria para empresas do setor agrícola. "Podemos perder dois anos de expansão agrícola."

Vários agentes do setor bancário disseram à Reuters que esperam que o crédito permaneça apertado por pelo menos mais um ano, ampliando uma forte desaceleração na produção agrícola.

A área plantada com grãos, incluindo a soja e o milho, cresceu apenas 0,3 por cento este ano, em comparação com um crescimento de 3 por cento em 2015 e de 5 por cento em 2014, mostrou uma análise dos dados do Ministério da Agricultura.

As safras de soja e milho caíram neste ano pela primeira vez desde 2011 e 2013, respectivamente.

Embora as exportações de ambos produtos tenham crescido fortemente durante o ano passado devido à alta do dólar, os analistas esperam que as exportações de milho recuem até junho de 2017, com produtores de carnes disputando a matéria-prima escassa.

As exportações de café também têm diminuído nos últimos meses, em comparação com os níveis recordes de 2015, com o setor reconstruindo estoques após dois anos de seca.

(Gráfico: http://tmsnrt.rs/28JxTSJ)    O aperto coincide com uma recuperação nos preços globais das commodities.

Os preços internacionais do açúcar bruto estão no mais elevado patamar em quase 3 anos; a soja está operando perto de uma máxima de dois anos; e os preços do café e milho estão próximos de uma máxima de quase um ano.

O Brasil é o segundo maior exportador de milho e o principal de soja, café e açúcar.

Na semana passada, o diretor-presidente da Cosan Limited, Marcos Lutz, disse acreditar que safra de cana será menor na atual temporada.

Apesar do maior déficit global de açúcar em décadas, Lutznão prevê investimento em capacidade a curto ou médio prazo, em meio a restrições de financiamento.

Macquarie Bank Ltd, Itaú Unibanco eRabobank estão entre os bancos mais cautelosos em oferecer novos empréstimos a exportadores do setor, segundo operadores de multinacionais do setor do açúcar e de grãos. O Macquarie negou os relatos.

Banco Pine SA, ABN Amro Group, Credit Agricole SA e outros têm seguido essa mesma estratégia.

A Odebrecht Agroindustrial, a produtora de grãos de capital fechado Bom Jesus e empresa agrícola JPupin estão entre osgrandes produtores que estão reestruturando dívidas ou que entraram com pedido de proteção contra credores, depois de acumularem mais de 15 bilhões de reais em passivos combinados.

Com a taxa de juro de referência em 14,25 por cento, perto da máxima em uma década, e termos de empréstimo mais duros, os produtores estão confiando mais em operações "barter" (troca) de produtos por insumos, afirmou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em um relatório recente.

As multinacionais são também mais ativas no financiamento de curto prazo.

Com credores menores mais retraídos, o Banco do Brasil, principal financiador da agricultura, elevou os empréstimos a juros subsidiados em 44 por cento neste ano.

Ainda assim, os líderes da indústria dizem que o crédito dos bancos do setor privado, que representam cerca de 40 por cento dos empréstimos da agricultura, continua a ser essencial.

Esse crédito, no entanto, tornou-se muito mais difícil de se obter.

Um executivo de um dos bancos brasileiros que lida com tomadores agrícolas de médio e grande portes disse a clientes que no passado poderiam pegar 20 milhões de reais de empréstimo que eles agora só poderiam obter metade disso.

"Alguns agricultores vão quebrar nestas condições", disse Marco Parzianello, que dirige uma grande fazenda em Sorriso (MT). "Nós seguramos a expansão para acumular reservas de caixa e tivemos sorte de fazê-lo."

Brasil fecha 72.615 vagas formais de trabalho em maio, aponta Caged

Posted: 24 Jun 2016 12:23 PM PDT

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil fechou 72.615 vagas formais de trabalho em maio, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira.

None

(Por Marcela Ayres)

Itamaraty diz que confia em integração europeia, mesmo após decisão do Reino Unido de deixar o bloco

Posted: 24 Jun 2016 11:56 AM PDT

Itamaraty diz que confiar que Brexit não afetará a integração europeia Divulgação/Governo Federal

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse nesta sexta-feira (24), por meio de nota, que o Brasil confia que a saída do Reino Unido da União Europeia não vai deter o processo de integração europeia. O Itamaraty disse ainda que recebe com respeito o resultado do referendo. 

— O Brasil confia que essa decisão não irá deter o processo de integração europeia, nem o espírito de abertura ao mundo que caracterizam, e devem continuar a caracterizar, tanto o Reino Unido como a UE. Confia, igualmente, que todos os esforços serão feitos para assegurar uma transição suave e estável, diz o texto. 

Em um plebiscito nesta quinta-feira (23),os britânicos decidiram deixar a União Europeia, por uma margem apertada: 51,9% a 48,1%.

Trata-se de uma decisão histórica, que muda a relação do país com seus vizinhos e com o mundo. O país pertenceu ao bloco desde a fundação de seu embrião, a Comunidade Econômica Europeia, há 43 anos. Com a decisão, o premiê britânico David Cameron anunciou sua renúncia na manhã desta sexta-feira (24).Cameron, que liderou a campanha pela permanência do país na UE, disse que a escolha do povo britânico precisa ser respeitada e que o "país precisa de uma nova liderança".

Temer pede cautela com economia após decisão do Reino Unido

BC monitora mercado após Reino Unido decidir deixar União Europeia

Veja abaixo a íntegra da nota do Itamaraty:

Ministério das Relações Exteriores

Assessoria de Imprensa do Gabinete

Nota nº 228
24 de junho de 2016

Referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia

O Governo brasileiro recebe com respeito o resultado do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. O Brasil confia que essa decisão não irá deter o processo de integração europeia, nem o espírito de abertura ao mundo que caracterizam, e devem continuar a caracterizar, tanto o Reino Unido como a UE. Confia, igualmente, que todos os esforços serão feitos para assegurar uma transição suave e estável.

O Brasil mantém parceria estratégica com a UE, que completará 10 anos em 2017 e abrange 32 diferentes diálogos setoriais, a qual estrutura uma robusta relação com o bloco europeu, que será renovada com a próxima reunião de Cúpula Brasil-EU, a realizar-se no Brasil. Continuaremos engajados, com prioridade inalterada, na negociação de um Acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia, que trará importantes benefícios para os dois lados.

No espírito das tradicionais e estreitas relações entre o Brasil e o Reino Unido, e no âmbito do Diálogo Estratégico entre os dois países, cuja próxima edição será sediada no Brasil, continuaremos a cooperar no amplo espectro de interesses comuns e a reforçar, em novos moldes, a relação comercial bilateral e a promoção de investimentos recíprocos.

Delator da Lava Jato, empresário Ricardo Pessoa é condenado a oito anos de prisão domiciliar

Posted: 24 Jun 2016 11:27 AM PDT

Ricardo Pessoa foi considerado pela Justiça um grande colaborador Paulo Lisboa/06.02.2015/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

O juiz federal Sérgio Moro condenou nesta sexta-feira (24) o empresário Ricardo Pessoa, um dos delatores da Operação Lava Jato, a oito anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção e de pertinência à organização criminosa. Em função da colaboração, a pena será cumprida em regime domicilar diferenciado. Essa é a primeira pena do delator, que responde a outros processos. 

Pessoa ficou preso na Polícia Federal em Curitiba por cinco meses, entre 14/11/2014 e 28/04/2015.

Cerveró deixa cadeia e para cumprir pena em casa com tornozeleira eletrônica

Por ter sido um colaborador considerado chave nas investigações da Lava Jato, os advogados de Pessoa pediam o perdão judicial. O pedido foi negado pelo juiz, que justificou dizendo que, por responder a outros processos, Pessoa ainda pode ser condenado. As penas, no entanto, somadas, não podem ultrapassar o total de 18 anos de reclusão.

Moro ressaltou na sentença a importância da colaboração de Pessoa, que segundo o juiz foi provavelmente o dirigente de empreiteira que entregou o maior volume de informações sobre o esquema. 

— A efetividade da colaboração de Ricardo Ribeiro Pessoa não se discute. Prestou informações e forneceu provas relevantíssimas para a Justiça Criminal de um grande esquema criminoso. Relativamente aos dirigentes de empreiteiras que prestaram colaboração, provavelmente veio dele, até o momento, o maior volume de informações. Embora parte significativa de suas declarações demande ainda corroboração, já houve confirmação pelo menos parcial do declarado.

Na denúncia, a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) relatou que a empreiteira UTC, chefiada por Ricardo Pessoa, participava de um cartel em empresas que fraudavam licitações e que pagou cerca de R$ 38 milhões a ex-diretores em contratos obtidos com a estatal. Na sentença, Moro destacou a colaboração de Pessoa nas investigações da Lava Jato.

Temer diz a jornais que defende queda do juro ainda este ano para reanimar economia

Posted: 24 Jun 2016 11:17 AM PDT

(Reuters) - O presidente interino Michel Temer defendeu, em entrevista a grandes jornais brasileiros nesta sexta-feira, redução do juro básico ainda em 2016 para ajudar na retomada da confiança e da economia.

Segundo reportagem nos sites dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo, Temer teria enfatizado a necessidade de uma redução responsável da taxa Selic, atualmente em 14,25 por cento ao ano, afirmando não ser possível diminuir o juro "para 7 por cento só para fazer populismo".

Durante o primeiro mandato da presidente afastada Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014, a Selic chegou a ficar algum tempo na mínima histórica de 7,25 por cento ao ano, mesmo com a inflação sempre flertando o teto da meta do governo. A Selic mais baixa, porém, foi insuficiente para estimular investimentos e, como consequência, a atividade econômica.

Na entrevista, Temer teria dito também que ainda não há necessidade de aumentar impostos como parte do ajuste fiscal em curso, mas disse ser "uma coisa que pode ser estudada no futuro".

None

PREVIDÊNCIA

Sobre a planejada reforma da Previdência, Temer reafirmou, na entrevista aos jornais, que defende uma idade mínima para a aposentadoria.

Apesar disso, disse ser favorável a uma diferença nessa idade para homens e mulheres. Segundo ele, as mulheres costumam fazer dupla jornada, sendo responsáveis pelo trabalho fora de casa e também doméstico.

ENTREVISTA-Controlador da Tractebel se diz otimista com país, foca energia eólica e solar

Posted: 24 Jun 2016 10:49 AM PDT

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A crise política e econômica tem impacto momentâneo para o setor de energia do Brasil, que ganhará atratividade para investimentos nos próximos anos, principalmente em um contexto em que o país deverá mudar seu foco para projetos menores e de novas tecnologias, como geração eólica e solar, em detrimento das mega hidrelétricas, disse o presidente da elétrica francesa Engie no país.

Controladora da Tractebel, maior geradora privada do Brasil, a Engie buscará apoiar sua expansão no país em usinas eólicas, solares e hidrelétricas de médio porte, mas aposta também no gás natural e em instalações elétricas de pequeno porte, como placas solares em telhados de residências, comércios e indústrias --modalidade conhecida como geração distribuída.

"Agora a evolução do setor é para projetos com talvez menor capacidade... com esse barateamento da tecnologia solar, eólica, você acaba tendo outras possibilidades. Também vai ter um espaço grande para a geração descentralizada, e esse é outro tema em que estamos investindo", disse Maurício Bähr em entrevista à Reuters por telefone nesta sexta-feira.

Ele explicou que a guinada rumo a usinas menores, ante os projetos de hidrelétricas gigantes na Amazônia viabilizados na última década, deve ser fruto também de complicações na construção dessas usinas, que atrasaram e hoje buscam evitar perdas financeiras com ações na Justiça.

"Acho que são projetos que o país deve continuar buscando fazer... agora, do ponto de vista do investidor, foi muito doloroso o investimento", afirmo o executivo da companhia, que é majoritária na usina de Jirau em Rondônia.

Segundo ele, a Tractebel deverá participar dos próximos leilões do governo federal para contratação de novas usinas com empreendimentos eólicos e solares que somarão "algumas centenas de megawatts" em capacidade instalada.

"Não é nada pequeno, não... vamos continuar crescendo em energia eólica e fazer a mesma coisa na área solar... estamos trabalhando bastante para atrair outros fabricantes de painéis solares para o Brasil, porque queremos ver na área solar o mesmo desempenho da eólica, de atração de fabricantes, empregos", disse ele, sem dar detalhes sobre o valor do investimento.

Ele comentou que a empresa chegou a participar de um leilão de geração realizado em abril, que contratou usinas para início de operação em 2021, mas não conseguiu viabilizar projetos devido à baixa demanda.

Em meio à crise econômica e política, o certame registrou o menor nível de contratação de novas usinas desde 2009.

A demanda foi baixa porque a retração da atividade econômica fez com que as distribuidoras de energia do país ficassem com excesso de eletricidade contratada frente à demandada atual de seus consumidores, mas para a Engie esse quadro pode ser ilusório.

"Acho que estamos contaminados por esse pessimismo instantâneo. Tão logo passe essa fase de ajuste (da economia), vai retomar o crescimento, as indústrias que hoje estão ociosas vão poder se recuperar rapidamente. A retomada da economia vai se dar numa velocidade mais rápida que a velocidade do mercado de fazer novas usinas", afirmou Bähr.

Ele também disse acreditar que diversos empreendimentos contratados nos últimos anos não serão viabilizados devido ao ambiente macroeconômico desfavorável, com juros elevados e financiamento escasso.

None

CONSOLIDAÇÃO

Além do crescimento orgânico, a Tractebel também seguirá atenta ao mercado de fusões e aquisições, que deverá se aquecer nos próximos anos, conforme a crise fiscal do governo federal e dos Estados deve forçar a saída do mercado ou redução do tamanho de estatais.

"Nós sempre avaliamos as potenciais vendas e compras no mercado. É constante. E acredito que o Brasil vai passar por uma fase de consolidação e mais necessidade de capital privado sendo investido... acho que tem um mercado que vai voltar a ser aquecido", disse Bähr.

Atualmente, diversas companhias do setor de energia do Brasil já anunciaram a intenção de vender ativos, como a elétrica federal Eletrobras, as estatais estaduais Cemig, CEB e CEEE e as privadas Duke Energy e Light, por exemplo.

"Tem muita coisa acontecendo e o mercado continua sendo atrativo. Quem está vendendo (ativos) é por necessidade, não por falta de atratividade", afirmou o CEO da Engie Brasil.